O documento descreve um projeto de leitura que inclui uma breve biografia do autor, um resumo da obra, comentários sobre a obra analisando temas, gênero e estrutura, e sugestões de atividades antes, durante e depois da leitura.
Acredito que uma coletânea deve representar um todo, um grupo maior, muito mais diverso e rico. Esse é o papel desses textos por mim reunidos, dizer da diversidade do conto contemporâneo, seja ele o brasileiro ou o universal, aqui presentes a partir de Cortazar, Saramago e Hemingway.
O texto descreve os elementos essenciais de um texto narrativo: 1) Contém uma história, real ou fictícia, com personagens e acontecimentos situados no espaço e tempo; 2) Inclui um narrador e personagens principais e secundárias; 3) A história desenrola-se num espaço e tempo definidos e segue uma estrutura com introdução, desenvolvimento e conclusão.
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, expondo as mazelas sociais da época através de um realismo crítico influenciado pelo naturalismo. A obra descreve a luta pela sobrevivência e as relações de poder entre os personagens de forma a denunciar a exploração do homem pelo homem
O documento discute a evolução da poesia na Grécia Antiga e ao longo da história. Originalmente, a poesia grega era predominantemente em forma de poema e seguia regras estritas de métrica e ritmo. Mais tarde, a narrativa ganhou importância e a poesia se tornou mais associada ao gênero lírico. Com o Modernismo, a métrica fixa foi liberada e surgiram os "versos livres". Atualmente, a poesia se caracteriza por uma linguagem sugestiva em prosa ou verso.
O documento apresenta um projeto desenvolvido por professoras de diferentes disciplinas com o objetivo de promover a leitura do livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos entre alunos do 8o e 9o ano. O projeto inclui atividades de leitura, análise, produção de texto e relação com outras linguagens como pintura e fotografia. A avaliação será contínua com foco na participação dos alunos e mudança de hábitos em relação à leitura.
O documento descreve a crônica como um gênero híbrido entre literatura e jornalismo que apresenta fatos de forma breve e objetiva. A estrutura da crônica é mais simples do que uma narrativa elaborada, com linguagem informal para se aproximar do leitor. Um exemplo mostra o crescimento desordenado de uma favela a partir de um único barraco inicial.
Este documento descreve os elementos essenciais de um conto e exemplifica com a história "A Princesa e a Ervilha". O texto introduz os personagens e cenário do conto, apresenta a complicação quando uma princesa aparece durante uma tempestade, e chega ao clímax quando a princesa revela ter sentido a ervilha debaixo dos colchões, mostrando ser verdadeira.
O documento descreve o que é teatro, sua origem e estrutura. Teatro é uma das mais antigas expressões artísticas humanas, com origem na Grécia antiga, onde era representado em auditórios ao ar livre em honra ao deus Dionísio. Um texto dramático é composto por diálogos entre personagens e indicações para os atores.
Acredito que uma coletânea deve representar um todo, um grupo maior, muito mais diverso e rico. Esse é o papel desses textos por mim reunidos, dizer da diversidade do conto contemporâneo, seja ele o brasileiro ou o universal, aqui presentes a partir de Cortazar, Saramago e Hemingway.
O texto descreve os elementos essenciais de um texto narrativo: 1) Contém uma história, real ou fictícia, com personagens e acontecimentos situados no espaço e tempo; 2) Inclui um narrador e personagens principais e secundárias; 3) A história desenrola-se num espaço e tempo definidos e segue uma estrutura com introdução, desenvolvimento e conclusão.
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, expondo as mazelas sociais da época através de um realismo crítico influenciado pelo naturalismo. A obra descreve a luta pela sobrevivência e as relações de poder entre os personagens de forma a denunciar a exploração do homem pelo homem
O documento discute a evolução da poesia na Grécia Antiga e ao longo da história. Originalmente, a poesia grega era predominantemente em forma de poema e seguia regras estritas de métrica e ritmo. Mais tarde, a narrativa ganhou importância e a poesia se tornou mais associada ao gênero lírico. Com o Modernismo, a métrica fixa foi liberada e surgiram os "versos livres". Atualmente, a poesia se caracteriza por uma linguagem sugestiva em prosa ou verso.
O documento apresenta um projeto desenvolvido por professoras de diferentes disciplinas com o objetivo de promover a leitura do livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos entre alunos do 8o e 9o ano. O projeto inclui atividades de leitura, análise, produção de texto e relação com outras linguagens como pintura e fotografia. A avaliação será contínua com foco na participação dos alunos e mudança de hábitos em relação à leitura.
O documento descreve a crônica como um gênero híbrido entre literatura e jornalismo que apresenta fatos de forma breve e objetiva. A estrutura da crônica é mais simples do que uma narrativa elaborada, com linguagem informal para se aproximar do leitor. Um exemplo mostra o crescimento desordenado de uma favela a partir de um único barraco inicial.
Este documento descreve os elementos essenciais de um conto e exemplifica com a história "A Princesa e a Ervilha". O texto introduz os personagens e cenário do conto, apresenta a complicação quando uma princesa aparece durante uma tempestade, e chega ao clímax quando a princesa revela ter sentido a ervilha debaixo dos colchões, mostrando ser verdadeira.
O documento descreve o que é teatro, sua origem e estrutura. Teatro é uma das mais antigas expressões artísticas humanas, com origem na Grécia antiga, onde era representado em auditórios ao ar livre em honra ao deus Dionísio. Um texto dramático é composto por diálogos entre personagens e indicações para os atores.
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTOMarcelo Cordeiro Souza
O documento fornece dicas para estudantes sobre como escrever uma introdução para uma redação. Ele discute como apresentar o tema logo no início, defender um ponto de vista sem ferir os direitos humanos, e evitar generalizações. O documento também lista várias formas de iniciar uma introdução, como afirmações, sequências de perguntas, citações e a exposição de dados.
Este documento apresenta o autor Jorge Amado e fornece contexto sobre sua obra "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá". Resume a vida e carreira de Amado, incluindo seu nascimento na Bahia, Brasil, seu casamento, exílio político e sucesso literário internacional. Também fornece informações sobre a história de amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, que desafia os preconceitos dos outros animais do parque.
Este resumo em 3 frases:
1) A história descreve o amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá através das estações do ano.
2) Apesar das diferenças sociais entre os dois, eles se apaixonam na primavera e casam no inverno, quando a andorinha parte para a migração e o gato morre de tristeza.
3) A narrativa usa elementos de fábulas e romances para criticar a intolerância e preconceitos sociais.
O documento descreve o autor Antoine de Saint-Exupéry, um escritor e piloto francês mais conhecido por escrever o clássico O Pequeno Príncipe. Saint-Exupéry nasceu na França em 1900 e trabalhou como piloto antes de escrever várias obras literárias, incluindo O Pequeno Príncipe, publicado em 1943. Ele faleceu em um acidente de avião em 1944 durante uma missão de reconhecimento na Segunda Guerra Mundial.
O documento discute os gêneros textuais em sala de aula. Em 3 frases:
O documento apresenta os conceitos de texto, gênero textual, suporte textual e tipos textuais. Discute a importância de se trabalhar com gêneros textuais em sala de aula como ferramenta de aprendizagem, ampliando tanto as capacidades individuais dos alunos quanto seu conhecimento sobre os objetos estudados. Propõe 4 passos para o trabalho com gêneros textuais: estudo do texto, produção do texto, aval
O documento define o gênero textual romance, descrevendo suas origens, características e desenvolvimento no Brasil. O romance surgiu da evolução do latim vulgar e se popularizou no século XIX através de folhetins traduzidos, principalmente para um público feminino em crescimento. Autores brasileiros como Macedo, Alencar e Machado de Assis publicaram obras influentes neste período e ajudaram a estabelecer o gênero no país.
1) Zezé é o protagonista pobre de 5 anos que tem uma conexão especial com seu pé de laranja lima, que o ouve e dá conselhos.
2) A família de Zezé enfrenta dificuldades financeiras e os irmãos mais velhos se envolvem em problemas enquanto a mãe trabalha duro.
3) Dois vizinhos bondosos, o Sr. Manuel Valadares e o Tio Edmundo, oferecem apoio e amizade para Zezé durante esse período difícil.
O documento discute os principais elementos da narrativa, incluindo introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. Também aborda conceitos-chave como personagens, tempo, espaço e os tipos de narração.
O documento define poesia e poemas, e discute conceitos como versificação, métrica, estrofes, ritmo e rima. Explica os diferentes tipos de versos, rimas e estrofes, ilustrando cada conceito com exemplos de poemas.
O documento define conto como uma narrativa curta que foca em um único conflito ou drama, geralmente com poucos personagens e espaço/tempo definidos. Contos tradicionalmente possuem introdução, complicação, conflito, clímax e epílogo, embora a estrutura moderna possa variar. Contos são construídos com linguagem objetiva e direta, privilegiando ações ou reflexões do narrador.
Apresentação do projeto os miseráveis (2)leitura20138a
Este documento apresenta as diretrizes para um projeto de leitura do livro "Os Miseráveis" com alunos do 8o ano. O objetivo é despertar o gosto pela leitura e promover o desenvolvimento cultural e social dos estudantes. Os alunos serão divididos em grupos para realizar atividades como criar um blog, peça de teatro, paródia, poema ou painel de imagens sobre o livro. As atividades ocorrerão entre 22 de outubro e 30 de novembro com o apoio de diferentes disciplinas.
Rubião herda a fortuna de Quincas Borba e se muda para o Rio de Janeiro, onde é manipulado pelo casal Palha e Sofia e acaba perdendo tudo e enlouquecendo, confirmando a filosofia pessimista do Humanitismo criada por Quincas Borba.
Este documento fornece um resumo do contexto histórico e literário do Trovadorismo em Portugal durante a Idade Média, descrevendo a estrutura social feudal, o surgimento das cantigas e seus principais temas e formas, como as cantigas líricas, satíricas e de escárnio e maldizer. Também apresenta exemplos de cantigas medievais e seus autores.
Esses slides tenta explicar de uma forma legal um pouco da história de capitães da areia, um grupo de jovens que vivem nas ruas de Salvador aprontando.
É só abrir o nosso trabalho e deixar seu comentário.
O documento descreve as partes fundamentais de uma notícia, incluindo o título, lead e corpo da notícia. Explica que o título deve conter a informação básica e despertar interesse, enquanto o lead responde a quem, o quê, onde e quando de forma concisa. O corpo da notícia fornece mais detalhes sobre como e porquê o evento ocorreu.
O documento discute as características do gênero textual "conto popular", incluindo introdução, complicação, clímax e desfecho. Ele também fornece um exemplo de conto popular sobre um padre que bebe uma bebida alcoólica oferecida por um menino, sem saber que continha uma barata morta.
O documento discute diversos aspectos da obra Dom Casmurro de Machado de Assis, incluindo sua estrutura, temáticas, personagens e enredo. Há análises da narrativa não linear da obra, do papel complexo da personagem Capitu e do foco narrativo questionável de Bentinho. O documento fornece informações sobre a recepção crítica da obra e sua relevância para a literatura brasileira.
O documento discute textos normativos e legais, definindo-os como textos que determinam normas e regras de procedimentos. Apresenta exemplos de textos normativos como regulamentos, regras, mandamentos e normas de funcionamento. Também resume um texto normativo sobre direitos e normas de convivência de alunos.
O documento discute o que constitui uma notícia jornalística, sua estrutura e características linguísticas. Uma notícia deve relatar factos verdadeiros de forma objetiva. Deve ter um título, um lead para captar a atenção do leitor e um corpo com três parágrafos seguindo a "pirâmide invertida", do mais para o menos importante. A linguagem deve ser clara, simples e objetiva, usando frases curtas no modo declarativo.
O romance épico Os Miseráveis descreve a vida de Jean Valjean e outros personagens na França do século XIX, abordando temas como a pobreza, a justiça social e as revoltas políticas da época. A história acompanha Jean Valjean após sua libertação da prisão e seu resgate da jovem Cosette dos Thénardiers, bem como seu envolvimento nos levantes estudantis de 1832 em Paris.
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTOMarcelo Cordeiro Souza
O documento fornece dicas para estudantes sobre como escrever uma introdução para uma redação. Ele discute como apresentar o tema logo no início, defender um ponto de vista sem ferir os direitos humanos, e evitar generalizações. O documento também lista várias formas de iniciar uma introdução, como afirmações, sequências de perguntas, citações e a exposição de dados.
Este documento apresenta o autor Jorge Amado e fornece contexto sobre sua obra "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá". Resume a vida e carreira de Amado, incluindo seu nascimento na Bahia, Brasil, seu casamento, exílio político e sucesso literário internacional. Também fornece informações sobre a história de amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, que desafia os preconceitos dos outros animais do parque.
Este resumo em 3 frases:
1) A história descreve o amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá através das estações do ano.
2) Apesar das diferenças sociais entre os dois, eles se apaixonam na primavera e casam no inverno, quando a andorinha parte para a migração e o gato morre de tristeza.
3) A narrativa usa elementos de fábulas e romances para criticar a intolerância e preconceitos sociais.
O documento descreve o autor Antoine de Saint-Exupéry, um escritor e piloto francês mais conhecido por escrever o clássico O Pequeno Príncipe. Saint-Exupéry nasceu na França em 1900 e trabalhou como piloto antes de escrever várias obras literárias, incluindo O Pequeno Príncipe, publicado em 1943. Ele faleceu em um acidente de avião em 1944 durante uma missão de reconhecimento na Segunda Guerra Mundial.
O documento discute os gêneros textuais em sala de aula. Em 3 frases:
O documento apresenta os conceitos de texto, gênero textual, suporte textual e tipos textuais. Discute a importância de se trabalhar com gêneros textuais em sala de aula como ferramenta de aprendizagem, ampliando tanto as capacidades individuais dos alunos quanto seu conhecimento sobre os objetos estudados. Propõe 4 passos para o trabalho com gêneros textuais: estudo do texto, produção do texto, aval
O documento define o gênero textual romance, descrevendo suas origens, características e desenvolvimento no Brasil. O romance surgiu da evolução do latim vulgar e se popularizou no século XIX através de folhetins traduzidos, principalmente para um público feminino em crescimento. Autores brasileiros como Macedo, Alencar e Machado de Assis publicaram obras influentes neste período e ajudaram a estabelecer o gênero no país.
