SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
Prof. Cristiane Teixeira
 A narrativa é um texto que trata de acontecimentos e
ações realizadas por personagens fictícios ou reais.
 Na Literatura, ela aparece principalmente em romances,
novelas, fábulas, contos e crônicas. Ela também é a
base de muitas peças de teatro e dos filmes produzidos
pelo cinema.
 A narrativa começa com a introdução, que é seguida
pelo desenvolvimento e o clímax. Finalmente, a história
termina com uma conclusão ou desfecho, que coloca
um ponto final nas aventuras do personagem e nas
expectativas do leitor. Vamos falar de cada uma delas a
seguir.
 É a parte do texto que apresenta as
personagens e mostra ao leitor onde elas se
localizam em relação ao tempo e espaço.
 Nesse trecho, o autor conta as ações da
personagem.
 A ideia é formar uma trama com os
acontecimentos, mostrar a ocorrência de um
problema ou complicação com objetivo de
criar algum tipo de suspense que vai
conduzir ao clímax da história.
 Trata-se do final da história. Na maioria das
vezes, os autores concluem encerrando a
trama com um desfecho favorável ou não
para o problema.
 ENREDO
 TEMPO
 ESPAÇO
 PERSONAGENS
 NARRADOR
 O enredo é um elemento fundamental para a narrativa. Trata-se
do conjunto de fatos que acontecem, ligados entre si, e que
contam as ações dos personagens. Ele é dividido em algumas
partes:
 Situação inicial: é quando o autor apresenta os personagens e
mostra o tempo e o espaço em que estão inseridos, geralmente
logo na introdução;
 Estabelecimento de um conflito: um acontecimento é
responsável por modificar a situação inicial dos personagens,
exigindo algum tipo de ação;
 Desenvolvimento: ao longo desta seção, o autor conta o que os
personagens fizeram para tentar solucionar o conflito;
 Clímax: depois de diversas ações dos personagens, a narrativa é
levada a um ponto de alta tensão ou emoção, uma espécie de
“encruzilhada literária” que exige uma decisão ou desfecho;
 Desfecho: é a parte da narrativa que mostra a solução para o
conflito.
 Espaço é o lugar em que a narrativa acontece.
Ele é importante não só para situar o leitor
quanto ao local, mas principalmente porque
contribui para a elaboração dos personagens.
 Afinal, o espaço onde as pessoas (mesmo que
fictícias) vivem interfere na sua aparência,
vestimenta, costumes, oportunidades,
atividades e até mesmo sua personalidade.
 O tempo da narrativa diz respeito ao desencadear das
ações, e pode ser dividido em:
 Cronológico
 Está relacionado a passagem das horas, dos dias, meses,
anos etc.
 Psicológico
 Está relacionado às lembranças da personagem e aos
sentimentos vivenciados por ele.
 Assim como espaço, ele é muito importante para definir
características das personagens, principalmente as
psicológicas. Afinal, pessoas que vivem em épocas
diferentes costumam ter visões de mundo, atitudes,
pensamentos e situações também diferentes.
 Envolve tudo que as personagens fazem na
narrativa. Inclui não só os movimentos, mas
também aquilo que falam e pensam no
decorrer da história.
 Neste caso, o narrador participa da história, e
por isso o texto é escrito em primeira pessoa
do singular ou plural (eu, nós).
 “Era eu que cuidava dos altares e ajudava a missa dos santos
padres da igreja de S. Tomé, do lado ao poente do grande rio
Uruguai. Sabia bem acender os círios, feitos com a cera virgem
das abelheiras da serra; e bem balançar o turíbulo, fazendo
ondear a fumaça cheirosa do rito; e bem tocar a santos, na quina
do altar, dois degraus abaixo, à direita do padre; e dizia as
palavras do missal; e nos dias de festa sabia repicar o sino; e
bater as horas, e dobrar a finados... Eu era o sacristão.
 Um dia na hora do mormaço, todo o povo estava nas sombras,
sesteando; nem voz grossa de homem, nem cantoria das moças,
nem choro de crianças: tudo sesteava. O sol faiscava nos
pedregulhos lustrosos, e a luz parecia que tremia, peneirada, no
ar parado, sem uma viração.
 Foi nessa hora que eu saí da igreja, pela portinha da sacristia,
levando no corpo a frescura da sombra benta, levando na roupa o
cheiro da fumaça piedosa. E saí sem pensar em nada, nem de bem
nem de mal; fui andando, como levado...
 Todo o povo sesteava, por isso ninguém viu.”
 Também existe a possibilidade de o
narrador não participar da história. Ele
observa a situação de fora, o que faz o texto
ser escrito em terceira pessoa (ele, ela, eles,
elas).
 Rubião é que não perdeu a suspeita assim tão
facilmente. Pensou em falar a Carlos Maria, interrogá-
lo, e chegou a ir à Rua dos Inválidos, no dia seguinte,
três vezes; não o encontrando, mudou de parecer.
Encerrou-se por alguns dias; o Major Siqueira arrancou-
o à solidão. Ia participar-lhe que se mudara para a Rua
Dois de Dezembro. Gostou muito da casa do nosso
amigo, das alfaias, do luxo, de todas as minúcias, ouros
e bambinelas. Sobre este assunto discorreu
longamente, relembrando alguns móveis antigos. Parou
de repente, para dizer que o achava aborrecido; era
natural, faltava-lhe ali um complemento.
 — O senhor é feliz, mas falta-lhe aqui uma coisa; falta-
lhe mulher. O senhor precisa casar. Case-se, e diga que
eu o engano.
 É aquele que sabe de todos os fatos, mesmo que
não participe da história. Sua compreensão
costuma ir além dos acontecimentos.
 Ele consegue narrar até mesmo os pensamentos
e sentimentos dos personagens, como se tivesse
um conhecimento sobrenatural.
 Pelo falo desse narrador conhecer muito os
personagens, bem como seus pensamentos,
sentimentos, ideias, atitudes, etc, ele pode
opinar sobre tais comportamentos ao longo
da narrativa.
 “Depois de casado viveu dois ou três anos da fortuna
da mulher, comendo bem, levantando-se tarde,
fumando em grandes cachimbos de porcelana, só
voltando para casa à noite, depois do espectáculo, e
frequentando os cafés. O sogro morreu e deixou
pouca coisa; ele indignou-se com isso, montou uma
fábrica, perdeu nela algum dinheiro e retirou-se para
o campo, onde pretendeu desforrar-se. Mas, como
não entendia mais de agricultura do que de chitas, e
porque montava os cavalos em vez de os pôr a
trabalhar, bebia sidra às garrafas em vez de a vender
em barris, comia as melhores aves da capoeira e
engraxava as botas de caçar com o toucinho dos
porcos, não tardou a aperceber-se de que mais valia
abandonar toda a especulação.”
 (Madame Bovary, Gustave Flaubert)
 Protagonistas: são destaques da narrativa,
ocupam o lugar principal da história;
 Antagonistas: são os adversários dos
protagonistas, aqueles que vão criar ou
alimentar o conflito, dificultando a vida dos
principais;
 Secundários: são personagens menos
importantes na história, mas que de alguma
forma contribuem para a sequência de fatos
do enredo.
 Discurso Direto - no discurso direto, a
própria personagem fala.
 - no discurso indireto o narrador interfere na
fala da personagem. Em outras palavras, é
narrado em 3ª pessoa uma vez que não
aparece a fala da personagem.
 - no discurso indireto livre há intervenções
do narrador e das falas dos personagens.
Nesse caso, funde-se o discurso direto com o
indireto

