O documento apresenta o perfil de competências do especialista em Medicina Geral e Familiar em Portugal, definindo as suas características principais e competências-chave. Inclui uma introdução, descrição do perfil profissional, competências gerais e específicas, objetivos de formação por estágio e área, e terminologia relevante. Tem como objetivo servir de guia para a formação e certificação dos médicos nesta especialidade no país.
O documento lista 5 discentes e sua professora em uma disciplina de Antropologia e História da Alimentação. Ele também discute os princípios e desafios dos cuidados paliativos, com foco no controle da dor e sofrimento dos pacientes terminais. Por fim, destaca a importância da nutrição nesses cuidados para melhorar a qualidade de vida mesmo sem cura possível.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
O documento discute a história e os princípios dos cuidados paliativos em Portugal. Foi criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados em 2003 e em 2006 a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Os cuidados paliativos centram-se no alívio do sofrimento e melhoria da qualidade de vida dos pacientes e famílias. Cerca de 100.000 pessoas morrem anualmente em Portugal de doenças como AVC, câncer e problemas respiratórios.
O documento discute a distanásia, que é o prolongamento exagerado da agonia e sofrimento de um paciente terminal, e a ortotanásia, que é evitar procedimentos desnecessários nessas situações. Também aborda a dignidade do paciente, o direito à morte digna versus direito de morrer, e os desafios dos cuidados paliativos.
O documento discute a história natural das doenças, abordando sua definição, fatores, fases e modelos. Apresenta os conceitos de saúde e doença e as fases pelo qual uma doença se desenvolve, desde os estágios iniciais até a possível recuperação ou sequelas. Também explica os diferentes tipos de prevenção e seus níveis de acordo com quando são aplicados no curso da doença.
O documento discute a relação entre doenças mentais e criminalidade, especificamente homicídio. Apresenta estatísticas sobre os principais transtornos mentais graves como esquizofrenia e transtorno bipolar e sua associação com comportamento violento e homicídio. Também aborda o tema do homicídio anormal versus homicídio normal relacionados a doenças mentais e fornece referências bibliográficas sobre o assunto.
O documento discute o tema da ansiedade, definindo-a como um estado emocional de medo ou preocupação em relação ao futuro. Explora as causas da ansiedade, incluindo fatores genéticos, ambientais e neurológicos, além de abordar formas de tratamento como terapia e medicamentos.
O documento discute cuidados paliativos, definindo-o como uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e famílias com doenças terminais através do alívio da dor e sofrimento de forma física, psicológica e espiritual. Também reflete sobre conceitos como saúde, vida e morte e o papel de profissionais de saúde e cuidadores nesse processo.
O documento lista 5 discentes e sua professora em uma disciplina de Antropologia e História da Alimentação. Ele também discute os princípios e desafios dos cuidados paliativos, com foco no controle da dor e sofrimento dos pacientes terminais. Por fim, destaca a importância da nutrição nesses cuidados para melhorar a qualidade de vida mesmo sem cura possível.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
O documento discute a história e os princípios dos cuidados paliativos em Portugal. Foi criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados em 2003 e em 2006 a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Os cuidados paliativos centram-se no alívio do sofrimento e melhoria da qualidade de vida dos pacientes e famílias. Cerca de 100.000 pessoas morrem anualmente em Portugal de doenças como AVC, câncer e problemas respiratórios.
O documento discute a distanásia, que é o prolongamento exagerado da agonia e sofrimento de um paciente terminal, e a ortotanásia, que é evitar procedimentos desnecessários nessas situações. Também aborda a dignidade do paciente, o direito à morte digna versus direito de morrer, e os desafios dos cuidados paliativos.
O documento discute a história natural das doenças, abordando sua definição, fatores, fases e modelos. Apresenta os conceitos de saúde e doença e as fases pelo qual uma doença se desenvolve, desde os estágios iniciais até a possível recuperação ou sequelas. Também explica os diferentes tipos de prevenção e seus níveis de acordo com quando são aplicados no curso da doença.
O documento discute a relação entre doenças mentais e criminalidade, especificamente homicídio. Apresenta estatísticas sobre os principais transtornos mentais graves como esquizofrenia e transtorno bipolar e sua associação com comportamento violento e homicídio. Também aborda o tema do homicídio anormal versus homicídio normal relacionados a doenças mentais e fornece referências bibliográficas sobre o assunto.
O documento discute o tema da ansiedade, definindo-a como um estado emocional de medo ou preocupação em relação ao futuro. Explora as causas da ansiedade, incluindo fatores genéticos, ambientais e neurológicos, além de abordar formas de tratamento como terapia e medicamentos.
O documento discute cuidados paliativos, definindo-o como uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e famílias com doenças terminais através do alívio da dor e sofrimento de forma física, psicológica e espiritual. Também reflete sobre conceitos como saúde, vida e morte e o papel de profissionais de saúde e cuidadores nesse processo.
Entende-se que sempre que duas pessoas entram em processo de comunicação, estabelece-se um acorde de cooperação, no qual essas pessoas procuram se comunicar através das palavras, dos gestos, postura, no olhar ou no contexto.Sendo assim, Comunicar-se é um dever e direito de qualquer pessoa, a comunicação encontra um sentido de conforto, se tornando parte do tratamento, sendo assim uma ferramenta fundamental no cuidado de enfermagem e da equipe de saúde, e para sua eficácia todos devem utilizar a mesma linguagem de forma universal, ou seja de forma que todos entendam a mensagem.
Lição 7 - Ética Cristã e Doação de ÓrgãosÉder Tomé
A lição discute a ética cristã da doação de órgãos, mostrando que é um ato de amor fundamentado na doutrina cristã. Apresenta exemplos bíblicos de doação como Cristo e Paulo e refuta argumentos contra a doação como o uso de células-tronco embrionárias. Conclui que doar órgãos expressa o verdadeiro amor ao próximo.
O documento discute medidas de promoção da saúde, como hábitos saudáveis, higiene, ordenamento do território, vacinação, rastreios e campanhas de sensibilização. A promoção da saúde visa prevenir doenças e aumentar o controle sobre fatores que determinam a saúde, de acordo com a OMS. As principais medidas incluem estilos de vida saudáveis, melhoria da higiene, qualidade ambiental e campanhas educacionais.
O intestino é formado por duas regiões, o delgado responsável pela digestão e absorção de alimentos, e o grosso responsável pela absorção de água e eliminação de resíduos. O câncer colorretal é o quinto mais comum no Brasil e se desenvolve a partir de pólipos, sendo importante a detecção precoce através de exames como a colonoscopia para remover os pólipos antes da transformação em câncer.
a) Os sete dons do Espírito Santo - Sabedoria, Inteligência, Ciência, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus - ajudam os cristãos a entender os planos de Deus e a amá-Lo, enquanto capacitam-nos a superar o medo e a indiferença.
b) Cada dom tem um significado específico, como a sabedoria que leva a uma visão integral das coisas, a inteligência que permite compreender as verdades da salvação, e o conselho que capacita
O documento discute esquizofrenia, incluindo sua definição, sintomas, causas, tratamentos e figuras históricas famosas que tiveram a doença. Aborda fatores genéticos e ambientais, neurotransmissores envolvidos, zonas cerebrais afetadas, exames realizados para diagnóstico, medicamentos usados e visão médico-espírita sobre a doença.
A epidemiologia estuda a distribuição e os fatores determinantes das doenças e eventos relacionados à saúde em populações humanas. Ela fornece dados essenciais para planejamento de ações de saúde e identifica fatores causais de doenças. A epidemiologia descreve a ocorrência de problemas de saúde e analisa associações entre fatores suspeitos e estados de saúde-doença.
O documento discute os cuidados paliativos, definindo-o como a assistência a pacientes com doenças que ameacem a vida para melhorar sua qualidade de vida e aliviar o sofrimento. Apresenta os princípios dos cuidados paliativos, como promover o alívio da dor, integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado, e oferecer suporte aos familiares. Também discute a avaliação e o controle da dor nos pacientes.
O documento discute a educação popular na saúde no Brasil. Ele descreve os princípios da educação popular como diálogo, amorosidade e problematização. O objetivo geral é implementar a educação popular no SUS para promover a participação popular, gestão participativa e controle social no cuidado com a saúde. Os desafios incluem diferentes modelos de atenção à saúde, formação de conhecimentos e participação social.
O documento discute os determinantes sociais do processo saúde-doença ao longo da história da humanidade. Apresenta as quatro fases por que passou a compreensão desse processo: 1) fase mágica ou aspectos sociais; 2) teoria miasmática; 3) teoria bacteriológica ou microbiológica; 4) abordagem multicausal. Explica cada fase e conclui que atualmente o processo é considerado resultado de fatores biopsicossociais.
Aula sobre segurança do paciente no cuidado da pessoa idosaProqualis
O documento discute os desafios da segurança do paciente idoso no cuidado à saúde, incluindo o aumento da população idosa no Brasil, as múltiplas doenças crônicas e riscos de polifarmácia. Também aborda os riscos específicos no cuidado ao idoso como identificação correta, comunicação entre profissionais, segurança na prescrição de medicamentos, realização de procedimentos cirúrgicos corretos, prevenção de infecções através da higienização das mãos, e redução do risco de
1. O documento discute os desafios do financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, incluindo a necessidade de fortalecer a APS e o Sistema Único de Saúde (SUS). 2. Ele apresenta as principais tendências internacionais de financiamento da APS e propõe um novo modelo misto de financiamento para o Brasil baseado em capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivos a programas e estratégias. 3. O novo modelo visa valorizar a responsabilidade das equipes de sa
1. O documento discute o cuidado paliativo no século 21 e apresenta dois casos clínicos.
2. Um caso típico ilustra como o modelo mental dos profissionais de saúde sobre cuidado paliativo precisa mudar.
3. Um caso não tão típico mostra como o cuidado paliativo pode melhorar a qualidade de vida controlando sintomas, lidando com emoções e discutindo objetivos de cuidado.
O documento discute os cuidados paliativos no contexto do avanço das condições crônicas. Apresenta a unidade de cuidados paliativos de um hospital no DF, com leitos oncológicos e geriátricos e ambulatório multidisciplinar. Também discute a educação em cuidados paliativos na residência médica e multiprofissional. Defende a integração dos cuidados paliativos na rede de atenção à saúde para garantir o acesso precoce, com diálogo na comunidade e hospitais.
