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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Flores da Cunha-RS (Terra do Galo).
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.287 – Florianópolis (SC) – terça-feira , 3 de janeiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrManoel Miguel – Foco no Futuro – Olho no Retrovisor (Coluna semanal)
Bloco 3-IrValter Cardoso Júnior – Meditação na Visão de um Mestre Maçom
Bloco 4-IrRogério Vaz de Oliveira – Jano, o Deus de Duas Faces
Bloco 5-IrRoman – Judaísmo e Maçonaria
Bloco 6-IrPaulo Roberto – Indumentária Maçônica e sua Simbologia
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 3 de janeiro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras)
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 2/37
3 de janeiro
 929 – É eleito o Papa Estêvão VIII.
 936 – É eleito o Papa Leão VII.
 1496 – Leonardo da Vinci testa sem sucesso uma máquina voadora que tinha construído.
 1507 – Da Vinci é contratado para pintar o quadro futuramente conhecido como a Mona Lisa.
 1521 – Martinho Lutero é excomungado pelo papa Leão X.
 1534 – O parlamento inglês nomeia o rei Henrique VIII líder da Igreja Anglicana, um título que pertencia
ao Papa.
 1558 – Mem de Sá toma posse do cargo de Governador-geral do Estado do Brasil.
 1615 – Portugueses expulsam os franceses do Maranhão.
 1749 – Fundada a Universidade do Panamá, denominada Universidade de San Javier.
 1777 – O General americano George Washington derrota o general inglês Charles Cornwallis na Batalha
de Princeton, durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos.
 1823 – Fundação do Condado de Edgar.
 1839 – Começa a Guerra do Ópio entre a China e a Grã-Bretanha. A causa do conflito foi a exportação
ilícita de ópio à China pela Inglaterra.
 1885 – Golpe de estado na República de El Salvador. O general Francisco Menéndez derruba o presidente
Rafael Zaldívar e ocupa o seu lugar.
 1889 – Início da "crise de loucura" que acomete Nietzsche até a sua morte.
 1893 – Uma explosão causada por 51 toneladas de dinamite no barco Cabo Machichaco causa 590 mortes.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 3º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 362 dias para terminar o ano de 2017
– (Lua Nova)
É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Dia da Liberdade de Culto e dia da Gratidão
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossa mala direta.
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 3/37
 1898 – Inicia o mandato presidencial de Manuel Antônio San Clemente, na Colômbia, que dura até julho
de 1900.
 1903
o O Senado da Colômbia derruba o tratado para a construção do Canal do Panamá. Por interesses
comerciais, os Estados Unidos da América estimulam a revolução que culminaria na proclamação
da República do Panamá.
o O Panamá, que desde 1821 fazia parte da República da Grande Colômbia, declara sua
independência.
 1905 – Na Rússia, o tsar Nicolau II assina um decreto anistiando prisioneiros políticos.
 1907 – Fundado no Rio de Janeiro o Hospital Souza Aguiar, considerado o maior pronto-socorro da
América Latina.
 1910 – criação da Diocese de Aracaju pelo Papa Pio X.
 1918
o A derrota do Império Austro-Húngaro durante a Primeira Guerra Mundial culmina com a
proclamação da República da Áustria.
o A Polônia torna-se independente da Rússia depois da Primeira Guerra Mundial.
 1926 – Estabelecido em Portugal um regime militar.
 1930
o Assassinados, na República Dominicana, o chefe do Partido Nacional, Virgilio Martínez Reyna e
sua esposa.
o No Brasil, Getúlio Vargas é empossado como chefe do governo provisório pela junta militar que
depôs o ex-presidente Washington Luís.
 1934 – É fundada a AFA (Associação de Futebol da Argentina).
 1936 – Os republicanos obtém a maioria no Congresso dos Estados Unidos e o democrata Franklin
Roosevelt é reeleito para a presidência.
 1938 – Getúlio Vargas cria o programa oficial de rádio, A Voz do Brasil
 1942 – Na Líbia, o general Montgomery obtém uma vitória decisiva sobre as tropas alemãs do general
Erwin Rommel.
 1944 – Segunda Guerra Mundial – é constituído o governo provisório francês
 1948 – Inaugurado em Monte Palomar, na California, um telescópio gigantesco que revolucionou a
astronomia.
 1949 – Nasce Sylvia Likens, que dezesseis anos depois foi torturada até a morte em Indiana.
 1950 – A Argentina vence os Estados Unidos por 64 a 50 e torna-se campeã mundial de basquete.
 1954 – Linus Pauling obtém o prêmio Nobel de Química.
 1955 – O presidente brasileiro Café Filho sofre distúrbio cardiovascular e é substituído por Carlos Coimbra
da Luz, presidente da Câmara dos Deputados.
 1956 – Camilo Ponce Enríquez vence as eleições presidenciais do Equador.
 1958
o É inaugurado em Paris a sede da ONU para a Educação, Ciência e a Cultura – UNESCO.
o Andrés Rivero Agüero é eleito presidente de Cuba.
 1959 – O Alasca torna-se o 49º estado estadunidense.
 1960 – Álvaro Cunhal foge da prisão do Forte de Peniche.
 1961
o Os Estados Unidos da América rompem relações diplomáticas com Cuba.
o O presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, e o primeiro dirigente soviético, Nikita Kruschev,
se encontram em Viena pela primeira vez.
 1964 – É derrubado por um golpe militar o presidente boliviano Víctor Paz Estenssoro. Assume o general
René Barrientos Ortuño.
 1965 – O astronauta Edward White realiza um passeio espacial de 20 minutos antes de regressar a nave
Géminis IV.
 1966 – É implantado o estado de sítio em todo o território da Guatemala.
 1970 – Salvador Allende assume a presidência do Chile.
 1973 – Estados Unidos lança a sonda espacial Mariner X.
 1974 – Isaac Rabin é eleito o primeiro Ministro de Israel.
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 1976 – O ex-presidente boliviano general Juan José Torres, é assassinado em San Andrés de Giles, a 100
quilômetros de Buenos Aires, onde estava exilado.
 1977 – É incorporada a Apple Inc. (fundada em 1 de abril de 1976)[1]
 1979 – Maré negra na costa do México causa a explosão de uma plataforma flutuante.
 1980 – Francisco Sá Carneiro toma posse como primeiro-ministro de Portugal, substituindo Maria de
Lourdes Pintasilgo.
 1983
o Estreia do Praça TV, pela Rede Globo.
o Estreia do Bom Dia Brasil, também pela Globo.
 1987
o Acidente aéreo com um avião da Varig na Costa do Marfim.
o O dólar registra quedas em todos os mercados financeiros internacionais, que revelam as cotações
mais baixas de sua história, frente ao marco e ao ien.
 1988 – Poul Shlüter forma um governo tripartidário e minoritário na Dinamarca.
 1992 – O democrata Bill Clinton é eleito presidente dos Estados Unidos pela primeira vez.
 1994
o Acontece o último eclipse total do sol no hemisfério sul do século XX. O sol fica encoberto pela
Lua por 4 minutos e 25 segundos.
o É lançado ao espaço a nave Atlantis, com seis astronautas a bordo.
o Terremoto mata 171 pessoas em Java, principal ilha da Indonésia.
 1995 – O furacão Ângela invade as Filipinas e mata 883 pessoas. Quase duzentas ficam desaparecidas.
 1996 – Os ministros das Relações Exteriores da Otan chegam a um acordo para reformar o organismo, que
se concentraria na Europa e não na Rússia.
 1997
o Lionel Jospin, líder do Partido Socialista, é designado primeiro-ministro da França e inicia
conversações com os comunistas para formar um governo de coalizão.
o Dez estados brasileiros são obrigados a racionar energia elétrica nas regiões Centro-Oeste, Sul e
Sudeste, causado pela queda de dez torres no Paraná.
 1998 – Descarrila um trem de alta velocidade na Baixa Saxônia, Alemanha, matando 98 pessoas.
 1999
o O presidente iugoslavo Slobodan Milosevic cede às exigências ocidentais para que aceite a
instalação de tropas aliadas em Kosovo, retire suas forças e revogue a expulsão das pessoas de etnia
albanesa.
o Javier Solana é designado o primeiro Representante da Política de Exterior e de Segurança Comum
da União Europeia.
 2000
o Equipe de arqueólogos anuncia ter descoberto ruínas das cidades faraônicas de Iraklió, Canopus e
Menouthis no fundo do Mar Mediterrâneo. Elas eram conhecidas apenas através de tragédias gregas
e lendas.
o O chefe de Estado peruano Alberto Fujimori é proclamado oficialmente presidente eleito.
 2004 – A sonda Spirit aterrissa com sucesso em Marte.
 2005
o A ilha Tromelin passa a ser considerada como domínio do Estado francês.
o O Presidente George W. Bush nomeou ele e Bill Clinton para liderar uma campanha nacional para
ajudar as vítimas dos tsunamis na Ásia.
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1787 Morre frei José de Santa Maria de Jesus Cunha, Comissário da Venerável Ordem 3ª do Desterro.
1867 Ato, desta data, criou a Agência dos Correios de Joinville.
1887 Inauguração do Hospital Santa Beatriz, de Itajaí.
1914 Os “fanáticos” do Contestado atacam a cidade de Curitibanos.
1646
Elias Ashmole, antiquário, astrólogo e heraldista, entra para a Royal Society (1661). Ele foi o
primeiro Maçom inglês a deixar registro de sua iniciação, em 1646
1859
Albert Pike é eleito Sobreano Grande Comendador do Supremo Conselho , Jurisdição do
Sul dos Estados Unidos, vindo a reformar e sistematizar os Altos Graus do REAA.
1906  Fundação da Loja Bandeirantes do Acre n.º 01, de Xapuri. (GLEAC)
1973 Louis Philippe, duque de Chartres, com medo da ralé de Paris, desfaz-se de seus títulos de nobreza e publica
carta repudiando o Grande Oriente de França e toda a Maçonaria. Em vão.
Contatos: Ir Darci Rocco nos telefones acima
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Albergue Noturno Manoel Galdino Vieira
O “Albergue Noturno” é uma entidade administrada por alguns abnegados irmãos da
Maçonaria catarinense, que ampara todas as noites os necessitados e indigentes, ofertando-
lhes banho, cama limpa, refeições e alguns outros possíveis auxílios básicos.
Os Irmãos que coordenam essa instituição beneficente, que há 80 anos vem prestando esse
serviço fraterno, vêm encontrando sérias dificuldades financeiras para mantê-la. Não existe
qualquer auxílio do Poder Público.
Conclamamos o Irmão a ajudar com qualquer contribuição essa instituição benemérita, que
teve tantos maçons ilustres voluntários que participaram na sua coordenação e apoio,
mantendo-a por estes longos anos.
Faça a sua doação. Colabore. Qualquer contribuição pode não fazer falta para você, mas
fará muito bem aos necessitados de toda a espécie.
(transferências ou depósitos para o Banco SICOOB CREDISC/756 – Ag. 3258, conta
corrente nr. 11347-7 (com recibo de incentivo fiscal) em nome da Caixa de Esmolas aos
Indigentes de Florianópolis CNPJ/MF 83.901-041/0001-86)
Maçonaria também é caridade!
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 7/37
Irmão Manoel Miguel é
MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145
CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo
Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida
Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade
O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço.
FOCO NO FUTURO –
OLHO NO RETROVISOR.
Termina 2016, começa 2017. Esperanças renovadas, votos de um ano melhor pela frente,
mas com atenção aos movimentos atuais e suas consequências no passado. Num momento em
que o Brasil vivencia uma crise, cuja realidade é diferente do que a grande massa da
população imagina. Para as massas, a crise foi causada por uma série de fatores reais,
acompanhados por elas: corrupção, má gestão governamental, uma esquerda que tripudiou a
confiança do povo e banhou-se na lama da corrupção, uma direita inconformada por não
estar no poder, investigações, etc. A realidade talvez seja outra, que mais tarde surgirá na
história, com a mão poderosa dos controladores do poder empurrando o Brasil para trás,
atrasando sua possibilidade de despontar como nação evoluída. Seja lá o que for, tiraremos
um grande aprendizado de tudo isso e nossas crianças terão a oportunidade de lutar e
desfrutar um Brasil melhor, é o que acreditamos.
