O documento discute o relativismo cultural como resposta à questão da objetividade e verdade dos juízos morais. O relativismo cultural afirma que a verdade dos juízos morais depende do que cada sociedade aprova, não havendo verdades morais universais. No entanto, o documento apresenta várias críticas a esta posição, como o fato de diversidade cultural não implicar ausência de verdade objetiva, e o relativismo tornar o progresso moral incompreensível.
Trabalho efetuado no âmbito da disciplina de Filosofia. Foi uma apresentação que fiz com dois colegas do 10º Ano (ano letivo 2009/2010) na Escola Secundária Alves Martins de Viseu.
Trabalho efetuado no âmbito da disciplina de Filosofia. Foi uma apresentação que fiz com dois colegas do 10º Ano (ano letivo 2009/2010) na Escola Secundária Alves Martins de Viseu.
Filosofia 10º Ano
Os Valores
(juízos de facto e de valores, subjetivismo axiológico, objetivismo axiológico, relativismo cultural + etnocentrismo e interculturalismo)
Filosofia 10º Ano
Os Valores
(juízos de facto e de valores, subjetivismo axiológico, objetivismo axiológico, relativismo cultural + etnocentrismo e interculturalismo)
AUTOR: Dra. Andrea Suarez
Relativismo cultural: definición, causas. El por qué de su existencia.
Posibilidad de superación del relativismo cultural a partir de la teoría del derecho natural.
Discriminacion- Etnocentrismo y Prejuicio.
FICHA TÉCNICA
Título:
NORMA 01/JNE/2017 – Instruções para a Inscrição nas Provas e Exames do Ensino Básico e
do Ensino Secundário
Autores – Júri Nacional de Exames:
António de Almeida Monteiro
Dina Bonina Pereira
Dominique Fonseca
Egídia Rodrigues
Isabel Monteiro
Isabel Rebelo
Rui Ferreira
Coordenação:
Luís Pereira dos Santos
Capa:
Isabel Espinheira
Composição:
Direção-Geral da Educação – Júri Nacional de Exames
Edição:
Fevereiro de 2017
Filosofia: Quem precisa dela? - O Objetivismo de Ayn RandBreno Brito
"A filosofia estuda a natureza fundamental da existência, do homem, e da relação do homem com a existência. Ao contrário das ciências especiais, que lidam apenas com aspectos particulares, a filosofia lida com os aspectos do universo que dizem respeito à tudo que existe. No reino da percepção, as ciências especiais são as árvores, mas a filosofia é o solo fértil que torna a floresta possível."
- Ayn Rand
Diferente de muitos, Ayn Rand diz que não resolveremos os problemas do mundo ensinando economia pois a raiz desses problemas é moral. Pensando nisso ela descreveu em seus romances através de seus personagens idealizados o ideal que a humanidade deveria perseguir, criou a filosofia por trás e a chamou de Objetivismo, a filosofia para se viver na Terra.
Esta palestra visa explicar para leigos o que é o Objetivismo e desmistificar certos desentendimentos que costumam rondar o tema.
A ética pode ser debatida dentro de várias perspectivas. A que mais nos interessa é a chamada ética aplicada ou ética do discurso prático. Essa ética aborda problemas como: desigualdade social, direitos humanos, direitos da mulheres, negros, crianças, aborto, eutanásia entre outros.
Os valores e a acção a questão da objectividade e verdade das normas e dos juízos morais.
1. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E
DOS JUÍZOS MORAIS.
O RELATIVISMO CULTURAL
APRESENTAÇÃO
OBJECÇÕES
TEORIAS ALTERNATIVAS
2. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA OBJECTIVIDADE E
VERDADE DAS NORMAS E DOS JUÍZOS MORAIS.
A questão filosófica da justificação – da objectividade e
verdade - dos juízos morais pode formular – se de vários
modos:
1.Há verdades morais objectivas?
2.Há juízos morais verdadeiros em todas as culturas?
3.Há princípios e normas morais que, seja onde for, é errado
não respeitar?
• Responder a uma destas questões é responder às outras.
3. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
Várias respostas ao problema
1.O Relativismo Cultural (RMC)
2.O Subjectivismo Moral (SM)
3.A Teoria dos Mandamentos Divinos
(TMD)
4. O Objectivismo moral
5.O Universalismo Moderado
4. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
A RESPOSTA DO RELATIVISMO CULTURAL.
Há verdades morais mas não são objectivas.
Nenhum juízo moral é verdadeiro ou falso
em si mesmo. Nenhuma norma moral é
correcta ou incorrecta em si mesma.
5. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
A RESPOSTA DO RELATIVISMO CULTURAL.
O problema da verdade ou falsidade dos juízos morais.
«Matar é errado», «Roubar é incorrecto» e «Mentir é imoral». Será que
estes juízos são verdadeiros?
