Avistamento da avifauna no município de Juruti, baixo Amazonas, estado do Pará, Brasil
1. A
CB
D E
REFERÊNCIAS
CONCLUSÃO
MATERIAL E MÉTODOS
BIODIVERSIDADE
AVISTAMENTO DAAVIFAUNA NO MUNICÍPIO DE JURUTI,
BAIXO AMAZONAS, ESTADO DO PARÁ, BRASIL
Neuder Wesley França da Silva
1 Mestre em Saúde e Produção Animal na Amazônia. Secretaria de Estado de Saúde Pública. E-mail nwvet@hotmail.com
INTRODUÇÃO
O Brasil apresenta uma das mais ricas avifaunas do mundo, com
estimativas de 1.731 espécies, aproximadamente 10% ameaçadas de
extinção, sendo a Amazônia com maior número de espécies (MARINI;
GARCIA, 2005; SICK, 1993). A identificação de espécies contribui para
o entendimento do potencial ecológico e qualidade do ecossistema,
sendo o registro visual um método distinto e complementar de censo por
observação direta e convencional em estudos ornitológicos de
reconhecimento qualitativo (RODRIGUES et al., 2005; STRAUBE;
URBEN-FILHO, 2005). Neste sentido foi realizado registro visual para
identificar a diversidade da avifauna no município de Juruti, Estado do
Pará, Brasil.
BINI, E. Aves do Brasil: Guia Prático. Lages: Homem-pássaro publicações, 233p, 2009
GWYNNER, John A. et al. Aves do Brasil: Pantanal & Cerrado. São Paulo: Horizonte, 2010.
322 p.
MARINI, M.A.; GARCIA, F.I. Conservação de aves no Brasil. Megadiversidade, v.1, n.1, p. 95-
102, 2005.
PARÁ. Fundação Amazônia de Amparo A Estudos e Pesquisas. Diretoria de Estatística e de
Tecnologia e Gestão da Informação. Estatísticas Municipais Paraenses: Juruti. Belém: [s.n.],
2016. 59 p
REVISTA BRASILEIRA DE ORNITOLOGIA. Pará: [s.n.], v. 23, 2015.
SICK, H. Ornitologia brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 4- Espécies de aves registradas em Juruti-Pará. A: Pandion haliaetus; B: Nasica
longirostris; C: Dryocopus lineatus; D: Tityra semifasciata; E: Phalacrocorax brasilianus
A avifauna em Juruti é diversificada, com presença de visitante sazonal
que indica o potencial e qualidade da avifauna local. Ademais evidenciou-
se a aproximação de aves de hábito florestal em áreas de ocupação
antrópica, além de espécies forrageando próximos de animais de produção
como bovinos e suínos. Ha necessidade de monitoramento para avaliar o
comportamento de colonização de aves residentes no município,
principalmente de aves aquáticas que representam muitas espécies de
leitos dos rios e várzea da região e são indicadoras de qualidade da água,
possivelmente pela oferta de pesca para aves.
Realização: Apoio:
Foram registradas 51 espécies de aves, as quais estão distribuídas em 29
famílias, sendo que 8 famílias (27,58%) representam aves aquáticas.
Apenas um indivíduo foi classificado pelo gênero Sprophika, bem como
nenhuma espécie registrada no estudo consta na lista Estadual da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção (COEMA, 2007).
Avistou-se Pandion haliaetus (Figura 4, A), visitante sazonal oriundo do
hemisfério norte que realiza seu movimento migratório para “invernar” no
Brasil (REVISTA BRASILEIRA DE ORNITOLOGIA, 2015). As demais
espécies avistadas são consideradas residentes no país, como as presente
na Figura 4 (B), (C), (D) e (E).
O estudo foi desenvolvido no município de
Juruti, mesorregião do Baixo Amazonas,
Estado do Pará (Figura 1). Período: 10
dias/novembro/2013 e 10dias/março/2014.
Área: terra firme e áreas de várzeas com e
sem ocupação antrópica. Metodologia tipo
visual (a olho nu), com registro fotográfico
em máquina digital (Figura 2), sendo
utilizados as seguintes referências básicas
para identificação das espécies, conforme
disposto na Figura 3 (A) e (B) e
sistematização de nomenclatura e status de
residência Figura 3 (C).
Registrou-se indivíduos e ninhos acessíveis visualmente, sem qualquer
aproximação física que produzisse perturbação animal, bem como
facilitasse a captura de imagens sem desfoco fotográfico.
Fonte: wikipedia.org/wiki/Juruti
Figura 1- Mapa de localização do
Município de Juruti/PA.
Figura 2- Máquina digital Nikon
P510; 16 megapixels; resolução;
zoom óptico de 42X .
Figura 3- Referências para identificação e sistematização e
status de residência A: BINI (2009); B: GWYNNE et al. (2010)
e C: (REVISTA BRASILEIRA DE ORNITOLOGIA, 2015).
Fonte: https://www.nikon.com.br/
Fonte: imagem, autoria própria (2019)
A B C
Fonte: autoria própria, 2013, 2014.
Identificou-se uma colônia de Bubulcus ibis com poucos P. brasilianus
(Figura 5, A) e B. ibis associado a forrageamento de gado. Heterospizias
meridionalis foi registrado em momento de acasalamento em vegetação
de margem várzea (Figura 5, B).
Figura 5- A: Colônia de Bubulcus ibis com presença de Phalacrocorax brasilianus; B:
Heterospizias meridionalis em acasalamento, área de várzea, Juruti-Pará
Fonte: autoria própria, 2013, 2014.