SlideShare uma empresa Scribd logo
Profª Marcela Neves




Modernismo



                         Bernardo Mora nº5
                        David Mocinha nº12
                           Hugo Jesus nº18
                        João Machado nº 20




     Lisboa - 2011




                                         1
Índice


Introdução                           p3
Modernismo                           p4
        Modernismo em Portugal       p5


Movimentos artísticos de vanguarda   p6
        Futurismo                    p6
        Interseccionismo             p7
        Sensacionismo                p7


        Cubismo                      p8
        Abstracção Lírica            p9
        Abstracção Geométrica        p9


        Fauvismo                     p9
        Orfismo                      p 10
        Suprematismo                 p 10


        Expressionismo               p 11
        Dadaísmo                     p 12
        Surrealismo                  p 13


Bibliografia                         p 14




                                            2
Introdução

     O Modernismo foi um período que caracterizou o século XX, onde o mundo recebe uma nova
mentalidade, abraça uma nova versão do que é mundo aproveitado nas suas vertentes máximas. É
claro que isso só é possível com a intervenção de artistas que se manifestam desde a literatura à
pintura. Este trabalho procura a compreensão do que foi, na sua dimensão total, o Modernismo e
todo o período em que o mundo moderno surge. Falaremos dos movimentos que surgiram neste
período, todas as manifestações artísticas que se manifestaram no surgimento deste novo mundo.




                                                                                                3
Modernismo

      O século XX foi marcado não só por crises e rupturas, mas também por um avanço tecnológico
e científico que inova com a abundância de máquinas e torna a miséria e o descontentamento cada
vez mais evidente. O antigo capitalismo de um movimento global de acção por parte das empresas e
ao seu consequente lucro, torna-se numa crise profunda que faz surgir a Primeira Guerra Mundial,
que duraria dois anos, iniciando-se a 1914, e à Revolução Russa (1917). A cultura precisava da
colaboração da sociedade e o desconforto em que seguia a época, fez com que Nietzsche, um
filósofo alemão, contrastando com os fundamentos morais que, segundo este, descendiam da cultura
grega e judaico-cristã, redefinir novos valores e empreender a vida ao máximo. Freud e Einstein
foram outros intelectuais que contribuíram para esta "revolução empreendedora", com a criação da
Psicanálise, criada por Freud, que expõe o homem na sexualidade, no significado dos sonhos, entre
outros; e com a criação da teoria da relatividade de Einstein (1905) que revoluciona a ciência com a
dúvida no conhecimento científico.
      O Mundo assume uma estabilidade satisfatória mas com a Primeira Guerra Mundial a
insegurança fez com que a Europa se atrasasse. Os artistas reagem ao cepticismo social e ao
espírito derrotado, criando obras cheias de sarcasmo, ironia e provocação. O principal objectivo
assumiu-se com a necessidade da redescoberta do mundo e com a vontade de experimentar o novo.
Não só na música mas também na pintura, bem como todas as formas de expressão artística e na
literatura recusa-se o velho, o dramático e o narrativo tradicionais. As personagens que deram asas a
literatura modernista são pessoas vulgares longe de heróicos por tradição, clássicos ou românticos,
foram nomeadamente os protagonistas de três das mais emblemáticas obras deste período:

    •   Ulisses, James Joyce
    •   O Processo, Kafka
    •   O Livro do Desassossego, Bernardo Soares (Fernando Pessoa)

     O indivíduo perde a identidade, como foi o caso de Fernando Pessoa, que se transforma em
heterónimos, outras pessoas que fazem com que desdobre a sua integridade, inspirado na
psicanálise de Freud, onde existe um eu que nasce do eu como se tratasse de uma personalidade
dupla. Fernando Pessoa representa-a através da linguagem criativa e original frisando o novo e o
inesperado, como que uma língua nova criada. As artes visuais sentiram igualmente a mentalidade
de reinvenção e começa o uso de técnicas impensáveis anteriormente, como por exemplo, a
colagem.




                                                          Pablo Picasso, As três dançarinas
                                                          (1925).




                                                                                                   4
Modernismo em Portugal

      As primeiras manifestações modernistas começaram a surgir no período compreendido entre as
duas guerras mundiais, período marcado por profundas transformações político-sociais em toda a
Europa, não só em Portugal.
      Didacticamente, o Modernismo português tem início em 1915, com o lançamento do primeiro
número da Revista Orpheu, revista que, inspirada pelos movimentos da Vanguarda Europeia,
desejava romper com o convencionalismo, com as idealizações românticas, chocando a
sociedade da época. Vários artistas participaram na elaboração da revista, entre eles destacaram-se:
Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Os escritores do Orfismo, como
ficaram conhecidos, queriam imprimir à literatura portuguesa as inovações europeias. Anos depois,
em 1927, outra importante revista passa a ser divulgadora dos novos ideais modernistas – A Revista
Presença, que teve como maior representante, o escritor José Régio.
      Fernando Pessoa criou vários heterônimos que apresentavam características particulares e que
por isso escreviam textos bem diversos. Os heterónimos mais importantes foram Alberto Caeiro,
Ricardo Reis e Álvaro de Campos, embora tivesse usado outros menos conhecidos.
      Os textos de Alberto Caeiro são marcados pela ingenuidade e pela linguagem simples. Os seus
versos são livres e falam do amor à natureza e à simplicidade da vida no campo. Recusa qualquer
explicação filosófica sobre a vida. Caeiro pensa com os sentidos, não com a razão, pois para ele a
felicidade reside em não pensar. Os textos de Ricardo Reis caracterizam-se pelo estilo erudito e
clássico enquanto que Alberto Caeiro era sinónimo de sensibilidade e Ricardo Reis é extremamente
racional. A sua linguagem é rebuscada e complexa. Ele usa com muita frequência a mitologia
clássica. Tinha plena consciência da brevidade da vida, o que lhe provocava muito sofrimento.
Álvaro de Campos era o poeta do futuro, da velocidade, das máquinas, do tempo presente,
identificado com a Vanguarda Europeia. Os seus textos são contraditórios: ora marcados por uma
grande energia, ora revelando a crise dos valores espirituais e a angústia do homem do seu tempo,
inadaptado às condutas sociais. Enquanto Alberto Caeiro pensava com os sentidos e Ricardo Reis
com a razão, Álvaro de Campos, pensava com a emoção.
      A produção ortónima de Fernando Pessoa apresenta características bem diferentes das
encontradas nos seus heterónimos. Fernando Pessoa expressa um profundo sentimento nacionalista
e um apego à tradição portuguesa. A sua produção literária é dividida em: lírica e épica. O livro
“Mensagem” é um exemplo da sua obra épica. Nele Fernando Pessoa, numa clara aproximação com
Camões, vai falar dos grandes feitos portugueses, dos reis e da época das grandes navegações.
Outra figura importante do Modernismo português é Mário de Sá-Carneiro, que também fez parte
do grupo de escritores responsáveis pela publicação da Revista Orpheu em 1915. Ele era o
responsável pela parte financeira da revista, tanto que após o seu suicídio, em 1916, com apenas 26
anos, a revista não circulou mais. Os seus textos são marcados por um forte sentimento
de inadaptação ao mundo e por muito subjectivismo. Mário de Sá-Carneiro procurou compreender o
porquê de sua existência, mas não o encontrou, acabando por se perder nele mesmo.




