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Oficina de leitura e produção de
textos
Gêneros textuais:
Fichamento e
Resenha.
O QUE É GÊNERO TEXTUAL?
 Tomando pelo conceito dado Bakhtin
“qualquer enunciado considerado
isoladamente e, claro, individual, mas cada
esfera de utilização da língua elabora seus
tipos relativamente estáveis de enunciados,
sendo assim que denominamos gêneros de
discurso” (1997, p.279).
Exemplos
 Trecho de O Diário de Anne Frank, de Anne Frank
12 de junho de 1942
Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e
espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda.
Comentário acrescentado por Anne em 28 de setembro de 1942
Até agora você tem sido um grande apoio para mim, como também tem sido
Kitty, para quem tenho escrito com regularidade. Esse modo de manter um
diário é bem melhor, e agora mal posso esperar os momentos de escrever em
você. Ah, estou tão feliz por ter você comigo!
Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa,
no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando
você foi comprado, e com isso eu não contava.)
 São Paulo, dia 1º de outubro de 1992, 8h da manhã.
Aqui estou, mais um dia.
Sob o olhar sanguinário do vigia.
Você não sabe como é caminhar com a cabeça na mira de
uma HK.
Metralhadora alemã ou de Israel.
Estraçalha ladrão que nem papel.
Na muralha, em pé, mais um cidadão José.
Servindo o Estado, um PM bom.
Passa fome, metido a Charles Bronson.
Ele sabe o que eu desejo.
Sabe o que eu penso.
O dia tá chuvoso. O clima tá tenso.
Vários tentaram fugir, eu também quero.
Mas de um a cem, a minha chance é zero.
Será que Deus ouviu minha oração?
Será que o juiz aceitou apelação?
Mando um recado lá pro meu irmão:
Se tiver usando droga, tá ruim na minha mão.
Ele ainda tá com aquela mina.
Pode crer, moleque é gente fina.
Tirei um dia a menos ou um dia a mais, sei lá...
Tanto faz, os dias são iguais.
 Link: (http://www.youtube.com/watch?v=M1i-iGxUz9M)
FICHAMENTO
 Todo trabalho de fichamento é precedido por
uma leitura atenta do texto. Leitura que se
fasta da categoria emocional (subjetiva) e
alcança o nível da racionalidade, e
compreende: capacidade de analisar o texto,
separar suas partes e examinar como se
inter-relacionam e como o texto se relaciona
com outros, e competência para resumir as
ideias do texto.
 O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo,
parafrástico. Cuida do vocabulário, das informações
sobre o autor, do contexto socioeconômico-histórico
e objetivo do texto. Atenta também para a teoria
desenvolvida e para os conceitos apresentados.
Examina as ideias centrais, procurando identificar do
que se trata o texto. Procura também observar como
se desenvolve o raciocínio do autor, quais suas
teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento
das ideias apresentadas.
 No segundo nível, o leitor interpreta os significados não
transparentes: a leitura aqui é polissêmica. A pergunta a
responder é: “O que o autor quis demonstrar?”. Verifica-se a
relação do texto com a realidade de seu tempo e se há
originalidade nas ideias.
 O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva,
impressionista, do tipo “gosto–não gosto”. O autor atingiu os
objetivos estabelecidos? É claro e coerente? O texto
apresenta alguma contribuição para a comunidade
científica?
 O passo final é o da problematização em que se indaga
sobre as possibilidades de aplicação do texto a outras
situações, sobre sua contribuição para nova leitura do
mundo.
 Frequentemente, há obstáculos a vencer no início
da utilização de fichamento como método de estudo
e de redação. Um deles é relativo ao dispêndio
inicial de tempo, à metodologia de transcrição do
texto, às anotações bibliográficas (autor, título da
obra, local de publicação, editora, ano, página). Para
quem não pratica ou não está acostumado a fazer
fichamento, essa prática parece demorada,
desgastante, aborrecível, entediante.
 Os procedimentos a serem seguidos, que garantem a prática
eficaz do fichamento, assustam o estudante que se depara
pela primeira vez com tal metodologia; a prática contínua, no
entanto, poderá levá-lo a alterar seu ponto de vista e
julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial
reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar
escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda,
porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem
interesse.