No cenário internacional as preocupações são ainda maiores, pois, vivemos num mundo
globalizado, onde o que acontece lá fora repercute aqui no nosso país e no mundo todo.
Semana passada os dirigentes das duas potências bélicas mundiais, Donald Trump, dos EUA
e Vladimir Putin, da Rússia, afirmaram que precisam aumentar seus potenciais bélicos,
precisamente no enriquecimento de urânio e na produção de mais bombas nucleares.
Sabemos que essas duas nações já têm outros meios talvez potencialmente mais
destrutivos do que as bombas atômicas, (aqueles que destroem somente vidas, deixando o
meio físico não vivo, intacto), mas o que importa é aquele que causa maior impacto, que
destrói literalmente tudo.
Perguntaram uma vez a Albert Einstein, em 1949, durante uma entrevista com Alfred
Werner, e que foi publicada no “Liberal Judaism”, como ele imaginaria, que seria uma
terceira Guerra Mundial e quais armas os poderosos usariam, já que, na Segunda Guerra
Mundial se fez uso da bomba atômica em Nagasaki e Hiroshima, com potencial altamente
destrutivo. Ele respondeu: “Eu não sei dizer exatamente o que os homens utilizarão na
Terceira Guerra Mundial, mas tenho certeza do que eles usarão na quarta: pedra. ”
2 – Foco no Futuro – Olho no Retrovisor
Manoel Miguel
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 8/37
Sua resposta deixou claro que, após uma terceira guerra mundial não sobrará nada para os
sobreviventes usaram em suas lutas a não ser, pedras. Einstein não viveu o início do Século
XXI, mas ele já previa que as armas de destruição em massa não seriam privilégio de
apenas duas potências, que elas cairiam nas mãos de muitas nações, entre elas, inimigos dos
EUA, e que seriam letais para o mundo todo, como previsto por seu criador, o físico
americano Julius Robert Oppenheimer, logo após a detonação da primeira bomba atômica
em 1945, utilizando-se de um trecho da Mahabharata: “Agora, eu me tornei a morte, o
destruidor dos mundos. ” Ele sabia que essa arma potente acenderia a arrogância e a
prepotência dos homens diante da descoberta do poder dos átomos, e um dia eles se
autodestruiriam em posse das bombas atômicas. O curioso é que, ele usa um trecho de um
livro sagrado, em referência a deusa Shiva, que conta exatamente como uma outra
civilização, mais evoluída que a nossa, em posse de armas de destruição em massa, causou
um grande cataclismo que varreu a vida na terra 10.000 anos atrás. Claro que, isso já tinha
acontecido antes, mas em um outro planeta, Marte, de acordo com pesquisas da NASA, os
cientistas Vincent Di Pietro e Gregory Molenaar, descobriram a existência de seis
pirâmides enormes, como as encontradas no Egito, em Cydonia, uma região conhecida pelos
cientistas e pesquisadores de Marte. O desejo que o homem tem demonstrado de explorar
o planeta Marte não é por acaso. É de domínio de uma refinada classe de iniciados na
Fraternidade que, a vida, começou em Marte, que fazia a órbita que é feita hoje pela Terra,
e que, por razões desconhecidas, uma turbulência fez com que a vida migrasse para a
Terra, que numa explosão, passou a fazer sua órbita onde está hoje posicionada, enquanto
Marte tornou-se inóspito à vida humana, perfazendo sua órbita muito próximo do Sol.
Temos aqui raças originadas na Terra, e raças originadas em Marte, com evolução superior
e controladora. Mas, voltemos para a Terra.
Quando falamos em alta tecnologia, pensamos logo que isso é fruto da evolução da nossa
civilização, que tem a ver com os tempos vividos por nós, e que o mundo sempre esteve nas
mãos de homens tupiniquins, pré-históricos, oriundos de macacos, que foram evoluindo aos
poucos e se tornando mais inteligentes com o passar dos tempos. Na verdade, é o oposto:
estamos vivendo o pós-cataclismo, causado por homens que fizeram mau uso de altíssimas
tecnologias no passado e se autodestruíram. Nossa raça recomeçou das pedras, evoluindo
aos poucos, descobrindo o fogo, a queima do barro, a cerâmica, o tijolo, o cobre, o ferro,
etc., em substituição a um povo que ultrapassou sua curva do conhecimento em outros
tempos. E já temos estudos consistentes que mostram que nossa evolução não tem nada a
ver com macacos, até porque nosso DNA difere dos primatas em alguns aspectos que
divergem do raciocínio anterior. Ainda não evoluímos ao ponto que eles chegaram no
passado, mas somos aparentemente mais gananciosos e mais arrogantes, a ponto de termos
capacidade de destruição da vida no Planeta Terra de ponta a ponta, com o estoque de
bombas atômicas que temos. Se não levarmos o debate do desarmamento para a ONU, para
os governos, para as organizações, para as escolas e para dentro de nossas casas, talvez
não tenhamos a oportunidade de atingirmos nossa curva de evolução antes que a vida seja
eliminada por nós mesmos. As religiões modernas, talvez por serem montagens artificiais,
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 9/37
onde se utilizou verdades antigas e desejos humanos de manipulação, são os palitos de
fósforos que poderão acender as bombas a qualquer momento. Pregamos o amor, mas não
somos amorosos. É tudo artificial em nossas religiões modernas. Basta olhar na história
recente para constatarmos isso. Nosso conceito de democracia é mascarado pelo
individualismo, pela arrogância e tirania, pelo ceticismo, e pela artificialidade das religiões
modernas. Quanto mais moderna, mais danosa acaba sendo a estrutura religiosa. Haja vista
o extremismo que nasce do bojo do islamismo e é, sem dúvida, a maior ameaça religiosa de
nossos tempos. As pessoas querem que finjamos o contrário, que reafirmemos que as
religiões são boazinhas, que as ameaças não estão diretamente ligadas a elas, mas estão.
Não há como negar. É preciso criarmos acordos e regras para revermos os dogmas, a
corrida armamentista, a democracia e a produção de poluentes do planeta e do corpo
humano, entre eles, os alimentos geneticamente modificados, a interferência no DNA
humano, a produção de alimentos industrializados, o uso indiscriminado da inteligência
artificial.
A civilização que nos antecedeu fez uso de armas nucelares que os levaram à destruição.
Antes, tínhamos apenas o Mahabharata que afirmava isso de forma religiosa. Mas, nossa
gente gosta de buscar comprovações científicas para tudo. Se não tivermos afirmações
científicas, nada vale. Então, em 1920, o Arqueólogo britânico, Sir John Marshall, foi para o
Vale do Rio Hindu, no Norte da Índia e Paquistão, buscar registros nas escavações de onde
existiram as cidades Harappa e Mohenjo Daro, sendo seguido posteriormente, em 1946, por
seu compatriota, Sir Mortimer Wheeler, que trouxeram informações interessantes.
Encontraram nas escavações duas cidades urbanisticamente planejadas, com infraestrutura
que muitas cidades de nossos dias ainda não possuem. Há 10.000 anos atrás viveram ali um
povo altamente evoluído, em cidade distribuída por quarteirões, ruas com 9,144m de
largura, água encanada, esgoto, banheiros, templos com pias para seus rituais, um sistema
de escrita invejável, desconhecido em nossos dias, o Indus Valley Script. Não só isso,
encontraram ossadas vitimadas por uma grande explosão radioativa, iguais ou mais potentes
que as bombas lançadas em Nagasaki e Hiroshima. Nas regiões mais distantes do centro da
explosão, encontraram corpos que morreram juntos, possivelmente de mãos dadas,
enquanto a terra virava cinzas diante do potencial destrutivo. Um outro cientista que
comprovou a veracidade da existência dessas cidades e de uma civilização que antecedeu a
nossa e se autodestruiu é o russo A. Gorbovsky, em seu livro Riddles of Ancient History.
Aos que gostam de investigar a história e comprovar fatos, vale a pena ler esse livro. São
vários os registros dessa civilização que nos antecedeu, em diversas regiões do mundo.
Como tudo na vida tem começo, meio e fim, com o conhecimento e a evolução tecnológica
não é diferente. Os registros mostram que a vida começa em algum planeta com o auxílio,
supervisão e controle do Grande Arquiteto do Universo, que, aos poucos, vai tornando os
seres mais evoluídos, dando a eles níveis mais elevados de inteligência e conhecimento,
através de um livre arbítrio supervisionado. Os homens passam então de espectadores ou
desfrutadores de um paraíso, para a condição de construtores e transformadores do meio
onde vivem e de si próprios. Até o ponto em que, dominados pelos vícios, ultrapassam os
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 10/37
limites da sobrevivência e lutam entre si, destruindo sua própria civilização e o meio onde
vive.
Temos a possibilidade de fazer com que a nossa civilização tenha não somente um 2017
próspero, com melhor qualidade de vida e mais igualitário, mas também assegurarmos que
2018 e os próximos anos sejam ainda melhores. Para isso, temos que nos conscientizar dos
prós e contras de nossas decisões hoje, que, embora pareçam trazer algum benefício a
curto prazo, podem ser altamente prejudiciais no futuro. Principalmente quando se mexe
em coisas que interferem na atuação do Caduceu Sagrado em todos os sentidos,
principalmente quando se brinca com nosso genoma, nosso DNA, interferindo da formação:
Açúcar-Fosfato-Base, esse Caduceu que forma os nucleotídeos e as fitas duplas do DNA,
na busca de uma melhora genética-racial, interferindo hoje, naquilo que pode beneficiar o
momento, sem que tenhamos informações das consequências para o amanhã. Há uma ligação
forte entre o homem e o Supremo no código genético da forma em que está divinamente
programada, sendo isso uma programação divina, cuja alteração certamente trará riscos
ainda impossíveis de serem mensurados. YHVH, o nome Sagrado, está estampado no código
da vida, sendo o DNA o limiar biológico entre Deus e o homem. Armas de destruição em
massa e a interferência humana na estrutura do DNA humano, ou das sementes e animais,
certamente não trarão benefícios a longo prazo. Se reduzirmos a ganância e a arrogância,
principalmente na exploração mineral, na agropecuária e na produção de drogas e alimentos
industrializados, associando isso ao desmantelamento dos arsenais nucleares de todos os
países, estaremos assegurando a vida por muitos anos ainda. Sonho com um mundo menos
cético, mais espiritual, que valorize a vida em todos os aspectos, reconhecendo e
respeitando a superioridade do Grande Arquiteto do Universo como ponto de partida para
qualquer decisão e as divisas limítrofes da interferência humana à vida. Sei que essa minha
mensagem desagrada algumas pessoas: os que não querem abraçar a humildade; os céticos e
ateus por escolha; os materialistas que exploram o planeta hoje de forma avarenta, sem se
preocupar como o amanhã, sem amor e lealdade para com seus semelhantes e para com o
ecossistema. A estes, qualquer coisa que for dita, diferente do que querem ouvir, vai doer
aos ouvidos e causar repulsa. Mas eu acredito que ainda temos pessoas sensíveis aos fatos,
que querem transformar a sociedade para melhor, para uma evolução que torne a vida ainda
viável, para o momento e para as próximas gerações. Todas as ameaças à vida precisam ser
combatidas, mas a pior de todas, são as armas de destruição em massa. Essas precisam ser
combatidas pacificamente, com diálogo, maturidade, inteligência e evolução de uma
civilização, se quisermos sobreviver o futuro próximo. Lutar pelo fim das agressões à vida é
amá-la acima de tudo. Autor: Manoel Miguel. ARLS Colunas de São Paulo 4145 – GOSP-GOB.
