Este documento discute como os sujeitos-escolares (professores e alunos) representam e simbolizam a biblioteca escolar em suas falas. Analisa como a ideologia influencia o que é dito sobre a biblioteca e como o bibliotecário é representado. Aponta um descompasso entre a representação positiva da biblioteca nos textos acadêmicos e a realidade encontrada nas escolas visitadas.
Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolarVanessa Biff
O documento discute as relações entre leitura, letramento e identidade. Aponta que a escola pouco contribui para a formação de leitores e legitima práticas de leitura. Defende que a biblioteca escolar pode proporcionar contextos diversos que ampliam as experiências dos alunos e promovem eventos de letramento significativos para a construção da identidade.
O documento discute o papel da biblioteca universitária no desenvolvimento do letramento acadêmico dos estudantes através da mediação da leitura. Apresenta conceitos de letramento informacional e acadêmico e destaca o bibliotecário como agente de letramento que pode auxiliar os estudantes nas etapas de busca, avaliação e uso da informação para a construção do conhecimento.
A funcionalidade da biblioteca no contexto escolar – resgatando o prazer da l...Marilia Pires
1) O documento descreve uma pesquisa sobre o funcionamento da biblioteca escolar e as práticas de leitura literária.
2) A pesquisa observou os espaços dedicados à leitura na escola, reuniões com professores, sessões de leitura e entrevistas.
3) Constatou-se que a biblioteca não era aproveitada devido à falta de motivação e uso inadequado do acervo, necessitando estar mais integrada às salas de aula.
O documento discute a formação do gosto pela leitura e como a escola pode contribuir para isso. Argumenta que o gosto não é imutável, mas sim desenvolvido através da leitura e exposição a diferentes textos. Defende que a escola deve desafiar os alunos com leituras que vão além de seus gostos estabelecidos, para que possam expandir suas perspectivas e desenvolver um senso crítico.
O documento discute a importância da interdisciplinaridade e do letramento por meio de projetos coletivos em escolas públicas. Ele apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em uma escola municipal que mostrou que os professores reconhecem a importância da interdisciplinaridade, mas nem sempre a aplicam corretamente em suas aulas. Conclui-se que projetos coletivos podem promover práticas significativas de letramento de forma interdisciplinar.
Este documento discute a construção de textos didáticos para o ensino de história utilizando diferentes fontes como escritas, visuais e sonoras. Ele fornece orientações sobre como analisar diferentes tipos de fontes e integrá-las na produção de materiais didáticos que possam desenvolver uma abordagem crítica da história. O documento também discute a evolução do ensino de história no Brasil e as mudanças metodológicas necessárias para um ensino mais ativo e significativo.
1) A leitura e escrita são dinâmicas constantes na proposta da Rede Salesiana de Escolas, que busca desenvolver essas habilidades nos estudantes.
2) A leitura deve estar ligada à realidade para ser significativa, não sendo um ato passivo, mas sim um processo complexo influenciado por diversos fatores.
3) Desenvolvimentistas como Piaget, Vygotsky e Ferreiro contribuíram para entender como as crianças aprendem a ler e escrever, mostrando que a aprendizagem é construída
Sala de leitura e alfabetização: apoio pedagógico?Fabiana Esteves
O documento discute a função do dinamizador de leitura e biblioteca nas escolas de Duque de Caxias. Ele define as responsabilidades do dinamizador em promover a leitura através de atividades planejadas, manter e organizar o acervo bibliográfico, e incentivar práticas leitoras inclusivas entre a comunidade escolar.
Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolarVanessa Biff
O documento discute as relações entre leitura, letramento e identidade. Aponta que a escola pouco contribui para a formação de leitores e legitima práticas de leitura. Defende que a biblioteca escolar pode proporcionar contextos diversos que ampliam as experiências dos alunos e promovem eventos de letramento significativos para a construção da identidade.
O documento discute o papel da biblioteca universitária no desenvolvimento do letramento acadêmico dos estudantes através da mediação da leitura. Apresenta conceitos de letramento informacional e acadêmico e destaca o bibliotecário como agente de letramento que pode auxiliar os estudantes nas etapas de busca, avaliação e uso da informação para a construção do conhecimento.
A funcionalidade da biblioteca no contexto escolar – resgatando o prazer da l...Marilia Pires
1) O documento descreve uma pesquisa sobre o funcionamento da biblioteca escolar e as práticas de leitura literária.
2) A pesquisa observou os espaços dedicados à leitura na escola, reuniões com professores, sessões de leitura e entrevistas.
3) Constatou-se que a biblioteca não era aproveitada devido à falta de motivação e uso inadequado do acervo, necessitando estar mais integrada às salas de aula.
O documento discute a formação do gosto pela leitura e como a escola pode contribuir para isso. Argumenta que o gosto não é imutável, mas sim desenvolvido através da leitura e exposição a diferentes textos. Defende que a escola deve desafiar os alunos com leituras que vão além de seus gostos estabelecidos, para que possam expandir suas perspectivas e desenvolver um senso crítico.
O documento discute a importância da interdisciplinaridade e do letramento por meio de projetos coletivos em escolas públicas. Ele apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em uma escola municipal que mostrou que os professores reconhecem a importância da interdisciplinaridade, mas nem sempre a aplicam corretamente em suas aulas. Conclui-se que projetos coletivos podem promover práticas significativas de letramento de forma interdisciplinar.
Este documento discute a construção de textos didáticos para o ensino de história utilizando diferentes fontes como escritas, visuais e sonoras. Ele fornece orientações sobre como analisar diferentes tipos de fontes e integrá-las na produção de materiais didáticos que possam desenvolver uma abordagem crítica da história. O documento também discute a evolução do ensino de história no Brasil e as mudanças metodológicas necessárias para um ensino mais ativo e significativo.
1) A leitura e escrita são dinâmicas constantes na proposta da Rede Salesiana de Escolas, que busca desenvolver essas habilidades nos estudantes.
2) A leitura deve estar ligada à realidade para ser significativa, não sendo um ato passivo, mas sim um processo complexo influenciado por diversos fatores.
3) Desenvolvimentistas como Piaget, Vygotsky e Ferreiro contribuíram para entender como as crianças aprendem a ler e escrever, mostrando que a aprendizagem é construída
Sala de leitura e alfabetização: apoio pedagógico?Fabiana Esteves
O documento discute a função do dinamizador de leitura e biblioteca nas escolas de Duque de Caxias. Ele define as responsabilidades do dinamizador em promover a leitura através de atividades planejadas, manter e organizar o acervo bibliográfico, e incentivar práticas leitoras inclusivas entre a comunidade escolar.
1) A leitura é uma habilidade essencial na sociedade moderna e é exigida em diversos campos como o trabalho e o exercício da cidadania.
2) A leitura é uma prática social que depende do contexto, como a finalidade e o gênero textual, e também é um processo individual e dialógico de interpretação.
3) Ser um leitor competente requer dominar estratégias e procedimentos de leitura que permitam a compreensão crítica dos textos em diferentes situações sociais.
1. A escrita trouxe mudanças fundamentais nas relações entre indivíduo e memória social, permitindo que o saber se tornasse objetivo e compartilhado independentemente do contexto.
2. A cultura escrita introduziu a noção de linearidade e cronologia na concepção de tempo, em contraste com a oralidade que enfatizava o ciclo eterno de retorno.
