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Sala de Leitura E. E. Prof. Messias Freire
O Bicho
(Manoel Bandeira)
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manoel Bandeira
Projeto Vidas Secas
Professora de Língua Portuguesa: Martinha
Professora de Educação Artística: Lucimara
Professora de História: Rosana

Apoio: Sala de Leitura
Professoras Judite, Conceição e Cirlei
Público Alvo: 8ª/9º ano

Cronograma de execução
Datas Previstas
17/09/2013
17/092013

24/09/2013
25/11/2013

Atividades Proposta
Primeira fase- Sensibilização
Segunda fase – Divulgação do projeto
Terceira fase e quarta fase – Ciranda da e
leitura e Analise da tela e fotografias
Quinta fase – Culminância
1.

Justificativa

A elaboração deste projeto visa à análise e questionamento como algo
importantíssimo no processo de leitura, oferecendo aos alunos oportunidades a fim de
que se transformem em leitores assíduos, uma vez que o papel da escola é despertar o
prazer pela leitura e formar o senso crítico sobre o tema em estudo e sanar alguns
déficits de leitura. Além de colocar o aluno frente à realidade descrita no livro “Vidas
Secas” que retrata fielmente a realidade brasileira não só da época em que o livro foi
escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça social, miséria, fome,
desigualdade, seca,
2. Fundamentação Teórica
Os abalos sofridos pelo povo brasileiro em torno dos acontecimentos de
1930, a crise econômica provocada pela quebra da bolsa de valores de Nova
Iorque, a crise cafeeira, a Revolução de 1930, o acelerado declínio do
nordeste condicionou um novo estilo ficcional, notadamente mais adulto,
mais amadurecido, mais moderno que se marcaria pela rudeza, por uma
linguagem mais brasileira, por um enfoque direto dos fatos, por uma
retomada do naturalismo, principalmente no plano da narrativa documental,
temos também o romance nordestino, liberdade temática e rigor estilístico.
Os romancistas de 30 caracterizavam-se por adotarem visão crítica
das relações sociais, regionalismo ressaltando o homem hostilizado pelo
ambiente, pela terra, cidade, o homem devorado pelos problemas que o meio
lhe impõe.
Dentro desse contexto será trabalhado o Romance “Vidas Secas” de
Graciliano Ramos
Simultaneamente será privilegiada a aprendizagem mais importante que
é aquela que vai além da simples aquisição de informações. Dessa forma,
surge este trabalho para desenvolver o hábito prazeroso da leitura e
consequentemente elevar os resultados das avaliações.
Segundo Maria Antonieta Antunes Cunha, para cada um, a leitura representa "a
possibilidade de ver os dados do mundo com mais verdade, mais argúcia, com mais
nuanças. Por tudo isto, com mais encantamento."
Acrescenta, ainda, que o entusiasmo, o encantamento da criança, ao se descobrir
"leitora", vem do fato de se perceber capaz de penetrar num mundo novo, cheio de
mistérios a desvendar.
Para Cunha, o lugar da leitura, na escola, não pode ser o lugar da irrelevância,
nem do desprazer. A emoção e o prazer da descoberta não podem ser diminuídos, ou
até acabar, se a escola trabalha inadequadamente a experiência do ler. A leitura não
pode conviver com o medo, a cobrança descabida, a punição; não cabem também
nem o descaso, nem a repetição mecânica.
Partindo da concepção de leitura abordada por Ângela Kleiman, é possível
refletir sobre o verdadeiro significado do trabalho com leituras no espaço escolar, bem
como evidenciar a função da escola frente ao contexto social da atualidade,
vislumbrado por diversas formas de ler e interpretar uma complexidade de situações
comunicativas. Assim, ao adotar uma prática pedagógica pautada no diálogo e
interação Escola/Sociedade, é preciso que os profissionais de educação percebam
essa dialética como sendo uma necessidade vital e que, somente através da dinâmica
da leitura, discussão e análise das ideias embutidas nessas leituras é que a escola,
enquanto espaço de construção, pode contribuir para que os alunos sejam capazes de
inferir opiniões e ideias acerca do ambiente em que vive.
A escola, principalmente nas séries iniciais, deve atentar para um trabalho
que objetive o gosto pela leitura, permitir que o aluno viva as obras literárias
livremente, percebendo-as da maneira que melhor lhe aprouver. “Entre os meios
de comunicação mais valiosos, um dos mais capazes de preparar as novas
gerações para viverem nessa sociedade em mutação é o livro” (Odette de Barros
Mott)
Para isso, é necessário que sejam oferecidos aos leitores em formação livros
próximos de sua realidade e que levantem questões significativas. A familiaridade
do leitor com o texto gera predisposição para a leitura, pois o interesse pela
leitura é, portanto, uma atitude favorável em relação ao texto, oriunda de uma
necessidade, que pode ser informativa ou recreativa.
[...] se ensina ao aluno a perceber esse objeto que é o texto em toda a sua
beleza e complexidade, isto é, como ele está estruturado, como ele produz
sentidos, quantos significados podem ser aí sucessivamente revelados, ou seja,
somente quando são mostrados ao aluno modos de se envolver com esse objeto,
mobilizando os seus saberes, memórias, sentimentos para assim compreendê-los
[...]. O papel da escola é o de fornecer um conjunto de instrumentos e estratégias
para o aluno realizar esse trabalho de forma progressiva e autônoma.
(KLEIMAN,2002,p.28).
3. Objetivos
Explorar os temas transversais na perspectiva interdisciplinar envolvendo
competências curriculares diversos da escola, partindo do assunto em estudo,
realizar um estudo a cerca da de Graciliano Ramos, promover a leitura e redigir
uma reflexão sobre todo o trabalho de leitura, análise e comparação da temática e
da interação com outras linguagens artísticas: filme, tela e música .
4. Objetivos Específicos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