Or∴ de São Paulo.
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 11/37
MEDITAÇÃO NA VISÃO DE UM MESTRE MAÇÔM.
Ir Valter Cardoso Júnior
MM da Loja Delta do Norte
Florianópolis – GOB/SC
Se os homens tivessem no silêncio a mesma capacidade que têm no falar,
o mundo seria muito mais feliz.
(Baruch Spinoza (1632/1677 – Grande racionalista do século XVII, também participante da chamada
filosofia Moderna) .
Estátua de Shiva, deus hindu da meditação na posição de Lótus.
Manos, aproveitando um período de descanso na praia, neste mês de dezembro de
2016, comecei a notar, o quanto nos faz bem limpar a mente e, retirar de nossos
pensamentos coisas desnecessárias e, me vi num momento de êxtase, sem pensar no futuro
ou no passado e, conectado única e exclusivamente nas energias que emanam da natureza.
Eu sinceramente, não tenho dúvidas de que naquele momento absorvi as influências
desta energia magnética que advêm da natureza e, que nos faz aproximar com mais
facilidade, das coisas que podemos chamar de divinas. Como bem diz nosso Ir∴ Ademar
Valsechi “somos partículas do universo”, portanto influenciados sim pelo todo universal.
3 – Meditação na Visão de um Mestre Maçom
Valter Cardoso Júnior
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 12/37
O que precisamos é saber medir esta energia, possibilitar a sua entrada até o nosso
espírito e, aproveitar cada momento em que estivermos energizados.
Confesso-lhes que o caminhar na areia da praia ou mesmo próximo dela nos permite
exatamente isso, deixar que o marulhar das ondas, o canto dos pássaros (que aqui são
muitos) possam penetrar dentro de nós e, aproveitarmos cada minuto deste fenômeno, que
faz vibrar nossas emoções internas e nos faz atingir momentos especiais.
Nestes momentos parecemos flutuar de prazer e alegrias indescritíveis que eu
considero que seja exatamente um momento de MEDITAÇÃO.
Lembro de ter lido certa vez, de que na tradição oriental o pensamento é exatamente
constituído de passado e futuro, enquanto fazer essa meditação é viver no presente, é
conectar-se exatamente naquele momento vivido, e que muitos consideram como o “viver o
aqui e o agora”.
Nesse sentido eu diria que Meditar é deixar com que a espiritualidade prevaleça sobre
nossa matéria e elabore forças para manutenção de nosso seguimento de vida. Afinal, o
nosso dia a dia neste mundo globalizado é muito orientado por nossas responsabilidades
ligadas a família, ao trabalho e na própria sociedade como um todo.
Ao nos ligarmos com o aqui e agora, numa meditação pura, estaremos permitando a
conquista da chamada qualidade de vida tão sonhada e, que somente acontece quando
conseguimos manter equilibrados nossos corpos fisico, mental e espiritual.
Então, de forma simples poderia afirmar que Meditação é esta busca mental pelo
silêncio profundo e, ao enxergar nossa própria luz, permitirmos deixar que nossas energias,
que neste momento estão interligadas ao poder da natureza, nos tragam harmonia e paz.
Esta forma de pensar, também me fez lembrar o grande filósofo, escritor, educador e
pesquisador da Meditação, o indiano Jiddu Krishnamurti (1895/1986) quando disse que “A
mente precisa estar vazia para ver de modo claro”, fácil então depreender de que o esvaziar a
mente e, ao mesmo tempo se concentrar a algo divino e prazeroso, nos levará de forma
rápida ao reconhecimento de nossa luz interior, a paz e aproximação direta com o nosso
corpo espiritual.
Apesar de ser um exercício milenar e, que hoje faz parte da busca de equilibro em
todas as religiões ou instituições filosóficas, sua prática tem origem nas religiões e filosofias
orientais e, que a partir dali penetrou em todas as culturas humanas como forma de
promover bem estar e equilibro a todos os seres que a praticam.
Nos dias de hoje, em pleno século XXI, cada vez mais a ciência se une as filosofias
religiosas ou não, na certeza de que existem sim enormes benefícios, descobertos inclusive
pela neurociência, que vem demonstrando que mesmo o cérebro adulto, ainda pode ser
transformado através destas experiências.
Na revista Scientific American, edição brasileira , ano 13, número 151, datada de
dezembro de 2014, pude ler que:
“Quando a Sociedade de Neurociência pediu a Tenzin Gyatso, o 14º Dalai
Lama (Líder do Budismo Tibetano), para discursar em sua reunião anual
de Washington, D.C., em 2005, algumas centenas de membros entre os
quase 35 mil participantes do evento, solicitaram a rescisão do convite.
Na opinião deles, um líder religioso não se encaixava em um encontro
científico. Mas esse líder em particular tinha uma pergunta provocante e
no fim das contas produtiva a fazer aos presentes. “Que relação poderia
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haver entre o budismo, uma antiga tradição filosófica e espiritual
indiana, e a ciência moderna”?
Verdade é, que desde esta época e mesmo antes, os cientistas em geral e,
principalmente a área médica em particular, passaram a recomendar que este respirar e
penetrar em si mesmo, é altamente salutar e que pode sim melhorar a qualidade de vida de
qualquer ser humano.
Ao citar o Budismo, bom lembrar também que seu próprio mito criacionista Sidarta
Gautama, ao meditar sob uma arvore e alcançar o Nirvana concluiu que o controle
excessivo, é tão ruim e ineficaz, em termos espirituais, quanto à excessiva permissividade e
optou seguir um caminho intermediário entre os dois.
Busquei algo a mais sobre Nirvana e encontrei que “é uma palavra do contexto
Budista, que significa o estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua
busca espiritual. O termo tem origem no sânscrito, podendo ser traduzido por “extinção” no
sentido de “cessação do sofrimento”.
Este caminho que ficou tão conhecido de todos nós como “O Caminho do Meio” foi o
que de alguma forma permitiu ao ser humano equilibrar-se entre o bem e o mal buscando
novas alternativas de prosseguimento em sua jornada
Exatamente na existência deste ponto eqüidistante entre o bem e o mal que moldura
nossa caminhada é que trago aqui um fragmento por demais interessante e que nos faz
pensar bastante:
Assim como um violão com a corda frouxa, não produz som algum e,
um violão com a corda muito retesada acaba por arrebentar a corda,
assim também, um ser humano somente conseguirá produzir bons frutos
espirituais se conseguir manter-se eqüidistante entre o rigor excessivo e a
excessiva permissividade.
(Retirado do site HTTPS://pt.wikibooks.org/wiki/budismo/o caminho do meio.
Interessante meus queridos IIr∴ é que desde jovem sempre fui um apaixonado por esta
idéia do real poder da mente e, sempre fiz o que na época chamava de reflexão, as vezes de
introspecção.
Quando em reflexão, buscava um lugar calmo, silencioso, muitas vezes acompanhado
de uma boa música e me concentrava, coisa que confesso até hoje é bastante difícil, pois a
mente trabalha de forma constante nossos pensamentos, dificultando o que buscava que era
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a concentração de minha própria representação, minhas idéias e facilitação do deixar que
meu espírito prevalecesse sobre meus desejos físicos.
Já quando buscava fazer uma introspecção, buscava rever minhas últimas atitudes e
analisava-as no sentido de melhorá-las ou no mínimo não repetir as que eu considerava
negativas, pois as considerava um verdadeiro retrocesso em minha existência.
Hoje ao voltar a ler, pesquisar e escrever sobre meditação me veio à mente esta
lembrança e, confesso que vejo tanto reflexão como introspecção como uma forma de
Meditação, com certeza os grandes estudiosos destas matérias, irão argumentar que existem
muitas e grandes diferenças.
Que me perdoem os grandes Mestres, mas apesar de tudo isso faço-me acreditar que,
buscar via reflexão, ou mesmo via introspecção, encontros íntimos comigo mesmo estarei
sim, fazendo sempre a minha Meditação, almejando alcançar conexão com meu espírito e lá
encontrar a minha própria essência, que considero como o sentido maior na caminha por
esta proposta, que tanto me faz bem.
MEDITAÇÃO NA VISÃO DE UM MESTRE MAÇOM.
Como qualquer outra instituição no mundo, religiosa ou não, como é o caso de nossa
Maçonaria uma entidade eminentemente laica, não negamos a influência da meditação e a
força que possui nossa mente quando ativada em mecanismos de busca de paz, harmonia e
aproximação com o nosso eu interior.
Um dos grandes momentos do Maçom em Meditação sem dúvida alguma é quando em
nosso Templo Sagrado na abertura do livro da lei, respiramos profundamente um processo
de paz e energias positivas e formatamos a nossa grande Egregora Maçônica.
Tenho certeza, que naquele momento passamos a estar conectados energeticamente
com o mundo transcendental e, é quando o Grande Arquiteto do Universo nos mantêm
amparados pelos bálsamos da grande luz.
É neste momento impar que nossos cérebros parecem desenvolver um ritmo
diferenciado e altamente contemplativo baseado nas riquezas geradas pelos processos
ritualísticos e filosóficos de nossa instituição.
Como dizem os grandes estudiosos e pesquisadores da Meditação, naquele momento
em especial e, na maçonaria não é diferente, “O Meditar abre a caixa de emoções do cérebro
e os praticantes dizem perder a noção de identidade e se sentem unidos ao universo”.
Isso passa a nos liberar para o grande ensinamento maçônico do estudar e estudar
sempre, compromisso que temos que ter de forma consciente como base de sustentação para
a nossa evolução espiritual.
Para Maçonaria a meditação auxilia o despertar do homem e, desde cedo o aprendiz
aprende esta necessidade. No Manual do Mestre Maçom, seu autor o Ir∴ Manoel Gomes,
utilizando um texto retirado da Revista Maçônica União, nos oferece este fragmento
reflexivo:
“Nenhum contratempo, nenhuma dificuldade, por mais graves ou
poderosas que sejam- podem desencorajar o Iniciado, no caminho da
perfeição que persegue. Então, animado pela consciência do objetivo
perseguido e encorajado pela segurança a que o levaram a meditação e
a experiência, o Iniciado não recua mais. Reafirma seu propósito,
revigora suas convicções e segue avante, impávido, sereno, na disposição
de novas conquistas, no sentido de aperfeiçoar-se e, assim servir melhor á
Franco Maçonaria, sendo mais útil á Humanidade em geral. E gloriosos
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são todos aqueles que chegam a ter a consciência de um sentido que tão
generosamente traçaram para si próprios!
Nossa Instituição trabalha sempre o homem como centro do universo e base de seus
estudos com a necessidade do conhecer-se a si mesmo para então poder entender o próximo
e suas diferenças.
Portanto, se nossa Maçonaria ensina desde cedo, que a razão de nossa passagem
terrena é a busca constante da verdade e da descoberta de nosso eu interior, que nós
chamamos de realidade espiritual esta força que nos sintoniza com o Grande Arquiteto do
Universo, não precisamos ir muito longe para deixar mostrada a importância da Meditação
na visão Maçônica.
Enquanto efetivamente entendermos o que é ser maçons e, permitimos deixar entrar
em nós a realidade filosófica de nossa Instituição, nossa Meditação estará indo de encontro
ao espaço interior de tranqüilidade, cuja base de sustentação harmônica cura nossas feridas
e nos leva ao encontro a nossa efetiva essência.
