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Memória e Aprendizagem
  Manual de Psicologia Cognitiva
             Cap. 6



       Dhiego Carvalho dos Santos
       João Vortmann
       Mauricio Volkweis Astiazara
       Renan Rosado de Almeida
Sumário


● Arquitetura da memória

● Memória de trabalho

● Processos da memória

● Aprendizagem implícita

● Teorias do esquecimento
Arquitetura da memória

Abordagem Multiarmazenamento (Atkinson e Shiffrin).
Foram propostos três tipos de armazenamento:

● Armazenamentos sensoriais: retenção extremamente breve
  das informações e limitação a uma modalidade sensorial;

● Armazenamento de curto prazo: capacidade muito limitada;

● Armazenamento de longo prazo: essencialmente ilimitada;
  retenção de informações por períodos de tempo
  extremamente longos.
Arquitetura da memória

                     Atenção
  Armazenamentos
     Sensoriais


                                        Recitação
    Decaimento     Armazenamento de
                      Curto Prazo



                     Deslocamento     Armazenamento de
                                         Longo Prazo



                                         Interferência
Armazenamento Sensoriais


A maioria das informações das quais nossos sentidos são
bombardeados não receber nenhuma atenção;

As informações de toda modalidade sensorial persistem por
breve tempo depois do final da estimulação, ajudando a tarefa
de extrair seus aspectos fundamentais para uma análise
posterior;
Armazenamento Sensoriais

Teste:

 Você está sentindo a textura da
        cadeira agora?
Armazenamentos Sensoriais: Icônico


Armazenamento visual

As informações declinam em cerca de 1/2 segundo

É extremamente importante: os mecanismos responsáveis pela
percepção visual sempre operam no ícone, em vez de
diretamente no ambiente visual
Armazenamentos Sensoriais: Ecóico


Armazenamento auditivo transitório (retém informação
relativamente não processada)

Duração temporal de informações auditivas não absorvidas na
armazenagem ecóica é de cerca de 2 segundos
Armazenamento de curto prazo

                   Capacidade muito limitada



                            7
Fragilidade de armazenamento, pois qualquer distração
provoca o esquecimento

Teste de memória
Efeito de Recência


O efeito da recência na recordação livre (lembrar os itens em
qualquer ordem) refere-se ao fato de que os últimos itens em
uma lista são em geral mais bem lembrados na recordação
imediata do que os itens do meio da lista.
Dissociação Dupla

Dois indivíduos têm desempenho diferente em tarefas
diferentes:

O indivíduo 1 tem desempenho normal na tarefa A e
desempenho deficiente na tarefa B e o indivíduo 2 tem
desempenho normal na tarefa B mas desempenho deficiente
na tarefa A
Avaliação

O modelo de multiarmazenamento proporcionou uma
explicação sistemática das estruturas e dos processos da
memória.

Para justificar a existência de três tipos qualitativamente
diferentes de armazenamento na memória, precisamos definir
diferenças importantes entre eles:

● duração temporal
● capacidade de armazenamento
● mecanismo(s) de esquecimento
● efeitos de lesão cerebral
Avaliação

O modelo de multiarmazenamento é muito simplificado:

● Supôs-se que os armazenamentos de curto e longo prazo
  operam sempre de uma maneira, de forma uniforme;

● Além disso, nesse modelo o armazenamento de curto prazo
  atua como uma passagem dos armazenamentos sensoriais
  para a memória de longo prazo;

● Supôs-se que o principal meio das informações serem
  transferidas para a memória de longo prazo era por meio da
  recitação na memória de curto prazo, no entanto o papel da
  recitação no cotidiano e bem mais limitado.
Memória de curto prazo: modelo padrão
Interpretações revisadas (abordagem de Nairne):

● As informações no armazenamento de curto prazo estão em um
  estado de ativação;

● O conhecimento permanente é ativado, como um subproduto do
  processamento cognitivo on-line, e passa a residir na memória de
  curto prazo. A memória de curto prazo é simplesmente definida
  como o conjunto coletivo destas informações ativas na memória;

● As informações atualmente ativadas podem ser acessadas
  imediatamente e sem esforço

● Supõe-se que a ativação seja frágil e possa ser rapidamente
  perdida - com a operação do decaimento - na ausência da
  recitação.
Memória de curto prazo: modelo padrão

             Itens Ativados




            Itens Não Ativados
Evidências
Segundo o modelo padrão, a memória de curto prazo deve ser
melhor para as palavras que podem ser recitadas rapidamente
do que para as palavras que demoram mais tempo para serem
recitadas: a recitação rápida mantém a ativação e por isso
evita o decaimento;