                                                                                                  5
Movimentos artísticos de vanguarda

Futurismo


     O movimento estético denominado Futurismo foi iniciado pelo escritor italiano Filippo Marianetti,
em 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, O Futurismo é um movimento de exaltação de
todo o dinamismo e velocidade que, em Portugal, teve grande influência na geração de Orpheu que
só foi possível com a existência de Almada Negreiros, Amadeu de Souza-Cardozo e Fernando
Pessoa, com a procura de inovação e novo esteticismo. Todo o dinamismo, velocidade. força e até
mesmo situações de paroxismo, com toda a consciência de poder e triunfo, denominam
sucintamente o movimento estético futurismo.
     Os principais artistas que representaram o Futurismo foram, entre outros, Umberto Boccioni,
Giacomo Balla, Carlo Carrá e Gino Severini.




                                Em cima: Umberto Boccioni, Museu de Arte
                                           Moderna, Nova Iorque
                             Em baixo: Umberto Boccioni, Estados de Espírito I,
                                            Os Adeuses (1911)




                                                                                                    6
Interseccionismo


     O Iterseccionismo foi um movimento literário de vanguarda criado por Fernando Pessoa. Este
movimento caracteriza-se pela intersecção de vários níveis simultâneos de realidade num poema,
nomeadamente o sonho e a realidade, o presente e o passado, o eu e o outro, etc. Exemplo desta
estética é o poema "Chuva Oblíqua", confrontando-nos com o intercalamento entre, nomeadamente,
a realidade e o sonho, o interior e o exterior (imagens vindas do interior da nossa consciência ou do
exterior), a visão e a audição, etc. O próprio, Fernando Pessoa, considera esta poesia nos "arredores
da sua sinceridade", uma experiência lúdica que o autor abandona mais tarde.
     Este movimento apresenta semelhanças com a pintura futurista na medida em que a velocidade,
força e aceleração ganham uma importância modernista, onde será preciso imagens guardadas pela
nossa memória para decifrar o que é-nos mostrado. É ainda classificável pela "Geração de Orpheu"
uma espécie de cubismo narrativo.

Chuva Oblíqua, Fernando Pessoa:

    «Não sei quem me sonho...
    Súbito toda a água do mar do porto é transparente
    e vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse desdobrada,
    Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto,
    E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
    Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
    E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
    E passa para o outro lado da minha alma...

    (...)

    Que pandeiretas o silêncio deste quarto!...
    As paredes estão na Andaluzia...
    Há danças sensuais no brilho fixo da luz...

    De repente todo o espaço pára...,
    Pára, escorrega, desembrulha-se...,
    E num canto do teto, muito mais longe do que ele está,
    Abrem mãos brancas janelas secretas
    E há ramos de violetas caindo
    De haver uma noite de Primavera lá fora
    Sobre o eu estar de olhos fechados... »


No poema cruzam-se a paisagem presente e ausente, o actual e o pretérito, o real e o sonho, sendo
o poeta uma alma dividida, que capta subtis correspondências de sensações.


Sensacionismo

     É um termo que foi criado por Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro. Foi explicado pelo
primeiro ao longo de vários ensaios, apontamentos e escritos. O Sensacionismo assume-se como
princípio psicológico e estético, concebendo a sensação como única realidade. Fernando Pessoa
defendia que a arte deveria levar a cabo uma decomposição das sensações, de forma a tornar
consciente no homem, a estrutura da realidade, decomposta nos seus vários elementos. Portanto, na
base da arte estaria sempre a sensação. Esta baseia-se em três princípios artísticos: o da sensação,
o da sugestão e o da construção. Estava sujeita a uma intelectualização (tomada de consciência da
sensação), o que lhe permitiria ser expressa. Pessoa pretendeu estender este principio à análise de
vários autores seus contemporâneos, incluindo-se a si mesmo,e a uma perspectiva histórico-literária.
As contradições que encontramos na teorização do sensacionismo são reflexas da própria
complexidade das ideias de Pessoa.


                                                                                                   7
Excerto de Álvaro de Campos onde predomina o sensacionismo:

      “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. Sentir tudo de todas as maneiras. Sentir
      tudo excessivamente. Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas. E toda a
      realidade é um excesso, uma violência. Uma alucinação extraordinariamente nítida que
      vivemos todos em comum com a fúria das almas. O centro para onde tendem as
      estranhas forças centrifugas que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.”


Cubismo

     O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção
nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior
ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges
Braque. O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as
características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a superposição de
partes de um objecto sob um mesmo plano.




                                  Demoiselles d’Avignon, Pablo Picasso



      A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros,
esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embaçados na matemática geométrica possibilitam ao
espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objecto pode ser visto por ângulos
diferentes.
      A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e recomposição
da realidade através das estruturas geométricas.
Os artistas cubistas trazem uma ruptura com a perspectiva de visualizar o mundo sob um só ângulo,
uma só perspectiva. Então, o usufruto de colagens, montagens, a superposição de figuras, a
simultaneidade são características marcantes dos cubistas.
A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio
da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem.
      O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume Apollinaire, em
1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como a vanguarda anterior (Futurismo) era


                                                                                                  8
a favor da invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do verso livre e da
abolição do lirismo (estrofe, rima).



A Abstracção Lírica

     Este termo, que é muitas vezes utilizado com sentidos diferentes por autores diversos, começou
a ser empregue em França a partir de 1945 pelo crítico Pierre Restany e pelo pintor Mathieu para
designar um tipo de pintura abstracta onde os valores formais e pictóricos, de composição, de côr, de
criação de formas e signos sobrepõem-se aos valores expressivos e gestuais.
Incluem-se nesta designação a obra dos seguintes artistas: Pierre Soulages, Hans Hartung, Wols ,
Mathieu, Bryen e Riopelle.
     No sentido lato, a Abstracção Lírica, como designação estilística, é toda a Pintura Abstracta que
se opõem à Abstracção Geométrica e que não se inclui no Expressionismo, deste modo, alguns
autores incluem neste termo o grupo do Blau Reiter de Munique, especialmente devido ao sentido de
composição e harmonia da obra de Kandinsky e de Paul Klee, mas também devido á sua busca de
um sentido do espiritual na Arte.
     Devemos ter em atenção que este lirismo pictórico, muitas vezes associado ao inconsciente,
está também presente na obra de alguns Surrealistas, especialmente em Miró e Chagall.
     É na "Escola de Paris" que a Abstracção Lírica tem mais representantes. Em Portugal, na
sequência da 1ª Exposição Surrealista de 1949, João Moniz Pereira (1920-89), Fernando Azevedo
(n.1932) e pouco depois Fernando Lemos e Vespeira introduzem em Portugal uma abstracção lírica
de raiz surrealista que terá confirmação na exposição da casa Jalco de 1952 (Azevedo-Lemos-
Vespeira). A estes junta-se Joaquim Rodrigo em 1953. O 1º (e único) Salão de Arte Abstracta é em
1953 na Galeria de Março de José Augusto França (Vespeira, Lanhas, Rodrigo, Jorge Vieira,
Bertholo).


A Abstracção Geométrica

     Após algumas abordagens iniciais por António Pedro nos Poemas Dimensionais de 1935 no
âmbito Surrealista, é iniciada em 43-44 por Fernando Lanhas que as apresenta na Exposição dos
Independentes de Lisboa de 1945. Mais tarde, Joaquim Rodrigo de 58 a 61 prossegue também esta
estética, bem como Nadir Afonso.


