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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
                    PREFEITURA MUNICIPAL DE VALENÇA
                    SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESPORTE E LAZER.




                         PLANO DE AÇÃO - 2011

Título: Despertando Sonhos
Setor: Proteção Social Básica – PROJOVEM ADOLESCENTE

1- DESCRIÇÃO

         O Projovem Adolescente - Serviço Socioeducativo integra a Política Nacional
de Assistência Social, política pública de proteção social de caráter universalizante,
que se materializa por meio do Sistema Único de Assistência Social - SUAS,
composto por uma rede articulada e orgânica de serviços, programas, projetos e
benefícios socioassistenciais. Ele articula um conjunto de ações dos dois âmbitos da
proteção social – básica e especial – e busca desenvolver seguranças sociais de
acolhida, convívio familiar e comunitário. Destina-se a jovens de famílias em
condições de extrema pobreza e àqueles marcados por vivências resultantes de
diferentes circunstâncias de riscos e vulnerabilidades sociais – retirados de situações
de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência doméstica, abandono,
negligência e maus-tratos – e alguns em situação de conflito com a lei, cumprindo
medidas socioeducativas em meio aberto ou egressos de medida de internação - Lei
N.º 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
       Assim os Alunos, Orientadores Sociais e Facilitadores do Projovem
Adolescente de Valença-RJ, terão nos CRAS, seu ponto de apoio e referência para
atendimentos específicos na área psicológica e social, bem como suporte
administrativo para distribuição de materiais e arquivo da documentação do Projovem
dos Coletivos de alunos que estiverem ao seu entorno.
           O Serviço Socioeducativo do Projovem Adolescente integra-se a outras
estratégias de ação voltadas para as famílias, tais como o Programa Bolsa Família –
PBF e o Programa de Atenção Integral à Família - PAIF, implementados no Centro
de Referência de Assistência Social – CRAS, e aos programas e serviços de
proteção social especial executados pelo Centro de Referência Especializado de
Assistência Social - CREAS, voltados aos jovens, às famílias e à comunidade. Essa
integração se dá de forma complementar e não substitutiva de modo a proporcionar
alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social
decorrente das condições de pobreza e de desigualdades sociais, as quais afligem
milhares de famílias do município de Valença.
2- EQUIPE :
   Secretário de Assistência Social, Esporte e Lazer:
   Pedro Antônio Furtado Teixeira

   Subsecretária de Assistência Social:
   Luciana Leopoldino

   Coordenador : Max Andrey Barbosa dos Santos

   Orientadores Sociais:
   Gracy Brandão de Oliveira ( Varginha Tarde 1 e Varginha Manhã )
   Teresa Cristina Brandão de Oliveira ( João Bonito Manhã e Juparanã )
   Joyce Rocha da Cunha Silva ( Cambota e Centro Manhã )
   Jackeline Rocha da Cunha ( João Bonito Tarde e Biquinha Manhã )
   Livya Pires Nacarate dos Santos ( Centro Tarde 2 e Varginha Tarde 2)
   Yara Dantas da Costa ( Centro Tarde 1 e Biquinha Tarde )

   Facilitadores de oficinas:
   Lúcia Helena, Wesleymar, Jean, Joelma, Joana, Cleiton, Evandro, Pabyel,
   Jonatha, Kelly e Vanessa

   Auxiliares Administrativos:
   Vania e Cláudio

 3- USUÁRIOS

   1. pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF);
   2. egressos de medida socioeducativa de internação ou em cumprimento de
      outras medidas socioeducativas em meio aberto, conforme disposto na Lei nº
      8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
   3. em cumprimento ou egressos de medida de proteção, conforme disposto na
      Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990;
   4. egressos ou vinculados a programas de combate à violência, ao abuso e à
      exploração sexual.


   Os jovens a que se referem os itens de 2 a 4 devem ser encaminhados ao
   Projovem Adolescente pelos programas e serviços especializados de Assistência
   Social do Município ou do Distrito Federal ou pelo gestor de Assistência social,
   quando demandado oficialmente pelo Conselho Tutelar, pela Defensoria Pública,
   pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário.


4- CONDIÇÕES E FORMAS DE ACESSO

        Os jovens são organizados em grupos de 15 a 20 integrantes, denominados
coletivos, sob a responsabilidade de um Orientador Social. O serviço poderá ser
ofertado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou deverá estar a ele
referenciado. O técnico de referência do CRAS é responsável por assessorar o
Orientador Social e por realizar o acompanhamento das famílias dos jovens do
Projovem Adolescente por meio do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).

5- LOCAIS DE ATENDIMENTO
TOTAL
             CRAS              INSTITUIÇÃO           COLETIVO             LOCALIDADE
                                                                 JOVEM

                          PROJETO CURUMIM               2         30       BiQUINHA


                        E. M. MARIETA LOPES IELPO       2         30      JOÃO BONITO

            BARÃO            SEDE PROJOVEM              3         60        CENTRO

1            DE         E.M.MARIA IELPO CAPOBIANCO      1         15       CAMBOTA

           JUPARANÃ
                           CASA DOS VICENTINOS          3         50       VARGINHA


                             C.M.PEDRO PAULO            1         15     B. DE JUPARANÃ

                                 TOTAL                  12        200
    6- ABRANGÊNCIA

          Os Coletivos do Programa Projovem Adolescente estão referenciados no
    seguinte CRAS, relacionado abaixo, de acordo com a territorialidade do mesmo.
          CRAS Nº 33061001947
          RUA ARIVALDO SALLES N 65 , TEL.: (24) 2471 5130
          BARÃO DE JUPARANÃ – VALENÇA/RJ
          TÉCNICO RESPONSÁVEL: IVANITA PEREIRA FARIAS

    7- PARCERIAS

          Secretaria Municipal de Educação
          Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura
          Secretaria Municipal de Saúde
          Secretaria de Administração
          Secretaria de Comunicação
          Subsecretaria de Esporte e Lazer
          Conselho Municipal de Assistência Social
          Centro de Eventos FAA
          Casa de Cultura Léa Pentagna
          Conselho Tutelar
          Projeto Curumim
          E.M. Maria Ielpo Capobianco
          E.M. Marieta Lopes Ielpo
          Esquadrão de Cavalaria Leve Tenente Amaro
          CREAS
          CMDCA
          CRAS/PAIF




       8- OBJETIVOS
8.1 - Geral
• Implementar ações socioeducativas nos Coletivos Jovens e outros espaços de
    aprendizagem, incentivando os adolescentes a avançarem no seu processo de
    autoconhecimento, conhecimento e ação sobre a realidade em que vivem,
    instigando-os a construírem um início de percurso profissional e a se
    prepararem para futuras qualificações e formações que lhes permitam uma
    inserção criativa, crítica e pró-ativa no mundo do trabalho, o que é
    fundamental para sua realização pessoal e social.