 As fichas compreendem cabeçalho, referências bibliográficas,
corpo da ficha (texto) e local, onde se encontra a obra.
 Fichamento de transcrição
 A transcrição direta exige colocação de aspas no
início e no final do texto. Consiste na reprodução fiel
dos textos do autor citado. Se já houver no texto
original algo entre aspas, tais aspas devem ser
transformadas em aspas simples.
 Indica-se o número da página de onde foi transcrito
o texto. Se houver erros de grafia ou gramaticais,
copia-se como está no original e escreve-se entre
parênteses (sic), que significa que estava assim
mesmo no texto original.
 A supressão de palavras é indicada com três
pontos entre colchetes. Supressões iniciais e
finais não precisam ser indicadas. A ficha de
transcrição pode ser sem cortes, com corte
intermediário de algumas palavras ou com
corte de parágrafo intermediário, sendo que
a supressão de um ou mais parágrafos é
indicada por uma linha pontilhada.
Exemplo
RESENHA
 Resenha é uma abordagem para a
construção de relações entre as
propriedades de um determinado
objeto, analisando-o, descrevendo-
o eenumerando aspectos considerados
relevantes sobre ele. Resenha também é um
texto que serve para apresentar outro, que
seja desconhecido do leitor.
 No jornalismo, resenha é utilizado como forma de
prestação de serviço, é um texto de origem opinativa
que reúne comentários de origem pessoal e
julgamentos do resenhador sobre o que está sendo
analisado. O objeto da resenha pode ser de
qualquer natureza: um filme, livro, álbum, peça de
teatro ou até mesmo um jogo de futebol, e pode ser
uma resenha descritiva ou crítica. Para apresentar
uma resenha é importante dar uma ideia resumida
dos assuntos tratados, apresentar o maior número
de informações sobre o trabalho, para dar ao leitor
os requisitos mínimos para que ele se oriente.
 Existe também a resenha científica, trabalho acadêmico
ou resenha acadêmica, que são resenhas elaboradas e
ensinadas na universidade. Esse tipo de resenha apresenta
uma síntese e uma crítica sobre um trabalho científico, e pode
ser elaborada com base em leitura motivada por interesse
próprio ou sob demanda.
 Resenha de livros é uma forma de crítica literária, em que
um livro é analisado com base no conteúdo, estilo e mérito.
Muitas vezes, a resenha é realizada em periódicos, como
escola, trabalho ou online, essa revisão contém avaliações do
livro com base no gosto pessoal.
Exemplo:
 Texto anexo.
referências
 BAKHTIN, Michael.Estética da criação
verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
 EMEDIATO, Wander.A fórmula do
texto:Redação, argumentação e leitura. São
Paulo:Geração editorial, 2010.

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  • 1. Oficina de leitura e produção de textos Gêneros textuais: Fichamento e Resenha.
  • 2. O QUE É GÊNERO TEXTUAL?  Tomando pelo conceito dado Bakhtin “qualquer enunciado considerado isoladamente e, claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo assim que denominamos gêneros de discurso” (1997, p.279).
  • 3. Exemplos  Trecho de O Diário de Anne Frank, de Anne Frank 12 de junho de 1942 Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda. Comentário acrescentado por Anne em 28 de setembro de 1942 Até agora você tem sido um grande apoio para mim, como também tem sido Kitty, para quem tenho escrito com regularidade. Esse modo de manter um diário é bem melhor, e agora mal posso esperar os momentos de escrever em você. Ah, estou tão feliz por ter você comigo! Domingo, 14 de junho de 1942 Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)
  • 4.  São Paulo, dia 1º de outubro de 1992, 8h da manhã. Aqui estou, mais um dia. Sob o olhar sanguinário do vigia. Você não sabe como é caminhar com a cabeça na mira de uma HK. Metralhadora alemã ou de Israel. Estraçalha ladrão que nem papel. Na muralha, em pé, mais um cidadão José. Servindo o Estado, um PM bom. Passa fome, metido a Charles Bronson. Ele sabe o que eu desejo. Sabe o que eu penso. O dia tá chuvoso. O clima tá tenso. Vários tentaram fugir, eu também quero. Mas de um a cem, a minha chance é zero. Será que Deus ouviu minha oração? Será que o juiz aceitou apelação? Mando um recado lá pro meu irmão: Se tiver usando droga, tá ruim na minha mão. Ele ainda tá com aquela mina. Pode crer, moleque é gente fina. Tirei um dia a menos ou um dia a mais, sei lá... Tanto faz, os dias são iguais.  Link: (http://www.youtube.com/watch?v=M1i-iGxUz9M)
  • 5. FICHAMENTO  Todo trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto. Leitura que se fasta da categoria emocional (subjetiva) e alcança o nível da racionalidade, e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir as ideias do texto.