O documento discute as atualizações do calendário básico de vacinação da criança no Brasil em 2012-2013, incluindo a introdução da vacina pentavalente e da vacina inativada contra poliomielite, e o desenvolvimento de uma vacina heptavalente no futuro. Além disso, destaca a importância de manter a campanha nacional de vacinação contra poliomielite para evitar a reintrodução da doença.
Discurso de abertura para festividade de jovens IIAmor pela EBD
Discurso de abertura para festividade de jovens mocidade
Salve o arquivo e edite em seu computador conforme as suas necessidades. Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de evangelização.
E-mail: professoramiriamnavarro@gmail.com
Fanpage: facebook.com/amorpelaebd
O documento resume os resultados de uma pesquisa sobre cuidados paliativos realizada com estudantes de uma escola secundária. A pesquisa mostra que a maioria dos estudantes já ouviu falar de cuidados paliativos, porém poucos conhecem unidades dedicadas a estes cuidados ou pessoas que os receberam. Todos os estudantes acham importante o desenvolvimento desta área como uma alternativa à eutanásia.
Desenvolvimento curricular cbc-bollela-amaral-grossemanPROIDDBahiana
1) O documento discute o desenvolvimento de currículos médicos baseados em competências, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Medicina no Brasil.
2) Essas diretrizes definem competências gerais como atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação e outras que devem ser desenvolvidas nos estudantes.
3) O documento propõe uma matriz de competências adaptada de uma organização americana para estruturar o currículo de acordo com as diretrizes.
Desenvolvimento curricular cbc-bollela-amaral-grossemanPROIDDBahiana
1) O documento discute o desenvolvimento de currículos médicos baseados em competências, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Medicina no Brasil.
2) As DCN definem competências gerais como atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação, liderança e educação permanente que devem ser desenvolvidas nos cursos de medicina.
3) O documento propõe o uso de uma matriz de competências adaptada de uma organização americana para guiar o desenvolvimento de um novo currículo de medicina baseado em compet
Entende-se que sempre que duas pessoas entram em processo de comunicação, estabelece-se um acorde de cooperação, no qual essas pessoas procuram se comunicar através das palavras, dos gestos, postura, no olhar ou no contexto.Sendo assim, Comunicar-se é um dever e direito de qualquer pessoa, a comunicação encontra um sentido de conforto, se tornando parte do tratamento, sendo assim uma ferramenta fundamental no cuidado de enfermagem e da equipe de saúde, e para sua eficácia todos devem utilizar a mesma linguagem de forma universal, ou seja de forma que todos entendam a mensagem.
Lição 7 - Ética Cristã e Doação de ÓrgãosÉder Tomé
A lição discute a ética cristã da doação de órgãos, mostrando que é um ato de amor fundamentado na doutrina cristã. Apresenta exemplos bíblicos de doação como Cristo e Paulo e refuta argumentos contra a doação como o uso de células-tronco embrionárias. Conclui que doar órgãos expressa o verdadeiro amor ao próximo.
O documento discute medidas de promoção da saúde, como hábitos saudáveis, higiene, ordenamento do território, vacinação, rastreios e campanhas de sensibilização. A promoção da saúde visa prevenir doenças e aumentar o controle sobre fatores que determinam a saúde, de acordo com a OMS. As principais medidas incluem estilos de vida saudáveis, melhoria da higiene, qualidade ambiental e campanhas educacionais.
O intestino é formado por duas regiões, o delgado responsável pela digestão e absorção de alimentos, e o grosso responsável pela absorção de água e eliminação de resíduos. O câncer colorretal é o quinto mais comum no Brasil e se desenvolve a partir de pólipos, sendo importante a detecção precoce através de exames como a colonoscopia para remover os pólipos antes da transformação em câncer.
a) Os sete dons do Espírito Santo - Sabedoria, Inteligência, Ciência, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus - ajudam os cristãos a entender os planos de Deus e a amá-Lo, enquanto capacitam-nos a superar o medo e a indiferença.
b) Cada dom tem um significado específico, como a sabedoria que leva a uma visão integral das coisas, a inteligência que permite compreender as verdades da salvação, e o conselho que capacita
O documento discute esquizofrenia, incluindo sua definição, sintomas, causas, tratamentos e figuras históricas famosas que tiveram a doença. Aborda fatores genéticos e ambientais, neurotransmissores envolvidos, zonas cerebrais afetadas, exames realizados para diagnóstico, medicamentos usados e visão médico-espírita sobre a doença.
A epidemiologia estuda a distribuição e os fatores determinantes das doenças e eventos relacionados à saúde em populações humanas. Ela fornece dados essenciais para planejamento de ações de saúde e identifica fatores causais de doenças. A epidemiologia descreve a ocorrência de problemas de saúde e analisa associações entre fatores suspeitos e estados de saúde-doença.
O documento discute os cuidados paliativos, definindo-o como a assistência a pacientes com doenças que ameacem a vida para melhorar sua qualidade de vida e aliviar o sofrimento. Apresenta os princípios dos cuidados paliativos, como promover o alívio da dor, integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado, e oferecer suporte aos familiares. Também discute a avaliação e o controle da dor nos pacientes.
O documento discute a educação popular na saúde no Brasil. Ele descreve os princípios da educação popular como diálogo, amorosidade e problematização. O objetivo geral é implementar a educação popular no SUS para promover a participação popular, gestão participativa e controle social no cuidado com a saúde. Os desafios incluem diferentes modelos de atenção à saúde, formação de conhecimentos e participação social.
O documento discute os determinantes sociais do processo saúde-doença ao longo da história da humanidade. Apresenta as quatro fases por que passou a compreensão desse processo: 1) fase mágica ou aspectos sociais; 2) teoria miasmática; 3) teoria bacteriológica ou microbiológica; 4) abordagem multicausal. Explica cada fase e conclui que atualmente o processo é considerado resultado de fatores biopsicossociais.
Aula sobre segurança do paciente no cuidado da pessoa idosaProqualis
O documento discute os desafios da segurança do paciente idoso no cuidado à saúde, incluindo o aumento da população idosa no Brasil, as múltiplas doenças crônicas e riscos de polifarmácia. Também aborda os riscos específicos no cuidado ao idoso como identificação correta, comunicação entre profissionais, segurança na prescrição de medicamentos, realização de procedimentos cirúrgicos corretos, prevenção de infecções através da higienização das mãos, e redução do risco de
1. O documento discute os desafios do financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, incluindo a necessidade de fortalecer a APS e o Sistema Único de Saúde (SUS). 2. Ele apresenta as principais tendências internacionais de financiamento da APS e propõe um novo modelo misto de financiamento para o Brasil baseado em capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivos a programas e estratégias. 3. O novo modelo visa valorizar a responsabilidade das equipes de sa
1. O documento discute o cuidado paliativo no século 21 e apresenta dois casos clínicos.
2. Um caso típico ilustra como o modelo mental dos profissionais de saúde sobre cuidado paliativo precisa mudar.
3. Um caso não tão típico mostra como o cuidado paliativo pode melhorar a qualidade de vida controlando sintomas, lidando com emoções e discutindo objetivos de cuidado.
O documento discute os cuidados paliativos no contexto do avanço das condições crônicas. Apresenta a unidade de cuidados paliativos de um hospital no DF, com leitos oncológicos e geriátricos e ambulatório multidisciplinar. Também discute a educação em cuidados paliativos na residência médica e multiprofissional. Defende a integração dos cuidados paliativos na rede de atenção à saúde para garantir o acesso precoce, com diálogo na comunidade e hospitais.
O documento discute as atualizações do calendário básico de vacinação da criança no Brasil em 2012-2013, incluindo a introdução da vacina pentavalente e da vacina inativada contra poliomielite, e o desenvolvimento de uma vacina heptavalente no futuro. Além disso, destaca a importância de manter a campanha nacional de vacinação contra poliomielite para evitar a reintrodução da doença.
Discurso de abertura para festividade de jovens IIAmor pela EBD
Discurso de abertura para festividade de jovens mocidade
Salve o arquivo e edite em seu computador conforme as suas necessidades. Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de evangelização.
E-mail: professoramiriamnavarro@gmail.com
Fanpage: facebook.com/amorpelaebd
O documento resume os resultados de uma pesquisa sobre cuidados paliativos realizada com estudantes de uma escola secundária. A pesquisa mostra que a maioria dos estudantes já ouviu falar de cuidados paliativos, porém poucos conhecem unidades dedicadas a estes cuidados ou pessoas que os receberam. Todos os estudantes acham importante o desenvolvimento desta área como uma alternativa à eutanásia.
Desenvolvimento curricular cbc-bollela-amaral-grossemanPROIDDBahiana
1) O documento discute o desenvolvimento de currículos médicos baseados em competências, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Medicina no Brasil.
2) Essas diretrizes definem competências gerais como atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação e outras que devem ser desenvolvidas nos estudantes.
3) O documento propõe uma matriz de competências adaptada de uma organização americana para estruturar o currículo de acordo com as diretrizes.
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1) O documento discute o desenvolvimento de currículos médicos baseados em competências, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Medicina no Brasil.
2) As DCN definem competências gerais como atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação, liderança e educação permanente que devem ser desenvolvidas nos cursos de medicina.
3) O documento propõe o uso de uma matriz de competências adaptada de uma organização americana para guiar o desenvolvimento de um novo currículo de medicina baseado em compet
O documento discute a saúde ambiental e é dividido em três seções. A primeira seção aborda os conceitos e evolução da saúde ambiental, incluindo questões ambientais globais e a política brasileira de saúde ambiental. A segunda seção examina a relação entre saúde e ambiente, incluindo exposição humana, agrotóxicos e saneamento. A terceira seção discute questões de saúde ambiental para equipes de Saúde da Família, incluindo ações e atuação intersetorial.
apresentação pet saúde Vivência usf nestor guimarãesmichele funato
O documento descreve a vivência de alunos do PET-Saúde na Unidade de Saúde da Família Nestor Guimarães, com objetivo de integrar ensino, serviço e comunidade. Os alunos realizaram atividades de promoção da saúde com foco em diferentes públicos como crianças, gestantes, hipertensos e diabéticos. As ações contribuíram para a formação dos alunos e melhoria da saúde da comunidade atendida pela unidade.
Unidade 1 apresenta três modelos de educação em saúde: educação para a saúde, educação em saúde e educação popular em saúde. A educação para a saúde vê a educação como instrumento para obter saúde, enquanto a educação em saúde enfatiza o diálogo entre saberes. A educação popular em saúde promove a participação ativa da comunidade nos processos de saúde.