8.2- Específicos
• Situar o indivíduo na dimensão coletiva do trabalho, para que perceba a
   cooperação como fator preponderante para o alcance de resultado comum a
   diferentes indivíduos e coletivos, retomando e reelaborando conceitos sobre
   mundo do trabalho: mercado de trabalho, emprego, ocupação.

•   Desenvolver atividades para que percebam as relações entre as formas de
    organização do trabalho e as possibilidades de realização pessoal e
    profissional do trabalhador, observando as formas de organização do trabalho
    que permitem o maior ou menor exercício de valores como autonomia,
    solidariedade e cooperação.

•   Diversificar as atividades, oportunizar os usuários a conhecer diferentes tipos
    de gestão de organizações, estimulando o protagonismo dos jovens em
    situações coletivas de trabalho, conscientizando sobre a importância da
    solidariedade, o respeito ao próximo e os valores de uma estrutura familiar.

•   Simular e experimentar o trabalho numa organização cooperativada,
    formalizando um projeto de trabalho em que o Coletivo se apresenta à
    comunidade, às instituições e autoridades locais como grupo organizado
    cooperativamente.

•   Despertar o interesse pela arte, desenvolver a criatividade artística,
    incentivando o gosto pela leitura e escrita, numa visão de mundo mais crítica e
    ao mesmo tempo romântica.

•   Desenvolver a coordenação motora e psicomotora, através dos Festivais
    Esportivos, integrando, reeducando e socializando por meio da interação dos
    jovens nas diversas comunidades.

•   Descobrir os talentos artísticos através de atividades que envolvam canto,
    dança, música, teatro e artesanato, oportunizando o desenvolvimento de suas
    potencialidades artísticas, trabalhando a auto estima, exteriorizando a beleza
    interior de cada jovem.

•   Criar espaços de reflexão sobre os projetos de vida e oportunizar ao jovem a
    participação do Projeto de Orientação Profissional – POP tendo como fio
    condutor os sonhos e a projeção para a vida e inserção no mundo do trabalho.
•   Promover através da inclusão digital com curso de informática básica e
       Internet, habilitando os jovens a criar vídeos, documentários e filmes, os quais
       irão proporcionar oportunidades de concorrer no mercado de trabalho.

   •   Conscientizar a importância da cultura da Paz num trabalho de integração
       entre as comunidades de cada coletivo, fortalecendo os vínculos familiares e
       comunitários, promovendo ações que amenizem a violência.

   •   Capacitar os Orientadores Sociais e Facilitadores para a construção de Blogs (
       ferramenta on-line) para que desta forma tenham um espaço onde os
       Coletivos divulgarão e publicarão reflexões e conclusões acerca das ações e
       experiências vividas nas oficinas e encontros de convivência.


   9- METAS

       Em nosso município veiculam-se notícias de agressão e outros crimes contra a
criança e o adolescente . O que mais preocupa, nesta onda de violência é a
constatação de que muitos desses crimes estão sendo cometidos por adolescentes.
Quando estão fora da escola, a situação se agrava, a negação do direito à educação
condena-os a uma vida marginal e ao risco de vida constante. Mais do que superar a
fome e a miséria – estabelecendo um patamar mínimo obrigatório de dignidade
humana – é necessário garantir aos excluídos as oportunidades para desenvolverem
plenamente suas potencialidades e capacidades e, assim, viverem de forma digna e
autônoma.
       Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS atuam de forma
preventiva e potencializadora, integrando as políticas públicas voltadas às famílias do
Bolsa Família. Para atender com qualidade a demanda de jovens do nosso
município, cerca 2823 ( dois mil oitocentos e vinte e três ) famílias com jovens
beneficiados pelo Programa Bolsa Família, há que se empreender grande esforço,
muito tempo e investimentos significativos.
       A manutenção de 12 (doze) Coletivos de Jovens resolverá parte do problema,
pois serão apenas 180 ( cento e oitenta ) adolescentes de 15 a 17 anos, atendidos
pelo PROJOVEM ADOLESCENTE, e isto significa muito pouco num município de
médio porte como este.
       O problema é real, núcleos de crianças e adolescentes aliciados pelo tráfico de
drogas e em tempo ocioso. A gravidez na adolescência retroalimenta o ciclo de
dependência dos serviços assistenciais. As mazelas da sociedade precisam ser
enfrentadas. Em algumas comunidades a situação já se tornou crônica e tomou uma
proporção perigosa para a segurança deles e dos demais municípios de Valença-RJ.
Ações 2011

                                                 Responsáveis e      Data ou período
              Atividades 2011                       relação de
                                                Intersetorialidade

                                                   Equipe PJA e
 Colônia de férias – atividades diferenciadas        coletivos           18 a 28/01

              Festival de Pipas                  Todos Coletivos           04/02

                                                                       01/03 a 11/03
       Capacitação de Equipe/Ciclo II              Equipe PJA


            Paródia de Carnaval                     Coletivos           22 a 24/02



                   II JIPA                         Equipe PJA e            30/04
                                                     coletivos
               Jogos Internos


                                                                      06/05-Juparanã
               Chá da Família                      Equipe PJA e       13/05-Varginha
                                                                        20/05-João
                                                    coletivos          Bonito 26/05-
                                                                        Biquinha
                                                                       27//05-Centro
        Garota e Garoto PROJOVEM                   COLETIVOS               05/06

Excursão a Cidade do Rio de Janeiro

( Zoológico, Jardim Botânico e Centro de           COLETIVOS               22/07
Tradições Nordestinas)

      Concurso de Bandas e Fanfarras               Equipe PJA e            28/08
                                                     coletivos
 Plantio de mudas na Serra dos Mascastes e         Equipe PJA e      Setembro e
            Trilha Ecológica -Torre                  coletivos       Outubro


