2. Características gerais do Método:
“Escola natural”: “meu método é o da natureza”
Empirista: Desenvolvimento dos Sentidos
- Adaptado a idade e as faculdades e força da criança.
Importância da prática: ex No ensino de Geografia. “Seu aluno vê cartas, o meu as faz”
Afetividade entre Emílio e o Mestre. Muitas tarefas, eles irão aprender juntos (marceneiros!)
Liberdade da criança e “comportamentos naturais”
Resultado esperado do método:
“Emílio tem poucos conhecimentos, mas os que ele tem são realmente seus”.
“Suas ideias são limitadas mas nítidas; ele nada sabe de cor, mas sabe muito por
experiência”; “lê menos que outras crianças, mas lê melhor a natureza” (p. 67)
“Conduzir, não instruir”. Autonomia?
3. Exemplos de método na “idade da
natureza” – bebê (infans) até 2 anos
Contra a inação e a restrição de movimentos. Liberdade de movimentos: “o
primeiro presente que recebem de vós são algemas”; “compare as evoluções de
uma criança que engatinha livremente com uma bem enfaixada” p. 40
Enfrentar os perigos da natureza e ficar forte: “Mostra a experiência que morrem
mais crianças criadas delicadamente do que outras” (p. 23). “Criança saiba ficar
doente” (p. 33). “possais lavar, no inverno como no vera, com água fria e mesmo
gelada” (p. 39); “que contraia varíola naturalmente, tudo deixar a natureza agir”
(p.129) .
Verdadeira ama é a mãe o verdadeiro preceptor é o pai.
Proximidade criança e mestre “tornar-se o companheiro de seu aluno e angariar
sua confiança partilhando seus divertimentos” (p. 28).
Evitar criar hábitos:
valorização do campo.
4. Características do Método
Sociedade corrompe o ser humano: cria covardes com medo de aranha por
ex...
Choro: solicitações, que logo podem passar a ordens, Império... Aprender a
ignorar o choro da criança...
Deixar ela falar naturalmente. Não se esforçar para entendê0la
5. Exemplos de método na idade da natureza
dos 2 a 12 anos (puer)
“Se a criança continua a horar, a culpa cabe às pessoas que
as cerca” (p. 58)
Sofrer é a primeira coisa que deve aprender.
Fazer com que aprendam sozinhas.
Fazer apenas o que “lhe julga útil”.
Distinguir a necessidade verdadeira da necessidade de
fantasia.
6. Exemplos de método na idade da natureza
dos 2 a 12 anos (puer)
Fazer obedecer não porque o pede, e sim porque precisa; nada por obediência,
e sim por necessidade
“Que ele saiba apenas que é fraco e que sois forte” (p. 76)
“A cada instrução precoce que se quer fazer entrar na cabeça delas, planta-se
um vício no fundo de seus corações”. “Único instrumento que pode dar
resultado: a liberdade bem regrada” (p 77)
7. Exemplos de método na idade da natureza
dos 2 a 12 anos (puer)
Evitar persuadir pelo dever da obediência, pois o tornarão dissimulados, falsos,
mentirosos em busca das recompensas ou para fugir dos castigos. Heteronomia?
não lhe inflijais nenhuma espécie de castigo, pois ele não sabe o que seja
cometer uma falta. Exemplo do quarto: Punição expiatória e sanção por
reciprocidade?
Já disse bastante para dar a entender que não se deve nunca infligir à criança o
castigo como castigo e que este deve ocorrer-lhe como consequência natural de
sua má ação. Caso contrário, desenvolve-se o vício e a mentira (olha a
sociedade corrompendo aí!).
8. Exemplos de método na idade da natureza
dos 2 a 12 anos (puer)
Exemplo para ensinar o conceito de propriedade.
“ações do que em sermões, porquanto as crianças esquecem mais facilmente o
que se lhes diz, .ou o que dizem, do que o que fazem ou o que lhe
fazem”
10. Método para aprender a ler: Nada de livros até os
doze anos...
Buscar o interesse imediato, usando “bilhetes curtos, claros, bem escritos”, e
que despertem o desejo de “decifrá-los”.
11. Caso do jovem herdeiro mimado pela mãe:
Acordava de noite; - trancado no
quarto – ignorado.
Importunar de dia – sair para passear –
montou “cena pública” que ele saiu
sozinho e sentiu sua fraqueza e voltou
com medo.
12. Educação sensorial...
Tato: jogos noturnos para acostumar com a escuridão. Assim, ao
invés de teme-la, ele a apreciará.
Visão: Desenvolver o seu interesse em “medir com os olhos”, o
famoso “golpe de vista” do goleiro: Como faremos para colher as
cerejas? A escada da granja será indicada? Desenho o que vê, e não
imitar outras artes. Enquadrar os desenhos no Quarto da criança.
Quanto mais bonito o desenho, mais simples a moldura: “
Audição: fazer experiências envolvendo o som e treinar a audição
(duração relâmpago, bala de canhão, etc.
Paladar: conservar seu gosto primitivo; que sua alimentação seja
comum e não adquira um gosto exclusivo. Dar a comer quando tem
fome, não forçar, deixar a gula expressar naturalmente.
Argumentação da naturalidade do vegetarianismo na criança.
Olfato: farejar a comida. Não enganar a a criança com olfato,
13. Características do Método na “idade da
força”; de 12 a 15 anos
Experiências: não palavras. Observar o sol, a terra, etc. Visitar o por do sol
em estações diferentes do mesmo lugar.
Usar da curiosidade natural.
“Se se enganar, deíxai-a fazer, não corrijaís seus erros, esperai em silêncio
que ela esteja em condição, de vê-los e de corrigi-los ela própria “
14. Ex: Localização da floresta de Montmorency.
Pra que serve isso?
Montar uma cena... Fazer se perder na
floresta... Olha só, era útil saber a localização!
Nunca fazer contra a vontade
Características do Método na “idade da
força”; de 12 a 15 anos
15.
16. Um só livro nesta idade:
Robinson Crusoé, pois ensina a
importância da divisão do trabalho,
sobre desigualdade social e a
verdadeira utilidade das coisas
17. “Pressinto o efeito de tudo isso sobre meu jovem aluno (...): eu
me achego a seu ouvido e digo-lhe: por quantas mãos estimas
que passou tudo o que vês nesta mesa, antes de nela chegar?
Quantas ideias não desperto em seu cérebro com essas poucas
palavras!” (p. 208).
Explora bastante a situação: almoçam na casa de um camponês:
“nenhumas mãos senão as de sua família prepararam a mesa”. E
no outro dia pergunta: Onde jantaremos hoje?
Jantar...
Características do Método na “idade da
força”; de 12 a 15 anos