1) Zezé é o protagonista pobre de 5 anos que tem uma conexão especial com seu pé de laranja lima, que o ouve e dá conselhos.
2) A família de Zezé enfrenta dificuldades financeiras e os irmãos mais velhos se envolvem em problemas enquanto a mãe trabalha duro.
3) Dois vizinhos bondosos, o Sr. Manuel Valadares e o Tio Edmundo, oferecem apoio e amizade para Zezé durante esse período difícil.
O documento discute os principais elementos da narrativa, incluindo introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. Também aborda conceitos-chave como personagens, tempo, espaço e os tipos de narração.
O documento define poesia e poemas, e discute conceitos como versificação, métrica, estrofes, ritmo e rima. Explica os diferentes tipos de versos, rimas e estrofes, ilustrando cada conceito com exemplos de poemas.
O documento define conto como uma narrativa curta que foca em um único conflito ou drama, geralmente com poucos personagens e espaço/tempo definidos. Contos tradicionalmente possuem introdução, complicação, conflito, clímax e epílogo, embora a estrutura moderna possa variar. Contos são construídos com linguagem objetiva e direta, privilegiando ações ou reflexões do narrador.
Apresentação do projeto os miseráveis (2)leitura20138a
Este documento apresenta as diretrizes para um projeto de leitura do livro "Os Miseráveis" com alunos do 8o ano. O objetivo é despertar o gosto pela leitura e promover o desenvolvimento cultural e social dos estudantes. Os alunos serão divididos em grupos para realizar atividades como criar um blog, peça de teatro, paródia, poema ou painel de imagens sobre o livro. As atividades ocorrerão entre 22 de outubro e 30 de novembro com o apoio de diferentes disciplinas.
Rubião herda a fortuna de Quincas Borba e se muda para o Rio de Janeiro, onde é manipulado pelo casal Palha e Sofia e acaba perdendo tudo e enlouquecendo, confirmando a filosofia pessimista do Humanitismo criada por Quincas Borba.
Este documento fornece um resumo do contexto histórico e literário do Trovadorismo em Portugal durante a Idade Média, descrevendo a estrutura social feudal, o surgimento das cantigas e seus principais temas e formas, como as cantigas líricas, satíricas e de escárnio e maldizer. Também apresenta exemplos de cantigas medievais e seus autores.
Esses slides tenta explicar de uma forma legal um pouco da história de capitães da areia, um grupo de jovens que vivem nas ruas de Salvador aprontando.
É só abrir o nosso trabalho e deixar seu comentário.
O documento descreve as partes fundamentais de uma notícia, incluindo o título, lead e corpo da notícia. Explica que o título deve conter a informação básica e despertar interesse, enquanto o lead responde a quem, o quê, onde e quando de forma concisa. O corpo da notícia fornece mais detalhes sobre como e porquê o evento ocorreu.
O documento discute as características do gênero textual "conto popular", incluindo introdução, complicação, clímax e desfecho. Ele também fornece um exemplo de conto popular sobre um padre que bebe uma bebida alcoólica oferecida por um menino, sem saber que continha uma barata morta.
O documento discute diversos aspectos da obra Dom Casmurro de Machado de Assis, incluindo sua estrutura, temáticas, personagens e enredo. Há análises da narrativa não linear da obra, do papel complexo da personagem Capitu e do foco narrativo questionável de Bentinho. O documento fornece informações sobre a recepção crítica da obra e sua relevância para a literatura brasileira.
O documento discute textos normativos e legais, definindo-os como textos que determinam normas e regras de procedimentos. Apresenta exemplos de textos normativos como regulamentos, regras, mandamentos e normas de funcionamento. Também resume um texto normativo sobre direitos e normas de convivência de alunos.
O documento discute o que constitui uma notícia jornalística, sua estrutura e características linguísticas. Uma notícia deve relatar factos verdadeiros de forma objetiva. Deve ter um título, um lead para captar a atenção do leitor e um corpo com três parágrafos seguindo a "pirâmide invertida", do mais para o menos importante. A linguagem deve ser clara, simples e objetiva, usando frases curtas no modo declarativo.
O romance épico Os Miseráveis descreve a vida de Jean Valjean e outros personagens na França do século XIX, abordando temas como a pobreza, a justiça social e as revoltas políticas da época. A história acompanha Jean Valjean após sua libertação da prisão e seu resgate da jovem Cosette dos Thénardiers, bem como seu envolvimento nos levantes estudantis de 1832 em Paris.
O documento descreve o filme Os Miseráveis, baseado no romance de Victor Hugo. O filme é um musical lançado em 2012 que retrata a miséria da população francesa no século XIX através da história de Jean Valjean.
Slide simples sobre a obra Os Miseráveis,de Victor Hugo,no contexto da escola literária Romantismo,mais especificamente no período conhecido pelos nomes de terceira geração,terceira fase,geração condoreira e geração hugoana. Se curtiu o slide,curte aí,por favor! ^^
Os professores José e Caroline realizaram um trabalho integrado entre as turmas B31 e B32 de Língua Portuguesa e Música envolvendo a leitura do livro Os Miseráveis, de Victor Hugo. Os alunos leram o livro individualmente e em grupo, aprenderam o hino da França e produziram cartazes sobre o enredo e personagens. A atividade culminou com a exibição de trechos do filme e apresentação musical, recebendo avaliações positivas dos alunos.
O documento apresenta os primeiros capítulos do livro "Os Miseráveis" de Victor Hugo. Nele, um viajante chamado Jean Valjean procura abrigo em uma cidade e é acolhido pelo bispo local, apesar de seu passado criminoso. No entanto, Valjean rouba itens de prata da casa do bispo e é capturado, mas o bispo o perdoa e o ajuda. Valjean sai da cidade, mas depois ameaça e rouba uma moeda de um menino, colocando em dúvida se ele realmente se
Atividades Projeto Leitura 2013 - Os Miseráveis - Resenha crítica do filme 2leitura20138a
Os Miseráveis é um filme musical de 2012 dirigido por Tom Hooper baseado no romance de Victor Hugo. A história segue Jean Valjean, interpretado por Hugh Jackman, que tenta recomeçar sua vida após ser libertado da prisão, enquanto é perseguido pelo inspetor Javert, interpretado por Russell Crowe. Durante a Revolução Francesa no século XIX, Jean se apaixona por Cosette, interpretada por Amanda Seyfried, enquanto uma revolta ganha força na França.
O projeto visa incentivar a leitura, escrita e uso de tecnologia entre os alunos da 8a série. Os alunos serão encorajados a criar suas próprias histórias e registrá-las usando programas como PowerPoint. O projeto avaliará a apresentação das histórias criadas e habilidade dos alunos em usar recursos tecnológicos.
O documento descreve o trabalho realizado sobre o livro "Os Miseráveis", de Victor Hugo. Contém informações como a ficha técnica do livro, a biografia do autor, um resumo da história e uma reação pessoal do aluno sobre a obra.
Atividade cruzadinha definitiva do projeto os miseráveisleitura20138a
O documento resume a obra literária "Os Miseráveis" de Victor Hugo, fornecendo detalhes sobre o enredo e personagens principais como Jean Valjean, cuja vida mudou após roubar pão para alimentar sua família, e Javert, o perseguidor implacável de Valjean. O documento também fornece informações sobre o autor da obra e o país onde se desenvolve a história.
Este documento é uma ficha de leitura para registrar informações sobre um livro lido. Contém seções para identificar o autor, título, editora e número de páginas, além de questões sobre o enredo, personagens, locais, narração e opinião do leitor. O estudante deve preencher os campos com detalhes do livro lido e resumir brevemente o enredo nos campos fornecidos.
La Unión Europea ha propuesto un nuevo paquete de sanciones contra Rusia que incluye un embargo al petróleo. El embargo prohibiría la importación de petróleo ruso a la UE y también impediría el acceso de buques rusos a puertos europeos. Sin embargo, Hungría se opone firmemente al embargo al petróleo, argumentando que su economía depende en gran medida de las importaciones de energía rusa.
Um monstro marinho tem atacado navios no oceano, forçando uma expedição de investigação. O professor Pierre Aronnax e seus companheiros acreditam ter encontrado o monstro, mas na verdade descobrem o Naulitus, um avançado submarino pilotado pelo misterioso Capitão Nemo que os convida para uma jornada pelos oceanos.
O documento apresenta a biografia do autor Júlio Verne, nascido em 1828 na França e considerado o precursor da ficção científica. Resume o enredo do livro "Vinte Mil Léguas Submarinas", onde um navio é atacado por um "monstro marinho" que na verdade é um submarino, e os personagens são resgatados pelo seu capitão, o misterioso Capitão Nemo. A obra contribuiu para a literatura fundindo ficção científica com imaginação, e para nós trouxe mais conhecimentos sobre ener
Este documento apresenta os principais personagens do Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato, como Dona Benta, Pedrinho, Narizinho e Emília. Também fornece informações biográficas sobre Monteiro Lobato, como seu local e data de nascimento, sua paixão pela literatura infantil brasileira e sua influência na criação de personagens como o Visconde de Sabugosa. Por fim, traz algumas citações do autor sobre a importância da leitura e da educação.
O submarino Nautilus e sua tripulação enfrentam um ataque de polvos gigantescos que prendiam a hélice do navio. O capitão Nemo e sua equipe lutam corpo a corpo com os polvos para libertar a hélice, mas um marinheiro é levado por um dos polvos durante o combate.
Este documento discute a remição da pena através da leitura no sistema penitenciário brasileiro. Ele resume que a lei atualmente prevê a remição da pena apenas pelo trabalho e estudo, mas alguns estados regulamentaram a remição também pela leitura. O documento analisa a regulamentação da remição pela leitura no sistema penitenciário federal através da Portaria Conjunta do DEPEN no 276 e sua implementação no estado do Paraná.
O documento resume a obra "O Primo Basílio" de Eça de Queirós, publicada em 1878. A narrativa acompanha o triângulo amoroso entre Luísa, sua esposa, Jorge e seu primo Basílio em Lisboa no século XIX. A obra faz uma crítica da sociedade burguesa da época através de seus personagens e explora temas como adultério e homossexualidade.
O documento resume a história e os personagens principais do livro "O Primo Basílio" de Eça de Queirós. A trama gira em torno do adultério de Luísa com seu primo Basílio e como isso afeta seu casamento com Jorge. Os personagens são representativos da sociedade lisboeta da época e ilustram temas como hipocrisia, determinismo social e crítica ao romantismo. A personagem Juliana é destacada como exemplo do estilo naturalista da obra por seu caráter complexo e realista.
O documento resume o livro "Os Sertões" de Euclides da Cunha, que descreve a Guerra de Canudos no século 19 na Bahia. O livro divide-se em três partes que descrevem a terra, o homem e a luta na região de Canudos. A obra fornece um retrato realista da fome, miséria e violência enfrentadas durante o conflito.
Soares Magda - Letramento - Um tema em três gêneros-Autêntica (2009).pdfCEIP
1. Letramento é uma palavra recente que surgiu na década de 1980 para descrever novas formas de compreender a presença da escrita na sociedade.
2. Letramento se diferencia de alfabetização ao enfatizar as práticas sociais da leitura e escrita em vez de apenas o ato de ler e escrever.
3. A palavra letramento emergiu para representar novas ideias sobre como a escrita é usada e compreendida socialmente, não apenas como uma habilidade técnica.
O texto apresenta o termo "letramento" como uma palavra recente no vocabulário da educação e ciências linguísticas, surgida na década de 1980 para descrever novas formas de compreender a presença da escrita no mundo social. O texto explica que novas palavras surgem quando há novos fatos, ideias ou maneiras de compreender fenômenos, e que "letramento" surgiu para descrever essa nova perspectiva sobre as práticas sociais da escrita. Finalmente, o texto diferencia "letramento" de palavras relacionadas como
Em primeiro lugar gostaria de destacar a importância de estarmos aqui em busca de aprofundamento sobre o modo como estamos inserindo as crianças em práticas de leitura e de reflexões sobre o que leem.
1. O documento apresenta o sumário de um módulo de língua portuguesa com 5 unidades sobre diferentes aspectos da linguagem e produção de textos.
2. As unidades abordam tópicos como a relação entre textos, organização interna de textos, análise de artigos de opinião e produção de textos.
3. O módulo fornece conteúdos e atividades para aperfeiçoar habilidades de leitura, escrita, interpretação e produção de textos.
1) O documento discute vários aspectos relacionados ao ensino de leitura e escrita, incluindo planejamento de aulas e atividades para desenvolver essas habilidades.
2) É apresentada uma proposta de planejamento de duas aulas, uma sobre interpretação de imagem e outra sobre escolha de profissão.
3) As unidades abordarão leitura, escrita e concepções de texto.
O documento discute a formação do leitor literário através de diferentes procedimentos como: abordar habilidades de leitura literária, propor leitura de gêneros variados, planejar leituras progressivamente mais complexas, e apresentar bons exemplos de leitura em colaboração.
O documento descreve a agenda de um encontro sobre alfabetização na idade certa. A agenda inclui discussões sobre gêneros textuais, projetos didáticos, brincadeiras na escola, e trabalhar com diversos tipos de textos para desenvolver as habilidades de leitura dos estudantes.
Este documento descreve um projeto para a construção de resenhas literárias de obras espíritas no Centro Espírita Allan Kardec. O projeto tem como objetivo ampliar o conhecimento da Doutrina Espírita por meio da leitura e análise de obras sugeridas. Os frequentadores dos grupos de estudo lerão as obras e escreverão resenhas seguindo um roteiro, para depois compartilharem com os demais grupos.