Segundo o mesmo modelo, o esquecimento da memória de
curto prazo se deve ao decaimento. Entretanto, a interferência
proativa (destruição da aprendizagem e memória atuais pela
aprendizagem prévia) também desempenha um importante
papel no esquecimento da memória de curto prazo;

Há evidências contra a suposição do modelo de que as
informações na memória de curto prazo são diretamente
acessíveis. A lembrança da memória de curto prazo depende
da natureza da pista ou indício de recuperação.
Avaliação

Supõe que a taxa de esquecimento é fixa, mas os dados
sugerem que são variáveis;

Sugere que o principal veículo para armazenamento de curto
prazo é a recitação, mas na verdade existe grande variação da
retenção independente da recitação;

Conclui que a recordação é um subproduto direto da ativação,
na verdade existe um processo de recuperação de informação;
Memória de Trabalho

Baddeley e Hitch substituíram o conceito do armazenamento
de curto prazo pela memória de trabalho;

Divida em quatro componentes de capacidade limitada e
relativamente independentes:
 ● Executivo Central
 ● Alça Fonológica
 ● Esboço Visuoespacial
 ● Buffer Episódico

 Se duas tarefas usam o mesmo componente, não podem ser
realizadas juntas com sucesso. Caso contrário, sim.
Memória de Trabalho


                      Executivo
                       Central
     Recitação                         Recitação




                                         Esboço
 Alça Fonológica   Buffer Episódico
                                      Visuoespacial
Memória de Trabalho: Alça Fonológica

Listas de palavras com similaridade fonológica são mais
difíceis de lembrar. Exemplo: fee, he, knee, me, she;

Efeito do comprimento da palavra: palavras longas são
ocupam mais memória;

Palavras apresentadas auditivamente produzem acesso direto
ao armazenamento fonológico;

Palavras apresentadas visualmente produzem acesso indireto
por meio da articulação subvocal (recitação).
Memória de Trabalho: Alça Fonológica




  Apresentação        Armazenamento
auditiva da palavra     Fonológico



   Apresentação
 visual da palavra
Avaliação

A Alça Fonológica aumenta a abrangência da memória, mas
tem pouco importância nas atividades diárias;

Pessoas com alça fonológica gravemente deficiente tem bom
desempenho em atuações da vida cotidiana;

Alguns autores afirmam que a alça fonológica é muito
importante porque é necessária para aprendizagem de novas
palavras e não para recordação de palavras conhecidas;
Memória de Trabalho: Esboço
Visuoespacial
Usado no armazenamento temporário e manipulação de
informação visual e espacial;

Logie afirma que é dividida em dois componentes:
 ● Cache Visual: armazena informações sobre forma visual e
   cor;
 ● Scribe Interna: lida com informações espaciais e de
   movimento. Ela repete as informações da cache visual,
   envia informações para o executivo central e está envolvida
   no planejamento e na execução dos movimentos do corpo e
   dos membros.
Memória de Trabalho: Esboço
Visuoespacial

               Esboço Visuoespacial




       Cache Visual            Scribe Interna
Memória de Trabalho: Esboço
Visuoespacial
Foi estudado um homem com derrame com lesão na área
responsável pela cache visual;

Ele não conseguia descrever detalhadamente imagens embora
tivesse os órgãos receptores intáctos;

Porém, com auxilio de um desenho ele tem um desempenho
melhor na tarefa: em vez de usar representação interna, ele
utilizada uma representação externa.
Avaliação

Vários experimentos comprovam a existência separada destes
dois componentes;

Porém, algumas tarefas exigem o uso combinado dos dois
componentes;

Não está entendido como os componentes colaboram nestes
casos específicos.
Executivo Central

Componente mais importante e versátil da memória de
trabalho.

Baddeley identificou as seguinte funções:
 ● Mudança nos planos de resgate de informação;
 ● Compartilhamento nos estudo de tarefa dupla;
 ● Atenção seletiva a alguns estímulos enquanto ignora outros;
 ● Ativação temporária da memória de longo prazo.
Executivo Central

Smith e Jonides identificaram funções semelhantes:
 ● Mudança na atenção entre tarefas;
 ● Planejamento de subtarefas para atingir algum objetivo;
 ● Atenção e inibição seletivas;
 ● Codificação das representações na memória de trabalho
   para o tempo e local do aparecimento.
Executivo Central

Pacientes com síndrome disexecutiva:
 ● Atenção prejudicada;
 ● Tendência a se distrair aumentada;
 ● Dificuldade na captação da totalidade de um estado;
 ● Capaz de atuar nas velhas rotinas;
 ● Não consegue dominar novos tipos de tarefa e situações.


                            Executiv
                            o Central




                  Alça       Buffer        Esboço
               Fonológica   Episódico   Visuoespacial
Executivo Central

Difícil mapeamento da área do cérebro responsável pelo
Executivo Central;

Parece que não há uma única área central.

