3. Caderno do Tutor
Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE
MEC / FNDE / SEED
Brasília, 2008
2a edição atualizada
4. Supervisão e acompanhamento Projeto gráfico
Renato Silveira Souza Monteiro Virtual Publicidade e CESPE/UnB
Cecília Guy Dias Ilustrações
Marilene de Freitas Zubartez
CESPE/UnB
Revisão
Impressão e acabamento
CESPE/UnB
CESPE/UnB
Colaboradores conteudistas
Maria Lúcia Cavalli Neder
Adalberto Domingos da Paz
Élida Maria Loureiro Lino
B823c Brasil. Ministério da Educação (MEC).
Caderno do tutor / Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação. Secretaria de Educação a Distância – Brasília : MEC,
FNDE, SEED, 2006.
54 p. : il. color. – (Formação pela escola)
1. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 2.
Financiamento da educação. 3. Políticas públicas – Educação. 4. Programas
e ações – FNDE. 5. Formação continuada a distância – FNDE. 6. Formação
pela escola – FNDE. I. Brasil. Ministério da Educação. II. Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação. III. Secretaria de Educação a Distância. IV.
Título. V. Série.
CDU 37.014.543
5. Sumário
Para começo de conversa ________________________________________________________________________ 7
Unidade I – Programa Formação pela Escola: concepção, características e gestão ___________________________ 9
Apresentação _______________________________________________________________________________11
Introdução _________________________________________________________________________________11
1. Concepção do Programa Formação pela Escola__________________________________________________12
2. Dimensão política do Programa Formação pela Escola ____________________________________________14
3. Estrutura de gestão do Programa Formação pela Escola ___________________________________________16
Unidade II – Metodologia do Programa Formação pela Escola __________________________________________21
Apresentação _______________________________________________________________________________23
Metodologia do Formação pela Escola __________________________________________________________23
1. Estrutura do Programa Formação pela Escola ___________________________________________________24
2. Dinâmica do curso _________________________________________________________________________25
3. Materiais didáticos _________________________________________________________________________28
Unidade III – O sistema de tutoria no Formação pela Escola ____________________________________________31
Apresentação _______________________________________________________________________________33
Introdução _________________________________________________________________________________33
1. Concepção de tutoria ______________________________________________________________________34
2. Atribuições do tutor no Formação pela Escola ___________________________________________________35
3. As ações do tutor no Formação pela Escola _____________________________________________________37
Dicas de estratégia de ação de tutoria ___________________________________________________________46
Referências bibliográficas _____________________________________________________________________49
Anexo – Ficha de auto-avaliação de aprendizagem ________________________________________________50
6.
7. Para começo de conversa
Prezado tutor,
Seja bem-vindo ao sistema de tutoria do Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE, o
Formação pela Escola.
Sua atuação como tutor será muito importante, porque você contribuirá não só para a socialização dos diversos programas
que fazem parte do Formação pela Escola, mas também para a capacitação de pessoas que serão parceiras (gestores, técnicos,
conselheiros e representantes da comunidade) desses programas na sua região e no seu município.
Nosso propósito, neste caderno do tutor, é proporcionar a você a oportunidade de conhecer elementos teórico-práticos,
na expectativa de que possam ajudá-lo a compreender a educação a distância e, também, o papel e as atribuições da tutoria
no contexto do Formação pela Escola.
Ao considerarmos que, para a sua atuação como tutor neste programa, você necessita de fundamentos que alicercem suas
ações, organizamos este caderno em três unidades intituladas:
Unidade I
Programa Formação pela Escola:
concepção, características e gestão
Unidade II
Metodologia do Formação pela Escola
Para começo de conversa
Unidade III
O sistema de tutoria no Formação pela Escola
Desejamos a você bons estudos e sucesso na sua atividade como tutor(a) do Formação pela Escola!
7
11. Unidade I
Programa Formação pela Escola: concepção,
características e gestão
Apresentação
Para que você possa desempenhar com qualidade suas funções de tutor(a) no Formação pela Escola, o primeiro passo
Autarquia:
é obter informações a respeito deste programa, com o objetivo de: entidade com re-
cursos próprios,
:: Conceituar o Programa Formação pela Escola. criada pelo Esta-
do para auxiliá-lo
:: Discorrer sobre suas finalidades e a quem se dirige. no serviço públi-
co.
:: Citar os diferentes programas que integram o Formação pela Escola.
:: Discorrer sobre a dimensão política do programa.
:: Discorrer sobre a estrutura organizacional e de gestão do programa.
Programa Formação pela Escola: concepção,
Por isso, nesta unidade, você irá estudar sobre a concepção do Programa Formação pela Escola, suas características e sua estrutura
de gestão.
Vamos, então, aos estudos na busca desses conhecimentos?
Introdução
características e gestão
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE é uma autarquia do MEC, que tem como responsabilidade
principal executar as transferências automáticas e voluntárias de recursos públicos para garantir educação de qualidade a
todos os brasileiros. Sendo assim, o FNDE desenvolve programas e ações de transferência de recursos para os estados, Distrito
Federal e municípios.
O modelo operacional de transferência dos recursos para os estados, Distrito Federal e municípios requer destes uma boa
capacidade de execução, além de um fortalecimento dos canais de controle social da aplicação dos recursos, exercido pelos
11
12. conselhos e demais formas de organização das comunidades Obviamente a sua resposta a essas questões foi NÃO. As-
escolar e local. sim também pensam o FNDE e a Secretaria de Educação a
Os operadores, tanto da gestão quanto do controle, Distância (SEED) do MEC. Uma alternativa, então, vislumbra-
necessitam de capacitação especial para o desempenho da como possível é realizar essa formação na modalidade a
das suas atividades e o FNDE, até o presente momento, fez distância.
a formação das pessoas envolvidas em seus programas de 1. Concepção do Programa Formação pela
forma presencial, enviando técnicos aos municípios e aos
estados. Escola
Com o propósito de atender à grande demanda e formar
operadores de seus programas, o FNDE, em parceria com a
SEED/MEC, criou o Programa Nacional de Formação Con-
tinuada a Distância – Formação pela Escola.
MEC e FNDE estão preocupados com
a formação das pessoas responsáveis
pela execução de seus programas.
Qual a razão disso?
A principal razão da criação deste programa é a instaura-
Mas, considerando o tamanho do nosso país e da ção de um processo de gestão democrática, em que várias
quantidade de estados, municípios e pessoas a atender, instâncias executivas, nos níveis estaduais e municipais,
levantam-se as seguintes questões: além da sociedade civil organizada, possam participar efe-
tivamente da execução e do controle social dos recursos
É possível atender, de forma presencial, a todos os públicos.
26 estados, o Distrito Federal e os 5.564 municípios Em síntese, a finalidade do Formação pela Escola é
Caderno do tutor
do país que participam dos programas do FNDE? constituir-se em espaço para que a comunidade educativa
O número de técnicos do FNDE seria suficiente para conheça melhor os programas do FNDE, participe ativa-
atender toda a demanda? mente deles e avalie a sua execução.
Desse modo, mediante a criação do Formação pela Es-
cola, o MEC elege como finalidade primordial a formação
12
13. dos sujeitos que atuam em cada um dos programas desen-
volvidos pelo FNDE, a saber: Objetivo geral
Contribuir para o fortalecimento da atuação dos
Programa Dinheiro Direto da Escola – PDDE agentes e parceiros envolvidos com execução, acom-
Programa Nacional de Alimentação Escolar – panhamento e avaliação de programas e ações desen-
Pnae volvidos no âmbito do FNDE.