Fauvismo


      O Fauvismo foi o nome dado ao estilo artístico francês que ocorreu no fim do século XIX, que
buscou explorar a expressividade das cores nas representações. Seus precursores foram os
famosos artistas pós-impressionistas Vincent Van Gogh e Paul Gauguin. Ambos nunca pintaram no
estilo fauvista, sendo na verdade anteriores, porém o fauvismo foi baseado em suas pinturas e em
seu estilo próprio.
      Tanto Van Gogh quanto Gauguin usavam cores vibrantes e agressivas em superfícies planas o
que imprimia à representação um grande teor dramático. Foi esta característica que foi imitada pelos
fauves, artistas do fauvismo. Este nome teve origem nas observações do crítico de arte Lois
Vauxcelles, que usou a expressão "Les fauves" para se referir aos artistas. Na realidade Vauxcelles
queria usar o nome de modo pejorativo, já que fauves significa "animais selvagens" na língua
francesa, porém o termo acabou por nomear o estilo.
      O fauvismo, na verdade, foi um período curto, durando de 1898 e 1908. Porém seu estilo ainda
permaneceu por algum tempo e revolucionou a arte. Cores fortes e vibrantes em vez das apagadas,
formas simples em vez de complexas e linhas vigorosas em vez de sutis.
      Tais características foram primeiramente observadas por Henri Matisse que ao lado de pintores
neo-impressionistas realizou experimentos com as cores. Estas experiências tinham um objectivo:
Matisse e seus companheiros buscavam uma imagem que, a seu ver, fosse mais real que a dos
impressionistas. Finalmente, em 1905, Matisse e Derain, pintaram juntos uma imagem do Sol
batendo no Mediterrâneo, usando uma técnica que envolvia pinceladas vigorosas. O resultado ficou
deslumbrante. Mais tarde, apresentados a alguns quadros de Gauguin os dois comprovaram suas

                                                                                                    9
teorias sobre as cores e, a partir daí criaram o estilo, que na verdade foi considerado como já criado
alguns anos antes.


Orfismo

     O Orfismo constitui o primeiro movimento propriamente moderno. Inicia-se em 1915, com a
revista Orpheu, que aglutinou alguns jovens insatisfeitos com a estagnação da cultura portuguesa.
De ideias futuristas, entusiasmados com as novidades trazidas pelas mudanças culturais postas em
curso com o século XX, defendiam a integração de Portugal no cenário da modernidade europeia.
Para tanto, pregavam o inconformismo e punham a actividade poética acima de tudo.
     Fernando Pessoa é a grande figura da geração, seguido de perto por Mário de Sá- Carneiro,
Alfredo Pedro Guisado, Santa Rita Pintor, Armando Cortes-Rodrigues e Almada Negreiros, este
último autor de um romance, Nome de Guerra, uma das raras obras em prosa numa geração
primordialmente poética.
     De Orpheu ainda sairia um segundo número, em 1915, mas o terceiro, anunciado para o ano
seguinte, não chegaria a vir a público.


Suprematismo

     O Surrealismo foi um movimento russo de arte abstracta que surgiu por volta de 1913. Este
movimento artístico é criado por Malevich, cruza influências do Cubismo e do Futurismo, e é uma
arte geometricamente abstracta que procura romper com o naturalismo das formas, cores, e
objectividade do mundo. Malevich baseou-se nas sugestões do matemático russo P.D. Ouspensky,
que defende haver por trás do mundo visível um outro mundo, espécie de quarta dimensão, além das
três a que os sentidos humanos têm acesso. O Suprematismo representaria essa realidade, esse
"mundo não objetivo", referido a uma ordem superior de relação entre os fenómenos - espécie de
"energia espiritual abstracta" -, que é invisível, mas nem por isso menos real.
     Com o movimento suprematista, Malevich adere à abstração e ao compromisso com a pesquisa
metódica da forma pura. O Quadrado negro sobre fundo branco, pintado entre 1913 e 1915,
constituiu uma ruptura radical com a arte existente na época. É composto por dois quadrados, um
dentro do outro, com os lados paralelos aos da tela.




                                                             Quadrado Negro Sobre Fundo Branco, Malevich,
                                                             1915




                                                                                                      10
Expressionismo


      O Expressionismo nasce como um movimento artístico no principio do séc. XX. Rompendo com
os cânones académicos, este movimento surge principalmente como um grito de revolta ao
Impressionismo (cujas características são o naturalismo e o realismo. Uma arte individualista,
emocional, e representativa do estado psicológico e sentimentos do artista em si. É uma explosão de
cores violentas, e formas sinistras, que exprimem o ponto de vista do artista e emoções. O
Expressionismo defende a liberdade individual, a primazia da expressão subjectiva, o irracionalismo,
o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, demoníaco, sexual, fantástico ou pervertido.
Este estilo é usualmente usado para exprimir a solidão e miséria humana, principalmente no
ambiente da Primeira Guerra e Segunda Guerra Mundial.
      O Expressionismo também se manifestou na literatura. Os escritores expressionistas criticaram
a sociedade burguesa da sua época, o militarismo do governo do cáiser, a alienação do indivíduo na
era industrial e a repressão familiar, moral e religiosa, pelo qual se sentiam vazios, sós, entediados,
numa profunda crise existencial. O escritor concentra-se no seu ponto de vista e o que sente
interiormente, procura a essência das coisas e mostra a sua visão particular. Também escolhem
temáticas até então proibidas, como a sexualidade, a doença e a morte, ou enfatizando aspectos
como o sinistro, o macabro, o grotesco. Formalmente, recorrem a um tom épico, exaltado, patético,
renunciando à gramática e às relações sintáticas lógicas, com uma linguagem precisa, crua,
concentrada.




                                        Tirol (1914), de Franz Marc




                                                                                                    11
Dadaísmo


      O movimento Dadá ou Dadaísmo surgiu em Zurique em 1916, no decurso da Primeira
movimento de carácter anti-racional claramente contrário à Primeira Guerra Mundial e aos padrões
da arte estabelecida na época. É um opositor a qualquer tipo de equilíbrio, é de um cepticismo
absoluto, combina o pessimismo irónico e a ingenuidade radical, e é essencialmente um estilo de
improvisação. É um movimento que protesta contra uma civilização que não consegue evitar a
guerra, sendo a negação total da cultura, procurando chocar com o seu estilo aleatório, com o
absurdo, incoerência, desordem e caos. A sua especialidade era o Ready-Made, ou seja, uma obra
feita na hora.




                                                                   A Fonte, Duchamp




Surrealismo


O Surrealismo é um movimento artístico e literário que surgiu em Paris na década de 1920.
È um movimento que reúne artistas antigamente ligados ao Dadaísmo.
Foi o escritor André Breton o primeiro a utilizar o termo, ao publicar o "Manifesto Surrealista", em
1924. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da
lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia, para poder expressar o inconsciente, a
imaginação e os sonhos. Baseavam-se também nos estudos de Sigmund Freud, considerado o pai
da psicanálise, sobretudo na sua obra mais conhecida, "A Interpretação dos Sonhos", em que Freud
descreve o funcionamento do inconsciente e a forma como ele aflora nos sonhos.
Por trás dessas obras cheias de sonho, os pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O
surrealismo foi um movimento surgido num período entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o
racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser destruída por armas
e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência.




                                                                                                  12
A persistência da Memória, Salvador Dali




                                           13
Bibliografia


Livros de apoio:

Título: Plural - Português 12º ano/Ensino Secundário
Autoras: Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista e Paula Fonseca
Lisboa Editora, S.A.