Pode-se formular a hipótese de que existem regiões mais
especializadas em tarefas específicas...
Memória de Trabalho Verbal X
Memória de Trabalho Espacial
Shah e Miyake discordaram da noção de que há um executivo
central que serve para várias funções;

Propuseram separação em memória de trabalho verbal e
espacial.



               Executivo          Executivo
                Verbal            Espacial
Buffer Episódico

Integra informações de uma série de fontes em uma única
estrutura ou episódio complexo;

Atua como um buffer entre os demais componentes (alça
fonológica e esboço visuoespacial) que usam códigos
diferentes combinando-os em uma representação
multidimensional unitária;

Esse processo de união exige muito do sistema atencional de
capacidade limita que constitui o Executivo Central;

Este hipótese preenche várias lacunas.
Buffer Episódico
Avaliação

O Buffer Episódico é um acréscimo valioso ao modelo de
memória de trabalho (só foi acrescido 25 anos depois da teoria
inicial);

Existe necessidade de pesquisa futura para esclarecer os
processos que determinam quais informações são
armazenadas e como elas são integradas.
Processos da Memória

Analisa os efeitos do processamento de estímulos sobre a
recordação;

Surpreendentemente poucas pesquisas antes de 1972
envolveram o estudo dos processos de aprendizagem e o seu
efeito sobre a memória;

Processos de atenção e percepção na aprendizagem
determinam quais informações são armazenadas na memória
de longo prazo;
Processos da Memória

Capacidade de memorização é influenciada pelo nível de
processamento;

Há vários níveis de processamento:

Variam da análise superficial ou física de um estímulo à
análise profunda ou semântica (processamento de palavras);
Processos da Memória

Níveis de análise mais profundos produzem traços de memória
mais elaborados, mais fortes, e de mais longa duração que os
níveis superficiais;

A memória de longo prazo também depende do tipo e
intensidade da elaboração;

Recordação é melhor para comparações minimamente
elaboradas;

Traços de memória distintivos ou singulares são mais
facilmente recuperados do que aqueles que se assemelham;
Processos da Memória

A teoria da adequação para transferência prevê que o
desempenho da memória depende do tipo de processamento
na codificação e na recuperação;

Morris e colaboradores (1977) detectaram uma alta adequação
quando o processamento semântico foi seguido por um teste
de reconhecimento de padões;

Da mesma forma quando o processamento da rima foi seguido
por um teste de rima;

Além disso, o desempenho da memória foi superior no primeiro
teste;
Processos da Memória

O processamento profundo (semântico) é essencial para uma
boa memória de longa duração, porém não é suficiente [Craik
(2002)];

Pacientes amnésicos apresentam processamento profundo
(semântico) quase intacto, porém a memória de logo prazo
geralmente é muito deficiente;

Boa memória de longo prazo envolve um processamento
profundo e um processo de consolidação;

Pacientes amnésicos apresentam memória de longo prazo
deficiente pois possuem processos de consolidação
deficientes.
Aprendizagem Implícita

O termo "aprendizagem implícita" indica que a abordagem dos
níveis de processamento que estava preocupada com os
processos envolvidos na aquisição e na recuperação
consciente das informações não se aplica para todo tipo de
aprendizado;

É "a aprendizagem de informações complexas sem um
conhecimento verbalizável completo do que é aprendido"
(Seger, 1994);

De forma geral se refere à aprendizagem onde o aprendiz não
tem percepção consciente do que foi aprendido;
Aprendizagem Implícita X Explícita
Proposto por Reber em 1993, mas nenhuma definitivamente
estabelecida:

1. Robustez: os sistemas implícitos relativamente pouco
   afetados pelos transtornos que afetam os sistema
   explícitos (amnésia)
2. Independência da idade: é pouco influenciada pela idade
   ou pelo nível de desenvolvimento
3. Baixa variabilidade: há diferenças individuais menores na
   aprendizagem e na memória implícitas do que na
   aprendizagem e memória explícita
4. Independência de QI: o desempenho nas tarefas
   implícitas é relativamente pouco afetado pelo QI
5. Atributos comuns do processo: os sistemas implícitos
   são comuns à maioria das espécies
Aprendizagem Implícita

3 tipos principais de pesquisa:

1. Ênfase em verificar se participantes saudáveis podem
   aprender materiais muito complexos na ausência de
   percepção consciente do que aprenderam
2. Estudos sobre pacientes com lesão cerebral com amnésia
   em que se faz a tentativa de decidir se a aprendizagem
   implícita está essencialmente intacta, ainda que a
   aprendizagem explícita seja seriamente deficiente
3. Estudos de imagens cerebrais em que o principal enfoque é
   verificar se as áreas cerebrais associadas à aprendizagem
   implícita diferem das associadas à aprendizagem explícita
Aprendizagem Implícita