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

O verbete
O verbeteO verbete
O verbete
 
Conto
ContoConto
Conto
 
Acentuação gráfica
Acentuação gráficaAcentuação gráfica
Acentuação gráfica
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativo
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Pronomes
PronomesPronomes
Pronomes
 
Homônimos e parônimos
Homônimos e parônimosHomônimos e parônimos
Homônimos e parônimos
 
Classes de palavras
Classes de palavrasClasses de palavras
Classes de palavras
 
Figuras de linguagem resumo
Figuras de linguagem resumoFiguras de linguagem resumo
Figuras de linguagem resumo
 
Flexão do Substantivo
Flexão do SubstantivoFlexão do Substantivo
Flexão do Substantivo
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Produção de Texto
Produção de TextoProdução de Texto
Produção de Texto
 
Sinônimos e antônimos
Sinônimos e antônimosSinônimos e antônimos
Sinônimos e antônimos
 
Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos
 
Uso dos porquês
Uso dos porquêsUso dos porquês
Uso dos porquês
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Tipos de argumentos
Tipos de argumentosTipos de argumentos
Tipos de argumentos
 
Aula intertextualidade
Aula intertextualidadeAula intertextualidade
Aula intertextualidade
 
Gênero Textual: Conto
Gênero Textual: ContoGênero Textual: Conto
Gênero Textual: Conto
 

Semelhante a Elementos essenciais da narrativa

Semelhante a Elementos essenciais da narrativa (20)

A narração.ppt
A narração.pptA narração.ppt
A narração.ppt
 
Noções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográficaNoções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográfica
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
 
O conto popular
O conto popularO conto popular
O conto popular
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Aula 2 redacao_2011
Aula 2 redacao_2011Aula 2 redacao_2011
Aula 2 redacao_2011
 
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco NarrativoLigia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
 
tipos de textos
tipos de textostipos de textos
tipos de textos
 
Narracao
NarracaoNarracao
Narracao
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
 