Título: História da Cultura e das Artes 11º ano 3ª Parte
Autoras: Ana Lídia Pinto, Fernanda Meireles, Manuela Cernadas Cambotas
Porto Editora

Sites de apoio:

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/fernpes
soaorton.htm


http://www.infopedia.pt/$interseccionismo

http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/2010/02/interseccionismo.html


http://epavgestao0306.blogspot.com/2005/11/sensacionismo.html

http://pt.scribd.com/doc/3373945/Literatura-Aula-21-Modernismo-em-Portugal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_em_Portugal




                                                                                               14

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O modernismo em portugal
O modernismo em portugalO modernismo em portugal
Cubismo
CubismoCubismo
Cubismo
Carlos Vieira
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
gofontoura
 
O Modernismo na Arte
O Modernismo na ArteO Modernismo na Arte
O Modernismo na Arte
Michele Wilbert
 
Modernismo em Portugal: a primeira geração
Modernismo em Portugal: a primeira geraçãoModernismo em Portugal: a primeira geração
Modernismo em Portugal: a primeira geração
Jailson Lima
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
Daniel BoSs
 
Expressionismo
ExpressionismoExpressionismo
Expressionismo
Inês Filipa
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
Michele Pó
 
Cubismo
CubismoCubismo
Modernismo Brasileiro
Modernismo BrasileiroModernismo Brasileiro
Modernismo Brasileiro
Andrea Dressler
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
Mara Virginia
 
Fauvismo
FauvismoFauvismo
Fauvismo
Carlos Vieira
 
Arte barroca slides 33
Arte barroca slides 33Arte barroca slides 33
Arte barroca slides 33
zildagomesk
 
Semana de arte moderna
Semana de arte moderna Semana de arte moderna
Semana de arte moderna
licss
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
O Realismo
O RealismoO Realismo
O Realismo
MissBlackBerryBush
 
A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismo
home
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
Bruna M
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
Michele Pó
 
Fauvismo
FauvismoFauvismo
Fauvismo
Michele Pó
 

Mais procurados (20)

O modernismo em portugal
O modernismo em portugalO modernismo em portugal
O modernismo em portugal
 
Cubismo
CubismoCubismo
Cubismo
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
O Modernismo na Arte
O Modernismo na ArteO Modernismo na Arte
O Modernismo na Arte
 
Modernismo em Portugal: a primeira geração
Modernismo em Portugal: a primeira geraçãoModernismo em Portugal: a primeira geração
Modernismo em Portugal: a primeira geração
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
 
Expressionismo
ExpressionismoExpressionismo
Expressionismo
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
 
Cubismo
CubismoCubismo
Cubismo
 
Modernismo Brasileiro
Modernismo BrasileiroModernismo Brasileiro
Modernismo Brasileiro
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
 
Fauvismo
FauvismoFauvismo
Fauvismo
 
Arte barroca slides 33
Arte barroca slides 33Arte barroca slides 33
Arte barroca slides 33
 
Semana de arte moderna
Semana de arte moderna Semana de arte moderna
Semana de arte moderna
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
O Realismo
O RealismoO Realismo
O Realismo
 
A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismo
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Fauvismo
FauvismoFauvismo
Fauvismo
 

Destaque

Modernismo.
Modernismo.Modernismo.
Modernismo.
Bruna
 
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Literatura   aula 21 - modernismo em portugalLiteratura   aula 21 - modernismo em portugal
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Juliana Oliveira
 
A Geração de Orpheu
A Geração de OrpheuA Geração de Orpheu
A Geração de Orpheu
complementoindirecto
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
Thalles Yvson
 
A estética do grotesco em "Um cão andaluz"
A estética do grotesco em "Um cão andaluz"A estética do grotesco em "Um cão andaluz"
A estética do grotesco em "Um cão andaluz"
Andreia Morais
 
A arte - Trabalho Historia
A arte - Trabalho HistoriaA arte - Trabalho Historia
A arte - Trabalho Historia
Melissa Matos
 
Fernando Martinho
Fernando MartinhoFernando Martinho
Fernando Martinho
Ana Isabel Falé
 
A Geração De Orpheu
A Geração De OrpheuA Geração De Orpheu
A Geração De Orpheu
complementoindirecto
 
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando PessoaModernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
whybells
 
Geração ‘Orpheu’
Geração  ‘Orpheu’Geração  ‘Orpheu’
Geração ‘Orpheu’
Maria Pereira
 
semana 22 resumo
  semana 22 resumo  semana 22 resumo
semana 22 resumo
denise lugli
 
El modernismo en colombia
El modernismo en colombiaEl modernismo en colombia
El modernismo en colombia
Javier Benavides
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
Maria da Paz
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 15
Apresentação para décimo segundo ano, aula 15Apresentação para décimo segundo ano, aula 15
Apresentação para décimo segundo ano, aula 15
luisprista
 
Power Point Pintura Modernista
Power Point Pintura ModernistaPower Point Pintura Modernista
Power Point Pintura Modernista
guestbdd8c1f
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa Heterónimos
ESVieira do Minho
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
Dina Baptista
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
Ana Isabel
 
Alvaro de Campos
Alvaro de CamposAlvaro de Campos
Alvaro de Campos
aramalho340
 
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os RecursosRecursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
Bruno Pinto
 

Destaque (20)

Modernismo.
Modernismo.Modernismo.
Modernismo.
 
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Literatura   aula 21 - modernismo em portugalLiteratura   aula 21 - modernismo em portugal
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
 
A Geração de Orpheu
A Geração de OrpheuA Geração de Orpheu
A Geração de Orpheu
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
A estética do grotesco em "Um cão andaluz"
A estética do grotesco em "Um cão andaluz"A estética do grotesco em "Um cão andaluz"
A estética do grotesco em "Um cão andaluz"
 
A arte - Trabalho Historia
A arte - Trabalho HistoriaA arte - Trabalho Historia
A arte - Trabalho Historia
 
Fernando Martinho
Fernando MartinhoFernando Martinho
Fernando Martinho
 
A Geração De Orpheu
A Geração De OrpheuA Geração De Orpheu
A Geração De Orpheu
 
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando PessoaModernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
 
Geração ‘Orpheu’
Geração  ‘Orpheu’Geração  ‘Orpheu’
Geração ‘Orpheu’
 
semana 22 resumo
  semana 22 resumo  semana 22 resumo
semana 22 resumo
 
El modernismo en colombia
El modernismo en colombiaEl modernismo en colombia
El modernismo en colombia
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 15
Apresentação para décimo segundo ano, aula 15Apresentação para décimo segundo ano, aula 15
Apresentação para décimo segundo ano, aula 15
 
Power Point Pintura Modernista
Power Point Pintura ModernistaPower Point Pintura Modernista
Power Point Pintura Modernista
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa Heterónimos
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
 
Alvaro de Campos
Alvaro de CamposAlvaro de Campos
Alvaro de Campos
 
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os RecursosRecursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
 

Semelhante a O Modernismo

Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
Beatriz Cruz
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
quintaldasletras
 
1 modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica
1   modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica1   modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica
1 modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica
Carla Ribeiro
 
Trabalho portugues
Trabalho portuguesTrabalho portugues
Trabalho portugues
Nuno Aparicio
 