Segundo Anderson, 1983/1996, em seu modelo do Controle
Adaptativo do Pensamento:

O que acontece durante o desenvolvimento das habilidades
automáticas é que as representações conscientes são
gradualmente transformadas em representações
inconscientes;
Ou seja, um processo inicial de aprendizagem explícita é
seguido pela aprendizagem implícita;

É questionada a real existência da aprendizagem implícita pois
os resultados parecem inconsistentes porque a extensão de
possibilidade de aprendizagem implícita varia de tarefa para
tarefa;
Aprendizagem Implícita
Shanks e St. John (1994) propuseram dois critérios:

Critério da informação: as informações que os participantes
são solicitados a proporcionar no teste da consciência devem
ser as informações responsáveis pelo nível de desempenho
melhorado

Critério da sensibilidade: "Devemos ser capazes de mostrar
que o nosso teste da consciência é sensível a todo
conhecimento relevante" (Shanks e St. John, 1994). As
pessoas poder ser perceptivamente conscientes de mais
conhecimento relevante para a tarefa do que aparentam em
um teste insensível à percepção consciente, e isso pode nos
levar a subestimar seu conhecimento consciente acessível
Aprendizagem Implícita
O fato de que evidências razoáveis de aprendizagem implícita têm
sido obtidos de três abordagens sugere que ela provavelmente existe
e é diferente da aprendizagem explícita

É provável que uma mistura de aprendizagem implícita e explícita
esteja envolvida em muitas tarefas, o que ajuda a considerar algumas
aparentes inconsistências na literatura

É necessário se concentrar mais nas questões relacionadas às
possíveis interações entre a aprendizagem implícita e explícita, mas
no futuro provavelmente necessitaremos nos afastar dessa divisão

"o conhecimento não é em si necessariamente implícito ou explícito,
mas pode ser dinâmico na sua natureza, com a acessibilidade para a
consciência explícita depdendendo da qualidade de representação
básica (determinada por três características: estabilidade, distinção e
força)"
Teste de Associação Implícita

  https://implicit.harvard.edu/implicit/brazil/

            Sugerido: cor da pele

                Vamos fazer?
Teorias do esquecimento

● Estudado por Hermann Ebbinghaus (1909)
   ○ Foi o primeiro a desenvolver testes de inteligência
   ○ A funçao de esquecimento é logarítmica

● Rubin e Wenzel (1996)
   ○ Descobriram que as funçoes logarítmicas se ajustam a
     maioria dos dados

● A maior parte dos estudos concentram-se:
   ○ Memória explícita (aprendida das interações com os obj.)
   ○ Memória implícita (onde a consciência não tem acesso.
     Ex. habilidades motoras )


●
Teorias do Esquecimento

     Memorização




                   Intervalo de Retenção (horas)
Teorias do esquecimento - Repressão

● Freud (1915)
   ○ Usou o termo repressão para descrever a incapacidade
     de se obter acesso à percepção consciente diante de:
      ■ algo muito ameaçador;
      ■ provocador de ansiedade; e
      ■ eventos traumáticos.
Teoria da interferência

● Supõe que a capacidade de aprendizado pode ser destruída
  ou sofrer interfência daquilo que aprendemos previamente
  ou no futuro
● Interferência proativa - Quando a informação que já foi
  aprendida interfere sobre uma aprendizagem posterior. Ex.
  Aprender um conjunto de tarefas similares dentro de um
  curto periodo de tempo.
● Interferência retroativa - Quando a informação informação
  adquirida posteriomente interfere na lembrança de material
  previamente aprendido. Ex. Um jogador de tênis que se
  dedica ao squash pode notar, por algum tempo, uma piora
  no seu tênis.
Teoria da interferência

● De acordo com a teoria da inferência o esquecimento é
  uma conseqüência da aquisição e do armazenamento de
  novas lembranças.
● A pesquisa da teoria da interferencia é limitada nos pontos:
   ○ Ignora grande parte dos processos inibitórios
   ○ Tem um enfoque principal na inferência da memoria
     explícita
   ○ Enfoque em estímulos que unem duas resposta diferentes
   ○ Falta de estudo sobre os processos ativos usados
     para minimizar a interferência
Razões para o esquecimento

Segundo Tulving (1974), há duas razões para o esquecimento:

Esquecimento dependente do traço
As informações não são mais armazenas na memória

Esquecimento dependente de indícios
A informação está na memória mas não pode ser acessada
Esquecimento dependente de indícios

