SlideShare uma empresa Scribd logo
Roberto Brandão
Operação do sistema e
comercialização de energia
www.projetobolsadeenergia.com.br
Sumário
1. Operação do Sistema Elétrico Brasileiro
2. Comercialização de Energia no Sistema Elétrico Brasileiro
3. Conclusões
Operação Energética do SIN
1
1. Programação da geração baseada em mercado
(Europa, EUA, Colômbia, etc.):
 Mercado diário, intradiário e de tempo real.
2. Programação baseada em otimização de custos
(América Latina, inclusive Brasil):
 Operador programa a operação com base em modelos de
minimização de custos.
Há dois modelos de operação:
4
Operação Energética do SIN
1
Função da Operação Energética do SIN:
gestão dos recursos energéticos.
Objetivo: otimizar o uso dos recursos energéticos, buscando:
 Assegurar o atendimento presente e futuro;
 Operação pelo menor custo total.
Modelo Brasileiro
5
Operação Energética do SIN
1
Princípios básicos da operação:
 Geração termelétrica tem custo operacional associado ao preço do
combustível;
 O custos da geração hidroelétrica estão associados ao valor da água;
 Cada unidade de energia elétrica (MWh) que deixe de ser suprida
tem seu custo associado ao impacto na economia – quanto perde a
economia com a falta de suprimento.
Modelo Brasileiro
6
Operação Energética do SIN
1
Decisão
Afluências
Futuras
Conseqüências
Operativas
Úmido
OK
Acertamos !
Utilizar os
reservatórios
(A energia disponível das
usinas térmicas é capaz de
atender apenas 25% da
demanda do Sistema)
Seco Risco de deficit
OK
Acertamos !
Seco
(Desperdício de combustível
das usinas térmicas)
Úmido
Vertimento
Não utilizar os
reservatórios
7
Operação Energética do SIN
1
8
CVU, CMO e PLD
1
 Custo Variável
de Usinas
térmicas (CVU)
 Custo Marginal
de Operação
(CMO)
 Preço de
Liquidação das
Diferença (PLD)
9
Critério de despacho por
ordem de mérito
1
O critério aplicável para cada semana operativa, de
0h de sábado às 24h da sexta-feira seguinte
 CVU > CMO ----- usina não despachada
CVU < CMO ----- usina despachada
 CMO = Custo Marginal de Operação
CVU = Custo Variável de Geração de cada usina.
10
Custo Variável das Usinas Térmicas
Mês de referência: fevereiro de 2008
1
11
Evolução do Custo Marginal de Operação (CMO) e
do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)
1
569,59
140,01
147,13
637,23
0
100
200
300
400
500
600
700
30/06/07 21/07/07 11/08/07 01/09/07 22/09/07 13/10/07 03/11/07 24/11/07 15/12/07 05/01/08 26/01/08 16/02/08 08/03/08
R$/MWh
PLD CMO
12
67,0 68,0 68,0
65,0
61,0
56,0
48,0
43,0
37,0
39,0
47,0
50,0
52,0 51,0
48,0
44,0
38,0
31,0
25,0
17,0
10,0
63,0
53,0
36,0
10,0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
d
e
z
/
0
7
j
a
n
/
0
8
f
e
v
/
0
8
m
a
r
/
0
8
a
b
r
/
0
8
m
a
i
/
0
8
j
u
n
/
0
8
j
u
l
/
0
8
a
g
o
/
0
8
s
e
t
/
0
8
o
u
t
/
0
8
n
o
v
/
0
8
d
e
z
/
0
8
j
a
n
/
0
9
f
e
v
/
0
9
m
a
r
/
0
9
a
b
r
/
0
9
m
a
i
/
0
9
j
u
n
/
0
9
j
u
l
/
0
9
a
g
o
/
0
9
s
e
t
/
0
9
o
u
t
/
0
9
n
o
v
/
0
9
d
e
z
/
0
9
Energia
Armazenada
(%)
Curva de Aversão ao Risco
Curva Bianual de Aversão ao Risco - 2008/2009
Sudeste/Centro-Oeste
1
13
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
02
04
06
08
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
01
03
05
07
09
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
MWmédios
Energia Natural Afluente Carga
JANEIRO 2008 FEVEREIRO 2008 MARÇO 2008
Energia Natural Afluente
X
Carga do Sudeste/Centro-Oeste
14
67,0 68,0 68,0
65,0
61,0
56,0
48,0
43,0
37,0
39,0
47,0
50,0
52,0 51,0
48,0
44,0
38,0
31,0
25,0
17,0
10,0
63,0
53,0
36,0
10,0
65,7
50,8
46,2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
d
e
z
/
0
7
j
a
n
/
0
8
f
e
v
/
0
8
m
a
r
/
0
8
a
b
r
/
0
8
m
a
i
/
0
8
j
u
n
/
0
8
j
u
l
/
0
8
a
g
o
/
0
8
s
e
t
/
0
8
o
u
t
/
0
8
n
o
v
/
0
8
d
e
z
/
0
8
j
a
n
/
0
9
f
e
v
/
0
9
m
a
r
/
0
9
a
b
r
/
0
9
m
a
i
/
0
9
j
u
n
/
0
9
j
u
l
/
0
9
a
g
o
/
0
9
s
e
t
/
0
9
o
u
t
/
0
9
n
o
v
/
0
9
d
e
z
/
0
9
Energia
Armazenada
(%)
Curva de Aversão ao Risco Valores Verificados
Curva Bianual de Aversão ao Risco - 2008/2009
X
Armazenamento Realizado - Sudeste/Centro-Oeste
15
Curva Bianual de Aversão ao Risco - 2008/2009
X
Armazenamento Realizado - Sudeste/Centro-Oeste
30
35
40
45
50
55
60
65
70