Modernismo em portugal e fernando pessoa
Modernismo em portugal e fernando pessoaModernismo em portugal e fernando pessoa
Modernismo em portugal e fernando pessoa
Andréia Peixoto
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
Adventus Net
 
12 - Modernismo-2-8.docx
12 - Modernismo-2-8.docx12 - Modernismo-2-8.docx
12 - Modernismo-2-8.docx
RosenildaAparecidaLa
 
12k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp01
12k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp0112k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp01
12k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp01
William Silva
 
Modernismo no Brasil
Modernismo no BrasilModernismo no Brasil
Modernismo no Brasil
alinesantana1422
 
O Modernismo em Portugal - Movimento Literário
O Modernismo em Portugal - Movimento LiterárioO Modernismo em Portugal - Movimento Literário
O Modernismo em Portugal - Movimento Literário
Ceber Alves
 
Artes - Trabalho de história e EV
Artes - Trabalho de história e EVArtes - Trabalho de história e EV
Artes - Trabalho de história e EV
ammarahmonteiro
 
Modernismo em Portugal.pptx
Modernismo em Portugal.pptxModernismo em Portugal.pptx
Modernismo em Portugal.pptx
MariaAntunes70
 
Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária.ppt
Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária.pptFernando Pessoa Contextualização histórico-literária.ppt
Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária.ppt
ssuser87ae72
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
Clézio Nunes
 
Por3 trabalho1
Por3 trabalho1Por3 trabalho1
Por3 trabalho1
Equipemundi2014
 
Revista Orpheu
Revista OrpheuRevista Orpheu
Revista Orpheu
complementoindirecto
 
PORTUGUES - Modernismo - 3ºC
PORTUGUES - Modernismo - 3ºCPORTUGUES - Modernismo - 3ºC
PORTUGUES - Modernismo - 3ºC
liceuterceiroc
 
A vanguarda europeia
A vanguarda europeiaA vanguarda europeia
A vanguarda europeia
Laboratório de Informática
 
Pré- Modernismo: Vanguardas europeias
Pré- Modernismo: Vanguardas europeias Pré- Modernismo: Vanguardas europeias
Pré- Modernismo: Vanguardas europeias
Pedro Agora Brasil
 
Vanguardas Européias
Vanguardas EuropéiasVanguardas Européias
Vanguardas Européias
Arcelino Barbosa
 

Semelhante a O Modernismo (20)

Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
 
1 modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica
1   modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica1   modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica
1 modernismo e-a_geração_do_orpheu_breve_nota_biográfica
 
Trabalho portugues
Trabalho portuguesTrabalho portugues
Trabalho portugues
 
Modernismo em portugal e fernando pessoa
Modernismo em portugal e fernando pessoaModernismo em portugal e fernando pessoa
Modernismo em portugal e fernando pessoa
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
12 - Modernismo-2-8.docx
12 - Modernismo-2-8.docx12 - Modernismo-2-8.docx
12 - Modernismo-2-8.docx
 
12k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp01
12k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp0112k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp01
12k modernismoeosseus-ismos-120103163250-phpapp01
 
Modernismo no Brasil
Modernismo no BrasilModernismo no Brasil
Modernismo no Brasil
 
O Modernismo em Portugal - Movimento Literário
O Modernismo em Portugal - Movimento LiterárioO Modernismo em Portugal - Movimento Literário
O Modernismo em Portugal - Movimento Literário
 
Artes - Trabalho de história e EV
Artes - Trabalho de história e EVArtes - Trabalho de história e EV
Artes - Trabalho de história e EV
 
Modernismo em Portugal.pptx
Modernismo em Portugal.pptxModernismo em Portugal.pptx
Modernismo em Portugal.pptx
 
Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária.ppt
Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária.pptFernando Pessoa Contextualização histórico-literária.ppt
Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária.ppt
 
Modernismo em portugal
Modernismo em portugalModernismo em portugal
Modernismo em portugal
 
Por3 trabalho1
Por3 trabalho1Por3 trabalho1
Por3 trabalho1
 
Revista Orpheu
Revista OrpheuRevista Orpheu
Revista Orpheu
 
PORTUGUES - Modernismo - 3ºC
PORTUGUES - Modernismo - 3ºCPORTUGUES - Modernismo - 3ºC
PORTUGUES - Modernismo - 3ºC
 
A vanguarda europeia
A vanguarda europeiaA vanguarda europeia
A vanguarda europeia
 
Pré- Modernismo: Vanguardas europeias
Pré- Modernismo: Vanguardas europeias Pré- Modernismo: Vanguardas europeias
Pré- Modernismo: Vanguardas europeias
 
Vanguardas Européias
Vanguardas EuropéiasVanguardas Européias
Vanguardas Européias
 

Mais de complementoindirecto

Cavalo Lusitano
Cavalo LusitanoCavalo Lusitano
Cavalo Lusitano
complementoindirecto
 
O Estudante do Ensino Secundário
O Estudante do Ensino SecundárioO Estudante do Ensino Secundário
O Estudante do Ensino Secundário
complementoindirecto
 
O Espectador
O EspectadorO Espectador
O Espectador
complementoindirecto
 
O riso
O risoO riso
Cindy Sherman
Cindy ShermanCindy Sherman
Cindy Sherman
complementoindirecto
 
flávia
fláviaflávia
A Pantera Cor-de-Rosa
A Pantera Cor-de-RosaA Pantera Cor-de-Rosa
A Pantera Cor-de-Rosa
complementoindirecto
 
Árvore Prometeu
Árvore PrometeuÁrvore Prometeu
Árvore Prometeu
complementoindirecto
 
Robert Mapplethorpe
Robert MapplethorpeRobert Mapplethorpe
Robert Mapplethorpe
complementoindirecto
 
Pink Slime
Pink SlimePink Slime
BrickArt
BrickArtBrickArt
Big Brother
Big BrotherBig Brother
Testes em Animais
Testes em AnimaisTestes em Animais
Testes em Animais
complementoindirecto
 
Body Art
Body ArtBody Art
Charles Manson
Charles MansonCharles Manson
Charles Manson
complementoindirecto
 
12 k erica-
12 k erica-12 k erica-
Wearable Art
Wearable ArtWearable Art
Wearable Art
complementoindirecto
 
História da Tatuagem
História da Tatuagem História da Tatuagem
História da Tatuagem
complementoindirecto
 
Escova de dentes
Escova de dentesEscova de dentes
Escova de dentes
complementoindirecto
 
Aldous Huxley
Aldous HuxleyAldous Huxley
Aldous Huxley
complementoindirecto
 

Mais de complementoindirecto (20)

Cavalo Lusitano
Cavalo LusitanoCavalo Lusitano
Cavalo Lusitano
 
O Estudante do Ensino Secundário
O Estudante do Ensino SecundárioO Estudante do Ensino Secundário
O Estudante do Ensino Secundário
 
O Espectador
O EspectadorO Espectador
O Espectador
 
O riso
O risoO riso
O riso
 
Cindy Sherman
Cindy ShermanCindy Sherman
Cindy Sherman
 
flávia
fláviaflávia
flávia
 
A Pantera Cor-de-Rosa
A Pantera Cor-de-RosaA Pantera Cor-de-Rosa
A Pantera Cor-de-Rosa
 