● Dependem dos:
   ○ Indícios externos
      ■ Ex. Conversa na durante a apresentação
   ○ Indícios Internos
      ■ Ex. Estado de humor

● Porém não há indícios claros disso.
● A memória de reconhecimento é melhor que a de
  recordação. Ex. Recordar o nome de um conhecido, quando
  alguem menciona lembramos.
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Memória e Aprendizagem

  • 1. Memória e Aprendizagem Manual de Psicologia Cognitiva Cap. 6 Dhiego Carvalho dos Santos João Vortmann Mauricio Volkweis Astiazara Renan Rosado de Almeida
  • 2. Sumário ● Arquitetura da memória ● Memória de trabalho ● Processos da memória ● Aprendizagem implícita ● Teorias do esquecimento
  • 3. Arquitetura da memória Abordagem Multiarmazenamento (Atkinson e Shiffrin). Foram propostos três tipos de armazenamento: ● Armazenamentos sensoriais: retenção extremamente breve das informações e limitação a uma modalidade sensorial; ● Armazenamento de curto prazo: capacidade muito limitada; ● Armazenamento de longo prazo: essencialmente ilimitada; retenção de informações por períodos de tempo extremamente longos.
  • 4. Arquitetura da memória Atenção Armazenamentos Sensoriais Recitação Decaimento Armazenamento de Curto Prazo Deslocamento Armazenamento de Longo Prazo Interferência
  • 5. Armazenamento Sensoriais A maioria das informações das quais nossos sentidos são bombardeados não receber nenhuma atenção; As informações de toda modalidade sensorial persistem por breve tempo depois do final da estimulação, ajudando a tarefa de extrair seus aspectos fundamentais para uma análise posterior;
  • 6. Armazenamento Sensoriais Teste: Você está sentindo a textura da cadeira agora?
  • 7. Armazenamentos Sensoriais: Icônico Armazenamento visual As informações declinam em cerca de 1/2 segundo É extremamente importante: os mecanismos responsáveis pela percepção visual sempre operam no ícone, em vez de diretamente no ambiente visual
  • 8. Armazenamentos Sensoriais: Ecóico Armazenamento auditivo transitório (retém informação relativamente não processada) Duração temporal de informações auditivas não absorvidas na armazenagem ecóica é de cerca de 2 segundos
  • 9. Armazenamento de curto prazo Capacidade muito limitada 7 Fragilidade de armazenamento, pois qualquer distração provoca o esquecimento Teste de memória
  • 10. Efeito de Recência O efeito da recência na recordação livre (lembrar os itens em qualquer ordem) refere-se ao fato de que os últimos itens em uma lista são em geral mais bem lembrados na recordação imediata do que os itens do meio da lista.
  • 11. Dissociação Dupla Dois indivíduos têm desempenho diferente em tarefas diferentes: O indivíduo 1 tem desempenho normal na tarefa A e desempenho deficiente na tarefa B e o indivíduo 2 tem desempenho normal na tarefa B mas desempenho deficiente na tarefa A
  • 12. Avaliação O modelo de multiarmazenamento proporcionou uma explicação sistemática das estruturas e dos processos da memória. Para justificar a existência de três tipos qualitativamente diferentes de armazenamento na memória, precisamos definir diferenças importantes entre eles: ● duração temporal ● capacidade de armazenamento ● mecanismo(s) de esquecimento ● efeitos de lesão cerebral
  • 13. Avaliação O modelo de multiarmazenamento é muito simplificado: ● Supôs-se que os armazenamentos de curto e longo prazo operam sempre de uma maneira, de forma uniforme; ● Além disso, nesse modelo o armazenamento de curto prazo atua como uma passagem dos armazenamentos sensoriais para a memória de longo prazo; ● Supôs-se que o principal meio das informações serem transferidas para a memória de longo prazo era por meio da recitação na memória de curto prazo, no entanto o papel da recitação no cotidiano e bem mais limitado.
  • 14. Memória de curto prazo: modelo padrão Interpretações revisadas (abordagem de Nairne): ● As informações no armazenamento de curto prazo estão em um estado de ativação; ● O conhecimento permanente é ativado, como um subproduto do processamento cognitivo on-line, e passa a residir na memória de curto prazo. A memória de curto prazo é simplesmente definida como o conjunto coletivo destas informações ativas na memória; ● As informações atualmente ativadas podem ser acessadas imediatamente e sem esforço ● Supõe-se que a ativação seja frágil e possa ser rapidamente perdida - com a operação do decaimento - na ausência da recitação.
  • 15. Memória de curto prazo: modelo padrão Itens Ativados Itens Não Ativados
