O documento discute a microbiologia, definindo-a como o estudo dos microrganismos. Apresenta as principais teorias de classificação dos seres vivos e descreve as características das células procariotas e eucariotas. Também resume as estruturas e reprodução das bactérias, incluindo sua importância na indústria, saúde e ecologia.
Introdução à Microbiologia: Estudo dos Microrganismos
1.
2. INTRODUÇÃO
Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (=
vida) + logos (= ciência).
A Microbiologia é definida, como a área da
ciência que dedica-se ao estudo dos
microrganismos, um vasto e diverso grupo de
organismos unicelulares de dimensões
reduzidas, que podem ser encontrados como
células isoladas ou agrupados em diferentes
arranjos (cadeias ou massas), sendo que as
células, mesmo estando associadas, exibiriam
um caráter fisiológico independente.
3. INTRODUÇÃO
Assim, com base neste conceito, a microbiologia
envolve o estudo de organismos procariotos
(bactérias), eucariotos inferiores (algas,
protozoários e fungos) e também os vírus.
Esta área do conhecimento teve seu início com
os relatos de Robert Hooke e Antony Van
Leeuwenhoek, que desenvolveram microscópios
que possibilitaram as primeiras observações de
bactérias e outros microrganismos, além de
diversos espécimes biológicos.
4.
5. IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA
É uma área da Biologia que tem grande
importância seja como ciência básica ou
aplicada.
Básica: estudos fisiológicos, bioquímicos e
moleculares (modelo comparativo para seres
superiores) Microbiologia Molecular.
Aplicada: processos industriais, controle de
doenças, de pragas, produção de alimentos, etc.
6. ÁREAS DE ESTUDO
Odontologia: Estudo de microrganismos associados à
placa dental, cárie dental e doenças periodontais.
Estudos com abordagem preventiva.
Medicina e Enfermagem: Doenças infecciosas e
infecções hospitalares.
Nutrição: Doenças transmitidas por alimentos, Controle
de qualidade de alimentos, Produção de alimentos
(queijos, bebidas, etc).
Biologia: Aspectos básicos e biotecnológicos. Produção
de antibióticos, hormônios (insulina), enzimas (lipases
celulases), insumos (ácidos e álcool), Despoluição
(Herbicidas – Pseudomonas e Petróleo), etc.
BIOTECNOLOGIA Uso de microrganismos com
finalidades industriais, como agentes de biodegradação.
7. CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
Antes do Microscópio Animal e Vegetal
– Teoria de Linneaus. Esta simples classificação foi insuficiente,
sendo posteriormente descartada após a descoberta do
microscópio.
Teoria de Haeckel (1866) Reino Plantae (vegetais
unicelulares), Reino Protista (bactérias, algas, fungos e
protozoários) e Reino Animalia (animais) Classificação
Satisfatória.
8. TEORIA DE WHITTAKER
Em 1969 Whittaker propôs a expansão da
classificação sugerida por Haeckel em 1866,
baseado não só na organização celular, mas
também na forma de obter energia e alimento:
Reinos
– Monera: Procariotos
– Protista: Eucariotos unicelulares - Protozoários (sem
parede celular) e Algas (com parede celular)
– Fungi: Eucariotos aclorofilados
– Plantae: Vegetais
– Animalia: Animais Teoria de Whittaker (1969)
9. CÉLULA PROCARIÓTICA
X
CÉLULA EUCARIÓTICA
A maior parte dos seres vivos é organizada por uma ou
mais unidades chamadas células, com exceção dos
VÍRUS;
Estas duas células (Eucarionte e Procarionte) diferem
muito quanto a sua estrutura interna: procariótica tem
uma organização simples, rudimentar. Já a eucariótica é
mais complexa.
Os organismos são classificados então como
Procariontes ou Eucariontes a depender do seu tipo de
célula
Bactérias e Cianofíceas (algas azuis): Procariontes
Demais seres vivos: eucariontes
10. CÉLULAS PROCARIONTES
Protos = primitivo e Karion = núcleo
É extremamente simples;
Apresenta componentes básicos e apenas uma
membrana esquelética (Parede Celular), externa
a membrana plasmática;
Células Procariontes
Membrana Plasmática: seleção de
substâncias;
Constitui a célula das bactérias;
NÃO possui CARIOTECA
11. CÉLULAS PROCARIONTES
Célula Procarionte: Núcleo
representado por um único cromossomo,
não é circundado pela membrana celular.
12.