3. A hipertextualidade da cultura digital reconfigura nossas noções de espaço, tempo e autoridade, possibilitando a produção coletiva e mult
O documento descreve duas propostas de trabalho com leitura literária para turmas de 6o ano utilizando as TICs. Na primeira proposta, os alunos participaram de um fórum de discussão online sobre o livro "A famosa invasão dos ursos na Sicília". Na segunda proposta, os alunos interagiram durante a leitura autônoma utilizando uma base de dados. A análise mostrou que as ferramentas TIC potencializaram a interação entre os alunos e contribuíram para a construção coletiva de significado.
LEITURA E MEDIAÇÃO NOS RELATOS DE ESTUDANTES DE LETRAS, ANA MARIA STAHL ZILLES Raquel Salcedo Gomes
Este documento analisa relatos de estudantes de Letras sobre suas concepções de leitura e mediadores do processo de leitura. Os resultados mostram que a leitura é vista como um ato individual de decodificação ou fruição, sem uma perspectiva crítica ou social. Membros da família, principalmente mulheres, são vistos como os principais mediadores para ensinar a ler e gostar de ler.
Biblioteca Escolar e Escola Uma relação evidenteMarcos Rosendo
Este artigo resume uma pesquisa sobre o papel das bibliotecas escolares no contexto escolar brasileiro. A pesquisa encontrou que as bibliotecas estão desconectadas dos conteúdos escolares e não atendem os interesses de leitura dos alunos, permanecendo isoladas sem envolvimento com a prática educativa.
[1] O documento discute como as histórias em quadrinhos podem contribuir para a formação de leitores competentes, ao expor estudantes a diversos tipos de textos e linguagens. [2] Defende que a leitura deve ser entendida como um processo ativo de construção de significado, não mera decodificação, e que a escola deve incentivar debates e diferentes interpretações. [3] Argumenta que as comunidades interpretativas, como a escola, influenciam como leitores compreendem o mundo, e que a escola deve oferecer bons
O documento discute temas relacionados à política de leitura, bibliotecas, mediadores de leitura e acervo literário. Apresenta critérios para escolha do acervo de literatura infantil e juvenil como linguagem literária, pertinência temática e ilustrações. Fornece também indicações para constituição do acervo como catálogos, guias de leitura e especialistas na área.
O documento discute a literatura infantil, sua origem e definições. Apresenta as narrativas orais e autorais como formas de literatura infantil, destacando que as narrativas orais recuperam o saber arcaico através da figura do narrador. Também discute o livro infantil como objeto cultural que deve considerar elementos externos e internos para engajar as crianças.
O documento discute o Teatro de Leitores como uma estratégia para melhorar a fluência leitora em crianças. Ele explica que o Teatro de Leitores promove a motivação para a leitura ao dar um propósito para a releitura, concentrando a atenção das crianças nos significados do texto. Também ajuda as crianças a praticar a leitura em voz alta de forma envolvente. O documento conclui que esta estratégia contribui para que as crianças leiam de forma expressiva com compreensão.
Este documento apresenta informações sobre um livro didático de Sociologia produzido pela Secretaria de Educação do Paraná no Brasil. O livro foi escrito coletivamente por professores da rede pública de ensino e contém capítulos sobre diversos temas sociológicos estruturantes para o Ensino Médio, como o surgimento da Sociologia, teorias sociológicas, socialização, instituições sociais, cultura, trabalho, classes sociais, poder, política e ideologia, direitos e movimentos sociais. O documento destaca o car
O texto discute o que é literatura infantil, como ela ensina valores morais para crianças por meio de histórias, e os desafios de inserir esses ensinamentos em obras contemporâneas. A autora explica que literatura infantil usa o lúdico para transformar crianças e ensinar lições, mas que a separação moderna de bem e mal torna isso mais difícil. Ainda assim, todos precisam de explicações mágicas, então contos sempre serão relevantes.
1. A dissertação analisa a literatura infantil publicada na Revista do Globo entre 1930 e 1959 para identificar o leitor visado.
2. Ela contextualiza historicamente a literatura infantil no Brasil e no Rio Grande do Sul e o papel da Revista do Globo na divulgação de literatura nessa época.
3. A análise dos textos selecionados com base na Estética da Recepção revela que a Revista visava principalmente a criança e o jovem em formação, publicando textos tanto moralizantes quanto estimul
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertasEdilson A. Souza
Este capítulo discute como a literatura infantil é utilizada nos espaços da creche segundo a perspectiva de educadores. A autora realizou rodas de conversa em duas creches de Sergipe para compreender como os educadores aproximam as crianças da literatura infantil e quais são seus objetivos e práticas pedagógicas. A literatura infantil é essencial para o desenvolvimento do imaginário e da reflexão das crianças. Os educadores devem ter uma escuta sensível ao mediar a experiência literária para que ela se torne educativa e prazerosa
Este documento fornece um resumo histórico da literatura juvenil brasileira do século XX, desde 1890 até os anos 1980. Ele descreve as principais tendências e autores de cada período, incluindo a consolidação do gênero no início do século, a influência de Monteiro Lobato na década de 1920, e a tematização da pobreza e da marginalidade a partir da década de 1960. O texto também discute as mudanças nas narrativas infantis e juvenis a partir da década de 1970 em resposta às transformações sociais.
O documento discute a importância da leitura e da literatura infantil no desenvolvimento das crianças. Ele descreve um projeto realizado em uma escola fundamental que teve como objetivo promover o contato das crianças com livros e histórias por meio de atividades lúdicas e estimular os professores a incorporarem mais a leitura em suas práticas pedagógicas. O documento também reflete sobre como o brincar é fundamental na infância e pode ser utilizado para aproximar as crianças da literatura.
A leitura literária. A formação do leitor. O leitor infanto-juvenil: uma tipologia. Os textos destinados à criança. O conto maravilhoso e o conto de fadas. A poesia infanto-juvenil. Monteiro Lobato .
A escolarização da literatura infantil e juvenil completoGeruza Duarte
Este documento discute as relações entre a literatura infantil e o processo de escolarização. Apresenta duas perspectivas para analisar essa relação: 1) A apropriação da literatura infantil pela escola para atender seus objetivos educacionais. 2) A produção de literatura infantil destinada especificamente à escola e sua clientela. Debate também conceitos como literatura infantil e escolarização, analisando como a literatura infantil tem sido "inadequadamente escolarizada" na prática escolar.
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundomarcaocampos
O documento analisa o livro "Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo" de Marisa Lajolo. Resume três das principais críticas feitas ao livro: 1) A autora defende a leitura facultativa mas também impõe deveres aos professores de forma ambígua; 2) Ela não diferencia adequadamente entre diferentes tipos de discurso e conceitos, levando a contradições; 3) Muitas de suas análises literárias parecem exigir um nível de especialização incompatível com o público-alvo do livro.
Este documento discute os desafios e oportunidades das bibliotecas escolares no contexto de mudança. Ele explora como as bibliotecas escolares evoluíram de depósitos de livros para recursos que apoiam o aprendizado e desenvolvem competências. Também examina práticas pedagógicas efetivas, competências necessárias para os alunos, e a importância da colaboração entre bibliotecas, professores e famílias.
O documento discute a importância da contação de histórias na biblioteca escolar para incentivar a leitura entre crianças da educação infantil. A biblioteca escolar é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem e a contação de histórias traz benefícios como despertar a imaginação e cultivar o hábito da leitura. O bibliotecário desempenha um papel importante como mediador da leitura por meio da contação de histórias.