  • 16. Evidências Segundo o modelo padrão, a memória de curto prazo deve ser melhor para as palavras que podem ser recitadas rapidamente do que para as palavras que demoram mais tempo para serem recitadas: a recitação rápida mantém a ativação e por isso evita o decaimento; Segundo o mesmo modelo, o esquecimento da memória de curto prazo se deve ao decaimento. Entretanto, a interferência proativa (destruição da aprendizagem e memória atuais pela aprendizagem prévia) também desempenha um importante papel no esquecimento da memória de curto prazo; Há evidências contra a suposição do modelo de que as informações na memória de curto prazo são diretamente acessíveis. A lembrança da memória de curto prazo depende da natureza da pista ou indício de recuperação.
  • 17. Avaliação Supõe que a taxa de esquecimento é fixa, mas os dados sugerem que são variáveis; Sugere que o principal veículo para armazenamento de curto prazo é a recitação, mas na verdade existe grande variação da retenção independente da recitação; Conclui que a recordação é um subproduto direto da ativação, na verdade existe um processo de recuperação de informação;
  • 18. Memória de Trabalho Baddeley e Hitch substituíram o conceito do armazenamento de curto prazo pela memória de trabalho; Divida em quatro componentes de capacidade limitada e relativamente independentes: ● Executivo Central ● Alça Fonológica ● Esboço Visuoespacial ● Buffer Episódico Se duas tarefas usam o mesmo componente, não podem ser realizadas juntas com sucesso. Caso contrário, sim.
  • 19. Memória de Trabalho Executivo Central Recitação Recitação Esboço Alça Fonológica Buffer Episódico Visuoespacial
  • 20. Memória de Trabalho: Alça Fonológica Listas de palavras com similaridade fonológica são mais difíceis de lembrar. Exemplo: fee, he, knee, me, she; Efeito do comprimento da palavra: palavras longas são ocupam mais memória; Palavras apresentadas auditivamente produzem acesso direto ao armazenamento fonológico; Palavras apresentadas visualmente produzem acesso indireto por meio da articulação subvocal (recitação).
  • 21. Memória de Trabalho: Alça Fonológica Apresentação Armazenamento auditiva da palavra Fonológico Apresentação visual da palavra
  • 22. Avaliação A Alça Fonológica aumenta a abrangência da memória, mas tem pouco importância nas atividades diárias; Pessoas com alça fonológica gravemente deficiente tem bom desempenho em atuações da vida cotidiana; Alguns autores afirmam que a alça fonológica é muito importante porque é necessária para aprendizagem de novas palavras e não para recordação de palavras conhecidas;
  • 23. Memória de Trabalho: Esboço Visuoespacial Usado no armazenamento temporário e manipulação de informação visual e espacial; Logie afirma que é dividida em dois componentes: ● Cache Visual: armazena informações sobre forma visual e cor; ● Scribe Interna: lida com informações espaciais e de movimento. Ela repete as informações da cache visual, envia informações para o executivo central e está envolvida no planejamento e na execução dos movimentos do corpo e dos membros.
  • 24. Memória de Trabalho: Esboço Visuoespacial Esboço Visuoespacial Cache Visual Scribe Interna
  • 25. Memória de Trabalho: Esboço Visuoespacial Foi estudado um homem com derrame com lesão na área responsável pela cache visual; Ele não conseguia descrever detalhadamente imagens embora tivesse os órgãos receptores intáctos; Porém, com auxilio de um desenho ele tem um desempenho melhor na tarefa: em vez de usar representação interna, ele utilizada uma representação externa.
  • 26. Avaliação Vários experimentos comprovam a existência separada destes dois componentes; Porém, algumas tarefas exigem o uso combinado dos dois componentes; Não está entendido como os componentes colaboram nestes casos específicos.
  • 27. Executivo Central Componente mais importante e versátil da memória de trabalho. Baddeley identificou as seguinte funções: ● Mudança nos planos de resgate de informação; ● Compartilhamento nos estudo de tarefa dupla; ● Atenção seletiva a alguns estímulos enquanto ignora outros; ● Ativação temporária da memória de longo prazo.
  • 28. Executivo Central Smith e Jonides identificaram funções semelhantes: ● Mudança na atenção entre tarefas; ● Planejamento de subtarefas para atingir algum objetivo; ● Atenção e inibição seletivas; ● Codificação das representações na memória de trabalho para o tempo e local do aparecimento.
  • 29. Executivo Central Pacientes com síndrome disexecutiva: ● Atenção prejudicada; ● Tendência a se distrair aumentada; ● Dificuldade na captação da totalidade de um estado; ● Capaz de atuar nas velhas rotinas; ● Não consegue dominar novos tipos de tarefa e situações. Executiv o Central Alça Buffer Esboço Fonológica Episódico Visuoespacial
  • 30. Executivo Central Difícil mapeamento da área do cérebro responsável pelo Executivo Central; Parece que não há uma única área central. Pode-se formular a hipótese de que existem regiões mais especializadas em tarefas específicas...