Prover acesso ao livro;
Promover a formação de alunos leitores;
Promover à escrita;
Reconhecer a leitura como uma atividade prazerosa;
Conhecer obras da literatura brasileira;
Motivar a pesquisa;
Despertar a criatividade do aluno em relação às causas e consequências do
movimento dos retirantes;
Refletir sobre o meio ambiente devastado e suas consequências para o homem;
Contextualizar a história do livro a fatos da vida real, nosso cotidiano;
Identificar aspectos característicos da geração de 1930, focalizando a vida das
personagens na indústria da seca.
Estabelecer relação entre a temática do livro Vidas Secas e outras manifestações
artísticas como a pintura, a fotografia, a música, a gravura, o cinema, o teatro, etc.
Relacionar o romance com o contexto brasileiro atual.
5. Língua Portuguesa
• Leitura em grupo (rodas de leitura);
• Leitura dramatizada dos capítulos;
• Produção de cartas para os autores ou para um amigo incentivando a leitura;
• Produção de murais para divulgação do livro lido pelos alunos (Propaganda da leitura);
• Promover a propaganda da Leitura (atividade oral para o aluno expor sobre a obra que
leu e recomendar sua leitura aos colegas);
• Leitura compartilhada (feita pela professora e pelo aluno);
• Monitoramento da leitura em casa;
• Entrevista filmada ou escrita com retirantes moradores nas redondezas da escola.
6. Educação Artística
• Analise do quadro “Os Retirantes”de Cândido Portinari;
• Descrever e analisar as relações entre texto e imagem;
• Leitura de fotos de família e ou pessoais trazidas pelos alunos, quadros, imagens
(descrição detalhada), considerando características físicas e psicológicas,
sentimentos, simbologia das cores, contexto social com o uso de palavras.
Construção de quadros, sugerindo uma releitura da obra de “Vidas Secas”.
7. História
•

A “história brasileira do século XX, para delinear o contexto no
qual a obra se produziu”, buscando explicar os motivos da
migração nordestina á época da escritura do livros e em tempos
mais atuais. O “comportamento da família sertaneja nordestina, as
raízes de sua angústia e suas expectativas de futuro”.
8. Recursos
Os recursos utilizados contemplarão diferentes suportes como: Livro “Vidas
Secas” textos digitados de diversos tipos e gêneros, revistas, charges, cartum,
audiovisuais. Cartolinas, data-show, fotografias, lousa, piloto, laboratório de
informática, câmera fotográfica digital, programas e aplicativo: apresentação de
vídeo youtube.