13. CÉLULAS EUCARIONTES
Dois aspectos principais as diferenciam da
PROCARIONTE:
1. Apresenta uma membrana denominada
MEMBRANA NUCELAR ou CARIOTECA
(individualizando o núcleo);
2. Apresenta estruturas denominadas
ORGANELAS (imersas, mergulhadas no
hialoplasma “mitocôndrias, reticulo
endoplasmático, complexo de golgi, etc).
14. CÉLULAS EUCARIONTES
Célula Eucarionte: Núcleo limitado pela
membrana nuclear, apresentando no seu
interior diversos cromossomos.
15.
16.
17.
18.
19.
20. VAMOS PRATICAR?
1) Qual o conceito de Microbiologia e
explique a sua importância?
2) Classifique os seres vivos de acordo com
as teorias dos cientistas.
3) Qual a diferença entre a célula
procariótica e a célula eucariótica?
4) Qual o único microorganismo que não
possui célula, chamado de acelular? Fale
sobre ele.
21.
22. BACTÉRIAS
Bactérias (do grego bakteria = bastão) são
organismos unicelulares, procariontes, que
podem ser encontrados na forma isolada ou em
colônias;
São microorganismos constituídos por uma
célula, sem núcleo celular nem organelas
membranares;
São um dos organismos mais antigos, com
evidência de 3,8 bilhões de anos;
As bactérias são geralmente microscópicas ou
submicroscópicas (detectáveis apenas ao
microscópio eletrônico);
Suas dimensões variam de 0,5 a 5 micrómetros.
23. MORFOLOGIA
As bactérias classificam-se morfologicamente de
acordo com a forma da célula e com o grau de
agregação.
– Coco: De forma esférica ou subesférica.
– Bacilo: Em forma de bastonete (do género
Bacillus).
– Vibrião: Em forma de vírgula (do género Vibrio).
– Espirilo: de forma espiral/ondulada (do género
Spirillum).
– Espiroqueta: Em forma acentuada de espiral.
24. MORFOLOGIA
Quanto ao grau de agregação, apenas os
BACILOS e os COCOS formam colônias.
– Diplococo: De forma esférica ou subesférica e
agrupadas aos pares.
– Estreptococos: Formam cadeia semelhante a
um "colar".
– Estafilococos: Uma forma desorganizada de
agrupamento, formando cachos.
– Sarcina: De forma cúbica, formado por 4 ou 8
cocos simetricamente postos.
– Diplobacilos: Bacilos reunidos dois a dois.
– Estreptobacilos: Bacilos alinhados em cadeia.
25.
26.
27. ESTRUTURA CELULAR
A célula bacteriana, por ser procariótica, não possui organelas
membranares nem DNA organizado em verdadeiros cromossomos,
como os das células eucariotas.
Estruturas da célula procariota:
– Os pili são microfibrilas proteicas que se estendem da parede
celular em muitas espécies Gram-negativas. Têm funções de
ancoramento da bactéria.
– Os plasmídeos são pequenas moléculas de DNA circular que
coexistem com o nucleóide. São comumente trocados na
conjugação bacteriana, protegendo a bactéria.
– Os ribossomos procariotas são diferentes dos eucariotas e
essas diferenças foram usadas para desenvolver antibióticos que
só afetam os ribossomos bacterianos.
– O citoplasma é preenchido pelo hialoplasma, um líquido com
consistência de gel, semelhante ao dos eucariotas, com sais,
glicose e outros açúcares, RNA, proteínas funcionais e várias
outras moléculas orgânicas.
– A membrana celular é uma dupla camada de fosfolípidos, com
proteínas imersas.
28. A parede celular bacteriana é uma estrutura rígida que
recobre a membrana citoplasmática e confere forma às
bactérias.
Algumas espécies de bactérias têm uma camada de
polissacarídeos que protege contra desidratação,
fagocitose e ataque de bacteriófagos, chamada de
cápsula.
O nucleóide consiste em uma única grande molécula de
DNA com proteínas associadas, sem delimitação por
membrana Portanto, não é um verdadeiro núcleo. O
seu tamanho varia de espécie para espécie.
O flagelo é uma estrutura protéica que roda como uma
hélice. Muitas espécies de bactérias movem-se com o
auxílio de flagelos. Os flagelos bacterianos são muito
simples e completamente diferentes dos flagelos dos
eucariotas. Eles permitem o movimento da bactéria.
29.
30. METABOLISMO SEGUNDO AS
FONTES DE ENERGIA E CARBONO
FONTE DE CARBONO: De acordo com a fonte de átomos de
carbono para a produção de suas moléculas orgânicas, elas são
classificadas em DOIS GRANDES GRUPOS.
– Autotróficas: As bactérias autotróficas obtêm suas moléculas
de carbono apenas de dióxido de carbono (do próprio
dióxido).
– Heterotróficas: São bactérias que obtêm seus átomos de
carbono de moléculas orgânicas que captam do ambiente.
Além do gás carbônico ela precisa de um carboidrato.
FONTE DE ENERGIA: As bactérias podem utilizar como fonte de
energia A LUZ E SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS OU ORGÂNICAS.
– Luz: Como as bactérias que fazem fotossíntese ou
fototróficas.
– Compostos químicos: Como as bactérias quimiotróficas.
– Composto inorgânico: Litotróficas
– Composto orgânico: Organotróficas
31. CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO
As bactérias podem se reproduzir com grande
rapidez, dando origem a um número muito
grande de descendentes em apenas algumas
horas;
A maioria delas reproduz-se assexuadamente,
por cissiparidade, também chamada de divisão
simples ou bipartição;
Nesse caso, cada bactéria divide-se em duas
outras bactérias geneticamente iguais;
Em algumas espécies de bactérias pode ocorrer
recombinação de material genético.
32. CLASSIFICAÇÃO GRAM
“Gram-Positivas”: Quando a parede tem uma
camada espessa de peptidoglicanos; mais
resistentes;
"Gram-Negativas“: Contém uma camada de
lipídios no exterior da parede celular, então sua
parede celular é composta por uma camada de
peptidoglicanos e outra de lipídios que ficam
mais externos;
Muitos antibióticos, incluindo a penicilina e seus
derivados, atacam especificamente a parede
celular das bactérias Grampositivas.
33. CLASSIFICAÇÃO GRAM
Gram-positivas: Bactérias que possuem parede celular
com uma única e espessa camada de peptidoglicanos. Pelo
emprego da coloração de Gram, tingem-se na cor púrpura
ou azul quando fixadas com CRISTAL VIOLETA, porque
retêm esse corante mesmo sendo expostas a álcool.
Gram-negativas: Bactérias que possuem uma parede
celular mais delgada e uma segunda membrana lipídica -
distinta quimicamente da membrana plasmática - no
exterior desta parede celular. No processo de coloração o
lipídio dessa membrana mais externa é dissolvido pelo
álcool e libera o primeiro corante, cristal violeta. Ao
término da coloração, essa células são visualizadas com a
tonalidade rosa-avermelhada do segundo corante,
SAFRANINAque lhes confere apenas a coloração vermelha.
34.
35. IMPORTÂNCIA DAS
BACTÉRIAS
Na indústria de alimentos:
– Existem várias espécies de bactérias usadas na
preparação de comidas ou bebidas fermentadas,
incluindo as láticas para queijos, iogurte, vinho,
salsicha, frios, azeitona, molho de soja, leite
fermentado e as acéticas utilizadas para produzir
vinagres.
Na ecologia:
– As NITROBACTÉRIAS convertem o ar em
compostos úteis para as plantas (fixação do
nitrogênio);
– Degradação da matéria orgânica pelas bactérias.
– Na indústria farmacêutica:
– Antibióticos, insulina, o hormônio do crescimento.
36. IMPORTÂNCIA DAS
BACTÉRIAS
Na saúde humana:
– O papel das bactérias na saúde, como agentes
infecciosos, é bem conhecido o tétano, a
pneumonia, a sífilis, a cólera e tuberculose;
– A maior parte das infecções pode ser tratada com
antibióticos e as medidas anti-sépticas podem evitar
muitas infecções bacterianas, por exemplo, fervendo
a água antes de tomar, lavar alimentos frescos ou
passar álcool a 70% antes de realizar uma punção
venosa;
– A esterilização dos instrumentos cirúrgicos ou
dentários é feita para os livrar de qualquer agente
patogênico.
37. DOENÇAS CAUSADAS PELA
BACTÉRIA
Tuberculose causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis.
Hanseníase: transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium
lepra).
Difteria: provocada pelo bacilo diftérico.
Coqueluche: causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Pneumonia bacteriana: provocada pela bactéria Streptococcus
pneumoniae.
Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes.
Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani).
Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans.
Tracoma: provocada pela Chlamydia trachomatis.
Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo
(Neisseria gonorrhoeae).
Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum.
Meningite meningocócica: causada por uma bactéria chamada de
meningococo.
Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae , o vibrião
colérico.
Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi.
38. VAMOS PRATICAR?
1. Cite 5 doenças tipicamente causadas por
bactérias.
2. Cite alimentos tipicamente produzidos
com a participação das bactérias.
3. Fale sobre a importância das bactérias.
4. Desenhe a célula procariota da bactéria,
especificando suas estruturas citológicas
(celulares).
39.
40. VÍRUS
CONCEITO E DEFINIÇÃO
Vírus é uma partícula protéica que pode infectar
organismos vivos;
Podem infectar células eucarióticas (de animais,
fungos e vegetais) e células procarióticas (de
bactérias).
São parasitas intracelulares obrigatórios e isso significa
que eles só se reproduzem pela invasão e possessão da
célula;
Os vírus só se comportam como seres vivos quando
estão no interior de células vivas. Somente então
podem se reproduzir, originando novos vírus da mesma
espécie. Fora delas, deixam de apresentar qualquer
propriedade de vida;
Como são desprovidos de estrutura celular, os vírus
não podem ser enquadrados em nenhum dos cinco
reinos
41. A ESTRUTURA DO VÍRUS
São formados basicamente por uma...
– Cápsula de proteína (cápsula protéica) O
CAPSÍDEO Que contém, em seu interior, uma
molécula de ácido nucléico, que tanto pode ser o
DNA (ácido desoxirribonucléico) como o RNA
(ácido ribonucléico), MAS NUNCA OS DOIS
JUNTOS.
– Capsômeros Subunidades presentes dentro do
capsídeo.
Em alguns vírus, a cápsula é coberta por uma
membrana lipídica, constituída da membrana plasmática
da célula invadida pelo vírus.
O vírus é, na realidade, um grupo de genes
"empacotados“ em proteínas.
É 100 a 200 vezes menor que a bactéria, causando
várias doenças ao homem AS VIROSES
42.
43. REPRODUÇÃO DO VÍRUS
DNA BACTERIÓFAGO
(VÍRUS BACTERIÓFAGO)
A REPRODUÇÃO ENVOLVE DOIS ASPECTOS
– Duplicação do material genético viral
– Síntese das proteínas do capsídio
O vírus entra na célula hospedeira, inibe o
funcionamento do material genético da célula infectada
e passa a comandar as síntese de proteínas;
Um dos vírus mais estudados é o BACTERIÓFAGO ou
FAGO, que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu
interior;
REPRODUÇÃO
– As fibras da cauda do vírus encaixam-se na
membrana da bactéria. A cauda se contrai, injetando
o DNA do vírus na célula.
44.
45. CONCLUINDO
Uma vez no interior da célula, o DNA do vírus
comanda a produção de uma enzima que inativa
o DNA da bactéria;
O DNA do vírus assume assim o comando do
metabolismo celular, usando os nucleotídeos, as
enzimas da célula e sua energia para fabricar
cópias IDÊNTICAS do seu DNA;
O DNA do vírus comanda também a síntese de
proteínas da cápsula;
As novas cápsulas se associam às cópias do
DNA, formando de 100 a 200 novos vírus;
Todo esse processo pode levar menos de meia
hora e cada novo vírus formado pode infectar
uma nova bactéria.
47. LEMBREM-SE
Quando estão no interior de células vivas,
os vírus apresentam certas propriedades
dos seres vivos.
Fora das células, não possuem essas
propriedades e permanecem tão inertes
quanto um CRISTAL de moléculas
orgânicas.
Por isso dizemos que os vírus são
PARASITAS OBRIGATÓRIOS.
48. REPRODUÇÃO DO VÍRUS DE RNA HIV/AIDS
TRANSCRIPTASE REVERSA
Na maioria das vezes, o RNA do vírus orienta a
produção de moléculas de RNA nas células do
hospedeiro, gerando novas células;
No caso do Retrovírus (causador do HIV-
AIDS), o RNA sintetiza uma molécula de DNA
que penetra no núcleo da célula hospedeira e se
liga ao DNA da célula, formando o que se chama
de um pró-vírus;
Este DNA poderá então orientar a produção de
novas moléculas de RNA virais e das proteínas
da cápsula;
Formam-se novos vírus que, ao saírem, levam
lipídios da membrana da célula ao redor da
cápsula.
49.
50.
51. VAMOS PRATICAR?
1. O que é o VÍRUS? Como eles se
comportam? Fale sobre a sua estrutura.
2. Cite uma defesa natural contra o vírus.
3. Cite três medidas preventivas contra a
AIDS.
4. Cite 5 (cinco) doenças causadas pelo
vírus.
52.
53. FUNGOS
PLURICELULARES EUCARIÓTICOS HETEROTRÓFICOS
UTILIZADOS EM BIOTECNOLOGIA
– Estruturas heterotróficas (nutrição por absorção ou
ingestão) que obtém seu alimento, a partir da matéria
orgânica;
– São decompositores ou parasitas dos seres vivos
(nutrição absortiva);
– Durante muito tempo, os fungos foram considerados como
vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser
classificados em um reino à parte REINO FUNGI
– Os fungos apresentam um conjunto de características
próprias que permitem sua diferenciação das plantas.
Não sintetizam clorofila;
Não tem celulose na sua parede celular (exceto alguns
fungos aquáticos);
Não armazenam amido como substância de reserva.
54. FUNGOS
Os fungos são seres vivos eucarióticos;
Possuem apenas um núcleo (como as leveduras) ou
podem ser multinucleados filamentosos (como os
bolores);
Seu citoplasma contém mitocôndrias e retículo
endoplasmático rugoso;
Suas células possuem vida independente e não se
reúnem para formar tecidos;
Possuem RESERVA ENERGÉTICA de GLICOGÊNIO
(característico dos animais);
Fazem DIGESTÃO EXTRACORPÓREA e absorção
celular de MATÉRIA ORGÂNICA digerida do meio
ambiente.
55. HABITAT
Os fungos vivem e se reproduzem em
lugares úmidos e escuros;
Encontram-se no solo, na água, nos
vegetais, em animais, no homem e em
detritos, em geral;
O vento age como importante veículo de
dispersão de seus fragmentos de hifa.
56. ESTRUTURA
Possuem um corpo vegetativo chamado TALO ou SOMA
que é composto de um conjunto de finos filamentos
unicelulares chamados HIFAs.
Estas hifas geralmente formam uma rede microscópica
junto ao substrato (fonte de alimento), chamada
MICÉLIO, por onde o alimento é absorvido.
Usualmente, a parte mais evidente de um fungo são
CORPOS FRUTIFICANTES ou ESPORÂNGIOS (as
estruturas reprodutivas que produzem os esporos).
57.
58. RESPIRAÇÃO
Aeróbia (respiração) ou anaeróbia
(fermentação) facultativa como as leveduras
que realizam a fermentação como o
Saccharomyces cerevisae, utilizados na
fabricação de vinhos e cerveja e do pão.
60. REPRODUÇÃO ASSEXUADA
Fragmentação
– Um micélio se fragmenta originando novos micélios.
Brotamento ou Gemulação
– Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do
genitor mas, eventualmente, podem permanecer
grudados, formando cadeias de células.
61. Ascomycota (Levedura)
São responsáveis por estragarem alimentos formando
bolores com coloração verde-azulados, vermelhos e
marrons;
62. Ascomycota (Levedura)
As células de leveduras se reproduzem de maneira
diferente, produzindo células filhas descendentes ou por
brotamento.
63. Deutoromycota
(deuteromicetos)
Reprodução assexuada
– Divisões celulares por mitose;
– Encontrados sob a forma de CONÍDIOS, hifas no
ambiente, como solo, sobre plantas e animais, em
ecossistemas aquáticos, no ar, associados a insetos
ou crescendo nos produtos fabricados pelo homem.
– A esse grupo pertencem diversas espécies de
Penicillium (entre as quais a que produz penicilina).
64.
65.
66. Vamos Praticar
1. Cite 3 (cinco) alimentos produzidos com a
participação de fungos.
2. Fale sobre a importância dos fungos nos
diversos setores bem como as doenças que
podem surgir em decorrência da presença deste
microorganismo.
3. Qual a fonte de alimentação dos fungos?
4. Apresente duas características dos fungos que
demonstrem serem eles pertencentes a outro
reino que não o Reino Plantae.
67. DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE BACTÉRIAS,
VÍRUS, FUNGOS E PROTOZOÁRIOS
Bactérias: unicelulares, procarióticas, sem organelas
membranares, vivem isoladas ou em colônias.
Vírus: acelulares, não possuem metabolismo próprio, não possuem
maquinaria própria, altamente mutagênicos, são parasitas
obrigatórios da célula (não é considerado um ser vivo por muitos
cientistas).
Fungos: Os fungos são organismos eucariontes, majoritariamente
multicelulares, embora alguns possam ser unicelulares (leveduras).
Todos os fungos são heterotróficos, possuem organelas.
Protozoários: (São unicelulares como as bactérias, mas possuem
(assim como as células de plantas e animais) organelas, que
ajudam a processar nutrientes e gerar energia, são eucariontes
principalmente heterotróficos (que não realizam a fotossíntese),
mas incluindo alguns autotróficos e com locomoção própria, quer
utilizando cílios ou flagelos, quer com movimento amebóide
(mudando a forma do corpo pela emissão de pseudópodes, ou seja
"falsos pés").
68. REFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROFAE. Parasitologia e
Microbiologia. Módulo 1. Brasília – DF, 2003.
MURRAY P. R. Microbiologia Médica. Editora
Mosby. Ano 2006.