Nosso Ir∴ Claudio Pandolfo em sua prancha maçônica “O Poder do Silêncio, da Palavra
e do Amor”, que tive o prazer de ler no site iblanchier3.blogspot.com/2016/10/, nos trás uma
visão muito clara do que seja a Meditação nesta visão Maçônica, diz o autor:
“(...) Logo além da fronteira do ruído, é possível encontrar esse lugar
sereno onde podemos, com toda calma, vivenciar o centro do silêncio do
qual nascem o som e a palavra. (...) No recolhimento, ele entra em si
mesmo para receber a direção e a luz do centro e da essência de todos os
dados espirituais, mentais e materiais que constituem sua existência, (...) O
período de verdadeiro silêncio pode ser de alguns segundos, mas basta
para a manifestação de uma força e de um conhecimento infinito, que
podem não ser imediatamente percebidos, mas se desenvolverão de
muitas maneiras. O equilibro e a harmonia do universo estão contidos no
recipiente cósmico, e são vertidos no recipiente formado pelo veículo
humano, o corpo da criação, e no sono e nas emissões das forças criadoras.
Uma vez no recipiente humano, existe a escolha entre o uso e o abuso, e a
lei opera em conseqüência”.
A Maçonaria sempre primou pela liberdade de pensamento de seus seguidores, não
temos pratos prontos mesmo reconhecendo que muitos deles foram trazidos por grandes
mensageiros das boas novas para a humanidade.
Ela procura formatar base sustentável de forma a permitir que cada um de nós maçons,
tenhamos a obrigação de constantes mudanças interiores e, compromissos para conosco
mesmos de realinharmos nossa existência no caminho da retidão e do amor, pois
sabemos que a responsabilidade do viver bem é única e exclusivamente escolha nossa.
Esta necessidade de meditar constantemente e, buscar conhecermo-nos a nós mesmos
antes de tudo, é como deixou dito Sócrates: “ (...) Aprender a pensar, é aprender a
conhecer, é aprender a discernir, é aprender a concatenar os pensamentos, é aprender a
falar”, base ideal para o constante lapidar de nossa Pedra Bruta.
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Portanto queridos IIr∴ vamos permanecer firmes em nossos propósitos de união e
busca das energias positivas que encontram-se na natureza, não vamos permitir que nossos
pensamentos se dispersem, pois assim estaríamos deixando de utilizar estas benesses
oferecidas por GADU.
Vamos nos permitir ficar focados neste grande ideal maçônico na busca da verdade e
estaremos alcançando equilíbrio para todos nós e para todos que nos rodeiam, vamos nos
manter sempre firmes na elaboração de nossa Egregora enquanto unidos em nosso Templo
Sagrado e, em nosso próprio templo individual, pois esta energia possui forças infinitas.
Busquemos tirar o véu da letra desde grande fragmento deixado por Sri Sri Shankar,
(Um indiano nascido em 1956 que foi uma conhecida criança prodígio, fundou sua ONG sem
fina lucrativos “Arte de Viver”que tem auxiliado milhões de pessoas pelo mundo) quando
num momento de rara felicidade e conhecimento resolveu conceituar o que era Meditação e,
deixou dito: “Quando a mente se livra da agitação, se torna calma, serena e está em paz, a
Meditação acontece. Ao meditar, você pode fazer do seu corpo uma potência ao gerar uma
fonte interna de energia”.
Manos, finalmente tomo a liberdade de deixar registrado de que a Meditação
Maçônica é exatamente isto, deixar entrar dentro de nós e fazer parte de nossas ações
práticas constantes o trinômio da Liberdade com Igualdade e com Fraternidade sempre.
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Ir Rogério Vaz de Oliveira
MM da Loja Estrela do Sul, nr. 84 –
Bagé-GOB/RS
Comunicador Social e Historiador
rvazbr@hotmail.com
www.facebook.com/rogerio.vazdeoliveira.1
Jano,
o Deus das Duas Faces.
O Inicio e o Fim.
Fonte: Busto de Jano — Museu do Vaticano, Roma
4 – Jano, o Deus de Duas Faces
Rogério Vaz de Oliveira
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Seja bem vindo a Janeiro!
A pouco encerramos um ano, um período recheado de aprendizados, alegrias, tristezas, de ganhos e perdas.
A sensação de finalizar algo é tão importante quanto começar, e com ele todos os desafios. Chegou o novo ano,
onde depositaremos esperanças, sonhos e realizações; a mitologia romana possuía e venerava o Deus Jano (do
latim Janus ou Ianus), o Deus das Duas Faces, era o porteiro celestial, simbolizando os términos e os começos, o
passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas.
Graças a ele ganhamos o janeiro, que marca o inicio de um novo ano e a transição do passado para o
futuro. A propósito, janeiro só passou a ser o primeiro mês quando o Imperador Júlio Cesar (100-44 a.C.)
introduziu, em 46 a.C., o ano de 365 dias, antes era de somente 304 dias e dividido em dez meses – a contagem
começava em março e terminava em dezembro.
O Templo em honra a Jano permanecia com as portas principais abertas em tempos de guerra e eram
fechadas em tempos de paz. Ele presidia tudo o que se abre, era o deus tutelar de todos os começos; regia o que
regressa ou que se fechava. Tornou-se, então, patrono dos exércitos.
Costumava ser o primeiro deus a ser mencionado nas cerimônias religiosas. Era adorado no início da época
de colheita, plantio, casamento, nascimento, e outros tipos de origens, especialmente os começos de
acontecimentos importantes na vida de uma pessoa.
Originalmente, uma face possuía barba e a outra não, e, às vezes, era masculino e feminino -
provavelmente uma representação do sol e da lua (Janus e Jana). No entanto, é mais fácil encontrar duas faces com
barba. Existem em alguns locais, representações suas com quatro faces.
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A dualidade de Jano se apresentava quando uma das faces falava a verdade enquanto a outra mentia,
confundindo assim a pessoa na hora de fazer uma escolha importante que poderia trazer grandes consequências,
demonstrando claramente o seu papel como Deus das indecisões, pois representava assim aquele que acalenta e
guia, protege e ama ao mesmo tempo em que é aquele que engana, que trai, que odeia e que trapaceia. Algumas
tradições acreditavam que Janus também encarnava o caos, tanto exterior como interior.
A dualidade sempre esteve presente no ser humano, desde o momento em que ele começou a pensar,
desenvolvendo a capacidade de discernir. Os opostos têm-lhe constituído desafios para a consciência, que deve
eleger o que lhe é melhor, em detrimento daquilo que lhe é pernicioso, perturbador, gerador de conflitos.
É também representado com uma chave em uma das mãos, e na outra uma vara para mostrar que é o
guardião das portas e que preside os caminhos. É provável que o cristianismo utilizasse a figura de Jano para
apresentar São Pedro, como o Porteiro do Céu, e carregando uma chave. Outra curiosidade a respeito deste Deus
Romano, eram que as suas estátuas apontavam muitas vezes com a mão direita o número trezentos, e com a
esquerda o sessenta e cinco, representando o total de dias do ano.
A ele se atribui a invenção dos navios e possivelmente o dinheiro, em moedas, pois as primeiras foram
cunhadas com a cabeça de duas faces.
Janus, portanto, é aquele se apresenta para nos mostrar que questões como bem/mal, dia/noite, fé/descrença
ou qualquer coisa que seja dual na realidade são separadas apenas pelos humanos, pois a divindade é em si mesma
detentora de todos os mistérios e encerra em si mesma o conceito do Um, do Todo. Janus nos permite observar os
ciclos que já passaram e visualizar o que o futuro nos reserva em virtude das escolhas que já fizemos e fazemos no
presente. Ele traz consigo o poder da transição de um estado para outro e traz sempre movimento a existência.
Encerramos este pequeno artigo rogando ao Deus Jano que o ano que inicia seja repleto de harmonia, paz e
fraternidade. Que a tolerância e a ética sejam constantes nas decisões dos nossos dirigentes.
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Ir Roman .
MM da Loja Salvador Allende
Lisboa - GOL
Judaísmo e Maçonaria
Existe desde há muito tempo uma profunda confusão que tem levado eminentes
historiadores e investigadores da maçonaria a atribuírem o início da nossa Augusta Ordem
ao povo de Israel, com referências directas a Salomão, a Hiram Abiff e à construção do
Templo. Os judeus estão, portanto, implicitamente ligados aos fundamentos da Maçonaria
Operativa e da Construção Sagrada. Pelo menos, é assim que o mito maçónico tem sido
continuado e declarado até nós. Os nomes, os sinais, as letras, os graus...
Mas perguntemo-nos se durante a Alta Idade Média, os Maçons Operativos de facto se
identificavam com os judeus errantes, que construíam as suas comunidades aqui e ali, ao
sabor das rotas de comércio que ligavam o Mediterrâneo ao Cáucaso, aos Balcãs, à Península
Itálica, à França e à Península Ibérica?
Meus QQ IIr, a história da Maçonaria Especulativa parece estar irrevogavelmente ligada à
história do povo de Israel, como se a própria Maçonaria não tivesse outro passado que não
fosse o semita. Mas a Maçonaria Operativa terá ela tido a mesma influência de raiz? Terá
sido ela forjada no mesmo Mar de Bronze, onde o sol nascente inundava as planícies, os
montes Golan e o Horebe na Palestina? É que construtores de catedrais e de palácios
sempre houve, desde o período dos grandes impérios, do Médio Oriente à Ásia do Sul, da
Ásia Central ao Sudeste Asiático. E entre estes não houve judeus. Pelo menos é assim que
se pensa.
Como então explicar, que de uma tradição antes verdadeiramente universal se tenha
passado a um fundamentalismo cultural e a um regionalismo étnico? Eis uma questão que não
encontraremos respondida nos manuais maçónicos. Os mitos emergem do inconsciente
quando a cultura se encontra identificada, quando a identidade dos povos se encontra unida
pela língua. Os mitos são assim, a forma de continuidade de uma nação, que se encontra
pronta a ser transferida pela emigração, pela guerra ou pela conquista, sem se alterarem,
participando na unidade da língua, do imaginário e da cosmologia dos povos. Isto aconteceu
com os judeus.
Quer a mera história como a arqueologia não revelaram até hoje um único indício de sinais
maçónicos no actual espólio do Templo de Jerusalém (se é que este monumento tem alguma
relação com o Templo de Salomão). Não foi encontrado um único sinal de pedreiro entre as
comunidades judaicas do período clássico na Palestina, que estivesse ligado à cultura
judaica, às sinagogas ou à simples construção. Este enigma adensa a interpretação do mito,
tornando-o ainda mais maravilhoso e longe de toda a inteligibilidade.
Meus QQ IIr, confesso-vos que este mito torna-se-me a mim pouco plausível, como outro
5 – Judaísmo e Maçonaria
Roman
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mais próximo que coloca o início da Maçonaria Especulativa no século XVII em Inglaterra; e
ligá-lo ainda à intervenção de Elias Ashmole parece-me igualmente forçar as provas para as
ajustar a uma obediência Anglo-saxónica. Ambos são mitos forjados pela história, pelos
homens, pela força de culturas dominantes num determinado momento de afirmação
nacional e de expansão; este processo, na mesma altura, passou-se com a Expansão
Portuguesa no Oriente, momento em que a Inglaterra começou a assumir o domínio das
rotas e do comércio. E digo isto para sublinhar a ideia de que não se pode escrever a
história da Maçonaria fora do contexto social político e económico, como fora dos
movimentos espirituais, porque a Maçonaria está na raiz de quase todos estes objectos do
pensamento especulativo e prático.
Como então interpretar a influência directa do judaísmo (entenda-se aqui como religião e
filosofia) na Maçonaria Especulativa a partir do século XVII, já que na Maçonaria
Operativa da Alta Idade Média é muito duvidoso?
Este problema, que pertence muito mais ao âmbito da história e da epistemologia, do que de
facto ao mito e à natureza iniciática, remete-nos para o momento imediatamente anterior à
emergência do Cristianismo com o Imperador Constantino (272-337 d.C.). É que entre os
pedreiros romanos (e romano era todo o cidadão do império), os sinais eram comuns, as
pedras gravadas serviam (como nós sabemos) como prova do trabalho a ser remunerado.