Programas de Transporte do Escolar – PTE
Programas do Livro – PLi Objetivos específicos
Do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
O FNDE espera que esses programas não somente sejam :: Fornecer informações básicas necessárias à compre-
eficazes, mas, sobretudo, significativos. Isto é, que contribuam ensão do programa e de sua forma de operacionaliza-
efetivamente para a melhoria da educação e das condições ção, de modo a colaborar com as comunidades locais
de vida de milhões de cidadãos que diariamente freqüentam e escolares para o desenvolvimento de projetos par-
os espaços escolares. ticipativos, de princípios democráticos, no sentido de
De que maneira? promover o desenvolvimento do controle social dos
recursos públicos destinados ao PDDE.
Mediante o oferecimento de cursos a distância – Do Programa Nacional de Alimentação Escolar
Programa Formação pela Escola: concepção,
modalidade adequada para formação de grande contingente (Pnae)
de pessoas em todos os estados, Distrito Federal e municípios
do país – o FNDE e a SEED esperam formar pessoas para atuar :: Contribuir para a formação de gestores que possam
em todos esses programas. atuar não só na busca da garantia da alimentação es-
colar de qualidade e em quantidade suficiente a todos
Vejamos, agora, quem se constitui o público-alvo do os alunos, mas também na formação de hábitos ali-
Formação pela Escola, do qual você será tutor(a), e, ainda, mentares saudáveis no contexto escolar. Visa estimular
quais são os seus objetivos.
características e gestão
o exercício do controle social, de modo a elevar a qua-
lidade da gestão desse programa.
Público-alvo
Dos Programas de Transporte do Escolar (PTE)
Gestores, técnicos, conselheiros, professores, me-
:: Levar o cursista a ampliar sua compreensão em rela-
rendeiras, pais de alunos e representantes da comu-
ção à dimensão política dos programas de transporte
nidade que estejam envolvidos ou queiram participar
do escolar; conhecer a dinâmica dos programas em
do controle social dos programas geridos pelo FNDE.
13
14. 2. Dimensão política do Programa Formação
seus diferentes aspectos de gestão; identificar os proce-
dimentos contábeis; e compreender a importância do
pela Escola
acompanhamento e do controle social dos programas. Você está, com este curso, preparando-se para atuar como
Dos Programas do Livro (PLi) tutor(a) deste programa e a sua participação é essencial para
a garantia da democratização do acesso ao processo de
:: Estimular a participação da comunidade escolar no formação dos futuros cursistas.
processo de decisão de escolhas, reutilização, conser-
vação e remanejamento dos livros, de modo a ampliar Assim, considerando que um tutor deve começar sua
o acesso aos recursos disponíveis e fortalecer a gestão atuação pelo conhecimento do programa em que atuará,
democrática da escola pública. propomos, a seguir:
Discutir a dimensão política do Programa Formação
Em outras palavras, o Programa Formação pela Escola, pela Escola.
oferecido na modalidade a distância, possibilitará a forma-
ção de um grande número de gestores para os diversos
Gostaríamos de começar essa discussão chamando a
programas do FNDE, atingindo-se o maior número possí-
atenção para duas questões que julgamos fundamentais
vel de estados e municípios.
para quem desenvolve atividades de EAD.
Então, para finalizar este item, reforçando o que foi dito
A primeira delas diz respeito ao fato de que, quando se
sobre a concepção do programa, podemos perguntar:
discute essa modalidade, geralmente as pessoas colocam
Por que oferecer o Programa Formação pela Escola na sua atenção primeira no aspecto relativo ao seu modo de or-
modalidade a distância? ganização, que possibilita, por exemplo, que a relação entre
professor e aluno não se dê, necessariamente, face-a-face.
Porque:
A segunda diz respeito ao uso das novas tecnologias como
:: A educação a distância (EAD) ultrapassa as barreiras geo- recurso para que o processo de interação entre os sujeitos da
gráficas por meio de práticas educacionais desenvolvidas prática educativa possa ocorrer.
com tecnologias de informação e comunicação – TICs. Embora essas questões sejam importantes para a com-
Caderno do tutor
:: Por meio da EAD é possível disponibilizar a cursistas preensão dessa modalidade, elas não são a sua essência. A
– em todo o país e a qualquer momento – grande quanti- essência, e chamamos a atenção para isso, é ser uma modali-
dade de informações. dade de desenvolvimento da EDUCAÇÃO.
:: Assim, o FNDE poderá tornar mais eficaz o processo de Nesse sentido, ao pensarmos na educação a distância, de-
capacitação e a divulgação de seus programas e ações. vemos desviar o foco de nossa atenção:
14
15. DO ADJETIVO (DISTÂNCIA) Dessa forma, ao se trabalhar com a EAD, não podemos
reduzir nossa compreensão apenas a aspectos ligados ao
uso de tecnologia ou, ainda, ao fator da não-presencialida-
de entre professor-aluno. É importante estarmos atentos à
sua dimensão política, isto é, conscientes de que, com nossas
ações, estamos contribuindo não só para formação de pes-
AO SUBSTANTIVO (EDUCAÇÃO) soas que atuarão no mundo do trabalho, mas também e, so-
bretudo, para a formação do cidadão.
Presencialidade:
No caso do Programa Formação pela Escola, sua dimen- pressupõe a sensa-
É isso mesmo, antes de pensarmos no modo de organiza-
são política está nos seus objetivos centrais, que são: ção de presença, a
ção e desenvolvimento de um curso que terá como uma de partir do diálogo e
da participação dos
suas características básicas a não-presencialidade dos sujei- sujeitos envolvidos
:: formar maior número possível de pessoas para
tos da prática educativa, e que, por isso mesmo, exige uso no processo educa-
o desenvolvimento, o acompanhamento e a ava- tivo.
de tecnologia de comunicação, é importante que tenhamos
liação dos programas desenvolvidos pelo FNDE;
sempre presente que estamos participando de um processo
educativo. :: fortalecer a gestão democrática dos programas,
qualificando pessoas para exercerem o controle
O substantivo, isto é, a essência primeira é a EDUCAÇÃO.
social dos recursos disponibilizados pelo MEC
Isso implica que, além da dimensão da formação profissional
– FNDE.
Programa Formação pela Escola: concepção,
ou instrumental, de qualquer projeto, há a dimensão políti-
ca, relativa à formação do cidadão crítico, participativo, res-
ponsável pela construção da sociedade em que vive. Levando em conta essa dimensão política do Formação
pela Escola, é importante realçar que, ao trabalhar em um
programa de EAD, você estará desenvolvendo, também, uma
ação política e que, com essa sua ação, estará possibilitando
participação crítica, responsável e democrática na gestão
características e gestão
dos recursos públicos.
A ação política é realçada também em termos da possibi-
lidade que essa modalidade oferece de atender a um maior
número de pessoas, com ampliação dos espaços de atendi-
mento, favorecendo, assim, uma maior democratização do
acesso ao saber.
15
16. O tutor ou conjunto de tutores em cada mu-
Você já tinha pensado sobre a educação
nicípio compõem, dentro da estrutura de ges-
a distância nessa perspectiva? Você tinha
tão do Formação pela Escola, o nível tutoria
em mente essa dimensão política na ação
municipal.
educativa? E em termos da dimensão dos
programas do FNDE?
O estado será responsável pela articulação, capacitação
dos tutores, acompanhamento, monitoramento e avalia-
ção do programa no âmbito estadual.
Sendo assim, é importante que você reflita um pouco
mais sobre o que acabou de ler antes de seguir para o nos- Os membros da equipe que executará as
so próximo item de estudo, onde veremos como se estru- ações citadas acima em cada estado com-
tura a gestão do Formação pela Escola. põem, dentro da estrutura de gestão do For-
mação, o nível coordenação estadual.