9. Avaliação
Entendendo a avaliação como sendo parte integrante do projeto, esta
acontecerá a todo o momento, desde o planejamento das atividades, execução
das ações e retroalimentação do mesmo, observando a participação, o interesse
e a mudança de hábitos ocorridos mediante a realização das atividades
planejadas. Em rodas de autoavaliação e avaliação do projeto em si, os alunos e
professores replanejarão as atividades de acordo com o consenso de opiniões
sempre buscando afinar com o gosto dos envolvidos e os objetivos do projeto.
10. Considerações finais
As contribuições para o desenvolvimento do conhecimento nas ações
planejadas é a promoção de espaços de leituras que permitam mudanças de
hábitos dentro da escola com relação ao gosto pela leitura, à dinamização da
biblioteca. As expectativas de continuidade da aprendizagem após a finalização
do projeto é de que este projeto não seja apenas pontual, mas que a equipe
envolvida (professores, alunos e pais) possa atualizá-lo a cada ano letivo, além
de ser semente que pode gerar novos projetos como o de autor de gêneros
textuais.
Para o sucesso do trabalho com leitura, é fundamental reconhecer porque
razão se vai ler. Estas podem ser muito diferentes, em cada caso e em cada
situação: Leitura para se informar, para se distrair, para refletir, para entender
melhor acontecimentos muito especiais da vida. É preciso estar atento para
perceber que cada razão pede uma forma de tratamento diferente.
Ao fazer isto adequadamente, o professor contribuirá para o aluno
descobrir (ou redescobrir) a leitura e levá-la para sua vida, como forma
essencial de estar no mundo.

Obs.:

Projeto elaborado através de pesquisas em páginas de internet .
“Admirava

as palavras compridas e difíceis da gente da cidade,
tentava reproduzir, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez
perigosas.”

(Graciliano Ramos)
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"

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Projeto de Leitura - " Vidas Secas"