01 03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 02 04 06 08 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 01 03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
Energia
Armazenada
(%)
Curva de Aversão ao Risco Valores Verificados
JANEIRO 2008 FEVEREIRO 2008 MARÇO 2008
16
Evoluções mais recentes da
lógica de operação
1
Procedimentos operativos de curto prazo POCP:
 Foram criado para evitar deplecionamentos indesejáveis dos
reservatórios;
 A partir de 2008 o ONS passou a fixar um nível meta para os
reservatórios ao fim da estação seca com base na CAR;
 O despacho térmico é dimensionado para atingir estes níveis,
independentemente do resultado do modelo e, portanto do CMO;
 Térmicas adicionais são pagas por encargos (ESS).
17
Evoluções mais recentes da
lógica de operação
 Em 2013 o CNPE determinou a inclusão de mecanismos de aversão a
risco no newave a fim tornar o modelo mais aderente à operação.
 Mesmo assim, entre 2014 e 2016 em vários meses o ONS utilizou mais
térmicas que o recomendado pelo modelo.
A partir de outubro de 2012 o CMSE decidiu por despachar térmicas
acima da recomendação do modelo mesmo na estação chuvosa.
1
18
Evoluções mais recentes da
lógica de operação
 Com isso as térmicas no Nordeste têm sido recorrentemente utilizadas
em regime de acompanhamento de carga (partidas e paradas frequentes).
 Este regime não é aderente a um CMO calculado em base semanal.
Com a crise hídrica severa no Rio São Francisco, geração das UHEs
deste rio quase sempre limitam-se ao mínimo.
1
Comercialização de Energia no
Sistema Elétrico Brasileiro
2 Objetivos da regulamentação
19
 Modicidade tarifária
 Energia adquirida por leilões, com critério de menor tarifa
 Garantia de suprimento
 Distribuidoras devem contratar 100% de suas cargas
 Cada contrato deve ter um lastro físico de geração
 Contratos de longo prazo, com garantia de repasse dos custos às
tarifas de fornecimento
 Licença ambiental prévia de usinas hidrelétricas
20
Comercialização (Mercado Regulado)
2
21
Ambientes de Contratação de Energia
2
22
Comercialização (Mercado Regulado)
2
Cada distribuidora deve adquirir, por meio de leilões realizados no
ACR, montantes de energia suficientes para o atendimento de 100%
da sua carga não coberta por contratos:
 celebrados até 16 de março de 2004;
 de aquisição de energia proveniente de
 geração distribuída;
 Usinas do PROINFA;
 Itaipu, Eletronuclear, Hídricas renovadas.
23
Dinâmica Geral da Contratação
2
24
Contratos de Comercialização de Energia
no Ambiente Regulado – CCEAR
2
Os riscos hidrológicos são assumidos pelo Vendedor nos Contratos de Quantidade*
de Energia e pelo Comprador nos Contratos de Disponibilidade de Energia.
 Atualização do preço é feita com base no IPCA (custos de combustíveis
atualizados por indexação específica);
 As distribuidoras são obrigadas a oferecer garantias financeiras.
* Em 2016 geradores hídricos com contratos com o ACR puderam transferir o risco
hidrológico aos consumidores, mediante desconto no preço dos contratos.
25
Mercado de Curto Prazo
2
 Isso permite contabilizar as diferenças entre o que foi produzido ou
consumido e o que foi contratado.
 Essas diferenças, são contabilizadas no Mercado de Curto Prazo e
liquidadas ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
Os contratos, bem como os dados de medição dos pontos de
consumo e geração, são registrados na CCEE.
26
Mercado de Curto Prazo
2
27
Mecanismo de Realocação de Energia
2
28
Mecanismo de Realocação de Energia
2
29
Mecanismo de Realocação de Energia
2
30
Mecanismo de Realocação de Energia
2
31
Liquidação de Desvios de
Suprimento/Consumo
2
 Periodicidade da liquidação: mensal.
 Base: Preço de Liquidação de Diferenças - PLD, com período de apuração
semanal e limites máximo e mínimo.
 Cálculo do PLD: Programas NEWAVE e DECOMP, desconsideradas as
restrições de transmissão internas dos submercados.
A CCEE é responsável pela contabilização e liquidação das diferenças
entre montantes de energia contratados e medidos.
32
Fluxo de Pagamentos no Mercado Elétrico
2
33
Encargo de Serviços de Sistema
2
Objetivo: pagamento, aos agentes do Sistema Interligado,
dos custos de manutenção da confiabilidade e da estabilidade do Sistema.
 Receitas:
 Parcela da Tarifa de Energia Elétrica, cobrada pelas Distribuidoras aos
