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Agrupamento de Escolas Nº 1 de Abrantes

Modernismo – Tendências
Artísticas
Utilizador | Escola Secundária Dr. Solano de Abreu | 16 de Outubro de 2013
Português | Curso de Gestão e Programação de sistemas informáticos | Módulo 9
ÍNDICE
INTRODUÇÃOP.2
MOVIMENTOS E TENDÊNCIAS ARTISTICAS
FUTURISMO
INTERSECCIONISMO
SENSACIONISMO
CUBISMO
FAUVISMO
ORFISMO
DADAÍSMO
SURREALISMO

P.3
P.4
P.5
P.6
P.7
P.8
P. 9
P. 10

CONCLUSÃO

P. 11

WEBGRAFIA

P. 12

PÁGINA 1
Introdução
O Modernismo foi um período que caracterizou o século XX, onde o mundo
recebeu uma nova mentalidade e abraçou uma nova versão do que é o mundo e
como foi aproveitado nas suas vertentes máximas. Tudo isto apenas foi possível
com a intervenção de artistas que se manifestaram desde a literatura à pintura.
Este trabalho procura a compreensão do que foi, na sua dimensão total, o
Modernismo e todo o período em que o mundo moderno surge. Falarei dos
movimentos que surgiram neste período e todas as manifestações artísticas que
se manifestaram no surgimento deste novo mundo.

PÁGINA 2
Movimentos e Tendências Artísticas
Futurismo
O movimento estético denominado Futurismo foi iniciado pelo escritor italiano
FilippoMarinetti, em 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, O
Futurismo é um movimento de exaltação de todo o dinamismo e velocidade que,
em Portugal, teve grande influência na geração de Orpheu e que só foi possível
com a existência de Almada Negreiros, Amadeu de Souza-Cardozo e Fernando
Pessoa, com a procura da inovação e de um novo esteticismo. Todo o
dinamismo, velocidade,força e até mesmo situações de paroxismo, com toda a
consciência de poder e triunfo, denominaram o movimento estético no
Futurismo. Os principais artistas que representaram o Futurismo foram, entre
outros, Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrá e Gino Severini.

Umberto Boccioni, Estados de Espírito I,
Os Adeuses (1911)

PÁGINA 3
Interseccionismo
O Interseccionismo foi um movimento literário criado por Fernando Pessoa.
Este movimento caracteriza-se pela intersecção de vários níveis simultâneos de
realidade num poema, nomeadamente o sonho e a realidade, o presente e o
passado, o eu e o outro, etc. O melhor exemplo desta estética é o poema "Chuva
Oblíqua", confrontando-nos com a entre calagem da realidade do sonho, do
interior do exterior e da visão da audição, etc. O próprio, Fernando Pessoa,
considera esta poesia nos "arredores da sua sinceridade", uma experiência lúdica
que o autor abandona mais tarde. Este movimento apresenta semelhanças com a
pintura futurista na medida em que a velocidade, força e aceleração ganham
uma importância modernista, onde será preciso imagens guardadas pela nossa
memória para decifrar o que é-nos mostrado. Este movimento é ainda
classificado pela "Geração de Orpheu" como uma espécie de cubismo narrativo.
Chuva Oblíqua, Fernando Pessoa:
«Não sei quem me sonho...
Súbito toda a água do mar do porto é transparente
e vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse desdobrada,
Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto,
E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
E passa para o outro lado da minha alma...
(...)
Que pandeiretas o silêncio deste quarto!...
As paredes estão na Andaluzia...
Há danças sensuais no brilho fixo da luz...
De repente todo o espaço pára...,
Pára, escorrega, desembrulha-se...,
E num canto do teto, muito mais longe do que ele está,
Abrem mãos brancas janelas secretas
E há ramos de violetas caindo
De haver uma noite de Primavera lá fora
Sobre o eu estar de olhos fechados... »

No poema cruzam-se a paisagem presente e ausente, o atual e o pretérito, o real
e o sonho, sendo que o poeta é uma alma dividida e apenas capta ligeiras
sensações.