3. Estrutura de gestão do Programa Formação
No nível nacional, encontra-se a coordenação nacional
pela Escola do Formação pela Escola, integrada por equipes do FNDE e
No processo de gestão dos cursos do FNDE, vamos en- da SEED. Nesse nível, são formuladas as diretrizes para im-
contrar três níveis de responsabilidades: o municipal, o plementação do programa, são elaboradas as estratégias
estadual e o nacional. de execução e são feitos o acompanhamento, o monitora-
mento e a avaliação dos resultados, além da produção de
O município e/ou o estado indicarão pelo menos um materiais e administração financeira.
educador para exercer a função de tutor do Formação, que
será o responsável pela articulação, capacitação, acom- Veja no organograma a seguir como se estrutura o pro-
panhamento, monitoramento e avaliação dos trabalhos cesso de gestão do Programa Formação pela Escola.
desenvolvidos no programa, em âmbito municipal ou das
cidades coligadas. Cada tutor acompanhará aproximada-
mente 40 participantes.
Caderno do tutor
Entre outras tarefas, cabe ao tutor do Formação, em arti-
culação com o município e com o estado, organizar a fase
presencial do curso, indicando local e infra-estrutura ade-
quados à sua realização.
16
17. 3.1. Níveis de gestão
Formação pela Escola – Organograma
FNDE
Coordenação Gestão compartilhada
SEED
nacional
Gestão em nível estadual
Coordenador Apoio à coordenação
estadual de tutoria estadual
Coordenação
estadual
Orientadores
Programa Formação pela Escola: concepção,
estaduais
Apoio à tutoria municipal
Especialistas estaduais
nos programas do FNDE
características e gestão
Tutoria Tutores do
municipal Formação Apoio aos cursistas
17
18. :: realizar a coordenação administrativa e financeira do
E quais são as atribuições e responsabilida- programa (administração das equipes e dos recursos
des em cada um desses níveis de gestão no financeiros: licitação de empresas para produção do
programa? material impresso e dos vídeos; custear gastos gerais
de passagem aérea, hospedagem e alimentação dos
participantes nas capacitações);
Vejamos: :: organizar, acompanhar, monitorar e avaliar o curso de
formação para os tutores do programa;
:: Coordenação nacional :: realizar pesquisa avaliativa sobre o Formação pela Es-
A coordenação nacional será integrada por um coorde- cola, propondo reformulações pertinentes.
nador do FNDE, um coordenador da SEED e respectivas
equipes técnicas. Cabe a essa coordenação, prioritaria- :: Coordenação estadual
mente, capacitar, acompanhar, monitorar e avaliar os tra- Uma outra instância na gestão do Formação é a coorde-
balhos desenvolvidos pelas coordenações estaduais do nação estadual.
programa.
Principais atribuições da coordenação nacional: Como se estrutura essa coordenação?
Quem indica essa coordenação?
:: participar ativamente da elaboração do projeto de
Quais são as suas principais atribuições?
curso do Programa Formação pela Escola, bem como
do seu material didático e das propostas de capacita-
ção dos envolvidos;
:: disponibilizar material de apoio sobre o PDDE, Pnae, Veja as respostas a essas perguntas:
PLi, PTE, bem como toda e qualquer informação neces-
sária à elaboração do material didático do Formação; As atividades de apoio ficarão sob a responsabilidade
de uma coordenação estadual do programa, indicada pela
:: apresentar o programa aos secretários estaduais e secretaria estadual de educação de cada um dos estados
municipais de educação, solicitando a sua adesão; participantes do Programa Formação pela Escola.
Caderno do tutor
:: solicitar a indicação de um coordenador estadual Essa coordenação deverá, preferencialmente, integrar a
para o programa, em nível estadual; coordenação de educação a distância estadual e ser apoia-
:: articular a liberação das equipes estaduais para o ser- da pelas equipes e responsáveis pelos programas TV Esco-
viço de coordenação de tutoria estadual do programa; la e Proinfo.
Caberá à coordenação estadual do programa capacitar,
18
19. acompanhar, monitorar e avaliar os trabalhos desenvolvi- :: propor, aos orientadores estaduais e à tutoria muni-
dos pela tutoria municipal, bem como fornecer assistência cipal, a melhor estratégia para a realização da fase pre-
técnica para a solução de dúvidas e de questões comple- sencial;
xas que não puderem ser resolvidas com os recursos dis-
:: disponibilizar infra-estrutura de equipamentos (TV,
poníveis.
vídeos, parabólicas, computadores conectados à inter-
Os responsáveis pelos programas desenvolvidos pelo net) e comunicação (telefone, fax, correio eletrônico);
FNDE nos estados exercerão a função de especialistas em
:: apoiar técnica e institucionalmente os eventos rea-
conteúdo e apoiarão técnica e institucionalmente a equi-
lizados nos estados, em especial, a fase presencial do
pe estadual do Programa Formação pela Escola.
curso;
Principais atribuições da coordenação estadual:
:: acompanhar, monitorar e avaliar o trabalho dos orien-
:: participar das reuniões técnicas do programa; tadores estaduais, propondo encaminhamentos e so-
:: definir o plano de ação para a implementação do pro- luções possíveis no processo de implementação do
grama, fazendo os ajustes necessários e adequando a programa;
proposta apresentada à realidade dos estados; :: monitorar a implementação do programa no ambien-
:: definir a equipe de orientadores estaduais, sendo te Sife Web1 , incorporando informações solicitadas;
preferencialmente servidores ligados ao TV Escola e ao :: apoiar a pesquisa avaliativa do programa, propondo
Proinfo; reformulações pertinentes;
Programa Formação pela Escola: concepção,
:: articular entre si os agentes envolvidos com o Forma- :: elaborar um plano de acompanhamento pedagógi-
ção no estado, incluindo os responsáveis pelos progra- co do sistema de tutoria municipal.
mas do FNDE;
:: Tutoria municipal
:: articular-se com os prefeitos municipais, apresentan-
do o programa e construindo parcerias; Esse é o nível de gestão que você integra. Ele corres-
ponde ao apoio aos cursistas realizado pelos tutores do
características e gestão
:: promover divulgação do programa, destacando seus
objetivos e critérios de participação; Formação, selecionados e preparados para desempenhar
funções voltadas ao desenvolvimento do programa.
:: realizar encontros e visitas nos municípios, após de-
finida a tutoria municipal, explicando o programa, sua
natureza, funcionamento e metodologia; 1
Sistema de Informação do Programa Formação pela Escola: o Sife Web é uma ferramen-
:: apoiar tecnicamente o período de inscrição do curso; ta de gerenciamento que permite acompanhar, monitorar e avaliar o desempenho dos
cursistas, dos tutores do Formação e das coordenações estaduais do Programa Formação
pela Escola nos estados e municípios participantes.
19
20. Na unidade III deste módulo de estudo, você verá de-
talhadamente as questões que envolvem ser um tutor: o
que é, que papel desempenha e quais as atribuições no
contexto do Formação pela Escola.
Após conhecermos as atribuições e responsabilidades
de cada uma das instâncias que participam do proces-
so de gestão do programa, é hora de conhecermos a
dinâmica de funcionamento do Programa Formação
pela Escola.
Então, vamos para a unidade II!
Caderno do tutor
20
23. Unidade II:
Metodologia do Programa Formação pela
Escola
Apresentação
Nesta unidade, você vai conhecer a proposta metodológica do Formação pela Escola, bem como a estrutura do pro-
grama e sua dinâmica de funcionamento.