  • 1. Sala de Leitura E. E. Prof. Messias Freire
  • 2. O Bicho (Manoel Bandeira) Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Manoel Bandeira
  • 3. Projeto Vidas Secas Professora de Língua Portuguesa: Martinha Professora de Educação Artística: Lucimara Professora de História: Rosana Apoio: Sala de Leitura Professoras Judite, Conceição e Cirlei Público Alvo: 8ª/9º ano Cronograma de execução Datas Previstas 17/09/2013 17/092013 24/09/2013 25/11/2013 Atividades Proposta Primeira fase- Sensibilização Segunda fase – Divulgação do projeto Terceira fase e quarta fase – Ciranda da e leitura e Analise da tela e fotografias Quinta fase – Culminância
  • 4. 1. Justificativa A elaboração deste projeto visa à análise e questionamento como algo importantíssimo no processo de leitura, oferecendo aos alunos oportunidades a fim de que se transformem em leitores assíduos, uma vez que o papel da escola é despertar o prazer pela leitura e formar o senso crítico sobre o tema em estudo e sanar alguns déficits de leitura. Além de colocar o aluno frente à realidade descrita no livro “Vidas Secas” que retrata fielmente a realidade brasileira não só da época em que o livro foi escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça social, miséria, fome, desigualdade, seca,
  • 5. 2. Fundamentação Teórica Os abalos sofridos pelo povo brasileiro em torno dos acontecimentos de 1930, a crise econômica provocada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, a crise cafeeira, a Revolução de 1930, o acelerado declínio do nordeste condicionou um novo estilo ficcional, notadamente mais adulto, mais amadurecido, mais moderno que se marcaria pela rudeza, por uma linguagem mais brasileira, por um enfoque direto dos fatos, por uma retomada do naturalismo, principalmente no plano da narrativa documental, temos também o romance nordestino, liberdade temática e rigor estilístico. Os romancistas de 30 caracterizavam-se por adotarem visão crítica das relações sociais, regionalismo ressaltando o homem hostilizado pelo ambiente, pela terra, cidade, o homem devorado pelos problemas que o meio lhe impõe. Dentro desse contexto será trabalhado o Romance “Vidas Secas” de Graciliano Ramos Simultaneamente será privilegiada a aprendizagem mais importante que é aquela que vai além da simples aquisição de informações. Dessa forma, surge este trabalho para desenvolver o hábito prazeroso da leitura e consequentemente elevar os resultados das avaliações.
  • 6. Segundo Maria Antonieta Antunes Cunha, para cada um, a leitura representa "a possibilidade de ver os dados do mundo com mais verdade, mais argúcia, com mais nuanças. Por tudo isto, com mais encantamento." Acrescenta, ainda, que o entusiasmo, o encantamento da criança, ao se descobrir "leitora", vem do fato de se perceber capaz de penetrar num mundo novo, cheio de mistérios a desvendar. Para Cunha, o lugar da leitura, na escola, não pode ser o lugar da irrelevância, nem do desprazer. A emoção e o prazer da descoberta não podem ser diminuídos, ou até acabar, se a escola trabalha inadequadamente a experiência do ler. A leitura não pode conviver com o medo, a cobrança descabida, a punição; não cabem também nem o descaso, nem a repetição mecânica. Partindo da concepção de leitura abordada por Ângela Kleiman, é possível refletir sobre o verdadeiro significado do trabalho com leituras no espaço escolar, bem como evidenciar a função da escola frente ao contexto social da atualidade, vislumbrado por diversas formas de ler e interpretar uma complexidade de situações comunicativas. Assim, ao adotar uma prática pedagógica pautada no diálogo e interação Escola/Sociedade, é preciso que os profissionais de educação percebam essa dialética como sendo uma necessidade vital e que, somente através da dinâmica da leitura, discussão e análise das ideias embutidas nessas leituras é que a escola, enquanto espaço de construção, pode contribuir para que os alunos sejam capazes de inferir opiniões e ideias acerca do ambiente em que vive.
  • 7. A escola, principalmente nas séries iniciais, deve atentar para um trabalho que objetive o gosto pela leitura, permitir que o aluno viva as obras literárias livremente, percebendo-as da maneira que melhor lhe aprouver. “Entre os meios de comunicação mais valiosos, um dos mais capazes de preparar as novas gerações para viverem nessa sociedade em mutação é o livro” (Odette de Barros Mott) Para isso, é necessário que sejam oferecidos aos leitores em formação livros próximos de sua realidade e que levantem questões significativas. A familiaridade do leitor com o texto gera predisposição para a leitura, pois o interesse pela leitura é, portanto, uma atitude favorável em relação ao texto, oriunda de uma necessidade, que pode ser informativa ou recreativa. [...] se ensina ao aluno a perceber esse objeto que é o texto em toda a sua beleza e complexidade, isto é, como ele está estruturado, como ele produz sentidos, quantos significados podem ser aí sucessivamente revelados, ou seja, somente quando são mostrados ao aluno modos de se envolver com esse objeto, mobilizando os seus saberes, memórias, sentimentos para assim compreendê-los [...]. O papel da escola é o de fornecer um conjunto de instrumentos e estratégias para o aluno realizar esse trabalho de forma progressiva e autônoma. (KLEIMAN,2002,p.28).