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesaAula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
 
03 narracao ficcional ii
03   narracao ficcional ii03   narracao ficcional ii
03 narracao ficcional ii
 
Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativo
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
 
Conto
ContoConto
Conto
 
Narração
NarraçãoNarração
Narração
 
Narracao
NarracaoNarracao
Narracao
 
João miramar
João miramarJoão miramar
João miramar
 
Gênero de texto conto
Gênero de texto contoGênero de texto conto
Gênero de texto conto
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas
 

Mais de Paulo Alexandre

Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1Paulo Alexandre
 
El idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de BrasilEl idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de BrasilPaulo Alexandre
 
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
 LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOSPaulo Alexandre
 
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBESNATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBESPaulo Alexandre
 
Espelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricosEspelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricosPaulo Alexandre
 
Comunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaComunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaPaulo Alexandre
 

Mais de Paulo Alexandre (20)

Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1
 
El idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de BrasilEl idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de Brasil
 
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
 LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
 
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBESNATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
 
Saludos en Quéchua
Saludos en QuéchuaSaludos en Quéchua
Saludos en Quéchua
 
El Guarani en Paraguay
El Guarani en ParaguayEl Guarani en Paraguay
El Guarani en Paraguay
 
Espelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricosEspelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricos
 
Conectaaí
ConectaaíConectaaí
Conectaaí
 
SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)
 
FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)
 
FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)
 
SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)
 
SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)
 
Citoplasma - parte 2
Citoplasma - parte 2Citoplasma - parte 2
Citoplasma - parte 2
 
Geometria molecular
Geometria molecularGeometria molecular
Geometria molecular
 
Citoplasma parte 2
Citoplasma parte 2Citoplasma parte 2
Citoplasma parte 2
 
Responsabilidade social
Responsabilidade socialResponsabilidade social
Responsabilidade social
 
Subdesenvolvimento
SubdesenvolvimentoSubdesenvolvimento
Subdesenvolvimento
 
Estratificação social
Estratificação socialEstratificação social
Estratificação social
 
Comunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaComunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadania
 

Último

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 

Último (20)