    Apresentações no Mês das Crianças              COLETIVOS               29/10
           (Escolas e Creches)
       Desfile de 7de Setembro                   Equipe e alguns           07/09
                                                   jovens PJA

             Festivais de Dança                  Todos Coletivos        OUTUBRO
                                                                       NOVEMBRO
Caminhada do Aniversário de Valença              Todos Coletivos           25/09
                                                   Equipe PJA,        12/11-Cambota
      Projovem em Ação – CRAS/PAIF                  coletivos,         19/11-Centro
                                                   CRAS/PAIF          26-João Bonito


              Desfile de Natal
               FORMATURA                            Coletivos           Dezembro
    Confraternização dos Jovens (SESI)
10- IMPACTOS SOCIAIS ESPERADOS

      A Secretaria de Assistência Social, Esporte e Lazer deseja e a Coordenação do
PJA propõe, firmar parcerias e realizar um trabalho integrado com instituições
interessadas – Escolas, Igrejas, Associações, Clubes e outras, para ampliação do
atendimento aos adolescentes e dar oportunidades de prática cidadã. Pretende-se
atingir a meta de expansão de 2010 em 5 novos coletivos.
     Tendo como objetivo despertar no jovem a convivência de sua responsabilidade
na construção de uma cidade/ sociedade melhor, estimulando sua auto-estima, para
que ele se descubra capaz de superar sua realidade adversa a partir de seus
próprios recursos, com dignidade e autonomia.
        Com isso diminuindo a evidência de situação de violação dos direitos
adolescentes com os conflitos familiares e agressão, gravidez precoce, exploração
sexual, uso de drogas, e tempo ocioso.
      Toda equipe PJA trabalha com objetivo de transformar nossos jovens a serem
cidadãos mais participativos que multipliquem boas ações, que sejam líderes mais
conscientes e que sejam inseridos no mercado de trabalho.

   11-METAS

           •   Criar um cadastro reserva dos inscritos na Bolsa Família para possíveis
               substituições, que ocorrerão em última instância, para manter todos os
               coletivos com sua capacidade máxima 20 (vinte) adolescentes.

   12-METODOLOGIA

A figura 1 destaca a especificidade de
cada um dos eixos que está
representado em um círculo próprio. A
interseção entre eles indica a
articulação que se espera seja
realizada nas práticas socioeducativas
com os jovens desde o início do
serviço.

                                              Em resposta ao desafio de se formular
                                           uma proposta socioeducativa que vá ao
                                           encontro dos anseios e demandas do
                                           segmento da juventude focalizado pelo
                                           Projovem     Adolescente,     promovendo
                                           seguranças básicas e favorecendo o
                                           desenvolvimento integral dos jovens, foram
                                           concebidos três eixos orientadores das
                                           ações socioeducativas – “Convivência
                                           Social”, “Participação Cidadã” e “Mundo
                                           do Trabalho”. Esses eixos se integram
                                           para a estruturação de um processo
                                           formativo que pretende contribuir para que
                                           os jovens se apropriem criticamente dos
conhecimentos social e historicamente
    acumulados, cultivem e adensem os valores éticos e democráticos e se
constituam individual e coletivamente como cidadãos de direitos comprometidos com
a transformação social.
O convívio é parte da dinâmica social na qual se desenvolve o sentimento de
pertença, a construção da identidade e a afirmação da individualidade. Por meio dele
se realiza a transmissão dos códigos sociais e culturais e se estabelecem os valores
que norteiam a vida em sociedade. É também por meio da convívio que se
estabelecem e se solidificam os vínculos humanos, inicialmente no âmbito familiar,
constituindo uma rede primária de relacionamentos que asseguram relacionamentos
e tecendo-se redes secundárias, essenciais ao desenvolvimento afetivo, cognitivo e
social. A segurança sentida na convivência familiar e comunitária oferecerá as bases
necessárias para o amadurecimento e para a constituição de uma vida adulta
saudável (MDS e SEDH, 2006). Neste sentido, o serviço socioeducativo se coloca
como mediador das relações que os jovens estabelecem entre si, com a família, com
a comunidade e com as instituições, contribuindo para a construção de relações
afetivas e vínculos estruturantes, reduzindo vulnerabilidades e promovendo
potencialidades.
         O eixo da “Convivência Social” no Projovem Adolescente é o que melhor
traduz a sua essência, enquanto serviço socioeducativo de proteção social básica,
voltado ao fortalecimento de vínculos relacionais e de pertencimento. É justamente aí
onde se afirma e se destaca a especificidade da política pública de assistência social
na atenção à juventude, e onde reside a sua expertise. Pela sua relevância, não seria
incorreto atribuir ao Projovem Adolescente a designação de “serviço socioeducativo
de convívio”.
         A formação para a cidadania supõe a sensibilização e o desenvolvimento da
percepção dos jovens sobre a realidade social, econômica, cultural, ambiental e
política em que estão inseridos, especialmente sobre a condição juvenil; a
apropriação de seus direitos de cidadania e o reconhecimento de deveres; o estímulo
ao desenvolvimento de práticas associativas e de formas de expressão e
manifestação de seus interesses, visões de mundo e posicionamento no espaço
público.
         No Projovem Adolescente a participação é um meio e é um fim. É um meio ao
se criarem condições para que os jovens se tornem sujeitos do processo
socioeducativo e assumam papel destacado na decisão, organização, execução e
avaliação das ações socioeducativas, instituindo-se a gestão compartilhada do “fazer
socioeducativo” entre os jovens, os Orientadores Sociais e os Facilitadores de
Oficinas de Convívio por meio do Esporte e Lazer e da Arte e Cultura e da Formação
Técnica Geral para o mundo do trabalho. A participação é um fim, ao se fornecerem
insumos e instrumentos que possibilitem aos jovens desenvolverem experiências
estruturantes de ações coletivas de interesse público na comunidade e imprimirem
visibilidade pública aos seus anseios, interesses, demandas e posicionamentos como
cidadãos, sujeitos de direitos. A participação cidadã, para além da convivência social
e do reconhecimento de direitos, visa ao desenvolvimento de potencialidades dos
jovens que resultem na sua atuação crítica, protagônica e transformadora na vida
pública, no exercício de uma cidadania ativa, criadora de novos direitos, de novos
espaços participativos e comprometida com a democracia.
         A formação para o mundo do trabalho define-se aqui como processo vital e
educativo que contribui para tornar possível aos jovens a sua existência autônoma e
a sua cidadania. O trabalho é estruturador de identidades, cria espaço de
pertencimento social, é organizador de práticas sociais específicas de caráter
histórico e cultural, por meio das quais se constroem as condições de existência em
sociedade. Nessa perspectiva, é constituinte do sujeito na sua totalidade; é o espaço
onde o cidadão se realiza enquanto produtor de si mesmo e produtor de cultura. Na
dimensão socioeducativa, a Introdução à Formação Técnica Geral para o mundo do
trabalho, ainda que não vise à qualificação profissional, é imprescindível para a
socialização e desenvolvimento de valores e habilidades que estruturam o jovem
para a vida em sociedade. Propõe uma formação para o trabalho que incorpora
também a sua dimensão subjetiva e de fonte de realização pessoal e de
autoconhecimento. Valoriza a atividade humana, diferenciando-a da forma histórica
do trabalho assalariado, tomando-a como ponto de partida para a produção de
conhecimento e de cultura. Articulando a relação entre conhecimento e atividade
produtiva, possibilita aos jovens a apreensão de elementos culturais, que concorrem
para a configuração de seus horizontes em termos de cidadania e de vida
economicamente ativa.