Este documento apresenta um resumo sobre endemias e epidemias, abordando doenças como dengue, leishmaniose, febre amarela, influenza, febre maculosa e leptospirose. O documento discute conceitos de epidemia e endemia, fatores determinantes, organização da assistência e elaboração de planos de contingência para situações epidêmicas. Apresenta também informações específicas sobre cada uma das doenças mencionadas.
1. O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da UERJ foi um dos primeiros do Brasil, criado em 1976 para formar médicos especializados em atenção primária à saúde.
2. O documento descreve os desafios iniciais para implantar um programa com foco em saúde comunitária e integral, em oposição ao modelo médico hospitalocêntrico da época.
3. Também discute as dificuldades contínuas enfrentadas pelo programa, como a falta de alinhamento com os modelos hegem
1. O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da UERJ foi um dos primeiros do Brasil, criado em 1976 para formar médicos especializados em atenção primária à saúde.
2. O documento descreve os desafios iniciais para implantar um programa com foco em saúde comunitária e integral, em oposição ao modelo médico hospitalocêntrico da época.
3. Também discute as dificuldades contínuas enfrentadas pelo programa, como a falta de alinhamento com os modelos hegem
Este documento apresenta diretrizes para o ensino da Atenção Primária à Saúde na graduação em Medicina no Brasil. Ele destaca a importância de se ter uma abordagem longitudinal ao longo de todo o curso, com ênfase nas abordagens individual, familiar e comunitária. Além disso, recomenda o uso de metodologias ativas e dialógicas que integrem teoria e prática, possibilitando a reflexão crítica dos estudantes.
Este documento apresenta o planejamento e avaliação das ações em saúde na Atenção Básica. Aborda os principais tópicos: 1) Planejamento em saúde, incluindo aspectos gerais, métodos e o Planejamento Estratégico Situacional; 2) Diagnóstico situacional em saúde utilizando o método da Estimativa Rápida; 3) Elaboração do plano de ação; 4) Monitoramento e avaliação das ações de saúde. Tem como objetivo capacitar profissionais da Atenção B
[1] O documento apresenta recomendações sobre condutas e procedimentos do profissional de Educação Física na atenção básica à saúde.
[2] Aborda contextos e perspectivas da atuação do profissional de Educação Física nos diferentes níveis de atenção à saúde, áreas e níveis de intervenção, competências gerais e específicas.
[3] Discutem intervenção profissional, condutas gerais e procedimentos técnicos, como anamnese, fatores de risco
O documento discute a residência multiprofissional em saúde no Brasil. Ele descreve a história e regulamentação das residências, incluindo a criação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Também discute os princípios orientadores como a multiprofissionalidade, integralidade e educação permanente. Finalmente, propõe a criação de Câmaras Técnicas para assessorar a Comissão Nacional sobre requisitos para diferentes áreas temáticas.
1) O relatório final de um grupo de trabalho sobre educação sexual apresenta conclusões e recomendações sobre a promoção da educação para a saúde nas escolas portuguesas.
2) Defende que a educação para a saúde deve ser obrigatória em todas as escolas e abranger quatro áreas principais: alimentação e atividade física, consumo de substâncias, sexualidade e violência.
3) Propõe um programa mínimo obrigatório de educação sexual para todos os estudantes, de acordo com a idade, e que esta seja
1. O relatório final de um grupo de trabalho sobre educação sexual propõe a promoção e educação para a saúde nas escolas como obrigatória e integrada no projeto educativo de cada escola, abrangendo quatro áreas principais: alimentação, consumo de substâncias, sexualidade e violência.
2. A educação sexual deverá existir em todas as escolas e ser abordada de acordo com a idade dos alunos, seguindo um programa mínimo obrigatório. Deve haver avaliação dos conhecimentos adquiridos.
1. Este documento descreve uma sessão de educação para a saúde realizada para crianças do 1o ciclo do ensino fundamental.
2. A sessão abordou três temas: etiqueta respiratória, higienização das mãos e cuidados com feridas, com o objetivo de promover estilos de vida saudáveis e prevenir doenças.
3. O documento inclui o enquadramento teórico destes temas e o papel do enfermeiro na educação para a saúde escolar.
1. O documento descreve a experiência do Pólo de Capacitação da UFJF em utilizar a metodologia da problematização no Curso Introdutório para Equipes de Saúde da Família.
2. A metodologia da problematização foi adequada ao curso, favoreceu a aprendizagem dos participantes de forma criativa e envolveu o grupo na construção dos conhecimentos.
3. O estudo analisou documentos e avaliações de 55 cursos realizados entre 2000-2002, que capacitaram mais de 2.800 profissionais
O documento discute a educação permanente em saúde no Brasil, definindo-a como uma estratégia de aprendizagem contínua baseada na resolução de problemas reais do trabalho. A educação permanente busca qualificar profissionais por meio da reflexão sobre a prática e está ligada à melhoria dos indicadores de saúde da população. O Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde orienta as ações locais de formação, sendo construído coletivamente com apoio dos Núcleos de Apoio à Saúde
O documento discute a educação permanente em saúde no Brasil, definindo-a como uma estratégia de aprendizagem contínua baseada na resolução de problemas reais do trabalho. A educação permanente busca qualificar profissionais por meio da reflexão sobre a prática e está ligada à melhoria dos indicadores de saúde da população. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) apoia a implementação de ações de educação permanente nos municípios.
De acordo com as definições apresentadas, o Conselho Gestor Participativo é um espaço de participação social que tem como objetivo promover a gestão democrática da unidade de saúde. Ele reúne representantes dos usuários, trabalhadores e gestores da unidade para discutir questões relativas ao planejamento e avaliação das ações e serviços de saúde ofertados naquela unidade, de forma a garantir que as necessidades e prioridades da população sejam levadas em conta no processo de tomada de decisões. Sua realização em unidades básicas de saúde decorre dos princípi
O documento propõe a criação de um Centro de Assistência à Saúde no Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba para fornecer atendimento médico multiprofissional e com foco na atenção primária à saúde dos bombeiros e suas famílias. O Centro seria estruturado com profissionais de saúde do próprio Corpo de Bombeiros e financiado por parcerias com o SUS e recursos do Fundo de Saúde.
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Source: Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes, 2018.
A Consensus Report by the American Diabetes Association
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Circular Normativa DGS - Acesso dos doentes com suspeita de esclerose múltip...Mgfamiliar Net
Este documento estabelece novas diretrizes para o acesso de pacientes com suspeita de esclerose múltipla às consultas hospitalares especializadas em Portugal, com o objetivo de melhorar o diagnóstico e a gestão integrada da doença. Pacientes entre 15-45 anos que apresentem sintomas neurológicos agudos ou recorrentes devem ser imediatamente encaminhados para neurologistas ou especialistas em esclerose múltipla.
Este documento descreve o programa de um curso sobre medicina cardiovascular para não cardiologistas, ocorrendo entre 28 e 30 de abril de 2018. O curso é dividido em 8 módulos que abordam tópicos como prevenção de doenças cardiovasculares, abordagem de pacientes na emergência, insuficiência cardíaca, doença coronária e outras patologias. O curso tem como objetivo fornecer orientações práticas para a avaliação e tratamento de situações cardiovasculares comuns na prática clínica.
Convite - Congresso Português de Cardiologia 2018Mgfamiliar Net
Este documento convida médicos para o Congresso Português de Cardiologia de 2018, que irá ocorrer de 28 a 30 de Abril no Algarve. O congresso terá um programa científico abrangente e cursos práticos pré e pós-congresso. Haverá também um Ciclo de Atualização em Medicina Cardiovascular para não cardiologistas focado em casos clínicos e prevenção cardiovascular.
2017 AHA ACC Hypertension Guidelines made simpleMgfamiliar Net
This document provides guidelines for the prevention, detection, evaluation, and management of high blood pressure in adults. It includes tables and figures from the full 2017 ACC/AHA hypertension guideline. Table 6 defines categories of blood pressure. Table 11 lists corresponding blood pressure values for different measurement methods. Figure 1 provides an approach for detecting white coat hypertension or masked hypertension in patients not on drug therapy.
Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes, 2015: A Patient- Centered App...Mgfamiliar Net
Update to a Position Statement of the American Diabetes Association and the European Association for the Study of Diabetes
Diabetes Care 2015;38:140–149 | DOI: 10.2337/dc14-2441
Abordagem Terapêutica Farmacológica na Diabetes Mellitus Tipo 2 no AdultoMgfamiliar Net
Este documento apresenta as diretrizes para o tratamento farmacológico da diabetes mellitus tipo 2 no adulto, incluindo: 1) a metformina é o tratamento de primeira linha, podendo adicionar uma sulfonilureia ou outros fármacos em caso de falha; 2) a terapia dupla deve ser considerada após 3 meses caso o controle glicêmico seja inadequado; 3) a terapia tripla pode incluir um terceiro antidiabético oral ou insulina dependendo do objetivo de redução da HbA1c.
Juramento de Hipócrates - Declaração de Genebra 2017Mgfamiliar Net
A Declaração de Genebra da Associação Médica Mundial estabelece os princípios éticos fundamentais da profissão médica, incluindo a dedicação à saúde e bem-estar dos pacientes, o respeito pela autonomia e dignidade humana, e o compromisso de não usar o conhecimento médico para violar direitos humanos.
O documento descreve a evolução crescente da prevalência da diabetes em Portugal de 2008 a 2015, que aumentou de 11,7% para 13,3%. Também mostra que a expectativa de vida é reduzida em cerca de 12 anos nos doentes com diabetes e doença cardiovascular prévia.