PÁGINA 4
Sensacionismo
É um termo que foi criado por Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro e foi
explicado pelo primeiro ao longo de vários ensaios, apontamentos e escritos. O
Sensacionismo assume-se como um princípio psicológico e estético, concebendo
a sensação como única realidade. Fernando Pessoa defendia que a arte deveria
levar a cabo uma decomposição das sensações, de forma a tornar consciente no
homem a estrutura da realidade decomposta nos seus vários elementos. Sendo
que na base da arte estaria sempre a sensação. Esta baseia-se em três princípios
artísticos: o da sensação, o da sugestão e o da construção. Estando sujeita a uma
intelectualização, que lhe permitiria ser expressa. Pessoa pretendeu estender
este princípio à análise de vários autores, incluindo-se a si mesmo, e a uma
perspetiva histórico-literária. No entanto, algumas das contradições que
encontrei na definição do sensacionismo, espelhavam a própria complexidade
das ideias de Pessoa.

Excerto de Álvaro de Campos onde predomina o sensacionismo:
“Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. Sentir tudo de todas as maneiras. Sentir tudo
excessivamente. Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas. E toda a realidade é
um excesso, uma violência. Uma alucinação extraordinariamente nítida que vivemos
todos em comum com a fúria das almas. O centro para onde tendem as estranhas forças
centrifugas que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.”

PÁGINA 5
Cubismo
O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas
obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o
Cubismo é retratado com maior ênfase nas pinturas do principal representante
deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges Braque. O quadro de
Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as
características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a
superposição de partes de um objeto sob um mesmo plano.
A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão:
cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embaçados na
matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da
imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por ângulos diferentes.
A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e
recomposição da realidade através das estruturas geométricas.
Os artistas cubistas trazem uma rutura com a perspetiva de visualizar o mundo
sob um só ângulo, uma só perspetiva. Sendo o usufruto de colagens, montagens,
superposição de figuras e simultaneidade características marcantes dos cubistas.
A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da
realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel
a fim de conceber uma imagem.
O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de
Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe,
assim como oFuturismo era a favor da invenção de palavras e de seu uso sem
preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe,
rima).

Demoiselles d’Avignon, Pablo Picasso

PÁGINA 6
Fauvismo
O Fauvismo foi o nome dado ao estilo artístico francês que ocorreu no fim do
século XIX, que buscou explorar a expressividade das cores nas representações.
Seus precursores foram os famosos artistas pós-impressionistas Vincent Van
Gogh e Paul Gauguin. Ambos nunca pintaram no estilo fauvista, sendo na
verdade anteriores, porém o fauvismo foi baseado nas suas pinturas e no seu
estilo próprio. Tanto Van Gogh comoGauguin usavam cores vibrantes e
agressivas em superfícies planas o que resultavanuma representação com um
grande teor dramático. Foi esta a característica que foi imitada pelos fauves,
artistas do fauvismo. Este nome teve origem nas observações do crítico de arte
LoisVauxcelles, que usou a expressão "Lesfauves" para se referir aos artistas. Na
realidade Vauxcelles queria usar o nome de modo pejorativo, já que fauves
significa "animais selvagens" na língua francesa, porém o termo acabou por
nomear o estilo. O fauvismo, na realidade, foi um período curto que durou entre
1898 e 1908. Porém o seu estilo ainda permaneceu por algum tempo e
revolucionou a arte, com cores fortes e vibrantes em vez das apagadas, formas
simples em vez de complexas e linhas vigorosas em vez de sutis. Tais
características foram primeiramente observadas por Henri Matisse que ao lado
de pintores neo-impressionistas realizou experimentos com as cores. Estas
experiências tinham um objectivo: Matisse e seus companheiros buscavam uma
imagem que, a seu ver, fosse mais real que a dos impressionistas. Finalmente, em
1905, Matisse e Derain, pintaram juntos uma imagem do Sol batendo no
Mediterrâneo, usando uma técnica que envolvia pinceladas vigorosas. O
resultado ficou deslumbrante. Mais tarde, apresentados a alguns quadros de
Gauguin os dois comprovaram as suas teorias sobre as cores e, a partir daí
criaram o estilo, que na verdade foi considerado como já criado alguns anos
antes.

