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Disque Saúde: 0800 61 1997
   w w w. s a u d e . g o v. b r
                                     Dengue
                                    Aspectos
                                     Epidemiológicos,
                                   Diagnóstico
                                      e Tratamento
                                        Ministério da Saúde
Dengue
 Aspectos
  Epidemiológicos,
Diagnóstico
   e Tratamento

       Ministério da Saúde
© 2002. Ministério da Saúde.
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

Série A. Normas e Manuais Técnicos, nº 176

Tiragem: 290 mil exemplares
                                                                                                          O Ministério da Saúde, atento ao avanço da dengue, vem
                                                                                                          convocando as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde
Elaboração e distribuição:                                                                                para participar do esforço nacional contra a doença em nosso
MINISTÉRIO DA SAÚDE
                                                                                                          país e, ao mesmo tempo, garantir uma boa assistência aos
Fundação Nacional de Saúde – FUNASA                                                                       pacientes na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Secretaria de Políticas de Saúde – SPS
Secretaria de Assistência à Saúde – SAS
                                                                                                          A adesão das secretarias estaduais e municipais vai refletir
                                                                                                          diretamente na atuação dos profissionais de saúde,
Maiores informações:                                                                                      particularmente os médicos, cuja função é orientar as
Fundação Nacional de Saúde – FUNASA
SAS Quadra 4, bloco N                                                                                     pessoas quanto ao controle do vetor e prestar o devido
CEP: 70058-902, Brasília - DF                                                                             atendimento. O vínculo com a população é fundamental para
Tel.: (61) 314 6440
Fax: (61) 225 9428                                                                                        a redução dos criadouros do Aedes aegypti, como pneus
E-mail: funasa@funasa.gov.br                                                                              abandonados e outros recipientes que possam acumular
Home page: www.funasa.gov.br
                                                                                                          água. A informação é a nossa arma mais poderosa.

                                                                                                          Com esse objetivo, o Ministério da Saúde produziu esse
Impresso no Brasil / Printed in Brazil                                                                    manual de orientação técnica sobre a dengue, abrangendo
                                                                                                          aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. Será
                                         Ficha Catalográfica
                                                                                                          lançado também o Protocolo de Condutas para Diagnóstico e
                                                                                                          Tratamento, que contou com a participação e o apoio do
    Brasil. Ministério da Saúde. Fundacão Nacional de Saúde.
                                                                                                          Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica
       Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento / Ministério da Saúde,                  Brasileira. O Protocolo busca unificar as condutas médicas e
    Fundação Nacional de Saúde. – Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002.                             as informações sobre suspeitas e confirmações de casos de
       20p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos, nº 176)
                                                                                                          dengue.
        1. Dengue. I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Brasil. Fundação Nacional de Saúde. III. Título.
    IV. Série.
                                                                                       NLM WC 528         Essa luta é de todos nós.



Catalogação e expedição:
EDITORA MS                                                                                                                        Barjas Negri
Documentação e informação:                                                                                                      Ministro da Saúde
SIA Trecho 4, Lotes 540/610
71200-040, Brasília - DF
Fones: (61) 233 1774 / 2020; Fax: (61) 233 9558
E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Agente Etiológico
                                                    O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus,
                                                    pertencente à família Flaviviridae.
                                                    São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.

                                                 Vetores Hospedeiros
    Aspectos Epidemiológicos A dengue é uma         Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas,
           doença febril aguda, de etiologia        a espécie Aedes aegypti é a responsável pela transmissão
                                                    da dengue. Outra espécie, Aedes albopictus, embora presente
           viral e de evolução benigna na           no Brasil, ainda não tem comprovada sua participação
                                                    na transmissão, embora na Ásia seja um importante vetor.
           forma clássica, e grave quando se
           apresenta na forma hemorrágica.       Modo de Transmissão
                                                    A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti,
           A dengue é, hoje, a mais importante      no ciclo homem - Aedes aegypti - homem. Após um repasto
                                                    de sangue infectado, o mosquito fica apto a transmitir
           arbovirose (doença transmitida           o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação.
                                                    A transmissão mecânica também é possível, quando o
           por artrópodes) que afeta o homem        repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta
           e constitui-se em sério problema         num hospedeiro suscetível próximo. Não há transmissão por
                                                    contato direto de um doente ou de suas secreções com uma
           de saúde pública no mundo,               pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.

           especialmente nos países tropicais,   Período de Incubação
           onde as condições do meio ambiente       Varia de 3 a 15 dias, sendo, em média, de 5 a 6 dias.

           favorecem o desenvolvimento           Período de Transmissibilidade
           e a proliferação do Aedes aegypti,       A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no
                                                    sangue do homem (período de viremia). Este período começa um
           principal mosquito vetor.                dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença.



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Suscetibilidade e Imunidade                                                 Aspectos Clínicos
         A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal.                            Descrição: a infecção por dengue causa uma doença cujo
         A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga).                  espectro inclui desde infecções inaparentes até quadros
         Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe                          de hemorragia e choque, podendo evoluir para o êxito letal.
         temporariamente.
         A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por          Dengue clássica:
         dengue pode ser primária e secundária. A resposta primária se               o quadro clínico é muito variável. A primeira manifestação é a
         dá em pessoas não expostas anteriormente ao flavivírus e o título           febre alta (39° a 40°), de início abrupto, seguida de cefaléia,
         de anticorpos se eleva lentamente. A resposta secundária se dá              mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital,
         em pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiverem                   náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Hepatomegalia
         infecção prévia por flavivírus e o título de anticorpos se eleva            dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento
         rapidamente em níveis bastante altos. A suscetibilidade em relação          da febre. Alguns aspectos clínicos dependem, com freqüência,
         à Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) não está totalmente                     da idade do paciente.
         esclarecida.                                                                A dor abdominal generalizada pode ocorrer, principalmente
                                                                                     nas crianças. Os adultos podem apresentar pequenas
                                                                                     manifestações hemorrágicas, como petéquias, epistaxe,
    Três teorias mais conhecidas                                                     gengivorragia, sangramento gastrointestinal, hematúria e
    tentam explicar sua ocorrência                                                   metrorragia. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias. Com o
                                                                                     desaparecimento da febre, há regressão dos sinais e sintomas,
         1. Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa                     podendo ainda persistir a fadiga.
            infectante, de modo que as formas mais graves sejam
            resultantes de cepas extremamente virulentas.                       Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
         2. Na Teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infecções                  os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica,
            seqüenciais por diferentes sorotipos do vírus da dengue,                 porém evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas
            num período de 3 meses a 5 anos. Nessa teoria, a resposta                e/ou derrames cavitários e/ou instabilidade hemodinâmica e/ou
            imunológica na segunda infecção é exacerbada, o que resulta              choque. Os casos típicos da FHD são caracterizados por febre alta,
            numa forma mais grave da doença.                                         fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência
                                                                                     circulatória. Um achado laboratorial importante é a trombocitopenia
         3. Uma hipótese integral de multicausalidade tem sido proposta por          com hemoconcentração concomitante. A principal característica
            autores cubanos, segundo a qual se aliam vários fatores de               fisiopatológica associada ao grau de severidade da FHD é a efusão
            risco às teorias de Halstead e da virulência da cepa. A interação        do plasma, que se manifesta através de valores crescentes
            desses fatores de risco promoveria condições para a ocorrência           do hematócrito e da hemoconcentração.
            da FHD.