Standards of Medical Care in Diabetes—2017: Summary of RevisionsMgfamiliar Net
This document summarizes revisions made to the 2017 Standards of Medical Care in Diabetes. Key changes include expanding the focus on psychosocial care and reducing disparities. Screening and classification recommendations were updated, including new staging of type 1 diabetes and discussion of monogenic diabetes. Assessment of comorbidities and communication goals were emphasized. Lifestyle management recommendations addressed nutrition, physical activity, and mental health referrals. Glycemic targets and definitions of hypoglycemia were changed based on new evidence. Guidelines for obesity/metabolic surgery, pharmacologic therapy, cardiovascular risk management, and microvascular complications/foot care were also updated.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Apostila Gerência de Riscos PDF voltado para Segurança do Trabalho
Perfil de competências do especialista em Medicina Geral e Familiar
1. 1
Colégio de Medicina Geral e Familiar
Perfil de competências do especialista em
Medicina Geral e Familiar
«General practice is the easiest job in the world to do badly,
but the most difficult to do well»
Sir Denis Pereira Gray (1)
Documento elaborado de acordo com Portaria n.º 79/2018 – Regulamento do Internato
Médico e Portaria nº 125/2019 de 30 de abril - Atualização do programa de formação da
área de especialização de Medicina Geral e Familiar
Direção do Colégio
Isabel Santos; Víctor Ramos; Gonçalo Envia; Ana Luísa Bettencourt; Marta Ornelas, Edite
Spencer; Elsa Martins; Ivo Reis, Joana Monteiro; Paulo Santos, António Romão
Assessores: Armando Brito de Sá, André Reis, Rute Teixeira, Paulo Miranda Sim
2. 2
Prefácio em nota de homenagem
A Medicina Geral e Familiar (MGF) foi a primeira especialidade médica a ter uma definição
explícita do perfil profissional e a dispor de um programa de formação por objetivos. As
Coordenações de Internato de Medicina Geral e Familiar (CIMGF) têm, desde 1989,
Cadernetas de Estágio com objetivos bem definidos. Estas cadernetas foram aperfeiçoadas
ao longo dos anos. Atualmente, todas as 7 CIMGF dispõem de Manuais de Formação.
O Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos publicou em
1995 o perfil do orientador de formação.
Deste modo, o documento que agora se publica é fruto de muitos anos de prática formativa,
não só dos que agora lhe dão letra e forma, mas de muitos outros que desde o nascimento
da especialidade, em 1981, foram parte ativa do processo de formação específica em
exercício e que fizeram parte das anteriores direções do Colégio, das direções dos Institutos
de Clínica Geral e das Coordenações e Direções de Internato.
Alguns dos mais proeminentes protagonistas deste percurso já não estão entre nós. Aqui
deixamos uma nota de gratidão a quatro colegas que se distinguiram pelos projetos que
encabeçaram, pela sua generosidade cívica e pelo que fizeram na área da formação
especializada em MGF.
José Guilherme Jordão (1951-2003)
Foi um dos primeiros especialistas de MGF (na altura a designação era Clínica Geral). Contribuiu para
a organização do primeiro internato complementar de Medicina Geral e Familiar. Prestou apoio
técnico à carreira de Clínica Geral no Gabinete do Secretário de Estado da Saúde Dr. Paulo Mendo.
Foi Diretor do Instituto de Clínica Geral da Zona Sul (1990 a 1999) e membro da Comissão
Internacional de Revisão do Ensino Médico. Doutorou-se em Medicina pela FML em 1993, com a Tese
A Medicina Geral e Familiar – caracterização da prática e sua influência no ensino pré-graduado.
Pertenceu à Direção do Colégio de MGF em 1990-1992. (a,b,c,d)
Isabel Andrade (1955 – 2014)
Foi Médica de Família no Centro de Saúde da Ajuda em Lisboa e assessora da Coordenação do
Internato de MGF da Zona Sul. Contribuiu durante longos anos para a formação dos médicos internos
da especialidade. Foi Diretora-Adjunta do Instituto de Clínica Geral da Zona Sul e posteriormente
Diretora do Centro de Saúde de Sete Rios.
José António Miranda (1952 – 2017)
Contribuiu durante longos anos para a formação dos médicos internos de Medicina Geral e Familiar
da Coordenação de Internato Médico da Zona Sul. Destacam-se as suas contribuições na educação
acerca dos temas da investigação e análise crítica de artigos científicos. Teve também destacada
atividade científica como Revisor e Diretor da Revista Portuguesa de Clínica Geral / Revista
Portuguesa de MGF.
3. 3
Vasco Queiroz (1956 – 2018)
Foi Médico de Família e docente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade da Beira
Interior (UBI). Desempenhou durante largos anos a função de orientador de formação e foi fundador
e membro da primeira Direção da Associação dos Docentes e Orientadores de Medicina Geral e
Familiar (ADSO). Foi também formador dos cursos EURACT e pertenceu à Direção do Colégio de MGF
de 2012 a 2014. Tendo sido ator e membro do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra
(CITAC) sabia de que modo a teatralização era um bom método de ensino e aprendizagem.
a. Jordão JG. Os Institutos de Clínica Geral. In: Valente-Alves M, Ramos V, editores. Medicina Geral e
Familiar: da Vontade. Lisboa: MVA Invent, 2003. ISBN 972-98886-2-0: 62-6.
b. Jordão JG. A medicina geral e familiar académica e o desenvolvimento universitário da disciplina em
Portugal. In: Valente-Alves M, Ramos V, editores. Medicina Geral e Familiar: da Vontade. Lisboa: MVA
Invent, 2003. ISBN 972-98886-2-0: 69-77.
c. Jordão JG, Patrício MF. Manual de boas práticas pedagógicas em saúde. Lisboa: Sociedade Portuguesa
de Educação Médica, 2004.
d. Valente-Alves M. José Guilherme Jordão – Uma vida e uma obra para o futuro. Rev Port Med Geral Fam
2015; 31:90-2.
4. 4
Índice
PREFÁCIO EM NOTA DE HOMENAGEM ..............................................................................................2
ÍNDICE ...............................................................................................................................................4
I – INTRODUÇÃO................................................................................................................................5
II – PERFIL PROFISSIONAL DO ESPECIALISTA EM MGF .........................................................................7
III – COMPETÊNCIAS DO ESPECIALISTA EM MGF .................................................................................9
IV – OBJECTIVOS GERAIS LIGADOS ÀS COMPETÊNCIAS......................................................................12
V – ESTRATÉGIAS E MÉTODOS DE APRENDIZAGEM, TREINO E AVALIAÇÃO........................................20
VI- OBJECTIVOS POR ESTÁGIO DO PROGRAMA FORMATIVO.............................................................22
MGF 1 - FUNDAMENTOS E PILARES DA ESPECIALIDADE ..............................................................................22
MGF 2 - ABRANGÊNCIA, DIVERSIDADE E COMPLEXIDADE ...........................................................................24
MGF 3 - INTEGRAÇÃO, GESTÃO DA PRÁTICA E GOVERNAÇÃO CLÍNICA E DE SAÚDE .............................................27
VII – OBJECTIVOS POR ÁREA COMPLEMENTAR OBRIGATÓRIA...........................................................28
VIII - TERMINOLOGIA .......................................................................................................................29
IX - BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................32
5. 5
I – Introdução
“Teaching and learning in the period of postgraduate education are primarily concerned with the
development of the specific skills and the acquisition of specific knowledge on which general practice
depends. It is also concerned with the development of the trainee´s faculties. Trainers need to
recognize and define their students individual’s strengths and weaknesses. There is no immutable
curriculum”
Marshal Marinker(2)
Este perfil de competências do especialista de MGF e os objetivos formativos para os
estágios e formações complementares obrigatórios deve ser visto como um mapa, um
auxiliar de navegação para o programa formativo e um quadro de referência para a
certificação e a apreciação curricular.
Os estágios que compõem o programa formativo são conduzidos pelos objetivos e, quando
chegados ao final do internato, os internos, na prova curricular, devem fazer prova de que
possuem as habilidades pessoais essenciais e diferenciadoras e os hábitos de trabalho
mensuráveis que caracterizam a profissão do especialista de MGF.
No entanto, um mapa não deve ser confundido com o território. O mapa é uma
representação simplificada e miniaturizada. O território é a realidade. É sempre muito mais
vasto, diverso e particular. Tem mais pormenores e nuances. Por isso, os objetivos
específicos devem ser sempre contextualizados e construídos localmente. Como referido, o
caminho para se atingir a proficiência enquanto especialista de MGF, sendo delimitado por
este mapa não se reduz a ele. As formas como é conduzido e avaliado, são fulcrais. O
feedback é vital na aprendizagem e no aprimoramento do treino, não esquecendo que ser
médico é ser um aprendiz vitalício.
Devido à organização e estrutura da formação em estágios, os objetivos, apesar de
espartilhados, seguem uma lógica sumativa, cumulativa e integrativa. O mapa aqui
desenhado pretende auxiliar as organizações do internato, as unidades de prática, os
orientadores e os internos a definirem as suas orientações e a conduzirem as suas
trajetórias formativas. Sendo estes interlocutores e atores quem cria as oportunidades de
aprendizagem cabe-lhes a responsabilidade maior da aplicação deste quadro conceptual.
Nestas coordenadas, definidas pelo perfil de competências, há uma preocupação constante
de atravessar todo o percurso formativo com objetivos transversais, que realcem o «saber
em ação», o «saber que não se diz», o saber que se adquire pelo treino em situação real,
uma visão mais holística da formação que englobe a aprendizagem continuada que se
estende até à reforma da vida profissional.
6. 6
As competências e os objetivos de treino não visam, pois, apenas um desempenho imediato
de uma ação ou de uma tarefa: visam o continuum da atividade e o seu aprimoramento e
adequação numa perspetiva de ética prática.