12.1 - Temas transversais

         O conjunto de questões sociais objetos de atenção e reflexão no Projovem
Adolescente se expressa em temas transversais que atravessam e perpassam, em
toda a sua extensão, as ações socioeducativas em suas atividades teóricas e
práticas, recobrindo os vários domínios e conteúdos imprescindíveis para a
compreensão da realidade e para a participação social dos jovens em seu processo
de crescimento e desenvolvimento individual e coletivo. Os temas transversais são:

· Juventude e Direitos Humanos e Socioassistenciais
- Jonatha Peixoto Crispim

· Juventude e Saúde
- Kelly de Fátima Carvalho

· Juventude e Meio Ambiente
- Joana da Silva Tomaz

· Juventude e Trabalho
- Wesleymar Clementino da Silva ( FTG )
- Vanessa Figueira Gonçalves ( PLA )
- Cleiton Ferreira dos Nascimento ( Inclusão Digital )
- Evandro Modesto ( Inclusão Digital )

· Juventude e Cultura
-Lúcia Helena da Silva - DANÇA
-Jean Paulo Murat – MÚSICA
-Joelma Rocha da Cunha – DANÇA

· Juventude e Esporte e Lazer
-Pabyel Antônio Lopes Wunsch – PRÁTICAS ESPORTIVAS
-Levy Jessiano Magalhães da Costa – PRÀTICAS ESPORTIVAS
A seleção dos conteúdos e das ações socioeducativas em cada tema
transversal teve como referência a análise das condições institucionais para a efetiva
integração das políticas públicas voltadas para os jovens no Município.

Figura 2 – Eixos estruturantes e
temas transversais do Projovem
Adolescente




12.2 - Dimensões metodológicas




       A concepção metodológica do Projovem Adolescente visa ao desenvolvimento
integral dos jovens, abrangendo e articulando as diversas dimensões de sua vida
como indivíduo, como futuro profissional e como cidadão, e promovendo a vivência
de práticas socioeducativas que proporcionem a aquisição de conhecimentos e o
desenvolvimento de habilidades para empreenderem projetos de vida pessoais e
coletivos, transformadores e comprometidos com o bem comum. Nessas
perspectivas, as principais referências metodológicas do Projovem Adolescente estão
apoiadas nas seguintes dimensões:
_ Dimensão dialógica – o alargamento da percepção e da aprendizagem se produz
em diálogo entre iguais. Significa considerar a todos como portadores de saberes e
favorecer ações socioeducativas que se realizem na troca de idéias e de
experiências, na socialização de conhecimentos, no trato de conflitos e na
negociação e construção de consensos, facilitados pela convivência e pelo trabalho
coletivo.

_ Dimensão reflexiva – o desenvolvimento de postura crítica a partir da reflexão
sobre o cotidiano, sobre as experiências pessoais, coletivas e comunitárias e sobre
as práticas socializadoras vivenciadas pelos jovens em suas diversas redes. A
dimensão reflexiva está voltada para a elaboração do que é vivido – assim como o
projetado na ordem imaginária – e para a sistematização dos novos conhecimentos
adquiridos.

_ Dimensão cognitiva – a ampliação da capacidade de analisar, comparar, refletir,
não só sobre o que se aprende, mas sobre como se aprende; capacidade de acessar
informações e conhecimentos, de apropriar-se das aprendizagens, reproduzir e criar
novos saberes e transformá-los em novas experiências.

_ Dimensão afetiva – o desenvolvimento e ampliação de relacionamentos
interpessoais, envolvimento e comprometimento, construção de interesses comuns,
cumplicidades e criação de vínculos afetivos que proporcionam alegria e prazer na
participação das ações socioeducativas.

_ Dimensão ética – o exercício da participação democrática, da tolerância, da
cooperação, da solidariedade, do respeito às diferenças nas relações entre os jovens
e entre estes e a equipe de profissionais, para o desenvolvimento de princípios e
valores relacionados aos direitos, à dignidade humana, à cidadania e à democracia.

_ Dimensão estética – o estímulo ao desenvolvimento das sensibilidades estéticas
na perspectiva da percepção do outro em suas diferenças, independentemente dos
valores e padrões impostos como mecanismos de exclusão e invisibilidade social. A
valorização e legitimação das diferentes expressões artísticas, culturais, de
condições físicas, origem étnica, racial, de opção religiosa e de orientação sexual.

_ Dimensão lúdica – o estímulo ao espírito de liberdade, à alegria de viver, ao
desenvolvimento integral de todas as potencialidades humanas, valorizando o jogo e
a brincadeira no jeito de ser jovem e favorecendo a livre expansão das
individualidades, base para uma real emancipação humana.
Figura 3 – Dimensões metodológicas
do Projovem Adolescente




As dimensões metodológicas orientam o fazer socioeducativo. Aliadas a um
conjunto de princípios e valores que permeiam a organização dos espaços
educativos e a convivência com e entre os jovens, constituem as principais
referências metodológicas do Projovem Adolescente.