consumidores cativos e, em algumas situações também dos geradores;
 Aplicação de penalidades a agentes.
34
Encargo de Serviços de Sistema (ESS)
2
 Ressarcimento de custos de geradores afetados por restrições de geração
 Serviços ancilares (regulação de frequência, controle de tensão,
restabelecimento do Sistema após blecaute, etc.)
 Custo Excedente ao CVU das térmicas despachadas devido aos
procedimentos operativos de curto prazo ou decisão do CMSE.
Custos:
35
Encargo de Serviços de Sistema (ESS)
2
Condições para crédito por energia não despachada:
 Usina disponível para gerar
 Critério de ordem de mérito para despacho atendido (CVU < CMO)
 Impossibilidade de geração por problema sistêmico gera crédito de:
PLD – CVU
36
Encargo de Serviços de Sistema (ESS)
2
37
Encargo de Serviços de Sistema (ESS)
2
Condições para crédito por energia gerada por segurança energética
(POCP)
 Usina não despachada por ordem de mérito (CVU>CMO);
 Usina despachada por segurança energética recebe: CVU - PLD.
38
Leilões de Energia (Mercado Regulado)
2
Base institucional: Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, e
Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004
 Objetivo: Garantia de atendimento da totalidade do mercado por meio de
contratação regulada e menor preço
 Tipos: Energia existente (A-1), energia nova (A-3 e A-5, etc.) e ajuste
39
Leilões de Energia (Mercado Regulado)
2
 Metodologia básica: empreendedores ofertam montantes de
energia a preços de referência sucessivamente decrementados com relação
a preços-teto pré-fixados, até que se obtenham ofertas finais com menor
preço.
 Contratação: Vencedores assinam Contratos de Compra e Venda de
Energia no Ambiente Regulado com todas as Distribuidoras que
informaram necessidade de aquisição de energia para atendimento do seu
mercado.
40
Leilões de Energia Existente
2
Distribuidoras informam, com antecedência mínima de 60 dias antes da
data de cada Leilão de Energia Existente de A-1, a previsão de suas
demandas de energia elétrica para o ano A
41
Leilões de Energia Existente
2
42
Leilões de Energia Nova
2
Distribuidoras informam, com antecedência mínima de 60 dias antes da
data de cada Leilão de Energia Nova de A-5 e A-3, a previsão de suas
demandas de energia elétrica para o ano A.
43
Leilões de Energia Nova
2
44
Custos de Térmicas
2
45
Custos de Térmicas
2
Antes do leilão:
 EPE estabelece a Garantia Física (GF, em MWmed), isto é, o máximo de
energia que pode ser vendida em contratos;
 A usina especifica o seu CVU;
 A EPE calcula e informa ao participante os valores dos parâmetros:
 COP (Custo de Operação) = Energia a ser suprida x CVU
 CEC (Custo Econômico de Curto Prazo) =
(Energia contratada – Energia a ser suprida) x CMO
46
Custos de Térmicas
2
Durante o leilão:
 A usina oferta seus lances, consistindo no número
de lotes e na Receita Fixa Anual (RF) (R$/ano)
 A EPE calcula o valor do ICB resultante de cada
lance (número de lotes ou Receita Fixa Anual) da
empresa participante, pela fórmula:
47
Custos de Térmicas
2
 RF = Receita Fixa anual correspondente ao montante de energia destinado
ao ACR (R$/ano)
 COP = Custo de Operação (R$/ano)
 CEC = Custo Econômico de Curto Prazo (R$/ano)
 QL = Quantidade de Lotes (MWmédios)
 GF = Garantia Física (MWmédios)
 N = Nº de horas do ano = 8760
48
Seleção de projetos
2
 A EPE seleciona as usinas vencedoras do leilão com base nos valores de
ICB associados às usinas térmicas e dos preços ofertados pelas usinas
hidrelétricas diretamente em R$/MWh
Finalização do leilão:
49
Seleção de projetos
2
robertobrandao@gmail.com
+55 (21) 3577-3953
Contato
Obrigado pela atenção!
50
Rua Hermenegildo de Barros, 23 - Glória
Rio de Janeiro, RJ - Brasil
CEP: 20241-040
Rio de Janeiro
Grupo de Pesquisa do Setor Elétrico
51
Gesel
Grupo de Pesquisa do Setor Elétrico
UFRJ
http://www.gesel.ie.ufrj.br/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Abnt nbr 5628 2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...
Abnt nbr 5628   2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...Abnt nbr 5628   2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...
Abnt nbr 5628 2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...
Fernando Vitto
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
renan_correa_moura
 