O documento discute a produção de textos de autoria por alunos do 5o ano. Apresenta objetivos como refletir sobre as necessidades formativas dos professores para trabalhar a produção textual e analisar textos produzidos por alunos, identificando desafios. Detalha atividades como leitura literária, análise de produções de alunos e discussão sobre condições necessárias para produção textual de autoria.
1) O documento analisa como o gênero textual crônica é abordado em uma coleção de livros didáticos destinada ao ensino fundamental.
2) A abordagem da crônica ocorre de forma contextualizada, unindo leitura, produção textual e gramática, contribuindo para o desenvolvimento discursivo dos alunos.
3) A coleção trabalha a crônica em todas as séries, com atividades de preparação para leitura, leitura, interpretação e produção textual, visando despertar o interesse dos
Este documento apresenta uma sequência didática de 12 aulas para ensinar o gênero textual "crônica" para alunos do 6o ano do ensino fundamental. O foco será o texto "Avestruz" de Mário Prata, abordando elementos da narrativa como foco narrativo. As atividades incluem definir o gênero crônica, ler e interpretar o texto, e responder perguntas sobre o enredo e personagens.
O documento apresenta um texto motivador sobre o gênero textual apólogo e instruções para a produção de um apólogo. Os alunos devem criar um apólogo de até 3 frases com personagens inanimados que transmita uma lição moral.
O documento discute sequências didáticas e fornece definições de especialistas sobre o tema. Resume as principais ideias em três frases:
1) Uma sequência didática é um conjunto de atividades planejadas e organizadas pelo professor com um objetivo educacional, passos sequenciais e interdisciplinaridade.
2) As definições destacam que uma sequência didática pressupõe um trabalho pedagógico estruturado com foco em um gênero textual ou conteúdo.
3) O documento também apresenta um esquema t
[1] O documento discute como as histórias em quadrinhos podem contribuir para a formação de leitores competentes, ao expor estudantes a diversos tipos de textos e linguagens. [2] Defende que a leitura deve ser entendida como um processo ativo de construção de significado, não mera decodificação, e que a escola deve incentivar debates e diferentes interpretações. [3] Argumenta que as comunidades interpretativas, como a escola, influenciam como leitores compreendem o mundo, e que a escola deve oferecer bons
A proposta apresenta uma situação de aprendizagem baseada no texto "Letramento e Capacidades de Leitura para a Cidadania" de Roxane Rojo. Os alunos irão analisar a crônica "PAUSA" de Moacyr Scliar, a música "COTIDIANO" de Chico Buarque e uma charge para discutir a rotina e formas de quebra-la. Serão desenvolvidas atividades de leitura, debate e produção textual argumentativa.
PNAIC - Palestra alfabetização e letramentoElieneDias
O documento discute a formação de professores alfabetizadores e aborda perspectivas e condicionantes linguísticos e sociais da alfabetização e letramento. Apresenta o sujeito leitor e produtor de textos e aspectos da aquisição da leitura e escrita, enfatizando a importância de considerar as diferentes realidades sociais no processo de alfabetização.
O documento discute gêneros textuais como fichamento e resenha. Explica que o fichamento envolve ler e anotar os pontos principais de um texto de forma concisa, incluindo citações. A resenha descreve e analisa um trabalho como um livro ou filme e inclui uma avaliação pessoal. Ambos os gêneros são usados na universidade e no jornalismo.
1. O capítulo discute o valor das respostas pessoais dos leitores aos textos literários e como a discussão literária permite que os estudantes compartilhem e refletem sobre diferentes pontos de vista.
2. A discussão literária representa a natureza dual da resposta do leitor, sendo uma experiência estética e emocional de entrar na história, e também uma experiência de aprendizagem ao refletir criticamente sobre diferentes interpretações.
3. O capítulo explica como as perguntas podem ser usadas como ferramentas de ensino para guiar os estud
Este documento discute como os sujeitos-escolares (professores e alunos) representam e simbolizam a biblioteca escolar em suas falas. Analisa como a ideologia influencia o que é dito sobre a biblioteca e como o bibliotecário é representado. Aponta um descompasso entre a representação positiva da biblioteca nos textos acadêmicos e a realidade encontrada nas escolas visitadas.
1. PROJETO DE LEITURA
Coordenação: Maria José Nóbrega
Elaboração: Luísa Nóbrega
DESCRIÇÃO DO PROJETO DE LEITURA
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Procuramos contextualizar o autor e sua obra
no panorama da literatura brasileira para
jovens e adultos.
RESENHA
Apresentamos uma síntese da obra para
que o professor, antecipando a temática, o
enredo e seu desenvolvimento, possa avaliar
a pertinência da adoção, levando em conta
as possibilidades e necessidades de seus
alunos.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Apontamos alguns aspectos da obra, consi-
derando as características do gênero a que
O que é, o que é,
Uma árvore bem frondosa
Doze galhos, simplesmente
Cada galho, trinta frutas
Com vinte e quatro sementes?1
Alegórica árvore do tempo…
A adivinha que lemos, como todo e qual-
quer texto, inscreve-se, necessariamente, em
um gênero socialmente construído e tem,
portanto, uma relação com a exteriorida-
de que determina as leituras possíveis. O
espaço da interpretação é regulado tanto
pela organização do próprio texto quanto
pela memória interdiscursiva, que é social,
histórica e cultural. Em lugar de pensar que
a cada texto corresponde uma única leitura,
é preferível pensar que há tensão entre uma
leitura unívoca e outra dialógica.
Um texto sempre se relaciona com outros
produzidos antes ou depois dele: não há como
ler fora de uma perspectiva interdiscursiva.
Retornemos à sombra da frondosa árvo-
re — a árvore do tempo — e contemplemos
outras árvores:
Deus fez crescer do solo toda
espécie de árvores formosas de ver
e boas de comer, e a árvore da vida
no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal. (…)
E Deus deu ao homem este manda-
mento: “Podes comer de todas as
árvores do jardim. Mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não
comerás, porque no dia em que dela
comeres terás de morrer”.2
Ah, essas árvores e esses frutos, o
desejo de conhecer, tão caro ao ser
humano…
Há o tempo das escrituras e o tempo da
memória, e a leitura está no meio, no inter-
valo, no diálogo. Prática enraizada na expe-
riência humana com a linguagem, a leitura
é uma arte a ser compartilhada.
A compreensão de um texto resulta do res-
gate de muitos outros discursos por meio da
memória. É preciso que os acontecimentos ou
os saberes saiam do limbo e interajam com as
palavras. Mas a memória não funciona como
o disco rígido de um computador em que
se salvam arquivos; é um espaço movediço,
cheio de conflitos e deslocamentos.
Empregar estratégias de leitura e des-
cobrir quais são as mais adequadas para
uma determinada situação constituem um
processo que, inicialmente, se produz como
atividade externa. Depois, no plano das rela-
ções interpessoais e, progressivamente, como
resultado de uma série de experiências, se
transforma em um processo interno.
Somente com uma rica convivência com ob-
jetos culturais — em ações socioculturalmente
determinadas e abertas à multiplicidade dos
modos de ler, presentes nas diversas situações
comunicativas — é que a leitura se converte em
uma experiência significativa para os alunos.
Porque ser leitor é inscrever-se em uma comu-
nidade de leitores que discute os textos lidos,
troca impressões e apresenta sugestões para
novas leituras.
Trilhar novas veredas é o desafio; transfor-
mar a escola numa comunidade de leitores é
o horizonte que vislumbramos.
Depende de nós.
Enigmas e adivinhas convidam à decifra-
ção: “trouxeste a chave?”.
Encaremos o desafio: trata-se de uma
árvore bem frondosa, que tem doze galhos,
que têm trinta frutas, que têm vinte e qua-
tro sementes: cada verso introduz uma nova
informação que se encaixa na anterior.
Quantos galhos tem a árvore frondosa?
Quantas frutas tem cada galho? Quantas
sementes tem cada fruta? A resposta a cada
uma dessas questões não revela o enigma. Se
for familiarizado com charadas, o leitor sabe
que nem sempre uma árvore é uma árvore,
um galho é um galho, uma fruta é uma fruta,
uma semente é uma semente… Traiçoeira, a
árvore frondosa agita seus galhos, entorpece-
-nos com o aroma das frutas, intriga-nos com
as possibilidades ocultas nas sementes.
O que é, o que é?
Apegar-se apenas às palavras, às vezes, é
deixar escapar o sentido que se insinua nas
ramagens, mas que não está ali.
Que árvore é essa? Símbolo da vida, ao
mesmo tempo que se alonga num percurso
vertical rumo ao céu, mergulha suas raízes na
terra. Cíclica, despe-se das folhas, abre-se em
flores, que escondem frutos, que protegem
sementes, que ocultam coisas futuras.
“Decifra-me ou te devoro.”
Qual a resposta? Vamos a ela: os anos, que
se desdobram em meses, que se aceleram em
dias, que escorrem em horas.
Gênero:
Palavras-chave:
Áreas envolvidas:
Temas transversais:
Público-alvo:
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
a) antes da leitura
Os sentidos que atribuímos ao que se lê
dependem, e muito, de nossas experiências
anteriores em relação à temática explorada
pelo texto, bem como de nossa familiaridade
com a prática leitora. As atividades sugeridas
neste item favorecem a ativação dos conhe-
cimentos prévios necessários à compreensão
e interpretação do escrito.
• Explicitação dos conhecimentos prévios
necessários à compreensão do texto.
• Antecipação de conteúdos tratados no texto
a partir da observação de indicadores como
título da obra ou dos capítulos, capa, ilustração,
informações presentes na quarta capa, etc.
• Explicitação dos conteúdos da obra a partir
dos indicadores observados.
b) durante a leitura
São apresentados alguns objetivos orienta-
dores para a leitura, focalizando aspectos
que auxiliem a construção dos sentidos do
texto pelo leitor.
• Leitura global do texto.
• Caracterização da estrutura do texto.
• Identificação das articulações temporais e
lógicas responsáveis pela coesão textual.
• Apreciação de recursos expressivos empre-
gados pelo autor.
c) depois da leitura
São propostas atividades para permitir melhor
compreensão e interpretação da obra, indican-
do, quando for o caso, a pesquisa de assuntos
relacionados aos conteúdos das diversas áreas
curriculares, bem como a reflexão a respeito
de temas que permitam a inserção do aluno no
debate de questões contemporâneas.
pertence, analisando a temática, a perspec-
tiva com que é abordada, sua organização
estrutural e certos recursos expressivos em-
pregados pelo autor.
Com esses elementos, o professor irá iden-
tificar os conteúdos das diferentes áreas do
conhecimento que poderão ser abordados,
os temas que poderão ser discutidos e os
recursos linguísticos que poderão ser explo-
rados para ampliar a competência leitora e
escritora dos alunos.
QUADRO-SÍNTESE
O quadro-síntese permite uma visualização
rápida de alguns dados a respeito da obra
e de seu tratamento didático: a indicação
do gênero, das palavras-chave, das áreas e
temas transversais envolvidos nas atividades
propostas; sugestão de leitor presumido para
a obra em questão.
✦ nas tramas do texto
• Compreensão global do texto a partir de
reprodução oral ou escrita do que foi lido ou
de respostas a questões formuladas pelo pro-
fessor em situação de leitura compartilhada.
• Apreciação dos recursos expressivos em-
pregados na obra.
• Identificação e avaliação dos pontos de
vista sustentados pelo autor.
• Discussão de diferentes pontos de vista e
opiniões diante de questões polêmicas.
• Produção de outros textos verbais ou ainda
de trabalhos que contemplem as diferentes lin-
guagensartísticas:teatro,música,artesplásticas,
etc.
✦ nas telas do cinema
• Indicação de filmes, disponíveis em VHS ou
DVD, que tenham alguma articulação com a
obra analisada, tanto em relação à temática
como à estrutura composicional.
✦ nas ondas do som
• Indicação de obras musicais que tenham
alguma relação com a temática ou estrutura
da obra analisada.
✦ nos enredos do real
• Ampliação do trabalho para a pesquisa de
informações complementares numa dimen-
são interdisciplinar.
DICAS DE LEITURA
Sugestões de outros livros relacionados de
alguma maneira ao que está sendo lido, esti-
mulando o desejo de enredar-se nas veredas
literárias e ler mais:
◗ do mesmo autor;
◗ sobre o mesmo assunto e gênero;
◗ leitura de desafio.
Indicação de título que se imagina além do
grau de autonomia do leitor virtual da obra
analisada, com a finalidade de ampliar o
horizonte de expectativas do aluno-leitor,
encaminhando-o para a literatura adulta.
__________
1
In Meu livro de folclore, Ricardo Azevedo, Editora Ática.
2
A Bíblia de Jerusalém, Gênesis, capítulo 2, versículos 9 e 10, 16 e 17.
Árvores e tempo de leitura
MARIA JOSÉ NÓBREGA
2 3 4
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
Os miseráveis Parte Comum.indd 1 7/16/12 4:42 PM
2. PROJETO DE LEITURA
Coordenação: Maria José Nóbrega
Elaboração: Luísa Nóbrega
DESCRIÇÃO DO PROJETO DE LEITURA
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Procuramos contextualizar o autor e sua obra
no panorama da literatura brasileira para
jovens e adultos.
RESENHA
Apresentamos uma síntese da obra para
que o professor, antecipando a temática, o
enredo e seu desenvolvimento, possa avaliar
a pertinência da adoção, levando em conta
as possibilidades e necessidades de seus
alunos.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Apontamos alguns aspectos da obra, consi-
derando as características do gênero a que
O que é, o que é,
Uma árvore bem frondosa
Doze galhos, simplesmente
Cada galho, trinta frutas
Com vinte e quatro sementes?1
Alegórica árvore do tempo…
A adivinha que lemos, como todo e qual-
quer texto, inscreve-se, necessariamente, em
um gênero socialmente construído e tem,
portanto, uma relação com a exteriorida-
de que determina as leituras possíveis. O
espaço da interpretação é regulado tanto
pela organização do próprio texto quanto
pela memória interdiscursiva, que é social,
histórica e cultural. Em lugar de pensar que
a cada texto corresponde uma única leitura,
é preferível pensar que há tensão entre uma
leitura unívoca e outra dialógica.