Árvore Prometeu
Árvore PrometeuÁrvore Prometeu
Árvore Prometeu
 
Robert Mapplethorpe
Robert MapplethorpeRobert Mapplethorpe
Robert Mapplethorpe
 
Pink Slime
Pink SlimePink Slime
Pink Slime
 
BrickArt
BrickArtBrickArt
BrickArt
 
Big Brother
Big BrotherBig Brother
Big Brother
 
Testes em Animais
Testes em AnimaisTestes em Animais
Testes em Animais
 
Body Art
Body ArtBody Art
Body Art
 
Charles Manson
Charles MansonCharles Manson
Charles Manson
 
12 k erica-
12 k erica-12 k erica-
12 k erica-
 
Wearable Art
Wearable ArtWearable Art
Wearable Art
 
História da Tatuagem
História da Tatuagem História da Tatuagem
História da Tatuagem
 
Escova de dentes
Escova de dentesEscova de dentes
Escova de dentes
 
Aldous Huxley
Aldous HuxleyAldous Huxley
Aldous Huxley
 

Último

Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
Giovana Gomes da Silva
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
carlaslr1
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
ReinaldoSouza57
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
analuisasesso
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
andressacastro36
 

Último (20)

Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
 

O Modernismo

  • 1. Profª Marcela Neves Modernismo Bernardo Mora nº5 David Mocinha nº12 Hugo Jesus nº18 João Machado nº 20 Lisboa - 2011 1
  • 2. Índice Introdução p3 Modernismo p4 Modernismo em Portugal p5 Movimentos artísticos de vanguarda p6 Futurismo p6 Interseccionismo p7 Sensacionismo p7 Cubismo p8 Abstracção Lírica p9 Abstracção Geométrica p9 Fauvismo p9 Orfismo p 10 Suprematismo p 10 Expressionismo p 11 Dadaísmo p 12 Surrealismo p 13 Bibliografia p 14 2
  • 3. Introdução O Modernismo foi um período que caracterizou o século XX, onde o mundo recebe uma nova mentalidade, abraça uma nova versão do que é mundo aproveitado nas suas vertentes máximas. É claro que isso só é possível com a intervenção de artistas que se manifestam desde a literatura à pintura. Este trabalho procura a compreensão do que foi, na sua dimensão total, o Modernismo e todo o período em que o mundo moderno surge. Falaremos dos movimentos que surgiram neste período, todas as manifestações artísticas que se manifestaram no surgimento deste novo mundo. 3
  • 4. Modernismo O século XX foi marcado não só por crises e rupturas, mas também por um avanço tecnológico e científico que inova com a abundância de máquinas e torna a miséria e o descontentamento cada vez mais evidente. O antigo capitalismo de um movimento global de acção por parte das empresas e ao seu consequente lucro, torna-se numa crise profunda que faz surgir a Primeira Guerra Mundial, que duraria dois anos, iniciando-se a 1914, e à Revolução Russa (1917). A cultura precisava da colaboração da sociedade e o desconforto em que seguia a época, fez com que Nietzsche, um filósofo alemão, contrastando com os fundamentos morais que, segundo este, descendiam da cultura grega e judaico-cristã, redefinir novos valores e empreender a vida ao máximo. Freud e Einstein foram outros intelectuais que contribuíram para esta "revolução empreendedora", com a criação da Psicanálise, criada por Freud, que expõe o homem na sexualidade, no significado dos sonhos, entre outros; e com a criação da teoria da relatividade de Einstein (1905) que revoluciona a ciência com a dúvida no conhecimento científico. O Mundo assume uma estabilidade satisfatória mas com a Primeira Guerra Mundial a insegurança fez com que a Europa se atrasasse. Os artistas reagem ao cepticismo social e ao espírito derrotado, criando obras cheias de sarcasmo, ironia e provocação. O principal objectivo assumiu-se com a necessidade da redescoberta do mundo e com a vontade de experimentar o novo. Não só na música mas também na pintura, bem como todas as formas de expressão artística e na literatura recusa-se o velho, o dramático e o narrativo tradicionais. As personagens que deram asas a literatura modernista são pessoas vulgares longe de heróicos por tradição, clássicos ou românticos, foram nomeadamente os protagonistas de três das mais emblemáticas obras deste período: • Ulisses, James Joyce • O Processo, Kafka • O Livro do Desassossego, Bernardo Soares (Fernando Pessoa) O indivíduo perde a identidade, como foi o caso de Fernando Pessoa, que se transforma em heterónimos, outras pessoas que fazem com que desdobre a sua integridade, inspirado na psicanálise de Freud, onde existe um eu que nasce do eu como se tratasse de uma personalidade dupla. Fernando Pessoa representa-a através da linguagem criativa e original frisando o novo e o inesperado, como que uma língua nova criada. As artes visuais sentiram igualmente a mentalidade de reinvenção e começa o uso de técnicas impensáveis anteriormente, como por exemplo, a colagem. Pablo Picasso, As três dançarinas (1925). 4
  • 5. Modernismo em Portugal As primeiras manifestações modernistas começaram a surgir no período compreendido entre as duas guerras mundiais, período marcado por profundas transformações político-sociais em toda a Europa, não só em Portugal. Didacticamente, o Modernismo português tem início em 1915, com o lançamento do primeiro número da Revista Orpheu, revista que, inspirada pelos movimentos da Vanguarda Europeia, desejava romper com o convencionalismo, com as idealizações românticas, chocando a sociedade da época. Vários artistas participaram na elaboração da revista, entre eles destacaram-se: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Os escritores do Orfismo, como ficaram conhecidos, queriam imprimir à literatura portuguesa as inovações europeias. Anos depois, em 1927, outra importante revista passa a ser divulgadora dos novos ideais modernistas – A Revista Presença, que teve como maior representante, o escritor José Régio. Fernando Pessoa criou vários heterônimos que apresentavam características particulares e que por isso escreviam textos bem diversos. Os heterónimos mais importantes foram Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, embora tivesse usado outros menos conhecidos. Os textos de Alberto Caeiro são marcados pela ingenuidade e pela linguagem simples. Os seus versos são livres e falam do amor à natureza e à simplicidade da vida no campo. Recusa qualquer explicação filosófica sobre a vida. Caeiro pensa com os sentidos, não com a razão, pois para ele a felicidade reside em não pensar. Os textos de Ricardo Reis caracterizam-se pelo estilo erudito e clássico enquanto que Alberto Caeiro era sinónimo de sensibilidade e Ricardo Reis é extremamente racional. A sua linguagem é rebuscada e complexa. Ele usa com muita frequência a mitologia clássica. Tinha plena consciência da brevidade da vida, o que lhe provocava muito sofrimento. Álvaro de Campos era o poeta do futuro, da velocidade, das máquinas, do tempo presente, identificado com a Vanguarda Europeia. Os seus textos são contraditórios: ora marcados por uma grande energia, ora revelando a crise dos valores espirituais e a angústia do homem do seu tempo, inadaptado às condutas sociais. Enquanto Alberto Caeiro pensava com os sentidos e Ricardo Reis com a razão, Álvaro de Campos, pensava com a emoção. A produção ortónima de Fernando Pessoa apresenta características bem diferentes das encontradas nos seus heterónimos. Fernando Pessoa expressa um profundo sentimento nacionalista e um apego à tradição portuguesa. A sua produção literária é dividida em: lírica e épica. O livro “Mensagem” é um exemplo da sua obra épica. Nele Fernando Pessoa, numa clara aproximação com Camões, vai falar dos grandes feitos portugueses, dos reis e da época das grandes navegações. Outra figura importante do Modernismo português é Mário de Sá-Carneiro, que também fez parte do grupo de escritores responsáveis pela publicação da Revista Orpheu em 1915. Ele era o responsável pela parte financeira da revista, tanto que após o seu suicídio, em 1916, com apenas 26 anos, a revista não circulou mais. Os seus textos são marcados por um forte sentimento de inadaptação ao mundo e por muito subjectivismo. Mário de Sá-Carneiro procurou compreender o porquê de sua existência, mas não o encontrou, acabando por se perder nele mesmo. 5