8                                                                                                                                                           9
Entre as manifestações hemorrágicas, a mais comumente                Diagnóstico Laboratorial
           encontrada é a prova do laço positiva. A prova do laço consiste em
           se obter, através do esfignomanômetro, o ponto médio entre a
           pressão arterial máxima e mínima do paciente, mantendo-se esta
           pressão por 5 minutos; quando positiva aparecem petéquias sob o
                                                                                Exames Específicos
           aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de
           20 ou mais em um quadrado desenhado na pele com 2,3 cm de                  A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus da
           lado, essa prova é considerada fortemente positiva.                        dengue faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego
                                                                                      de métodos sorológicos - demonstração da presença
           Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre
                                                                                      de anticorpos da classe IgM em única amostra de soro
           entre o 3º e 7º dia de doença, precedido por um ou mais
                                                                                      ou aumento do título de anticorpos IgG em amostras
           sinais de alerta. O choque é decorrente do aumento da
                                                                                      pareadas (conversão sorológica).
           permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração
           e falência circulatória. É de curta duração e pode levar             Isolamento: é o método mais específico para determinação do
           ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida                          sorotipo responsável pela infecção. A coleta de sangue
           após terapia anti-choque apropriada.                                       deverá ser feita em condições de assepsia, de preferência
                                                                                      no terceiro ou quarto dia do ínicio dos sintomas. Após o
                                                                                      término dos sintomas não se deve coletar sangue para
     Diagnóstico Diferencial                                                          isolamento viral.
     Dengue clássica:                                                           Sorologia: os testes sorológicos complementam o isolamento do
          considerando que a dengue tem um amplo espectro clínico,                    vírus e a coleta de amostra de sangue deverá ser feita após
          as principais doenças a serem consideradas no diagnóstico                   o sexto dia do início da doença.
          diferencial são: gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais,
          bacterianas e exantemáticas.                                                Obs.: não congelar o sangue total, nem encostar o frasco
                                                                                      diretamente no gelo para evitar hemólise. Os tubos ou
     Febre Hemorrágica da Dengue - FHD:                                               frascos encaminhados ao laboratório deverão ter rótulo com
          no início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito          nome completo do paciente e data da coleta da amostra,
          com outras infecções virais e bacterianas e, a partir do 3º                 preenchido a lápis para evitar que se torne ilegível ao
          ou 4º dia, com choque endotóxico decorrente de infecção                     contato com a água.
          bacteriana ou meningococcemia.

           As doenças a serem consideradas são: leptospirose, febre
           amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras
           febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.


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Exames Inespecíficos                                                         Tratamento
     Dengue clássica:                                                             Dengue clássica:
                                                                                       não há tratamento específico. A medicação é apenas sintomática,
          Hemograma: a leucopenia é achado usual, embora possa ocorrer                 com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem
          leucocitose. Pode estar presente linfocitose com atipia linfocitária.        ser evitados os salicilatos e os antiinflamatórios não hormonais,
          A trombocitopenia é observada ocasionalmente.                                já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações
                                                                                       hemorrágicas e acidose. O paciente deve ser orientado
                                                                                       a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral.
     Febre Hemorrágica da Dengue - FHD:
                                                                                  Febre Hemorrágica da Dengue - FHD:
                                                                                       os pacientes devem ser observados cuidadosamente para
          Hemograma: a contagem de leucócitos é variável, podendo
                                                                                       identificação dos primeiros sinais de choque. O período crítico
          ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose
                                                                                       será durante a transição da fase febril para a afebril, que geralmente
          com atipia linfocitária é um achado comum. Destacam-se a
                                                                                       ocorre após o terceiro dia da doença. Em casos menos graves,
          concentração de hematócrito e a trombocitopenia (contagem
                                                                                       quando os vômitos ameaçarem causar desidratação ou acidose,
          de plaquetas abaixo de 100.000/mm3).
                                                                                       ou houver sinais de hemoconcentração, a reidratação pode ser
                                                                                       feita em nível ambulatorial.
          Hemoconcentração: aumento de hematócrito em 20% do valor
          basal (valor do hematócrito anterior à doença) ou valores               Sinais de alerta:
          superiores a 38% em crianças, a 40% em mulheres e a 45%
                                                                                        dor abdominal intensa e contínua;                   diminuição da diurese;
          em homens).                                                                   vômitos persistentes;                               agitação;
                                                                                        hepatomegalia dolorosa;                             letargia;
          Trombocitopenia: contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3.                 derrames cavitários;                                pulso rápido e fraco;
                                                                                        sangramentos importantes;                           extremidades frias;
                                                                                        hipotensão arterial (PA sistólica ≤ 80 mm Hg        cianose;
          Coagulograma: aumento nos tempos de protrombina,                              em < 5 anos / PA sistólica ≤ 90 mm Hg               diminuição brusca da
          tromboplastina parcial e trombina. Diminuição de fibrinogênio,                em > 5 anos);                                       temperatura corpórea associada
          protrombina, fator VIII, fator XII, antitrombina e α antiplasmina.            diminuição da pressão diferencial (diferença        à sudorese profusa;
                                                                                        entre PA sistólica e PA diastólica ≤ 20 mm Hg);     taquicardia;
                                                                                        hipotensão postural (diferença entre PA sistólica   lipotimia; e
          Bioquímica: diminuição da albumina no sangue, albuminúria                     sentado e PA sistólica em pé > 10 mm Hg);           aumento repentino do hematócrito.
          e discreto aumento dos testes de função hepática:
          aminotransferase aspartato sérica (conhecida anteriormente                    Aos primeiros sinais de choque, o paciente deve ser internado
          por transaminase glutâmico-oxalacética - TGO) e                               imediatamente para correção rápida de volume de líquidos perdidos e da
          aminotransferase alanina sérica (conhecida anteriormente                      acidose. Durante uma administração rápida de fluidos é particularmente
          por transaminase glutâmico pirúvica - TGP).                                   importante estar atento a sinais de insuficiência cardíaca.