Um texto sempre se relaciona com outros
produzidos antes ou depois dele: não há como
ler fora de uma perspectiva interdiscursiva.
Retornemos à sombra da frondosa árvo-
re — a árvore do tempo — e contemplemos
outras árvores:
Deus fez crescer do solo toda
espécie de árvores formosas de ver
e boas de comer, e a árvore da vida
no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal. (…)
E Deus deu ao homem este manda-
mento: “Podes comer de todas as
árvores do jardim. Mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não
comerás, porque no dia em que dela
comeres terás de morrer”.2
Ah, essas árvores e esses frutos, o
desejo de conhecer, tão caro ao ser
humano…
Há o tempo das escrituras e o tempo da
memória, e a leitura está no meio, no inter-
valo, no diálogo. Prática enraizada na expe-
riência humana com a linguagem, a leitura
é uma arte a ser compartilhada.
A compreensão de um texto resulta do res-
gate de muitos outros discursos por meio da
memória. É preciso que os acontecimentos ou
os saberes saiam do limbo e interajam com as
palavras. Mas a memória não funciona como
o disco rígido de um computador em que
se salvam arquivos; é um espaço movediço,
cheio de conflitos e deslocamentos.
Empregar estratégias de leitura e des-
cobrir quais são as mais adequadas para
uma determinada situação constituem um
processo que, inicialmente, se produz como
atividade externa. Depois, no plano das rela-
ções interpessoais e, progressivamente, como
resultado de uma série de experiências, se
transforma em um processo interno.
Somente com uma rica convivência com ob-
jetos culturais — em ações socioculturalmente
determinadas e abertas à multiplicidade dos
modos de ler, presentes nas diversas situações
comunicativas — é que a leitura se converte em
uma experiência significativa para os alunos.
Porque ser leitor é inscrever-se em uma comu-
nidade de leitores que discute os textos lidos,
troca impressões e apresenta sugestões para
novas leituras.
Trilhar novas veredas é o desafio; transfor-
mar a escola numa comunidade de leitores é
o horizonte que vislumbramos.
Depende de nós.
Enigmas e adivinhas convidam à decifra-
ção: “trouxeste a chave?”.
Encaremos o desafio: trata-se de uma
árvore bem frondosa, que tem doze galhos,
que têm trinta frutas, que têm vinte e qua-
tro sementes: cada verso introduz uma nova
informação que se encaixa na anterior.
Quantos galhos tem a árvore frondosa?
Quantas frutas tem cada galho? Quantas
sementes tem cada fruta? A resposta a cada
uma dessas questões não revela o enigma. Se
for familiarizado com charadas, o leitor sabe
que nem sempre uma árvore é uma árvore,
um galho é um galho, uma fruta é uma fruta,
uma semente é uma semente… Traiçoeira, a
árvore frondosa agita seus galhos, entorpece-
-nos com o aroma das frutas, intriga-nos com
as possibilidades ocultas nas sementes.
O que é, o que é?
Apegar-se apenas às palavras, às vezes, é
deixar escapar o sentido que se insinua nas
ramagens, mas que não está ali.
Que árvore é essa? Símbolo da vida, ao
mesmo tempo que se alonga num percurso
vertical rumo ao céu, mergulha suas raízes na
terra. Cíclica, despe-se das folhas, abre-se em
flores, que escondem frutos, que protegem
sementes, que ocultam coisas futuras.
“Decifra-me ou te devoro.”
Qual a resposta? Vamos a ela: os anos, que
se desdobram em meses, que se aceleram em
dias, que escorrem em horas.
Gênero:
Palavras-chave:
Áreas envolvidas:
Temas transversais:
Público-alvo:
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
a) antes da leitura
Os sentidos que atribuímos ao que se lê
dependem, e muito, de nossas experiências
anteriores em relação à temática explorada
pelo texto, bem como de nossa familiaridade
com a prática leitora. As atividades sugeridas
neste item favorecem a ativação dos conhe-
cimentos prévios necessários à compreensão
e interpretação do escrito.
• Explicitação dos conhecimentos prévios
necessários à compreensão do texto.
• Antecipação de conteúdos tratados no texto
a partir da observação de indicadores como
título da obra ou dos capítulos, capa, ilustração,
informações presentes na quarta capa, etc.
• Explicitação dos conteúdos da obra a partir
dos indicadores observados.
b) durante a leitura
São apresentados alguns objetivos orienta-
dores para a leitura, focalizando aspectos
que auxiliem a construção dos sentidos do
texto pelo leitor.
• Leitura global do texto.
• Caracterização da estrutura do texto.
• Identificação das articulações temporais e
lógicas responsáveis pela coesão textual.
• Apreciação de recursos expressivos empre-
gados pelo autor.
c) depois da leitura
São propostas atividades para permitir melhor
compreensão e interpretação da obra, indican-
do, quando for o caso, a pesquisa de assuntos
relacionados aos conteúdos das diversas áreas
curriculares, bem como a reflexão a respeito
de temas que permitam a inserção do aluno no
debate de questões contemporâneas.
pertence, analisando a temática, a perspec-
tiva com que é abordada, sua organização
estrutural e certos recursos expressivos em-
pregados pelo autor.
Com esses elementos, o professor irá iden-
tificar os conteúdos das diferentes áreas do
conhecimento que poderão ser abordados,
os temas que poderão ser discutidos e os
recursos linguísticos que poderão ser explo-
rados para ampliar a competência leitora e
escritora dos alunos.
QUADRO-SÍNTESE
O quadro-síntese permite uma visualização
rápida de alguns dados a respeito da obra
e de seu tratamento didático: a indicação
do gênero, das palavras-chave, das áreas e
temas transversais envolvidos nas atividades
propostas; sugestão de leitor presumido para
a obra em questão.
✦ nas tramas do texto
• Compreensão global do texto a partir de
reprodução oral ou escrita do que foi lido ou
de respostas a questões formuladas pelo pro-
fessor em situação de leitura compartilhada.
• Apreciação dos recursos expressivos em-
pregados na obra.
• Identificação e avaliação dos pontos de
vista sustentados pelo autor.
• Discussão de diferentes pontos de vista e
opiniões diante de questões polêmicas.
• Produção de outros textos verbais ou ainda
de trabalhos que contemplem as diferentes lin-
guagensartísticas:teatro,música,artesplásticas,
etc.
✦ nas telas do cinema
• Indicação de filmes, disponíveis em VHS ou
DVD, que tenham alguma articulação com a
obra analisada, tanto em relação à temática
como à estrutura composicional.
✦ nas ondas do som
• Indicação de obras musicais que tenham
alguma relação com a temática ou estrutura
da obra analisada.
✦ nos enredos do real
• Ampliação do trabalho para a pesquisa de
informações complementares numa dimen-
são interdisciplinar.
DICAS DE LEITURA
Sugestões de outros livros relacionados de
alguma maneira ao que está sendo lido, esti-
mulando o desejo de enredar-se nas veredas
literárias e ler mais:
◗ do mesmo autor;
◗ sobre o mesmo assunto e gênero;
◗ leitura de desafio.
Indicação de título que se imagina além do
grau de autonomia do leitor virtual da obra
analisada, com a finalidade de ampliar o
horizonte de expectativas do aluno-leitor,
encaminhando-o para a literatura adulta.
__________
1
In Meu livro de folclore, Ricardo Azevedo, Editora Ática.
2
A Bíblia de Jerusalém, Gênesis, capítulo 2, versículos 9 e 10, 16 e 17.
Árvores e tempo de leitura
MARIA JOSÉ NÓBREGA
2 3 4
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
Os miseráveis Parte Comum.indd 1 7/16/12 4:42 PM
3. PROJETO DE LEITURA
Coordenação: Maria José Nóbrega
Elaboração: Luísa Nóbrega
DESCRIÇÃO DO PROJETO DE LEITURA
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Procuramos contextualizar o autor e sua obra
no panorama da literatura brasileira para
jovens e adultos.
RESENHA
Apresentamos uma síntese da obra para
que o professor, antecipando a temática, o
enredo e seu desenvolvimento, possa avaliar
a pertinência da adoção, levando em conta
as possibilidades e necessidades de seus
alunos.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Apontamos alguns aspectos da obra, consi-
derando as características do gênero a que
O que é, o que é,
Uma árvore bem frondosa
Doze galhos, simplesmente
Cada galho, trinta frutas
Com vinte e quatro sementes?1
Alegórica árvore do tempo…
A adivinha que lemos, como todo e qual-
quer texto, inscreve-se, necessariamente, em
um gênero socialmente construído e tem,
portanto, uma relação com a exteriorida-
de que determina as leituras possíveis. O
espaço da interpretação é regulado tanto
pela organização do próprio texto quanto
pela memória interdiscursiva, que é social,
histórica e cultural. Em lugar de pensar que
a cada texto corresponde uma única leitura,
é preferível pensar que há tensão entre uma
leitura unívoca e outra dialógica.
Um texto sempre se relaciona com outros
produzidos antes ou depois dele: não há como
ler fora de uma perspectiva interdiscursiva.
Retornemos à sombra da frondosa árvo-
re — a árvore do tempo — e contemplemos
outras árvores:
Deus fez crescer do solo toda
espécie de árvores formosas de ver
e boas de comer, e a árvore da vida
no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal. (…)
E Deus deu ao homem este manda-
mento: “Podes comer de todas as
árvores do jardim. Mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não
comerás, porque no dia em que dela
comeres terás de morrer”.2
Ah, essas árvores e esses frutos, o
desejo de conhecer, tão caro ao ser
humano…
Há o tempo das escrituras e o tempo da
memória, e a leitura está no meio, no inter-
valo, no diálogo. Prática enraizada na expe-
riência humana com a linguagem, a leitura
é uma arte a ser compartilhada.
A compreensão de um texto resulta do res-
gate de muitos outros discursos por meio da
memória. É preciso que os acontecimentos ou
os saberes saiam do limbo e interajam com as
palavras. Mas a memória não funciona como
o disco rígido de um computador em que
se salvam arquivos; é um espaço movediço,
cheio de conflitos e deslocamentos.
Empregar estratégias de leitura e des-
cobrir quais são as mais adequadas para
uma determinada situação constituem um
processo que, inicialmente, se produz como
atividade externa. Depois, no plano das rela-
ções interpessoais e, progressivamente, como
resultado de uma série de experiências, se
transforma em um processo interno.
Somente com uma rica convivência com ob-
jetos culturais — em ações socioculturalmente
determinadas e abertas à multiplicidade dos
modos de ler, presentes nas diversas situações
comunicativas — é que a leitura se converte em
uma experiência significativa para os alunos.
Porque ser leitor é inscrever-se em uma comu-
nidade de leitores que discute os textos lidos,
troca impressões e apresenta sugestões para
novas leituras.
Trilhar novas veredas é o desafio; transfor-
mar a escola numa comunidade de leitores é
o horizonte que vislumbramos.
Depende de nós.
Enigmas e adivinhas convidam à decifra-
ção: “trouxeste a chave?”.
Encaremos o desafio: trata-se de uma
árvore bem frondosa, que tem doze galhos,
que têm trinta frutas, que têm vinte e qua-
tro sementes: cada verso introduz uma nova
informação que se encaixa na anterior.
Quantos galhos tem a árvore frondosa?
Quantas frutas tem cada galho? Quantas
sementes tem cada fruta? A resposta a cada
uma dessas questões não revela o enigma. Se
for familiarizado com charadas, o leitor sabe
que nem sempre uma árvore é uma árvore,
um galho é um galho, uma fruta é uma fruta,
uma semente é uma semente… Traiçoeira, a
árvore frondosa agita seus galhos, entorpece-
-nos com o aroma das frutas, intriga-nos com
as possibilidades ocultas nas sementes.
O que é, o que é?
Apegar-se apenas às palavras, às vezes, é
deixar escapar o sentido que se insinua nas
ramagens, mas que não está ali.
Que árvore é essa? Símbolo da vida, ao
mesmo tempo que se alonga num percurso
vertical rumo ao céu, mergulha suas raízes na
terra. Cíclica, despe-se das folhas, abre-se em
flores, que escondem frutos, que protegem
sementes, que ocultam coisas futuras.
“Decifra-me ou te devoro.”
Qual a resposta? Vamos a ela: os anos, que
se desdobram em meses, que se aceleram em
dias, que escorrem em horas.
Gênero:
Palavras-chave:
Áreas envolvidas:
Temas transversais:
Público-alvo:
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
a) antes da leitura
Os sentidos que atribuímos ao que se lê
dependem, e muito, de nossas experiências
anteriores em relação à temática explorada
pelo texto, bem como de nossa familiaridade
com a prática leitora. As atividades sugeridas
neste item favorecem a ativação dos conhe-
cimentos prévios necessários à compreensão
e interpretação do escrito.
• Explicitação dos conhecimentos prévios
necessários à compreensão do texto.
• Antecipação de conteúdos tratados no texto
a partir da observação de indicadores como
título da obra ou dos capítulos, capa, ilustração,
informações presentes na quarta capa, etc.
• Explicitação dos conteúdos da obra a partir
dos indicadores observados.
b) durante a leitura
São apresentados alguns objetivos orienta-
dores para a leitura, focalizando aspectos
que auxiliem a construção dos sentidos do
texto pelo leitor.
• Leitura global do texto.
• Caracterização da estrutura do texto.
• Identificação das articulações temporais e
lógicas responsáveis pela coesão textual.
• Apreciação de recursos expressivos empre-
gados pelo autor.
c) depois da leitura
São propostas atividades para permitir melhor
compreensão e interpretação da obra, indican-
do, quando for o caso, a pesquisa de assuntos
relacionados aos conteúdos das diversas áreas
curriculares, bem como a reflexão a respeito
de temas que permitam a inserção do aluno no
debate de questões contemporâneas.
pertence, analisando a temática, a perspec-
tiva com que é abordada, sua organização
estrutural e certos recursos expressivos em-
pregados pelo autor.