Figura 1 – Competências e objetivos de formação: duas peças do mesmo puzzle
Competências Objetivos
7. 7
II – Perfil profissional do especialista em MGF
A Medicina Geral e Familiar é uma disciplina académica e científica, com os seus próprios
conteúdos educacionais, investigação, base de evidência e atividade clínica. É uma
especialidade clínica orientada para os cuidados de saúde primários.(3,4)
Caracteriza-se por: (5,6,7,8)
a) Proximidade, acessibilidade, disponibilidade e abrangência
É normalmente o primeiro ponto de contacto médico com o sistema de saúde,
proporcionando um acesso aberto e ilimitado às pessoas que o procuram e lidando com
todos os problemas de saúde, independentemente da idade, sexo, ou qualquer outra
característica da pessoa em questão;
b) Eficiência, racionalidade, trabalho em equipa e coordenação de cuidados
Utiliza eficientemente os recursos de saúde, coordenando a prestação de cuidados,
trabalhando com outros profissionais no contexto dos cuidados primários e gerindo a
interface com outras especialidades, assumindo um papel de advogado do doente sempre
que necessário;
c) Atenção e respeito pela singularidade de cada pessoa, nas suas circunstâncias
Desenvolve uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a família e a
comunidade;
d) Relação e comunicação médico-doente e seu impacto no raciocínio e decisão clínica
Desenvolve um processo de consulta muito específico em que se estabelece uma relação ao
longo do tempo, através de uma comunicação médico-doente efetiva e de um
conhecimento clínico personalizado sempre em evolução e reinterpretação;
e) Respeito pela soberania e autonomia de cada pessoa no que respeita à sua saúde
Contribui para a literacia e promove a capacitação da pessoa para poder fazer escolhas
informadas sobre como melhor promover e proteger a sua saúde, controlar as suas doenças
e recuperar o mais possível a sua funcionalidade e qualidade de vida;
f) Continuidade de cuidados
Presta cuidados em continuidade, longitudinalmente, consoante as necessidades do
indivíduo;
g) Decisão clínica contextualizada, modulada pelo saber disponível da epidemiologia
Cultiva um processo de tomada de decisão que, para além das características e
circunstâncias de cada pessoa, tem ainda em conta variáveis epidemiológicas de prevalência
8. 8
e incidência de doença na comunidade, bem como os consequentes valores preditivos de
sinais, sintomas e de testes de diagnóstico;
h) Abordagem abrangente e integrada da constelação de saúde-doença de cada pessoa
Lida e gere simultaneamente doenças e problemas de saúde, tanto agudos como crónicos,
dos indivíduos, bem como a expressão de como cada pessoa os vivencia;
i) Abordagem das doenças em todas as fases da sua história natural
Identifica indícios de sofrimento e de doenças que se podem apresentar de forma
indiferenciada, numa fase precoce da sua história natural, e que podem necessitar de
intervenção urgente - bem como nas várias fases subsequentes;
j) Promoção da saúde e saúde da comunidade
Contribui para promover a saúde e bem-estar de cada pessoa, de cada família e também da
comunidade, através de intervenções apropriadas, efetivas e eficientes - assumindo uma
responsabilidade específica pela saúde da comunidade;
l) Modulação holística integradora
Lida com os pedidos de ajuda médica, problemas de saúde e doenças específicas
considerando e integrando todas as suas dimensões física, psicológica, social, cultural e
existencial.
9. 9
III – Competências do especialista em MGF
As competências do especialista em Medicina Geral e Familiar são definidas em termos das
aquisições pessoais que um médico em formação deve atingir e, posteriormente, manter e
desenvolver continuamente para que consiga concretizar adequadamente o seu perfil
profissional - a sua diferenciação e qualificação específica como médico especialista.
Consideram-se neste documento, para fins didáticos, três categorias de competências que
em grande parte se entrelaçam e se sobrepõem:
a) Competências gerais, basilares, susceptíveis de abordagens segmentadas para fins
de treino técnico (Figura 2);
b) Competências operativas gerais que traduzem os modos como as competências
basilares são aplicadas no exercício quotidiano da especialidade de MGF - Árvore
da WONCA - Europa (Figura 3);
c) Competências clínicas específicas - que correspondem ao saber, ao saber fazer e
ao agir em face de cada problema de saúde e doença específica que afeta uma
pessoa singular, e ainda com a apresentação simultânea de problemas
coexistentes, estando ou não inter-relacionados e com quadros de
multimorbilidade com variados graus de complexidade e de gravidade.
Competências instrumentais basilares
As competências instrumentais basilares, consideradas neste documento e sistematizadas
na Figura 2, abrangem de modo integrado várias dimensões designadamente: (5,6,7,8)
❖ Biomédica
❖ Psicossocial e humanidades
❖ Informacionais
❖ Gestionárias
❖ Relacionais
❖ Raciocínio e decisão clínica
❖ Ética médica
Elas podem ser, inicialmente, objeto de atividades de formação teórica conceptual e teórico-
prática de índole metodológica. No entanto, devem ser repetidamente revisitadas ao longo
de todo o internato e integradas em todas as situações de formação e de prática clínica com
que, diariamente, o médico interno e o especialista se vêm confrontados.
10. 10
Figura 2 – Competências basilares, indispensáveis ao exercício qualificado da Medicina Geral e
Familiar
Competências operativas gerais
O documento consensual da WONCA Europa sobre a definição europeia de GP / FM (2002,
com revisões em 2005 e 2011) afirma como já anteriormente referido que a “Medicina Geral
e Familiar é uma disciplina académica e científica, com conteúdo educacional, investigação,
atividade clínica com base em evidência robusta, e uma especialidade clínica orientada aos
cuidados primários” (3,4,5)
.
Para determinar o seu conteúdo funcional, as competências do médico de família,
decompõem-se em doze características da disciplina que configuram as seis aptidões que
este especialista tem de dominar:
1. Gestão de cuidados de saúde primários
2. Cuidados centrados na pessoa
3. Aptidões específicas de resolução de problemas
4. Abordagem abrangente
5. Orientação comunitária
6. Modelação holística
11. 11
Figura 3 – Definição Europeia de Medicina Geral e Familiar: Competências Nucleares e Características
(Revisto em 2011)
Competências clínicas específicas
Este grupo de competências deverá ser alvo de documentos orientadores baseados em
objetivos específicos de formação desenvolvidos e continuamente aperfeiçoados pelas
Coordenações do Internato Médico de MGF, em colaboração com os departamentos
universitários que se dedicam ao ensino e à investigação nesta área da medicina clínica.
O referencial a utilizar para determinar o campo clínico de atividade é o leque de problemas
ativos codificados pelos Médicos de Família que pode ser consultado no Bilhete de
Identidade dos Cuidados de Saúde Primários (https://bicsp.min-saude.pt) (7)
.
12. 12
IV – Objetivos gerais ligados às competências
Os objetivos da avaliação: o que eles são, de onde vêm e como podem ser usados?
O desenho curricular é uma tarefa complexa, com muitos fatores limitantes. A medida da
pertinência dos estágios no programa, não é a sua designação e a sua duração, mas a
contribuição que as atividades aí realizadas têm para a aquisição progressiva das
competências do futuro especialista de MGF. Os objetivos são uma ferramenta de
referência pragmática, pois não só permitem a comparação curricular como a avaliação ou a
melhoria contínua de qualidade.
Os objetivos gerais ligados às competências destinam-se a orientar a aprendizagem e treino
de cada interno tendo em vista a aquisição das competências a avaliar no final do percurso
formativo (processo de certificação via exame final do internato). São a camada externa, a
epiderme, do sistema formativo.
Figura 4 – Objetivos gerais ligados às competências
Estes objetivos circunscrevem, pois, para fins de certificação, conjuntos inter-relacionados
de conhecimentos, atitudes e aptidões associados focados em cada uma das seis
competências características da especialidade de MGF.
A secção que se segue está estruturada seguindo a referência clássica da “Árvore da
WONCA”.
OBJETIVOS DE ESTÁGIOOBJETIVOS DE ESTÁGIO
COMPETÊNCIAS
13. 13
1. Gestão de cuidados de saúde primários
● Gerir o primeiro contacto com os pacientes, lidando com problemas não
selecionados
Conhece os conceitos subjacentes à epidemiologia dos problemas e queixas
que surgem nos cuidados primários
MGF1
Demonstra conhecimentos sobre os sintomas e queixas mais frequentes, tal
como se apresentam nos cuidados de saúde primários, sobretudo em fases
precoces, e a respetiva orientação diagnóstica e terapêutica.
MGF2
Realiza uma abordagem que permite boa acessibilidade aos indivíduos com
problemas indiferenciados
MGF2
Realiza uma abordagem organizativa da gestão das situações crónicas MGF3
● Cobrir toda a gama de problemas de saúde
Conhece as atividades preventivas necessárias à prestação de cuidados de
saúde primários
MGF1
Demonstra aptidões médicas nas situações agudas, crónicas, preventivas,
urgentes, de reabilitação e de paliação
MGF2
Demonstra aptidões clínicas para a anamnese, exame objetivo e uso de
exames complementares para o diagnóstico das situações apresentadas pelas
pessoas nos cuidados de saúde primários
MGF2
Demonstra aptidões de orientação terapêutica incluindo a abordagem
medicamentosa e não medicamentosa
MGF2
É capaz de estabelecer prioridades entre os problemas de saúde MGF2
● Coordenar os cuidados prestados por outros profissionais de cuidados primários
e por outros especialistas
Conhece a organização da sua unidade de saúde, do ACeS, do plano local de
saúde e o manual de articulação
MGF1
Estabelece uma comunicação eficiente com outros membros da equipa
nuclear ou alargada
MGF1
14. 14
Demonstra aptidões de trabalho efetivo em equipa MGF2
Demonstra a capacidade de colaborar de forma eficiente com outros
especialistas e profissionais de cuidados de saúde
MGF2
● Dominar uma prestação de cuidados e uma utilização dos serviços de saúde
efetivas e apropriadas
Conhece a estrutura do sistema de saúde e a função das suas componentes
em relação aos cuidados de saúde primários
MGF1
Referencia adequadamente os doentes MGF2
● Proporcionar à pessoa os serviços mais adequados dentro do sistema de saúde
Demonstra aptidões de comunicação de aconselhamento, ensino e
tratamento dos indivíduos e as suas famílias
MGF2
Demonstra aptidões organizacionais para manter registos, gerir a informação,
trabalhar em equipa, dirigir uma unidade de saúde e efetuar auditoria da
qualidade da prestação de cuidados
MGF3
● Atuar como advogado dos interesses da pessoa
Desenvolve e mantém uma relação e um estilo de comunicação que se
caracterizam pelo estabelecimento de uma parceria com o paciente
MGF2
Demonstra capacidades de liderança, negociação e compromisso MGF3
● Compreender o contexto dos próprios médicos e o ambiente em que trabalham,
incluindo condições de trabalho, comunidade, cultura, estrutura financeira e
reguladora