PÁGINA 7
Orfismo
O Orfismo constitui o primeiro movimento propriamente moderno. Iniciando-se
em 1915, com a revista Orpheu, que aglutinou alguns jovens insatisfeitos com a
estagnação da cultura portuguesa.
De ideias futuristas, entusiasmados com as novidades trazidas pelas mudanças
culturais postas em curso pelo século XX, defendiam a integração de Portugal no
cenário da modernidade europeia. Sendo que para isso, pregavam o
inconformismo e punham a atividade poética acima de tudo.
Fernando Pessoa foi a grande figura da geração, seguido de perto por Mário de
Sá-Carneiro, Alfredo Pedro Guisado, Santa Rita Pintor, Armando CortesRodrigues e Almada Negreiros. Da revistaOrpheu ainda sairia um segundo
número, em 1915, no entanto, havendo um terceiro anunciado no ano seguinte,
este não chegaria a vir a público.

PÁGINA 8
Dadaísmo
O movimento Dadá ou Dadaísmo surgiu em Zurique em 1916, no decorrer do
primeiro movimento de carácter antirracional claramente contrário à Primeira
Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. É um opositor a
qualquer tipo de equilíbrio, e de um grande ceticismo que combina com o
pessimismo irónico e a ingenuidade radical, e que também é essencialmente um
estilo de improvisação. É um movimento que protesta contra uma civilização
que não consegue evitar a guerra, sendo a negação total da cultura que procura
chocar com o seu estilo aleatório, com o absurdo, incoerência, desordem e caos.
A sua especialidade era o Ready-Made, ou seja, uma obra feita na hora.

A Fonte, Duchamp

PÁGINA 9
Surrealismo
O Surrealismo é um movimento artístico e literário que surgiu em Paris na
década de 1920. É um movimento que reúne artistas ligados ao Dadaísmo. Foi o
escritor André Breton o primeiro a utilizar o termo, ao publicar o "Manifesto
Surrealista", em 1924. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte
deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do
dia-a-dia para se poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos.
Baseavam-se também nos estudos de Sigmund Freud, considerado o pai da
psicanálise, sobretudo na sua obra mais conhecida, "A Interpretação dos
Sonhos", em que Freud descreve o funcionamento do inconsciente e a forma
como ele aflora nos sonhos. Por trás dessas obras cheias de sonho, os pintores
surrealistas tinham um propósito bem real. O surrealismo foi um movimento
que surgiu num período entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o
racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser
destruída por armas e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência.

A persistência da Memória, Salvador Dali

PÁGINA 10
Conclusão
Falar das tendências e dos movimentos artísticos do Modernismo é sempre uma
tarefa que solicita algum cuidado, pois desde a tentativa de determinar a sua
controversa periodização à possibilidade de associá-lo ao processo político,
económico e tecnológico consequente à revolução industrial. As criações do
período modernista tiveram como objetivo expressar a sua rejeição à estrutura
física e social determinada pela civilização que, assimilou a cultura desse mundo
industrializado. Um período onde se englobou num único movimento, as
tendências mais diversas, como o Cubismo, a manifestação artística que
assinalou uma rutura com os cânones artísticos que o antecederam. O Cubismo,
assim como, o Futurismo, o Expressionismo, o Dadaísmo e o Surrealismo,
desdobraram-se em novas manifestações, adaptados às práticas locais, num
movimento que acabou por desempenhar um papel de imagem da cultura no
século XX. Cultura essa que estabeleceu uma espécie de tensão com as formas de
arte até ali aceitas como representantes da tradição. No entanto, a enorme
riqueza de tendências e movimentos em que se desdobra o Modernismo faz dele
talvez o mais rico e controvertido movimento literário do mundo ocidental.