Com esses elementos, o professor irá iden-
tificar os conteúdos das diferentes áreas do
conhecimento que poderão ser abordados,
os temas que poderão ser discutidos e os
recursos linguísticos que poderão ser explo-
rados para ampliar a competência leitora e
escritora dos alunos.
QUADRO-SÍNTESE
O quadro-síntese permite uma visualização
rápida de alguns dados a respeito da obra
e de seu tratamento didático: a indicação
do gênero, das palavras-chave, das áreas e
temas transversais envolvidos nas atividades
propostas; sugestão de leitor presumido para
a obra em questão.
✦ nas tramas do texto
• Compreensão global do texto a partir de
reprodução oral ou escrita do que foi lido ou
de respostas a questões formuladas pelo pro-
fessor em situação de leitura compartilhada.
• Apreciação dos recursos expressivos em-
pregados na obra.
• Identificação e avaliação dos pontos de
vista sustentados pelo autor.
• Discussão de diferentes pontos de vista e
opiniões diante de questões polêmicas.
• Produção de outros textos verbais ou ainda
de trabalhos que contemplem as diferentes lin-
guagensartísticas:teatro,música,artesplásticas,
etc.
✦ nas telas do cinema
• Indicação de filmes, disponíveis em VHS ou
DVD, que tenham alguma articulação com a
obra analisada, tanto em relação à temática
como à estrutura composicional.
✦ nas ondas do som
• Indicação de obras musicais que tenham
alguma relação com a temática ou estrutura
da obra analisada.
✦ nos enredos do real
• Ampliação do trabalho para a pesquisa de
informações complementares numa dimen-
são interdisciplinar.
DICAS DE LEITURA
Sugestões de outros livros relacionados de
alguma maneira ao que está sendo lido, esti-
mulando o desejo de enredar-se nas veredas
literárias e ler mais:
◗ do mesmo autor;
◗ sobre o mesmo assunto e gênero;
◗ leitura de desafio.
Indicação de título que se imagina além do
grau de autonomia do leitor virtual da obra
analisada, com a finalidade de ampliar o
horizonte de expectativas do aluno-leitor,
encaminhando-o para a literatura adulta.
__________
1
In Meu livro de folclore, Ricardo Azevedo, Editora Ática.
2
A Bíblia de Jerusalém, Gênesis, capítulo 2, versículos 9 e 10, 16 e 17.
Árvores e tempo de leitura
MARIA JOSÉ NÓBREGA
2 3 4
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
Os miseráveis Parte Comum.indd 1 7/16/12 4:42 PM
4. PROJETO DE LEITURA
Coordenação: Maria José Nóbrega
Elaboração: Luísa Nóbrega
DESCRIÇÃO DO PROJETO DE LEITURA
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Procuramos contextualizar o autor e sua obra
no panorama da literatura brasileira para
jovens e adultos.
RESENHA
Apresentamos uma síntese da obra para
que o professor, antecipando a temática, o
enredo e seu desenvolvimento, possa avaliar
a pertinência da adoção, levando em conta
as possibilidades e necessidades de seus
alunos.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Apontamos alguns aspectos da obra, consi-
derando as características do gênero a que
O que é, o que é,
Uma árvore bem frondosa
Doze galhos, simplesmente
Cada galho, trinta frutas
Com vinte e quatro sementes?1
Alegórica árvore do tempo…
A adivinha que lemos, como todo e qual-
quer texto, inscreve-se, necessariamente, em
um gênero socialmente construído e tem,
portanto, uma relação com a exteriorida-
de que determina as leituras possíveis. O
espaço da interpretação é regulado tanto
pela organização do próprio texto quanto
pela memória interdiscursiva, que é social,
histórica e cultural. Em lugar de pensar que
a cada texto corresponde uma única leitura,
é preferível pensar que há tensão entre uma
leitura unívoca e outra dialógica.
Um texto sempre se relaciona com outros
produzidos antes ou depois dele: não há como
ler fora de uma perspectiva interdiscursiva.
Retornemos à sombra da frondosa árvo-
re — a árvore do tempo — e contemplemos
outras árvores:
Deus fez crescer do solo toda
espécie de árvores formosas de ver
e boas de comer, e a árvore da vida
no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal. (…)
E Deus deu ao homem este manda-
mento: “Podes comer de todas as
árvores do jardim. Mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não
comerás, porque no dia em que dela
comeres terás de morrer”.2
Ah, essas árvores e esses frutos, o
desejo de conhecer, tão caro ao ser
humano…
Há o tempo das escrituras e o tempo da
memória, e a leitura está no meio, no inter-
valo, no diálogo. Prática enraizada na expe-
riência humana com a linguagem, a leitura
é uma arte a ser compartilhada.
A compreensão de um texto resulta do res-
gate de muitos outros discursos por meio da
memória. É preciso que os acontecimentos ou
os saberes saiam do limbo e interajam com as
palavras. Mas a memória não funciona como
o disco rígido de um computador em que
se salvam arquivos; é um espaço movediço,
cheio de conflitos e deslocamentos.
Empregar estratégias de leitura e des-
cobrir quais são as mais adequadas para
uma determinada situação constituem um
processo que, inicialmente, se produz como
atividade externa. Depois, no plano das rela-
ções interpessoais e, progressivamente, como
resultado de uma série de experiências, se
transforma em um processo interno.
Somente com uma rica convivência com ob-
jetos culturais — em ações socioculturalmente
determinadas e abertas à multiplicidade dos
modos de ler, presentes nas diversas situações
comunicativas — é que a leitura se converte em
uma experiência significativa para os alunos.
Porque ser leitor é inscrever-se em uma comu-
nidade de leitores que discute os textos lidos,
troca impressões e apresenta sugestões para
novas leituras.
Trilhar novas veredas é o desafio; transfor-
mar a escola numa comunidade de leitores é
o horizonte que vislumbramos.
Depende de nós.
Enigmas e adivinhas convidam à decifra-
ção: “trouxeste a chave?”.
Encaremos o desafio: trata-se de uma
árvore bem frondosa, que tem doze galhos,
que têm trinta frutas, que têm vinte e qua-
tro sementes: cada verso introduz uma nova
informação que se encaixa na anterior.
Quantos galhos tem a árvore frondosa?
Quantas frutas tem cada galho? Quantas
sementes tem cada fruta? A resposta a cada
uma dessas questões não revela o enigma. Se
for familiarizado com charadas, o leitor sabe
que nem sempre uma árvore é uma árvore,
um galho é um galho, uma fruta é uma fruta,
uma semente é uma semente… Traiçoeira, a
árvore frondosa agita seus galhos, entorpece-
-nos com o aroma das frutas, intriga-nos com
as possibilidades ocultas nas sementes.
O que é, o que é?
Apegar-se apenas às palavras, às vezes, é
deixar escapar o sentido que se insinua nas
ramagens, mas que não está ali.
Que árvore é essa? Símbolo da vida, ao
mesmo tempo que se alonga num percurso
vertical rumo ao céu, mergulha suas raízes na
terra. Cíclica, despe-se das folhas, abre-se em
flores, que escondem frutos, que protegem
sementes, que ocultam coisas futuras.
“Decifra-me ou te devoro.”
Qual a resposta? Vamos a ela: os anos, que
se desdobram em meses, que se aceleram em
dias, que escorrem em horas.
Gênero:
Palavras-chave:
Áreas envolvidas:
Temas transversais:
Público-alvo:
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
a) antes da leitura
Os sentidos que atribuímos ao que se lê
dependem, e muito, de nossas experiências
anteriores em relação à temática explorada
pelo texto, bem como de nossa familiaridade
com a prática leitora. As atividades sugeridas
neste item favorecem a ativação dos conhe-
cimentos prévios necessários à compreensão
e interpretação do escrito.
• Explicitação dos conhecimentos prévios
necessários à compreensão do texto.
• Antecipação de conteúdos tratados no texto
a partir da observação de indicadores como
título da obra ou dos capítulos, capa, ilustração,
informações presentes na quarta capa, etc.
• Explicitação dos conteúdos da obra a partir
dos indicadores observados.
b) durante a leitura
São apresentados alguns objetivos orienta-
dores para a leitura, focalizando aspectos
que auxiliem a construção dos sentidos do
texto pelo leitor.
• Leitura global do texto.
• Caracterização da estrutura do texto.
• Identificação das articulações temporais e
lógicas responsáveis pela coesão textual.
• Apreciação de recursos expressivos empre-
gados pelo autor.
c) depois da leitura
São propostas atividades para permitir melhor
compreensão e interpretação da obra, indican-
do, quando for o caso, a pesquisa de assuntos
relacionados aos conteúdos das diversas áreas
curriculares, bem como a reflexão a respeito
de temas que permitam a inserção do aluno no
debate de questões contemporâneas.
pertence, analisando a temática, a perspec-
tiva com que é abordada, sua organização
estrutural e certos recursos expressivos em-
pregados pelo autor.
Com esses elementos, o professor irá iden-
tificar os conteúdos das diferentes áreas do
conhecimento que poderão ser abordados,
os temas que poderão ser discutidos e os
recursos linguísticos que poderão ser explo-
rados para ampliar a competência leitora e
escritora dos alunos.
QUADRO-SÍNTESE
O quadro-síntese permite uma visualização
rápida de alguns dados a respeito da obra
e de seu tratamento didático: a indicação
do gênero, das palavras-chave, das áreas e
temas transversais envolvidos nas atividades
propostas; sugestão de leitor presumido para
a obra em questão.
✦ nas tramas do texto
• Compreensão global do texto a partir de
reprodução oral ou escrita do que foi lido ou
de respostas a questões formuladas pelo pro-
fessor em situação de leitura compartilhada.
• Apreciação dos recursos expressivos em-
pregados na obra.
• Identificação e avaliação dos pontos de
vista sustentados pelo autor.
• Discussão de diferentes pontos de vista e
opiniões diante de questões polêmicas.
• Produção de outros textos verbais ou ainda
de trabalhos que contemplem as diferentes lin-
guagensartísticas:teatro,música,artesplásticas,
etc.
✦ nas telas do cinema
• Indicação de filmes, disponíveis em VHS ou
DVD, que tenham alguma articulação com a
obra analisada, tanto em relação à temática
como à estrutura composicional.
✦ nas ondas do som
• Indicação de obras musicais que tenham
alguma relação com a temática ou estrutura
da obra analisada.
✦ nos enredos do real
• Ampliação do trabalho para a pesquisa de
informações complementares numa dimen-
são interdisciplinar.
DICAS DE LEITURA
Sugestões de outros livros relacionados de
alguma maneira ao que está sendo lido, esti-
mulando o desejo de enredar-se nas veredas
literárias e ler mais:
◗ do mesmo autor;
◗ sobre o mesmo assunto e gênero;
◗ leitura de desafio.
Indicação de título que se imagina além do
grau de autonomia do leitor virtual da obra
analisada, com a finalidade de ampliar o
horizonte de expectativas do aluno-leitor,
encaminhando-o para a literatura adulta.
__________
1
In Meu livro de folclore, Ricardo Azevedo, Editora Ática.
2
A Bíblia de Jerusalém, Gênesis, capítulo 2, versículos 9 e 10, 16 e 17.
Árvores e tempo de leitura
MARIA JOSÉ NÓBREGA
2 3 4
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
Os miseráveis Parte Comum.indd 1 7/16/12 4:42 PM
5. Gênero: romance.
Palavras-chave: sistema carcerário, preconceito,
abandono, miséria.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, História,
Artes.
Tema transversal: ética.
Público-alvo: leitor crítico – 8o
e 9o
anos do Ensino
Fundamental.
5 6 7
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Victor Hugo nasceu em Besançon, França, em
1802. Considerado um dos maiores nomes da
literatura mundial, foi o porta-voz do movimen-
to romântico e grande dramaturgo, ensaísta e
poeta. Apaixonado, generoso, dedicado exaus-
tivamente à arte de escrever, deixou uma obra
colossal ao falecer em 1885. Entre seus livros que
mais se destacam estão: O Corcunda de Notre-
-Dame, Os trabalhadores do mar e Cromwell. Em
Os Miseráveis, o autor trata das questões morais e
das injustiças sociais com tal maestria, que ainda
hoje é um dos romances mais lidos e adaptados
para o cinema e para o teatro.
UM POUCO SOBRE
O TRADUTOR E ADAPTADOR
Walcyr Carrasco nasceu em Bernardino de Campos
(SP), em 1951, e foi criado em Marília. Depois de
cursar jornalismo na USP, trabalhou em redações
de jornais, escrevendo desde textos para coluna
social até reportagens esportivas. É autor das
peças de teatro O terceiro beijo, Uma cama en-
tre nós, Batom e Êxtase, sendo que esta última
conquistou o prêmio Shell de Teatro, um dos mais
importantes do país. Muitos de seus livros infan-
tojuvenis já receberam a menção de “Altamente
recomendável” da Fundação Nacional do Livro In-
fantil e Juvenil. Entre suas obras publicadas, estão:
Irmão negro, O garoto da novela, A corrente da
vida, O menino narigudo, Estrelas tortas, O anjo
linguarudo, Mordidas que podem ser beijos, Em
busca de um sonho e A palavra não dita (todos
pela Moderna). Também escreveu minisséries e
novelas de sucesso, como Xica da Silva, O Cravo
e a Rosa, Chocolate com pimenta, Alma gêmea,
Sete Pecados, Caras & Bocas e Morde & Assopra.
Também se dedica às traduções e adaptações.
Além dos livros, Walcyr Carrasco é apaixonado por
bichos, por culinária e por artes plásticas.
É membro da Academia Paulista de Letras, onde
recebeu o título de Imortal.
RESENHA
Em 2012, centenário do célebre clássico de Victor
Hugo, Walcyr Carrasco relança sua adaptação
de Os miseráveis, que busca apresentar o texto
romântico francês ao jovem leitor brasileiro
contemporâneo. Walcyr apresenta-nos a Jean
Valjean, o homem misterioso, que, endurecido
após passar dezenove anos na prisão por ter
furtado um simples pão, transforma-se em um
homem honesto, caridoso e íntegro ao presenciar
um gesto absolutamente altruísta de um bispo a
quem havia roubado.
