A oficina de formação teve como objetivo erradicar o trabalho infantil em Pindoretama através de ações educativas. Os participantes aprenderam sobre os impactos negativos do trabalho infantil, os direitos das crianças e adolescentes, e desenvolveram planos de ação para suas escolas. A formação sensibilizou os educadores sobre a importância de proteger a infância.
1. Paulo Sérgio Nogueira
Maria Lourivania da Silva
PETECA - PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO
DO TRABALHO INFANTIL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A oficina de formação do Município de Pindoretama, que ocorreu nos dia 17, 18 e 19 de
junho deste, no Centro Cultural de Pindorema (Abertura) e no Auditório da Secretaria da
Assistência Social e do Trabalho (Desenvolvimento), e que tem por objetivo erradicar o trabalho
da criança e do adolescente na cidade de Pindoretama, visando assegurar as etapas do
desenvolvimento humano, através de ações educativas direcionadas aos coordenadores e
professores com o intuito de conscientizar e sensibilizar os alunos e comunidade, apresentou
aos formandos inúmeras temáticas propostas pela coordenação do Peteca, dentre elas :
A IMPORTÂNCIA DE VIVENCIAR A INFÂNCIA
O QUE É O TRABALHO INFANTIL NO MUNDO, BRASIL E CEARÁ?
PIORES FORMAS DO TRABALHO INFANTIL
MITOS SOBRE O TRABALHO INFANTIL
PREJUIZOS DO TRABALHO INFANTIL PARA EDUCAÇÃO
PREJUIZOS DO TRABALHO INFANTIL PARA SAÚDE
SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS (SGD)
ATUAÇÃO DOS ORGÃOS DO SGD, CMDCA, CONSELHOS TUTELARES.
ATUAÇÃO DOS ORGÃOS DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
MINISTÉRIO PÚBLICO E
POLÌTICAS PÙBLICAS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE PROTEÇÃO E
DEFESA DE DIREITOS DECRIANÇAS E ADOLESCENTES: ASSISTÊNCIA SOCIAL,
EDUCAÇÃO E SAÙDE.
TRABALHO INFANTIL: O USO DO DVD
TRABALHO INFANTIL: O USO DA CARTILHA
CONSTRUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
Referida oficina teve como metodologia: apresentação de palestras, exibição vídeos,
debates, dinâmicas, músicas etc.
2. Interessante ressaltar que a Secretaria de Ação social disponibilizou os profissionais do
CRAS para subsidiar as escolas em suas palestras.
Marcaram presença na oficina, dentre outras autoridades: o advogado Dr. Carlos Cruz
Dantas, a Secretária do Trabalho e Assistência Social Maria Madalena Costa Martins, os
Conselheiros Tutelar Luiz Gonzaga Ferreira e José Valcélio Monteiro, o Secretário de Saúde Dr.
Francisco Evandro Teixeira Lima, o Prof. Francisco Carlos Soares da Silva e o Secretário da
Saúde Dr.Francisco Evandro Teixeira Lima.
As atividades foram muito bem planejadas em cima dos temas propostos. Atividades do
tipo: encenações teatrais, paródia, poesias de cordel, desenhos, trabalhos em grupos, palestras,
debates entre outras contribuições tornaram a formação atrativa e prazerosa.
RELATOS:
O grupo formado por 39 participantes, dentre coordenadores e professores, já se
mostrava com interesse acerca do projeto, principalmente com relação ao vídeo “Você viu a
Rosinha?”, porém não tinham um conhecimento profundo do assunto, portanto gerou-se uma
maior expectativa na temática abordada. Daí então, os educadores se firmaram em uma postura
participativa, demonstrando interesses nas imagens e no contexto geral do filme, gerando uma
grande discussão acerca, de que ainda no país, existem muitas pessoas que ainda assumem o
papel de Rosinhas, ou até mesmo que foram Rosinhas e/ou tinham Rosinhas em suas próprias
residências, despertando assim sentimento de culpa, mas também um esclarecimento da
situação apresentada e que a partir daquele momento dariam sua contribuição, a começar em
suas casas, para depois se estender à comunidade no intuito de iniciar uma conscientização e
sensibilização do assunto.
Foram muitos os relatos de casos de crianças e adolescentes na situação de
exploração, tais como: “Rosinhas”, trabalho na agricultura (roça, canavial, pecuária), vendedores
ambulantes, catadores de lixo, carregadores de peso (bolsas enormes para a feira),
empacotadores de mercadinho e etc.