Compreende o impacto da comunidade local, incluindo fatores
socioeconómicos e geográficos, sobre o local de trabalho e a prestação de
cuidados
MGF1
Está consciente do impacto da carga laboral total sobre os cuidados prestados
aos utentes e os meios disponíveis para os prestar, como os recursos
MGF2
15. 15
humanos e físicos
Compreende a estrutura financeira e o enquadramento jurídico em que são
prestados os cuidados de saúde ao nível do ambulatório
MGF1
Compreende o impacto do ambiente pessoal do médico (familiar e laboral)
sobre os cuidados que presta
MGF1
2. Cuidados centrados na pessoa
● Adotar uma abordagem centrada na pessoa ao lidar com os pacientes e seus
problemas no contexto das suas circunstâncias
Domina os conceitos de doença e dolência MGF1
Demonstra compreensão da pessoa, sua evolução, objetivos e aspirações MGF2
Desenvolve um quadro de referência para compreender a influência da
dimensão familiar, comunitária, social e cultural nas atitudes, valores e
crenças da pessoa
MGF1
● Desenvolver e aplicar técnicas de consulta de Medicina Geral e Familiar por
forma a gerar uma relação médico-doente efetiva, com respeito pela autonomia
do doente
Está consciente da subjetividade da relação clínica na perspetiva da pessoa
(sentimentos, valores e preferências) e na perspetiva do médico (consciência
dos seus próprios valores, atitudes e sentimentos)
MGF1
Aplica o modelo clínico centrado no doente MGF1
Comunica a informação de um modo adequado e compreensível (incluindo
informar os pacientes sobre conceções pessoais e encontrar plataformas de
entendimento para posterior tomada de decisão)
MGF2
Partilha a decisão clínica com respeito pela autonomia do doente MGF1
Aplica e avalia o modelo de consulta centrado no paciente que começa pela
exploração da respetiva agenda (ideias, preocupações e aspirações), que
integra a agenda do médico, encontra plataformas de entendimento e
negoceia um plano comum para o futuro
MGF3
16. 16
● Comunicar, definir prioridades e atuar em parceria
Estabelece uma relação de parceria com o paciente MGF2
Sabe equilibrar distância e proximidade com o paciente MGF2
● Proporcionar cuidados longitudinais e em continuidade
Compreende e domina os três aspetos da continuidade: continuidade pessoal
como suporte para toda a vida (atitude adequada a um relacionamento
duradouro com a pessoa), continuidade na informação médica adequada em
qualquer momento e para todos os contactos necessários com o paciente
(presenciais ou não presenciais) e continuidade no atendimento
(pessoalmente ou com recurso a sistemas de substituição)
MGF3
3. Aptidões específicas de resolução de problemas
● Utilizar processos de tomada de decisões em função da prevalência e da
incidência da doença na comunidade
Toma decisões e estabelece diagnósticos de forma conscienciosa e
estruturada usando o método de resolução de problemas e revendo as
hipóteses à luz de informações adicionais
MGF2
Conhece a população da consulta (distribuição geodemográfica, prevalência
de doenças crónicas)
MGF2
Demonstra aptidões para tomada de decisões específicas (com recurso a
instrumentos como o raciocínio clínico e as regras de decisão)
MGF2
● Recolher e interpretar a informação da colheita de história, exame físico e
investigação adicional de forma seletiva e aplicá-la num plano terapêutico em
colaboração com o doente
Conhece os pontos relevantes da anamnese e as indicações importantes do
exame físico; relaciona uns e outros com o problema apresentado, com
especial destaque para a inclusão ou exclusão de possíveis problemas
urgentes
MGF1
Sabe efetuar a colheita de dados do contexto relevante do paciente, incluindo
fatores familiares e sociais
MGF2
17. 17
Conhece e domina os exames complementares e os recursos de tratamento
disponíveis para os problemas apresentados
MGF2
Demonstra aptidões para a recolha da história clínica, realização do exame
objetivo e interpretação dos dados
MGF2
Envolve o paciente no plano de ação MGF1
● Adotar meios de trabalho adequados, por ex: investigação incremental,
utilização do tempo como ferramenta e tolerar a incerteza
Adota atitudes características de uma orientação generalista incluindo a
curiosidade, diligência e atenção
MGF1
Adota procedimentos por passos na tomada de decisão médica, usando o
tempo como ferramenta de diagnóstico e tratamento
MGF2
Compreende a inevitabilidade da incerteza na resolução de problemas em
cuidados primários e no desenvolvimento de estratégias para tolerar a
incerteza
MGF2
● Abordar doenças que se podem apresentar de forma precoce e indiferenciada,
com intervenção urgente se necessário
Demonstra aptidões específicas para a tomada de decisão em situações de
emergência
MGF2
Demonstra aptidões específicas em procedimentos de emergência em
situações de cuidados primários
MGF2
Sabe quando esperar e tranquilizar e quando iniciar atos de diagnóstico
adicional
MGF2
● Fazer uso eficaz e efetivo das intervenções de diagnóstico e terapêutica
Aplica o conceito de valor preditivo positivo e negativo na decisão face aos
sintomas, sinais e resultados de exames complementares em face da
prevalência da doença
MGF2
Aplica um raciocínio de avaliação económica na decisão diagnóstica e
terapêutica (custo-eficiência, custo-benefício e número necessário tratar)
MGF3
18. 18
4. Abordagem abrangente
● Abordar em simultâneo, tanto dos problemas agudos como dos problemas
crónicos de saúde do indivíduo
Compreende o conceito e complementaridade da multimorbilidade no
doente
MGF1
Gere vários problemas de saúde simultaneamente através da identificação,
exploração, negociação, aceitação e estabelecimento de prioridades
MGF3
Usa adequadamente os registos médicos e outras informações MGF1
Procura e aplica na prática a melhor evidência disponível MGF2
● Promover a saúde e o bem-estar através da aplicação adequada de estratégias
de promoção da saúde e de prevenção da doença
Compreende o conceito de saúde em todas as suas facetas MGF1
Integra a promoção individual da saúde no âmbito dos contactos diários MGF2
Promove a saúde através de programas específicos de proteção da saúde e de
prevenção da doença no indivíduo ao nível dos Cuidados de Saúde Primários
MGF2
Compreende o papel do médico de família nas atividades de promoção da
saúde na comunidade
MGF1
Reconhece a importância da ponderação ética entre as necessidades do
indivíduo e as da comunidade e atua de forma adequada
MGF3
● Gerir e coordenar promoção de saúde, prevenção, tratamento curativo,
tratamento de reabilitação e cuidados continuados e de paliação
Compreende as diferentes possibilidades e contributos dos membros da
equipa
MGF1
Usa diferentes abordagens no mesmo indivíduo MGF2
Demonstra capacidades de coordenação de uma equipa de saúde MGF3
19. 19
5. Orientação comunitária
● Conciliar as necessidades de saúde dos pacientes individuais com as
necessidades de saúde da comunidade em que se inserem, de acordo com os
recursos disponíveis.
Compreende as necessidades de saúde das comunidades a partir das
características epidemiológicas da população
MGF1
Compreende as inter-relações entre cuidados de saúde e assistência social MGF1
Compreende o impacto da pobreza, da origem étnica e da epidemiologia local
sobre a saúde
MGF1
Tem perceção das desigualdades nos cuidados de saúde MGF1
Compreende a estrutura do sistema de saúde e as suas limitações
económicas
MGF2
Trabalha com os outros profissionais envolvidos na política comunitária da
saúde e compreende o seu papel
MGF2
Compreende a importância da informação oriunda da prática clínica e da
comunidade como instrumento de garantia da qualidade da consulta
MGF1
Compreende como o médico e o paciente podem utilizar o sistema de saúde
(referenciação, comparticipações, certificados de incapacidade temporária,
problemas jurídicos, etc.) no seu contexto específico
MGF1
Compreende as necessidades de saúde das comunidades a partir das
características epidemiológicas da população
MGF2
6. Modelação holística
● Usar um modelo biopsicossocial, levando em conta as dimensões cultural e
existencial
Conhece o conceito holístico e as suas implicações nos cuidados ao paciente MGF1
Demonstra capacidade de compreender o paciente como um todo
biopsicossocial
MGF1
Aplica a visão holística na prática clínica MGF2
Conhece os antecedentes culturais e existenciais do paciente, relevantes para
os cuidados de saúde
MGF2
Demonstra tolerância e compreensão das experiências, crenças, valores e
aspirações do paciente que possam afetar a prestação dos cuidados de saúde
MGF1
20. 20
V – Estratégias e métodos de aprendizagem, treino e avaliação
Tratando-se de uma “disciplina científica centrada na pessoa”, existem 3 aspetos
fundamentais na aplicação das competências nucleares:
Contexto: compreender o contexto do médico e o ambiente em que se insere, incluindo as
condições de trabalho, comunidade, cultura, aspetos financeiros e regulatórios.
Atitude: baseado nas capacidades profissionais, valores e ética do médico.
Científico: adotar uma prática clínica assumindo uma atitude crítica, baseada em evidência
científica, e aprofundada numa atitude de investigação, orientada para a melhoria contínua
da qualidade.
Como atingir os objetivos de formação?
O treino deve ser baseado em objetivos a atingir e timing para alcançar esses objetivos de
acordo com o ciclo de aprendizagem experiencial e orientado para a resolução de
problemas da prática clínica.
A formação deverá ser centrada no formando, ou seja, tendo por base os seus objetivos
individuais de aprendizagem, enquadrados numa avaliação de necessidades de formação
que é discutida com o Orientador de Formação. Desta interação resulta um Plano Individual
de Formação (documento dinâmico).
A formação deverá decorrer durante a atividade habitual da Unidade de Saúde (“workplace
learning”). Neste contexto deve ser proporcionada uma prática de autonomia, de acordo
com o esperado (80)
. Para o efeito é fundamental que qualquer unidade formativa possa
proporcionar ao interno a execução, nos últimos anos de internato, de um número mínimo
de atos clínicos que lhe permitam adquirir proficiência em todas as áreas e domínios da
especialidade (8)
.
Os internos deverão ter formação com orientadores que tenham formação específica em
orientação de internos, em particular na área do feedback formativo. Os orientadores
devem promover a avaliação a 360 graus, envolvendo todos os profissionais da equipa e
também colher a opinião dos utentes.
O horário deve contemplar tempo protegido para reflexão (leitura, discussão e ensino) (8)
.
Deve ser promovida a aprendizagem autodirigida e prática reflexiva, bem como a reflexão
em pequeno grupo acerca de incidentes críticos e/ou interações médico-doente
21. 21
particulares. Todas as unidades devem para o efeito planear e executar um conjunto de
tutoriais (8)
.
O contexto de aprendizagem deverá ser seguro e considerado um espaço de
desenvolvimento para os internos; isto implica orientação para o contexto e para os aspetos
sócio emocionais.
Deve ser dado feedback construtivo de forma contínua.
Deve ser salientada a perspetiva de “médico como pessoa”, ou seja, desenvolver áreas
fortes e tentar equilibrar valores pessoais e saúde.