Sempre solitário, o antigo malfeitor assume uma
identidade falsa e torna-se um riquíssimo e justo
dono de fábrica, prefeito da cidade, aclamado
por suas boas ações. Justamente quando assu-
me o compromisso de resgatar a filha de uma
desventurada e sofrida ex-funcionária, Fantine,
é reconhecido pelo inspetor Javert, homem
obsessivo que irá persegui-lo implacavelmente.
Acaba por ser preso, porém consegue fugir e
finalmente resgatar Cosette, a filha de Fantine,
que era brutalmente maltratada por um casal de
estalajadeiros inescrupulosos. Faz dela sua filha
adotiva, ao lado da qual passa viver incógnito em
Paris. A menina cresce, torna-se uma bela jovem
e acaba se apaixonando por Marius, jovem de
origem nobre que decide apoiar a causa repu-
blicana e por pouco não morre lutando em uma
insurreição popular.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Trata-se de uma bela e competente adaptação de
um dos maiores best-sellers da história da litera-
tura, que até hoje conta com um sem-número de
adaptações. Embora a crítica social apresentada
pelo romance seja, em alguma medida, idealiza-
da, a obra continua confrontando o leitor com
questões ainda absolutamente urgentes e per-
tinentes, como a do questionamento do sistema
carcerário e da dificuldade que o ex-presidiário
encontra para reinserir-se na sociedade.
QUADRO-SÍNTESE
pesquisadora comenta que talvez não se devesse
acreditar tanto assim na mídia?
5. Traga para ler com a turma o poema Poesia e
Mendicidade, de Castro Alves, em que o poeta
brasileiro cita a obra de Victor Hugo. Ajude-os a
interpretá-lo, estimulando-os a pesquisar quem
são os autores aos quais o poema faz referência,
como Homero e Dante.
6. Instigue-os a pesquisar um pouco a respeito
da vida e obra de Victor Hugo e Castro Alves.
Ambos, o europeu e o brasileiro, são vozes do
movimento romântico. Explique aos alunos o
que foi o Romantismo: suas principais palavras
de ordem e opções formais.
Durante a leitura
1. Diga a seus alunos que atentem para as notas
de rodapé, que ajudam a situar os leitores no
entrecruzamento entre o enredo do livro e a
história da França.
2. Na apresentação, Marisa Lajolo comenta como
Walcyr Carrasco preserva recursos que Victor
Hugo explora no livro: o narrador que se dirige
diretamente ao leitor, a narrativa não linear, com
flashbacks, e a exploração de múltiplas narrativas.
Recomende a seus alunos que observem os saltos
de tempo, muitas vezes significativos, que sepa-
ram os acontecimentos do enredo.
3. Peça a eles que notem, ainda, os recursos de
mistério e suspense que o autor utiliza para que
o leitor se mantenha preso à narrativa.
4. Solicite que prestem atenção em como muitos
dos personagens, em diferentes momentos, assu-
mem identidades fictícias e disfarces.
Depois da leitura
1. Leia com a classe o texto final de Walcyr Carras-
co, em que revela os aspectos que mais lhe tocam
na obra de Victor Hugo. Um deles é a transforma-
ção do protagonista. Proponha que seus alunos
rememorem a obra e procurem lembrar-se quais
personagens transformam-se, física, social ou
psicologicamente, e quais se mantêm irredutíveis.
O que motiva as mudanças em cada caso?
2. Ainda no texto final, Carrasco comenta: “Misé-
ria, fome, prisões arbitrárias, tudo isso ainda faz
parte da nossa realidade. Quando leio os jornais,
encontro histórias tão próximas às dos persona-
gens!”. Organize, no período em que a turma
estiver lendo o livro, um mural com notícias e
reportagens que remetam aos temas do romance.
3. Estimule seus alunos a consultar a tabela que
acompanha o livro, em que é possível encontrar
uma interessante e extensiva cronologia do lan-
çamento do livro e de suas repercussões. Sugira
que tentem localizar em bibliotecas algumas das
adaptações mencionadas a fim de comparar o
estilo de cada adaptador.
4. A obra de Victor Hugo apresenta uma forte
crítica ao sistema carcerário: Jean Valijean é preso
após roubar um simples pão, se torna realmente
um criminoso endurecido apenas depois de passar
pelo ambiente brutal da prisão e, ao sair, antes
de adotar uma identidade falsa, não consegue
sequer uma hospedagem, quanto menos um
emprego. Embora a obra tenha sido escrita na
França do século XIX, muitas dessas críticas são
extremamente pertinentes ao sistema carcerário
brasileiro atual. Proponha que seus alunos reali-
zem uma pesquisa a respeito das condições en-
contradas pelos egressos do nosso sistema penal,
atentando para os altos índices de reincidência
dos antigos presos, por volta dos 90%. Em segui-
da, discuta com eles: em que medida a prisão é
um espaço que contribui para a sociabilização do
preso, em que medida esse sistema contribui para
o aumento da criminalidade e para o isolamento
social dessas pessoas?
5. Sugira a leitura do mangá autobiográfico Na
prisão, publicado pela editora Conrad do Brasil,
em que Kazuichi Hanawa relata o tempo em que
esteve preso, em 1994, quando foi detido por
porte ilegal de armas.
6. Sugira que seus alunos selecionem, individu-
almente, uma passagem da narrativa que lhe
tenha parecido significativa e procurem no texto
original de Victor Hugo o capítulo corresponden-
te, lendo-o e atentando para as diferenças entre
o original e a reescritura. Que passagens foram
omitidas, que outras foram mantidas por Walcyr
Carrasco?
7. Assista com a turma a duas adaptações cine-
matográficas diferentes da obra: uma de 1935,
dirigida por Richard Boleslawski, distribuída pela
Vintage Films, e outra de 1998, com direção de
Billie August, distribuída pela Sony Pictures. De
que maneira cada uma delas reconta a narrativa?
Quais as principais diferenças de tom entre elas?
Que passagens são privilegiadas e deixadas de
lado em cada uma?
8. No link <http://letras.terra.com.br/les-misera-
bles>. Acesso em: 29 jun. 2012) é possível encon-
trar letras originais e traduções de músicas do
musical Les miserables, além de ainda ouvi-las e,
ocasionalmente, ver cenas da montagem. Esti-
mule seus alunos a navegar pelo site ouvindo as
canções, procurando reconhecer a que passagem
do livro elas se referem. De que maneira a fala
dos personagens se modifica ao ser transformada
em canção?
9. Leia com a classe a transcriação feita por
Klévisson Viana, publicada pela editora Nova
Alexandria, em que Os miseráveis é transposto
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Antes da leitura
1. Revele à turma o título do livro. Que diferentes
acepções existem para a palavra “miserável”?
2. Leia com eles a cuidadosa e esclarecedora apre-
sentação de Marisa Lajolo. Veja se ela acrescenta
algo a sua compreensão do título.
3. Marisa Lajolo menciona a “revolução burguesa
em 1879”, também conhecida como Revolução
Francesa. Estimule os alunos a realizar uma pes-
quisa detalhada sobre o assunto.
4. Ainda na apresentação, Marisa escreve:
“Numa das passagens de maior suspense do
livro, uma das personagens defende a tese de
que jornais contam sempre a verdade: não são
provas manuscritas, que podem ser forjadas. Mas
provas impressas! ‘Tirou um pacote do bolso.
Eram dois jornais amarelados pelo tempo’ (ca-
pítulo 21, p. 201).
Talvez o leitor do século XXI não acredite (e tal-
vez nem deva acreditar!) tanto no que escrevem
os jornais.”
Discuta um pouco a respeito do tema com seus
alunos. De que maneira eles se relacionam com
o conteúdo veiculado nos jornais? Por que a
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
para a linguagem absolutamente brasileira da
literatura de cordel.
DICAS DE LEITURA
◗ do mesmo autor
O Corcunda de Notre-Dame. São Paulo: Leya.
O último dia de um condenado. São Paulo: Estação
Liberdade.
Os trabalhadores do mar. São Paulo: Martin Claret.
◗ de Walcyr Carrasco, tradutor e adaptador
Dom Quixote. São Paulo: Moderna.
A Dama das Camélias. São Paulo: Moderna.
A volta ao mundo em 80 dias. São Paulo: Moderna.
Vinte mil léguas submarinas. São Paulo: Moderna.
Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Moderna.
Enc Os miseráveis.indd 1 7/16/12 4:41 PM
6. Gênero: romance.
Palavras-chave: sistema carcerário, preconceito,
abandono, miséria.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, História,
Artes.
Tema transversal: ética.
Público-alvo: leitor crítico – 8o
e 9o
anos do Ensino
Fundamental.
5 6 7
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Victor Hugo nasceu em Besançon, França, em
1802. Considerado um dos maiores nomes da
literatura mundial, foi o porta-voz do movimen-
to romântico e grande dramaturgo, ensaísta e
poeta. Apaixonado, generoso, dedicado exaus-
tivamente à arte de escrever, deixou uma obra
colossal ao falecer em 1885. Entre seus livros que
mais se destacam estão: O Corcunda de Notre-
-Dame, Os trabalhadores do mar e Cromwell. Em
Os Miseráveis, o autor trata das questões morais e
das injustiças sociais com tal maestria, que ainda
hoje é um dos romances mais lidos e adaptados
para o cinema e para o teatro.
UM POUCO SOBRE
O TRADUTOR E ADAPTADOR
Walcyr Carrasco nasceu em Bernardino de Campos
(SP), em 1951, e foi criado em Marília. Depois de
cursar jornalismo na USP, trabalhou em redações
de jornais, escrevendo desde textos para coluna
social até reportagens esportivas. É autor das
peças de teatro O terceiro beijo, Uma cama en-
tre nós, Batom e Êxtase, sendo que esta última
conquistou o prêmio Shell de Teatro, um dos mais
importantes do país. Muitos de seus livros infan-
tojuvenis já receberam a menção de “Altamente
recomendável” da Fundação Nacional do Livro In-
fantil e Juvenil. Entre suas obras publicadas, estão:
Irmão negro, O garoto da novela, A corrente da
vida, O menino narigudo, Estrelas tortas, O anjo
linguarudo, Mordidas que podem ser beijos, Em
busca de um sonho e A palavra não dita (todos
pela Moderna). Também escreveu minisséries e
novelas de sucesso, como Xica da Silva, O Cravo
e a Rosa, Chocolate com pimenta, Alma gêmea,
Sete Pecados, Caras & Bocas e Morde & Assopra.
Também se dedica às traduções e adaptações.
Além dos livros, Walcyr Carrasco é apaixonado por
bichos, por culinária e por artes plásticas.
É membro da Academia Paulista de Letras, onde
recebeu o título de Imortal.
RESENHA
Em 2012, centenário do célebre clássico de Victor
Hugo, Walcyr Carrasco relança sua adaptação
de Os miseráveis, que busca apresentar o texto
romântico francês ao jovem leitor brasileiro
contemporâneo. Walcyr apresenta-nos a Jean
Valjean, o homem misterioso, que, endurecido
após passar dezenove anos na prisão por ter
furtado um simples pão, transforma-se em um
homem honesto, caridoso e íntegro ao presenciar
um gesto absolutamente altruísta de um bispo a
quem havia roubado.
Sempre solitário, o antigo malfeitor assume uma
identidade falsa e torna-se um riquíssimo e justo
dono de fábrica, prefeito da cidade, aclamado
por suas boas ações. Justamente quando assu-
me o compromisso de resgatar a filha de uma
desventurada e sofrida ex-funcionária, Fantine,
é reconhecido pelo inspetor Javert, homem
obsessivo que irá persegui-lo implacavelmente.
Acaba por ser preso, porém consegue fugir e
finalmente resgatar Cosette, a filha de Fantine,
que era brutalmente maltratada por um casal de
estalajadeiros inescrupulosos. Faz dela sua filha
adotiva, ao lado da qual passa viver incógnito em
Paris. A menina cresce, torna-se uma bela jovem
e acaba se apaixonando por Marius, jovem de
origem nobre que decide apoiar a causa repu-
blicana e por pouco não morre lutando em uma
insurreição popular.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Trata-se de uma bela e competente adaptação de
um dos maiores best-sellers da história da litera-
tura, que até hoje conta com um sem-número de
adaptações. Embora a crítica social apresentada
pelo romance seja, em alguma medida, idealiza-
da, a obra continua confrontando o leitor com
questões ainda absolutamente urgentes e per-
tinentes, como a do questionamento do sistema
carcerário e da dificuldade que o ex-presidiário
encontra para reinserir-se na sociedade.
QUADRO-SÍNTESE
pesquisadora comenta que talvez não se devesse
acreditar tanto assim na mídia?
5. Traga para ler com a turma o poema Poesia e
Mendicidade, de Castro Alves, em que o poeta
brasileiro cita a obra de Victor Hugo. Ajude-os a
interpretá-lo, estimulando-os a pesquisar quem
são os autores aos quais o poema faz referência,
como Homero e Dante.
6. Instigue-os a pesquisar um pouco a respeito
da vida e obra de Victor Hugo e Castro Alves.
Ambos, o europeu e o brasileiro, são vozes do
movimento romântico. Explique aos alunos o
que foi o Romantismo: suas principais palavras
de ordem e opções formais.
Durante a leitura
1. Diga a seus alunos que atentem para as notas
de rodapé, que ajudam a situar os leitores no
entrecruzamento entre o enredo do livro e a
história da França.
2. Na apresentação, Marisa Lajolo comenta como
Walcyr Carrasco preserva recursos que Victor
Hugo explora no livro: o narrador que se dirige
diretamente ao leitor, a narrativa não linear, com
flashbacks, e a exploração de múltiplas narrativas.
Recomende a seus alunos que observem os saltos
de tempo, muitas vezes significativos, que sepa-
ram os acontecimentos do enredo.
3. Peça a eles que notem, ainda, os recursos de
mistério e suspense que o autor utiliza para que
o leitor se mantenha preso à narrativa.