12                                                                                                                                                                              13
Protocolo de Condutas para Diagnóstico e Tratamento
                                                  LEVE                                                                                MODERADA                                                                                                        GRAVE
                                     SINTOMATOLOGIA                                                                                        SINTOMATOLOGIA                                                                                       SINTOMATOLOGIA
     Febre (Temperatura axilar > 38º C) por até 7 dias.                                         Febre e sintomas inespecíficos.                                                                               Febre e sintomas inespecíficos.
     Sintomas inespecíficos:                                                                    Paciente com ou sem manifestações hemorrágicas espontâneas (epistaxe, gengivorragia,                          Paciente COM ou SEM manifestações hemorrágicas.
                                                                                                metrorragias, hematêmese, melena etc.) e/ou                                                                   Prova do Laço positiva.
          • cefaléia                                                                            Prova do Laço positiva.                                                                                       Presença de um ou mais sinais de ALERTA.
          • prostração                                                                          Sem sinais de instabilidade hemodinâmica.
          • dor retro-orbitária                                                                                                    DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL                                                                                              CONDUTA
          • exantema                                                                            Choque endotóxico decorrente de infecção bacteriana, meningococcemia, febre amarela, leptospirose, malária,        INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
          • mialgia                                                                             hepatite infecciosa, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.
          • artralgia                                                                                                              EXAMES COMPLEMENTARES                                                                                             SEM CHOQUE
     Paciente sem manifestações hemorrágicas.                                                   Solicitar hematócrito e contagem de plaquetas.                                                                 Hidratação ENDOVENOSA imediata
     Prova do Laço negativa.                                                                    Solicitar sorologia: agendar para o 6º dia a partir do início dos sintomas.                                       •A reposição e manutenção do volume perdido é a medida mais importante
                                                                                                                                 PARÂMETROS LABORATORIAIS                                                         •Iniciar imediatamente hidratação endovenosa enquanto aguarda internação em leito hospitalar
     Sem sinais de instabilidade hemodinâmica.
                                                                                                Plaquetopenia: plaquetas ≤ 100.000 mm3
                             DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL                                            Hematócrito: parâmetros de hemoconcentração
     Gripe, rubéola, sarampo, escarlatina e outras doenças virais e bacterianas.                Ht > 20% do valor basal ou Crianças Ht > 38%                                                                                 RISCO POTENCIAL                                  HIPOTENSÃO POSTURAL
                                                                                                                                Mulheres Ht > 40%                                                                 60-80 ml/kg/dia sendo 1/3 com solução                      10-20 ml/kg/hora de solução
                             EXAMES COMPLEMENTARES                                                                                                                                                                 salina isotônica (SF 0,9%) e/ou Ringer                     salina isotônica (SF 0,9%)
                                                                                                                                Homens Ht > 45%
     Hematócrito /Contagem de plaquetas:                                                                                                                                                                                 Lactato durante 3 - 4 horas                              e/ou Ringer Lactato
          • indicado somente para pacientes com doença crônica prévia                                                            R E S U LTA D O L A B O R AT O R I A L
          • idosos (> 65 anos)
          • crianças menores de um ano                                                                              Exames                Plaquetas:                                     Plaquetas                •Monitoramento hemodinâmico. Observar sinais de choque cardiovascular
     Sorologia:                                                                                                                                                 Hemoconcentração                                  •NÃO efetuar punção ou drenagem de derrames ou outros procedimentos invasivos
                                                                                                                   NORMAIS           50.000 - 100.000mm3                                < 50.000mm3
                                                                                                                                                                                                                  •NÃO transferir paciente antes de iniciar a hidratação
          • indicado apenas para paciente gestante, a partir do 6º dia do início                                                                                                                                  •Transferir o paciente obedecendo condições de segurança no transporte pré ou intra-hospitalar
          dos sintomas (Diagnóstico diferencial com rubéola).                                                                         Acompanhamento               AMBULATÓRIO             Internação
                                                                                                                                     AMBULATORIAL diário        Leito de observação         hospitalar                       NOTIFICAR À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
                            ATENDIMENTO AMBULATORIAL
                                                                                                                                                    CONDUTA                                                                               ATENDIMENTO HOSPITALAR
                                             CONDUTA
                                                                                                               • Hidratação parenteral (preferencial) e/ou oral:                                                                             EXAMES COMPLEMENTARES
     • Orientar hidratação oral 60-80 ml/kg/dia sendo 1/3 com solução salina                                    60-80 ml/kg/dia sendo 1/3 com solução salina isotônica (SF 0,9%) durante 3-4 horas
     • Tratamento sintomático (dipirona ou paracetamol)                                                                                                                                                       Solicitar: hemograma completo; hematócrito (6/6 horas); contagem de plaquetas
                                                                                                               • Tratamento sintomático (dipirona ou paracetamol)                                             (1x/dia); sorologia; tipagem sangüínea; RX tórax e/ou abdômem ou qualquer
     • Liberar o paciente para domicílio com ORIENTAÇÃO de retorno ao serviço após 72 horas                    • Evitar salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais                                        outro exame que permita diagnóstico de derrame cavitário
     • Evitar salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais                                                          NOTIFICAR À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA                                                                                                   EVOLUÇÃO
     • O paciente deve retornar imediatamente ao identificar SINAIS DE ALERTA
                 NOTIFICAR À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA                                                             REAVALIAÇÃO LABORATORIAL (APÓS HIDRATAÇÃO)                                                                  SATISFATÓRIA                                         CHOQUE
                                                                                                                                                                                                                               Manter hospitalizado                       Insuficiência cardiocirculatória
       C R I T É R I O S D E A LTA D O A C O M P A N H A M E N T O A M B U L AT O R I A L                                 MELHORA            RESPOSTA INADEQUADA OU PIORA
                       Período de 48 horas sem apresentar febre e outras queixas.                                                                                                                                                                                               Internação em UTI
                                                                                                                       Acompanhamento
                                                                                                                       ambulatorial diário                 A unidade                         SIM                                                                                  CONDUTA
     Em situação de EPIDEMIA, a conduta laboratorial nos casos de dengue em sua forma                                                                tem condições de repetir                                                                                       Rotinas de internação em terapia intensiva
     LEVE deve priorizar os grupos de risco (doentes crônicos, idosos, crianças e gestantes).                                                              a conduta?
                                                                                                                                                                                                                                        C R I T É R I O S D E A LTA H O S P I TA L A R
     Em situações não caracterizadas como de EPIDEMIA, deve ser solicitado a sorologia,                                                                                  NÃO                                  Preenchimento de TODOS os critérios:
     para rastreamento epidemiológico, assim como os exames laboratoriais necessários                                                                                                                            ausência de febre por 24 horas - sem uso de antitémicos; melhora visível do quadro clínico;
                                                                                                                                            I N T E R N A Ç Ã O H O S P I TA L A R                               hematócrito normal e estável por 24 horas; plaquetas em elevação e acima de 50.000 mm3; derrame
     para o estabelecimento do diagnóstico de dengue.                                                                          Manter hidratação endovenosa até transferência para leito hospitalar              cavitário reabsorvido ou sem repercussão clínica; estabilização hemodinâmica durante 48 horas.