Mais procurados (20)

Dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede para uma residênc...
Dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede para uma residênc...Dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede para uma residênc...
Dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede para uma residênc...
 
projetos eletricos industriais
projetos eletricos industriaisprojetos eletricos industriais
projetos eletricos industriais
 
Estrutura Conceitual e a Contabilidade Internacional
Estrutura Conceitual e a Contabilidade InternacionalEstrutura Conceitual e a Contabilidade Internacional
Estrutura Conceitual e a Contabilidade Internacional
 
Sistema de custeio abc
Sistema de custeio abcSistema de custeio abc
Sistema de custeio abc
 
Apostila.curso.vapor cogeraç¦o
Apostila.curso.vapor cogeraç¦oApostila.curso.vapor cogeraç¦o
Apostila.curso.vapor cogeraç¦o
 
Eletrostática
EletrostáticaEletrostática
Eletrostática
 
Pilar canto
Pilar cantoPilar canto
Pilar canto
 
transformadores elétricos
transformadores elétricostransformadores elétricos
transformadores elétricos
 
Abnt nbr 5628 2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...
Abnt nbr 5628   2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...Abnt nbr 5628   2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...
Abnt nbr 5628 2001 - componentes construtivos estruturais - determinação de...
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
 
Demostração financeiras questôes
Demostração financeiras questôesDemostração financeiras questôes
Demostração financeiras questôes
 
Manual de formação ege snc - módulo 6214
Manual de formação ege   snc - módulo 6214Manual de formação ege   snc - módulo 6214
Manual de formação ege snc - módulo 6214
 
Qualidade de Energia Elétrica
Qualidade de Energia ElétricaQualidade de Energia Elétrica
Qualidade de Energia Elétrica
 
Aula 2 - Eletricidade e Eletrônica - Eletrização e Cargas elétricas
Aula 2 - Eletricidade e Eletrônica - Eletrização e Cargas elétricasAula 2 - Eletricidade e Eletrônica - Eletrização e Cargas elétricas
Aula 2 - Eletricidade e Eletrônica - Eletrização e Cargas elétricas
 
Projeto de sistema de esgoto sanitários
Projeto de sistema de esgoto sanitários Projeto de sistema de esgoto sanitários
Projeto de sistema de esgoto sanitários
 
Elektrotīkla piederības robežas
Elektrotīkla piederības robežasElektrotīkla piederības robežas
Elektrotīkla piederības robežas
 
Apostila sistemas de energia capitulo 3 e 4
Apostila sistemas de energia   capitulo 3 e 4Apostila sistemas de energia   capitulo 3 e 4
Apostila sistemas de energia capitulo 3 e 4
 
Slide computao quântica
Slide computao quânticaSlide computao quântica
Slide computao quântica
 
Equipamentos eletricos
Equipamentos eletricosEquipamentos eletricos
Equipamentos eletricos
 
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geralO Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
 

Semelhante a Operacao_comercializacao_energia (1).pptx

Semelhante a Operacao_comercializacao_energia (1).pptx (20)

Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
 
Mercado de Geração Distribuída no Brasil
Mercado de Geração Distribuída no BrasilMercado de Geração Distribuída no Brasil
Mercado de Geração Distribuída no Brasil
 
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
 
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbAnexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
 
Gestão de riscos na administração do mercado brasileiro
Gestão de riscos na administração do mercado brasileiroGestão de riscos na administração do mercado brasileiro
Gestão de riscos na administração do mercado brasileiro
 
Aprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétrico
Aprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétricoAprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétrico
Aprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétrico
 
Panorama da Comercialização de Energia Elétrica no Brasil - Seminário EDP
Panorama da Comercialização de Energia Elétrica no Brasil - Seminário EDPPanorama da Comercialização de Energia Elétrica no Brasil - Seminário EDP
Panorama da Comercialização de Energia Elétrica no Brasil - Seminário EDP
 
Formação do pld
Formação do pldFormação do pld
Formação do pld
 
Resposta da demanda - Workshop Infraestrutura Energia
Resposta da demanda - Workshop Infraestrutura EnergiaResposta da demanda - Workshop Infraestrutura Energia
Resposta da demanda - Workshop Infraestrutura Energia
 
Aperfeiçoamento dos mercados livre e regulado
Aperfeiçoamento dos mercados livre e reguladoAperfeiçoamento dos mercados livre e regulado
Aperfeiçoamento dos mercados livre e regulado
 
V29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
V29n2a04 Artigo Revista SobrapoV29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
V29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
 
Como superar barreiras regulatórias para comercializar eletricidade pelas usinas
Como superar barreiras regulatórias para comercializar eletricidade pelas usinasComo superar barreiras regulatórias para comercializar eletricidade pelas usinas
Como superar barreiras regulatórias para comercializar eletricidade pelas usinas
 
O impacto da renovação das concessões - Lei nº 12.783/2013
O impacto da renovação das concessões - Lei nº 12.783/2013O impacto da renovação das concessões - Lei nº 12.783/2013
O impacto da renovação das concessões - Lei nº 12.783/2013
 
O processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLD
O processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLDO processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLD
O processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLD
 
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltrica
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltricaCusto marginal do_dficit_de_energia_eltrica
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltrica
 
Agenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor Elétrico
Agenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor ElétricoAgenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor Elétrico
Agenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor Elétrico
 
tarifas-e-preços-2023_final.pdf
tarifas-e-preços-2023_final.pdftarifas-e-preços-2023_final.pdf
tarifas-e-preços-2023_final.pdf
 
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico BrasileiroII Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
 
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletricoDIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
 
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
 

Último

ATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdf
ATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdfATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdf
ATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdf
Colaborar Educacional
 
AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024
AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024
AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024
Consultoria Acadêmica
 
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
Consultoria Acadêmica
 
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
eliasmar2
 
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
Consultoria Acadêmica
 
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdfINSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
marcyomendona
 

Último (12)

Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
 
Curso de operador de guindauto e guindaste
Curso de operador de guindauto e guindasteCurso de operador de guindauto e guindaste
Curso de operador de guindauto e guindaste
 
AE01 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL RELACOES DE CONSUMO E SUSTENTABILI...
AE01 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  RELACOES DE CONSUMO E SUSTENTABILI...AE01 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  RELACOES DE CONSUMO E SUSTENTABILI...
AE01 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL RELACOES DE CONSUMO E SUSTENTABILI...
 
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdfPresentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
 
ATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdf
ATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdfATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdf
ATIVIDADE 2 - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - ok.pdf
 
AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024
AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024
AE02 - MAQUINAS TÉRMICAS UNICESUMAR 52/2024
 
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
 
Checklist de renovação de AVCB -Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.pdf
Checklist de renovação de AVCB -Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.pdfChecklist de renovação de AVCB -Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.pdf
Checklist de renovação de AVCB -Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.pdf
 
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
 
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
 
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdfINSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
 
Aula 03 - Gestão da Manutenção - OS e Software de Gerenciamento de Manutenção...
Aula 03 - Gestão da Manutenção - OS e Software de Gerenciamento de Manutenção...Aula 03 - Gestão da Manutenção - OS e Software de Gerenciamento de Manutenção...
Aula 03 - Gestão da Manutenção - OS e Software de Gerenciamento de Manutenção...
 