   13 - RECURSOS NECESSÁRIOS

      • Humanos:
      - 06 Orientadores Sociais e 12 Facilitadores de Oficinas para 12 Coletivos de
      Jovens
      - Assessor administrativo: sendo lotado na Sede PJA
      - 04 Assistentes Socias CRAS (Juparanã), CRAS/PAIF (Varginha),
          PAIF(Cambota e Biquinha) e Bolsa Família (Centro e João Bonito)
      - Um Gestor Municipal
      - Um coordenador PJA

   14 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

   No endereço eletrônico:
   http://www.mds.gov.br/suas/guia_protecao/projovem
   projovem-valenca-rj@hotmail.com (Orkut e Blog)

                        SEDE PROJOVEM ADOLESCENTE
             Rua Mário Castilho, 89, Centro-Valença-RJ, Tel.: 2453 3433

                        Responsáveis pela elaboração do Plano:

   Elaborado pelo coordenador Prof. Max Andrey Barbosa dos Santos ,
   Equipe de Orientadores Sociais e Facilitadores PJA 2011

                             Valença, 14 de março de 2011

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Despertando Sonhos: Plano de Ação do Projovem Adolescente 2011

  • 1.
  • 2. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE VALENÇA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESPORTE E LAZER. PLANO DE AÇÃO - 2011 Título: Despertando Sonhos Setor: Proteção Social Básica – PROJOVEM ADOLESCENTE 1- DESCRIÇÃO O Projovem Adolescente - Serviço Socioeducativo integra a Política Nacional de Assistência Social, política pública de proteção social de caráter universalizante, que se materializa por meio do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, composto por uma rede articulada e orgânica de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Ele articula um conjunto de ações dos dois âmbitos da proteção social – básica e especial – e busca desenvolver seguranças sociais de acolhida, convívio familiar e comunitário. Destina-se a jovens de famílias em condições de extrema pobreza e àqueles marcados por vivências resultantes de diferentes circunstâncias de riscos e vulnerabilidades sociais – retirados de situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência doméstica, abandono, negligência e maus-tratos – e alguns em situação de conflito com a lei, cumprindo medidas socioeducativas em meio aberto ou egressos de medida de internação - Lei N.º 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Assim os Alunos, Orientadores Sociais e Facilitadores do Projovem Adolescente de Valença-RJ, terão nos CRAS, seu ponto de apoio e referência para atendimentos específicos na área psicológica e social, bem como suporte administrativo para distribuição de materiais e arquivo da documentação do Projovem dos Coletivos de alunos que estiverem ao seu entorno. O Serviço Socioeducativo do Projovem Adolescente integra-se a outras estratégias de ação voltadas para as famílias, tais como o Programa Bolsa Família – PBF e o Programa de Atenção Integral à Família - PAIF, implementados no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, e aos programas e serviços de proteção social especial executados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, voltados aos jovens, às famílias e à comunidade. Essa integração se dá de forma complementar e não substitutiva de modo a proporcionar alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social decorrente das condições de pobreza e de desigualdades sociais, as quais afligem milhares de famílias do município de Valença.
  • 3. 2- EQUIPE : Secretário de Assistência Social, Esporte e Lazer: Pedro Antônio Furtado Teixeira Subsecretária de Assistência Social: Luciana Leopoldino Coordenador : Max Andrey Barbosa dos Santos Orientadores Sociais: Gracy Brandão de Oliveira ( Varginha Tarde 1 e Varginha Manhã ) Teresa Cristina Brandão de Oliveira ( João Bonito Manhã e Juparanã ) Joyce Rocha da Cunha Silva ( Cambota e Centro Manhã ) Jackeline Rocha da Cunha ( João Bonito Tarde e Biquinha Manhã ) Livya Pires Nacarate dos Santos ( Centro Tarde 2 e Varginha Tarde 2) Yara Dantas da Costa ( Centro Tarde 1 e Biquinha Tarde ) Facilitadores de oficinas: Lúcia Helena, Wesleymar, Jean, Joelma, Joana, Cleiton, Evandro, Pabyel, Jonatha, Kelly e Vanessa Auxiliares Administrativos: Vania e Cláudio 3- USUÁRIOS 1. pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF); 2. egressos de medida socioeducativa de internação ou em cumprimento de outras medidas socioeducativas em meio aberto, conforme disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); 3. em cumprimento ou egressos de medida de proteção, conforme disposto na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990; 4. egressos ou vinculados a programas de combate à violência, ao abuso e à exploração sexual. Os jovens a que se referem os itens de 2 a 4 devem ser encaminhados ao Projovem Adolescente pelos programas e serviços especializados de Assistência Social do Município ou do Distrito Federal ou pelo gestor de Assistência social, quando demandado oficialmente pelo Conselho Tutelar, pela Defensoria Pública, pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário. 4- CONDIÇÕES E FORMAS DE ACESSO Os jovens são organizados em grupos de 15 a 20 integrantes, denominados coletivos, sob a responsabilidade de um Orientador Social. O serviço poderá ser ofertado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou deverá estar a ele referenciado. O técnico de referência do CRAS é responsável por assessorar o Orientador Social e por realizar o acompanhamento das famílias dos jovens do Projovem Adolescente por meio do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF). 5- LOCAIS DE ATENDIMENTO
  • 4. TOTAL CRAS INSTITUIÇÃO COLETIVO LOCALIDADE JOVEM PROJETO CURUMIM 2 30 BiQUINHA E. M. MARIETA LOPES IELPO 2 30 JOÃO BONITO BARÃO SEDE PROJOVEM 3 60 CENTRO 1 DE E.M.MARIA IELPO CAPOBIANCO 1 15 CAMBOTA JUPARANÃ CASA DOS VICENTINOS 3 50 VARGINHA C.M.PEDRO PAULO 1 15 B. DE JUPARANÃ TOTAL 12 200 6- ABRANGÊNCIA Os Coletivos do Programa Projovem Adolescente estão referenciados no seguinte CRAS, relacionado abaixo, de acordo com a territorialidade do mesmo. CRAS Nº 33061001947 RUA ARIVALDO SALLES N 65 , TEL.: (24) 2471 5130 BARÃO DE JUPARANÃ – VALENÇA/RJ TÉCNICO RESPONSÁVEL: IVANITA PEREIRA FARIAS 7- PARCERIAS  Secretaria Municipal de Educação  Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura  Secretaria Municipal de Saúde  Secretaria de Administração  Secretaria de Comunicação  Subsecretaria de Esporte e Lazer  Conselho Municipal de Assistência Social  Centro de Eventos FAA  Casa de Cultura Léa Pentagna  Conselho Tutelar  Projeto Curumim  E.M. Maria Ielpo Capobianco  E.M. Marieta Lopes Ielpo  Esquadrão de Cavalaria Leve Tenente Amaro  CREAS  CMDCA  CRAS/PAIF 8- OBJETIVOS