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SINAIS DE ALERTA

        DENGUE HEMORRÁGICA                                                   Vigilância Epidemiológica                                                      • melhoria de saneamento básico;
                                                                                                                                                            • participação comunitária no sentido de evitar a infestação
                                                                                                                                                              domiciliar do Aedes, por meio da redução de criadouros
                                                                             Notificação:
  Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual)                                                                                             potenciais do vetor (saneamento domiciliar).
                                                                                    por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso
  Agitação ou letargia                                                              suspeito deve ser comunicado, pela via mais rápida, ao Serviço
  Vômitos persistentes                                                              de Vigilância Epidemiológica mais próximo.                          Educação em Saúde e Participação Comunitária
  Pulso rápido e fraco
                                                                                                                                                            É necessário promover, exaustivamente, a Educação em Saúde
  Hepatomegalia dolorosa
                                                                             Medidas de Controle                                                            até que a comunidade adquira conhecimentos e consciência do
  Extremidades frias
                                                                                                                                                            problema para que possa participar efetivamente. A população
  Derrames cavitários                                                              A notificação dos casos suspeitos, a investigação do local
                                                                                                                                                            deve ser informada sobre a doença (modo de transmissão, quadro
  Cianose                                                                          provável de infecção, bem como a busca ativa de casos são
                                                                                                                                                            clínico, tratamento etc.), sobre o vetor (seus hábitos, criadouros
  Sangramentos expontâneos e/ou Prova do Laço positiva                             medidas importantes. A única garantia para que não exista
                                                                                                                                                            domiciliares e naturais) e sobre as medidas de prevenção
  Lipotimia                                                                        a dengue é a ausência do vetor. A OMS preconiza que há maior
                                                                                                                                                            e controle.
  Hipotensão arterial                                                              probabilidade de ser deflagrada uma epidemia quando os índices
  Sudorese profusa
                                                                                                                                                            Devem ser utilizados os meios de comunicação de massa pelo seu
                                                                                   de infestação predial (número de imóveis com focos positivos de
  Hipotensão postural                                                                                                                                       grande alcance e penetração social. Para fortalecer a consciência
                                                                                   Aedes aegypti sobre o total de imóveis inspecionados vezes 100)
  Aumento repentino do hematócrito                                                                                                                          individual e coletiva, deverão ser desenvolvidas estratégias de
                                                                                   estão acima de 5%. No entanto, não existe nível "limite" abaixo do
  Diminuição da diurese                                                                                                                                     alcance local para sensibilizar os formadores de opinião para
                                                                                   qual se possa ter certeza de que não ocorrerão surtos de dengue.
  Melhora súbita do quadro febril até o 5º dia                                                                                                              a importância da comunicação/educação no combate à dengue;
                                                                                   Em áreas com Aedes, o monitoramento do vetor deve ser realizado
  Taquicardia                                                                                                                                               sensibilizar o público em geral sobre a necessidade de uma
                                                                                   constantemente, para conhecer as áreas infestadas e desencadear
                                                                                                                                                            parceria governo/sociedade com vistas ao controle da dengue em
                                                                                   as medidas de combate. Entre as medidas de combate constam:
                                                                                                                                                            todo o país e enfatizar a responsabilidade social no resgate da
                                                                                   • manejo ambiental:                                                      cidadania numa perspectiva de que cada cidadão é responsável
                                                                                     mudanças no meio ambiente que impeçam ou minimizem a                   por si e pela sua comunidade.
TABELA DE HIDRATAÇÃO PARENTERAL                                                      propagação do vetor, evitando ou destruindo os criadouros
                                                                                     potenciais do Aedes;
                                    Volume líquido ml/kg/dia
Peso na admissão (kg)
                                                                                   • controle químico:
                           1º dia            2º dia            3º dia                consiste em tratamento focal (elimina larvas), peri-focal
                                                                                     (em pontos estratégicos de difícil acesso) e por ultra baixo
        <7

       7 a 11

      12 a 18
                            220

                            165

                            132
                                              165

                                              132

                                              88
                                                                132

                                                                88

                                                                88
                                                                                     volume - “fumacê” (elimina alados).
                                                                                   Este último deve ter uso restrito em epidemias, como forma
                                                                                   complementar de interromper a transmissão de dengue, ou quando
                                                                                                                                                            Dengue perigo na sua cidade.
                                                                                                                                                            Acabe com esse
                                                                                   houver infestação predial acima de 5% em áreas com circulação
       > 18                  88               88                88
                                                                                   comprovada de vírus.