PÁGINA 11
Bibliografia
Livro de apoio:
Título: Plural - Português 12º ano/Ensino Secundário
Autoras: Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista e Paula Fonseca
Lisboa Editora, S.A.
Sites de apoio:
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/port
ugues_trabalhos/fernpessoaorton.htm
http://www.infopedia.pt/$interseccionismo
http://pt.scribd.com/doc/3373945/Literatura-Aula-21-Modernismo-em-Portugal

PÁGINA 12

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Trabalho portugues

  • 1. Agrupamento de Escolas Nº 1 de Abrantes Modernismo – Tendências Artísticas Utilizador | Escola Secundária Dr. Solano de Abreu | 16 de Outubro de 2013 Português | Curso de Gestão e Programação de sistemas informáticos | Módulo 9
  • 2. ÍNDICE INTRODUÇÃOP.2 MOVIMENTOS E TENDÊNCIAS ARTISTICAS FUTURISMO INTERSECCIONISMO SENSACIONISMO CUBISMO FAUVISMO ORFISMO DADAÍSMO SURREALISMO P.3 P.4 P.5 P.6 P.7 P.8 P. 9 P. 10 CONCLUSÃO P. 11 WEBGRAFIA P. 12 PÁGINA 1
  • 3. Introdução O Modernismo foi um período que caracterizou o século XX, onde o mundo recebeu uma nova mentalidade e abraçou uma nova versão do que é o mundo e como foi aproveitado nas suas vertentes máximas. Tudo isto apenas foi possível com a intervenção de artistas que se manifestaram desde a literatura à pintura. Este trabalho procura a compreensão do que foi, na sua dimensão total, o Modernismo e todo o período em que o mundo moderno surge. Falarei dos movimentos que surgiram neste período e todas as manifestações artísticas que se manifestaram no surgimento deste novo mundo. PÁGINA 2
  • 4. Movimentos e Tendências Artísticas Futurismo O movimento estético denominado Futurismo foi iniciado pelo escritor italiano FilippoMarinetti, em 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, O Futurismo é um movimento de exaltação de todo o dinamismo e velocidade que, em Portugal, teve grande influência na geração de Orpheu e que só foi possível com a existência de Almada Negreiros, Amadeu de Souza-Cardozo e Fernando Pessoa, com a procura da inovação e de um novo esteticismo. Todo o dinamismo, velocidade,força e até mesmo situações de paroxismo, com toda a consciência de poder e triunfo, denominaram o movimento estético no Futurismo. Os principais artistas que representaram o Futurismo foram, entre outros, Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrá e Gino Severini. Umberto Boccioni, Estados de Espírito I, Os Adeuses (1911) PÁGINA 3
  • 5. Interseccionismo O Interseccionismo foi um movimento literário criado por Fernando Pessoa. Este movimento caracteriza-se pela intersecção de vários níveis simultâneos de realidade num poema, nomeadamente o sonho e a realidade, o presente e o passado, o eu e o outro, etc. O melhor exemplo desta estética é o poema "Chuva Oblíqua", confrontando-nos com a entre calagem da realidade do sonho, do interior do exterior e da visão da audição, etc. O próprio, Fernando Pessoa, considera esta poesia nos "arredores da sua sinceridade", uma experiência lúdica que o autor abandona mais tarde. Este movimento apresenta semelhanças com a pintura futurista na medida em que a velocidade, força e aceleração ganham uma importância modernista, onde será preciso imagens guardadas pela nossa memória para decifrar o que é-nos mostrado. Este movimento é ainda classificado pela "Geração de Orpheu" como uma espécie de cubismo narrativo. Chuva Oblíqua, Fernando Pessoa: «Não sei quem me sonho... Súbito toda a água do mar do porto é transparente e vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse desdobrada, Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto, E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro, E passa para o outro lado da minha alma... (...) Que pandeiretas o silêncio deste quarto!... As paredes estão na Andaluzia... Há danças sensuais no brilho fixo da luz... De repente todo o espaço pára..., Pára, escorrega, desembrulha-se..., E num canto do teto, muito mais longe do que ele está, Abrem mãos brancas janelas secretas E há ramos de violetas caindo De haver uma noite de Primavera lá fora Sobre o eu estar de olhos fechados... » No poema cruzam-se a paisagem presente e ausente, o atual e o pretérito, o real e o sonho, sendo que o poeta é uma alma dividida e apenas capta ligeiras sensações. PÁGINA 4