Considera-se indispensável a leitura do Guia de acreditação: Idoneidade das Unidades de
Formação publicado pelo Colégio de Medicina Geral e Familiar, 2019.
Figura 6 – Ciclo de aprendizagem de Kolb (9)
22. 22
VI - Objetivos por estágio do programa formativo
Estes objetivos encontram-se distribuídos por estágio e seguem uma lógica de treino em
áreas de conhecimento e prática, progressivamente mais complexas, de acordo com o grau
de autonomia alcançado pelo interno. A sua desagregação visa facilitar o processo avaliativo
que habilita e admite o interno ao processo de certificação mediante o exame final de
internato. São a derme do sistema formativo.
No final do percurso formativo o interno deve ter acumulado um grau de experiência,
traduzido em número de consultas e outras atividades profissionais, que evidencie a sua
proficiência. O número de consultas que um interno deve cumprir tem como referência o
número médio de consultas que um especialista faz num ano de trabalho. Os internos
devem nos dois últimos anos efetuar um mínimo de 1500 consultas/ano(8)
. Neste total estão
incluídas consultas aos grupos vulneráveis e de risco e a execução dos procedimentos que
irão sendo corrigidos e atualizados anualmente pelo Colégio em anexo a este Perfil de
Competências.
Os objetivos de conhecimento estão intimamente ligados às aptidões. Um especialista não
pode fazer sem saber porque se faz bem desse modo. A divisão entre aptidões e
conhecimentos é, pois, artificial. Ela é feita para responder ao regulamento do internato em
vigor (Portaria n.º 79/2018). A avaliação de conhecimentos e de desempenho engloba assim
a totalidade dos objetivos descritos.
MGF 1. Fundamentos e pilares da especialidade
Aptidões:
• Identificar os aspetos demográficos, socioeconómicos, culturais e os recursos de
saúde da área geográfica da unidade de saúde, com repercussão na organização e
prestação dos cuidados de saúde das populações e das pessoas
• Utilizar os recursos do Agrupamento de Centros de Saúde/Unidade de Saúde de
Ilha de colocação considerando a relação custo/benefício
• Possuir e aplicar as aptidões necessárias à gestão dos problemas de saúde mais
frequentes, designadamente ao nível da anamnese, semiologia, formulação
diagnóstica e princípios terapêuticos básicos
• Realizar a entrevista clínica, aplicando as técnicas de comunicação e o método
clínico centrado no paciente tanto na recolha de informação como na elaboração
do plano
• Utilizar os sistemas de informação e de registo clínico de forma adequada
mantendo-os sempre atualizados
23. 23
• Reconhecer as situações de fim de vida e prestar cuidados adequados, não
esquecendo o apoio aos cuidadores e demais família
• Executar de forma adequada as manobras de suporte básico de vida
• Efetuar a abordagem inicial ao doente politraumatizado
• Executar procedimentos simples de pequena cirurgia (suturas, drenagens, limpeza
de feridas)
• Diagnosticar e elaborar o plano de tratamento de situações cirúrgicas agudas
• Diagnosticar e elaborar o plano de tratamento de situações ortopédicas agudas
• Adotar atitudes características de uma orientação generalista incluindo a
curiosidade, diligência e atenção
Conhecimentos:
• Conhecer os conceitos que enquadram o exercício de MGF e a organização dos
cuidados de saúde em Portugal e aplicá-los no dia-a-dia da sua organização de
trabalho e na forma como planeia os cuidados
• Conhecer e aplicar o código deontológico e os princípios fundamentais da ética
médica
• Conhecer e aplicar os conceitos epidemiológicos necessários à compreensão e
diagnóstico dos problemas de saúde mais frequentes
• Conhecer e aplicar as particularidades da anamnese e da caracterização
semiológica dos problemas de saúde mais frequentes e de quadros clínicos
inespecíficos
• Conhecer e aplicar os procedimentos preventivos necessários à prestação de
cuidados de saúde primários
• Conhecer os diferentes modelos de consulta e os princípios de uma comunicação
facilitadora da relação médico-doente e aplicá-los de forma discriminada de acordo
com as necessidades de cada pessoa
• Conhecer os conceitos de doença e dolência e perceber de que forma eles
condicionam o motivo de consulta, a forma de apresentação das queixas e o
seguimento do doente.
• Detetar precocemente hábitos ou estilos de vida nocivos para a saúde e saber
realizar uma intervenção breve
• Conhecer os princípios e componentes do registo clínico e dos sistemas de
informação em saúde
• Conhecer o impacto das doenças na dinâmica familiar e a importância do apoio
familiar à pessoa doente
• Conhecer os tipos de famílias, a sua dinâmica e formas de comunicar
• instrumentos de caracterização e avaliação familiar adequados às situações avaliar
24. 24
e ou caracterizar
• Conhecer os princípios gerais da abordagem às situações em fim de vida e o
conceito de distanásia
• Conhecer a abordagem do doente politraumatizado ou em paragem
cardiorrespiratória
• Conhecer os critérios de diagnóstico e terapêutica das situações cirúrgicas agudas
mais frequentes
• Conhecer os critérios de diagnóstico e terapêutica das lesões orto-traumatológicas
mais frequentes
• Adotar atitudes características de uma orientação generalista incluindo a
curiosidade, diligência e atenção
MGF2. Abrangência, diversidade e complexidade da MGF
Aptidões:
• Promover a abordagem familiar, utilizando os instrumentos que ajudem a
compreender e caracterizar as famílias
• Estabelecer uma relação médico-doente que auxilie o processo de diagnóstico e
terapêutica
• Aplicar técnicas de comunicação com crianças, adolescentes e suas famílias
• Aplicar o modelo de consulta e os princípios de uma comunicação facilitadora da
relação médico-doente de acordo com as necessidades de cada pessoa
• Efetuar entrevista motivacional e comunicar más notícias
• Efetuar uma abordagem compreensiva da mulher grávida e do casal infértil
• Aplicar adequadamente procedimentos preventivos, sabendo selecionar grupos ou
pessoas com necessidades específicas
• Realizar a vigilância de saúde infantil adequada a cada faixa etária
• Realizar a vigilância da gravidez de baixo risco e avaliar o risco pré-natal
• Realizar o exame objetivo em grupos-alvo de vigilância: crianças, jovens, mulheres
em idade fértil e grávidas
• Formular e colocar hipóteses diagnósticas, selecionando adequadamente os
exames complementares necessários e analisando criticamente o processo
diagnóstico referente aos problemas mais frequentes ou às afeções que possam
colocar a vida em risco
• Intervir ativamente na educação para a saúde
• Diagnosticar e tratar os problemas agudos e urgentes
25. 25
• Diagnosticar as situações agudas mais frequentes do nascimento à adolescência
• Diagnosticar as situações ginecológicas e obstétricas agudas mais frequentes
• Fazer um plano de tratamento para os problemas mais frequentes
• Executar os procedimentos técnicos necessários à aplicação de métodos
contracetivos de longa duração
• Reconhecer as situações que justificam referenciação a outros profissionais de
saúde
• Comunicar informação clínica a outros profissionais de saúde
• Diagnosticar e tratar os problemas mentais e de dependência mais frequentes
• Realizar uma abordagem holística aos problemas de saúde, especialmente no
doente com multimorbilidade, no idoso frágil e em fim de vida
• Estabelecer, relativamente aos diferentes problemas de saúde, planos de atuação
abrangentes e integrados, com a respetiva avaliação de resultados
• Negociar com os doentes o plano terapêutico, estimulando a sua autonomia,
responsabilizando-os pela sua saúde e auxiliando-os a lidar com a doença ou a
incapacidade dela resultante, bem como a promover a sua reabilitação ou paliação
• Utilizar os recursos disponíveis na comunidade nos planos de gestão e tratamento
da doença
• Adaptar as recomendações baseadas na melhor prova científica a indivíduos
• Aplicar os princípios éticos que orientam a profissão médica e discutir as
implicações éticas da atividade clínica
• Exercer o papel de advogado do doente na sua interação com o sistema de saúde
• Adaptar a atuação diagnóstica e terapêutica em situações de fragilidade e fim de
vida
• Rever a qualidade dos cuidados prestados pela unidade de saúde e implementar
iniciativas de melhoria de qualidade
• Utilizar os instrumentos de caracterização e avaliação familiar adequados às
situações avaliar e ou caracterizar
Conhecimentos:
• Conhecer o impacto da gravidez e do nascimento na família
• Conhecer o impacto da família sobre a criança/adolescente
• Dominar os conhecimentos necessários à promoção de saúde, fazendo a deteção
precoce de hábitos prejudiciais para a saúde e negociando a modificação de estilos
de vida
• Conhecer os programas de vigilância periódica de saúde, bem como os
26. 26
procedimentos preventivos recomendados em cada idade e grupo vulnerável, de
acordo com a melhor prova científica
• Conhecer as características das etapas mais importantes do desenvolvimento
físico, intelectual, emocional e social, do nascimento à adolescência
• Conhecer os aspetos fisiológicos, fisiopatológicos e psicológicos do normal
desenvolvimento da gravidez, parto e puerpério
• Conhecer, abordar e gerir os problemas de saúde mais frequentes em MGF
• Conhecer e saber interpretar os exames complementares de diagnóstico de
utilização mais frequente
• Conhecer o tratamento farmacológico e não farmacológico dos problemas de
saúde mais frequentes em MGF
• Conhecer as especificidades do diagnóstico e tratamento da criança
• Conhecer as especificidades do diagnóstico e tratamento da mulher grávida ou a
amamentar
• Conhecer os problemas mais frequentes que beneficiam de referenciação a outros
profissionais de saúde
• Conhecer os sinais de alarme e problemas graves que possam exigir referenciação
a outros profissionais de saúde
• Conhecer o diagnóstico e tratamento das situações mais frequentes de doença
mental e dependência
• Conhecer o diagnóstico e tratamento das situações médicas agudas mais comuns
• Conhecer os princípios da abordagem de doentes em situação urgente e ou
emergente e saber prestar cuidados de saúde prioritários
• Conhecer a articulação dos cuidados de saúde primários com os serviços de
urgência e emergência médica
• Conhecer os princípios da gestão clínica de situações de multimorbilidade e
polimedicação
• Conhecer as estruturas de apoio social e a forma de articulação com os cuidados de
saúde primários
• Conhecer os aspetos psicossociais, éticos e legais envolvidos nos problemas de
saúde dos doentes
• Conhecer a legislação aplicável às pessoas com doença mental
• Conhecer os princípios da qualidade em saúde e da implementação de iniciativas
de melhoria de qualidade
27. 27
MGF3. Integração, gestão da prática e governação clínica e de saúde
Aptidões:
• Responsabilizar-se pela gestão adequada de utentes com problemas de saúde
complexos
• Participar, ativamente, na governação clínica da unidade de saúde
• Gerir a prática clínica e garantir a acessibilidade dos doentes aos cuidados de
saúde
• Coordenar os cuidados prestados por outros profissionais de saúde
• Integrar os conhecimentos relacionados com a gestão e tratamento dos problemas
de saúde que podem ser tratados em cuidados de saúde primários
• Fazer a gestão de uma lista de utentes e programar a atividade clínica de forma
adequada
• Aplicar adequadamente os instrumentos de governação clínica
• Avaliar a qualidade da literatura científica transladando para a prática o melhor
conhecimento
• Reportar os benefícios e malefícios da prática clínica aos seus pares, gestores e
organizações profissionais
• Diagnosticar criteriosamente, tratar e acompanhar corretamente, as entidades
nosológicas, com evolução prolongada, que se lhe colocaram nos 4 anos do
internato, de modo a cobrir as situações que ocorrem na prática da MGF, na sua
região, nas diversas fases da vida
• Diagnosticar criteriosamente e tratar corretamente as entidades nosológicas mais
frequentes de natureza aguda e urgente, de modo a cobrir a maioria das situações
que ocorrem na prática da MGF, na sua região, nas diversas fases da vida
• Executar os gestos e procedimentos técnicos diagnósticos e terapêuticos
necessários, tendo em conta o quadro orientador e as orientações específicas do
mapa de competências definido pelo Colégio da Especialidade
• Atualizar continuadamente registos clínicos e planos de seguimento nas pessoas e
grupos sob sua responsabilidade
• Participar na vida profissional e cientifica
• Questionar a prática clinica e procurar respostas para os problemas seguindo o
método cientifico
Conhecimentos:
• Conhecer os princípios e os métodos para uma boa governação clinica.