                                                                        18                                                                                                                                                       19
Coleta, rotulagem, conservação e transporte das amostras
      para o diagnóstico laboratorial de dengue

       A confiabilidade
         dos resultados     Tipos de Amostras           Exames              Volume da Amostra          Momento da coleta          Retração do Coágulo             Armazenamento                    Transporte
              dos testes                                                                                                                 2 a 6 horas                                             Nitrogênio líquido
                                                     Isolamento viral                                       1° ao 5° dias                                            Soro a -70°C
            laboratoriais       SANGUE                                     Adulto - 10ml                                                     4°C                                                   ou Gelo seco
             depende do        Fase Aguda                                  Crianças - 2 a 5ml                                         2 a 24 horas
                                                  Diagnóstico sorológico                                      ≥ 5 dias                                               Soro a -20°C              Gelo seco ou comum
     cuidado durante a                                                                                                             Temperatura ambiente
      coleta, manuseio,          SANGUE                                    Adulto - 10ml                14° ao 30° dias (14 a         2 a 24 horas
                                                  Diagnóstico sorológico                                                                                             Soro a -20°C              Gelo seco ou comum
     acondicionamento       Fase Convalescente                             Crianças - 2 a 5ml          21 dias após 1ª coleta)     Temperatura ambiente
             e envio das                                                                                                                                                                         Nitrogênio líquido
                                                     Isolamento viral                                   Ideal: <8h pós-óbito                                          A -70°C
              amostras.         TECIDOS                                                                Máximo: 24h pós-óbito                                                                       ou Gelo seco
                                 Óbitos              Histopatologia /                                  Colher amostra o mais                                        Em formalina
                                                                                                           cedo possível                                                                       Temperatura ambiente
                                                  Detecção de antígenos                                                                                              tamponada



                                                     SANGUE: coleta            Punção cardíaca
                                                   de 10 ml de sangue            ou outra via
                                                                                                                      Colocar na geladeira por, no máximo, 24 horas após separar o soro

                                                                                                                      Sempre que possível realizar necrópsia

                                Em caso                                     Quando não for possível:    colher material por viscerótomo ou punção aspirativa (visando obter maior
                                de óbito:                                                               quantidade possível de tecidos - preferencialmente fígado e baço).
                                                         TECIDOS

                                                                                   Isolamento viral:    colocar cada amostra em frascos estéreis separados e levar ao freezer imediatamente.
                                                                                     Histopatologia:    colocar separadamente cada amostra em frasco com formalina tamponada,
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Cartilha dengue