RELATÓRIOS DESCRITIVOS: O USO DA BIBLIOTECA ESCOLAR COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO D...LOCIMAR MASSALAI
Por defendermos que a história da educação de Rondônia precisa ser contada a partir de um olhar etnográfico sobre o fazer cotidiano de seus protagonistas é que acreditamos no poder evocativo deste texto, fruto de observação participante na escola estadual de ensino fundamental nova Brasília nos meses de fevereiro a maio de 2016 durante prática de Estágio Supervisionado de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I. Escolhemos a biblioteca escolar Vanessa Fuzari porque a percebemos como espaço privilegiado de formação de leitores aberto e democrático. Além da observação no cotidiano dinâmico da biblioteca, tivemos acesso aos relatórios descritivos das bibliotecárias dos anos de 2007 a 2015 e os analisamos inspirados na Análise do Discurso (Orlandi, 2002), que considera que a escrita especifica a natureza da memória, ou seja, define o estatuto da memória (o saber discursivo que determina a produção dos sentidos e a posição dos sujeitos), definindo assim, pelo menos em parte, os processos de individualização do sujeito. Então, é pelo processo da escrita que o sujeito se subjetiva, ocupa determinadas posições-sujeito, inclusive a de autor. Notamos que as bibliotecárias, ao relator seu cotidiano vão também nos contando de suas concepções sobre leitura, sua importância e de como percebem a biblioteca em seu funcionamento com o currículo oficial. Ouvir a voz destes sujeitos nos relatórios memorialísticos foi perscrutar a escola na sua relação com o livro e suas interdições.
1) A leitura é uma habilidade essencial na sociedade moderna e é exigida em diversos campos como o trabalho e o exercício da cidadania.
2) A leitura é uma prática social que depende do contexto, como a finalidade e o gênero textual, e também é um processo individual e dialógico de interpretação.
3) Ser um leitor competente requer dominar estratégias e procedimentos de leitura que permitam a compreensão crítica dos textos em diferentes situações sociais.
1. A escrita trouxe mudanças fundamentais nas relações entre indivíduo e memória social, permitindo que o saber se tornasse objetivo e compartilhado independentemente do contexto.
2. A cultura escrita introduziu a noção de linearidade e cronologia na concepção de tempo, em contraste com a oralidade que enfatizava o ciclo eterno de retorno.
3. A hipertextualidade da cultura digital reconfigura nossas noções de espaço, tempo e autoridade, possibilitando a produção coletiva e mult
O documento descreve duas propostas de trabalho com leitura literária para turmas de 6o ano utilizando as TICs. Na primeira proposta, os alunos participaram de um fórum de discussão online sobre o livro "A famosa invasão dos ursos na Sicília". Na segunda proposta, os alunos interagiram durante a leitura autônoma utilizando uma base de dados. A análise mostrou que as ferramentas TIC potencializaram a interação entre os alunos e contribuíram para a construção coletiva de significado.
LEITURA E MEDIAÇÃO NOS RELATOS DE ESTUDANTES DE LETRAS, ANA MARIA STAHL ZILLES Raquel Salcedo Gomes
Este documento analisa relatos de estudantes de Letras sobre suas concepções de leitura e mediadores do processo de leitura. Os resultados mostram que a leitura é vista como um ato individual de decodificação ou fruição, sem uma perspectiva crítica ou social. Membros da família, principalmente mulheres, são vistos como os principais mediadores para ensinar a ler e gostar de ler.
Biblioteca Escolar e Escola Uma relação evidenteMarcos Rosendo
Este artigo resume uma pesquisa sobre o papel das bibliotecas escolares no contexto escolar brasileiro. A pesquisa encontrou que as bibliotecas estão desconectadas dos conteúdos escolares e não atendem os interesses de leitura dos alunos, permanecendo isoladas sem envolvimento com a prática educativa.
[1] O documento discute como as histórias em quadrinhos podem contribuir para a formação de leitores competentes, ao expor estudantes a diversos tipos de textos e linguagens. [2] Defende que a leitura deve ser entendida como um processo ativo de construção de significado, não mera decodificação, e que a escola deve incentivar debates e diferentes interpretações. [3] Argumenta que as comunidades interpretativas, como a escola, influenciam como leitores compreendem o mundo, e que a escola deve oferecer bons
O documento discute temas relacionados à política de leitura, bibliotecas, mediadores de leitura e acervo literário. Apresenta critérios para escolha do acervo de literatura infantil e juvenil como linguagem literária, pertinência temática e ilustrações. Fornece também indicações para constituição do acervo como catálogos, guias de leitura e especialistas na área.
O documento discute a literatura infantil, sua origem e definições. Apresenta as narrativas orais e autorais como formas de literatura infantil, destacando que as narrativas orais recuperam o saber arcaico através da figura do narrador. Também discute o livro infantil como objeto cultural que deve considerar elementos externos e internos para engajar as crianças.
O documento discute o Teatro de Leitores como uma estratégia para melhorar a fluência leitora em crianças. Ele explica que o Teatro de Leitores promove a motivação para a leitura ao dar um propósito para a releitura, concentrando a atenção das crianças nos significados do texto. Também ajuda as crianças a praticar a leitura em voz alta de forma envolvente. O documento conclui que esta estratégia contribui para que as crianças leiam de forma expressiva com compreensão.
Este documento apresenta informações sobre um livro didático de Sociologia produzido pela Secretaria de Educação do Paraná no Brasil. O livro foi escrito coletivamente por professores da rede pública de ensino e contém capítulos sobre diversos temas sociológicos estruturantes para o Ensino Médio, como o surgimento da Sociologia, teorias sociológicas, socialização, instituições sociais, cultura, trabalho, classes sociais, poder, política e ideologia, direitos e movimentos sociais. O documento destaca o car
O texto discute o que é literatura infantil, como ela ensina valores morais para crianças por meio de histórias, e os desafios de inserir esses ensinamentos em obras contemporâneas. A autora explica que literatura infantil usa o lúdico para transformar crianças e ensinar lições, mas que a separação moderna de bem e mal torna isso mais difícil. Ainda assim, todos precisam de explicações mágicas, então contos sempre serão relevantes.
1. A dissertação analisa a literatura infantil publicada na Revista do Globo entre 1930 e 1959 para identificar o leitor visado.
2. Ela contextualiza historicamente a literatura infantil no Brasil e no Rio Grande do Sul e o papel da Revista do Globo na divulgação de literatura nessa época.
3. A análise dos textos selecionados com base na Estética da Recepção revela que a Revista visava principalmente a criança e o jovem em formação, publicando textos tanto moralizantes quanto estimul
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertasEdilson A. Souza
Este capítulo discute como a literatura infantil é utilizada nos espaços da creche segundo a perspectiva de educadores. A autora realizou rodas de conversa em duas creches de Sergipe para compreender como os educadores aproximam as crianças da literatura infantil e quais são seus objetivos e práticas pedagógicas. A literatura infantil é essencial para o desenvolvimento do imaginário e da reflexão das crianças. Os educadores devem ter uma escuta sensível ao mediar a experiência literária para que ela se torne educativa e prazerosa
Este documento fornece um resumo histórico da literatura juvenil brasileira do século XX, desde 1890 até os anos 1980. Ele descreve as principais tendências e autores de cada período, incluindo a consolidação do gênero no início do século, a influência de Monteiro Lobato na década de 1920, e a tematização da pobreza e da marginalidade a partir da década de 1960. O texto também discute as mudanças nas narrativas infantis e juvenis a partir da década de 1970 em resposta às transformações sociais.
O documento discute a importância da leitura e da literatura infantil no desenvolvimento das crianças. Ele descreve um projeto realizado em uma escola fundamental que teve como objetivo promover o contato das crianças com livros e histórias por meio de atividades lúdicas e estimular os professores a incorporarem mais a leitura em suas práticas pedagógicas. O documento também reflete sobre como o brincar é fundamental na infância e pode ser utilizado para aproximar as crianças da literatura.
