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LEVENTHAL
Modelo de auto-regulação do comportamento de doença de Leventhal
Partindo do pressuposto que uma doença representa um acontecimento negativo
com possível impacto na integridade e bem-estar da pessoa, o valor dessa ameaça
é definido com base nas representações de doença do indivíduo (Leventhal et al.,
1997). Os mesmos autores referem que as representações de doença são
representações de ameaça que tanto influenciam o humor, como motivam para
comportamentos que visam reduzir o potencial de ameaça da doença. Estas
representações, vulgarmente designadas na literatura como “cognições de
doença”, são as crenças implícitas de senso comum que a pessoa tem sobre a
sua patologia.
O modelo de auto-regulação do comportamento, desenvolvido por Leventhal et al.
(1997), centra-se nas crenças individuais sobre a saúde/doença e nas respostas às
ameaças de doença, em que as crenças que a pessoa tem acerca dos sinais e
sintomas, bem como, a sua interpretação, interferem nas respostas
comportamentais perante a ameaça à sua saúde.
De acordo com Leventhal et al. (1997), perante uma doença o indivíduo fica
motivado para a resolver de forma a conseguir o seu estado de normalidade ou
equilíbrio. O doente é activo na sua resolução de problemas. A resposta à doença
apresenta uma primeira etapa em que há uma Representação cognitiva da
ameaça à saúde ou Interpretação na qual o indivíduo tenta atribuir um
significado, um sentido ao problema, baseado nas cognições (5) que ele tem acerca
dessa condição. Essas 5 cognições incluem as dimensões identidade (diagnóstico
sintomas), causa percecionada da doença, duração, consequências e possibilidade
de cura e controlo da doença, sendo através delas que o indivíduo atribui o seu
significado à doença e vai ou não aceitar a doença e colaborar ou não no
tratamento. Em simultâneo, ocorrem também respostas emocionais (medo,
ansiedade, depressão) que vão contribuir para os tipos de coping a adotar.
A segunda etapa é caracterizada pelo desenvolvimento e implementação do
plano de acção ou coping em que o indivíduo identifica e seleciona as estratégias
que lhe permitam adquirir o equilíbrio físico e emocional. Este conjunto de
estratégias de coping pode estar mais focado na resolução dos problemas
(coping de aproximação-resolução de problemas, procura de apoio social)) ou na
negação desses mesmos problemas (coping de evitamento-negação).
Na última etapa, o indivíduo procede à ponderação ou avaliação do resultado
do plano de acção, verificando se as estratégias de coping utilizadas permitem
que ele se adapte à sua nova condição, mantendo o máximo de bem-estar possível
Estas etapas visam o desenvolvimento de estratégias de forma a reduzir a angústia
e a controlar a doença.
Identidade: inclui rótulos abstractos, como o nome da doença e está relacionada com a ideia
que o paciente tem acerca da natureza da sua condição, isto é, os sintomas associados e as
relações entre eles;
- Causa: inclui as ideias que o paciente tem acerca das causas prováveis da sua doença e que
podem ser internas (factores genéticos) ou externas (stress, aspectos alimentares);
- Duração: (ou evolução/dimensão temporal) indica a sua percepção quanto à duração
provável dos seus problemas de saúde e pode ser categorizada como aguda (ou de curta
duração), crónica, ou cíclica/episódica;
- Consequências: reflectem as crenças do indivíduo acerca da gravidade da doença e o
impacto provável no seu funcionamento físico, psicológico, económico e social;
- Cura/controlo: indica até que ponto os pacientes acreditam que a sua condição é passível de
cura ou controlo.

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1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 

Leventhal

  • 1. LEVENTHAL Modelo de auto-regulação do comportamento de doença de Leventhal Partindo do pressuposto que uma doença representa um acontecimento negativo com possível impacto na integridade e bem-estar da pessoa, o valor dessa ameaça é definido com base nas representações de doença do indivíduo (Leventhal et al., 1997). Os mesmos autores referem que as representações de doença são representações de ameaça que tanto influenciam o humor, como motivam para comportamentos que visam reduzir o potencial de ameaça da doença. Estas representações, vulgarmente designadas na literatura como “cognições de doença”, são as crenças implícitas de senso comum que a pessoa tem sobre a sua patologia. O modelo de auto-regulação do comportamento, desenvolvido por Leventhal et al. (1997), centra-se nas crenças individuais sobre a saúde/doença e nas respostas às ameaças de doença, em que as crenças que a pessoa tem acerca dos sinais e sintomas, bem como, a sua interpretação, interferem nas respostas comportamentais perante a ameaça à sua saúde. De acordo com Leventhal et al. (1997), perante uma doença o indivíduo fica motivado para a resolver de forma a conseguir o seu estado de normalidade ou equilíbrio. O doente é activo na sua resolução de problemas. A resposta à doença apresenta uma primeira etapa em que há uma Representação cognitiva da ameaça à saúde ou Interpretação na qual o indivíduo tenta atribuir um significado, um sentido ao problema, baseado nas cognições (5) que ele tem acerca dessa condição. Essas 5 cognições incluem as dimensões identidade (diagnóstico sintomas), causa percecionada da doença, duração, consequências e possibilidade de cura e controlo da doença, sendo através delas que o indivíduo atribui o seu significado à doença e vai ou não aceitar a doença e colaborar ou não no tratamento. Em simultâneo, ocorrem também respostas emocionais (medo, ansiedade, depressão) que vão contribuir para os tipos de coping a adotar. A segunda etapa é caracterizada pelo desenvolvimento e implementação do plano de acção ou coping em que o indivíduo identifica e seleciona as estratégias que lhe permitam adquirir o equilíbrio físico e emocional. Este conjunto de estratégias de coping pode estar mais focado na resolução dos problemas (coping de aproximação-resolução de problemas, procura de apoio social)) ou na negação desses mesmos problemas (coping de evitamento-negação). Na última etapa, o indivíduo procede à ponderação ou avaliação do resultado do plano de acção, verificando se as estratégias de coping utilizadas permitem que ele se adapte à sua nova condição, mantendo o máximo de bem-estar possível Estas etapas visam o desenvolvimento de estratégias de forma a reduzir a angústia e a controlar a doença.
  • 2. Identidade: inclui rótulos abstractos, como o nome da doença e está relacionada com a ideia que o paciente tem acerca da natureza da sua condição, isto é, os sintomas associados e as relações entre eles; - Causa: inclui as ideias que o paciente tem acerca das causas prováveis da sua doença e que podem ser internas (factores genéticos) ou externas (stress, aspectos alimentares); - Duração: (ou evolução/dimensão temporal) indica a sua percepção quanto à duração provável dos seus problemas de saúde e pode ser categorizada como aguda (ou de curta duração), crónica, ou cíclica/episódica; - Consequências: reflectem as crenças do indivíduo acerca da gravidade da doença e o impacto provável no seu funcionamento físico, psicológico, económico e social; - Cura/controlo: indica até que ponto os pacientes acreditam que a sua condição é passível de cura ou controlo.