Sendo assim, o objetivo desta unidade de estudo é oferecer subsídios para que você compreenda:
:: a metodologia de EAD utilizada e a estrutura do programa;
:: a concepção de educação que fundamenta o Formação pela Escola;
:: as etapas indispensáveis para o sucesso do programa.
Metodologia do Programa Formação pela Escola
A partir da compreensão dessas questões, você construirá mais uma base de conhecimentos que lhe permitirá atuar
com qualidade e eficiência como tutor do Formação pela Escola.
Pronto para começar? Então, bom estudo!
Metodologia do Formação pela Escola
Quando focalizamos o termo “a distância”, a característica da não-presencialidade dos sujeitos, num mesmo espaço
físico e ao mesmo tempo, coloca-se como um ponto importante na configuração e organização da modalidade.
Por isso, no processo de formação dos tutores, um dos pontos mais importantes é conhecer a proposta metodológica
do curso para poder fazer uma tutoria de qualidade.
A proposta deste Programa de Formação Continuada a Distância – Formação pela Escola – fundamenta-se em uma
concepção de educação que valoriza a construção do conhecimento como base do processo educativo, bem como sua
natureza situada, contínua e ao longo da vida, tendo como diretrizes:
23
24. Busca-se, por meio da interação, possibilitar o diálogo
:: caracterização dos problemas de gestão dos diferen- entre os cursistas com os coordenadores e tutores do cur-
tes programas geridos pelo FNDE, analisando as variá- so; dos cursistas entre si e com os envolvidos nos diferentes
veis e buscando soluções mais pertinentes nas questões programas.
locais e regionais;
Com os princípios da problematização e da resolução de
:: ampliação de informações que possibilitem maior
problemas, busca-se provocar nos cursistas o estudo, o de-
acesso e utilização dos recursos disponíveis;
bate e a atitude de questionamento perante a atual situação
:: fortalecimento da gestão democrática da escola pú- do programa em estudo. Assim, o material didático dos cur-
blica, estimulando processos cooperativos de decisão e sos propicia aos cursistas subsídios para que possam analisar
operacionalização; criticamente os problemas enfrentados na execução dos di-
:: promoção da formação continuada dos agentes e par- ferentes programas, apontando possíveis soluções aos pro-
ceiros executores desses programas na elaboração de blemas levantados.
propostas diversificadas de atuação e uso mais adequa- O princípio da cooperação visa despertar o sentimento de
do dos recursos segundo peculiaridades regionais; pertencer a um projeto social coletivo, cuja condução e so-
:: fortalecimento dos canais de controle, por meio dos lução de problemas se darão de maneira efetiva mediante a
conselhos locais e regionais, que exercem o controle so- participação dos sujeitos envolvidos.
cial da aplicação dos recursos.
Como você pode perceber, o Programa For-
Para garantir que os cursos oferecidos pelo FNDE levem mação pela Escola dá ênfase à metodologia
em consideração as diretrizes anteriormente citadas, alguns de resolução de problemas. A partir daí, po-
princípios foram escolhidos para dar sustentação aos módu- demos afirmar que a preocupação básica é
los do Programa Formação pela Escola. São eles: oferecer aos cursistas elementos teóricos
que permitam detectar problemas, analisá-
los e propor soluções.
Problematização
Caderno do tutor
Interação Cooperação 1. Estrutura do Programa Formação pela Escola
Resolução de
problema O programa está organizado em cinco módulos: um mó-
dulo de competências básicas e quatro temáticos.
24
25. É possível uma mesma pessoa fazer mais de um
Módulo de competências básicas – comum a módulo específico?
todos os cursos
Discute as políticas públicas para educação básica
no âmbito do FNDE. A resposta é sim. O cursista do Formação pela Escola, con-
cluído o módulo de competências básicas e um módulo te-
mático, poderá se inscrever para fazer outro módulo temáti-
Módulos temáticos específicos
co.
Dedicados aos diferentes programas desenvolvidos
pelo FNDE: Pnae, PTE, PLi e PDDE. 2. Dinâmica do curso
Observação: a partir do 2º semestre de 2008, também serão oferecidos os mó- A preparação do curso se inicia bem antes do que você ou
dulos Fundeb e Prestação de Contas.
o cursista imaginam. Por isso, vamos apontar rapidamente
algumas fases ou etapas preliminares, indispensáveis para o
Cada módulo é de quarenta horas e desenvolvido ao lon- sucesso do programa e para a aprendizagem do cursista.
go de, aproximadamente, um mês, com previsão de uma
hora e meia de estudo por dia. Portanto, o cursista deverá ser 2.1. Fases preliminares
orientado por você na organização do tempo de estudo para
Metodologia do Programa Formação pela Escola
dar conta da leitura do módulo e da realização das atividades a) Constituição e formação das equipes
previstas, além da avaliação final. Nesta fase, realizam-se a constituição das equipes estadu-
O módulo de competências básicas é obrigatório, isto é, ais e a seleção e formação dos tutores.
o cursista deve estudar esse módulo antes dos temáticos es- As equipes estaduais são formadas de acordo com o perfil
pecíficos – escolhidos pelo cursista, conforme seu interesse técnico adequado para o desempenho das funções. A sele-
e condições de oferta do curso relativo a um dos programas ção de tutores também segue determinados critérios: o tutor,
do FNDE. tanto estadual quanto municipal, deve ter formação supe-
Turma rior completa comprovada, conhecimentos de informática e,
preferencialmente, ter experiência em educação a distância.
Esses tutores devem ser preferencialmente do quadro de
Módulo de competências básicas servidores, integrantes das equipes dos programas TV Escola
e Proinfo (multiplicadores). É recomendável que os tutores já
Cursistas conheçam os programas ou integrem equipes do FNDE nos
MT* MT* municípios.
MT* MT*
Depois da seleção dos tutores, ocorre a formação para a
*MT: Módulo temático
25
26. atuação no âmbito do Programa Formação pela Escola, por c) Matrícula
meio do Curso de Formação de Tutores, desenvolvido no
ambiente virtual de aprendizagem Moodle. A matrícula é a inscrição efetiva dos cursistas no Formação
pela Escola. A partir dela, as turmas são abertas e os módulos
b) Pré-matrícula
são iniciados. Dois níveis de gestão são responsáveis pela
A pré-matrícula ocorre durante o período de divulgação efetivação da matrícula no programa. Vejamos quais são:
do programa e permite o mapeamento dos potenciais cur-
sistas e dos módulos mais demandados. Essa fase abrange Ações de responsabilidade da coordenação estadual:
as seguintes ações:
:: Verificação dos dados de pré-matrícula consolidados
:: Divulgação pela tutoria municipal e coordenação es-
pelo tutor.
tadual do Formação junto às comunidades escolares.
:: Distribuição de folder e ficha de pré-matrícula, sob a :: Levantamento das demandas municipais.
responsabilidade do tutor. :: Abertura das turmas para os tutores.
:: Recebimento das fichas de pré-matrícula pelo tutor e :: Comunicação aos tutores sobre o plano de atendimen-
tabulação dos dados. to do município/estado.
:: Inserção dos dados consolidados no Sife Web pelo tu-
tor. Ações de responsabilidade da tutoria municipal:
Os dados levantados na pré-matrícula determinarão a
:: Seleção dos cursistas a serem matriculados.
quantidade de material a ser produzido, bem como as estra-
tégias de atendimento aos cursistas. :: Efetivação da matrícula do cursista no Sife Web.
2.2. Fluxo
Como vai ocorrer a caminhada do cursista?