  • 5. 8.1 - Geral • Implementar ações socioeducativas nos Coletivos Jovens e outros espaços de aprendizagem, incentivando os adolescentes a avançarem no seu processo de autoconhecimento, conhecimento e ação sobre a realidade em que vivem, instigando-os a construírem um início de percurso profissional e a se prepararem para futuras qualificações e formações que lhes permitam uma inserção criativa, crítica e pró-ativa no mundo do trabalho, o que é fundamental para sua realização pessoal e social. 8.2- Específicos • Situar o indivíduo na dimensão coletiva do trabalho, para que perceba a cooperação como fator preponderante para o alcance de resultado comum a diferentes indivíduos e coletivos, retomando e reelaborando conceitos sobre mundo do trabalho: mercado de trabalho, emprego, ocupação. • Desenvolver atividades para que percebam as relações entre as formas de organização do trabalho e as possibilidades de realização pessoal e profissional do trabalhador, observando as formas de organização do trabalho que permitem o maior ou menor exercício de valores como autonomia, solidariedade e cooperação. • Diversificar as atividades, oportunizar os usuários a conhecer diferentes tipos de gestão de organizações, estimulando o protagonismo dos jovens em situações coletivas de trabalho, conscientizando sobre a importância da solidariedade, o respeito ao próximo e os valores de uma estrutura familiar. • Simular e experimentar o trabalho numa organização cooperativada, formalizando um projeto de trabalho em que o Coletivo se apresenta à comunidade, às instituições e autoridades locais como grupo organizado cooperativamente. • Despertar o interesse pela arte, desenvolver a criatividade artística, incentivando o gosto pela leitura e escrita, numa visão de mundo mais crítica e ao mesmo tempo romântica. • Desenvolver a coordenação motora e psicomotora, através dos Festivais Esportivos, integrando, reeducando e socializando por meio da interação dos jovens nas diversas comunidades. • Descobrir os talentos artísticos através de atividades que envolvam canto, dança, música, teatro e artesanato, oportunizando o desenvolvimento de suas potencialidades artísticas, trabalhando a auto estima, exteriorizando a beleza interior de cada jovem. • Criar espaços de reflexão sobre os projetos de vida e oportunizar ao jovem a participação do Projeto de Orientação Profissional – POP tendo como fio condutor os sonhos e a projeção para a vida e inserção no mundo do trabalho.
  • 6. Promover através da inclusão digital com curso de informática básica e Internet, habilitando os jovens a criar vídeos, documentários e filmes, os quais irão proporcionar oportunidades de concorrer no mercado de trabalho. • Conscientizar a importância da cultura da Paz num trabalho de integração entre as comunidades de cada coletivo, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários, promovendo ações que amenizem a violência. • Capacitar os Orientadores Sociais e Facilitadores para a construção de Blogs ( ferramenta on-line) para que desta forma tenham um espaço onde os Coletivos divulgarão e publicarão reflexões e conclusões acerca das ações e experiências vividas nas oficinas e encontros de convivência. 9- METAS Em nosso município veiculam-se notícias de agressão e outros crimes contra a criança e o adolescente . O que mais preocupa, nesta onda de violência é a constatação de que muitos desses crimes estão sendo cometidos por adolescentes. Quando estão fora da escola, a situação se agrava, a negação do direito à educação condena-os a uma vida marginal e ao risco de vida constante. Mais do que superar a fome e a miséria – estabelecendo um patamar mínimo obrigatório de dignidade humana – é necessário garantir aos excluídos as oportunidades para desenvolverem plenamente suas potencialidades e capacidades e, assim, viverem de forma digna e autônoma. Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS atuam de forma preventiva e potencializadora, integrando as políticas públicas voltadas às famílias do Bolsa Família. Para atender com qualidade a demanda de jovens do nosso município, cerca 2823 ( dois mil oitocentos e vinte e três ) famílias com jovens beneficiados pelo Programa Bolsa Família, há que se empreender grande esforço, muito tempo e investimentos significativos. A manutenção de 12 (doze) Coletivos de Jovens resolverá parte do problema, pois serão apenas 180 ( cento e oitenta ) adolescentes de 15 a 17 anos, atendidos pelo PROJOVEM ADOLESCENTE, e isto significa muito pouco num município de médio porte como este. O problema é real, núcleos de crianças e adolescentes aliciados pelo tráfico de drogas e em tempo ocioso. A gravidez na adolescência retroalimenta o ciclo de dependência dos serviços assistenciais. As mazelas da sociedade precisam ser enfrentadas. Em algumas comunidades a situação já se tornou crônica e tomou uma proporção perigosa para a segurança deles e dos demais municípios de Valença-RJ.
  • 7. Ações 2011 Responsáveis e Data ou período Atividades 2011 relação de Intersetorialidade Equipe PJA e Colônia de férias – atividades diferenciadas coletivos 18 a 28/01 Festival de Pipas Todos Coletivos 04/02 01/03 a 11/03 Capacitação de Equipe/Ciclo II Equipe PJA Paródia de Carnaval Coletivos 22 a 24/02 II JIPA Equipe PJA e 30/04 coletivos Jogos Internos 06/05-Juparanã Chá da Família Equipe PJA e 13/05-Varginha 20/05-João coletivos Bonito 26/05- Biquinha 27//05-Centro Garota e Garoto PROJOVEM COLETIVOS 05/06 Excursão a Cidade do Rio de Janeiro ( Zoológico, Jardim Botânico e Centro de COLETIVOS 22/07 Tradições Nordestinas) Concurso de Bandas e Fanfarras Equipe PJA e 28/08 coletivos Plantio de mudas na Serra dos Mascastes e Equipe PJA e Setembro e Trilha Ecológica -Torre coletivos Outubro Apresentações no Mês das Crianças COLETIVOS 29/10 (Escolas e Creches) Desfile de 7de Setembro Equipe e alguns 07/09 jovens PJA Festivais de Dança Todos Coletivos OUTUBRO NOVEMBRO Caminhada do Aniversário de Valença Todos Coletivos 25/09 Equipe PJA, 12/11-Cambota Projovem em Ação – CRAS/PAIF coletivos, 19/11-Centro CRAS/PAIF 26-João Bonito Desfile de Natal FORMATURA Coletivos Dezembro Confraternização dos Jovens (SESI)