Portanto, Maçons Operativos haviam, pelo menos, em toda a extensão do Império Romano. É
natural que encontremos hoje sobre o espólio da arquitectura romana estas marcas, desde
a Península Ibéria aos Balcãs, de Marrocos à Palestina (romana, atenção!).
A tradição iniciática dos Maçons Operativos remonta a um tempo em que durante as longas
noites do inverno glaciar de Würm, as comunidades de caçadores e de futuros construtores
de dólmens e menhires, marcavam a contagem do tempo sideral nas paredes das cavernas,
nas peles dos animais que caçavam, nos ossos, nas pedras e tatuavam esse mesmo tempo
como símbolos de poder e vitória, sobre a imensa escuridão do inverno glaciar com o
regresso do sol.
Mas esta é apenas uma interpretação plausível. Há outra, porém, que nos remete para um
tempo fora da história, anterior à nossa humanidade. O tempo de uma outra humanidade.
Um outro mito de que Platão fala em nome de Solon e no qual os Egípcios acreditavam.
O problema do conflito e relação entre os judeus e a Maçonaria, entre judeus e sociedade,
deve assim ser distinguido definitivamente entre o “antes” e o “depois”: antes de
Constantino e depois da queda de Roma. É que a emergência do Cristianismo não foi uma
decisão pacífica nem representou apenas um reconhecimento tácito das comunidades
cristãs no espaço da península itálica e no Mediterrâneo. O Cristianismo não é homogéneo
(tenta sê-lo na ética e na moral), porque nunca houve uma religião do império, mas um
sincretismo — o catolicismo sincretizou-se a partir do sincretismo romano (céltico, persa,
egípcio, etrusco, etc.). Esta foi a herança que a Igreja de Roma Católica e Apostólica
recebeu (a cúria absorveu o senado e deu-lhe uma teologia). Como poderia então esta nova
Roma renascida das cinzas, aceitar com igual valor os cidadãos judeus, que recentemente
lhe tinham levantado as três guerras: durante Agripa II (66 d.C.); a guerra de Kitos (115-
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117 d.C.); e a Revolta de Bar Kokhba (132-136 d.C.)?
O conflito entre as comunidades judaicas e Roma instalou-se desde o início da expansão do
império no Mediterrâneo e no Médio Oriente. Foi este conflito político e económico que a
Europa pós-Constantino herdou, ao querer continuar aplicar uma Mundialização à economia
judaica do Médio Oriente (hoje alargada à Globalização).
Digníssimos IIr, após a queda de Roma as vias romanas que ligavam as capitais das
províncias e as cidades distritais, deixaram de ter manutenção. O corte das comunicações
regulares provocou aquilo que muitos historiadores chamaram de “Idade Negra” (Alta
Idade Média, 476-1000 d.C.). Para onde foram os Maçons Operativos do império? Estes,
certamente não eram judeus, mas conheciam muito bem os ritos egípcio, fenício (púnico) e
persa. Como e quando a tradição judaica entra tão “gongoricamente” na Maçonaria? Se no
início a tradição rabínica não era Operativa, e ela só depois se introduziu como
Especulativa, é então a partir do séc. XVII que a capa rabínico-filosófica assume a
estrutura “sindical” da maçonaria Operativa, para se afirmar na sociedade burguesa de uma
Europa em expansão. A maior parte das primeiras LL surge nas cidades onde vivem grandes
comunidades judaicas abastadas (Amesterdão, Londres, Antuérpia, Veneza, Florença, Roma,
Tessalónica, Atenas, Istambul, etc.), e é nestas que se dá a primeira fusão entre o
comércio e as artes (incluindo a arte da guerra).
O judaísmo, não podendo viver livremente numa Roma imperial e numa Europa cristã
apostólica e ortodoxa, procurou sobreviver através de uma estrutura construtiva da
sociedade: a Maçonaria. Mas até que lá chegasse (levando aproximadamente seiscentos
anos), teve de fazer o seu percurso de cultura marginal como comunidade de suporte
económico e cultural à burguesia medieval emergente. Só depois, no séc. XVII é que a
doutrina rabínica e a Cabála se introduzem no ritual maçónico ad vitam. Mas! E onde
ficaram os maçons operativos?
Devemos compreender e elucidarmo-nos sobre a verdadeira fraternidade maçónica, que
abriu as portas dos seus templos para acolher os judeus perseguidos. Isso de facto
aconteceu, mas desconhecemos se essa aceitação começou durante o período da Maçonaria
Operativa. Seja como for, a presença rabínica e cabalística na Maçonaria só aparece como
estrutura a partir do séc. XVII.
Esta é uma das explicações plausíveis para a continuada quezília entre a sociedade profana
e a Maçonaria. A Europa Romana Católica e Apostólica nunca perdoou que os seus
Construtores abrissem a fraternidade aos judeus, e em revanche os judeus nunca
aceitaram um Jesus omnipotente, filho de Deus.
Mas a história dos conflitos e da relação entre Judaísmo e Maçonaria, que poderíamos
escrever muito ao jeito da “História da Vida Privada”, — creio que Georges Duby se tivesse
lido a nossa prancha teria, pelo menos, o deleite de idealizar um VI volume para essa mesma
História — não teve início na província romana da Palestina conflituosa, como não teve
começo na integração dos judeus na Maçonaria europeia do séc. XVII.
Esta guerra é muito mais antiga, remontando ao período pré-clássico da Suméria, do Egipto,
da Pérsia e da Índia (leia-se Bhárata).
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Queridos IIr, por algumas vezes vos referi de forma leviana, mas como verdade factual,
que antes da nossa Península Ibéria assim ser chamada, já outra bradava o mesmo nome a
Oriente. Tão a Oriente que Noé não achou melhor sítio para poisar a sua arca se não nos
montes da Arménia, em Ararat. Esta região designava-se Ibéria, e assim continuou a ser
descrita e cartografada desde a sua formação geopolítica até ao séc. XIX! A nossa Ibéria,
a dos celtas, dos lusitanos e dos serpes (o povo serpente que deu o topónimo a Serpa), só
tirou o nome do primeiro quando os romanos deportaram os judeus (sefarditas) da Palestina
para aqui. Este exílio forçado e profundamente dramático dos judeus para a terra de
Sepharad (a “terra prometida”) teve um imenso impacto psicológico.
Se judeus houve antes dos judeus palestinos, deveríamos encontra-los na Arménia, na
região montanhosa da Ibéria. E aí encontramos sim judeus, mas não semitas, antes indo-
europeus. Antes mesmo destes judeus terem chegado à Palestina, já outro povo lá vivia e
esse...bem, esse são hoje os palestinianos.
Esta resenha de factos que o tempo não permite aqui expor, com a minúcia que é exigida a
um historiador, podeis vós imaginar, se a ela acrescentares o que se diz a meia voz nos
corredores das academias: “a diferença entre Moisés e Akhenaton provavelmente é
nenhuma”. Quer dizer, o mito construído sobre um Estado de Israel tem muito mais de
sionista (e só a partir do séc. XIX e principalmente da segunda grande guerra) do que
verdadeiro; o mito da Maçonaria dever ao judaísmo a sua fundação tem muito mais de
sincretismo cultural e filosófico do que verdadeiro.
Antes dos judeus se terem convertido ao Judaísmo (seja lá o que isso significar), já a
Maçonaria existia para a construção do mundo. E ela esteve presente desde a aurora da
humanidade, sem judeus e sem cristãos.
Mais haverá para dizer, como podereis imaginar, mas o silêncio dirá tudo o mais que aqui
não se diz.
1 Como se pode explicar o surgimento do cristianismo (quase simultaneamente) em todo o
espaço do império romano?
2 Não esqueçamos que as judiarias eram guetos encravados nas cidades muralhadas, onde
aos judeus era concedida a prática monetária (compra e venda de metais preciosos e
câmbio), porque ao cristianismo católico era proibida. O “vil metal” era tão impuro como o
pecado carnal
Bibliografia
- História da Vida Privada. Do Império Romano ao Ano Mil; dir. Philippe Ariés e Georges Duby (1990). Vols.- I-V.
Edições Afrontamento. Lisboa.
-Leia-se Schlomo Sand. The Invention of the Jewish People (2009). Verso Books. Website.
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Ir. Paulo Roberto -
MI da Loja Pitágoras nr. 15
Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Indumentária Maçônica
e sua Simbologia
Bem sabemos que já devemos ter abordado em alguma ocasião a temática em questão. Contudo,
por se tratar, de um assunto às vezes muito discutido, eis que, uma vez mais, tentaremos prestar
determinados esclarecimentos sobre algumas dúvidas que no íntimo todos temos, a respeito da
vestimenta adequada à realização de uma sessão maçônica.
E, que, como não poderia deixar de ser, em uma primeira análise, a quem interessar possa,
trataremos sobre o “Avental Maçônico”, seu histórico, etc.
Podemos afirmar que o “Avental” é a peça mais importante do traje maçônico, sendo
absolutamente necessário usá-lo, para a admissão do obreiro às sessões em Loja. Assim sendo,
considera-se que o maçom “se traja” quando coloca seu “Avental” por cima da roupa comum
(traje social, sapatos, meias, todos na cor preta e gravata na cor exigida pelo Rito praticado ou
do balandrau, também preto e talar), porque fica, a partir desse momento, habilitado à
desenvoltura de seus trabalhos como maçom.
No passado era usado para proteger o corpo em determinados trabalhos e a Maçonaria também o
adotou com essa significação, tal como se pode verificar, se acessarmos algumas gravuras de
aventais manufaturados em pele de animal no século XVIII.
Já, o “Avental” de agora, é retangular, sendo encimado por uma abeta triangular, que no grau de
Aprendiz Maçom, fica sempre levantada, simbolizando a defesa do epigastro daquele que se
emprega no desbaste da pedra bruta. O epigastro, deve-se dizer que é o centro dos “sentimentos”
e das “emoções”, que devem ser refreados, para que seja conquistada a serenidade tão aguardada
do espírito, visando constituir o apanágio do verdadeiro iniciado.
Os aventais dos dois primeiros graus são brancos, desprovidos de qualquer outro item,
diferenciando-se apenas pelo posicionamento da abeta. Enquanto no grau iniciático, esta se acha
6 – Indumentária Maçônica e sua Simbologia
Paulo Roberto
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levantada, no próximo, ela deverá permanecer em sua posição normal. Ainda citando
reminiscências, ambos os aventais eram confeccionados com pele de carneiro.
Segundo Plantagenet, “o Companheiro Maçom mantém abaixada a abeta de seu avental porque
seu trabalho, sendo menos árduo que o do Aprendiz Maçom, não necessita de tanta proteção”.
Aldo Lavagnini (Magister), autor de livros maçônicos no século passado, nos deixou o seguinte
comentário: “A participação na Grande Obra, de uma maneira diferente da do Aprendiz Maçom,
leva consigo a necessidade de colocar-se de maneira diferente a indumentária de trabalho,
representada pelo avental; a abeta triangular, levantada no primeiro grau, deve agora dobrar-se,
dirigindo sua ponta para baixo. Enquanto o Aprendiz Maçom, por ser ainda inexperiente em sua
obra de desbastar a pedra bruta de seu próprio caráter e do domínio de suas paixões, tem a
necessidade de cobrir-se e proteger-se também na região epigástrica (que se considera como a
base dos instintos animais), esta condição desaparece para o obreiro, que se tornou melhor no
seu trabalho e, que havendo aprendido a dominar-se, pode descobrir sem perigo essa região”.
Outrossim, em conformidade com Walter Leslie Wilmshurst, um outro escritor do século XX, “o
Aprendiz Maçom usa o avental com a abeta levantada, de sorte que forme uma figura de cinco
ângulos, símbolo do homem quíntuplo. O triângulo formado pela abeta está sobre o retângulo,
significando que, naquela etapa, a tríade superior planeja sobre o quaternário inferior, que,
apenas, lhe serve de instrumento. Mas no segundo grau, deixa-se pender a abeta para demonstrar
que a alma já está no corpo e que por intermédio deste passa a agir”.