Para ajudar o cursista em seu estudo a distância, estão
Caderno do tutor
previstos momentos presenciais no início, meio e ao final do
curso, e momentos a distância, com estudo autônomo dos
módulos pelo cursista, contando sempre com o apoio do tu-
tor.
26
27. Módulo de competências básicas Módulo temático
Momentos Encontro presencial Encontro presencial Encontro presencial
presenciais inicial (4 h) intermediário (4 h)2 final (4 h)
Momentos Estudo individual Estudo individual
a distância (34 h) (34 h)
conhecendo as diversas ferramentas que irá utilizar para se
Relembrando: comunicar com seu tutor. Ou seja, esta será mais uma das
Cada módulo é de quarenta horas e é desenvolvido ao tarefas realizadas por você no encontro presencial inicial.
longo de, aproximadamente, um mês, com previsão de uma Além desse momento presencial inicial, haverá outro en-
hora e meia de estudo por dia. contro ao final do módulo de competências básicas e antes
Observe pela tabela que as quarenta horas de estudo para do início do módulo temático (encontro presencial interme-
cada módulo incluem os encontros presenciais e os estudos diário). O tutor fará, juntamente com os cursistas, uma ava-
autônomos. O curso Formação pela Escola tem, então, oiten- liação do módulo de competências básicas, discutirá a ativi-
ta horas no total, considerando as quarenta horas para cada dade final de aprendizagem do módulo e os orientará sobre
módulo. a leitura e as atividades do módulo temático específico.
Metodologia do Programa Formação pela Escola
Agora, vamos conversar um pouco mais sobre esses dife- Finalmente, ao término do módulo temático, haverá outro
rentes momentos. encontro para finalizar o percurso do cursista. É o momento
de apresentação dos trabalhos dos cursistas, de avaliação do
:: Momentos presenciais
material didático do curso e do próprio curso.
O curso inicia com o encontro presencial inicial, quando o
Os momentos presenciais devem ser bem planejados e va-
cursista será informado a respeito do Programa Formação
lorizados, pois esses momentos em que o cursista tem con-
pela Escola, sobre os módulos, a modalidade de educação
tato direto com você lhes possibilitarão o desenvolvimento
a distância, o material didático, a avaliação, a atividade final
da afetividade, do diálogo e da cooperação.
dos módulos e, sobretudo, a forma como se operacionalizará
o processo de tutoria. Portanto, tutor, organize com cuidado sua fala e suas ações
para esses encontros. Lembre-se que também participarão
Quando o curso for oferecido por meio do ambiente de
os representantes da coordenação estadual do programa.
aprendizagem Moodle, o aluno deverá receber um treina-
Vocês devem planejar o encontro presencial coletivamente.
mento, no encontro presencial, para operar esse ambiente,
:: Momentos a distância
2
No encontro presencial intermediário, duas horas são computadas para o módulo de
competências básicas e as outras duas horas são destinadas ao módulo temático. O curso inicia-se com o encontro presencial, mas depois,
27
28. ao longo de mais ou menos um mês, o cursista fará o estudo tante na organização da modalidade, pois é um dos meios
autônomo do módulo, bem como as atividades propostas para que a interação entre os sujeitos da prática educativa
no caderno de atividades. Porém, ele não deverá sentir-se possa acontecer. O material é um dos mediadores da inter-
isolado ou largado. É importante que você o oriente sobre locução entre o professor e o cursista, entre o tutor e o cur-
como aproveitar ao máximo o tempo disponível, em quais sista.
momentos poderá contar com seu apoio e de que maneira Como vimos anteriormente, o Formação pela Escola é or-
entrará em contato com você, caso tenha dúvidas ou deseje ganizado em módulos. Há o módulo de competências bá-
socializar suas reflexões. sicas, que aborda as questões ligadas às políticas públicas
A tutoria é um dos elementos da EAD que contribui para de governo, em que se insere o Formação pela Escola, e há os
o sucesso do estudo autônomo, pois permite a superação do módulos temáticos, que abordam os programas do FNDE.
sentimento de não-presença do professor, uma vez que há Podemos dizer, então, que a estrutura do material didá-
o estabelecimento de interação do estudante com o seu tu- tico do Programa Formação pela Escola corresponde a essa
tor. organização modular. Assim, temos um módulo específico
do Programa da Alimentação Escolar, um do Transporte do
Escolar, um do Livro Didático e um do Dinheiro Direto na Es-
cola.
O sistema modular se apresenta como alternativa mais
apropriada para propiciar diferentes níveis e itinerários de
formação. Essa flexibilidade é considerada também no uso
de diferentes mídias e em sua integração.
O FNDE poderá, progressivamente, elaborar novos mó-
dulos e agregá-los ao programa, conforme as necessidades
identificadas e/ou sugeridas pelas instituições participantes.
Cada um desses módulos é organizado com a seguinte
3. Materiais didáticos proposta metodológica:
O material didático na modalidade a distância é de funda- :: Problematização – encoraja a reflexão sobre fatos exis-
Caderno do tutor
mental importância, porque ele é a base para a construção tentes no contexto da prática profissional do cursista, com
dos conhecimentos que são selecionados para o processo exposições de casos selecionados.
de formação, tanto em sua dimensão profissional quanto na :: Relato de experiências – estimula a proposição de
sua dimensão política. soluções mais adequadas à circunstância e à realidade de
Por esse motivo ele se configura como elemento impor- cada cursista.
28
29. :: Construção cooperativa de conhecimento – valoriza a em termos de seleção dos conhecimentos fundamentais na
vivência investigativa do cursista no aperfeiçoamento da formação dos cursistas. É ele também o mediador da intera-
prática individual e coletiva. ção cursista-tutor e cursista-cursista.
Portanto, as problematizações, identificadas no cotidia- Por essa sua importância no contexto da EAD, o mate-
no da implementação dos programas geridos pelo FNDE, e rial didático deve ser bem estudado pelo tutor para que, na
a prática dos cursistas serão componentes fundamentais e interlocução com o cursista, ele possa contribuir para uma
contributivos no processo de capacitação. aprendizagem significativa.
Essa opção está diretamente relacionada à metodologia
de resolução de problemas, favorecendo a aprendizagem Quais são as mídias utilizadas para o curso do
como processo de construção de conhecimentos conceitu- Programa Formação pela Escola?
ais e procedimentais, a apropriação de valores e a consolida-
ção de atitudes.
Por isso, cada módulo trará uma problematização, que O processo de formação na modalidade a distância ocor-
orientará o cursista no estudo dos conteúdos ali previstos. rerá mediante a utilização, principalmente, de materiais im-
Essa problematização também será o fio condutor para o tra- pressos e vídeos e, ainda, excepcionalmente, no ambiente
balho final do módulo realizado pelo aluno. virtual de aprendizagem Moodle. No desenvolvimento do
Metodologia do Programa Formação pela Escola
curso, haverá proposição de atividades individuais e coleti-
Então, você deve estar se perguntando: vas*, encontros presenciais e atividade final de módulo.
Na orientação, o tutor deve ficar atento às proble- Assim, em cada módulo, o cursista encontrará:
matizações propostas em cada módulo? Por quê? a) Textos para estudo: os conteúdos que são a base para
a aprendizagem dos cursistas são organizados em módulos
de ensino e aprendizagem que incorporam, ainda, o uso
Porque é mediante a análise e a resposta a essas proble- conjugado de diferentes mídias. A organização e a produção
matizações que os autores dos módulos trarão os principais dos diferentes textos (impresso, audiovisual ou multimídia)
conteúdos e informações, que possibilitarão ao cursista a são feitas por uma equipe de especialistas em educação a
construção de conhecimento a respeito do tema estudado. distância, tendo como parceiros as equipes da SEED/MEC e
Não se esqueça, então, de ficar atento às problematiza- do FNDE. A produção de conteúdos para a fase piloto, bem
ções dos módulos, certo? como para a expansão nacional envolveu especialistas da
* Atividades individuais e coletivas: correspondem, respectivamente, a atividades e
Não se esqueça também que o material didático nos cur- estudos realizados a distância, por meio do material didático, e no encontro presen-
sos desenvolvidos na modalidade a distância é o balizador cial, bem como a atividades específicas que exigem o trabalho em equipe.