  • 1. Disque Saúde: 0800 61 1997 w w w. s a u d e . g o v. b r Dengue Aspectos Epidemiológicos, Diagnóstico e Tratamento Ministério da Saúde
  • 2. Dengue Aspectos Epidemiológicos, Diagnóstico e Tratamento Ministério da Saúde
  • 3. © 2002. Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Série A. Normas e Manuais Técnicos, nº 176 Tiragem: 290 mil exemplares O Ministério da Saúde, atento ao avanço da dengue, vem convocando as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde Elaboração e distribuição: para participar do esforço nacional contra a doença em nosso MINISTÉRIO DA SAÚDE país e, ao mesmo tempo, garantir uma boa assistência aos Fundação Nacional de Saúde – FUNASA pacientes na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Secretaria de Políticas de Saúde – SPS Secretaria de Assistência à Saúde – SAS A adesão das secretarias estaduais e municipais vai refletir diretamente na atuação dos profissionais de saúde, Maiores informações: particularmente os médicos, cuja função é orientar as Fundação Nacional de Saúde – FUNASA SAS Quadra 4, bloco N pessoas quanto ao controle do vetor e prestar o devido CEP: 70058-902, Brasília - DF atendimento. O vínculo com a população é fundamental para Tel.: (61) 314 6440 Fax: (61) 225 9428 a redução dos criadouros do Aedes aegypti, como pneus E-mail: funasa@funasa.gov.br abandonados e outros recipientes que possam acumular Home page: www.funasa.gov.br água. A informação é a nossa arma mais poderosa. Com esse objetivo, o Ministério da Saúde produziu esse Impresso no Brasil / Printed in Brazil manual de orientação técnica sobre a dengue, abrangendo aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. Será Ficha Catalográfica lançado também o Protocolo de Condutas para Diagnóstico e Tratamento, que contou com a participação e o apoio do Brasil. Ministério da Saúde. Fundacão Nacional de Saúde. Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento / Ministério da Saúde, Brasileira. O Protocolo busca unificar as condutas médicas e Fundação Nacional de Saúde. – Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002. as informações sobre suspeitas e confirmações de casos de 20p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos, nº 176) dengue. 1. Dengue. I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Brasil. Fundação Nacional de Saúde. III. Título. IV. Série. NLM WC 528 Essa luta é de todos nós. Catalogação e expedição: EDITORA MS Barjas Negri Documentação e informação: Ministro da Saúde SIA Trecho 4, Lotes 540/610 71200-040, Brasília - DF Fones: (61) 233 1774 / 2020; Fax: (61) 233 9558 E-mail: editora.ms@saude.gov.br
  • 4. Agente Etiológico O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. Vetores Hospedeiros Aspectos Epidemiológicos A dengue é uma Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, doença febril aguda, de etiologia a espécie Aedes aegypti é a responsável pela transmissão da dengue. Outra espécie, Aedes albopictus, embora presente viral e de evolução benigna na no Brasil, ainda não tem comprovada sua participação na transmissão, embora na Ásia seja um importante vetor. forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Modo de Transmissão A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti, A dengue é, hoje, a mais importante no ciclo homem - Aedes aegypti - homem. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito fica apto a transmitir arbovirose (doença transmitida o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação. A transmissão mecânica também é possível, quando o por artrópodes) que afeta o homem repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta e constitui-se em sério problema num hospedeiro suscetível próximo. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma de saúde pública no mundo, pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento. especialmente nos países tropicais, Período de Incubação onde as condições do meio ambiente Varia de 3 a 15 dias, sendo, em média, de 5 a 6 dias. favorecem o desenvolvimento Período de Transmissibilidade e a proliferação do Aedes aegypti, A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do homem (período de viremia). Este período começa um principal mosquito vetor. dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença. 6 7
  • 5. Suscetibilidade e Imunidade Aspectos Clínicos A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. Descrição: a infecção por dengue causa uma doença cujo A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). espectro inclui desde infecções inaparentes até quadros Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe de hemorragia e choque, podendo evoluir para o êxito letal. temporariamente. A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por Dengue clássica: dengue pode ser primária e secundária. A resposta primária se o quadro clínico é muito variável. A primeira manifestação é a dá em pessoas não expostas anteriormente ao flavivírus e o título febre alta (39° a 40°), de início abrupto, seguida de cefaléia, de anticorpos se eleva lentamente. A resposta secundária se dá mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, em pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiverem náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Hepatomegalia infecção prévia por flavivírus e o título de anticorpos se eleva dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento rapidamente em níveis bastante altos. A suscetibilidade em relação da febre. Alguns aspectos clínicos dependem, com freqüência, à Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) não está totalmente da idade do paciente. esclarecida. A dor abdominal generalizada pode ocorrer, principalmente nas crianças. Os adultos podem apresentar pequenas manifestações hemorrágicas, como petéquias, epistaxe, Três teorias mais conhecidas gengivorragia, sangramento gastrointestinal, hematúria e tentam explicar sua ocorrência metrorragia. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias. Com o desaparecimento da febre, há regressão dos sinais e sintomas, 1. Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa podendo ainda persistir a fadiga. infectante, de modo que as formas mais graves sejam resultantes de cepas extremamente virulentas. Febre Hemorrágica da Dengue (FHD): 2. Na Teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infecções os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, seqüenciais por diferentes sorotipos do vírus da dengue, porém evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas num período de 3 meses a 5 anos. Nessa teoria, a resposta e/ou derrames cavitários e/ou instabilidade hemodinâmica e/ou imunológica na segunda infecção é exacerbada, o que resulta choque. Os casos típicos da FHD são caracterizados por febre alta, numa forma mais grave da doença. fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência circulatória. Um achado laboratorial importante é a trombocitopenia 3. Uma hipótese integral de multicausalidade tem sido proposta por com hemoconcentração concomitante. A principal característica autores cubanos, segundo a qual se aliam vários fatores de fisiopatológica associada ao grau de severidade da FHD é a efusão risco às teorias de Halstead e da virulência da cepa. A interação do plasma, que se manifesta através de valores crescentes desses fatores de risco promoveria condições para a ocorrência do hematócrito e da hemoconcentração. da FHD. 8 9