Operacao_comercializacao_energia (1).pptx

  • 1. Roberto Brandão Operação do sistema e comercialização de energia www.projetobolsadeenergia.com.br
  • 2. Sumário 1. Operação do Sistema Elétrico Brasileiro 2. Comercialização de Energia no Sistema Elétrico Brasileiro 3. Conclusões
  • 3. Operação Energética do SIN 1 1. Programação da geração baseada em mercado (Europa, EUA, Colômbia, etc.):  Mercado diário, intradiário e de tempo real. 2. Programação baseada em otimização de custos (América Latina, inclusive Brasil):  Operador programa a operação com base em modelos de minimização de custos. Há dois modelos de operação:
  • 4. 4 Operação Energética do SIN 1 Função da Operação Energética do SIN: gestão dos recursos energéticos. Objetivo: otimizar o uso dos recursos energéticos, buscando:  Assegurar o atendimento presente e futuro;  Operação pelo menor custo total. Modelo Brasileiro
  • 5. 5 Operação Energética do SIN 1 Princípios básicos da operação:  Geração termelétrica tem custo operacional associado ao preço do combustível;  O custos da geração hidroelétrica estão associados ao valor da água;  Cada unidade de energia elétrica (MWh) que deixe de ser suprida tem seu custo associado ao impacto na economia – quanto perde a economia com a falta de suprimento. Modelo Brasileiro
  • 6. 6 Operação Energética do SIN 1 Decisão Afluências Futuras Conseqüências Operativas Úmido OK Acertamos ! Utilizar os reservatórios (A energia disponível das usinas térmicas é capaz de atender apenas 25% da demanda do Sistema) Seco Risco de deficit OK Acertamos ! Seco (Desperdício de combustível das usinas térmicas) Úmido Vertimento Não utilizar os reservatórios
  • 8. 8 CVU, CMO e PLD 1  Custo Variável de Usinas térmicas (CVU)  Custo Marginal de Operação (CMO)  Preço de Liquidação das Diferença (PLD)
  • 9. 9 Critério de despacho por ordem de mérito 1 O critério aplicável para cada semana operativa, de 0h de sábado às 24h da sexta-feira seguinte  CVU > CMO ----- usina não despachada CVU < CMO ----- usina despachada  CMO = Custo Marginal de Operação CVU = Custo Variável de Geração de cada usina.
  • 10. 10 Custo Variável das Usinas Térmicas Mês de referência: fevereiro de 2008 1
  • 11. 11 Evolução do Custo Marginal de Operação (CMO) e do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) 1 569,59 140,01 147,13 637,23 0 100 200 300 400 500 600 700 30/06/07 21/07/07 11/08/07 01/09/07 22/09/07 13/10/07 03/11/07 24/11/07 15/12/07 05/01/08 26/01/08 16/02/08 08/03/08 R$/MWh PLD CMO
  • 12. 12 67,0 68,0 68,0 65,0 61,0 56,0 48,0 43,0 37,0 39,0 47,0 50,0 52,0 51,0 48,0 44,0 38,0 31,0 25,0 17,0 10,0 63,0 53,0 36,0 10,0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 d e z / 0 7 j a n / 0 8 f e v / 0 8 m a r / 0 8 a b r / 0 8 m a i / 0 8 j u n / 0 8 j u l / 0 8 a g o / 0 8 s e t / 0 8 o u t / 0 8 n o v / 0 8 d e z / 0 8 j a n / 0 9 f e v / 0 9 m a r / 0 9 a b r / 0 9 m a i / 0 9 j u n / 0 9 j u l / 0 9 a g o / 0 9 s e t / 0 9 o u t / 0 9 n o v / 0 9 d e z / 0 9 Energia Armazenada (%) Curva de Aversão ao Risco Curva Bianual de Aversão ao Risco - 2008/2009 Sudeste/Centro-Oeste 1
  • 14. 14 67,0 68,0 68,0 65,0 61,0 56,0 48,0 43,0 37,0 39,0 47,0 50,0 52,0 51,0 48,0 44,0 38,0 31,0 25,0 17,0 10,0 63,0 53,0 36,0 10,0 65,7 50,8 46,2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 d e z / 0 7 j a n / 0 8 f e v / 0 8 m a r / 0 8 a b r / 0 8 m a i / 0 8 j u n / 0 8 j u l / 0 8 a g o / 0 8 s e t / 0 8 o u t / 0 8 n o v / 0 8 d e z / 0 8 j a n / 0 9 f e v / 0 9 m a r / 0 9 a b r / 0 9 m a i / 0 9 j u n / 0 9 j u l / 0 9 a g o / 0 9 s e t / 0 9 o u t / 0 9 n o v / 0 9 d e z / 0 9 Energia Armazenada (%) Curva de Aversão ao Risco Valores Verificados Curva Bianual de Aversão ao Risco - 2008/2009 X Armazenamento Realizado - Sudeste/Centro-Oeste
