O documento discute lógica descritiva, ontologias e representação do conhecimento. A lógica descritiva é usada para definir formalmente a semântica de linguagens de representação de conhecimento e limitar sua expressividade para garantir computabilidade. Ontologias são especificações formais de conceitos compartilhados que permitem o compartilhamento e interoperabilidade do conhecimento.
1. Lógica Descritiva
Linguagem Lógica
Ontologia
RDF
Paulo Augusto Loncarovich Gomes – Bolsista CAPES OWL
Mestrado em Ciência da Informação e Tecnologia
Fabrício Silva Assumpção
Jaider Andrade Ferreira
2. Roteiro
• A natureza da Lógica
• Lógica de Primeira Ordem
• Lógica Descritiva
• Inferência da Lógica na Ontologia
• Considerações Finais
ASSUMPÇÃO, FERREIRA, GOMES. Lógica descritiva. GP-NTI, 2009.
3. A natureza da Linguagem Lógica
• Lógica é a análise e o criticismo do pensamento. Nós chegamos a
conclusões a partir de dados.
• A argumentação é conduzida a partir de certas normas
• O estudo dessas normas, ou princípios de argumentação válida é um ramo
da filosofia lógica - filosófica.
• Representar o conhecimento.
• Provê uma representação uniforme.
• Uma base matemática forte de extrema importância para o
desenvolvimento de bases de dados.
ASSUMPÇÃO, FERREIRA, GOMES. Lógica descritiva. GP-NTI, 2009.
(GALLAIRE, MINKER, 1977)
4. Lógica de Primeira Ordem - Origem
• Historicamente, a lógica surgiu com o filosofo grego Aristóteles (384-322
A.C.), que fundou a disciplina de lógica como um sistema de princípios,
nos quais todo o resto do conhecimento se apóia.
• De acordo com Aristóteles, uma argumentação consiste de uma sequência
finita de sentenças, chamadas de premissas, juntamente com uma certa
sentença chamada conclusão que segue das premissas.
• Portanto:
• A Lógica é uma ciência dedutiva: o conceito que prova rigorosa é
fundamental.
• Lógica: explica a natureza do rigor matemático.
• Lógica: inclui o estudo de fundamentos da matemática.
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5. Lógica de Primeira Ordem
• A linguagem de primeira ordem vai captar relações entre
indivíduos de um mesmo universo de discurso.
• A lógica de primeira ordem vai permitir concluir
particularizações de uma propriedade geral dos indivíduos.
• Dentro de um universo de discurso, assim como derivar
generalizações a partir de fatos que valem para um indivíduo
arbitrário do universo de discurso.
• Para ter tal poder de expressão, a linguagem de primeira
ordem vai usar um arsenal de símbolos.
(FRANCONI, 2000)
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6. Lógica de Primeira Ordem
• Trata de SENTENÇAS DECLARATIVAS são aquelas que podem ser ou
verdadeiras ou falsas, dentro de um contexto de crenças comuns.
• Por Exemplo:
- Eu amo você e a cor do meu cabelo e castanho.
- Logo, chuchu não tem gosto.
• Apresentam sentenças bem estruturadas em português que não são
sentenças declarativas.
• Trata da VALIDADE, um argumento é válido dedutivamente se e somente
se é impossível que suas premissas sejam todas verdadeiras enquanto a
conclusão é falsa.
• Equivalência: Nenhuma pessoa é roxa.
Nada que é roxo é uma pessoa.
• Tautologia: Sentenças sempre verdadeiras.
FHC foi presidente do Brasil.
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7. Lógica de Primeira Ordem - Estrutura
• Sintaxe: vocabulário e gramática.
• Vocabulário = termos pré-estabelecidos da linguagem (linguagem natural:
palavras).
• Gramática: especifica como arranjar os termos válidos de modo a formar
sentenças (lógica simbólica: fórmulas).
• Semântica: teoria de significados.
• Unidades básicas, átomos, sentenças declarativas simples.
• Conectivos: unários, binários, n-ários.
• A Lógica de Primeira ordem utiliza a tabela da verdade para conectivos funcionais.
• Ex: Sejam J : Jorge chegou; A : Ana saiu
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8. Cenário atual da pesquisa e a Lógica
• No contexto da integração entre bases de dados, bases e
conhecimento, as lógicas descritivas vêm ocupando um lugar de
destaque, sendo uma das áreas de estudo mais promissoras da
representação do conhecimento em conjunto com as bases de
dados.
(FRANCONI, 2000)
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9. Lógica Descritiva – filosofia e princípios
• Usar lógica para definir formalmente semântica de
formalismos de representação de conhecimento.
• Estudar computabilidade e complexidade das
linguagens e serviços de inferência antes de
implementá-los.
• Limitar expressividade para garantir que esses serviços
sejam computacionalmente tratáveis.
(NARDI et al., 2002; FRANCONI, 2002)
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10. < Lógica Descritiva >
Surgiu como uma evolução das redes semânticas e frames. Seu
intuito era de resolver alguns problemas e limitações que estes
encontravam, como, por exemplo, a falta de uma semântica
formal que permitisse a quebra de ambigüidades através de
raciocinadores.
Final dos anos 70, foi chamada de “Linguagens Terminológicas”,
que buscavam representações com mais engajamento
ontológico. Nessa época surgiu pela primeira vez a modelagem
com o uso de TBox e ABox.
Chegou a ser chamada de “Linguagens Conceituais”
Começo dos anos 80 surgiu a expressão “Lógica Descritiva”.