Chegando-se ao avental de Mestre Maçom, vê-se que esse é branco, orlado de azul, tendo a abeta
em sua posição normal, também orlada da mesma coloração, e, ao centro, assim como nos
ângulos inferiores do retângulo, uma roseta azul em cada um. É forrado de preto, para em alguns
casos, ser utilizado às avessas (vide cerimônias fúnebres mais antigas).
É bom que se chame a atenção, que o avental em discussão possui um diferencial, inclusive de
cores, conforme o Rito praticado, assim como, a Potência Maçônica, na qual o mesmo é exercido.
O escritor Jules Boucher cita a Convenção de Lausanne, que, em uma reunião havida em 15 de
setembro de 1875, codificou as insígnias maçônicas, para o Rito Escocês Antigo e Aceito, da
seguinte maneira:
 Para o Aprendiz Maçom, o avental deve ser confeccionado em pele branca e usado por este, com
a abeta levantada;
 Para o Companheiro Maçom, o avental é o mesmo do Aprendiz Maçom, contudo com a abeta em
seu estado normal (descida). Pode ser forrado e bordado de vermelho;
 Para o Mestre Maçom, o avental é forrado de vermelho, havendo em seu meio as letras M. B.
também em vermelho.
 O Mestre Instalado usa o mesmo avental do Mestre Maçom, sendo as rosetas substituídas por três
Tau (T) invertidos, sendo acrescentadas duas fitas com franjas de prata. Sendo no Rito de York
debruado em ouro.
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Citando Oswald Wirth, podemos lembrar que “nenhum grafismo é tão espontâneo como o Tau
arcaico, dos fenícios X ou +. O nome semítico desta letra do alfabeto significa marca, selo, signo
gráfico por excelência. Não fazem mais que três mil anos que tomou o valor de T e somente se
identificou com um instrumento de suplício no momento da expansão do cristianismo. Atualmente
evoca uma ideia de morte, o que é absolutamente arbitrário e está em flagrante contradição com
os fundamentos racionais da ideografia (representação direta do sentido das palavras por sinais
gráficos)”.
Vários escritores sobre Maçonaria procuram até a presente data, a origem do avental na folha de
parreira. Esses, reportam-se à Bíblia dos Hebreus (Gênesis, Cap. 3, v 21), que diz: “E fez o Senhor
Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu”.
Como o avental maçônico deveria ser manufaturado em pele de carneiro, pretendem encontrar
nesse item a origem do material, bem como do uso do essencial emblema de trabalho maçônico.
A propósito, diz Walter Leslie Wilmshurst: “... a pele do cordeiro é, antes de mais nada, o
símbolo da pureza, mas também significa a brancura da alma não evoluída ou o chamamento em
teosofia corpo causal, que, segundo progride o ego, este vai adquirindo cores brilhantes,
correspondentes às suas novas vibrações”.
DALBUS, F. (pseudônimo de F. Portal) em seu Tratado sobre as cores simbólicas, diz, que, “o
branco, símbolo da divindade e do sacerdócio, representa a sabedoria divina; quando aplicado a
uma jovem virgem, denota virgindade; a uma pessoa acusada, inocência; e a um juiz, justiça”. E
acrescenta que “como signo característico da pureza, é uma promessa de esperança depois da
morte”, o que é bastante apropriado, ao emprego que dele se faz na Maçonaria.
O avental puro e imaculado de pele de cordeiro representa, portanto, na Maçonaria, a limpeza do
corpo e a pureza da alma imprescindíveis para a participação nos sagrados mistérios. Mas não
resta a menor dúvida que seu uso vem de muito longe. Na Pérsia, quando acontecia o Ato da
Investidura, era entregue o avental em cor branca; os japoneses vestiam-no prendendo-o na
cintura; os fariseus davam-no aos noviços do Grau de Santidade, como simbologia da pureza que
esses possuíam; os antigos budistas também o envergavam durante as suas cerimônias religiosas;
e, os essênios obrigavam-se a trazer um avental em torno dos rins, quando se banhavam.
De início, os maçons especulativos usaram a pele branca do cordeiro como avental para os três
primeiros graus; posteriormente, foram aparecendo diversos aventais, até com várias estampas,
razão pela qual foi procedida a sua personalização, na Inglaterra, em 1813, sendo posteriormente
prescritos nas Constituições de 1815.
Autores maçônicos, tais como Jules Boucher e Charles Webster Leadbeater, chegaram a se
interessar pelo uso e comparação dos aventais usados pela maçonaria com a indumentária
utilizada pelos antigos egípcios. Albert Gallatin Mackey, citando os sacerdotes israelitas,
esclareceu: “... sempre vestem o seu ‘abnet’, ou avental de linho ou cinta, como parte da
investidura do sacerdócio”. E, ainda acrescenta: “Nos Mistérios Persas de Mitra, o candidato,
tendo recebido primeiro a luz, é revestido com uma cinta, uma coroa ou uma mitra, uma túnica
de cor púrpura e, finalmente, um avental branco”.
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Em conformidade com um sem números de rituais, o modelo do avental maçônico é o de um
triângulo sobreposto em um retângulo. O significado dessa abeta (triângulo), simboliza o espírito
ou os três princípios superiores, enquanto que o quadrilátero ou quaternário relaciona-se com os
inferiores. Pode-se dizer que cada princípio está diretamente relacionado com um plano, um ciclo
evolutivo, e até mesmo, com uma raça. Assim sendo, a tríade espiritualizada segundo São Paulo,
corresponde ao corpo etéreo, enquanto o quaternário relaciona-se com o corpo físico. Podemos
lembrar ainda, que o ternário, que é considerado a parte imortalizada do homem, contém,
potencialmente, todos os poderes da Divindade, que, para se desenvolver, deve passar pela
Matéria, ou seja, o triângulo deve estar inscrito no quadrilongo, o que é dignamente representado
na Maçonaria por intermédio do grau de Aprendiz Maçom, que está simbolizado na maneira de
usar o avental com a abeta do mesmo levantada.
Infelizmente, o lado espiritual na maioria das vezes fica subordinado ao material; as paixões e
demais desejos terrenos praticamente são proprietários e senhores do homem, entretanto ao
Iniciando, ensinamo-lhe para que sempre tente dominar suas tendências materiais. Fazendo parte
dessa apendizagem, um tanto mais tarde, quando no grau de Companheiro Maçom, o qual deverá
ser simbolizado pela maneira do uso do avental; agora, com a abeta em sua posição considerada
normal (descida), lembrando, portanto nesse momento, que a matéria passou ao domínio do
espírito.
O maçonólogo Nicola Aslan no século passado discorreu longamente sobre o assunto em
epígrafe. Tratando de sua regulamentação, lembrou: “Até a sua regulamentação pela Grande
Loja Unida da Inglaterra, os aventais da Maçonaria Inglêsa assumiram os mais variados
aspectos e formatos. Eram consideradas simples peles desajustadas de cordeiros. Em princípio,
os aventais sofreram uma constante evolução, principalmente, nos países que adotaram a
Instituição Maçônica. Já, no final do século XVIII, fazia parte da moda enfeitar os aventais com
pinturas e bordados à mão, o que de bom grado reproduzia a riqueza considerada emblemática
da Maçonaria.
A fantasia e a imaginação dos pintores fizeram de alguns desses aventais verdadeiras obras de
arte. Existem até aventais que atingiram a celebridade, podemos citar o exemplo, do avental da
‘Loja Moira’ (na época (1813), o Conde de Moira era o Grão-Mestre da Grande Loja de
Londres, que unindo-se com a Grande Loja Escocesa, com a Grande Loja da Irlanda, mais a Loja
de York, deram origem a Grande Loja Unida da Inglaterra – GLUI) confeccionado pelo pintor
Hopkins H. Hobday Horsley e que o ‘Freemason’s Guide and Compendium’ o reproduz em uma
de suas lâminas. De não menos importância e célebre, é o avental com que o Marquês de La
Fayette (Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier) presentou a George Washington e, que
foi bordado, pela própria Marquesa de La Fayette. Nesse avental se veem um Compasso e um
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Esquadro entrelaçados, uma Corda com três Laços de Amor e outros símbolos maçônicos. Não
menos importante e rico em pintura e simbolismo é o avental que se diz ter sido encontrado no
estômago de um bacalhau comprado no mercado de Glascow e reproduzido em ‘History and
Evolution of Freemasonry’ ”.
Avental usado por George Washington
Dando continuidade ao exposto, “os aventais primitivos, simples peles desalinhadas de cordeiro,
sem qualquer ornamento, eram seguros pelo pescoço através de uma tira de couro ou por um
cadarço. Quando esses tipos arcaicos de prendedores foram substituídos por fitas e que o avental
deixou de ser uma grosseira pele de cordeiro, surgiram primeiro, os Níveis, isto é, os Taus ( T )
invertidos, em torno de 1800, após as rosetas, aproximadamente no ano de 1815, e, finalmente, as
franjas, no período compreendido entre os anos de 1827 e 1841. Bernard E. Jones em sua
publicação ‘Freemasons Guide and Compendium’, praticamente afirma que são desconhecidas
as origens das rosetas colocadas no avental maçônico, realmente não se sabe como as rosetas
vieram ser acrescentadas, entretanto uma provável sugestão é que foram utilizadas para discernir
os graus maçônicos dos maçons. Já, o amor à ornamentação foi possivelmente um outro fator.
Contrariamente a quanto foi abundantemente escrito sobre o assunto, torna-se dificultoso
observar com algum significado simbólico pode ter sido a elas ligado, no que diz respeito à sua
origem. Contudo, John T. Lawrence, cuidadosamente vê que as rosetas podem representar o
símbolo maçônico inglês da colocação de um ponto dentro de um círculo. Mas, na maioria das
interpretações, as rosetas surgiram completamente ligadas ao símbolo representado pelo sol”.
Aldo Lavagnini (Magister) lembrou as palavras contidas em um ritual: “Recebei este avental,
tido como distintivo do Maçom, mais honroso e digno que todas as condecorações atribuídas pelo
homem para o homem, porque simboliza o trabalho, que é considerado o primeiro dever do
homem e a fonte de todos os bens, e, o que de fato, dá o direito a sentar-se entre os irmãos e sem
o qual, nunca deverá ingressar em uma Loja Maçônica”. Continuando o pensamento em questão
Walter Leslie Wilmshurst assim se refere ao assunto: “Lembrai-vos de que usais o avental,
inicialmente com a abeta levantada, oferecendo assim uma insígnia de cinco ângulos, indicando
os cinco sentidos existentes através dos quais entramos em relação direta com o mundo material
que circunda nossos cinco pontos de fidelidade ou perfeição, mas indicando também pela porção
triangular encimada, em conjunção com a porção quadrangular inferior, que a natureza do
homem é uma dualidade tanto de alma quanto de corpo. O trilateral emblema, no alto,
adicionado ao quadrilateral outro emblema, formam ambos o sete, que é considerado o número
perfeito, pois assim está escrito em uma das antigas doutrinas hebraicas, às quais a Maçonaria
em si, está intimamente ligada: Deus abençoou e amou o número sete mais do que todas as coisas
sob o seu reinado, pelo que significa que o homem, o sétuplo ser, é a mais dileta criatura por Ele
idealizada. Daí também, a explicação de que uma Loja Maçônica, para ser justa e perfeita,
requeira sete irmãos exercendo os principais cargos.”
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Sobre o assunto Serge Hutin explica: “Da mesma forma que o militar uniformizado não é mais
um cidadão comum, o maçom paramentado com o avental não é mais, em princípio, o homem que
ele representa no mundo profano. O porte do avental, vestimenta até rude de construtores, indica
a participação na ‘Grande Obra da Maçonaria’. O avental é elaborado de pele branca, sem
nenhum tipo de ornamento, para o Aprendiz e para o Companheiro Maçom. Enquanto o de
Mestre Maçom, deve ser confeccionado em cetim, sendo diferenciado de acordo com o Rito e a
Potência Maçônica onde são empregues”.