  • 6. Sensacionismo É um termo que foi criado por Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro e foi explicado pelo primeiro ao longo de vários ensaios, apontamentos e escritos. O Sensacionismo assume-se como um princípio psicológico e estético, concebendo a sensação como única realidade. Fernando Pessoa defendia que a arte deveria levar a cabo uma decomposição das sensações, de forma a tornar consciente no homem a estrutura da realidade decomposta nos seus vários elementos. Sendo que na base da arte estaria sempre a sensação. Esta baseia-se em três princípios artísticos: o da sensação, o da sugestão e o da construção. Estando sujeita a uma intelectualização, que lhe permitiria ser expressa. Pessoa pretendeu estender este princípio à análise de vários autores, incluindo-se a si mesmo, e a uma perspetiva histórico-literária. No entanto, algumas das contradições que encontrei na definição do sensacionismo, espelhavam a própria complexidade das ideias de Pessoa. Excerto de Álvaro de Campos onde predomina o sensacionismo: “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. Sentir tudo de todas as maneiras. Sentir tudo excessivamente. Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas. E toda a realidade é um excesso, uma violência. Uma alucinação extraordinariamente nítida que vivemos todos em comum com a fúria das almas. O centro para onde tendem as estranhas forças centrifugas que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.” PÁGINA 5
  • 7. Cubismo O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges Braque. O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a superposição de partes de um objeto sob um mesmo plano. A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embaçados na matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por ângulos diferentes. A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e recomposição da realidade através das estruturas geométricas. Os artistas cubistas trazem uma rutura com a perspetiva de visualizar o mundo sob um só ângulo, uma só perspetiva. Sendo o usufruto de colagens, montagens, superposição de figuras e simultaneidade características marcantes dos cubistas. A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem. O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como oFuturismo era a favor da invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe, rima). Demoiselles d’Avignon, Pablo Picasso PÁGINA 6
  • 8. Fauvismo O Fauvismo foi o nome dado ao estilo artístico francês que ocorreu no fim do século XIX, que buscou explorar a expressividade das cores nas representações. Seus precursores foram os famosos artistas pós-impressionistas Vincent Van Gogh e Paul Gauguin. Ambos nunca pintaram no estilo fauvista, sendo na verdade anteriores, porém o fauvismo foi baseado nas suas pinturas e no seu estilo próprio. Tanto Van Gogh comoGauguin usavam cores vibrantes e agressivas em superfícies planas o que resultavanuma representação com um grande teor dramático. Foi esta a característica que foi imitada pelos fauves, artistas do fauvismo. Este nome teve origem nas observações do crítico de arte LoisVauxcelles, que usou a expressão "Lesfauves" para se referir aos artistas. Na realidade Vauxcelles queria usar o nome de modo pejorativo, já que fauves significa "animais selvagens" na língua francesa, porém o termo acabou por nomear o estilo. O fauvismo, na realidade, foi um período curto que durou entre 1898 e 1908. Porém o seu estilo ainda permaneceu por algum tempo e revolucionou a arte, com cores fortes e vibrantes em vez das apagadas, formas simples em vez de complexas e linhas vigorosas em vez de sutis. Tais características foram primeiramente observadas por Henri Matisse que ao lado de pintores neo-impressionistas realizou experimentos com as cores. Estas experiências tinham um objectivo: Matisse e seus companheiros buscavam uma imagem que, a seu ver, fosse mais real que a dos impressionistas. Finalmente, em 1905, Matisse e Derain, pintaram juntos uma imagem do Sol batendo no Mediterrâneo, usando uma técnica que envolvia pinceladas vigorosas. O resultado ficou deslumbrante. Mais tarde, apresentados a alguns quadros de Gauguin os dois comprovaram as suas teorias sobre as cores e, a partir daí criaram o estilo, que na verdade foi considerado como já criado alguns anos antes. PÁGINA 7
  • 9. Orfismo O Orfismo constitui o primeiro movimento propriamente moderno. Iniciando-se em 1915, com a revista Orpheu, que aglutinou alguns jovens insatisfeitos com a estagnação da cultura portuguesa. De ideias futuristas, entusiasmados com as novidades trazidas pelas mudanças culturais postas em curso pelo século XX, defendiam a integração de Portugal no cenário da modernidade europeia. Sendo que para isso, pregavam o inconformismo e punham a atividade poética acima de tudo. Fernando Pessoa foi a grande figura da geração, seguido de perto por Mário de Sá-Carneiro, Alfredo Pedro Guisado, Santa Rita Pintor, Armando CortesRodrigues e Almada Negreiros. Da revistaOrpheu ainda sairia um segundo número, em 1915, no entanto, havendo um terceiro anunciado no ano seguinte, este não chegaria a vir a público. PÁGINA 8
  • 10. Dadaísmo O movimento Dadá ou Dadaísmo surgiu em Zurique em 1916, no decorrer do primeiro movimento de carácter antirracional claramente contrário à Primeira Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. É um opositor a qualquer tipo de equilíbrio, e de um grande ceticismo que combina com o pessimismo irónico e a ingenuidade radical, e que também é essencialmente um estilo de improvisação. É um movimento que protesta contra uma civilização que não consegue evitar a guerra, sendo a negação total da cultura que procura chocar com o seu estilo aleatório, com o absurdo, incoerência, desordem e caos. A sua especialidade era o Ready-Made, ou seja, uma obra feita na hora. A Fonte, Duchamp PÁGINA 9
  • 11. Surrealismo O Surrealismo é um movimento artístico e literário que surgiu em Paris na década de 1920. É um movimento que reúne artistas ligados ao Dadaísmo. Foi o escritor André Breton o primeiro a utilizar o termo, ao publicar o "Manifesto Surrealista", em 1924. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia para se poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos. Baseavam-se também nos estudos de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, sobretudo na sua obra mais conhecida, "A Interpretação dos Sonhos", em que Freud descreve o funcionamento do inconsciente e a forma como ele aflora nos sonhos. Por trás dessas obras cheias de sonho, os pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O surrealismo foi um movimento que surgiu num período entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser destruída por armas e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência. A persistência da Memória, Salvador Dali PÁGINA 10
  • 12. Conclusão Falar das tendências e dos movimentos artísticos do Modernismo é sempre uma tarefa que solicita algum cuidado, pois desde a tentativa de determinar a sua controversa periodização à possibilidade de associá-lo ao processo político, económico e tecnológico consequente à revolução industrial. As criações do período modernista tiveram como objetivo expressar a sua rejeição à estrutura física e social determinada pela civilização que, assimilou a cultura desse mundo industrializado. Um período onde se englobou num único movimento, as tendências mais diversas, como o Cubismo, a manifestação artística que assinalou uma rutura com os cânones artísticos que o antecederam. O Cubismo, assim como, o Futurismo, o Expressionismo, o Dadaísmo e o Surrealismo, desdobraram-se em novas manifestações, adaptados às práticas locais, num movimento que acabou por desempenhar um papel de imagem da cultura no século XX. Cultura essa que estabeleceu uma espécie de tensão com as formas de arte até ali aceitas como representantes da tradição. No entanto, a enorme riqueza de tendências e movimentos em que se desdobra o Modernismo faz dele talvez o mais rico e controvertido movimento literário do mundo ocidental. PÁGINA 11
  • 13. Bibliografia Livro de apoio: Título: Plural - Português 12º ano/Ensino Secundário Autoras: Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista e Paula Fonseca Lisboa Editora, S.A. Sites de apoio: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/port ugues_trabalhos/fernpessoaorton.htm http://www.infopedia.pt/$interseccionismo http://pt.scribd.com/doc/3373945/Literatura-Aula-21-Modernismo-em-Portugal PÁGINA 12