  • 8. 10- IMPACTOS SOCIAIS ESPERADOS A Secretaria de Assistência Social, Esporte e Lazer deseja e a Coordenação do PJA propõe, firmar parcerias e realizar um trabalho integrado com instituições interessadas – Escolas, Igrejas, Associações, Clubes e outras, para ampliação do atendimento aos adolescentes e dar oportunidades de prática cidadã. Pretende-se atingir a meta de expansão de 2010 em 5 novos coletivos. Tendo como objetivo despertar no jovem a convivência de sua responsabilidade na construção de uma cidade/ sociedade melhor, estimulando sua auto-estima, para que ele se descubra capaz de superar sua realidade adversa a partir de seus próprios recursos, com dignidade e autonomia. Com isso diminuindo a evidência de situação de violação dos direitos adolescentes com os conflitos familiares e agressão, gravidez precoce, exploração sexual, uso de drogas, e tempo ocioso. Toda equipe PJA trabalha com objetivo de transformar nossos jovens a serem cidadãos mais participativos que multipliquem boas ações, que sejam líderes mais conscientes e que sejam inseridos no mercado de trabalho. 11-METAS • Criar um cadastro reserva dos inscritos na Bolsa Família para possíveis substituições, que ocorrerão em última instância, para manter todos os coletivos com sua capacidade máxima 20 (vinte) adolescentes. 12-METODOLOGIA A figura 1 destaca a especificidade de cada um dos eixos que está representado em um círculo próprio. A interseção entre eles indica a articulação que se espera seja realizada nas práticas socioeducativas com os jovens desde o início do serviço. Em resposta ao desafio de se formular uma proposta socioeducativa que vá ao encontro dos anseios e demandas do segmento da juventude focalizado pelo Projovem Adolescente, promovendo seguranças básicas e favorecendo o desenvolvimento integral dos jovens, foram concebidos três eixos orientadores das ações socioeducativas – “Convivência Social”, “Participação Cidadã” e “Mundo do Trabalho”. Esses eixos se integram para a estruturação de um processo formativo que pretende contribuir para que os jovens se apropriem criticamente dos conhecimentos social e historicamente acumulados, cultivem e adensem os valores éticos e democráticos e se constituam individual e coletivamente como cidadãos de direitos comprometidos com a transformação social.
  • 9. O convívio é parte da dinâmica social na qual se desenvolve o sentimento de pertença, a construção da identidade e a afirmação da individualidade. Por meio dele se realiza a transmissão dos códigos sociais e culturais e se estabelecem os valores que norteiam a vida em sociedade. É também por meio da convívio que se estabelecem e se solidificam os vínculos humanos, inicialmente no âmbito familiar, constituindo uma rede primária de relacionamentos que asseguram relacionamentos e tecendo-se redes secundárias, essenciais ao desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. A segurança sentida na convivência familiar e comunitária oferecerá as bases necessárias para o amadurecimento e para a constituição de uma vida adulta saudável (MDS e SEDH, 2006). Neste sentido, o serviço socioeducativo se coloca como mediador das relações que os jovens estabelecem entre si, com a família, com a comunidade e com as instituições, contribuindo para a construção de relações afetivas e vínculos estruturantes, reduzindo vulnerabilidades e promovendo potencialidades. O eixo da “Convivência Social” no Projovem Adolescente é o que melhor traduz a sua essência, enquanto serviço socioeducativo de proteção social básica, voltado ao fortalecimento de vínculos relacionais e de pertencimento. É justamente aí onde se afirma e se destaca a especificidade da política pública de assistência social na atenção à juventude, e onde reside a sua expertise. Pela sua relevância, não seria incorreto atribuir ao Projovem Adolescente a designação de “serviço socioeducativo de convívio”. A formação para a cidadania supõe a sensibilização e o desenvolvimento da percepção dos jovens sobre a realidade social, econômica, cultural, ambiental e política em que estão inseridos, especialmente sobre a condição juvenil; a apropriação de seus direitos de cidadania e o reconhecimento de deveres; o estímulo ao desenvolvimento de práticas associativas e de formas de expressão e manifestação de seus interesses, visões de mundo e posicionamento no espaço público. No Projovem Adolescente a participação é um meio e é um fim. É um meio ao se criarem condições para que os jovens se tornem sujeitos do processo socioeducativo e assumam papel destacado na decisão, organização, execução e avaliação das ações socioeducativas, instituindo-se a gestão compartilhada do “fazer socioeducativo” entre os jovens, os Orientadores Sociais e os Facilitadores de Oficinas de Convívio por meio do Esporte e Lazer e da Arte e Cultura e da Formação Técnica Geral para o mundo do trabalho. A participação é um fim, ao se fornecerem insumos e instrumentos que possibilitem aos jovens desenvolverem experiências estruturantes de ações coletivas de interesse público na comunidade e imprimirem visibilidade pública aos seus anseios, interesses, demandas e posicionamentos como cidadãos, sujeitos de direitos. A participação cidadã, para além da convivência social e do reconhecimento de direitos, visa ao desenvolvimento de potencialidades dos jovens que resultem na sua atuação crítica, protagônica e transformadora na vida pública, no exercício de uma cidadania ativa, criadora de novos direitos, de novos espaços participativos e comprometida com a democracia. A formação para o mundo do trabalho define-se aqui como processo vital e educativo que contribui para tornar possível aos jovens a sua existência autônoma e a sua cidadania. O trabalho é estruturador de identidades, cria espaço de pertencimento social, é organizador de práticas sociais específicas de caráter histórico e cultural, por meio das quais se constroem as condições de existência em sociedade. Nessa perspectiva, é constituinte do sujeito na sua totalidade; é o espaço onde o cidadão se realiza enquanto produtor de si mesmo e produtor de cultura. Na dimensão socioeducativa, a Introdução à Formação Técnica Geral para o mundo do trabalho, ainda que não vise à qualificação profissional, é imprescindível para a socialização e desenvolvimento de valores e habilidades que estruturam o jovem