Plantagenet, vai mais longe, quando se refere uma vez mais ao avental e às luvas, atribuindo a
seguinte interpretação: “É assim que, se, mesmo antes de poder franquear a porta do Templo, o
Aprendiz Maçom é revestido do avental de pele de carneiro, que é a verdadeira insígnia de seu
grau, serve também para lhe lembrar que o trabalho é o objeto exclusivo das reuniões maçônicas,
ao mesmo tempo que é o dever primordial do Maçom e a função essencial do homem na
sociedade; para tanto, lembro que a vida não é nada, que a morte também não é nada, e que só o
trabalho fecundo as une e enobrece uma à outra. O avental, contudo, tem sua história e seu
simbolismo. Diz-se inclusive que ele lembra a túnica de pele que a legenda bíblica reveste Adão e
Eva quando se viram obrigados a sair do Éden, sendo destinados à simples procriação.
E, isto, não é o símbolo fundamental do esforço permanente, que em muito caracteriza e resume a
vida da humanidade? Tu parirás com dor, dizem as Sagradas Escrituras, e tal é o nosso
implacável destino. Mas a dor não pode ser considerada uma maldição para o homem, deve até
ser entendida como a causa geradora de sua felicidade; aquele que penetrar o mistério das duas
colunas, disso, não deverá duvidar! Deverá saber também, que o trabalho não é um castigo senão
quando prossegue com finalidades pessoais, interesseiras, egoístas e mesmo vis. Em si, para que
seja uma fonte inesgotável de alegria, é necessário que seja amado por si próprio, e que não seja
uma função única de móveis espiritualmente degradantes, sendo devido a isso que o avental é
branco, imaculado e puro. Conservando-o assim, cada qual pode no seu plano, realizar a busca
pela almejada perfeição, à qual, no íntimo, aspira todo aquele que foi iniciado. Essa ideia se
encontra, em potencial, na lenda persa que nos relata as lutas empreendidas contra o tirano
Dhchao (Zohac) os obreiros construtores conduzidos pelo ferreiro Kaweh, cujo avental foi usado
como o estandarte que os levou à vitória”.
Oswald Wirth discorre longamente sobre o assunto até então evidenciado, dizendo: “Desde que o
neófito recebeu a luz, avança em direção ao Oriente executando os três passos do Aprendiz
Maçom. Renovando em seguida o seu juramento e recebendo o avental; indumentária, símbolo
vivo do trabalho maçônico a ser encetado, lhe permitindo participar da ‘Grande Obra da
Maçonaria’. Agora, já revestido com essa insígnia, é consagrado Aprendiz Maçom por três
golpes aplicados pelo primeiro malhete da Oficina sobre a sua cabeça e suas duas espáduas. É
até bem provável que primordialmente se abstivessem a esse único movimento ternário,
triplificado atualmente sobre a lâmina de uma espada flamejante, cuja adequação de seu uso se
reporta à cavalaria. Visto, portanto, como uma marca de dignidade, o avental paramenta o
Maçom mais honrosamente do que as distinções profanas, mesmo as mais elevadas. As insígnias
da ‘Ordem do Tosão de Ouro’ e da ‘Jarreteira’ não são senão, simples mesquinharias perto do
humilde farrapo de pele branca que distingue o Maçom de seus demais. Não existe nesse fato a
vaidade do artesão orgulhoso de sua profissão, porque nada poderia ser mais glorioso sobre a
Terra que o porte do nobre avental, insígnia viva de participação na ‘Grande Obra’. Certas
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escolas colocam a criatura saindo das mãos de Deus no estado angelical, virtuosa, onisciente e
isenta de todas as misérias humanas. É quando lembramos que o pecado original nos teria feito
declinar dessa felicidade terrena. A essa concepção sacerdotal se opõe o idealismo das religiões
tidas como construtoras. O obreiro, para quem o trabalho deve ser considerado sagrado, pode e
deve até admitir que é um descendente do céu, mas, em seu digno senso de interpretação, isso
jamais será para sofrer qualquer tipo de punição. Se vê engajado em uma Oficina, onde vai
aprender e depois exercer uma arte. De algum modo, ele vai se tornar um agente; da passividade
meio consciente, vai passar à plena consciência de uma atividade voluntária. E, assim sendo, um
glorioso destino o espera: o de participar da obra divina para então se eternizar através do
trabalho meritório do qual bem sabemos que os preguiçosos tem verdadeira ojeriza. O avental
deve ser considerado um ornamento cultual, torna-se indispensável estar trajado maçonicamente,
da mesma forma que é necessário estar incorporado na espécie humana, para poder participar
dos trabalhos terrestres. Entre as espécies que se movimentam sobre a superfície do globo, temos
o direito de nos sentir orgulhosos de estarmos encarnados em uma forma de hominídeo. O
maçom deve muito particularmente apreciar a nobreza que o porte do avental implica; mas quem
é nobre deve agir com nobreza, sobretudo de caráter; logo, o avental não deve em hipótese
alguma ser cingido com indiferença, lembrando, sempre, ao seu portador suas obrigações de
iniciado. Todavia, o maçom jamais deixará de estar inclinado às fraquezas humanas, faltando-lhe
frequentemente instrução iniciática e, fazendo com que o mesmo, em quase nada seja sabedor
sobre o real alcance dos símbolos. O uso, entretanto, lhe impede de entrar em Loja sem estar
devidamente paramentado, o que afirma sua renúncia, mesmo que momentânea, aos hábitos
profanos. Bem se sabe, do populismo, que ‘o hábito não faz o monge’ e o avental não é suficiente
para disciplinar o maçom; se o militar uniformizado não é mais o simples cidadão que era como
civil, o maçom paramentado, já não é mais, o que representava no mundo profano. Observai-o
atentamente tomando a atitude prescrita para estar em Loja; quando, então, deverá exprimir sua
opinião com a devida calma, em termos mensuráveis, calculados, com vistas a não ferir quem
quer que seja, mesmo quando for provocado a alterar-se na defesa de ideias que lhe forem
concisas. Como ornamento religioso, o avental não deve ser usado com leviandade, apesar que
nada se encontra dizendo que, antes de colocá-lo, se deva invocar o ‘Grande Arquiteto do
Universo’, mas se recomenda um exame de consciência ao maçom escrupuloso, porque, diante de
um irmão que lhe inspira animosidade, não deveria se permitir o uso do avental. Isso se diz e se
faz pela prática maçônica, pois não se deve ingressar em Loja senão levantando sentimentos
purificados, fraternais; enfim, sem qualquer tipo de restrição. Do que precede, resulta que,
falando restritamente, um maçom sem avental não é concebível. A expressão entretanto, se faz de
largo uso, para designar um homem que possui o comportamento de um maçom, sem tampouco,
ter sido iniciado nos ‘Augustos Mistérios’. Logo, não se trata então, da insígnia que se usa em
Loja, mas do ‘Avental Iniciático Real’ ”.
Ars longa, vita brevis
“ A arte é eterna, a vida é breve”
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Auto Controle
“Há cinco passos essenciais para o controle emocional: 1.Ter
consciência do surgimento da emoção que pode nos levar a
irritação ou raiva; 2. Reconhecer que somos criadores de nossas
emoções e não alguém ou alguma coisa; 3. Aceitar plenamente
a presença da emoção sem resistir; 4. Desprender-se da
emoção, deixar que ela se dissolva e perca o poder; 5. Voltar a
atenção para o centro de nós mesmos, onde a paz e força
interior residem.”
Brahma Kumaris
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MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 3 de janeiro:
Abóboda de Aço
A espada faz parte dos objetos usados pelos maçons, constituindo-se em símbolo que
contém vários significados, como a justiça, a força e a proteção.
É formada, manejando os maçons que ocupam a câmara do meio, a sua espada,
erguendo-se sobre a cabeça do irmão que lhes está â frente, cruzando com sua espada,
pelas pontas, formando, assim, um túnel, sob o qual adentram ao Templo as
Dignidades.
O maçom que adentra no Templo, sob a Abóboda de Aço, recebe vibrações tão
intensas que se fortalece e obtém proteção por muito Tempo.
As espadas juntadas pelas pontas ao centro do círculo atraem, por meio da força do
aço, toda a energia mística, como se fora um imã a recolher as influências cósmicas.
Quando o maçom sentir-se frágil, feche os olhos e atrai a si essa abóbada e passe por
ela, invocando a força do aço e sentirá de imediato a energia que está lhe fazendo
falta.
Assim pensando, transforma-se o maçom em dignitário e, nessa condição, as benesses
lhe serão mais valiosas.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 22.
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 34/37
Uma rua de Alcântara (MA) calçada com paralelepípedos pretos e brancos, parecendo mosaico.
Descobriu-se que o mandante deste inusitado calçamento, do Sec. XIX,
era irmão e residente daquela rua
JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 35/37
(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos)
(fontes: Google)
1 –
Qual a sua cor para 2017? Faça o
teste e descubra!
2 –
TESTE: O que você sabe de
História Antiga e Medieval?
3 –
10 Animais que estão entre os mais
lentos do mundo!
4 – As cachoeiras mais belas do mundo:
As 15 Cachoeiras Mais Bonitas do Mundo!
Exibir Conteúdo
5 – Castilha...
Castilla-La-Mancha-Toledo-Patios.pps
6 – A belíssima Montmartre (Paris)
https://www.airbnb.com.br/locations/paris/montmartre
7 - Filme do dia: “Napoleão” – (suspense e história)
A última batalha do Imperador - Conta a história do general Napoleão Bonaparte, que após sua última derrota foi
detido pelos ingleses quando tentava fugir para a América. O filme relata sua vida no exílio, na Ilha de Santa
Helena, no oceano atlântico e revela uma possível teoria da conspiração na qual N não teria morrido no exílio, mas
teria sim armado sua fuga da ilha indo terminar sua vida na América.
https://www.youtube.com/watch?v=rBBabptWXrA
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Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas
raimundoaugusto.corado@gmail.com
A INSEGURANÇA
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 17 de abril de 2014.
O pais está inseguro;
Impune, descontrolado;
Educação em apuro;
Penalmente defasado.
Tem um ECA sem suporte;
Sem estrutura, sem amparo;
Estamos ao leu da sorte;
Infratores nos dominaram.
O Estado é negligente;
Mantém politica indecente;
Dando azo à violência.
É critica a situação;
Perdeu-se o amor à nação;
Falida está a decência.