• Conhecer fontes bibliográficas relevantes
28. 28
• Conhecer os recursos sociais e clínicos ao seu dispor e dos seus utentes
• Conhecer os princípios e as técnicas da garantia de qualidade
• Conhecer os princípios da medicina baseada na evidência
• Conhecer os aspetos semiológicos e fisiopatológicos e os critérios de diagnóstico
dos problemas de saúde na área de especialização
• Conhecer as potencialidades e limites dos exames auxiliares de diagnóstico na área
de especialização
• Conhecer os princípios terapêuticos e os fármacos utilizados na área de
especialização
• Conhecer os problemas de saúde específicos da mulher, desde a adolescência até à
velhice, sabendo como atuar preventivamente nas diferentes fases
• Conhecer os aspetos fisiológicos, fisiopatológicos e psicológicos do normal
desenvolvimento da gravidez, parto e puerpério
• Conhecer e saber como resolver as intercorrências comuns, nas diferentes idades e
estados
• Conhecer os problemas de saúde, ginecológicos e obstétricos, que justificam a
intervenção de outros profissionais de saúde
• Conhecer e aplicar as medidas de deteção e prevenção de transtornos da saúde
mental e dependências (incluindo tabaco e consumo de álcool)
• Conhecer os princípios éticos que se aplicam na prática clínica
VII – Objetivos por área complementar obrigatória
Os objetivos por área complementar obrigatória e específica decorrem dos objetivos dos 3
estágios, centrando em particular na abordagem, diagnóstico, tratamento e seguimento das
situações e problemas destas áreas, frequentemente abordados na MGF, ou que podem pôr
a vida em risco, se não detetados precocemente. Estes objetivos são parte integrante dos
objetivos mais abrangentes e integradores de cada um dos 3 estágios de MGF. As
coordenações de internato disponibilizam nos seus manuais de formação objetivos dirigidos
por área complementar, para que estes possam orientar o planeamento e a avaliação, quer
dos locais de estágio, quer dos internos.
29. 29
VIII - Terminologia
Nesta terminologia foram tidos em consideração diversos textos de educação médica
(9,10,11,12,13).
Auditoria – é uma atividade documentada e planeada posta em prática por pessoas
qualificadas para determinar a investigação, exame, avaliação de evidência objetiva, a
adequação e o grau de cumprimento com procedimentos estabelecidos, ou normas, e da
efetividade da sua aplicação. O objetivo é verificar se o que é suposto fazer-se está de facto
a ser feito e, caso não esteja, providenciar estratégias que permitam melhoria.
Avaliação contínua – Todos os procedimentos que podem e devem abarcar um leque
diversificado de testes escritos, práticos e orais, que se destinam a verificar se foram
atingidos os objetivos planeados para uma determinada etapa do percurso formativo.
Avaliação de desempenho a 360 graus – Forma de avaliação efetuada no local de trabalho e
que representa uma coleção de apreciações feitas por diversos avaliadores não treinados
também conhecida como “multi-source assessment”(11,12)
. É mais realista porque contém
diferentes visões de diferentes pessoas, e porque se encontra “descontaminada” da relação
interpessoal estabelecida entre interno e orientador. As observações dos diversos
intervenientes alimentam e suportam sua avaliação do responsável pela avaliação formal.
Avaliação final – Conjunto de procedimentos que abarcam um leque variado de testes
escritos, práticos e orais, destinados a verificar se foram adquiridas as competências
descritas no programa no final do mesmo.
Competências – repertório de capacidades, atividades, processos e características
disponíveis que permitem responder mais eficazmente às exigências profissionais. São
definidas como um conjunto de comportamentos essenciais para atingir os resultados
desejados. Tem apresentado uma evolução ao longo dos tempos, beneficiando do
contributo de diferentes domínios, entre os quais diversas áreas da psicologia como a
psicologia clínica, profissional, educacional e organizacional. Hoje é entendido por uma
mistura de conhecimentos, habilidades, capacidade intelectual ou característica associada a
elevado desempenho na função ou por uma descrição escrita de hábitos de trabalho
mensuráveis e habilidades pessoais utilizadas para atingir objetivos de trabalho. Podem
dividir-se em essenciais e diferenciadoras. As competências essenciais são as características
que todas as pessoas necessitam ter para serem minimamente eficazes num determinado
trabalho. As competências diferenciadoras distinguem as pessoas com um desempenho
superior das que tem um desempenho médio.
Critérios de avaliação – Descrição do que é esperado o interno fazer para demonstrar que
foi alcançado um determinado resultado de aprendizagem.
30. 30
Desempenho – É o que um profissional efetivamente faz na realidade do contexto de
trabalho.
Discussão de casos – É uma entrevista oral estruturada que abrange várias áreas da
competência e que tem por base um relato escrito de um caso. Pode ser o conjunto de
registos feitos no seguimento de um doente durante um determinado tempo.
Feedback – forma de comunicação interpessoal que pode servir para minimizar conflitos ou
e dar resposta sobre o que se pensa acerca da execução de uma dada tarefa ou sobre um
comportamento observado. Nesta ação revelam-se os pontos positivos e negativos do
trabalho executado tendo em vista a melhoria do mesmo, e o que se pensa da execução ou
comportamento. Esta informação de retorno é tanto melhor quanto mais estruturada e
abrangente. Pode e deve ser apoiada por fichas de observação.
Fidedignidade – É uma propriedade dos testes que diz respeito à sua capacidade de
reproduzir as mesmas pontuações/resultados quando aplicados nas mesmas circunstâncias
às mesmas pessoas.
Método de observação indireta – Registos médicos, certificados, relatórios.
Método objetivo de observação direta – Observação em situação real ou simulada. Pode
ser feita presencialmente ou mediante videogravação ou gravação de áudio.
OSCE – é um tipo de exame clínico estruturado dirigido em geral a uma micro competência,
onde o interno tem de executar uma entrevista, um exame, um procedimento e onde o seu
desempenho é avaliado pelo filtro de uma ficha de observação onde estão listados os
critérios de boa e má execução(13)
.
Perfil de competências – é uma listagem que descreve as características de trabalho
essenciais e diferenciadoras da profissão.
Portfólio – é uma coleção de documentos organizados de uma forma personalizada com o
propósito de demonstrar conhecimentos e capacidades específicas, alcançadas durante um
período de tempo e que refletem um percurso de aprendizagem.
Reflexão crítica – Processo estruturado visando a autorreflexão e ajuda ao desenvolvimento
pessoal. Pode envolver a exploração de expectativas, revisões de progresso relativamente a
objetivos planeados; reconhecimento do que foi alcançado e identificação de necessidades
pessoais (14)
.
Sumativo – Palavra que levanta controvérsia, mas que é reconhecida quer nos dicionários
de língua portuguesa quer em termos de léxico técnico educacional e que diz respeito a
processos de avaliação final que incluem uma soma e cujos resultados representam a
totalidade de um percurso ou desempenho.
31. 31
Tutorial – ferramenta de ensino/aprendizagem, que auxilia o processo de aprendizagem
exibindo passo a passo o funcionamento de algo. Podem ser apresentações facilitadas por
um médico sénior da equipa ou pelo Orientador, que visam rever, sintetizar o conhecimento
numa dada área ou sobre um dado problema ou apresentar um conjunto de instruções/
explicações para executar uma determinada ação. Os tutoriais permitem a discussão em
grupo do conteúdo(15)
.
Validade – é uma propriedade que visa traduzir de forma correta a grandeza, a importância,
a relevância do que se pretende medir ou alcançar.
Workshops – são oficinas de trabalho que geralmente envolvem um membro do corpo
docente/orientador/tutor apresentando temas e conceitos, ou o desenvolvimento de uma
habilidade, relacionada com o curso/estágio/formação em curso. Os workshops podem
envolver mais aprendizagem prática, mas também permitem a discussão, interação,
apresentação e debate sobre um determinado tópico.
32. 32
IX - Bibliografia
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2. Marinker M. Medicine and Humanity, King's Fund, 2001.
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de Formação, Ordem dos Médicos,2019(aguarda publicação).
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doi:10.5465/amr.1983.4284610.
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Doutoramento, Universidade de Maastricht, Holanda, 2006. Consultado dia 14 de
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15. Cox K, Ewan CE. The Medical Teacher. Churchill livingstone, NY, 1988.
33. 33
Agradecemos o envio de sugestões de melhoria para
colégios@ordemdosmedicos.pt
Versão de 01.08.2019