A leitura literária. A formação do leitor. O leitor infanto-juvenil: uma tipologia. Os textos destinados à criança. O conto maravilhoso e o conto de fadas. A poesia infanto-juvenil. Monteiro Lobato .
A escolarização da literatura infantil e juvenil completoGeruza Duarte
Este documento discute as relações entre a literatura infantil e o processo de escolarização. Apresenta duas perspectivas para analisar essa relação: 1) A apropriação da literatura infantil pela escola para atender seus objetivos educacionais. 2) A produção de literatura infantil destinada especificamente à escola e sua clientela. Debate também conceitos como literatura infantil e escolarização, analisando como a literatura infantil tem sido "inadequadamente escolarizada" na prática escolar.
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundomarcaocampos
O documento analisa o livro "Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo" de Marisa Lajolo. Resume três das principais críticas feitas ao livro: 1) A autora defende a leitura facultativa mas também impõe deveres aos professores de forma ambígua; 2) Ela não diferencia adequadamente entre diferentes tipos de discurso e conceitos, levando a contradições; 3) Muitas de suas análises literárias parecem exigir um nível de especialização incompatível com o público-alvo do livro.
Este documento discute os desafios e oportunidades das bibliotecas escolares no contexto de mudança. Ele explora como as bibliotecas escolares evoluíram de depósitos de livros para recursos que apoiam o aprendizado e desenvolvem competências. Também examina práticas pedagógicas efetivas, competências necessárias para os alunos, e a importância da colaboração entre bibliotecas, professores e famílias.
O documento discute a importância da contação de histórias na biblioteca escolar para incentivar a leitura entre crianças da educação infantil. A biblioteca escolar é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem e a contação de histórias traz benefícios como despertar a imaginação e cultivar o hábito da leitura. O bibliotecário desempenha um papel importante como mediador da leitura por meio da contação de histórias.
RELATÓRIOS DESCRITIVOS: O USO DA BIBLIOTECA ESCOLAR COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO D...LOCIMAR MASSALAI
Por defendermos que a história da educação de Rondônia precisa ser contada a partir de um olhar etnográfico sobre o fazer cotidiano de seus protagonistas é que acreditamos no poder evocativo deste texto, fruto de observação participante na escola estadual de ensino fundamental nova Brasília nos meses de fevereiro a maio de 2016 durante prática de Estágio Supervisionado de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I. Escolhemos a biblioteca escolar Vanessa Fuzari porque a percebemos como espaço privilegiado de formação de leitores aberto e democrático. Além da observação no cotidiano dinâmico da biblioteca, tivemos acesso aos relatórios descritivos das bibliotecárias dos anos de 2007 a 2015 e os analisamos inspirados na Análise do Discurso (Orlandi, 2002), que considera que a escrita especifica a natureza da memória, ou seja, define o estatuto da memória (o saber discursivo que determina a produção dos sentidos e a posição dos sujeitos), definindo assim, pelo menos em parte, os processos de individualização do sujeito. Então, é pelo processo da escrita que o sujeito se subjetiva, ocupa determinadas posições-sujeito, inclusive a de autor. Notamos que as bibliotecárias, ao relator seu cotidiano vão também nos contando de suas concepções sobre leitura, sua importância e de como percebem a biblioteca em seu funcionamento com o currículo oficial. Ouvir a voz destes sujeitos nos relatórios memorialísticos foi perscrutar a escola na sua relação com o livro e suas interdições.
Este livro aborda os fundamentos da educação especial em quatro eixos temáticos: 1) Aspectos históricos da relação entre sociedade e deficiência; 2) A educação especial em transição da integração à inclusão; 3) A educação especial no contexto da educação inclusiva, com foco nos fundamentos legais; 4) Organização curricular e formação de professores para contextos inclusivos. O livro fornece uma visão abrangente dos conceitos e práticas históricas relacionadas à deficiência, bem como os fundament
Este documento discute como tornar a biblioteca escolar um espaço mais acolhedor e eficaz. A autora fará pesquisas aplicando questionários com professores, alunos e funcionários para analisar aspectos a serem melhorados. Seu objetivo é dinamizar o acervo, qualificar os mediadores e encontrar formas de qualificar o trabalho desenvolvido na biblioteca, tornando-o um local atrativo de informação, discussão e criação.
Obrigado pela compreensão. Concentrei minha resposta no resumo do conteúdo dos textos, evitando comentários ou juízos de valor, conforme minha função de resumir o documento de forma concisa.
O documento apresenta um projeto para revitalizar a sala de leitura de uma escola, com o objetivo de desenvolver o hábito da leitura nos alunos. O projeto inclui ações como divulgar obras literárias, realizar eventos culturais e trabalhos para conscientizar sobre a preservação do acervo.
1) O documento discute diferentes concepções de leitura no ensino fundamental, incluindo ler para aprender, ler por hábito e ler por prazer.
2) Ele descreve pesquisas realizadas em escolas que analisaram como professores abordam a leitura e o uso de salas de leitura.
3) As conclusões argumentam que embora o prazer da leitura seja importante, a escola deve também preparar os alunos para a leitura como estudo.
1. O documento discute a proposta do Eixo de Literatura e Formação do Leitor para promover a educação literária nos anos iniciais por meio da Bib-baú, um baú simbólico contendo livros e histórias.
2. A Bib-baú visa estimular a leitura literária e o diálogo por meio de rodas de leitura na sala de aula, compartilhando ideias sobre os temas e histórias dos livros.
3. A proposta é que todas as professoras leiam os livros da Bib-baú individualmente
ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO NA CIDADE DE TERESINA-PI: identificação dos campos t...JUCYARARODRIGUES
O documento discute a atuação de bibliotecários na cidade de Teresina, Piauí. Foi realizada uma pesquisa com 15 bibliotecários para identificar os campos tradicionais e em expansão onde atuam. Concluiu-se que a consultoria é uma opção em expansão, apesar de pouco praticada, pois exige atualização constante. Os bibliotecários consideram as bibliotecas tradicionais monótonas em comparação à consultoria, que oferece maior liberdade e ganhos.
O documento discute a importância da mediação na leitura para promover a inclusão e o acesso à informação. A mediação de leitura entre bibliotecários, professores e alunos contribui para a formação de cidadãos críticos por meio do acesso às TICs e produção colaborativa. Quando a escola incentiva a leitura reflexiva, bibliotecários e professores podem desenvolver atividades que estimulem práticas leitoras.
1) A tese analisa os discursos produzidos sobre a Biblioteconomia por autores norte-americanos, brasileiros e mexicanos para compreender as práticas discursivas deste campo científico e sua relação com as Ciências Sociais e Humanas.
2) Os livros selecionados abordam conceitos como biblioteca, bibliotecário, Biblioteconomia, usuário, informação e conhecimento de diferentes perspectivas.
3) A Biblioteconomia é compreendida ora como um campo voltado para questões sociais e
O documento discute a importância da pesquisa realizada por professores e estudantes na escola. Defende que a pesquisa permite aos alunos descobrir novos conhecimentos de forma autônoma e desperta seu interesse pela leitura. Também argumenta que os professores, por estarem dentro do ambiente escolar, estão bem posicionados para realizar pesquisas que melhorem a educação.
Este documento discute as transições necessárias para bibliotecas escolares desejáveis no futuro. Apresenta três pontos principais:
1) As bibliotecas escolares devem focar-se no desenvolvimento do conhecimento e compreensão humana, não apenas na informação.
2) Devem concentrar-se em conexões e ações, não apenas em coleções e posições.
3) Devem basear-se em evidências dos resultados da aprendizagem, não apenas em promover o valor percebido das bibliotecas.
