O documento discute o conceito e uso de pesquisas do tipo survey. Survey são pesquisas que coletam dados através de questionários para produzir descrições quantitativas sobre uma população. São apropriadas para responder perguntas sobre "o quê", "como" e "quanto". O documento também discute escalas, amostragem, instrumentos de coleta de dados e softwares para survey.
3. O que é?
• Pesquisas do tipo survey têm o
interesse central de produzir
descrições quantitativas de uma
determinada população, a partir do
emprego de um instrumento de
coleta de dados predefinido
(questionário).
4. Emprego
• As pesquisas do tipo survey mostram-se apropriadas nos seguintes
casos (FREITAS et al, 2000):
– Se deseja responder a questões do tipo “o quê?”, “como?” e “quanto?”;
– Não há controle das variáveis (dependentes/independentes);
– O objeto de interesse ocorre no presente ou no passado (correlações).
7. Modelo conceitual (Wang & Xiang, 2007)
• Propõe-se decompor o modelo,
transformar variáveis qualitativas
em quantitativas a fim de se
viabilizar comparações (BRUNI,
2011).
• Neste caso, os dados coletados são
caracterizados como primários, já
que foram obtidos a partir do
experimento proposto (MARTINS;
THEÓPHILO, 2007).
8. Coleta de dados
• Longitudinal
– A coleta de dados ocorre ao longo do tempo em períodos ou pontos
específicos, buscando estudar a evolução ou as mudanças de determinadas
variáveis ou, ainda, as relações entre elas;
• Corte-transversal (interseccional)
– A coleta de dados ocorre em um só momento, pretendendo descrever e
analisar o estado de uma ou várias variáveis em um dado momento.
• (FREITAS et al, 2000; MARTINS; FERREIRA, 2011)
9. Processo de Amostragem
• Probabilística
– É o fato de todos os elementos da população terem a mesma chance de ser
escolhidos, resultando em uma amostra representativa da população.
• Não-probabilística
– É obtida a partir de algum critério, e nem todos os elementos da população
têm a mesma chance de ser selecionados, o que torna os resultados não
generalizáveis.
• (FREITAS et al, 2000; MARTINS; FERREIRA, 2011)
10. Processo de Amostragem
• Imprecisões na determinação da população-alvo (finita ou infinita)
determinam maiores chances de erro na amostragem e, em
consequência, naquilo que se coletar, analisar e incorretamente
concluir (FREITAS et al, 2000).
• A precisão tende a elevar-se com o aumento do tamanho da amostra,
e que na amostra probabilística, para dobrar-se a precisão, se deve
quadruplicar o seu tamanho.
• Importante!
– Zelar pela credibilidade dos usuários.
11. Instrumento de coleta de dados
• As alternativas para as questões
fechadas devem ser exaustivas para
cobrir todas as possíveis respostas;
• Somente questões relacionadas ao
problema devem ser incluídas;
• Deve-se considerar as implicações
das perguntas quanto aos
procedimentos de tabulação e
análise dos dados;
12. Instrumento de coleta de dados
• O respondente não deve sentir-se
incomodado ou constrangido;
• Redação clara e precisa,
considerando o nível de informação
dos respondentes, possibilitando
uma única interpretação;
• A sequência das perguntas deve ser
considerada sempre que houver a
possibilidade de contágio ou
indução;
13. Instrumento de coleta de dados
• Recomenda-se iniciar pelas perguntas mais simples, assim como
iniciar pelos temas mais amplos, passando para questões mais
delicadas no meio do instrumento e terminando com os dados
sociodemográficos.
• Importante!
– Apresentação gráfica (facilidade no preenchimento)
– Cabeçalho para identificação
– Fornecimento de instruções
14. Pré-teste
• Devem ser considerados no pré-
teste os seguintes aspectos:
– Clareza e precisão dos termos
– Quantidade de perguntas
– Forma das perguntas
– Ordem das perguntas
– Introdução
• Validade interna: diz respeito às
condições de aplicação do
instrumento;
• Validade externa: se trata das
condições de generalização, ou seja,
à representatividade da amostra e à
correspondência ente os
respondentes e a unidade de
análise.
16. Bibliografia
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BRUNI, A. L. PASW Aplicado à Pesquisa Acadêmica. São Paulo: Atlas, 2011.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2007.
FRANCO, M. L. P. B. Análise de Conteúdo. Brasília: Liber Livro Editora, 2008.
FREEMAN, R. E. Strategic management: A stakeholder approach. Boston (USA): Pitman, 1984.
FREITAS, H.; OLIVEIRA, M.; SACCOL, A. Z; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa survey. Revista de Administração, v. 38, n. 3, p. 103-112, 2000.
GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Artmed, 2009.
HANDCOCK, M. S.; GILE, K. J. On the concept of snowball sampling. Cornell University Library, v. 1, p. 1-5, 2011.
MARTINS, C. G.; FERREIRA, M. L. R. O survey como tipo de pesquisa aplicado na descrição do conhecimento do processo de gerenciamento de riscos em
projetos no segmento da construção. In: Anais... VII Congresso Nacional de Excelência em Gestão, Niterói (RJ), 2011.
MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. São Paulo: Atlas, 2007.
PEARCE; D. G. Frameworks for Tourism Research. Oxford (UK): CABI, 2012.
WANG, Y.; XIANG, Z. Toward a Theoretical Framework of Collaborative Destination Marketing. Journal of Travel Research, v. 46, n. 1, p. 75-85, 2007.
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2015.