  • 31. Memória de Trabalho Verbal X Memória de Trabalho Espacial Shah e Miyake discordaram da noção de que há um executivo central que serve para várias funções; Propuseram separação em memória de trabalho verbal e espacial. Executivo Executivo Verbal Espacial
  • 32. Buffer Episódico Integra informações de uma série de fontes em uma única estrutura ou episódio complexo; Atua como um buffer entre os demais componentes (alça fonológica e esboço visuoespacial) que usam códigos diferentes combinando-os em uma representação multidimensional unitária; Esse processo de união exige muito do sistema atencional de capacidade limita que constitui o Executivo Central; Este hipótese preenche várias lacunas.
  • 34. Avaliação O Buffer Episódico é um acréscimo valioso ao modelo de memória de trabalho (só foi acrescido 25 anos depois da teoria inicial); Existe necessidade de pesquisa futura para esclarecer os processos que determinam quais informações são armazenadas e como elas são integradas.
  • 35. Processos da Memória Analisa os efeitos do processamento de estímulos sobre a recordação; Surpreendentemente poucas pesquisas antes de 1972 envolveram o estudo dos processos de aprendizagem e o seu efeito sobre a memória; Processos de atenção e percepção na aprendizagem determinam quais informações são armazenadas na memória de longo prazo;
  • 36. Processos da Memória Capacidade de memorização é influenciada pelo nível de processamento; Há vários níveis de processamento: Variam da análise superficial ou física de um estímulo à análise profunda ou semântica (processamento de palavras);
  • 37. Processos da Memória Níveis de análise mais profundos produzem traços de memória mais elaborados, mais fortes, e de mais longa duração que os níveis superficiais; A memória de longo prazo também depende do tipo e intensidade da elaboração; Recordação é melhor para comparações minimamente elaboradas; Traços de memória distintivos ou singulares são mais facilmente recuperados do que aqueles que se assemelham;
  • 38. Processos da Memória A teoria da adequação para transferência prevê que o desempenho da memória depende do tipo de processamento na codificação e na recuperação; Morris e colaboradores (1977) detectaram uma alta adequação quando o processamento semântico foi seguido por um teste de reconhecimento de padões; Da mesma forma quando o processamento da rima foi seguido por um teste de rima; Além disso, o desempenho da memória foi superior no primeiro teste;
  • 39. Processos da Memória O processamento profundo (semântico) é essencial para uma boa memória de longa duração, porém não é suficiente [Craik (2002)]; Pacientes amnésicos apresentam processamento profundo (semântico) quase intacto, porém a memória de logo prazo geralmente é muito deficiente; Boa memória de longo prazo envolve um processamento profundo e um processo de consolidação; Pacientes amnésicos apresentam memória de longo prazo deficiente pois possuem processos de consolidação deficientes.
  • 40. Aprendizagem Implícita O termo "aprendizagem implícita" indica que a abordagem dos níveis de processamento que estava preocupada com os processos envolvidos na aquisição e na recuperação consciente das informações não se aplica para todo tipo de aprendizado; É "a aprendizagem de informações complexas sem um conhecimento verbalizável completo do que é aprendido" (Seger, 1994); De forma geral se refere à aprendizagem onde o aprendiz não tem percepção consciente do que foi aprendido;
  • 41. Aprendizagem Implícita X Explícita Proposto por Reber em 1993, mas nenhuma definitivamente estabelecida: 1. Robustez: os sistemas implícitos relativamente pouco afetados pelos transtornos que afetam os sistema explícitos (amnésia) 2. Independência da idade: é pouco influenciada pela idade ou pelo nível de desenvolvimento 3. Baixa variabilidade: há diferenças individuais menores na aprendizagem e na memória implícitas do que na aprendizagem e memória explícita 4. Independência de QI: o desempenho nas tarefas implícitas é relativamente pouco afetado pelo QI 5. Atributos comuns do processo: os sistemas implícitos são comuns à maioria das espécies
  • 42. Aprendizagem Implícita 3 tipos principais de pesquisa: 1. Ênfase em verificar se participantes saudáveis podem aprender materiais muito complexos na ausência de percepção consciente do que aprenderam 2. Estudos sobre pacientes com lesão cerebral com amnésia em que se faz a tentativa de decidir se a aprendizagem implícita está essencialmente intacta, ainda que a aprendizagem explícita seja seriamente deficiente 3. Estudos de imagens cerebrais em que o principal enfoque é verificar se as áreas cerebrais associadas à aprendizagem implícita diferem das associadas à aprendizagem explícita