Transicoes para futuros_desejaveis_das_be_1_gigilu
Este documento discute as transições necessárias para bibliotecas escolares desejáveis no futuro. Apresenta três ideias principais:
1) As bibliotecas escolares devem focar-se no desenvolvimento do conhecimento e compreensão humana, não apenas na informação.
2) Devem concentrar-se em conexões e ações, não apenas em coleções e posições.
3) Devem basear-se em evidências dos resultados da aprendizagem, não apenas em promover o valor percebido das bibliotecas.
1) O documento discute o papel e a organização da biblioteca escolar, incluindo a formação do acervo, catalogação e dinamização.
2) É destacada a importância do professor em aproximar os alunos da biblioteca e incentivar a leitura.
3) Atividades como contação de histórias, oficinas e gincanas culturais são sugeridas para dinamizar a biblioteca.
O documento discute a importância da biblioteca escolar e da leitura para os estudantes. Promove a ideia de que a biblioteca deve ser um espaço onde os alunos buscam respostas para questões da sala de aula e pessoais, e que os professores devem orientá-los a usar esse espaço para leitura livre e pesquisa. Também enfatiza a necessidade de motivar a leitura por meio de atividades planejadas e objetivos claros, ao invés de apenas incentivar.
O documento discute a evolução do ensino de história e a perspectiva da educação histórica, que vê os alunos como agentes ativos na construção de seu próprio aprendizado histórico. A educação histórica busca desenvolver a literacia histórica dos alunos, ou seja, sua capacidade de ler o mundo de forma histórica. Isso requer que professores utilizem diferentes fontes e narrativas para promover diferentes perspectivas e compreensão do caráter construído da história.
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso de um blog para estimular a leitura de contos de autores gaúchos entre estudantes do ensino médio. O objetivo era motivar os alunos a ler e comentar os contos, aproveitando as vantagens das novas tecnologias. A pesquisa analisou os benefícios da leitura para a formação dos estudantes e como o blog pode ajudar a despertar o interesse pela leitura de literatura.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
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Be significados para os alunos
1. No. 33 - 34
Os sujeitos-escolares e a biblioteca: um estudo discursivo
The subject-school ones and the library: a discursive study
Gustavo Grandini Bastos, Ludmila de Almeida y Lucília Maria Sousa
Romão
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
gugrandini@uol.com.br, ludalmeida_usp@yahoo.com, luciliamsr@uol.com.br
Resumo
Buscamos, com esse trabalho, interpretar a voz de sujeitos-escolares sobre a biblioteca
escolar, sua estrutura, funcionamento e representação. Tocando algumas questões da
Biblioteconomia (biblioteca escolar, bibliotecário, professor readaptado), buscamos
interpretar, à luz da Análise do Discurso de filiação francesa, como são tecidos
discursos sobre essa unidade informacional, como a ideologia faz parecer evidente que
se diga de um modo e não de outro a respeito dela e como as posições-sujeito de
professor e bibliotecário movimentam redes de sentidos já ditos em outros contextos
sócio-históricos.
Palavras Chave
Discurso, silêncio, sujeito, biblioteca escolar.
Abstract
We looked for, with that work, to interpret the voice of subject-school on the school
library, his/her structure, operation and representation. Playing some subjects of the
Librarianship (school library, librarian, readapted teacher), we looked for to interpret,
to the light of the Analysis of the Discourse of French filiation, as they are woven
speeches on that unit informacional, as the ideology makes to seem evident that it is
said in a way and not of other regarding her and as the position-subject of teacher and
librarian move nets of senses already said in other partner-historical contexts.
Keywords
Discourse, silence, subject, school library.
O trajeto inicial do trabalho: significando livros
“Casa sem livros, corpo sem alma”- Cícero
O verso acima, lido pelo avesso, inscreve algumas possibilidade de significar os livros:
como alma dos corpos, das casas e das escolas, como marca de preenchimentos, como
movimento de algo para além da matéria (vale aqui a polissemia do termo que implica
a matéria escolar dada pelo curriculum), como instância do com em que pese o contato
com múltiplos, diferentes e estrangeiros sentidos para o sujeito. E foi justamente
evocando alguns desses efeitos que fizemos essa pesquisa flagrando, na voz de
professores do ensino fundamental e médio de uma escola da rede pública de Ribeirão
Preto (SP), modos de representar e simbolizar a instituição biblioteca escolar e o
2. Os sujeitos-escolares e a biblioteca
bibliotecário (ou encarregado de biblioteca). Nosso trajeto está posto da seguinte
maneira: na primeira parte desse trabalho, apresentamos como a biblioteca escolar é
definida e significada em textos científicos; depois, apresentamos os conceitos de
sujeito, ideologia, silêncio, da teoria discursiva que são as nossas chaves
interpretativas; interpretamos recortes do nosso corpus de análise e, por fim,
apresentamos nossas considerações finais. O nosso dito tem, no horizonte, a certeza de
que os livros fazem falar possibilidades de deslocamento do sujeito por palavras
alheias, por sentidos outros e por movimentos sempre novos de significação.
Alguns sentidos opacos sobre biblioteca escolar
“A leitura abre espaços de interrogação, de
meditação e de exame crítico, isto é, de
liberdade; a leitura é uma correspondência
não só com o livro, mas também com o nosso
mundo interior, através do mundo que o
livro nos abre.” - Ítalo Calvino
Na literatura científica, a definição da biblioteca escolar está frequentemente ligada à
pesquisa, realização de trabalhos e apoio às atividades escolares. Tal sentido
dominante nos é dado a conhecer no recorte seguinte que postula ser a biblioteca
escolar o local em que alunos e professores (sujeitos-escolares como definiremos a
seguir) deveriam ter acesso à informação (significante a ser avaliado em sua opacidade
na próxima sessão). Na concepção da Biblioteconomia, a biblioteca escolar “possibilita
acesso à literatura e às informações para dar respostas e suscitar perguntas aos educandos,
configurando uma instituição cuja tarefa centra-se na formação não só do educando como
também de apoio informacional ao pessoal docente”. Ainda na mesma citação, o autor afirma
que “a biblioteca precisa ser entendida como um ‘espaço democrático’ onde interajam alunos,
professores e informação. Esse espaço democrático pode estar circunscrito a duas funções: a
função educativa e a formação cultural do indivíduo” (RIBEIRO, 1994, p. 61).
Dessa maneira, a biblioteca escolar é imaginariamente representada como um ambiente
que possibilita o acesso igualmente garantido a todos que buscam informações no
contexto escolar, não centrando-se apenas nos estudantes, mas em toda a comunidade
escolar envolvendo professores, alunos, pais, funcionários, etc. Para dar conta dessa
demanda de leitores, a biblioteca escolar deveria ter, em seu acervo, uma gama de
livros de tipos diversificados, “[...] livros didáticos (que ajudam na compreensão do conteúdo
curricular) e dos de entretenimento (para o lazer e o prazer), há que constituir o acervo de uma
boa biblioteca escolar livros que promoverão a formação social, intelectual, cultural e critica
(literatura, filosofia, psicologia e ciências afins).” (CALDIN, 2005, p. 165) e também “outros
materiais de objetivação do ensino. Sob essa tendência ela passou a ser concebida como um novo
material de objetivação do ensino. Sob essa tendência ela passou a ser concebida como um novo
tipo de centros de recursos educativos no qual a ênfase não è apenas colocada na leitura, mas,
igualmente, em ouvir e observar materiais que compreendem slides, transferências, files,
diagramas, reproduções de arte, fitas gravadas, etc.” (CERDEIRA, 1977, p. 36).