4. Solicite que prestem atenção em como muitos
dos personagens, em diferentes momentos, assu-
mem identidades fictícias e disfarces.
Depois da leitura
1. Leia com a classe o texto final de Walcyr Carras-
co, em que revela os aspectos que mais lhe tocam
na obra de Victor Hugo. Um deles é a transforma-
ção do protagonista. Proponha que seus alunos
rememorem a obra e procurem lembrar-se quais
personagens transformam-se, física, social ou
psicologicamente, e quais se mantêm irredutíveis.
O que motiva as mudanças em cada caso?
2. Ainda no texto final, Carrasco comenta: “Misé-
ria, fome, prisões arbitrárias, tudo isso ainda faz
parte da nossa realidade. Quando leio os jornais,
encontro histórias tão próximas às dos persona-
gens!”. Organize, no período em que a turma
estiver lendo o livro, um mural com notícias e
reportagens que remetam aos temas do romance.
3. Estimule seus alunos a consultar a tabela que
acompanha o livro, em que é possível encontrar
uma interessante e extensiva cronologia do lan-
çamento do livro e de suas repercussões. Sugira
que tentem localizar em bibliotecas algumas das
adaptações mencionadas a fim de comparar o
estilo de cada adaptador.
4. A obra de Victor Hugo apresenta uma forte
crítica ao sistema carcerário: Jean Valijean é preso
após roubar um simples pão, se torna realmente
um criminoso endurecido apenas depois de passar
pelo ambiente brutal da prisão e, ao sair, antes
de adotar uma identidade falsa, não consegue
sequer uma hospedagem, quanto menos um
emprego. Embora a obra tenha sido escrita na
França do século XIX, muitas dessas críticas são
extremamente pertinentes ao sistema carcerário
brasileiro atual. Proponha que seus alunos reali-
zem uma pesquisa a respeito das condições en-
contradas pelos egressos do nosso sistema penal,
atentando para os altos índices de reincidência
dos antigos presos, por volta dos 90%. Em segui-
da, discuta com eles: em que medida a prisão é
um espaço que contribui para a sociabilização do
preso, em que medida esse sistema contribui para
o aumento da criminalidade e para o isolamento
social dessas pessoas?
5. Sugira a leitura do mangá autobiográfico Na
prisão, publicado pela editora Conrad do Brasil,
em que Kazuichi Hanawa relata o tempo em que
esteve preso, em 1994, quando foi detido por
porte ilegal de armas.
6. Sugira que seus alunos selecionem, individu-
almente, uma passagem da narrativa que lhe
tenha parecido significativa e procurem no texto
original de Victor Hugo o capítulo corresponden-
te, lendo-o e atentando para as diferenças entre
o original e a reescritura. Que passagens foram
omitidas, que outras foram mantidas por Walcyr
Carrasco?
7. Assista com a turma a duas adaptações cine-
matográficas diferentes da obra: uma de 1935,
dirigida por Richard Boleslawski, distribuída pela
Vintage Films, e outra de 1998, com direção de
Billie August, distribuída pela Sony Pictures. De
que maneira cada uma delas reconta a narrativa?
Quais as principais diferenças de tom entre elas?
Que passagens são privilegiadas e deixadas de
lado em cada uma?
8. No link <http://letras.terra.com.br/les-misera-
bles>. Acesso em: 29 jun. 2012) é possível encon-
trar letras originais e traduções de músicas do
musical Les miserables, além de ainda ouvi-las e,
ocasionalmente, ver cenas da montagem. Esti-
mule seus alunos a navegar pelo site ouvindo as
canções, procurando reconhecer a que passagem
do livro elas se referem. De que maneira a fala
dos personagens se modifica ao ser transformada
em canção?
9. Leia com a classe a transcriação feita por
Klévisson Viana, publicada pela editora Nova
Alexandria, em que Os miseráveis é transposto
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Antes da leitura
1. Revele à turma o título do livro. Que diferentes
acepções existem para a palavra “miserável”?
2. Leia com eles a cuidadosa e esclarecedora apre-
sentação de Marisa Lajolo. Veja se ela acrescenta
algo a sua compreensão do título.
3. Marisa Lajolo menciona a “revolução burguesa
em 1879”, também conhecida como Revolução
Francesa. Estimule os alunos a realizar uma pes-
quisa detalhada sobre o assunto.
4. Ainda na apresentação, Marisa escreve:
“Numa das passagens de maior suspense do
livro, uma das personagens defende a tese de
que jornais contam sempre a verdade: não são
provas manuscritas, que podem ser forjadas. Mas
provas impressas! ‘Tirou um pacote do bolso.
Eram dois jornais amarelados pelo tempo’ (ca-
pítulo 21, p. 201).
Talvez o leitor do século XXI não acredite (e tal-
vez nem deva acreditar!) tanto no que escrevem
os jornais.”
Discuta um pouco a respeito do tema com seus
alunos. De que maneira eles se relacionam com
o conteúdo veiculado nos jornais? Por que a
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
para a linguagem absolutamente brasileira da
literatura de cordel.
DICAS DE LEITURA
◗ do mesmo autor
O Corcunda de Notre-Dame. São Paulo: Leya.
O último dia de um condenado. São Paulo: Estação
Liberdade.
Os trabalhadores do mar. São Paulo: Martin Claret.
◗ de Walcyr Carrasco, tradutor e adaptador
Dom Quixote. São Paulo: Moderna.
A Dama das Camélias. São Paulo: Moderna.
A volta ao mundo em 80 dias. São Paulo: Moderna.
Vinte mil léguas submarinas. São Paulo: Moderna.
Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Moderna.
Enc Os miseráveis.indd 1 7/16/12 4:41 PM
7. Gênero: romance.
Palavras-chave: sistema carcerário, preconceito,
abandono, miséria.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, História,
Artes.
Tema transversal: ética.
Público-alvo: leitor crítico – 8o
e 9o
anos do Ensino
Fundamental.
5 6 7
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Victor Hugo nasceu em Besançon, França, em
1802. Considerado um dos maiores nomes da
literatura mundial, foi o porta-voz do movimen-
to romântico e grande dramaturgo, ensaísta e
poeta. Apaixonado, generoso, dedicado exaus-
tivamente à arte de escrever, deixou uma obra
colossal ao falecer em 1885. Entre seus livros que
mais se destacam estão: O Corcunda de Notre-
-Dame, Os trabalhadores do mar e Cromwell. Em
Os Miseráveis, o autor trata das questões morais e
das injustiças sociais com tal maestria, que ainda
hoje é um dos romances mais lidos e adaptados
para o cinema e para o teatro.
UM POUCO SOBRE
O TRADUTOR E ADAPTADOR
Walcyr Carrasco nasceu em Bernardino de Campos
(SP), em 1951, e foi criado em Marília. Depois de
cursar jornalismo na USP, trabalhou em redações
de jornais, escrevendo desde textos para coluna
social até reportagens esportivas. É autor das
peças de teatro O terceiro beijo, Uma cama en-
tre nós, Batom e Êxtase, sendo que esta última
conquistou o prêmio Shell de Teatro, um dos mais
importantes do país. Muitos de seus livros infan-
tojuvenis já receberam a menção de “Altamente
recomendável” da Fundação Nacional do Livro In-
fantil e Juvenil. Entre suas obras publicadas, estão:
Irmão negro, O garoto da novela, A corrente da
vida, O menino narigudo, Estrelas tortas, O anjo
linguarudo, Mordidas que podem ser beijos, Em
busca de um sonho e A palavra não dita (todos
pela Moderna). Também escreveu minisséries e
novelas de sucesso, como Xica da Silva, O Cravo
e a Rosa, Chocolate com pimenta, Alma gêmea,
Sete Pecados, Caras & Bocas e Morde & Assopra.
Também se dedica às traduções e adaptações.
Além dos livros, Walcyr Carrasco é apaixonado por
bichos, por culinária e por artes plásticas.
É membro da Academia Paulista de Letras, onde
recebeu o título de Imortal.
RESENHA
Em 2012, centenário do célebre clássico de Victor
Hugo, Walcyr Carrasco relança sua adaptação
de Os miseráveis, que busca apresentar o texto
romântico francês ao jovem leitor brasileiro
contemporâneo. Walcyr apresenta-nos a Jean
Valjean, o homem misterioso, que, endurecido
após passar dezenove anos na prisão por ter
furtado um simples pão, transforma-se em um
homem honesto, caridoso e íntegro ao presenciar
um gesto absolutamente altruísta de um bispo a
quem havia roubado.
Sempre solitário, o antigo malfeitor assume uma
identidade falsa e torna-se um riquíssimo e justo
dono de fábrica, prefeito da cidade, aclamado
por suas boas ações. Justamente quando assu-
me o compromisso de resgatar a filha de uma
desventurada e sofrida ex-funcionária, Fantine,
é reconhecido pelo inspetor Javert, homem
obsessivo que irá persegui-lo implacavelmente.
Acaba por ser preso, porém consegue fugir e
finalmente resgatar Cosette, a filha de Fantine,
que era brutalmente maltratada por um casal de
estalajadeiros inescrupulosos. Faz dela sua filha
adotiva, ao lado da qual passa viver incógnito em
Paris. A menina cresce, torna-se uma bela jovem
e acaba se apaixonando por Marius, jovem de
origem nobre que decide apoiar a causa repu-
blicana e por pouco não morre lutando em uma
insurreição popular.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Trata-se de uma bela e competente adaptação de
um dos maiores best-sellers da história da litera-
tura, que até hoje conta com um sem-número de
adaptações. Embora a crítica social apresentada
pelo romance seja, em alguma medida, idealiza-
da, a obra continua confrontando o leitor com
questões ainda absolutamente urgentes e per-
tinentes, como a do questionamento do sistema
carcerário e da dificuldade que o ex-presidiário
encontra para reinserir-se na sociedade.
QUADRO-SÍNTESE
pesquisadora comenta que talvez não se devesse
acreditar tanto assim na mídia?
5. Traga para ler com a turma o poema Poesia e
Mendicidade, de Castro Alves, em que o poeta
brasileiro cita a obra de Victor Hugo. Ajude-os a
interpretá-lo, estimulando-os a pesquisar quem
são os autores aos quais o poema faz referência,
como Homero e Dante.
6. Instigue-os a pesquisar um pouco a respeito
da vida e obra de Victor Hugo e Castro Alves.
Ambos, o europeu e o brasileiro, são vozes do
movimento romântico. Explique aos alunos o
que foi o Romantismo: suas principais palavras
de ordem e opções formais.
Durante a leitura
1. Diga a seus alunos que atentem para as notas
de rodapé, que ajudam a situar os leitores no
entrecruzamento entre o enredo do livro e a
história da França.
2. Na apresentação, Marisa Lajolo comenta como
Walcyr Carrasco preserva recursos que Victor
Hugo explora no livro: o narrador que se dirige
diretamente ao leitor, a narrativa não linear, com
flashbacks, e a exploração de múltiplas narrativas.
Recomende a seus alunos que observem os saltos
de tempo, muitas vezes significativos, que sepa-
ram os acontecimentos do enredo.
3. Peça a eles que notem, ainda, os recursos de
mistério e suspense que o autor utiliza para que
o leitor se mantenha preso à narrativa.
4. Solicite que prestem atenção em como muitos
dos personagens, em diferentes momentos, assu-
mem identidades fictícias e disfarces.
Depois da leitura
1. Leia com a classe o texto final de Walcyr Carras-
co, em que revela os aspectos que mais lhe tocam
na obra de Victor Hugo. Um deles é a transforma-
ção do protagonista. Proponha que seus alunos
rememorem a obra e procurem lembrar-se quais
personagens transformam-se, física, social ou
psicologicamente, e quais se mantêm irredutíveis.
O que motiva as mudanças em cada caso?
2. Ainda no texto final, Carrasco comenta: “Misé-
ria, fome, prisões arbitrárias, tudo isso ainda faz
parte da nossa realidade. Quando leio os jornais,
encontro histórias tão próximas às dos persona-
gens!”. Organize, no período em que a turma
estiver lendo o livro, um mural com notícias e
reportagens que remetam aos temas do romance.
3. Estimule seus alunos a consultar a tabela que
acompanha o livro, em que é possível encontrar
uma interessante e extensiva cronologia do lan-
çamento do livro e de suas repercussões. Sugira
que tentem localizar em bibliotecas algumas das
adaptações mencionadas a fim de comparar o
estilo de cada adaptador.
4. A obra de Victor Hugo apresenta uma forte
crítica ao sistema carcerário: Jean Valijean é preso
após roubar um simples pão, se torna realmente
um criminoso endurecido apenas depois de passar
pelo ambiente brutal da prisão e, ao sair, antes
de adotar uma identidade falsa, não consegue
sequer uma hospedagem, quanto menos um
emprego. Embora a obra tenha sido escrita na
França do século XIX, muitas dessas críticas são
extremamente pertinentes ao sistema carcerário
brasileiro atual. Proponha que seus alunos reali-
zem uma pesquisa a respeito das condições en-
contradas pelos egressos do nosso sistema penal,
atentando para os altos índices de reincidência
dos antigos presos, por volta dos 90%. Em segui-
da, discuta com eles: em que medida a prisão é
um espaço que contribui para a sociabilização do
preso, em que medida esse sistema contribui para
o aumento da criminalidade e para o isolamento
social dessas pessoas?
5. Sugira a leitura do mangá autobiográfico Na
prisão, publicado pela editora Conrad do Brasil,
em que Kazuichi Hanawa relata o tempo em que
esteve preso, em 1994, quando foi detido por
porte ilegal de armas.
6. Sugira que seus alunos selecionem, individu-
almente, uma passagem da narrativa que lhe
tenha parecido significativa e procurem no texto
original de Victor Hugo o capítulo corresponden-
te, lendo-o e atentando para as diferenças entre
o original e a reescritura. Que passagens foram
omitidas, que outras foram mantidas por Walcyr
Carrasco?
7. Assista com a turma a duas adaptações cine-
matográficas diferentes da obra: uma de 1935,
dirigida por Richard Boleslawski, distribuída pela
Vintage Films, e outra de 1998, com direção de
Billie August, distribuída pela Sony Pictures. De
que maneira cada uma delas reconta a narrativa?