  • 6. Entre as manifestações hemorrágicas, a mais comumente Diagnóstico Laboratorial encontrada é a prova do laço positiva. A prova do laço consiste em se obter, através do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do paciente, mantendo-se esta pressão por 5 minutos; quando positiva aparecem petéquias sob o Exames Específicos aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou mais em um quadrado desenhado na pele com 2,3 cm de A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus da lado, essa prova é considerada fortemente positiva. dengue faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego de métodos sorológicos - demonstração da presença Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre de anticorpos da classe IgM em única amostra de soro entre o 3º e 7º dia de doença, precedido por um ou mais ou aumento do título de anticorpos IgG em amostras sinais de alerta. O choque é decorrente do aumento da pareadas (conversão sorológica). permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência circulatória. É de curta duração e pode levar Isolamento: é o método mais específico para determinação do ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida sorotipo responsável pela infecção. A coleta de sangue após terapia anti-choque apropriada. deverá ser feita em condições de assepsia, de preferência no terceiro ou quarto dia do ínicio dos sintomas. Após o término dos sintomas não se deve coletar sangue para Diagnóstico Diferencial isolamento viral. Dengue clássica: Sorologia: os testes sorológicos complementam o isolamento do considerando que a dengue tem um amplo espectro clínico, vírus e a coleta de amostra de sangue deverá ser feita após as principais doenças a serem consideradas no diagnóstico o sexto dia do início da doença. diferencial são: gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais, bacterianas e exantemáticas. Obs.: não congelar o sangue total, nem encostar o frasco diretamente no gelo para evitar hemólise. Os tubos ou Febre Hemorrágica da Dengue - FHD: frascos encaminhados ao laboratório deverão ter rótulo com no início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito nome completo do paciente e data da coleta da amostra, com outras infecções virais e bacterianas e, a partir do 3º preenchido a lápis para evitar que se torne ilegível ao ou 4º dia, com choque endotóxico decorrente de infecção contato com a água. bacteriana ou meningococcemia. As doenças a serem consideradas são: leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos. 10 11
  • 7. Exames Inespecíficos Tratamento Dengue clássica: Dengue clássica: não há tratamento específico. A medicação é apenas sintomática, Hemograma: a leucopenia é achado usual, embora possa ocorrer com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem leucocitose. Pode estar presente linfocitose com atipia linfocitária. ser evitados os salicilatos e os antiinflamatórios não hormonais, A trombocitopenia é observada ocasionalmente. já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose. O paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral. Febre Hemorrágica da Dengue - FHD: Febre Hemorrágica da Dengue - FHD: os pacientes devem ser observados cuidadosamente para Hemograma: a contagem de leucócitos é variável, podendo identificação dos primeiros sinais de choque. O período crítico ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose será durante a transição da fase febril para a afebril, que geralmente com atipia linfocitária é um achado comum. Destacam-se a ocorre após o terceiro dia da doença. Em casos menos graves, concentração de hematócrito e a trombocitopenia (contagem quando os vômitos ameaçarem causar desidratação ou acidose, de plaquetas abaixo de 100.000/mm3). ou houver sinais de hemoconcentração, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. Hemoconcentração: aumento de hematócrito em 20% do valor basal (valor do hematócrito anterior à doença) ou valores Sinais de alerta: superiores a 38% em crianças, a 40% em mulheres e a 45% dor abdominal intensa e contínua; diminuição da diurese; em homens). vômitos persistentes; agitação; hepatomegalia dolorosa; letargia; Trombocitopenia: contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3. derrames cavitários; pulso rápido e fraco; sangramentos importantes; extremidades frias; hipotensão arterial (PA sistólica ≤ 80 mm Hg cianose; Coagulograma: aumento nos tempos de protrombina, em < 5 anos / PA sistólica ≤ 90 mm Hg diminuição brusca da tromboplastina parcial e trombina. Diminuição de fibrinogênio, em > 5 anos); temperatura corpórea associada protrombina, fator VIII, fator XII, antitrombina e α antiplasmina. diminuição da pressão diferencial (diferença à sudorese profusa; entre PA sistólica e PA diastólica ≤ 20 mm Hg); taquicardia; hipotensão postural (diferença entre PA sistólica lipotimia; e Bioquímica: diminuição da albumina no sangue, albuminúria sentado e PA sistólica em pé > 10 mm Hg); aumento repentino do hematócrito. e discreto aumento dos testes de função hepática: aminotransferase aspartato sérica (conhecida anteriormente Aos primeiros sinais de choque, o paciente deve ser internado por transaminase glutâmico-oxalacética - TGO) e imediatamente para correção rápida de volume de líquidos perdidos e da aminotransferase alanina sérica (conhecida anteriormente acidose. Durante uma administração rápida de fluidos é particularmente por transaminase glutâmico pirúvica - TGP). importante estar atento a sinais de insuficiência cardíaca. 12 13
  • 8. Protocolo de Condutas para Diagnóstico e Tratamento LEVE MODERADA GRAVE SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA Febre (Temperatura axilar > 38º C) por até 7 dias. Febre e sintomas inespecíficos. Febre e sintomas inespecíficos. Sintomas inespecíficos: Paciente com ou sem manifestações hemorrágicas espontâneas (epistaxe, gengivorragia, Paciente COM ou SEM manifestações hemorrágicas. metrorragias, hematêmese, melena etc.) e/ou Prova do Laço positiva. • cefaléia Prova do Laço positiva. Presença de um ou mais sinais de ALERTA. • prostração Sem sinais de instabilidade hemodinâmica. • dor retro-orbitária DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CONDUTA • exantema Choque endotóxico decorrente de infecção bacteriana, meningococcemia, febre amarela, leptospirose, malária, INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA • mialgia hepatite infecciosa, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos. • artralgia EXAMES COMPLEMENTARES SEM CHOQUE Paciente sem manifestações hemorrágicas. Solicitar hematócrito e contagem de plaquetas. Hidratação ENDOVENOSA imediata Prova do Laço negativa. Solicitar sorologia: agendar para o 6º dia a partir do início dos sintomas. •A reposição e manutenção do volume perdido é a medida mais importante PARÂMETROS LABORATORIAIS •Iniciar imediatamente hidratação endovenosa enquanto aguarda internação em leito hospitalar Sem sinais de instabilidade hemodinâmica. Plaquetopenia: plaquetas ≤ 100.000 mm3 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Hematócrito: parâmetros de hemoconcentração Gripe, rubéola, sarampo, escarlatina e outras doenças virais e bacterianas. Ht > 20% do valor basal ou Crianças Ht > 38% RISCO POTENCIAL HIPOTENSÃO POSTURAL Mulheres Ht > 40% 60-80 ml/kg/dia sendo 1/3 com solução 10-20 ml/kg/hora de solução EXAMES COMPLEMENTARES salina isotônica (SF 0,9%) e/ou Ringer salina isotônica (SF 0,9%) Homens Ht > 45% Hematócrito /Contagem de plaquetas: Lactato durante 3 - 4 horas e/ou Ringer Lactato • indicado somente para pacientes com doença crônica prévia R E S U LTA D O L A B O R AT O R I A L • idosos (> 65 anos) • crianças menores de um ano Exames Plaquetas: Plaquetas •Monitoramento hemodinâmico. Observar sinais de choque cardiovascular Sorologia: Hemoconcentração •NÃO efetuar punção ou drenagem de derrames ou outros procedimentos invasivos NORMAIS 50.000 - 100.000mm3 < 50.000mm3 •NÃO transferir paciente antes de iniciar a hidratação • indicado apenas para paciente gestante, a partir do 6º dia do início •Transferir o paciente