A partir desses discursos, temos a circulação de um imaginário em que a biblioteca
seria um espaço “democrático”, tido como aquele que facilitaria a “pesquisa escolar” e o
acesso a todo tipo de informação, composto por um acervo diversificado e rico que
disponibilizaria diversos recursos para atrair os diversos leitores da comunidade
escolar, não excluindo nenhum dos mesmos e, assim, possibilitando que a “biblioteca se
transforme no coração da escola” (OLIVEIRA, 194, 1972). Esses sentidos positivos,
contornados pela moldura de eficiência e dinamismo, fazem aliança com a definição de
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3. No. 33 - 34
um profissional que corresponda ao imaginário definido anteriormente, ou seja, para
trabalhar com um espaço discursivizado com tantas possibilidades, é preciso alguém
definido pelos mesmos sentidos de potência e eficiência. Assim, bibliotecário escolar,
nos textos científicos, é dito como alguém que “deve fornecer a informação rápida,
encontrar o material adequado - ir ao encontro do que o aluno precisa e deseja, são tarefas do
bibliotecário. Por isso ele necessita de uma boa comunicação com os estudantes, deve ser
agradável, gostar de servir e ser criativo e responsável” (TAVARES, 1973, p. 147). Os efeitos
de qualidade, supostamente atribuídos a esse profissional, fazem aliança com outros
dados pelo chamamento para um certo “papel de educador” como veremos a seguir:
“O bibliotecário no ambiente educacional precisa estar apto a
desenvolver o papel de educador quando criar políticas internas
para incentivar a pratica cultural na biblioteca entre as quais
em organizar mostras culturais, contação de histórias, sessões
de teatro e cinema, dia de autógrafo com autores, gincanas de
leitura e interpretação, criação de textos entre outros.”
(BLATTMANN; CIPRIANO, 2005, apud FERRAREZI,
2007, p. 73)
Infelizmente não encontramos, em nossa pesquisa de campo em escolas municipais e
estaduais, nenhum efeito de realidade capaz de sustentar esse imaginário e esse
discurso científico. Não se mostrou realidade nenhuma referência ao trabalho dos
bibliotecários em oferecer seus trabalhos como educador ou como alguém capaz de
guiar os usuários pela busca da informação em um trabalho com os funcionários, pais,
professores e todos os membros da comunidade escolar. Por isso, em sintonia com
Ferrarezi (2007), acusamos um descompasso entre o modo como o objeto discursivo
biblioteca escolar é tratado na literatura científica e, ao mesmo tempo, o silenciamento
tanto da biblioteca escolar quanto do trabalho do bibliotecário nos dizeres que circulam
no interior da instituição escolar.
Observamos que, na maioria dos casos, quem assume a biblioteca escolar, dificilmente
é alguém com formação adequada em Ciência da Informação ou Biblioteconomia, “[...]
é sempre um professor adoentado que perdeu a capacidade de ensinar, é o secretário da escola, ou
até mesmo um dos funcionários culturalmente menos aptos. Funciona, assim, a biblioteca como
um mero local onde se emprestam os livros de forma precária e desorganizada, incorrendo ainda
no perigo de desvio do pouco material bibliográfico existente” (SANTOS, 1973, p.148). Esse
quadro promove, não apenas a substituição da voz do bibliotecário por outra(s), mas,
sobretudo, um modo de lacunar os sentidos de “biblioteca como recurso pedagógico
eficiente” (ANDRADE, 2005, p. 13). Inferimos que as práticas de visita à biblioteca
escolar e as maneiras de ler pelo prazer de contatar livros, de vivenciar histórias, de
escutar narrativas, de ter contato com obras diferentes etc tornam-se distantes do
cotidiano dos sujeitos-escolares, os modos de significar a leitura reduzem-se à pesquisa
escolar e a respostas de questionários, o que promove a emergência da paráfrase
(ORLANDI, 1999), processo de repetição do mesmo, do igual, dos sentidos dados e
domesticados como únicos possíveis.
São muitas as causas desse processo de empobrecimento dos espaços de leitura
prazerosa nas escolas (e especificamente de prestígio das bibliotecas escolares), e não
está no horizonte desse artigo discutir tal questão; no entanto, considerando que a
exterioridade constitui os atos de linguagem, julgamos importante marcar que no
“sistema educacional do nosso país (...) os educadores, de modo geral ainda não entenderam a
aprendizagem como um processo de averiguações, nem percebem que as averiguações e pesquisas
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4. Os sujeitos-escolares e a biblioteca
exigem fontes de consulta que, na sua maior parte, devem ser buscadas nas bibliotecas”
(CARVALHO, 1981, p. 22). Sobre isso, destacamos também o modo como o discurso
pedagógico (ORLANDI, 1997) interdita a polissemia, didatizando apenas um dizer,
marcando a assimetria entre as vozes no contexto escolar, permitindo apenas que um
sentido mantenha a circularidade do previsível. Destacamos, ainda, que o lugar
imaginário do bibliotecário é preenchido por “um rol de normas disciplinarizantes e a
imagem de uma posição-sujeito em que ler não era o centro do trabalho nem a condição de estar
na linguagem, mas uma contingência da tarefa de ordenar e manter o suposto controle do lugar
e do acervo” (ROMÃO, 2007, p. 1).
A imposição do silêncio acaba por completar o quadro de causas que afugentam os
leitores das bibliotecas escolares. Entendemos que a área destinada ao estudo deve ser
silenciosa, mas a área relativa à consulta nas estantes deve contemplar a possibilidade
do diálogo, da conversa, da troca de turnos e vozes; por isso, defendemos que “toda
biblioteca tem que ter duas partes distintas. Numa ficará o acervo itinerante, destinado ao
empréstimo. Nesta sala os alunos devem ficar ã vontade. Nenhuma imposição de silencio,
nenhuma preocupação com o manuseio dos livros. O espaço tem que ser de liberdade. Na outra
sala (...) servirá como sala de estudo. Aqui sim o silêncio deve ser cultivado.” (SANCHES
NETO, 1998, p.34). Dessa maneira, temos um sujeito-leitor marcado pela possibilidade
de inscrever seu(s) dizer(es) no interior da biblioteca, em interação com as várias vozes
dos livros, andando livremente pelas estante e tocando o acervo, encontrando-se com
“diversos arquivos discursivos” (ROMÃO, 2007, p.2).
Com a discussão promovida até aqui, gostaríamos de significar, não apenas nosso
desconforto no contato com as escolas que visitamos marcadas, pela ausência dos
lugares de leitura, pelo silenciamento dos gestos prazerosos de significar a biblioteca
escolar e pelo apagamento da figura do bibliotecário, mas, sobretudo, discursivizar um
modo de compreender esse “elefante-branco” (ABRAMO, 1986, p.119) que, dentro das
escolas, precisa ser retirado do estado de paralisia em que se encontra, quase morto.
Dizer e silenciar: o movimento basculante da ideologia e da memória
“O livro é um mestre que fala, mas que não
responde.”- Platão
O conceito de discurso é tomado da obra de Pêcheux (1969, 1999) e entendido como
efeito de sentidos entre interlocutores, ou seja, não se tem como proposta compreender
os conteúdos dos textos ou documentos, mas o modo como eles colocam em discurso
alguns sentidos, silenciando outros. Assim, no discurso, tensionam-se o diferente e o
mesmo, o já-dito e a sua atualização, a memória e as fissuras instaladas em sua
espessura. Estamos, assim, em um lugar teórico que compreende a linguagem
permanentemente atravessada por diversos outros discursos que já circularam em
outros momentos, contextos sócio-históricos, isso nos permite inferir que o
interdiscurso é condição do dizível e, para que as palavras tenham sentido, é preciso
recuperar alguns fios já-ditos antes em outro lugar. Isso tem relação com o nosso objeto
de estudo, visto que o que se diz hoje do bibliotecário, dos recursos informacionais da
instituição, da biblioteca escolar como acervo e/ou depósito de livros, dos professores
readaptados, do bibliotecário ausente recupera e reordena redes de filiações históricas
de sentidos naturalizadas como evidentes e verdadeiras pela ideologia.