  • 15. 15 Curva Bianual de Aversão ao Risco - 2008/2009 X Armazenamento Realizado - Sudeste/Centro-Oeste 30 35 40 45 50 55 60 65 70 01 03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 02 04 06 08 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 01 03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 Energia Armazenada (%) Curva de Aversão ao Risco Valores Verificados JANEIRO 2008 FEVEREIRO 2008 MARÇO 2008
  • 16. 16 Evoluções mais recentes da lógica de operação 1 Procedimentos operativos de curto prazo POCP:  Foram criado para evitar deplecionamentos indesejáveis dos reservatórios;  A partir de 2008 o ONS passou a fixar um nível meta para os reservatórios ao fim da estação seca com base na CAR;  O despacho térmico é dimensionado para atingir estes níveis, independentemente do resultado do modelo e, portanto do CMO;  Térmicas adicionais são pagas por encargos (ESS).
  • 17. 17 Evoluções mais recentes da lógica de operação  Em 2013 o CNPE determinou a inclusão de mecanismos de aversão a risco no newave a fim tornar o modelo mais aderente à operação.  Mesmo assim, entre 2014 e 2016 em vários meses o ONS utilizou mais térmicas que o recomendado pelo modelo. A partir de outubro de 2012 o CMSE decidiu por despachar térmicas acima da recomendação do modelo mesmo na estação chuvosa. 1
  • 18. 18 Evoluções mais recentes da lógica de operação  Com isso as térmicas no Nordeste têm sido recorrentemente utilizadas em regime de acompanhamento de carga (partidas e paradas frequentes).  Este regime não é aderente a um CMO calculado em base semanal. Com a crise hídrica severa no Rio São Francisco, geração das UHEs deste rio quase sempre limitam-se ao mínimo. 1
  • 19. Comercialização de Energia no Sistema Elétrico Brasileiro 2 Objetivos da regulamentação 19  Modicidade tarifária  Energia adquirida por leilões, com critério de menor tarifa  Garantia de suprimento  Distribuidoras devem contratar 100% de suas cargas  Cada contrato deve ter um lastro físico de geração  Contratos de longo prazo, com garantia de repasse dos custos às tarifas de fornecimento  Licença ambiental prévia de usinas hidrelétricas
  • 22. 22 Comercialização (Mercado Regulado) 2 Cada distribuidora deve adquirir, por meio de leilões realizados no ACR, montantes de energia suficientes para o atendimento de 100% da sua carga não coberta por contratos:  celebrados até 16 de março de 2004;  de aquisição de energia proveniente de  geração distribuída;  Usinas do PROINFA;  Itaipu, Eletronuclear, Hídricas renovadas.
  • 23. 23 Dinâmica Geral da Contratação 2
  • 24. 24 Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEAR 2 Os riscos hidrológicos são assumidos pelo Vendedor nos Contratos de Quantidade* de Energia e pelo Comprador nos Contratos de Disponibilidade de Energia.  Atualização do preço é feita com base no IPCA (custos de combustíveis atualizados por indexação específica);  As distribuidoras são obrigadas a oferecer garantias financeiras. * Em 2016 geradores hídricos com contratos com o ACR puderam transferir o risco hidrológico aos consumidores, mediante desconto no preço dos contratos.
  • 25. 25 Mercado de Curto Prazo 2  Isso permite contabilizar as diferenças entre o que foi produzido ou consumido e o que foi contratado.  Essas diferenças, são contabilizadas no Mercado de Curto Prazo e liquidadas ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Os contratos, bem como os dados de medição dos pontos de consumo e geração, são registrados na CCEE.
  • 31. 31 Liquidação de Desvios de Suprimento/Consumo 2  Periodicidade da liquidação: mensal.  Base: Preço de Liquidação de Diferenças - PLD, com período de apuração semanal e limites máximo e mínimo.  Cálculo do PLD: Programas NEWAVE e DECOMP, desconsideradas as restrições de transmissão internas dos submercados. A CCEE é responsável pela contabilização e liquidação das diferenças entre montantes de energia contratados e medidos.
  • 32. 32 Fluxo de Pagamentos no Mercado Elétrico 2
  • 33. 33 Encargo de Serviços de Sistema 2 Objetivo: pagamento, aos agentes do Sistema Interligado, dos custos de manutenção da confiabilidade e da estabilidade do Sistema.  Receitas:  Parcela da Tarifa de Energia Elétrica, cobrada pelas Distribuidoras aos consumidores cativos e, em algumas situações também dos geradores;  Aplicação de penalidades a agentes.
  • 34. 34 Encargo de Serviços de Sistema (ESS) 2  Ressarcimento de custos de geradores afetados por restrições de geração  Serviços ancilares (regulação de frequência, controle de tensão, restabelecimento do Sistema após blecaute, etc.)  Custo Excedente ao CVU das térmicas despachadas devido aos procedimentos operativos de curto prazo ou decisão do CMSE. Custos:
  • 35. 35 Encargo de Serviços de Sistema (ESS) 2 Condições para crédito por energia não despachada:  Usina disponível para gerar  Critério de ordem de mérito para despacho atendido (CVU < CMO)  Impossibilidade de geração por problema sistêmico gera crédito de: PLD – CVU
  • 36. 36 Encargo de Serviços de Sistema (ESS) 2
  • 37. 37 Encargo de Serviços de Sistema (ESS) 2 Condições para crédito por energia gerada por segurança energética (POCP)  Usina não despachada por ordem de mérito (CVU>CMO);  Usina despachada por segurança energética recebe: CVU - PLD.
  • 38. 38 Leilões de Energia (Mercado Regulado) 2 Base institucional: Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, e Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004  Objetivo: Garantia de atendimento da totalidade do mercado por meio de contratação regulada e menor preço  Tipos: Energia existente (A-1), energia nova (A-3 e A-5, etc.) e ajuste
  • 39. 39 Leilões de Energia (Mercado Regulado) 2  Metodologia básica: empreendedores ofertam montantes de energia a preços de referência sucessivamente decrementados com relação a preços-teto pré-fixados, até que se obtenham ofertas finais com menor preço.  Contratação: Vencedores assinam Contratos de Compra e Venda de Energia no Ambiente Regulado com todas as Distribuidoras que informaram necessidade de aquisição de energia para atendimento do seu mercado.
  • 40. 40 Leilões de Energia Existente 2 Distribuidoras informam, com antecedência mínima de 60 dias antes da data de cada Leilão de Energia Existente de A-1, a previsão de suas demandas de energia elétrica para o ano A
  • 41. 41 Leilões de Energia Existente 2
  • 42. 42 Leilões de Energia Nova 2 Distribuidoras informam, com antecedência mínima de 60 dias antes da data de cada Leilão de Energia Nova de A-5 e A-3, a previsão de suas demandas de energia elétrica para o ano A.
  • 45. 45 Custos de Térmicas 2 Antes do leilão:  EPE estabelece a Garantia Física (GF, em MWmed), isto é, o máximo de energia que pode ser vendida em contratos;  A usina especifica o seu CVU;  A EPE calcula e informa ao participante os valores dos parâmetros:  COP (Custo de Operação) = Energia a ser suprida x CVU  CEC (Custo Econômico de Curto Prazo) = (Energia contratada – Energia a ser suprida) x CMO
  • 46. 46 Custos de Térmicas 2 Durante o leilão:  A usina oferta seus lances, consistindo no número de lotes e na Receita Fixa Anual (RF) (R$/ano)  A EPE calcula o valor do ICB resultante de cada lance (número de lotes ou Receita Fixa Anual) da empresa participante, pela fórmula:
  • 47. 47 Custos de Térmicas 2  RF = Receita Fixa anual correspondente ao montante de energia destinado ao ACR (R$/ano)  COP = Custo de Operação (R$/ano)  CEC = Custo Econômico de Curto Prazo (R$/ano)  QL = Quantidade de Lotes (MWmédios)  GF = Garantia Física (MWmédios)  N = Nº de horas do ano = 8760
  • 48. 48 Seleção de projetos 2  A EPE seleciona as usinas vencedoras do leilão com base nos valores de ICB associados às usinas térmicas e dos preços ofertados pelas usinas hidrelétricas diretamente em R$/MWh Finalização do leilão:
  • 50. robertobrandao@gmail.com +55 (21) 3577-3953 Contato Obrigado pela atenção! 50 Rua Hermenegildo de Barros, 23 - Glória Rio de Janeiro, RJ - Brasil CEP: 20241-040
  • 51. Rio de Janeiro Grupo de Pesquisa do Setor Elétrico 51
  • 52. Gesel Grupo de Pesquisa do Setor Elétrico UFRJ http://www.gesel.ie.ufrj.br/