Embora estivéssemos trabalhando com educadores a questão dos direitos garantidos,
ainda estava muito aquém do grupo, não por serem pessoas desinformadas, mas pela falta de
hábito de se apropriar daquilo que é de direito do próprio cidadão. Muitos dos profissionais nunca
ouviram falar que existiria o SGD, porém as dúvidas foram surgindo na medida em que foram
apresentados os órgãos e leis competentes. O grupo aprendeu muito, tirou dúvidas, mas ainda
acreditam que tenham muito mais a aprender.
O Plano de Ação foi construído de forma coletiva, respeitando as condições reais de
cada escola. Tanto professores como coordenadores se empenharam bastante na elaboração
das ações, sonhando com idéias e acreditando nas transformações que poderiam acontecer a
partir das atividades realizadas nas suas comunidades.
3. O grupo mostrou-se bastante coeso, participativo e descontraído em todo o processo da
Formação.
DESCRIÇÃO DAS IMPRESSÕES A PARTIR DAS QUESTÕES:
A sensibilização foi tanta que a questão das 20 horas da formação e às 12 horas do
Plano de Ação não seria suficiente para abordar temas tão polêmicos e reais. Neste sentido,
ficou acordado que as escolas ampliariam os trabalhos no decorrer do Ano Letivo e os
coordenadores dariam sustentabilidade através da SME à continuação de atividades planejadas.
Com isso, foram sugeridas algumas ações: ampliação da oficina de formação Peteca,
planejamento de outras atividades (outros Planos de Ação) e a continuação do
acompanhamento dos coordenadores do Peteca.
Ao contrário do SGD que ainda não era do conhecimento dos coordenadores e
professores, o ECA é bastante conhecido, porém não é estudado, pensado e refletido. O ECA
tem se expandido no Município apenas através do Conselho Tutelar, pelas denúncias que
chegam ao órgão competente mandadas pelas escolas. Na medida que acontecem, as
informações acerca do fato é discutido na escola pelos profissionais, mas sem interesse de
discussão para criação de uma aula ou de um projeto elaborado pela escola. O grupo tem
consciência de que existem políticas públicas para a criança e o adolescente, porém sabem que
elas são poucas e devem ser muito bem acompanhadas. Na formação os participantes sugeriam
que o Município elaborassem leis municipais que garantissem o Direito da Criança e do
Adolescentes, com isso elencaram: Divulgação das ações das Secretarias do Município
(Educação, Saúde, Trabalho e Assistência Social, Finanças, Infra-estrutura e Desporto, Turismo
e Juventude) e Divulgação dos Conselhos (CMDCA, CT, CONSELHO DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL), das instituições ligadas ao Governo Municipal (CRAS e OUTROS) e das instituições
da Sociedade Civil (ASSOCIAÇÕES, PASTORAL, IGREJAS).
PÚBLICO ALVO:
ALUNOS DO 6° AO 9° ANOS
PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL II
COORDENADORES ESCOLARES
COMUNIDADE LOCAL
UNIDADES ESCOLARES ENVOLVIDAS:
12 ESCOLAS
OBSERVAÇÕES:
Algumas das escolas tiveram problemas externos e internos com o inverno.
4. O Período de realização das atividades foi acordado por todas as escolas.
As escolas não trabalharam no período de férias.
QTDE DE ALUNOS - TOTAL GERAL: 1.615 ALUNOS (MANHÃ E TARDE) + 252 ALUNOS DA
EJA (NOITE) = 1.867
SETORES E PESSOAS QUE PARTICIPARAM DO PROGRAMA
Prefeitura Municipal de Pindoretama
Secretaria de Educação e Cultura
Departamento Cultural de Pindoretama
Núcleo de Alimentação da SME
Secretaria de Desporto, Turismo e Juventude
Secretaria de Infraestrutura
Secretaria de Saúde
Secretaria do Trabalho e Assistência Social
Câmara Municipal de Vereadores
Conselho Tutelar
Banco do Nordeste
Edcôco – Indústria de Côco
Gráfica Encaxe
Prefeita Municipal: Regina Lúcia Vasconcelos Albino
Vice-prefeito: José Vale Albino Júnior
Presidente da Câmara de Vereadores: Jorge Luís Nogueira
Secretária do Desporto, Turismo e Juventude: Renata Maria Costa Martins
Secretária de Educação e Cultura: Tereza Cristina Rebouças Rocha
Secretário de Saúde: Dr. Francisco Evandro Teixeira Lima
Secretário de Infraestrutura: Antônio Lourditônio Rebouças
Secretária do Trabalho e Assistência Social: Maria Madalena Costa Martins
Vereador: Alisson Freitas Lima
Conselheiro Tutelar: Luiz Gonzaga Ferreira
Conselheiro Tutelar: José Valcélio Monteiro