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11. < Lógica Descritiva >
As Lógicas Descritivas (DL – Description Logics) são
conjuntos de formalismos de representação do
conhecimento que representam o conhecimento de
um domínio. Primeiramente definem os conceitos
relevantes a este domínio, ou seja, sua terminologia,
e utilizam estes conceitos para especificar as
propriedades de objetos e indivíduos do domínio,
criando uma descrição do domínio.
(BAADER, NUTT, 2003)
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12. < Lógica Descritiva >
Uma lógica descritiva é formada por uma linguagem
descritiva, que é utilizada para definir como os conceitos e
como os papéis são formados, por um mecanismo para
especificar dados sobre os conceitos e papéis (TBox), por
um mecanismo para especificar as propriedades dos
indivíduos (ABox) e por maneiras de se inferir sobre uma
base de conhecimento.
(CALVANESE, 2003 apud KERN, 2006, p. 30)
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14. < Lógica Descritiva > Estrutura
Estrutura de um sistema em Lógica Descritiva
Base de Conhecimento
Conhecimento Conhecimento sobre
terminológico - TBox objetos - ABox
Mecanismo de Inferência
Interface/aplicação
ASSUMPÇÃO, FERREIRA, GOMES. Lógica descritiva. GP-NTI, 2009. (CALVANESE, 2003 apud KERN, 2006, p. 31)
15. < TBox >
Terminologia
Possui um conjunto de declarações e axiomas que
descrevem a estrutura do domínio
Conhecimento intensional
Mulher ≡ Pessoa ⊓ Fêmea
“Mulher”: indivíduo que pertence aos conceitos “Pessoa” e
“Fêmea”
Homem ≡ Pessoa ⊓ ¬ Mulher
“Homem”: indivíduo que pertence ao conceito “Pessoa” mas não
ao conceito “Mulher”
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16. < ABox >
Assertivas sobre os indivíduos, ou objetos
Conhecimento extensional sobre o domínio de
interesse.
TBox:
• Mulher ≡ Pessoa ⊓ Fêmea
ABox:
• Mulher ≡ (Maria)
Checagem da consistência:
• Mulher(Maria ) ≡ Pessoa (Maria) ⊓ Fêmea (Maria)
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17. < Lógica Descritiva >
São utilizadas para a especificação de classes de
dados e de relacionamentos entre estas.
Possui uma semântica formal, baseada em lógica.
Possui mecanismos de inferência utilizados para
extrair conhecimento que não esteja explicitado na
base de conhecimento do domínio.
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18. Lógica Descritiva – Fator Positivo
- Relacionamento entre bases de dados.
- Uso de serviços de raciocínio.
- Suporte automatizados.
- Desenvolvimento e a manutenção de modelos corretos.
- Maior expressividade da lógica.
- Realização de extensões aos modelos de dados.
- Estrutura dos dados a serem armazenados.
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23. < Ontologias >
“uma ontologia é uma especificação formal e explícita de
uma conceitualização compartilhada” (GRUBER, 1993)
Formal > legível para computadores
Explícita > conceitos e relacionamentos definidos
explicitamente
Conceitualização > modelo abstrato de algum fenômeno do
mundo real
Compartilhada > conhecimento aceito por um grupo
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24. < Ontologias >
As ontologias se apresentam como um modelo de
relacionamento de entidades em um domínio particular do
conhecimento. O objetivo de sua construção é a necessidade
de um vocabulário compartilhado onde as informações
possam ser trocadas e também reusadas pelos usuários de
uma comunidade, sejam eles humanos ou agentes
inteligentes.
(CARLAN, 2006, p. 20-21)
ASSUMPÇÃO, FERREIRA, GOMES. Lógica descritiva. GP-NTI, 2009.
25. < Ontologias >
a ontologia visa [...] desenvolver um conjunto de regras que
possibilitem a interpretação das informações
disponibilizadas na Web, ou seja, a extração do seu
significado. [...] a utilização de ontologias oferece vantagens
como: possibilitar o compartilhamento e a
interoperabilidade do conhecimento entre diferentes
domínios; estruturar o domínio de forma que se permita sua
compreensão com maior clareza e objectividade; reutilizar
conceitos em diferentes domínios.
(LIBRELOTTO, RAMALHO, HENRIQUES, 2005)
ASSUMPÇÃO, FERREIRA, GOMES. Lógica descritiva. GP-NTI, 2009.
26. < Ontologias >
Ontologias são usadas por pessoas, bases de dados e
aplicações que precisam compartilhar um domínio de
informação (um domínio é apenas uma área de assunto
específico ou áreas do conhecimento [...]). Ontologias
incluem definições de conceitos básicos e seus
relacionamentos no domínio, legíveis por computador [...].
Elas codificam conhecimento em um domínio e também
conhecimento que abrangem domínios.
(W3C, 2004, tradução nossa)
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27. < / Ontologias > < Ex. >
Uma ontologia para o planeta Terra: Terra
Seres vivos Seres inanimados
Animais Plantas
Pássaros Mamíferos Anfíbios Invertebrados Répteis Peixes
Irracionais Racionais
Come
Propriedades: Humanos Pessoa
peso, altura, etc.
ASSUMPÇÃO, FERREIRA, GOMES. Lógica descritiva. GP-NTI, 2009. (LIBRELOTTO, RAMALHO, HENRIQUES, 2005, adaptado)
28. < RDF >
Resource Description Framework
Utiliza XML
Descreve recursos na Web de maneira estruturada utilizando
metadados
Proporciona uma recuperação de recursos mais eficaz
Possibilita a troca de informações compreensíveis pela Web e
com isso, cria aplicações que podem interoperar entre si
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