E se estamos considerando os discursos, constituídos historicamente sobre a biblioteca
escolar, faz-se necessário destacar que o mecanismo de interpelação ideológica faz
parecer óbvio que exista apenas um modo de o sujeito dizer sobre os objetos, apagando
outras possibilidades de formulação, fixando um sentido como claro e pertinente. A
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5. No. 33 - 34
ideologia interpela o sujeito em sujeito de seu discurso, naturalizando para ele, na
posição que ocupa, um modo de dizer como se houvesse uma relação termo e termo
entre a realidade e a linguagem. Sobre a ideologia, podemos considerar também que
ela “se produz justamente no ponto de encontro da materialidade da língua com a materialidade
da história” (ORLANDI, 1997, p. 20). Ou seja, entendemos nos dizeres a injunção
ideológica, isto é, a ideologia que “torna possível tanto a naturalização de alguns sentidos,
pela força da repetição, quanto os seus deslocamentos, rupturas, através do jogo tenso das
relações ideológicas de poder entre os sujeitos e, também, da história” (FERRAREZI, 2007,
p.18).
Nos dados que se seguem, iremos observar o modo como os sujeitos sinalizam, em
suas posições, a evidência de um sentido dado como indiscutível e claro pela ideologia;
também vamos recuperar alguns fios discursivos em que a memória desdobra-se em
retornos e deslocamentos, interpretando como repetições e regularidades em
enunciados produzidos hoje renegociam sentidos já-postos em funcionamento em
outros contextos (ORLANDI, 1996).
Análise discursiva das entrevistas coletadas
“Ter um livro pra ler e não o fazer” –
Fernando Pessoa
Nosso corpus de análise é constituído por recortes de entrevistas coletadas em uma
escola estadual de Ribeirão Preto, na qual conversamos e ouvimos professores de
diversas disciplinas das séries do Ensino Fundamental e Médio. Propusemos algumas
questões, gravamos as respostas, selecionamos os recortes que se seguem para análise.
A questão lançada foi Qual a sua visão sobre a biblioteca escolar e do bibliotecário dentro de
uma instituição de ensino? Deixamos que os sujeitos falassem livremente sem exigências
de tempo ou de formalização, isto é, seguimos um questionário semi-estruturado, pois
queríamos escutar de que modo eram inscritos sentidos de biblioteca escolar
observando a singularidade do sujeito.
“É de vital importância, ter esse espaço na escola, para
pesquisa, estudo e troca de informação entre os alunos, desde
que monitorado.”
“É extremamente importante a existência de uma biblioteca
que contenha um acervo variado para estimular a leitura de
alunos e professores, segundo seu interesse. Para isso, há
necessidade de um bibliotecário que conheça o acervo e
saiba orientar os usuários”.
“(...) a existência da biblioteca na escola, acompanhada pelo
bibliotecário que venha orientar e esclarecer os alunos na
escolha da leitura, só vem contribuir neste processo de
aprendizado”.
“O bibliotecário é muito importante, pois ele dinamizará a
saída e entrada de livros, a organização do espaço físico,
e indicação e dicas para leitura etc”.
5
6. Os sujeitos-escolares e a biblioteca
“O bibliotecário tem que guardar os livros porque senão vira
bagunça. Tem que organizar os alunos na hora de retirar os
livros e também fazer todos ficarem quietos.”
Observamos que o discurso sobre o prestígio da biblioteca escolar está materializado
na ordem da língua, ou seja, apresenta-se como uma regularidade que se desdobra em
várias entrevistas, nesses e em outros recortes. Isso nos permite inferir que existe um
sentido dominante sobre o valor da biblioteca escolar, valor este que não está ligado ao
prazer de ler, à descoberta do novo nos livros, ao gosto de ter contato com textos
ficcionais, científicos etc. O valor, nesse caso, está relacionado a atividades de “pesquisa,
estudo e troca de informação entre os alunos”, “leitura de alunos e professores, segundo seu
interesse”, “processo de aprendizado”, “dicas para leitura”, o que nos parece pouco
significar um efeito de imprecisão em que a leitura não tem uma direção assinalada,
mas aparece difusa e pontuada por generalizações.
No entanto, há um traço bem marcado: a necessidade da presença do bibliotecário. À
primeira vista, para nós, o discurso sobre essa presença poderia antecipar sentidos de
cooperação e instalar efeitos de dinamismo na biblioteca com atividades dirigidas,
ações culturais ligadas ao mundo dos livros e da leitura, observamos, com pesar, que
não foi desse modo que os sujeitos-escolares construíram seus sentidos. O
bibliotecário, nesses recortes, é coloca na posição imaginária de vigia, de guarda e de
centro controlador do acervo, a quem estaria destinada a tarefa de, apenas, monitorar
(“monitorado”) o espaço. Destacamos aqui a inscrição histórica dos sentidos de patrulha
em que as máquinas de controlar estão dispostas dentro das escolas e dos espaços
públicos, fiscalizando ações, modos de conduta e comportamentos. O bibliotecário é
falado desse modo como mero fiscal do acervo, o que permite inferir que os discursos
que circulam dentro da escola significam, de modo equivocado, a relação dos sujeitos
com a biblioteca, com a leitura e com o bibliotecário. “Ele dinamizará a saída e entrada de
livros, a organização do espaço físico, e indicação e dicas para leitura”, “há necessidade de um
bibliotecário que conheça o acervo e saiba orientar os usuários” e “bibliotecário que venha
orientar e esclarecer os alunos na escolha da leitura” são formulações que confirmam o
sentido dominante de que as tarefas do bibliotecário são arrumar o acervo, coordenar
entrega e recebimento de livros, indicar leituras e monitorar o fluxo de pessoas, vozes e
sentidos na biblioteca escolar. Tal efeito ideológico de evidência está pontuado no
recorte que se segue: “O bibliotecário tem que guardar os livros porque senão vira bagunça.
Tem que organizar os alunos na hora de retirar os livros e também fazer todos ficarem quietos”,
em que pontuamos a marca ter que como sentido de obrigação e imposição de um
único modo de ser, estar, mover-se, ler e conviver na biblioteca.
Considerando esse efeito tecnicista atribuído ao trabalho do bibliotecário, passamos a
uma outra pergunta, qual seja, “Como você observa a atual relação professor-bibliotecário?”.
Em um outro encontro com professores, pedimos que eles nos falassem sobre o modo
como trabalhavam com o bibliotecário na sua escola; chamou nossa atenção a
naturalidade com que lhes pareceu possível dizer apenas de um modo,
discursivizando o apagamento de um vínculo forte entre a sala de aula e a biblioteca
escolar e, muitas vezes, fazendo falar o efeito de ausência do bibliotecário na tarefa de
estimular o prazer da leitura. Seguem-se alguns recortes do que escutamos:
“Inexistente. Normalmente, o professor precisa utilizar o
auto-atendimento, devido ao despreparo do pessoal que
trabalha na área.”
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7. No. 33 - 34
“Para mim, a interação é difícil (talvez porque sempre quem
eu encontro não seja o profissional da área ou porque, em casos
específicos nem haja quem faça esse papel), é uma relação
distante, parece não haver muita disponibilidade para ajudar e
orientar.”
