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MARINA GARCIA BARBOSA 
NATAN DOS SANTOS
 Também conhecido como microconto ou nanoconto, 
é associado ao minimalismo 
 Embora a teoria literária ainda não reconheça o 
miniconto como um gênero literário à parte, fica 
evidente que as características são diferentes das de 
um “conto pequeno”. 
 No miniconto muito mais importante que mostrar é 
sugerir, deixando ao leitor a tarefa de “preencher” as 
elipses narrativas e entender a história por trás da 
história escrita.
 O Guatemalteco Augusto Monterroso é apontado 
como autor do mais famoso miniconto, escrito com 
apenas trinta e sete letras. 
 Uma das definições de microconto estabelece o limite 
de 150 caracteres para permitir seu envio através de 
mensagens SMS (torpedos) pelo celular, evidenciando 
uma das características do microtexto, que é sua 
ligação com as novas tecnologias de informação e 
comunicação.
 Brevidade; 
 Intertextualidade; 
 Metaficcão; 
 Epifania; 
 Precisão cirúrgica que aproxima prosa e poesia; 
 Ficcional entrelaçado a recortes de elementos factuais; 
 Humor; 
 Polissemia; 
 O Inusitado; 
 Ironia; 
 Ludicidade.
 A ação se apresenta no clímax e início-epílogo são 
coalescentes com o todo da ação narrada. 
 O microconto, como gênero literário, longe de se 
limitar a aforismos, reflete de algum modo as tensões 
do nosso século; posto que extrai do mundo exterior 
a sua estranheza fragmentária e converte-a em arte.
 O microconto brasileiro contemporâneo é uma dose da 
“célula tronco” do conto, da novela, da crônica, do 
haicai e de algumas formas simples: a adivinha, chiste, 
caso, anedota, ditado, etc 
 A microficção brasileira busca trazer em suas frinchas 
dados sócio-históricos reais, em nada falseados ou 
modificados com finalidade de fazer o “jogo do texto”.
 Grande quantidade de autores publicando livros com ou 
exclusivamente de minicontos: o pioneiro “Ah, é?”, de Dalton 
Trevisan (1994), “Contos Contidos”, de Maria Lúcia Simões 
(1996), “O filantropo”, de Rodrigo Naves (1998), “Pérolas no 
decote”, de Pólita Gonçalves (1998), “Passaporte”, de Fernando 
Bonassi (2001), “Coração aos pulos”, de Carlos Herculano Lopes 
(2001), “Eles eram muitos cavalos”, de Luiz Rufatto (2001), 
“Mínimos Múltiplos Comuns”, de João Gilberto Noll (2003), “Os 
cem menores contos brasileiros do século”, organizado por 
Marcelino Freire (2004), “Ao homem que não me quis”, de 
Ivana Arruda Leite (2005), “Tentando entender Monterroso”, de 
Luiz Arraes (2005), “A milésima segunda noite”, de Fausto Wolff 
(2005), “Contos de Bolso e Contos de Bolsa”, da Casa Verde (2005 
e 2006), “Curta-Metragem e Expresso 600”, de Edson Rossatto 
(2006), Entre Duas Mortes, organizado por Frederico Alberti 
(2006), entre tantos outros.
 Presença de minicontos juvenis, de Leonardo 
Brasiliense, “Adeus conto de fadas” (2006), 
 Testa a estética com outro público, comprovando a 
flexibilidade do miniconto e a possibilidade de ser 
tratado como um gênero (da mesma forma que os 
poetas tratam como gênero o haicai).
 Devido ao seu formato enxuto e de rápida leitura, o 
miniconto se tornou um gênero cultivado não apenas 
pelos leitores como também pelos escritores das 
novas gerações, seduzidos pela (aparente) facilidade de 
se escrever um bom miniconto.
“Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.” 
Augusto Monterroso
Vende-se: sapatos de bebê, nunca usados. 
Ernest Hemingway
O balanço enferrujado rangia enquanto a solidão 
susurrava ao seu ouvido. Risos distantes podiam ser 
percebidos. 
Em seu coração reinava o barulho da ansiedade, 
que brigava com o silêncio de um espaço reservado 
prestes a ser preenchido. Passaram-se horas. A euforia 
diminuíra pela agonia da espera e, livre de qualquer 
esperança, caminhara em direção à infelicidade, 
quando, de repente, se viu salva pelas garras de quem 
tanto a fez agonizar. 
Lorena Oliveira Cabral
“Olha, Pai, eu tentei, mas acho que não deu muito certo 
não...” 
(Antônio Prata)
“A velha insônia tossiu três da manhã.” 
(Dalton Trevisan)
 Projeto Micro e Minicontos da Fábrica dos Sonhos. 
Disponível em: 
<http://minimicrocontos.blogspot.com.br> Acesso em 
19 de Nov. 2014 
 A onda dos Microcontos. Disponível em: 
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php?op 
tion=com_content&view=article&id=140:a-onda-dos-microcontos& 
catid=23:colecao&Itemid=33> Acesso em 
19 de Nov. 2014
 Miniconto. Disponível em 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Miniconto > Acesso em 19 de 
Nov. 2014 
 Entre Frinchas, a Poética do Microconto Brasileiro. 