obedecendo condições de segurança no transporte pré ou intra-hospitalar dos sintomas (Diagnóstico diferencial com rubéola). Acompanhamento AMBULATÓRIO Internação AMBULATORIAL diário Leito de observação hospitalar NOTIFICAR À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ATENDIMENTO AMBULATORIAL CONDUTA ATENDIMENTO HOSPITALAR CONDUTA • Hidratação parenteral (preferencial) e/ou oral: EXAMES COMPLEMENTARES • Orientar hidratação oral 60-80 ml/kg/dia sendo 1/3 com solução salina 60-80 ml/kg/dia sendo 1/3 com solução salina isotônica (SF 0,9%) durante 3-4 horas • Tratamento sintomático (dipirona ou paracetamol) Solicitar: hemograma completo; hematócrito (6/6 horas); contagem de plaquetas • Tratamento sintomático (dipirona ou paracetamol) (1x/dia); sorologia; tipagem sangüínea; RX tórax e/ou abdômem ou qualquer • Liberar o paciente para domicílio com ORIENTAÇÃO de retorno ao serviço após 72 horas • Evitar salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais outro exame que permita diagnóstico de derrame cavitário • Evitar salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais NOTIFICAR À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EVOLUÇÃO • O paciente deve retornar imediatamente ao identificar SINAIS DE ALERTA NOTIFICAR À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA REAVALIAÇÃO LABORATORIAL (APÓS HIDRATAÇÃO) SATISFATÓRIA CHOQUE Manter hospitalizado Insuficiência cardiocirculatória C R I T É R I O S D E A LTA D O A C O M P A N H A M E N T O A M B U L AT O R I A L MELHORA RESPOSTA INADEQUADA OU PIORA Período de 48 horas sem apresentar febre e outras queixas. Internação em UTI Acompanhamento ambulatorial diário A unidade SIM CONDUTA Em situação de EPIDEMIA, a conduta laboratorial nos casos de dengue em sua forma tem condições de repetir Rotinas de internação em terapia intensiva LEVE deve priorizar os grupos de risco (doentes crônicos, idosos, crianças e gestantes). a conduta? C R I T É R I O S D E A LTA H O S P I TA L A R Em situações não caracterizadas como de EPIDEMIA, deve ser solicitado a sorologia, NÃO Preenchimento de TODOS os critérios: para rastreamento epidemiológico, assim como os exames laboratoriais necessários ausência de febre por 24 horas - sem uso de antitémicos; melhora visível do quadro clínico; I N T E R N A Ç Ã O H O S P I TA L A R hematócrito normal e estável por 24 horas; plaquetas em elevação e acima de 50.000 mm3; derrame para o estabelecimento do diagnóstico de dengue. Manter hidratação endovenosa até transferência para leito hospitalar cavitário reabsorvido ou sem repercussão clínica; estabilização hemodinâmica durante 48 horas. 14
  • 9. SINAIS DE ALERTA DENGUE HEMORRÁGICA Vigilância Epidemiológica • melhoria de saneamento básico; • participação comunitária no sentido de evitar a infestação domiciliar do Aedes, por meio da redução de criadouros Notificação: Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual) potenciais do vetor (saneamento domiciliar). por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso Agitação ou letargia suspeito deve ser comunicado, pela via mais rápida, ao Serviço Vômitos persistentes de Vigilância Epidemiológica mais próximo. Educação em Saúde e Participação Comunitária Pulso rápido e fraco É necessário promover, exaustivamente, a Educação em Saúde Hepatomegalia dolorosa Medidas de Controle até que a comunidade adquira conhecimentos e consciência do Extremidades frias problema para que possa participar efetivamente. A população Derrames cavitários A notificação dos casos suspeitos, a investigação do local deve ser informada sobre a doença (modo de transmissão, quadro Cianose provável de infecção, bem como a busca ativa de casos são clínico, tratamento etc.), sobre o vetor (seus hábitos, criadouros Sangramentos expontâneos e/ou Prova do Laço positiva medidas importantes. A única garantia para que não exista domiciliares e naturais) e sobre as medidas de prevenção Lipotimia a dengue é a ausência do vetor. A OMS preconiza que há maior e controle. Hipotensão arterial probabilidade de ser deflagrada uma epidemia quando os índices Sudorese profusa Devem ser utilizados os meios de comunicação de massa pelo seu de infestação predial (número de imóveis com focos positivos de Hipotensão postural grande alcance e penetração social. Para fortalecer a consciência Aedes aegypti sobre o total de imóveis inspecionados vezes 100) Aumento repentino do hematócrito individual e coletiva, deverão ser desenvolvidas estratégias de estão acima de 5%. No entanto, não existe nível "limite" abaixo do Diminuição da diurese alcance local para sensibilizar os formadores de opinião para qual se possa ter certeza de que não ocorrerão surtos de dengue. Melhora súbita do quadro febril até o 5º dia a importância da comunicação/educação no combate à dengue; Em áreas com Aedes, o monitoramento do vetor deve ser realizado Taquicardia sensibilizar o público em geral sobre a necessidade de uma constantemente, para conhecer as áreas infestadas e desencadear parceria governo/sociedade com vistas ao controle da dengue em as medidas de combate. Entre as medidas de combate constam: todo o país e enfatizar a responsabilidade social no resgate da • manejo ambiental: cidadania numa perspectiva de que cada cidadão é responsável mudanças no meio ambiente que impeçam ou minimizem a por si e pela sua comunidade. TABELA DE HIDRATAÇÃO PARENTERAL propagação do vetor, evitando ou destruindo os criadouros potenciais do Aedes; Volume líquido ml/kg/dia Peso na admissão (kg) • controle químico: 1º dia 2º dia 3º dia consiste em tratamento focal (elimina larvas), peri-focal (em pontos estratégicos de difícil acesso) e por ultra baixo <7 7 a 11 12 a 18 220 165 132 165 132 88 132 88 88 volume - “fumacê” (elimina alados). Este último deve ter uso restrito em epidemias, como forma complementar de interromper a transmissão de dengue, ou quando Dengue perigo na sua cidade. Acabe com esse houver infestação predial acima de 5% em áreas com circulação > 18 88 88 88 comprovada de vírus. 18 19
  • 10. Coleta, rotulagem, conservação e transporte das amostras para o diagnóstico laboratorial de dengue A confiabilidade dos resultados Tipos de Amostras Exames Volume da Amostra Momento da coleta Retração do Coágulo Armazenamento Transporte dos testes 2 a 6 horas Nitrogênio líquido Isolamento viral 1° ao 5° dias Soro a -70°C laboratoriais SANGUE Adulto - 10ml 4°C ou Gelo seco depende do Fase Aguda Crianças - 2 a 5ml 2 a 24 horas Diagnóstico sorológico ≥ 5 dias Soro a -20°C Gelo seco ou comum cuidado durante a Temperatura ambiente coleta, manuseio, SANGUE Adulto - 10ml 14° ao 30° dias (14 a 2 a 24 horas Diagnóstico sorológico Soro a -20°C Gelo seco ou comum acondicionamento Fase Convalescente Crianças - 2 a 5ml 21 dias após 1ª coleta) Temperatura ambiente e envio das Nitrogênio líquido Isolamento viral Ideal: <8h pós-óbito A -70°C amostras. TECIDOS Máximo: 24h pós-óbito ou Gelo seco Óbitos Histopatologia / Colher amostra o mais Em formalina cedo possível Temperatura ambiente Detecção de antígenos tamponada SANGUE: coleta Punção cardíaca de 10 ml de sangue ou outra via Colocar na geladeira por, no máximo, 24 horas após separar o soro Sempre que possível realizar necrópsia Em caso Quando não for possível: colher material por viscerótomo ou punção aspirativa (visando obter maior de óbito: quantidade possível de tecidos - preferencialmente fígado e baço). TECIDOS Isolamento viral: colocar cada amostra em frascos estéreis separados e levar ao freezer imediatamente. Histopatologia: colocar separadamente cada amostra em frasco com formalina tamponada, mantendo à temperatura ambiente. O rótulo das amostras devem conter, obrigatoriamente: Nome completo do paciente Data da coleta Natureza da amostra 20 21