  • 6.  O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo, parafrástico. Cuida do vocabulário, das informações sobre o autor, do contexto socioeconômico-histórico e objetivo do texto. Atenta também para a teoria desenvolvida e para os conceitos apresentados. Examina as ideias centrais, procurando identificar do que se trata o texto. Procura também observar como se desenvolve o raciocínio do autor, quais suas teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento das ideias apresentadas.
  • 7.  No segundo nível, o leitor interpreta os significados não transparentes: a leitura aqui é polissêmica. A pergunta a responder é: “O que o autor quis demonstrar?”. Verifica-se a relação do texto com a realidade de seu tempo e se há originalidade nas ideias.  O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva, impressionista, do tipo “gosto–não gosto”. O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro e coerente? O texto apresenta alguma contribuição para a comunidade científica?  O passo final é o da problematização em que se indaga sobre as possibilidades de aplicação do texto a outras situações, sobre sua contribuição para nova leitura do mundo.
  • 8.  Frequentemente, há obstáculos a vencer no início da utilização de fichamento como método de estudo e de redação. Um deles é relativo ao dispêndio inicial de tempo, à metodologia de transcrição do texto, às anotações bibliográficas (autor, título da obra, local de publicação, editora, ano, página). Para quem não pratica ou não está acostumado a fazer fichamento, essa prática parece demorada, desgastante, aborrecível, entediante.
  • 9.  Os procedimentos a serem seguidos, que garantem a prática eficaz do fichamento, assustam o estudante que se depara pela primeira vez com tal metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar seu ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem interesse.  As fichas compreendem cabeçalho, referências bibliográficas, corpo da ficha (texto) e local, onde se encontra a obra.
  • 10.  Fichamento de transcrição  A transcrição direta exige colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na reprodução fiel dos textos do autor citado. Se já houver no texto original algo entre aspas, tais aspas devem ser transformadas em aspas simples.  Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre parênteses (sic), que significa que estava assim mesmo no texto original.
  • 11.  A supressão de palavras é indicada com três pontos entre colchetes. Supressões iniciais e finais não precisam ser indicadas. A ficha de transcrição pode ser sem cortes, com corte intermediário de algumas palavras ou com corte de parágrafo intermediário, sendo que a supressão de um ou mais parágrafos é indicada por uma linha pontilhada.
  • 13. RESENHA  Resenha é uma abordagem para a construção de relações entre as propriedades de um determinado objeto, analisando-o, descrevendo- o eenumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. Resenha também é um texto que serve para apresentar outro, que seja desconhecido do leitor.
  • 14.  No jornalismo, resenha é utilizado como forma de prestação de serviço, é um texto de origem opinativa que reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o que está sendo analisado. O objeto da resenha pode ser de qualquer natureza: um filme, livro, álbum, peça de teatro ou até mesmo um jogo de futebol, e pode ser uma resenha descritiva ou crítica. Para apresentar uma resenha é importante dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho, para dar ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente.
  • 15.  Existe também a resenha científica, trabalho acadêmico ou resenha acadêmica, que são resenhas elaboradas e ensinadas na universidade. Esse tipo de resenha apresenta uma síntese e uma crítica sobre um trabalho científico, e pode ser elaborada com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda.  Resenha de livros é uma forma de crítica literária, em que um livro é analisado com base no conteúdo, estilo e mérito. Muitas vezes, a resenha é realizada em periódicos, como escola, trabalho ou online, essa revisão contém avaliações do livro com base no gosto pessoal.
  • 17. referências  BAKHTIN, Michael.Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.  EMEDIATO, Wander.A fórmula do texto:Redação, argumentação e leitura. São Paulo:Geração editorial, 2010.