Disponível em 
<http://www.abralic.org.br/anais/cong2011/AnaisOnline/re 
sumos/TC0674-1.pdf > Acesso em 19 de Nov. 2014 
 Pequena Poética do Miniconto. Disponível em 
<http://www.minicontos.com.br/?apid=2989&tipo=12&dt= 
0&wd=&titulo=Pequena%20po%E9tica%20do%20minicon 
to> Acesso em 19 de Nov. 2014
 Microcontos. Disponível em 
<http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/09/mic 
rocontos.html> Acesso em 19 de Nov. 2014 
 30 Contos de Até 100 Caracteres. Disponível em 
<http://www.jornalopcao.com.br/posts/opcao-cultural/ 
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  • 1. MARINA GARCIA BARBOSA NATAN DOS SANTOS
  • 2.  Também conhecido como microconto ou nanoconto, é associado ao minimalismo  Embora a teoria literária ainda não reconheça o miniconto como um gênero literário à parte, fica evidente que as características são diferentes das de um “conto pequeno”.  No miniconto muito mais importante que mostrar é sugerir, deixando ao leitor a tarefa de “preencher” as elipses narrativas e entender a história por trás da história escrita.
  • 3.  O Guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras.  Uma das definições de microconto estabelece o limite de 150 caracteres para permitir seu envio através de mensagens SMS (torpedos) pelo celular, evidenciando uma das características do microtexto, que é sua ligação com as novas tecnologias de informação e comunicação.
  • 4.  Brevidade;  Intertextualidade;  Metaficcão;  Epifania;  Precisão cirúrgica que aproxima prosa e poesia;  Ficcional entrelaçado a recortes de elementos factuais;  Humor;  Polissemia;  O Inusitado;  Ironia;  Ludicidade.
  • 5.  A ação se apresenta no clímax e início-epílogo são coalescentes com o todo da ação narrada.  O microconto, como gênero literário, longe de se limitar a aforismos, reflete de algum modo as tensões do nosso século; posto que extrai do mundo exterior a sua estranheza fragmentária e converte-a em arte.
  • 6.  O microconto brasileiro contemporâneo é uma dose da “célula tronco” do conto, da novela, da crônica, do haicai e de algumas formas simples: a adivinha, chiste, caso, anedota, ditado, etc  A microficção brasileira busca trazer em suas frinchas dados sócio-históricos reais, em nada falseados ou modificados com finalidade de fazer o “jogo do texto”.
  • 7.  Grande quantidade de autores publicando livros com ou exclusivamente de minicontos: o pioneiro “Ah, é?”, de Dalton Trevisan (1994), “Contos Contidos”, de Maria Lúcia Simões (1996), “O filantropo”, de Rodrigo Naves (1998), “Pérolas no decote”, de Pólita Gonçalves (1998), “Passaporte”, de Fernando Bonassi (2001), “Coração aos pulos”, de Carlos Herculano Lopes (2001), “Eles eram muitos cavalos”, de Luiz Rufatto (2001), “Mínimos Múltiplos Comuns”, de João Gilberto Noll (2003), “Os cem menores contos brasileiros do século”, organizado por Marcelino Freire (2004), “Ao homem que não me quis”, de Ivana Arruda Leite (2005), “Tentando entender Monterroso”, de Luiz Arraes (2005), “A milésima segunda noite”, de Fausto Wolff (2005), “Contos de Bolso e Contos de Bolsa”, da Casa Verde (2005 e 2006), “Curta-Metragem e Expresso 600”, de Edson Rossatto (2006), Entre Duas Mortes, organizado por Frederico Alberti (2006), entre tantos outros.
  • 8.  Presença de minicontos juvenis, de Leonardo Brasiliense, “Adeus conto de fadas” (2006),  Testa a estética com outro público, comprovando a flexibilidade do miniconto e a possibilidade de ser tratado como um gênero (da mesma forma que os poetas tratam como gênero o haicai).
  • 9.  Devido ao seu formato enxuto e de rápida leitura, o miniconto se tornou um gênero cultivado não apenas pelos leitores como também pelos escritores das novas gerações, seduzidos pela (aparente) facilidade de se escrever um bom miniconto.
  • 10. “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.” Augusto Monterroso
  • 11. Vende-se: sapatos de bebê, nunca usados. Ernest Hemingway
  • 12. O balanço enferrujado rangia enquanto a solidão susurrava ao seu ouvido. Risos distantes podiam ser percebidos. Em seu coração reinava o barulho da ansiedade, que brigava com o silêncio de um espaço reservado prestes a ser preenchido. Passaram-se horas. A euforia diminuíra pela agonia da espera e, livre de qualquer esperança, caminhara em direção à infelicidade, quando, de repente, se viu salva pelas garras de quem tanto a fez agonizar. Lorena Oliveira Cabral
  • 13. “Olha, Pai, eu tentei, mas acho que não deu muito certo não...” (Antônio Prata)
  • 14. “A velha insônia tossiu três da manhã.” (Dalton Trevisan)
  • 15.  Projeto Micro e Minicontos da Fábrica dos Sonhos. Disponível em: <http://minimicrocontos.blogspot.com.br> Acesso em 19 de Nov. 2014  A onda dos Microcontos. Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php?op tion=com_content&view=article&id=140:a-onda-dos-microcontos& catid=23:colecao&Itemid=33> Acesso em 19 de Nov. 2014
  • 16.  Miniconto. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Miniconto > Acesso em 19 de Nov. 2014  Entre Frinchas, a Poética do Microconto Brasileiro. Disponível em <http://www.abralic.org.br/anais/cong2011/AnaisOnline/re sumos/TC0674-1.pdf > Acesso em 19 de Nov. 2014  Pequena Poética do Miniconto. Disponível em <http://www.minicontos.com.br/?apid=2989&tipo=12&dt= 0&wd=&titulo=Pequena%20po%E9tica%20do%20minicon to> Acesso em 19 de Nov. 2014
  • 17.  Microcontos. Disponível em <http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/09/mic rocontos.html> Acesso em 19 de Nov. 2014  30 Contos de Até 100 Caracteres. Disponível em <http://www.jornalopcao.com.br/posts/opcao-cultural/ 30-contos-de-ate-100-caracteres> Acesso em 19 de Nov. 2014