29
30. Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Os coorde- cialização de experiências e de demonstração. Impressos
nadores e técnicos do FNDE, executores dos programas, são e vídeos são concebidos como indutores de estudo, inves-
os colaboradores na produção de conteúdos do material do tigação, experimentação e sistematização de propostas
Programa Formação pela Escola. Na elaboração desses ma- de ação e de experiências, a partir de levantamentos con-
teriais, é dada importância vital ao recurso pedagógico de textualizados da problemática e das peculiaridades lo-
casos selecionados, de projetos e experiências vinculados à cais e regionais. O material impresso para cada módulo se
prática dos cursistas. compõe de: caderno de estudo e caderno de atividades.
b) Atividades individuais e coletivas: correspondem às :: Versão Moodle: o Moodle é um ambiente virtual de
atividades e aos estudos realizados a distância, por meio do aprendizagem que utiliza as ferramentas de comunicação,
caderno de atividades (atividades individuais), às atividades informação, gestão e avaliação, incluindo vídeos. Nesse
realizadas de forma presencial (encontro presencial), bem ambiente colaborativo de aprendizagem, são exploradas
como às atividades específicas que exigem o trabalho em as características de hipertextualidade e interatividade,
equipe (atividades coletivas). organizadas e contextualizadas a partir da metodologia
c) Relato de experiências (trabalho final de cada módulo): de resolução de problemas.
inicia-se com a identificação de um problema específico lo- Lembre-se sempre que você é um dos sujeitos da prática
calizado pelo cursista. A solução deve ser levantada e encon- educativa e que sua participação crítica e ativa é uma das
trada tendo como referência o módulo específico concluído garantias de qualidade no desenvolvimento dos cursos do
e o contexto em que o cursista está inserido. Esse processo FNDE.
deve ser registrado e avaliado pelo cursista. Essa atividade
deverá ser enviada ao tutor ao final de cada módulo e será
pré-requisito para a certificação. Bom, agora que você já conhece a estrutura do curso e
do material didático, iremos abordar um outro elemen-
Para o desenvolvimento dos cursos do Formação pela to importante na organização do Programa Formação
Escola, será utilizada a versão básica (composta por mate- pela Escola.
rial impresso e vídeos). Futuramente, os cursos poderão ser
disponibilizados na plataforma Moodle, via internet. Vamos Vamos, então, para a unidade III conhecer como se dá
verificar o que é cada uma dessas versões? o processo de tutoria neste programa?
Caderno do tutor
:: Versão básica: é composta por textos impressos e
vídeos. O material impresso, pelas características de trata-
mento do tema, possibilita o aprofundamento e a prob-
lematização apresentada pelos vídeos, que, por sua vez,
por suas características expressivas, serão utilizados para
sensibilizar, mobilizar, deflagrar reflexões e discussão, so-
30
33. Unidade III:
O sistema de tutoria no Formação pela Escola
Apresentação
Nesta unidade serão abordados os seguintes temas:
1. Concepção de tutoria, em que faremos uma abordagem teórica sobre a figura do tutor em cursos a distância, com vis-
tas a refletir a respeito do significado da tutoria, seus papéis e atribuições.
2. Atribuições do tutor no Formação pela Escola, em que apresentaremos o papel do tutor nas diversas fases do pro-
grama.
3. As ações do tutor no Formação pela Escola, em que será apresentada, de forma mais detalhada, a ação do tutor nos
encontros presenciais e no sistema de avaliação, tanto de aprendizagem quanto de qualidade e eficiência do programa. Dare-
mos, ainda, algumas dicas para a elaboração de estratégias de ação do tutor em cada fase do programa.
Esperamos que ao final do estudo desta unidade você tenha desenvolvido condições para:
O sistema de tutoria no Formação pela Escola
:: trazer, para o centro de sua preocupação, a essência da educação a distância;
:: compreender a dimensão política da tutoria;
:: apontar a tutoria como um dos elementos centrais da modalidade educação a distância, com possibilidades de contri-
buir para redefinição de paradigmas educacionais;
:: explicitar como se organiza o sistema de tutoria no Programa Formação pela Escola;
:: discorrer sobre as funções e atribuições de um tutor no Formação pela Escola.
Bom estudo!
Introdução
Discutimos na unidade I deste módulo como a educação, incluindo a educação a distância, interfere no modo de vida so-
cial. É a partir dela que podemos construir sociedades mais democráticas, mais justas, mais equânimes, mais inclusivas.
33
34. Assim, ao pensarmos sobre a tutoria, devemos fazê-lo no e significa: “aquele que protege, ampara, dirige, o defensor”.
contexto de uma reflexão que nos aponte para a responsabi- Era a figura da pessoa que ficava responsável pela educação
lidade de nossa ação. e zelava dos bens dos menores quando pais faleciam ou não
Como um dos sujeitos da prática educativa, que envolve podiam cuidar de seus filhos.
alunos, professores, administradores e técnicos, o tutor tem Posteriormente, no final do século XV, as universidades
uma enorme responsabilidade, porque suas ações também inglesas de Oxford e Cambridge utilizavam a figura do tutor
contribuirão para a construção de determinado tipo de so- para assessorar grupos de alunos de modo individualizado,
ciedade. sob coordenação de um professor titular. No século XIX, essa
figura seria institucionalizada nas universidades, fazendo
Em razão disso, há uma discussão teórica, hoje, a respeito
parte do quadro de funcionários.
da melhor denominação para o termo tutor. Muitos teóricos
preferem a denominação orientador pedagógico. Neste cur- Em 1969, ao ser criada a primeira Universidade Aberta
so, estamos usando a terminologia que internacionalmente (e a distância), a Open University da Inglaterra, o modelo de
já é consagrada, ou seja, tutor. Oxford e Cambridge influenciaria a configuração do sistema
de tutoria da Open University. Esse modelo seria copiado, em
seguida, por outras universidades a distância que foram sur-
E então, como podemos compreender a gindo (na Espanha, Alemanha, Canadá), espalhando-se pelo
figura do tutor em cursos a distância? mundo, a partir da década de 1990.
Nesse modelo da Open University, o tutor tinha como fun-
ções principais:
:: verificar as atividades dos alunos, sua compreensão e
1. Concepção de tutoria argumentação;
Ao ouvir pela primeira vez a palavra “tutor”, o que você :: solucionar dúvidas, corrigir informações;
pensou de imediato? Ao se candidatar para a função de tutor :: animar os estudante em leituras e trabalhos;
no Formação pela Escola, sabia o significado dessa palavra?
:: informar conteúdos a serem trabalhados;
Caderno do tutor
Hoje, tornou-se comum ouvir falar em “tutor”, pois está
:: realizar avaliações permanentes.
havendo uma disseminação de cursos a distância pelo país
e a figura do tutor aparece em todos eles. Você gostou de saber onde estão as origens do seu novo tra-
Mas o que significa “tutor”? balho?