  • 10. para a vida em sociedade. Propõe uma formação para o trabalho que incorpora também a sua dimensão subjetiva e de fonte de realização pessoal e de autoconhecimento. Valoriza a atividade humana, diferenciando-a da forma histórica do trabalho assalariado, tomando-a como ponto de partida para a produção de conhecimento e de cultura. Articulando a relação entre conhecimento e atividade produtiva, possibilita aos jovens a apreensão de elementos culturais, que concorrem para a configuração de seus horizontes em termos de cidadania e de vida economicamente ativa. 12.1 - Temas transversais O conjunto de questões sociais objetos de atenção e reflexão no Projovem Adolescente se expressa em temas transversais que atravessam e perpassam, em toda a sua extensão, as ações socioeducativas em suas atividades teóricas e práticas, recobrindo os vários domínios e conteúdos imprescindíveis para a compreensão da realidade e para a participação social dos jovens em seu processo de crescimento e desenvolvimento individual e coletivo. Os temas transversais são: · Juventude e Direitos Humanos e Socioassistenciais - Jonatha Peixoto Crispim · Juventude e Saúde - Kelly de Fátima Carvalho · Juventude e Meio Ambiente - Joana da Silva Tomaz · Juventude e Trabalho - Wesleymar Clementino da Silva ( FTG ) - Vanessa Figueira Gonçalves ( PLA ) - Cleiton Ferreira dos Nascimento ( Inclusão Digital ) - Evandro Modesto ( Inclusão Digital ) · Juventude e Cultura -Lúcia Helena da Silva - DANÇA -Jean Paulo Murat – MÚSICA -Joelma Rocha da Cunha – DANÇA · Juventude e Esporte e Lazer -Pabyel Antônio Lopes Wunsch – PRÁTICAS ESPORTIVAS -Levy Jessiano Magalhães da Costa – PRÀTICAS ESPORTIVAS
  • 11. A seleção dos conteúdos e das ações socioeducativas em cada tema transversal teve como referência a análise das condições institucionais para a efetiva integração das políticas públicas voltadas para os jovens no Município. Figura 2 – Eixos estruturantes e temas transversais do Projovem Adolescente 12.2 - Dimensões metodológicas A concepção metodológica do Projovem Adolescente visa ao desenvolvimento integral dos jovens, abrangendo e articulando as diversas dimensões de sua vida como indivíduo, como futuro profissional e como cidadão, e promovendo a vivência de práticas socioeducativas que proporcionem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades para empreenderem projetos de vida pessoais e coletivos, transformadores e comprometidos com o bem comum. Nessas perspectivas, as principais referências metodológicas do Projovem Adolescente estão apoiadas nas seguintes dimensões:
  • 12. _ Dimensão dialógica – o alargamento da percepção e da aprendizagem se produz em diálogo entre iguais. Significa considerar a todos como portadores de saberes e favorecer ações socioeducativas que se realizem na troca de idéias e de experiências, na socialização de conhecimentos, no trato de conflitos e na negociação e construção de consensos, facilitados pela convivência e pelo trabalho coletivo. _ Dimensão reflexiva – o desenvolvimento de postura crítica a partir da reflexão sobre o cotidiano, sobre as experiências pessoais, coletivas e comunitárias e sobre as práticas socializadoras vivenciadas pelos jovens em suas diversas redes. A dimensão reflexiva está voltada para a elaboração do que é vivido – assim como o projetado na ordem imaginária – e para a sistematização dos novos conhecimentos adquiridos. _ Dimensão cognitiva – a ampliação da capacidade de analisar, comparar, refletir, não só sobre o que se aprende, mas sobre como se aprende; capacidade de acessar informações e conhecimentos, de apropriar-se das aprendizagens, reproduzir e criar novos saberes e transformá-los em novas experiências. _ Dimensão afetiva – o desenvolvimento e ampliação de relacionamentos interpessoais, envolvimento e comprometimento, construção de interesses comuns, cumplicidades e criação de vínculos afetivos que proporcionam alegria e prazer na participação das ações socioeducativas. _ Dimensão ética – o exercício da participação democrática, da tolerância, da cooperação, da solidariedade, do respeito às diferenças nas relações entre os jovens e entre estes e a equipe de profissionais, para o desenvolvimento de princípios e valores relacionados aos direitos, à dignidade humana, à cidadania e à democracia. _ Dimensão estética – o estímulo ao desenvolvimento das sensibilidades estéticas na perspectiva da percepção do outro em suas diferenças, independentemente dos valores e padrões impostos como mecanismos de exclusão e invisibilidade social. A valorização e legitimação das diferentes expressões artísticas, culturais, de condições físicas, origem étnica, racial, de opção religiosa e de orientação sexual. _ Dimensão lúdica – o estímulo ao espírito de liberdade, à alegria de viver, ao desenvolvimento integral de todas as potencialidades humanas, valorizando o jogo e a brincadeira no jeito de ser jovem e favorecendo a livre expansão das individualidades, base para uma real emancipação humana.
  • 13. Figura 3 – Dimensões metodológicas do Projovem Adolescente As dimensões metodológicas orientam o fazer socioeducativo. Aliadas a um conjunto de princípios e valores que permeiam a organização dos espaços educativos e a convivência com e entre os jovens, constituem as principais referências metodológicas do Projovem Adolescente. 13 - RECURSOS NECESSÁRIOS • Humanos: - 06 Orientadores Sociais e 12 Facilitadores de Oficinas para 12 Coletivos de Jovens - Assessor administrativo: sendo lotado na Sede PJA - 04 Assistentes Socias CRAS (Juparanã), CRAS/PAIF (Varginha), PAIF(Cambota e Biquinha) e Bolsa Família (Centro e João Bonito) - Um Gestor Municipal - Um coordenador PJA 14 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS No endereço eletrônico: http://www.mds.gov.br/suas/guia_protecao/projovem projovem-valenca-rj@hotmail.com (Orkut e Blog) SEDE PROJOVEM ADOLESCENTE Rua Mário Castilho, 89, Centro-Valença-RJ, Tel.: 2453 3433 Responsáveis pela elaboração do Plano: Elaborado pelo coordenador Prof. Max Andrey Barbosa dos Santos , Equipe de Orientadores Sociais e Facilitadores PJA 2011 Valença, 14 de março de 2011