  • 6. Movimentos artísticos de vanguarda Futurismo O movimento estético denominado Futurismo foi iniciado pelo escritor italiano Filippo Marianetti, em 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, O Futurismo é um movimento de exaltação de todo o dinamismo e velocidade que, em Portugal, teve grande influência na geração de Orpheu que só foi possível com a existência de Almada Negreiros, Amadeu de Souza-Cardozo e Fernando Pessoa, com a procura de inovação e novo esteticismo. Todo o dinamismo, velocidade. força e até mesmo situações de paroxismo, com toda a consciência de poder e triunfo, denominam sucintamente o movimento estético futurismo. Os principais artistas que representaram o Futurismo foram, entre outros, Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrá e Gino Severini. Em cima: Umberto Boccioni, Museu de Arte Moderna, Nova Iorque Em baixo: Umberto Boccioni, Estados de Espírito I, Os Adeuses (1911) 6
  • 7. Interseccionismo O Iterseccionismo foi um movimento literário de vanguarda criado por Fernando Pessoa. Este movimento caracteriza-se pela intersecção de vários níveis simultâneos de realidade num poema, nomeadamente o sonho e a realidade, o presente e o passado, o eu e o outro, etc. Exemplo desta estética é o poema "Chuva Oblíqua", confrontando-nos com o intercalamento entre, nomeadamente, a realidade e o sonho, o interior e o exterior (imagens vindas do interior da nossa consciência ou do exterior), a visão e a audição, etc. O próprio, Fernando Pessoa, considera esta poesia nos "arredores da sua sinceridade", uma experiência lúdica que o autor abandona mais tarde. Este movimento apresenta semelhanças com a pintura futurista na medida em que a velocidade, força e aceleração ganham uma importância modernista, onde será preciso imagens guardadas pela nossa memória para decifrar o que é-nos mostrado. É ainda classificável pela "Geração de Orpheu" uma espécie de cubismo narrativo. Chuva Oblíqua, Fernando Pessoa: «Não sei quem me sonho... Súbito toda a água do mar do porto é transparente e vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse desdobrada, Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto, E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro, E passa para o outro lado da minha alma... (...) Que pandeiretas o silêncio deste quarto!... As paredes estão na Andaluzia... Há danças sensuais no brilho fixo da luz... De repente todo o espaço pára..., Pára, escorrega, desembrulha-se..., E num canto do teto, muito mais longe do que ele está, Abrem mãos brancas janelas secretas E há ramos de violetas caindo De haver uma noite de Primavera lá fora Sobre o eu estar de olhos fechados... » No poema cruzam-se a paisagem presente e ausente, o actual e o pretérito, o real e o sonho, sendo o poeta uma alma dividida, que capta subtis correspondências de sensações. Sensacionismo É um termo que foi criado por Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro. Foi explicado pelo primeiro ao longo de vários ensaios, apontamentos e escritos. O Sensacionismo assume-se como princípio psicológico e estético, concebendo a sensação como única realidade. Fernando Pessoa defendia que a arte deveria levar a cabo uma decomposição das sensações, de forma a tornar consciente no homem, a estrutura da realidade, decomposta nos seus vários elementos. Portanto, na base da arte estaria sempre a sensação. Esta baseia-se em três princípios artísticos: o da sensação, o da sugestão e o da construção. Estava sujeita a uma intelectualização (tomada de consciência da sensação), o que lhe permitiria ser expressa. Pessoa pretendeu estender este principio à análise de vários autores seus contemporâneos, incluindo-se a si mesmo,e a uma perspectiva histórico-literária. As contradições que encontramos na teorização do sensacionismo são reflexas da própria complexidade das ideias de Pessoa. 7
  • 8. Excerto de Álvaro de Campos onde predomina o sensacionismo: “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. Sentir tudo de todas as maneiras. Sentir tudo excessivamente. Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas. E toda a realidade é um excesso, uma violência. Uma alucinação extraordinariamente nítida que vivemos todos em comum com a fúria das almas. O centro para onde tendem as estranhas forças centrifugas que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.” Cubismo O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges Braque. O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a superposição de partes de um objecto sob um mesmo plano. Demoiselles d’Avignon, Pablo Picasso A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embaçados na matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objecto pode ser visto por ângulos diferentes. A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e recomposição da realidade através das estruturas geométricas. Os artistas cubistas trazem uma ruptura com a perspectiva de visualizar o mundo sob um só ângulo, uma só perspectiva. Então, o usufruto de colagens, montagens, a superposição de figuras, a simultaneidade são características marcantes dos cubistas. A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem. O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como a vanguarda anterior (Futurismo) era 8
  • 9. a favor da invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe, rima). A Abstracção Lírica Este termo, que é muitas vezes utilizado com sentidos diferentes por autores diversos, começou a ser empregue em França a partir de 1945 pelo crítico Pierre Restany e pelo pintor Mathieu para designar um tipo de pintura abstracta onde os valores formais e pictóricos, de composição, de côr, de criação de formas e signos sobrepõem-se aos valores expressivos e gestuais. Incluem-se nesta designação a obra dos seguintes artistas: Pierre Soulages, Hans Hartung, Wols , Mathieu, Bryen e Riopelle. No sentido lato, a Abstracção Lírica, como designação estilística, é toda a Pintura Abstracta que se opõem à Abstracção Geométrica e que não se inclui no Expressionismo, deste modo, alguns autores incluem neste termo o grupo do Blau Reiter de Munique, especialmente devido ao sentido de composição e harmonia da obra de Kandinsky e de Paul Klee, mas também devido á sua busca de um sentido do espiritual na Arte. Devemos ter em atenção que este lirismo pictórico, muitas vezes associado ao inconsciente, está também presente na obra de alguns Surrealistas, especialmente em Miró e Chagall. É na "Escola de Paris" que a Abstracção Lírica tem mais representantes. Em Portugal, na sequência da 1ª Exposição Surrealista de 1949, João Moniz Pereira (1920-89), Fernando Azevedo (n.1932) e pouco depois Fernando Lemos e Vespeira introduzem em Portugal uma abstracção lírica de raiz surrealista que terá confirmação na exposição da casa Jalco de 1952 (Azevedo-Lemos- Vespeira). A estes junta-se Joaquim Rodrigo em 1953. O 1º (e único) Salão de Arte Abstracta é em 1953 na Galeria de Março de José Augusto França (Vespeira, Lanhas, Rodrigo, Jorge Vieira, Bertholo). A Abstracção Geométrica Após algumas abordagens iniciais por António Pedro nos Poemas Dimensionais de 1935 no âmbito Surrealista, é iniciada em 43-44 por Fernando Lanhas que as apresenta na Exposição dos Independentes de Lisboa de 1945. Mais tarde, Joaquim Rodrigo de 58 a 61 prossegue também esta estética, bem como Nadir Afonso. Fauvismo O Fauvismo foi o nome dado ao estilo artístico francês que ocorreu no fim do século XIX, que buscou explorar a expressividade das