Trata-se de palavra que veio do campo jurídico, do latim, Você poderá discordar da palavra “tutor” (afinal, lidamos
34
35. com adultos e não com crianças que devemos cuidar e tu- organização, acompanhamento e avaliação do programa no
telar). Mas ela se consagrou pelo mundo e quando você fala qual vai participar.
de tutoria todos sabem de que figura você está falando. Por Na fase de planejamento, o tutor deve participar da dis-
isso, aqui no Programa Formação pela Escola, foi mantida a
cussão, com a equipe de coordenação (tanto nacional como
terminologia clássica.
estadual), da proposta metodológica, do processo de acom-
O importante é você não esquecer que: o tutor é um dos panhamento e avaliação dos cursistas. Com os especialistas
SUJEITOS da prática educativa, porque participa, juntamente do FNDE, o tutor deverá aprofundar seus conhecimentos so-
com outros sujeitos (cursistas, equipe de coordenação, especia- bre o conteúdo dos programas que serão apresentados nos
listas do FNDE), da produção de significados que interferirão na módulos do curso.
vida social.
O tutor é um dos sujeitos da prática social desenvolvida
no contexto da educação a distância, o que implica res-
ponsabilidades em termos de construção de significados
sociais.
Ser tutor significa extrapolar a função de ser meramente
O sistema de tutoria no Formação pela Escola
alguém que ajuda o aluno a estudar determinados conteú-
dos em um determinado curso a distância.
Ser tutor implica participar ativamente do desenvolvi-
mento de um projeto político e educativo de um curso a
distância, acompanhando-o e avaliando-o em todas as suas
dimensões.
Mas no Formação pela Escola existem atribuições específi- No desenvolvimento do curso, o tutor tem papel funda-
cas para o tutor? mental, principalmente no que diz respeito ao acompanha-
mento do percurso do aluno, observando-o em termos das
2. Atribuições do tutor no Formação pela seguintes atividades e atitudes:
Escola :: como estuda, que dificuldades apresenta;
Em razão da necessidade de uma colaboração ativa do :: se consulta bibliografia de apoio ou outra bibliografia;
tutor, é interessante que você participe dos momentos de :: se realiza as tarefas e exercícios propostos;
35
36. :: se é capaz de relacionar o conteúdo dos módulos com privilegiado, tem a possibilidade de acompanhar de perto
sua prática; o desenvolvimento de todo o curso, constituindo-se assim
:: se busca relacionar-se com outros colegas para estudar; um dos elementos decisivos para o processo de avaliação do
curso do qual participa.
:: se busca apoio quando surgem dúvidas durante o es-
tudo. Cabe ao tutor verificar se as finalidades, as diretrizes e os
princípios estão sendo respeitados no desenvolvimento do
O papel do tutor é acompanhar o aluno durante todo seu curso.
processo de aprendizagem, sobretudo em termos de esti-
mulá-lo e motivá-lo permanentemente, buscando contribuir Quanto à avaliação do curso, são atribuições do tutor:
também para o desenvolvimento da capacidade de organi- :: apontar as falhas no sistema de tutoria;
zação do estudo, das atividades de aprendizagem e de auto-
aprendizagem. :: avaliar, com base nas dificuldades apontadas pelos alu-
nos, os materiais didáticos utilizados no curso;
É da responsabilidade do tutor o registro de todo o pro-
cesso de acompanhamento de cada um dos alunos sob sua :: informar sobre a necessidade de apoios complemen-
orientação, além da participação no processo de avaliação tares não previstos pelo projeto;
do curso e da aprendizagem dos alunos. :: mostrar problemas relativos à EAD, a partir das observa-
Por todas essas responsabilidades, torna-se imprescindí- ções e das críticas recebidas dos alunos;
vel que o tutor tenha formação especial, em termos dos as- :: participar do processo de avaliação do curso.
pectos pedagógicos da educação a distância e da proposta
metodológica do curso em que atua. No que diz respeito ao nível do acompanhamento e ava-
liação do processo de ensino e de aprendizagem, são fun-
Portanto, as atribuições de um tutor devem se desenvol- ções do tutor:
ver em dois níveis:
:: participar dos cursos e reuniões para estudo dos módu-
los;
:: nível da avaliação do curso e da modalidade a distân-
cia; :: auxiliar o aluno em seu processo de estudo;
Caderno do tutor
:: nível do acompanhamento e da avaliação da apren- :: estimular o aluno à leitura e estudo dos módulos;
dizagem do cursista. :: detectar problemas dos alunos, buscando encaminha-
mentos de solução;
Em relação ao primeiro nível, é fundamental a partici- :: estimular o aluno em momentos de dificuldades para
pação do tutor, tendo em vista que, sendo um interlocutor que não desista do curso;
36
37. :: avaliar a aprendizagem do cursista. nicípios, bem como definir as ações para providenciá-la;
:: definir as datas, locais e horários dos encontros;
Puxa vida, a função de tutor é bem complexa, :: elaborar o cronograma de ações dos tutores.
você deve estar pensando. É um trabalho de mui-
ta responsabilidade, não é mesmo? Os tutores deverão informar aos cursistas do Formação
pela Escola as datas, horários, locais e modo de funciona-
mento do encontro presencial inicial.
Veja a seguir os objetivos de cada encontro presencial e as
É isso mesmo, é um trabalho de muita responsabilidade, ações que você deve desempenhar:
mas também muito prazeroso, uma vez que possibilita aos Encontro presencial inicial – tem como objetivos apre-
tutores ajudarem seus orientandos no processo de constru- sentar aos cursista o Programa Formação pela Escola,
ção de conhecimento. orientando-os sobre seu funcionamento e dinâmica de re-
alização, bem como fazer a introdução ao módulo de com-
Pois bem, conhecidas as atribuições de um tutor, é hora
petências básicas.
de nos perguntarmos:
De que forma devemos desenvolver as funções e as ativida-
des de tutoria?
O sistema de tutoria no Formação pela Escola
3. As ações do tutor no Formação pela Escola
3.1. Encontros presenciais
Como vimos, os cursistas do Formação pela Escola terão
três encontros presenciais, com duração de quatro horas
cada um: encontro inicial, encontro intermediário e encon-
tro final. Para esse encontro, você como tutor deverá:
Antes do primeiro encontro presencial, a coordenação es- a) Planejar a dinâmica do encontro, distribuindo as ações
tadual de tutoria e os tutores do Formação deverão se reunir a serem realizadas ao longo das quatro horas de duração,
para, entre outras tarefas, organizar a fase presencial: de modo que seja um encontro produtivo e prazeroso
:: realizar o levantamento da infra-estrutura necessária (pense em atividades de descontração, como dinâmicas
para a realização dos encontros presenciais nos mu- de grupo, para intercalar entre uma ação e outra, evitando
37
38. que o encontro se torne monótono e desestimulante). acordo com os critérios de avaliação do Formação pela Es-
b) Definir as estratégias de recebimento e distribuição aos cola.
cursistas do material impresso do módulo de competên- Encontro presencial intermediário – os objetivos desse
cias básicas (caderno de estudo e caderno de atividades). encontro são levar os cursistas a avaliarem e sociabiliza-
c) Elaborar materiais impressos complementares a serem rem entre si e com o tutor a aprendizagem do módulo de
distribuídos aos cursistas, como o cronograma do curso, competências básicas e fazer a introdução aos estudos dos
incluindo as fases presenciais e a distância, as orientações módulos temáticos. Também nesse encontro, você recebe-
sobre o atendimento de tutoria, as orientações sobre o rá dos cursistas a atividade final do módulo de competên-
sistema de avaliação e outros que você considerar ne- cias básicas.
cessários. Para esse encontro, você como tutor deverá:
d) Elaborar materiais de apoio e estratégias de apresenta- a) Planejar a dinâmica do encontro, distribuindo as ações
ção da natureza, funcionamento e metodologia do curso a serem realizadas ao longo das quatro horas de duração,
Formação pela Escola. de modo que seja um encontro produtivo e prazeroso.
e) Apresentar os vídeos, lembrando os cursistas sobre sua b) Distribuir aos cursistas o material impresso dos módulos
veiculação nas escolas que dispõem do programa TV Es- temáticos: caderno de estudo e caderno de atividades.
cola. Observação: os vídeos estarão disponíveis no segun-
do semestre de 2008. c) Definir estratégias para avaliar e socializar a aprendiza-
gem do módulo de competências básicas, favorecendo o
f) Elaborar material de apoio para fazer a introdução ao debate entre os cursistas sobre as possíveis dificuldades
módulo de competências básicas, incluindo orientações e soluções apresentadas ao longo do estudo e, especial-
sobre a atividade final do módulo. Lembre-se que o objeti- mente, no trabalho final do módulo.
vo dos encontros não é o de dar uma aula sobre os temas dos
módulos do curso e, sim, o de preparar, orientar e estimular d) Definir as estratégias e elaborar material de apoio para
os participantes para os estudos e identificar dificuldades fazer a introdução aos módulos temáticos, incluindo ori-
para o aprendizado. entações sobre a atividade final do curso Formação pela
Escola.
g) Definir estratégias para estimular os cursistas a estabe-
lecerem com você e com os colegas um elo de comunica- e) Apresentar os vídeos, lembrando aos cursistas sobre
Caderno do tutor
ção que seja mantido ao longo dos estudos e pelo qual sua veiculação nas escolas que dispõem do programa TV
todos troquem idéias, se ajudem e construam coletiva- Escola.
mente a aprendizagem. f) Avaliar a participação de cada cursista no encontro, de
h) Avaliar a participação de cada cursista no encontro, de acordo com os critérios de avaliação do Formação pela Es-
cola.
38
39. Encontro presencial final – esse encontro objetiva a ava- b) mediante acompanhamento do tutor.
liação e socialização da aprendizagem dos módulos temá-
ticos, tomando como referência o trabalho final do curso, o a) Na avaliação mediante auto-avaliação, cada cursista
qual deverá ser entregue até três dias antes do encontro. deverá, ao final de cada módulo, preencher uma ficha de
Também nesse encontro, você deverá informar os cursistas auto-avaliação. Nessa ficha, que se compõe de três itens
sobre o resultado final da avaliação do curso e orientar sobre de avaliação (desenvolvimento dos estudos e atividades
as ações pós-curso (publicação de trabalhos finais, espaço dos módulos, atividade final de cada módulo e participa-
para continuação dos debates e discussões on line ou pre- ção nos encontros presenciais), o cursista irá comentar e
senciais, etc., de acordo com as orientações da coordena- aplicar uma nota (de 0 a 20 pontos) para a sua trajetória
ção estadual de tutoria). no curso e para o desenvolvimento de sua aprendizagem
desde o ingresso até a conclusão no Formação pela Es-
Para esse encontro, você como tutor deverá: cola. Tomando como base a resolução de suas atividades,
a) Planejar a dinâmica do encontro, distribuindo as ações as mudanças ocorridas em relação a atitudes, valores,
a serem realizadas ao longo das quatro horas de duração, compreensão do sistema social, político, educacional e
de modo que seja um encontro produtivo e prazeroso. tecnológico que fundamentam a nossa sociedade e ao
fortalecimento dos laços de solidariedade e de uma pos-
b) Definir estratégias para avaliar e socializar a aprendiza-
tura cidadã mais ativa, o cursista irá avaliar se sua apren-
gem dos módulos temáticos, favorecendo o debate en-
dizagem foi satisfatória ou se deveria melhorar em algum
tre os cursistas sobre as possíveis dificuldades e soluções
aspecto.
O sistema de tutoria no Formação pela Escola
apresentadas ao longo do estudo e, especialmente, no
trabalho final do curso. Para cada item de auto-avaliação, o cursista irá aplicar
c) Apresentar a avaliação, indicando a aprovação ou re- uma nota:
provação do cursista e, em caso de reprovação, orientan- :: Desenvolvimento dos estudos e atividades dos mó-
do sobre o reingresso no curso. dulos – de 0 a 5 pontos.
:: Atividade final de cada módulo – de 0 a 10 pontos.
3.2. Sistema de avaliação da aprendizagem :: Participação nos encontros presenciais – de 0 a 5
A avaliação de aprendizagem terá caráter formativo, bus- pontos.
cando servir sempre como apoio ao permitir que o cursista Portanto, a nota máxima a ser dada pelo cursista a si pró-
tenha um retorno de seu desenvolvimento no curso. prio é 20 pontos.
Ela será realizada de duas formas: b) Na avaliação mediante acompanhamento do tutor,
a) mediante a auto-avaliação do cursista; cada cursista do Formação pela Escola será avaliado por
você, tutor:
39
40. 1. pelo grau de dedicação aos estudos dos módulos, com sua comunidade escolar, cuja solução deverá ser levantada e
base no desenvolvimento dos estudos e das atividades; encontrada tendo como referência o módulo específico em
2. pela presença e participação nos encontros presenci- estudo e o contexto em que o cursista está inserido.
ais;
3. pela realização das atividades finais dos módulos, pro-
3.2.2. Distribuição dos pesos das etapas de
postas no caderno de atividades de cada módulo. avaliação para a composição da nota final
Observação: as atividades relativas às unidades de estudo dos Durante o módulo, a avaliação é dividida em quatro eta-
módulos, disponíveis no caderno de atividades, não serão cor- pas, que têm pesos diferentes para compor a avaliação final.
rigidas pelo tutor; são exercícios propostos para a fixação e sis- Na tabela abaixo indicamos o peso de cada etapa:
tematização da aprendizagem e serão corrigidos pelo próprio
cursista, utilizando os gabaritos e as chaves de correção. Isso Etapas da avaliação Peso
não significa, no entanto, que o cursista não possa discutir ou Participação no encontro presencial 20
tirar suas dúvidas com você sobre as atividades. E lembre-se: Desenvolvimento dos estudos e das atividades 25
você deve estimular os cursistas a realizarem os exercícios pro- a distância (estudo autônomo dos módulos)
postos no caderno de atividades, embora não sejam avaliados, Auto-avaliação 20
pois são muito importantes para o processo de ensino-apren-
dizagem. Uma boa estratégia para isso é recolher o caderno de
Atividade final 35
atividades ou solicitar ao cursista que o deixe com você por um Total 100
tempo, depois que o módulo estiver concluído. Mas atenção: é
importante que você o devolva para o cursista! Entretanto, você, tutor, não registrará as etapas da avalia-
ção indicando a nota final. Você avaliará o cursista em cada
etapa de acordo com o conjunto de itens que demonstra-
3.2.1. Atividade final
remos adiante. Quando você registrar as avaliações no Sife
A atividade final de cada módulo poderá ser realizada in- Web, o próprio sistema calculará a nota final do cursista e
dividualmente pelo cursista ou em grupo de, no máximo, indicará a sua situação (pendente, aprovado ou reprovado).
três pessoas. O trabalho em grupo deve ser estimulado, pois A seguir, veremos detalhes de como isso ocorre.
Caderno do tutor
proporciona uma excelente troca de experiências entre os
cursistas. 3.2.3. Critérios de avaliação e pontuação das
O trabalho pode ser um relato de experiência ou um pla- etapas de avaliação
no de ação, a ser entregue ao tutor no final de cada módu-
lo, partindo da identificação de um problema específico em Para cada etapa de avaliação, você deverá elaborar es-
40