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 

Elementos essenciais da narrativa

  • 2.  A narrativa é um texto que trata de acontecimentos e ações realizadas por personagens fictícios ou reais.  Na Literatura, ela aparece principalmente em romances, novelas, fábulas, contos e crônicas. Ela também é a base de muitas peças de teatro e dos filmes produzidos pelo cinema.  A narrativa começa com a introdução, que é seguida pelo desenvolvimento e o clímax. Finalmente, a história termina com uma conclusão ou desfecho, que coloca um ponto final nas aventuras do personagem e nas expectativas do leitor. Vamos falar de cada uma delas a seguir.
  • 3.  É a parte do texto que apresenta as personagens e mostra ao leitor onde elas se localizam em relação ao tempo e espaço.
  • 4.  Nesse trecho, o autor conta as ações da personagem.  A ideia é formar uma trama com os acontecimentos, mostrar a ocorrência de um problema ou complicação com objetivo de criar algum tipo de suspense que vai conduzir ao clímax da história.
  • 5.  Trata-se do final da história. Na maioria das vezes, os autores concluem encerrando a trama com um desfecho favorável ou não para o problema.
  • 6.
  • 7.  ENREDO  TEMPO  ESPAÇO  PERSONAGENS  NARRADOR
  • 8.  O enredo é um elemento fundamental para a narrativa. Trata-se do conjunto de fatos que acontecem, ligados entre si, e que contam as ações dos personagens. Ele é dividido em algumas partes:  Situação inicial: é quando o autor apresenta os personagens e mostra o tempo e o espaço em que estão inseridos, geralmente logo na introdução;  Estabelecimento de um conflito: um acontecimento é responsável por modificar a situação inicial dos personagens, exigindo algum tipo de ação;  Desenvolvimento: ao longo desta seção, o autor conta o que os personagens fizeram para tentar solucionar o conflito;  Clímax: depois de diversas ações dos personagens, a narrativa é levada a um ponto de alta tensão ou emoção, uma espécie de “encruzilhada literária” que exige uma decisão ou desfecho;  Desfecho: é a parte da narrativa que mostra a solução para o conflito.
  • 9.  Espaço é o lugar em que a narrativa acontece. Ele é importante não só para situar o leitor quanto ao local, mas principalmente porque contribui para a elaboração dos personagens.  Afinal, o espaço onde as pessoas (mesmo que fictícias) vivem interfere na sua aparência, vestimenta, costumes, oportunidades, atividades e até mesmo sua personalidade.
  • 10.  O tempo da narrativa diz respeito ao desencadear das ações, e pode ser dividido em:  Cronológico  Está relacionado a passagem das horas, dos dias, meses, anos etc.  Psicológico  Está relacionado às lembranças da personagem e aos sentimentos vivenciados por ele.  Assim como espaço, ele é muito importante para definir características das personagens, principalmente as psicológicas. Afinal, pessoas que vivem em épocas diferentes costumam ter visões de mundo, atitudes, pensamentos e situações também diferentes.
  • 11.  Envolve tudo que as personagens fazem na narrativa. Inclui não só os movimentos, mas também aquilo que falam e pensam no decorrer da história.
  • 12.
  • 13.  Neste caso, o narrador participa da história, e por isso o texto é escrito em primeira pessoa do singular ou plural (eu, nós).
  • 14.  “Era eu que cuidava dos altares e ajudava a missa dos santos padres da igreja de S. Tomé, do lado ao poente do grande rio Uruguai. Sabia bem acender os círios, feitos com a cera virgem das abelheiras da serra; e bem balançar o turíbulo, fazendo ondear a fumaça cheirosa do rito; e bem tocar a santos, na quina do altar, dois degraus abaixo, à direita do padre; e dizia as palavras do missal; e nos dias de festa sabia repicar o sino; e bater as horas, e dobrar a finados... Eu era o sacristão.  Um dia na hora do mormaço, todo o povo estava nas sombras, sesteando; nem voz grossa de homem, nem cantoria das moças, nem choro de crianças: tudo sesteava. O sol faiscava nos pedregulhos lustrosos, e a luz parecia que tremia, peneirada, no ar parado, sem uma viração.  Foi nessa hora que eu saí da igreja, pela portinha da sacristia, levando no corpo a frescura da sombra benta, levando na roupa o cheiro da fumaça piedosa. E saí sem pensar em nada, nem de bem nem de mal; fui andando, como levado...  Todo o povo sesteava, por isso ninguém viu.”
  • 15.  Também existe a possibilidade de o narrador não participar da história. Ele observa a situação de fora, o que faz o texto ser escrito em terceira pessoa (ele, ela, eles, elas).
  • 16.  Rubião é que não perdeu a suspeita assim tão facilmente. Pensou em falar a Carlos Maria, interrogá- lo, e chegou a ir à Rua dos Inválidos, no dia seguinte, três vezes; não o encontrando, mudou de parecer. Encerrou-se por alguns dias; o Major Siqueira arrancou- o à solidão. Ia participar-lhe que se mudara para a Rua Dois de Dezembro. Gostou muito da casa do nosso amigo, das alfaias, do luxo, de todas as minúcias, ouros e bambinelas. Sobre este assunto discorreu longamente, relembrando alguns móveis antigos. Parou de repente, para dizer que o achava aborrecido; era natural, faltava-lhe ali um complemento.  — O senhor é feliz, mas falta-lhe aqui uma coisa; falta- lhe mulher. O senhor precisa casar. Case-se, e diga que eu o engano.
  • 17.  É aquele que sabe de todos os fatos, mesmo que não participe da história. Sua compreensão costuma ir além dos acontecimentos.  Ele consegue narrar até mesmo os pensamentos e sentimentos dos personagens, como se tivesse um conhecimento sobrenatural.  Pelo falo desse narrador conhecer muito os personagens, bem como seus pensamentos, sentimentos, ideias, atitudes, etc, ele pode opinar sobre tais comportamentos ao longo da narrativa.
  • 18.  “Depois de casado viveu dois ou três anos da fortuna da mulher, comendo bem, levantando-se tarde, fumando em grandes cachimbos de porcelana, só voltando para casa à noite, depois do espectáculo, e frequentando os cafés. O sogro morreu e deixou pouca coisa; ele indignou-se com isso, montou uma fábrica, perdeu nela algum dinheiro e retirou-se para o campo, onde pretendeu desforrar-se. Mas, como não entendia mais de agricultura do que de chitas, e porque montava os cavalos em vez de os pôr a trabalhar, bebia sidra às garrafas em vez de a vender em barris, comia as melhores aves da capoeira e engraxava as botas de caçar com o toucinho dos porcos, não tardou a aperceber-se de que mais valia abandonar toda a especulação.”  (Madame Bovary, Gustave Flaubert)
  • 19.
  • 20.  Protagonistas: são destaques da narrativa, ocupam o lugar principal da história;  Antagonistas: são os adversários dos protagonistas, aqueles que vão criar ou alimentar o conflito, dificultando a vida dos principais;  Secundários: são personagens menos importantes na história, mas que de alguma forma contribuem para a sequência de fatos do enredo.
  • 21.  Discurso Direto - no discurso direto, a própria personagem fala.
  • 22.  - no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.
  • 23.  - no discurso indireto livre há intervenções do narrador e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto