SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
Superando as Barreiras Regulatórias para Comercialização de
Eletricidade pelas Usinas do Setor Sucroenergético
Maio de 2017
Barreiras Regulatórias
Instabilidade do preço-teto nos leilões
O preço teto para a fonte biomassa
tem grande variação a cada leilão,
sendo o menor de R$ 148,00/MWh no
Leilão A-5/2012, onde não houve
nenhum lance vencedor, e o maior de
R$ 316/MWh no Leilão A-5/2015, com
somente 37 MWméd contratados,
apesar do preço mais atrativo. O preço-
teto de um leilão não deveria oscilar
muito. No entanto, têm ocorrido
variações de até 30% de um leilão para
outro, como aconteceu nos 3 leilões de
2015, quando os preços-tetos
apresentarem as seguintes variações:
R$ 215 >> 281 >> 218 / MWh.
Esta falta de previsibilidade afugenta
investidores para o desenvolvimento
de projetos para os leilões.
LER-
2010
LFA/2
010
A-
3/201
1
LER/2
011
A-
5/201
1
A-
5/201
2
A-
5/201
3
A-
3/201
3
A-
5/201
3
A-
3/201
4
A-
5/201
4
LER/2
014
LFA/2
015
A-
5/201
5
A-
3/201
5
A-
5/201
6
Qdade Contratada 168 22 58 23 18 - 134 - 69 - 90 - 67 37 15 29
Preço Teto 239 256 199 209 157 148 179 159 180 160 248 201 242 316 240 258
RF Máxima 237 212 153 145 146 173 180 257 255 305 248 264
RF Mínima 205 212 146 136 137 170 169 239 239 229 248 206
RF Média 224 212 149 142 172 173 248 247 267 248 229
120
170
220
270
320
370
-
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Barreiras Regulatórias
Falta planejamento de longo prazo para a geração a biomassa
A ausência de um plano de longo prazo de contratação de energia da biomassa, com metas anuais, impede o estímulo ao ciclo
virtuoso na cadeia de produção da bioenergia, vez que não há previsibilidade aos agentes do setor quanto aos montantes de
contratação e dos preços a serem praticados, desestimulando investimentos em toda a cadeia.
70 61
140
567
35
10
168,3
22,3
58,1 38,3 18
374,8
84,2
309,7
67,2 78,5
20,7
81,5
0
100
200
300
400
500
600
02º
LEN
03º
LEN
01º
LFA
01º
LER
07º
LEN
08º
LEN
03º
LER
02º
LFA
12º
LEN
04º
LER
13º
LEN
16º
LEN
18º
LEN
20º
LEN
03º
LFA
21º
LEN
22º
LEN
23º
LEN
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2013 2014 2015 2016
Quantidade de energia contratada de usinas a biomassa nos leilões (MW médios)
Barreiras Regulatórias
Distância aos centros de consumo mal precificada (Fraco sinal locacional)
Nos leilões de contratação de energia elétrica no âmbito do ACR, não são adequadamente precificados os custos com os sistemas
de distribuição e transmissão, ou seja, a localização dos empreendimentos não é efetivamente comparada do ponto de vista
econômico, tampouco as diferenças de riscos de preços entre os submercados.
Concentração das Hidrelétricas
Bioeletricidade no maior centro de
consumo
Barreiras Regulatórias
Chamadas públicas de GD inoperantes
REN ANEEL 167/2005 prevê que as distribuidoras podem realizar chamada pública para contratação de energia proveniente de
geração distribuída de empreendimentos que estejam conectados em sua rede, no limite de 10% da carga do agente de distribuição
verificado com base nos 12 meses precedentes, sendo que, o valor máximo que a distribuidora pode repassar aos consumidores é o
Valor de Referência (VR) vigente no ano de início da entrega da energia contratada. Na prática se vê muito pouco uso desta dinâmica,
pela não obrigatoriedade das distribuidoras em comprar volume mínimo, VR insuficiente para viabilidade empreendimento a
cogeração, e limitação de mercado à distribuidora que a central estiver conectada.
Barreiras Regulatórias
Precificação insuficiente do benefício da sazonalidade da geração
Simulações mostram que com a utilização da biomassa da cana na matriz energética, há maior liberdade de operação do sistema,
em outras palavras, o perfil de geração da bioenergia permite maior eficiência na otimização dos recursos, realocando despachos ao
longo do período, cujo resultado é a redução do risco de déficit, sem piorar as condições dos reservatórios. Em resumo, a operação
do sistema fica “mais otimizada” com a bioenergia. Este benefício da biomassa ao SIN procurar ser retratado pela variável Custo
Econômico de Curto Prazo (CEC) do Índice de Custo Benefício (ICB). Entretanto, a metodologia de cálculo do Custo Marginal de
Operação (CMO) utilizada pela EPE, que no final determina as variáveis COP e CEC, não quantificada adequadamente o benefício da
produção de energia proveniente do bagaço e da palha da cana durante o período seco, distorcendo o princípio do ICB. Isto porque,
as simulações realizadas pela EPE, até então, não incorporavam os procedimentos operativos usados pelo ONS na operação real do
sistema.
Descrição
Custo total com despacho
de UTEs e UHEs em 2016
(R$ milhões)
Custo total com despacho
de UTEs e UHEs em 2014
(R$ milhões preços 2016)
Economia de custo com a
inserção das usinas a
biomassa
2.270 22.877
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
EnergiaArmazenada-MWm
GeraçãodeEnergiadeBiomassa-
MWm
Biomassa Hídrica
-500
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
R$milhões/mês
2014 2016
Barreiras Regulatórias
Demais externalidades não precificadas
Baixa emissão de gases causadores do efeito estufa: A bioeletricidade
é a fonte termelétrica não nuclear de menor emissão em gramas de
Carbono equivalente por kWh de energia gerada, com emissões
comparáveis às renováveis intermitentes solar e eólica, isto porque no
ciclo de vida da cana-de-açúcar o balanço de carbono é quase nulo.
Geração de Empregos: A bioeletricidade é
forte geradora de empregos
9

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Marcelo Salles
Marcelo Salles Marcelo Salles
Marcelo Salles ProjetoBr
 
Panorama Geral dos Setores de Energia e Mineração
Panorama Geral dos Setores de Energia e MineraçãoPanorama Geral dos Setores de Energia e Mineração
Panorama Geral dos Setores de Energia e Mineraçãoascommme
 
CPI Requerimento 95 - 06/10/09
CPI Requerimento 95 - 06/10/09CPI Requerimento 95 - 06/10/09
CPI Requerimento 95 - 06/10/09Alexandre Santos
 
Apresentação institucional 3T10_port
Apresentação institucional 3T10_portApresentação institucional 3T10_port
Apresentação institucional 3T10_portAES Eletropaulo
 
Apresentação Institucional - Português
Apresentação Institucional - PortuguêsApresentação Institucional - Português
Apresentação Institucional - PortuguêsAES Tietê
 
Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017
Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017
Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017Energia Simples
 
Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...
Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...
Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...Instituto Besc
 
Apresentação institucional 3T10_PT
Apresentação institucional 3T10_PTApresentação institucional 3T10_PT
Apresentação institucional 3T10_PTAES Tietê
 
Apresentação institucional 3T10 PT
Apresentação institucional 3T10 PTApresentação institucional 3T10 PT
Apresentação institucional 3T10 PTAES Tietê
 

Mais procurados (18)

Nova regra eleva contas de luz em R$ 1 bilhão.
Nova regra eleva contas de luz em R$ 1 bilhão.Nova regra eleva contas de luz em R$ 1 bilhão.
Nova regra eleva contas de luz em R$ 1 bilhão.
 
Marcelo Salles
Marcelo Salles Marcelo Salles
Marcelo Salles
 
Panorama Geral dos Setores de Energia e Mineração
Panorama Geral dos Setores de Energia e MineraçãoPanorama Geral dos Setores de Energia e Mineração
Panorama Geral dos Setores de Energia e Mineração
 
Perspectivas de Oferta e Preço da Energia para o Mercado Livre - FIESP
Perspectivas de Oferta e Preço da Energia para o Mercado Livre - FIESPPerspectivas de Oferta e Preço da Energia para o Mercado Livre - FIESP
Perspectivas de Oferta e Preço da Energia para o Mercado Livre - FIESP
 
CPI Requerimento 95 - 06/10/09
CPI Requerimento 95 - 06/10/09CPI Requerimento 95 - 06/10/09
CPI Requerimento 95 - 06/10/09
 
Desafios e mudanças no setor elétrico
Desafios e mudanças no setor elétricoDesafios e mudanças no setor elétrico
Desafios e mudanças no setor elétrico
 
Agenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e Perspectivas
Agenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e PerspectivasAgenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e Perspectivas
Agenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e Perspectivas
 
Agenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor Elétrico
Agenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor ElétricoAgenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor Elétrico
Agenda Setorial 2019: Perspectivas da Regulação do Setor Elétrico
 
Apresentacao cogen enase_2015
Apresentacao cogen enase_2015Apresentacao cogen enase_2015
Apresentacao cogen enase_2015
 
Apresentação institucional 3T10_port
Apresentação institucional 3T10_portApresentação institucional 3T10_port
Apresentação institucional 3T10_port
 
Mercado Brasileiro de Energia: Agenda 2018
Mercado Brasileiro de Energia: Agenda 2018Mercado Brasileiro de Energia: Agenda 2018
Mercado Brasileiro de Energia: Agenda 2018
 
Apresentação Institucional - Português
Apresentação Institucional - PortuguêsApresentação Institucional - Português
Apresentação Institucional - Português
 
Agenda do mercado livre de energia elétrica para 2015
Agenda do mercado livre de energia elétrica para 2015Agenda do mercado livre de energia elétrica para 2015
Agenda do mercado livre de energia elétrica para 2015
 
Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017
Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017
Mercado Ibérico de Eletricidade - Novembro 2017
 
Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...
Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...
Investimentos da indústria de base florestal, influência do câmbio nos negóci...
 
A visão da CCEE sobre o mercado de energia - Fórum Pernambuco Energia
A visão da CCEE sobre o mercado de energia - Fórum Pernambuco EnergiaA visão da CCEE sobre o mercado de energia - Fórum Pernambuco Energia
A visão da CCEE sobre o mercado de energia - Fórum Pernambuco Energia
 
Apresentação institucional 3T10_PT
Apresentação institucional 3T10_PTApresentação institucional 3T10_PT
Apresentação institucional 3T10_PT
 
Apresentação institucional 3T10 PT
Apresentação institucional 3T10 PTApresentação institucional 3T10 PT
Apresentação institucional 3T10 PT
 

Semelhante a Superando as Barreiras Regulatórias para Comercialização de Eletricidade pelas Usinas do Setor Sucroenergético

Operacao_comercializacao_energia (1).pptx
Operacao_comercializacao_energia (1).pptxOperacao_comercializacao_energia (1).pptx
Operacao_comercializacao_energia (1).pptxdadadda1
 
Studies on sugarcane energy in Brazil.pptx
Studies on sugarcane energy in Brazil.pptxStudies on sugarcane energy in Brazil.pptx
Studies on sugarcane energy in Brazil.pptxgusgrafon
 
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...Fundação Fernando Henrique Cardoso
 
Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil?
Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil? Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil?
Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil? Instituto Escolhas
 
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbAnexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbOgx2011
 
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...Victor Quinteiro
 
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barataIsrael Cabral
 
Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...
Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...
Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica
 
V29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
V29n2a04 Artigo Revista SobrapoV29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
V29n2a04 Artigo Revista SobrapoMonica Barros
 

Semelhante a Superando as Barreiras Regulatórias para Comercialização de Eletricidade pelas Usinas do Setor Sucroenergético (20)

Operacao_comercializacao_energia (1).pptx
Operacao_comercializacao_energia (1).pptxOperacao_comercializacao_energia (1).pptx
Operacao_comercializacao_energia (1).pptx
 
Mercado de Geração Distribuída no Brasil
Mercado de Geração Distribuída no BrasilMercado de Geração Distribuída no Brasil
Mercado de Geração Distribuída no Brasil
 
Studies on sugarcane energy in Brazil.pptx
Studies on sugarcane energy in Brazil.pptxStudies on sugarcane energy in Brazil.pptx
Studies on sugarcane energy in Brazil.pptx
 
Assuntos em Destaque na Regulação do Setor Elétrico
Assuntos em Destaque na Regulação do Setor ElétricoAssuntos em Destaque na Regulação do Setor Elétrico
Assuntos em Destaque na Regulação do Setor Elétrico
 
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
 
Perspectivas do Setor Elétrico
Perspectivas do Setor ElétricoPerspectivas do Setor Elétrico
Perspectivas do Setor Elétrico
 
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletricoDIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
 
Aprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétrico
Aprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétricoAprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétrico
Aprimoramentos regulatórios e planejamento governamental para o setor elétrico
 
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico BrasileiroII Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
 
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Filipe Domin...
 
Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil?
Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil? Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil?
Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil?
 
Investimentos Em Infraestrutura Energia
Investimentos Em Infraestrutura EnergiaInvestimentos Em Infraestrutura Energia
Investimentos Em Infraestrutura Energia
 
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbAnexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
 
O processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLD
O processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLDO processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLD
O processo de formação do preço de liquidação das diferenças - PLD
 
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTE...
 
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
 
Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...
Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...
Desoneração Tarifária - Apresentação à Comissão de Minas e Energia da Câmara ...
 
V29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
V29n2a04 Artigo Revista SobrapoV29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
V29n2a04 Artigo Revista Sobrapo
 
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - UBS Utilitie...
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - UBS Utilitie...Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - UBS Utilitie...
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - UBS Utilitie...
 
Aperfeiçoamento dos mercados livre e regulado
Aperfeiçoamento dos mercados livre e reguladoAperfeiçoamento dos mercados livre e regulado
Aperfeiçoamento dos mercados livre e regulado
 

Superando as Barreiras Regulatórias para Comercialização de Eletricidade pelas Usinas do Setor Sucroenergético

  • 1.
  • 2. Superando as Barreiras Regulatórias para Comercialização de Eletricidade pelas Usinas do Setor Sucroenergético Maio de 2017
  • 3. Barreiras Regulatórias Instabilidade do preço-teto nos leilões O preço teto para a fonte biomassa tem grande variação a cada leilão, sendo o menor de R$ 148,00/MWh no Leilão A-5/2012, onde não houve nenhum lance vencedor, e o maior de R$ 316/MWh no Leilão A-5/2015, com somente 37 MWméd contratados, apesar do preço mais atrativo. O preço- teto de um leilão não deveria oscilar muito. No entanto, têm ocorrido variações de até 30% de um leilão para outro, como aconteceu nos 3 leilões de 2015, quando os preços-tetos apresentarem as seguintes variações: R$ 215 >> 281 >> 218 / MWh. Esta falta de previsibilidade afugenta investidores para o desenvolvimento de projetos para os leilões. LER- 2010 LFA/2 010 A- 3/201 1 LER/2 011 A- 5/201 1 A- 5/201 2 A- 5/201 3 A- 3/201 3 A- 5/201 3 A- 3/201 4 A- 5/201 4 LER/2 014 LFA/2 015 A- 5/201 5 A- 3/201 5 A- 5/201 6 Qdade Contratada 168 22 58 23 18 - 134 - 69 - 90 - 67 37 15 29 Preço Teto 239 256 199 209 157 148 179 159 180 160 248 201 242 316 240 258 RF Máxima 237 212 153 145 146 173 180 257 255 305 248 264 RF Mínima 205 212 146 136 137 170 169 239 239 229 248 206 RF Média 224 212 149 142 172 173 248 247 267 248 229 120 170 220 270 320 370 - 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
  • 4. Barreiras Regulatórias Falta planejamento de longo prazo para a geração a biomassa A ausência de um plano de longo prazo de contratação de energia da biomassa, com metas anuais, impede o estímulo ao ciclo virtuoso na cadeia de produção da bioenergia, vez que não há previsibilidade aos agentes do setor quanto aos montantes de contratação e dos preços a serem praticados, desestimulando investimentos em toda a cadeia. 70 61 140 567 35 10 168,3 22,3 58,1 38,3 18 374,8 84,2 309,7 67,2 78,5 20,7 81,5 0 100 200 300 400 500 600 02º LEN 03º LEN 01º LFA 01º LER 07º LEN 08º LEN 03º LER 02º LFA 12º LEN 04º LER 13º LEN 16º LEN 18º LEN 20º LEN 03º LFA 21º LEN 22º LEN 23º LEN 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2013 2014 2015 2016 Quantidade de energia contratada de usinas a biomassa nos leilões (MW médios)
  • 5. Barreiras Regulatórias Distância aos centros de consumo mal precificada (Fraco sinal locacional) Nos leilões de contratação de energia elétrica no âmbito do ACR, não são adequadamente precificados os custos com os sistemas de distribuição e transmissão, ou seja, a localização dos empreendimentos não é efetivamente comparada do ponto de vista econômico, tampouco as diferenças de riscos de preços entre os submercados. Concentração das Hidrelétricas Bioeletricidade no maior centro de consumo
  • 6. Barreiras Regulatórias Chamadas públicas de GD inoperantes REN ANEEL 167/2005 prevê que as distribuidoras podem realizar chamada pública para contratação de energia proveniente de geração distribuída de empreendimentos que estejam conectados em sua rede, no limite de 10% da carga do agente de distribuição verificado com base nos 12 meses precedentes, sendo que, o valor máximo que a distribuidora pode repassar aos consumidores é o Valor de Referência (VR) vigente no ano de início da entrega da energia contratada. Na prática se vê muito pouco uso desta dinâmica, pela não obrigatoriedade das distribuidoras em comprar volume mínimo, VR insuficiente para viabilidade empreendimento a cogeração, e limitação de mercado à distribuidora que a central estiver conectada.
  • 7. Barreiras Regulatórias Precificação insuficiente do benefício da sazonalidade da geração Simulações mostram que com a utilização da biomassa da cana na matriz energética, há maior liberdade de operação do sistema, em outras palavras, o perfil de geração da bioenergia permite maior eficiência na otimização dos recursos, realocando despachos ao longo do período, cujo resultado é a redução do risco de déficit, sem piorar as condições dos reservatórios. Em resumo, a operação do sistema fica “mais otimizada” com a bioenergia. Este benefício da biomassa ao SIN procurar ser retratado pela variável Custo Econômico de Curto Prazo (CEC) do Índice de Custo Benefício (ICB). Entretanto, a metodologia de cálculo do Custo Marginal de Operação (CMO) utilizada pela EPE, que no final determina as variáveis COP e CEC, não quantificada adequadamente o benefício da produção de energia proveniente do bagaço e da palha da cana durante o período seco, distorcendo o princípio do ICB. Isto porque, as simulações realizadas pela EPE, até então, não incorporavam os procedimentos operativos usados pelo ONS na operação real do sistema. Descrição Custo total com despacho de UTEs e UHEs em 2016 (R$ milhões) Custo total com despacho de UTEs e UHEs em 2014 (R$ milhões preços 2016) Economia de custo com a inserção das usinas a biomassa 2.270 22.877 - 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 EnergiaArmazenada-MWm GeraçãodeEnergiadeBiomassa- MWm Biomassa Hídrica -500 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez R$milhões/mês 2014 2016
  • 8. Barreiras Regulatórias Demais externalidades não precificadas Baixa emissão de gases causadores do efeito estufa: A bioeletricidade é a fonte termelétrica não nuclear de menor emissão em gramas de Carbono equivalente por kWh de energia gerada, com emissões comparáveis às renováveis intermitentes solar e eólica, isto porque no ciclo de vida da cana-de-açúcar o balanço de carbono é quase nulo. Geração de Empregos: A bioeletricidade é forte geradora de empregos
  • 9. 9