O relativismo cultural afirma que aqueles juízos são verdadeiros mas não
em todo o lado e para todas as pessoas. A verdade dos juízos morais
depende do que cada sociedade aprova. Moralmente verdadeiro é o que
cada sociedade - ou a maioria dos seus membros - acredita ser
verdadeiro. Moralmente verdadeiro é igual a socialmente aprovado e
moralmente errado é igual a socialmente desaprovado.
6. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
A RESPOSTA DO RELATIVISMO CULTURAL.
O problema da objectividade dos juízos morais.
«Matar é errado», «Roubar é incorrecto» e «Mentir é
imoral». Será que estes juízos são objectivos e universais?
Não. O que é moralmente correcto ou incorrecto depende do que cada
sociedade acredita ser moralmente correcto ou incorrecto.
O relativismo cultural transforma a diversidade de opiniões e de crenças
morais em ausência de verdades objectivas. Se duas sociedades têm
diferentes crenças acerca de uma questão moral, o relativista conclui
que então ambas as crenças são verdadeiras.
Não existe nenhum critério objectivo e universal para determinar quem tem
razão no caso de haver discórdia.
7. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
CRÍTICAS AO RELATIVISMO CULTURAL
1. Que diversas culturas respondam de modo diferente às mesmas
questões morais não implica que não há nenhuma resposta
objectivamente verdadeira a essas questões (não há verdades morais
universais). Diversas culturas discordaram quanto à forma da Terra
(umas pensaram que era esférica, outras plana, outras esférica mas um
pouco achatada)
mas há uma verdade objectiva acerca da forma da Terra.
2. Há uma diferença significativa entre o que uma sociedade acredita ser
moralmente correcto e algo ser moralmente correcto.
Se duas sociedades têm diferentes crenças acerca de uma questão moral, o
relativista conclui que então ambas as crenças são verdadeiras.
Contudo, a discórdia pode ser sinal de que há pessoas e sociedades que
estão erradas e não de que ninguém está errado.
8. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
3. O RC reduz a verdade ao que a maioria julga ser verdadeiro.
Desde quando o que maioria pensa é verdadeiro e moralmente aceitável?
Os nazis acreditavam e fizeram com que a maioria dos alemães
acreditassem que os judeus eram subhumanos e que exterminá – los era
um favor que faziam à humanidade. Isso é claramente falso.
4. O RC parece convidar-nos ao conformismo moral, a seguir,
em nome da coesão social, as crenças dominantes.
O R.C. afirma que o código moral de cada indivíduo se deve subordinar ao
código moral da sociedade em que vive e foi educado. Os juízos morais
de cada indivíduo são verdadeiros se estiverem em conformidade com o
que a sociedade a que pertence considera verdadeiro.
9. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
5. O relativismo cultural torna incompreensível o progresso
moral.
A humanidade tem realizado progressos no plano moral. A abolição da
escravatura, o reconhecimento dos direitos das mulheres, a condenação e a
luta contra a discriminação racial são exemplos. Falar de progresso moral
parece implicar que haja um padrão objectivo com o qual confrontamos as
nossas acções. Se esse padrão objectivo não existir não temos fundamento
para dizer que em termos morais estamos melhor agora do que antes. No
passado, muitas sociedades praticaram a escravatura mas actualmente
quase nenhuma a considera moralmente admissível. Esta mudança de
comportamento e de atitude é um sinal de progresso moral. Mas se para o
R.C. nenhuma sociedade esteve ou está errada nas suas crenças e práticas
morais torna-se difícil compreender a ideia de progresso moral. Tudo o que o
R.C. nos permitiria dizer é que houve tempos em que a escravatura era
moralmente aceitável e que agora ela é já não é aceite.
10. OS VALORES E A ACÇÃO: A QUESTÃO DA
OBJECTIVIDADE E VERDADE DAS NORMAS E DOS
JUÍZOS MORAIS
5. O relativismo cultural torna incompreensível o progresso
moral.
A humanidade tem realizado progressos no plano moral. A abolição da
escravatura, o reconhecimento dos direitos das mulheres, a condenação e a
luta contra a discriminação racial são exemplos. Falar de progresso moral
parece implicar que haja um padrão objectivo com o qual confrontamos as
nossas acções. Se esse padrão objectivo não existir não temos fundamento
para dizer que em termos morais estamos melhor agora do que antes. No
passado, muitas sociedades praticaram a escravatura mas actualmente
quase nenhuma a considera moralmente admissível. Esta mudança de
comportamento e de atitude é um sinal de progresso moral. Mas se para o
R.C. nenhuma sociedade esteve ou está errada nas suas crenças e práticas
morais torna-se difícil compreender a ideia de progresso moral. Tudo o que o
R.C. nos permitiria dizer é que houve tempos em que a escravatura era
moralmente aceitável e que agora ela é já não é aceite.