“Na medida do possível, a relação entre esses dois
profissionais se apresenta de uma forma fria e distante.
Por um lado, o professor, distanciado da vida cultural, não
está atualizado com os lançamentos de livros, ou que
está retomando sua vida de leitura, precisa de indicações e
dicas de livros. Por outro lado, o “bibliotecário” sendo um
profissional não habilitado, tem suas limitações no
atendimento ao professor. Como o Estado não investe na
educação nem na valorização do profissional e nem em
materiais didático-pedagógico e infra-estrutura da unidade
escolar, a melhoria nessa área poderá se alongar por
tempo indeterminado.”
“Não tem bibliotecário na biblioteca, em geral, há um
professor readaptado trabalhando na organização da
biblioteca.”
“Não há relação de cooperação, pois o professor que fica
na biblioteca foi afastado das aulas por problemas de
saúde e lá ele trabalha em silêncio.”
“A integração é muito difícil.”
As marcas destacadas em negrito apontam um funcionamento em que está
naturalizado, pelo efeito ideológico de evidência, a ausência de um profissional
especializado em trabalhar na biblioteca. Conforme Silva (2003: p.16), “vale lembrar
ainda os casos de professores que, por doença, velhice ou fastio pedagógico, são encostados nas
bibliotecas das escolas, visto que este é, no espaço escolar, o melhor lugar para o repouso
profissional, até que chegue a aposentadoria ou outra oportunidade de trabalho”. Temos, então,
a biblioteca funcionando como o lugar em que há “professor readaptado trabalhando na
organização da biblioteca” ou um “professor que fica na biblioteca” porque “foi afastado das
aulas por problemas de saúde e lá ele trabalha em silêncio”. O dizer sobre o distanciamento
entre o professor e o bibliotecário funciona discursivamente pela ausência do último,
posição esta apagada como de um sujeito estudioso e pesquisador e preenchida por
qualquer funcionário da escola que possa apenas ordenar as coisas em seus devidos
lugares.
De acordo com Silva & Bortolin (2003) “esse descaso é primeiro promovido, num primeiro
momento, pelo Estado. Posteriormente, a escola reproduz em seu âmbito a estrutura estatal, de
desprestígio à leitura e à biblioteca”. “encontrarmos professores se queixando da forma como eles
e seus alunos são atendidos na biblioteca da escola” (BORTOLIN, 2006, p. 13). Como
colocado por Carvalho (1983), os sujeitos, na posição de professores, “pouco utilizam a
biblioteca e não se envolvem para transmitir seus conhecimentos e melhorar a pesquisa como
instrumento para a produção do sabe”. Para nós, isso é um dado importante posto que diz
respeito às condições de produção do discurso (ORLANDI, 2003), isto é, os dados do
7
8. Os sujeitos-escolares e a biblioteca
contexto sócio-histórico que irão definir as posições discursivas, marcadas por
representações ideologicamente dadas como verdadeiras e confiáveis, a saber, a de que
o sujeito-bibliotecário não tem voz nem lugar no âmbito da escola, a de que qualquer
sujeito-escolar professor (ou funcionário) pode entregar e receber livros (ROMÃO,
2007), a de que professor não freqüenta biblioteca, a de que não é vital um trabalho de
integração entre a sala de aula e a biblioteca escolar. Enfim, se de um lado temos a
máxima de que “ler é importante, ler é necessário, ler é bom” (ALMEIDA JUNIOR, 2006, p.
51), de outro, temos o apagamento de dizeres marcados pelo efeito de prazer da
leitura, de biblioteca escolar como centro produtor e irradiador de cultura e de
integração cooperativa entre as atividades da biblioteca e o calendário escolar.
“(...) as bibliotecas, ao invés de serem, por exemplo espaços
convidativos, atraentes e interessantes, afugentariam o público
infantil com sua sisudez, sua seriedade, seus códigos
ultrapassados, geradores de imagens negativas da leitura (...)
Como se vê, a Biblioteca, como a Escola, estaria propondo
relações, experiências que são empecilho sério ao
desenvolvimento dos ‘hábitos de leitura’. (...) Ancoradas ‘no
desconforto, no medo e no tolhimento’, estariam
comprometendo seriamente o interesse do leitor ao
comprometerem a imagem da própria leitura, associando-a a
estímulos negativos.” (PERROTTI, 1990: p.72)
Os dados que analisamos apontam, tanto na voz do professor quanto na do aluno, a
falta e a ausência de sentidos de prazer no contato com os livros e com o espaço da
biblioteca.
Considerações finais
“A beleza não está na partida nem na
chegada, mas na travessia.” – Guimarães
Rosa.
Ao final do trabalho de escuta e análise de depoimentos de sujeitos-escolares, ficamos
com a sensação de estarmos com as mãos vazias, posto que foram recorrentes os efeitos
de ausência e silenciamento da leitura, biblioteca, bibliotecário na maioria dos nossos
dados. Ao mesmo tempo em que o desconforto do vazio nos toma, outro efeito nos
move, qual seja, o desejo de colocar o dedo em uma ferida histórica posto que as
bibliotecas em geral e as escolares em particular, têm sido nomeadas como depósito de
livros, objetos, pessoas. Colocar em discurso a nudez desse apagamento é um primeiro
passo para que os sentidos legitimados sejam deslocados, rompidos e questionados, e
para que outros possam circular.
8
9. No. 33 - 34
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10. Os sujeitos-escolares e a biblioteca
SANCHES NETO, Miguel. (1998). Desordenar uma biblioteca: comércio & industria da
leitura na escola. Revista Literária Blau, Porto Alegre, v. 4, n. 20, p. 20-24, mar. 1998.
SANTOS, Inácia Rodrigues dos. (1973). A biblioteca escolar e a atual pedagogia
brasileira. Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 1, n. 2, p.147, jul./dez. 1973.
SAVELI. Esmeria de Lourdes. (2003). Leitura na escola: crenças e práticas de
professores. Leitura: teoria e prática, Campinas, v.21, n.40, p. 52-59, mar. 2003.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. (1986). Leitura na escola e na biblioteca. Campinas:
Papirus, 1986.
SILVA, M. A. (2006). Biblioteca escolar: uma reflexão sobre a literatura. III Seminário
de Biblioteca Escolar, promovido pela Escola de Biblioteconomia da Universidade
Federal de Minas Gerais e Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais. Belo
Horizonte. Disponível em http://www.eci.ufmg.br/gebe/ (acessado em agosto de
2006).
SILVA, Rovilson José da.; BORTOLIN. Sueli. (2006). Reflexões sobre a leitura e a
biblioteca escolar. In: SILVA, Rovilson José da; BORTOLIN. (Org.). Fazeres cotidianos
na biblioteca escolar. São Paulo: Polis, 2006. p.11-19.
TAVARES, Denise Fernandes. (1973). A biblioteca escolar. São Paulo: LISA, 1973.
Dados dos autores
Gustavo Grandini Bastos
Discente do Curso de Ciências da Informação e da Documentação da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
gugrandini@uol.com.br
Ludmila de Almeida
Discente do Curso de Ciências da Informação e da Documentação da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Bolsista de
Iniciação Científica, Bolsa Santander.
ludalmeida_usp@yahoo.com
Lucília Maria Sousa Romão
Profa. Dra. do Curso de Ciências da Informação e da Documentação da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, do Curso de
Pós-Graduação em Psicologia da mesma unidade e do Mestrado em Ciência,
Tecnologia e Sociedade da UFSCar.
luciliamsr@uol.com.br
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