  • 8. 3. Objetivos Explorar os temas transversais na perspectiva interdisciplinar envolvendo competências curriculares diversos da escola, partindo do assunto em estudo, realizar um estudo a cerca da de Graciliano Ramos, promover a leitura e redigir uma reflexão sobre todo o trabalho de leitura, análise e comparação da temática e da interação com outras linguagens artísticas: filme, tela e música .
  • 9. 4. Objetivos Específicos • • • • • • • • • • • • Prover acesso ao livro; Promover a formação de alunos leitores; Promover à escrita; Reconhecer a leitura como uma atividade prazerosa; Conhecer obras da literatura brasileira; Motivar a pesquisa; Despertar a criatividade do aluno em relação às causas e consequências do movimento dos retirantes; Refletir sobre o meio ambiente devastado e suas consequências para o homem; Contextualizar a história do livro a fatos da vida real, nosso cotidiano; Identificar aspectos característicos da geração de 1930, focalizando a vida das personagens na indústria da seca. Estabelecer relação entre a temática do livro Vidas Secas e outras manifestações artísticas como a pintura, a fotografia, a música, a gravura, o cinema, o teatro, etc. Relacionar o romance com o contexto brasileiro atual.
  • 10. 5. Língua Portuguesa • Leitura em grupo (rodas de leitura); • Leitura dramatizada dos capítulos; • Produção de cartas para os autores ou para um amigo incentivando a leitura; • Produção de murais para divulgação do livro lido pelos alunos (Propaganda da leitura); • Promover a propaganda da Leitura (atividade oral para o aluno expor sobre a obra que leu e recomendar sua leitura aos colegas); • Leitura compartilhada (feita pela professora e pelo aluno); • Monitoramento da leitura em casa; • Entrevista filmada ou escrita com retirantes moradores nas redondezas da escola.
  • 11. 6. Educação Artística • Analise do quadro “Os Retirantes”de Cândido Portinari; • Descrever e analisar as relações entre texto e imagem; • Leitura de fotos de família e ou pessoais trazidas pelos alunos, quadros, imagens (descrição detalhada), considerando características físicas e psicológicas, sentimentos, simbologia das cores, contexto social com o uso de palavras. Construção de quadros, sugerindo uma releitura da obra de “Vidas Secas”.
  • 12. 7. História • A “história brasileira do século XX, para delinear o contexto no qual a obra se produziu”, buscando explicar os motivos da migração nordestina á época da escritura do livros e em tempos mais atuais. O “comportamento da família sertaneja nordestina, as raízes de sua angústia e suas expectativas de futuro”.
  • 13. 8. Recursos Os recursos utilizados contemplarão diferentes suportes como: Livro “Vidas Secas” textos digitados de diversos tipos e gêneros, revistas, charges, cartum, audiovisuais. Cartolinas, data-show, fotografias, lousa, piloto, laboratório de informática, câmera fotográfica digital, programas e aplicativo: apresentação de vídeo youtube. 9. Avaliação Entendendo a avaliação como sendo parte integrante do projeto, esta acontecerá a todo o momento, desde o planejamento das atividades, execução das ações e retroalimentação do mesmo, observando a participação, o interesse e a mudança de hábitos ocorridos mediante a realização das atividades planejadas. Em rodas de autoavaliação e avaliação do projeto em si, os alunos e professores replanejarão as atividades de acordo com o consenso de opiniões sempre buscando afinar com o gosto dos envolvidos e os objetivos do projeto.
  • 14. 10. Considerações finais As contribuições para o desenvolvimento do conhecimento nas ações planejadas é a promoção de espaços de leituras que permitam mudanças de hábitos dentro da escola com relação ao gosto pela leitura, à dinamização da biblioteca. As expectativas de continuidade da aprendizagem após a finalização do projeto é de que este projeto não seja apenas pontual, mas que a equipe envolvida (professores, alunos e pais) possa atualizá-lo a cada ano letivo, além de ser semente que pode gerar novos projetos como o de autor de gêneros textuais. Para o sucesso do trabalho com leitura, é fundamental reconhecer porque razão se vai ler. Estas podem ser muito diferentes, em cada caso e em cada situação: Leitura para se informar, para se distrair, para refletir, para entender melhor acontecimentos muito especiais da vida. É preciso estar atento para perceber que cada razão pede uma forma de tratamento diferente. Ao fazer isto adequadamente, o professor contribuirá para o aluno descobrir (ou redescobrir) a leitura e levá-la para sua vida, como forma essencial de estar no mundo. Obs.: Projeto elaborado através de pesquisas em páginas de internet .
  • 15. “Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.” (Graciliano Ramos)