  • 43. Aprendizagem Implícita Segundo Anderson, 1983/1996, em seu modelo do Controle Adaptativo do Pensamento: O que acontece durante o desenvolvimento das habilidades automáticas é que as representações conscientes são gradualmente transformadas em representações inconscientes; Ou seja, um processo inicial de aprendizagem explícita é seguido pela aprendizagem implícita; É questionada a real existência da aprendizagem implícita pois os resultados parecem inconsistentes porque a extensão de possibilidade de aprendizagem implícita varia de tarefa para tarefa;
  • 44. Aprendizagem Implícita Shanks e St. John (1994) propuseram dois critérios: Critério da informação: as informações que os participantes são solicitados a proporcionar no teste da consciência devem ser as informações responsáveis pelo nível de desempenho melhorado Critério da sensibilidade: "Devemos ser capazes de mostrar que o nosso teste da consciência é sensível a todo conhecimento relevante" (Shanks e St. John, 1994). As pessoas poder ser perceptivamente conscientes de mais conhecimento relevante para a tarefa do que aparentam em um teste insensível à percepção consciente, e isso pode nos levar a subestimar seu conhecimento consciente acessível
  • 45. Aprendizagem Implícita O fato de que evidências razoáveis de aprendizagem implícita têm sido obtidos de três abordagens sugere que ela provavelmente existe e é diferente da aprendizagem explícita É provável que uma mistura de aprendizagem implícita e explícita esteja envolvida em muitas tarefas, o que ajuda a considerar algumas aparentes inconsistências na literatura É necessário se concentrar mais nas questões relacionadas às possíveis interações entre a aprendizagem implícita e explícita, mas no futuro provavelmente necessitaremos nos afastar dessa divisão "o conhecimento não é em si necessariamente implícito ou explícito, mas pode ser dinâmico na sua natureza, com a acessibilidade para a consciência explícita depdendendo da qualidade de representação básica (determinada por três características: estabilidade, distinção e força)"
  • 46. Teste de Associação Implícita https://implicit.harvard.edu/implicit/brazil/ Sugerido: cor da pele Vamos fazer?
  • 47. Teorias do esquecimento ● Estudado por Hermann Ebbinghaus (1909) ○ Foi o primeiro a desenvolver testes de inteligência ○ A funçao de esquecimento é logarítmica ● Rubin e Wenzel (1996) ○ Descobriram que as funçoes logarítmicas se ajustam a maioria dos dados ● A maior parte dos estudos concentram-se: ○ Memória explícita (aprendida das interações com os obj.) ○ Memória implícita (onde a consciência não tem acesso. Ex. habilidades motoras ) ●
  • 48. Teorias do Esquecimento Memorização Intervalo de Retenção (horas)
  • 49. Teorias do esquecimento - Repressão ● Freud (1915) ○ Usou o termo repressão para descrever a incapacidade de se obter acesso à percepção consciente diante de: ■ algo muito ameaçador; ■ provocador de ansiedade; e ■ eventos traumáticos.
  • 50. Teoria da interferência ● Supõe que a capacidade de aprendizado pode ser destruída ou sofrer interfência daquilo que aprendemos previamente ou no futuro ● Interferência proativa - Quando a informação que já foi aprendida interfere sobre uma aprendizagem posterior. Ex. Aprender um conjunto de tarefas similares dentro de um curto periodo de tempo. ● Interferência retroativa - Quando a informação informação adquirida posteriomente interfere na lembrança de material previamente aprendido. Ex. Um jogador de tênis que se dedica ao squash pode notar, por algum tempo, uma piora no seu tênis.
  • 51. Teoria da interferência ● De acordo com a teoria da inferência o esquecimento é uma conseqüência da aquisição e do armazenamento de novas lembranças. ● A pesquisa da teoria da interferencia é limitada nos pontos: ○ Ignora grande parte dos processos inibitórios ○ Tem um enfoque principal na inferência da memoria explícita ○ Enfoque em estímulos que unem duas resposta diferentes ○ Falta de estudo sobre os processos ativos usados para minimizar a interferência
  • 52. Razões para o esquecimento Segundo Tulving (1974), há duas razões para o esquecimento: Esquecimento dependente do traço As informações não são mais armazenas na memória Esquecimento dependente de indícios A informação está na memória mas não pode ser acessada
  • 53. Esquecimento dependente de indícios ● Dependem dos: ○ Indícios externos ■ Ex. Conversa na durante a apresentação ○ Indícios Internos ■ Ex. Estado de humor ● Porém não há indícios claros disso. ● A memória de reconhecimento é melhor que a de recordação. Ex. Recordar o nome de um conhecido, quando alguem menciona lembramos.