cores nas representações. Seus precursores foram os famosos artistas pós-impressionistas Vincent Van Gogh e Paul Gauguin. Ambos nunca pintaram no estilo fauvista, sendo na verdade anteriores, porém o fauvismo foi baseado em suas pinturas e em seu estilo próprio. Tanto Van Gogh quanto Gauguin usavam cores vibrantes e agressivas em superfícies planas o que imprimia à representação um grande teor dramático. Foi esta característica que foi imitada pelos fauves, artistas do fauvismo. Este nome teve origem nas observações do crítico de arte Lois Vauxcelles, que usou a expressão "Les fauves" para se referir aos artistas. Na realidade Vauxcelles queria usar o nome de modo pejorativo, já que fauves significa "animais selvagens" na língua francesa, porém o termo acabou por nomear o estilo. O fauvismo, na verdade, foi um período curto, durando de 1898 e 1908. Porém seu estilo ainda permaneceu por algum tempo e revolucionou a arte. Cores fortes e vibrantes em vez das apagadas, formas simples em vez de complexas e linhas vigorosas em vez de sutis. Tais características foram primeiramente observadas por Henri Matisse que ao lado de pintores neo-impressionistas realizou experimentos com as cores. Estas experiências tinham um objectivo: Matisse e seus companheiros buscavam uma imagem que, a seu ver, fosse mais real que a dos impressionistas. Finalmente, em 1905, Matisse e Derain, pintaram juntos uma imagem do Sol batendo no Mediterrâneo, usando uma técnica que envolvia pinceladas vigorosas. O resultado ficou deslumbrante. Mais tarde, apresentados a alguns quadros de Gauguin os dois comprovaram suas 9
  • 10. teorias sobre as cores e, a partir daí criaram o estilo, que na verdade foi considerado como já criado alguns anos antes. Orfismo O Orfismo constitui o primeiro movimento propriamente moderno. Inicia-se em 1915, com a revista Orpheu, que aglutinou alguns jovens insatisfeitos com a estagnação da cultura portuguesa. De ideias futuristas, entusiasmados com as novidades trazidas pelas mudanças culturais postas em curso com o século XX, defendiam a integração de Portugal no cenário da modernidade europeia. Para tanto, pregavam o inconformismo e punham a actividade poética acima de tudo. Fernando Pessoa é a grande figura da geração, seguido de perto por Mário de Sá- Carneiro, Alfredo Pedro Guisado, Santa Rita Pintor, Armando Cortes-Rodrigues e Almada Negreiros, este último autor de um romance, Nome de Guerra, uma das raras obras em prosa numa geração primordialmente poética. De Orpheu ainda sairia um segundo número, em 1915, mas o terceiro, anunciado para o ano seguinte, não chegaria a vir a público. Suprematismo O Surrealismo foi um movimento russo de arte abstracta que surgiu por volta de 1913. Este movimento artístico é criado por Malevich, cruza influências do Cubismo e do Futurismo, e é uma arte geometricamente abstracta que procura romper com o naturalismo das formas, cores, e objectividade do mundo. Malevich baseou-se nas sugestões do matemático russo P.D. Ouspensky, que defende haver por trás do mundo visível um outro mundo, espécie de quarta dimensão, além das três a que os sentidos humanos têm acesso. O Suprematismo representaria essa realidade, esse "mundo não objetivo", referido a uma ordem superior de relação entre os fenómenos - espécie de "energia espiritual abstracta" -, que é invisível, mas nem por isso menos real. Com o movimento suprematista, Malevich adere à abstração e ao compromisso com a pesquisa metódica da forma pura. O Quadrado negro sobre fundo branco, pintado entre 1913 e 1915, constituiu uma ruptura radical com a arte existente na época. É composto por dois quadrados, um dentro do outro, com os lados paralelos aos da tela. Quadrado Negro Sobre Fundo Branco, Malevich, 1915 10
  • 11. Expressionismo O Expressionismo nasce como um movimento artístico no principio do séc. XX. Rompendo com os cânones académicos, este movimento surge principalmente como um grito de revolta ao Impressionismo (cujas características são o naturalismo e o realismo. Uma arte individualista, emocional, e representativa do estado psicológico e sentimentos do artista em si. É uma explosão de cores violentas, e formas sinistras, que exprimem o ponto de vista do artista e emoções. O Expressionismo defende a liberdade individual, a primazia da expressão subjectiva, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, demoníaco, sexual, fantástico ou pervertido. Este estilo é usualmente usado para exprimir a solidão e miséria humana, principalmente no ambiente da Primeira Guerra e Segunda Guerra Mundial. O Expressionismo também se manifestou na literatura. Os escritores expressionistas criticaram a sociedade burguesa da sua época, o militarismo do governo do cáiser, a alienação do indivíduo na era industrial e a repressão familiar, moral e religiosa, pelo qual se sentiam vazios, sós, entediados, numa profunda crise existencial. O escritor concentra-se no seu ponto de vista e o que sente interiormente, procura a essência das coisas e mostra a sua visão particular. Também escolhem temáticas até então proibidas, como a sexualidade, a doença e a morte, ou enfatizando aspectos como o sinistro, o macabro, o grotesco. Formalmente, recorrem a um tom épico, exaltado, patético, renunciando à gramática e às relações sintáticas lógicas, com uma linguagem precisa, crua, concentrada. Tirol (1914), de Franz Marc 11
  • 12. Dadaísmo O movimento Dadá ou Dadaísmo surgiu em Zurique em 1916, no decurso da Primeira movimento de carácter anti-racional claramente contrário à Primeira Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. É um opositor a qualquer tipo de equilíbrio, é de um cepticismo absoluto, combina o pessimismo irónico e a ingenuidade radical, e é essencialmente um estilo de improvisação. É um movimento que protesta contra uma civilização que não consegue evitar a guerra, sendo a negação total da cultura, procurando chocar com o seu estilo aleatório, com o absurdo, incoerência, desordem e caos. A sua especialidade era o Ready-Made, ou seja, uma obra feita na hora. A Fonte, Duchamp Surrealismo O Surrealismo é um movimento artístico e literário que surgiu em Paris na década de 1920. È um movimento que reúne artistas antigamente ligados ao Dadaísmo. Foi o escritor André Breton o primeiro a utilizar o termo, ao publicar o "Manifesto Surrealista", em 1924. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia, para poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos. Baseavam-se também nos estudos de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, sobretudo na sua obra mais conhecida, "A Interpretação dos Sonhos", em que Freud descreve o funcionamento do inconsciente e a forma como ele aflora nos sonhos. Por trás dessas obras cheias de sonho, os pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O surrealismo foi um movimento surgido num período entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser destruída por armas e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência. 12
  • 13. A persistência da Memória, Salvador Dali 13
  • 14. Bibliografia Livros de apoio: Título: Plural - Português 12º ano/Ensino Secundário Autoras: Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista e Paula Fonseca Lisboa Editora, S.A. Título: História da Cultura e das Artes 11º ano 3ª Parte Autoras: Ana Lídia Pinto, Fernanda Meireles, Manuela Cernadas Cambotas Porto Editora Sites de apoio: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/fernpes soaorton.htm http://www.infopedia.pt/$interseccionismo http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/2010/02/interseccionismo.html http://epavgestao0306.blogspot.com/2005/11/sensacionismo.html http://pt.scribd.com/doc/3373945/Literatura-Aula-21-Modernismo-em-Portugal http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_em_Portugal 14