Quais as principais diferenças de tom entre elas?
Que passagens são privilegiadas e deixadas de
lado em cada uma?
8. No link <http://letras.terra.com.br/les-misera-
bles>. Acesso em: 29 jun. 2012) é possível encon-
trar letras originais e traduções de músicas do
musical Les miserables, além de ainda ouvi-las e,
ocasionalmente, ver cenas da montagem. Esti-
mule seus alunos a navegar pelo site ouvindo as
canções, procurando reconhecer a que passagem
do livro elas se referem. De que maneira a fala
dos personagens se modifica ao ser transformada
em canção?
9. Leia com a classe a transcriação feita por
Klévisson Viana, publicada pela editora Nova
Alexandria, em que Os miseráveis é transposto
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Antes da leitura
1. Revele à turma o título do livro. Que diferentes
acepções existem para a palavra “miserável”?
2. Leia com eles a cuidadosa e esclarecedora apre-
sentação de Marisa Lajolo. Veja se ela acrescenta
algo a sua compreensão do título.
3. Marisa Lajolo menciona a “revolução burguesa
em 1879”, também conhecida como Revolução
Francesa. Estimule os alunos a realizar uma pes-
quisa detalhada sobre o assunto.
4. Ainda na apresentação, Marisa escreve:
“Numa das passagens de maior suspense do
livro, uma das personagens defende a tese de
que jornais contam sempre a verdade: não são
provas manuscritas, que podem ser forjadas. Mas
provas impressas! ‘Tirou um pacote do bolso.
Eram dois jornais amarelados pelo tempo’ (ca-
pítulo 21, p. 201).
Talvez o leitor do século XXI não acredite (e tal-
vez nem deva acreditar!) tanto no que escrevem
os jornais.”
Discuta um pouco a respeito do tema com seus
alunos. De que maneira eles se relacionam com
o conteúdo veiculado nos jornais? Por que a
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
para a linguagem absolutamente brasileira da
literatura de cordel.
DICAS DE LEITURA
◗ do mesmo autor
O Corcunda de Notre-Dame. São Paulo: Leya.
O último dia de um condenado. São Paulo: Estação
Liberdade.
Os trabalhadores do mar. São Paulo: Martin Claret.
◗ de Walcyr Carrasco, tradutor e adaptador
Dom Quixote. São Paulo: Moderna.
A Dama das Camélias. São Paulo: Moderna.
A volta ao mundo em 80 dias. São Paulo: Moderna.
Vinte mil léguas submarinas. São Paulo: Moderna.
Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Moderna.
Enc Os miseráveis.indd 1 7/16/12 4:41 PM
8. Gênero: romance.
Palavras-chave: sistema carcerário, preconceito,
abandono, miséria.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, História,
Artes.
Tema transversal: ética.
Público-alvo: leitor crítico – 8o
e 9o
anos do Ensino
Fundamental.
5 6 7
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Victor Hugo nasceu em Besançon, França, em
1802. Considerado um dos maiores nomes da
literatura mundial, foi o porta-voz do movimen-
to romântico e grande dramaturgo, ensaísta e
poeta. Apaixonado, generoso, dedicado exaus-
tivamente à arte de escrever, deixou uma obra
colossal ao falecer em 1885. Entre seus livros que
mais se destacam estão: O Corcunda de Notre-
-Dame, Os trabalhadores do mar e Cromwell. Em
Os Miseráveis, o autor trata das questões morais e
das injustiças sociais com tal maestria, que ainda
hoje é um dos romances mais lidos e adaptados
para o cinema e para o teatro.
UM POUCO SOBRE
O TRADUTOR E ADAPTADOR
Walcyr Carrasco nasceu em Bernardino de Campos
(SP), em 1951, e foi criado em Marília. Depois de
cursar jornalismo na USP, trabalhou em redações
de jornais, escrevendo desde textos para coluna
social até reportagens esportivas. É autor das
peças de teatro O terceiro beijo, Uma cama en-
tre nós, Batom e Êxtase, sendo que esta última
conquistou o prêmio Shell de Teatro, um dos mais
importantes do país. Muitos de seus livros infan-
tojuvenis já receberam a menção de “Altamente
recomendável” da Fundação Nacional do Livro In-
fantil e Juvenil. Entre suas obras publicadas, estão:
Irmão negro, O garoto da novela, A corrente da
vida, O menino narigudo, Estrelas tortas, O anjo
linguarudo, Mordidas que podem ser beijos, Em
busca de um sonho e A palavra não dita (todos
pela Moderna). Também escreveu minisséries e
novelas de sucesso, como Xica da Silva, O Cravo
e a Rosa, Chocolate com pimenta, Alma gêmea,
Sete Pecados, Caras & Bocas e Morde & Assopra.
Também se dedica às traduções e adaptações.
Além dos livros, Walcyr Carrasco é apaixonado por
bichos, por culinária e por artes plásticas.
É membro da Academia Paulista de Letras, onde
recebeu o título de Imortal.
RESENHA
Em 2012, centenário do célebre clássico de Victor
Hugo, Walcyr Carrasco relança sua adaptação
de Os miseráveis, que busca apresentar o texto
romântico francês ao jovem leitor brasileiro
contemporâneo. Walcyr apresenta-nos a Jean
Valjean, o homem misterioso, que, endurecido
após passar dezenove anos na prisão por ter
furtado um simples pão, transforma-se em um
homem honesto, caridoso e íntegro ao presenciar
um gesto absolutamente altruísta de um bispo a
quem havia roubado.
Sempre solitário, o antigo malfeitor assume uma
identidade falsa e torna-se um riquíssimo e justo
dono de fábrica, prefeito da cidade, aclamado
por suas boas ações. Justamente quando assu-
me o compromisso de resgatar a filha de uma
desventurada e sofrida ex-funcionária, Fantine,
é reconhecido pelo inspetor Javert, homem
obsessivo que irá persegui-lo implacavelmente.
Acaba por ser preso, porém consegue fugir e
finalmente resgatar Cosette, a filha de Fantine,
que era brutalmente maltratada por um casal de
estalajadeiros inescrupulosos. Faz dela sua filha
adotiva, ao lado da qual passa viver incógnito em
Paris. A menina cresce, torna-se uma bela jovem
e acaba se apaixonando por Marius, jovem de
origem nobre que decide apoiar a causa repu-
blicana e por pouco não morre lutando em uma
insurreição popular.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Trata-se de uma bela e competente adaptação de
um dos maiores best-sellers da história da litera-
tura, que até hoje conta com um sem-número de
adaptações. Embora a crítica social apresentada
pelo romance seja, em alguma medida, idealiza-
da, a obra continua confrontando o leitor com
questões ainda absolutamente urgentes e per-
tinentes, como a do questionamento do sistema
carcerário e da dificuldade que o ex-presidiário
encontra para reinserir-se na sociedade.
QUADRO-SÍNTESE
pesquisadora comenta que talvez não se devesse
acreditar tanto assim na mídia?
5. Traga para ler com a turma o poema Poesia e
Mendicidade, de Castro Alves, em que o poeta
brasileiro cita a obra de Victor Hugo. Ajude-os a
interpretá-lo, estimulando-os a pesquisar quem
são os autores aos quais o poema faz referência,
como Homero e Dante.
6. Instigue-os a pesquisar um pouco a respeito
da vida e obra de Victor Hugo e Castro Alves.
Ambos, o europeu e o brasileiro, são vozes do
movimento romântico. Explique aos alunos o
que foi o Romantismo: suas principais palavras
de ordem e opções formais.
Durante a leitura
1. Diga a seus alunos que atentem para as notas
de rodapé, que ajudam a situar os leitores no
entrecruzamento entre o enredo do livro e a
história da França.
2. Na apresentação, Marisa Lajolo comenta como
Walcyr Carrasco preserva recursos que Victor
Hugo explora no livro: o narrador que se dirige
diretamente ao leitor, a narrativa não linear, com
flashbacks, e a exploração de múltiplas narrativas.
Recomende a seus alunos que observem os saltos
de tempo, muitas vezes significativos, que sepa-
ram os acontecimentos do enredo.
3. Peça a eles que notem, ainda, os recursos de
mistério e suspense que o autor utiliza para que
o leitor se mantenha preso à narrativa.
4. Solicite que prestem atenção em como muitos
dos personagens, em diferentes momentos, assu-
mem identidades fictícias e disfarces.
Depois da leitura
1. Leia com a classe o texto final de Walcyr Carras-
co, em que revela os aspectos que mais lhe tocam
na obra de Victor Hugo. Um deles é a transforma-
ção do protagonista. Proponha que seus alunos
rememorem a obra e procurem lembrar-se quais
personagens transformam-se, física, social ou
psicologicamente, e quais se mantêm irredutíveis.
O que motiva as mudanças em cada caso?
2. Ainda no texto final, Carrasco comenta: “Misé-
ria, fome, prisões arbitrárias, tudo isso ainda faz
parte da nossa realidade. Quando leio os jornais,
encontro histórias tão próximas às dos persona-
gens!”. Organize, no período em que a turma
estiver lendo o livro, um mural com notícias e
reportagens que remetam aos temas do romance.
3. Estimule seus alunos a consultar a tabela que
acompanha o livro, em que é possível encontrar
uma interessante e extensiva cronologia do lan-
çamento do livro e de suas repercussões. Sugira
que tentem localizar em bibliotecas algumas das
adaptações mencionadas a fim de comparar o
estilo de cada adaptador.
4. A obra de Victor Hugo apresenta uma forte
crítica ao sistema carcerário: Jean Valijean é preso
após roubar um simples pão, se torna realmente
um criminoso endurecido apenas depois de passar
pelo ambiente brutal da prisão e, ao sair, antes
de adotar uma identidade falsa, não consegue
sequer uma hospedagem, quanto menos um
emprego. Embora a obra tenha sido escrita na
França do século XIX, muitas dessas críticas são
extremamente pertinentes ao sistema carcerário
brasileiro atual. Proponha que seus alunos reali-
zem uma pesquisa a respeito das condições en-
contradas pelos egressos do nosso sistema penal,
atentando para os altos índices de reincidência
dos antigos presos, por volta dos 90%. Em segui-
da, discuta com eles: em que medida a prisão é
um espaço que contribui para a sociabilização do
preso, em que medida esse sistema contribui para
o aumento da criminalidade e para o isolamento
social dessas pessoas?
5. Sugira a leitura do mangá autobiográfico Na
prisão, publicado pela editora Conrad do Brasil,
em que Kazuichi Hanawa relata o tempo em que
esteve preso, em 1994, quando foi detido por
porte ilegal de armas.
6. Sugira que seus alunos selecionem, individu-
almente, uma passagem da narrativa que lhe
tenha parecido significativa e procurem no texto
original de Victor Hugo o capítulo corresponden-
te, lendo-o e atentando para as diferenças entre
o original e a reescritura. Que passagens foram
omitidas, que outras foram mantidas por Walcyr
Carrasco?
7. Assista com a turma a duas adaptações cine-
matográficas diferentes da obra: uma de 1935,
dirigida por Richard Boleslawski, distribuída pela
Vintage Films, e outra de 1998, com direção de
Billie August, distribuída pela Sony Pictures. De
que maneira cada uma delas reconta a narrativa?
Quais as principais diferenças de tom entre elas?
Que passagens são privilegiadas e deixadas de
lado em cada uma?
8. No link <http://letras.terra.com.br/les-misera-
bles>. Acesso em: 29 jun. 2012) é possível encon-
trar letras originais e traduções de músicas do
musical Les miserables, além de ainda ouvi-las e,
ocasionalmente, ver cenas da montagem. Esti-
mule seus alunos a navegar pelo site ouvindo as
canções, procurando reconhecer a que passagem
do livro elas se referem. De que maneira a fala
dos personagens se modifica ao ser transformada
em canção?
9. Leia com a classe a transcriação feita por
Klévisson Viana, publicada pela editora Nova
Alexandria, em que Os miseráveis é transposto
Leitor crítico — 8o
e 9o
anos do Ensino Fundamental
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Antes da leitura
1. Revele à turma o título do livro. Que diferentes
acepções existem para a palavra “miserável”?
2. Leia com eles a cuidadosa e esclarecedora apre-
sentação de Marisa Lajolo. Veja se ela acrescenta
algo a sua compreensão do título.
3. Marisa Lajolo menciona a “revolução burguesa
em 1879”, também conhecida como Revolução
Francesa. Estimule os alunos a realizar uma pes-
quisa detalhada sobre o assunto.
4. Ainda na apresentação, Marisa escreve:
“Numa das passagens de maior suspense do
livro, uma das personagens defende a tese de
que jornais contam sempre a verdade: não são
provas manuscritas, que podem ser forjadas. Mas
provas impressas! ‘Tirou um pacote do bolso.
Eram dois jornais amarelados pelo tempo’ (ca-
pítulo 21, p. 201).
Talvez o leitor do século XXI não acredite (e tal-
vez nem deva acreditar!) tanto no que escrevem
os jornais.”
Discuta um pouco a respeito do tema com seus
alunos. De que maneira eles se relacionam com
o conteúdo veiculado nos jornais? Por que a
tradução e adaptação
WALCYR CARRASCO
Os miseráveis
de VICTOR HUGO
para a linguagem absolutamente brasileira da
literatura de cordel.
DICAS DE LEITURA
◗ do mesmo autor
O Corcunda de Notre-Dame. São Paulo: Leya.
O último dia de um condenado. São Paulo: Estação
Liberdade.
Os trabalhadores do mar. São Paulo: Martin Claret.
◗ de Walcyr Carrasco, tradutor e adaptador
Dom Quixote. São Paulo: Moderna.
A Dama das Camélias. São Paulo: Moderna.
A volta ao mundo em 80 dias. São Paulo: Moderna.
Vinte mil léguas submarinas. São Paulo: Moderna.
Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Moderna.
Enc Os miseráveis.indd 1 7/16/12 4:41 PM