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Flores da Cunha-RS (Terra do Galo). Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.287 – Florianópolis (SC) – terça-feira , 3 de janeiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrManoel Miguel – Foco no Futuro – Olho no Retrovisor (Coluna semanal) Bloco 3-IrValter Cardoso Júnior – Meditação na Visão de um Mestre Maçom Bloco 4-IrRogério Vaz de Oliveira – Jano, o Deus de Duas Faces Bloco 5-IrRoman – Judaísmo e Maçonaria Bloco 6-IrPaulo Roberto – Indumentária Maçônica e sua Simbologia Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 3 de janeiro e versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado (Barreiras)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 2/37 3 de janeiro  929 – É eleito o Papa Estêvão VIII.  936 – É eleito o Papa Leão VII.  1496 – Leonardo da Vinci testa sem sucesso uma máquina voadora que tinha construído.  1507 – Da Vinci é contratado para pintar o quadro futuramente conhecido como a Mona Lisa.  1521 – Martinho Lutero é excomungado pelo papa Leão X.  1534 – O parlamento inglês nomeia o rei Henrique VIII líder da Igreja Anglicana, um título que pertencia ao Papa.  1558 – Mem de Sá toma posse do cargo de Governador-geral do Estado do Brasil.  1615 – Portugueses expulsam os franceses do Maranhão.  1749 – Fundada a Universidade do Panamá, denominada Universidade de San Javier.  1777 – O General americano George Washington derrota o general inglês Charles Cornwallis na Batalha de Princeton, durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos.  1823 – Fundação do Condado de Edgar.  1839 – Começa a Guerra do Ópio entre a China e a Grã-Bretanha. A causa do conflito foi a exportação ilícita de ópio à China pela Inglaterra.  1885 – Golpe de estado na República de El Salvador. O general Francisco Menéndez derruba o presidente Rafael Zaldívar e ocupa o seu lugar.  1889 – Início da "crise de loucura" que acomete Nietzsche até a sua morte.  1893 – Uma explosão causada por 51 toneladas de dinamite no barco Cabo Machichaco causa 590 mortes. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 3º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 362 dias para terminar o ano de 2017 – (Lua Nova) É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Dia da Liberdade de Culto e dia da Gratidão Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossa mala direta. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 3/37  1898 – Inicia o mandato presidencial de Manuel Antônio San Clemente, na Colômbia, que dura até julho de 1900.  1903 o O Senado da Colômbia derruba o tratado para a construção do Canal do Panamá. Por interesses comerciais, os Estados Unidos da América estimulam a revolução que culminaria na proclamação da República do Panamá. o O Panamá, que desde 1821 fazia parte da República da Grande Colômbia, declara sua independência.  1905 – Na Rússia, o tsar Nicolau II assina um decreto anistiando prisioneiros políticos.  1907 – Fundado no Rio de Janeiro o Hospital Souza Aguiar, considerado o maior pronto-socorro da América Latina.  1910 – criação da Diocese de Aracaju pelo Papa Pio X.  1918 o A derrota do Império Austro-Húngaro durante a Primeira Guerra Mundial culmina com a proclamação da República da Áustria. o A Polônia torna-se independente da Rússia depois da Primeira Guerra Mundial.  1926 – Estabelecido em Portugal um regime militar.  1930 o Assassinados, na República Dominicana, o chefe do Partido Nacional, Virgilio Martínez Reyna e sua esposa. o No Brasil, Getúlio Vargas é empossado como chefe do governo provisório pela junta militar que depôs o ex-presidente Washington Luís.  1934 – É fundada a AFA (Associação de Futebol da Argentina).  1936 – Os republicanos obtém a maioria no Congresso dos Estados Unidos e o democrata Franklin Roosevelt é reeleito para a presidência.  1938 – Getúlio Vargas cria o programa oficial de rádio, A Voz do Brasil  1942 – Na Líbia, o general Montgomery obtém uma vitória decisiva sobre as tropas alemãs do general Erwin Rommel.  1944 – Segunda Guerra Mundial – é constituído o governo provisório francês  1948 – Inaugurado em Monte Palomar, na California, um telescópio gigantesco que revolucionou a astronomia.  1949 – Nasce Sylvia Likens, que dezesseis anos depois foi torturada até a morte em Indiana.  1950 – A Argentina vence os Estados Unidos por 64 a 50 e torna-se campeã mundial de basquete.  1954 – Linus Pauling obtém o prêmio Nobel de Química.  1955 – O presidente brasileiro Café Filho sofre distúrbio cardiovascular e é substituído por Carlos Coimbra da Luz, presidente da Câmara dos Deputados.  1956 – Camilo Ponce Enríquez vence as eleições presidenciais do Equador.  1958 o É inaugurado em Paris a sede da ONU para a Educação, Ciência e a Cultura – UNESCO. o Andrés Rivero Agüero é eleito presidente de Cuba.  1959 – O Alasca torna-se o 49º estado estadunidense.  1960 – Álvaro Cunhal foge da prisão do Forte de Peniche.  1961 o Os Estados Unidos da América rompem relações diplomáticas com Cuba. o O presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, e o primeiro dirigente soviético, Nikita Kruschev, se encontram em Viena pela primeira vez.  1964 – É derrubado por um golpe militar o presidente boliviano Víctor Paz Estenssoro. Assume o general René Barrientos Ortuño.  1965 – O astronauta Edward White realiza um passeio espacial de 20 minutos antes de regressar a nave Géminis IV.  1966 – É implantado o estado de sítio em todo o território da Guatemala.  1970 – Salvador Allende assume a presidência do Chile.  1973 – Estados Unidos lança a sonda espacial Mariner X.  1974 – Isaac Rabin é eleito o primeiro Ministro de Israel.
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 4/37  1976 – O ex-presidente boliviano general Juan José Torres, é assassinado em San Andrés de Giles, a 100 quilômetros de Buenos Aires, onde estava exilado.  1977 – É incorporada a Apple Inc. (fundada em 1 de abril de 1976)[1]  1979 – Maré negra na costa do México causa a explosão de uma plataforma flutuante.  1980 – Francisco Sá Carneiro toma posse como primeiro-ministro de Portugal, substituindo Maria de Lourdes Pintasilgo.  1983 o Estreia do Praça TV, pela Rede Globo. o Estreia do Bom Dia Brasil, também pela Globo.  1987 o Acidente aéreo com um avião da Varig na Costa do Marfim. o O dólar registra quedas em todos os mercados financeiros internacionais, que revelam as cotações mais baixas de sua história, frente ao marco e ao ien.  1988 – Poul Shlüter forma um governo tripartidário e minoritário na Dinamarca.  1992 – O democrata Bill Clinton é eleito presidente dos Estados Unidos pela primeira vez.  1994 o Acontece o último eclipse total do sol no hemisfério sul do século XX. O sol fica encoberto pela Lua por 4 minutos e 25 segundos. o É lançado ao espaço a nave Atlantis, com seis astronautas a bordo. o Terremoto mata 171 pessoas em Java, principal ilha da Indonésia.  1995 – O furacão Ângela invade as Filipinas e mata 883 pessoas. Quase duzentas ficam desaparecidas.  1996 – Os ministros das Relações Exteriores da Otan chegam a um acordo para reformar o organismo, que se concentraria na Europa e não na Rússia.  1997 o Lionel Jospin, líder do Partido Socialista, é designado primeiro-ministro da França e inicia conversações com os comunistas para formar um governo de coalizão. o Dez estados brasileiros são obrigados a racionar energia elétrica nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, causado pela queda de dez torres no Paraná.  1998 – Descarrila um trem de alta velocidade na Baixa Saxônia, Alemanha, matando 98 pessoas.  1999 o O presidente iugoslavo Slobodan Milosevic cede às exigências ocidentais para que aceite a instalação de tropas aliadas em Kosovo, retire suas forças e revogue a expulsão das pessoas de etnia albanesa. o Javier Solana é designado o primeiro Representante da Política de Exterior e de Segurança Comum da União Europeia.  2000 o Equipe de arqueólogos anuncia ter descoberto ruínas das cidades faraônicas de Iraklió, Canopus e Menouthis no fundo do Mar Mediterrâneo. Elas eram conhecidas apenas através de tragédias gregas e lendas. o O chefe de Estado peruano Alberto Fujimori é proclamado oficialmente presidente eleito.  2004 – A sonda Spirit aterrissa com sucesso em Marte.  2005 o A ilha Tromelin passa a ser considerada como domínio do Estado francês. o O Presidente George W. Bush nomeou ele e Bill Clinton para liderar uma campanha nacional para ajudar as vítimas dos tsunamis na Ásia.
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 5/37 1787 Morre frei José de Santa Maria de Jesus Cunha, Comissário da Venerável Ordem 3ª do Desterro. 1867 Ato, desta data, criou a Agência dos Correios de Joinville. 1887 Inauguração do Hospital Santa Beatriz, de Itajaí. 1914 Os “fanáticos” do Contestado atacam a cidade de Curitibanos. 1646 Elias Ashmole, antiquário, astrólogo e heraldista, entra para a Royal Society (1661). Ele foi o primeiro Maçom inglês a deixar registro de sua iniciação, em 1646 1859 Albert Pike é eleito Sobreano Grande Comendador do Supremo Conselho , Jurisdição do Sul dos Estados Unidos, vindo a reformar e sistematizar os Altos Graus do REAA. 1906  Fundação da Loja Bandeirantes do Acre n.º 01, de Xapuri. (GLEAC) 1973 Louis Philippe, duque de Chartres, com medo da ralé de Paris, desfaz-se de seus títulos de nobreza e publica carta repudiando o Grande Oriente de França e toda a Maçonaria. Em vão. Contatos: Ir Darci Rocco nos telefones acima Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 6/37 Albergue Noturno Manoel Galdino Vieira O “Albergue Noturno” é uma entidade administrada por alguns abnegados irmãos da Maçonaria catarinense, que ampara todas as noites os necessitados e indigentes, ofertando- lhes banho, cama limpa, refeições e alguns outros possíveis auxílios básicos. Os Irmãos que coordenam essa instituição beneficente, que há 80 anos vem prestando esse serviço fraterno, vêm encontrando sérias dificuldades financeiras para mantê-la. Não existe qualquer auxílio do Poder Público. Conclamamos o Irmão a ajudar com qualquer contribuição essa instituição benemérita, que teve tantos maçons ilustres voluntários que participaram na sua coordenação e apoio, mantendo-a por estes longos anos. Faça a sua doação. Colabore. Qualquer contribuição pode não fazer falta para você, mas fará muito bem aos necessitados de toda a espécie. (transferências ou depósitos para o Banco SICOOB CREDISC/756 – Ag. 3258, conta corrente nr. 11347-7 (com recibo de incentivo fiscal) em nome da Caixa de Esmolas aos Indigentes de Florianópolis CNPJ/MF 83.901-041/0001-86) Maçonaria também é caridade!
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 7/37 Irmão Manoel Miguel é MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145 CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço. FOCO NO FUTURO – OLHO NO RETROVISOR. Termina 2016, começa 2017. Esperanças renovadas, votos de um ano melhor pela frente, mas com atenção aos movimentos atuais e suas consequências no passado. Num momento em que o Brasil vivencia uma crise, cuja realidade é diferente do que a grande massa da população imagina. Para as massas, a crise foi causada por uma série de fatores reais, acompanhados por elas: corrupção, má gestão governamental, uma esquerda que tripudiou a confiança do povo e banhou-se na lama da corrupção, uma direita inconformada por não estar no poder, investigações, etc. A realidade talvez seja outra, que mais tarde surgirá na história, com a mão poderosa dos controladores do poder empurrando o Brasil para trás, atrasando sua possibilidade de despontar como nação evoluída. Seja lá o que for, tiraremos um grande aprendizado de tudo isso e nossas crianças terão a oportunidade de lutar e desfrutar um Brasil melhor, é o que acreditamos. No cenário internacional as preocupações são ainda maiores, pois, vivemos num mundo globalizado, onde o que acontece lá fora repercute aqui no nosso país e no mundo todo. Semana passada os dirigentes das duas potências bélicas mundiais, Donald Trump, dos EUA e Vladimir Putin, da Rússia, afirmaram que precisam aumentar seus potenciais bélicos, precisamente no enriquecimento de urânio e na produção de mais bombas nucleares. Sabemos que essas duas nações já têm outros meios talvez potencialmente mais destrutivos do que as bombas atômicas, (aqueles que destroem somente vidas, deixando o meio físico não vivo, intacto), mas o que importa é aquele que causa maior impacto, que destrói literalmente tudo. Perguntaram uma vez a Albert Einstein, em 1949, durante uma entrevista com Alfred Werner, e que foi publicada no “Liberal Judaism”, como ele imaginaria, que seria uma terceira Guerra Mundial e quais armas os poderosos usariam, já que, na Segunda Guerra Mundial se fez uso da bomba atômica em Nagasaki e Hiroshima, com potencial altamente destrutivo. Ele respondeu: “Eu não sei dizer exatamente o que os homens utilizarão na Terceira Guerra Mundial, mas tenho certeza do que eles usarão na quarta: pedra. ” 2 – Foco no Futuro – Olho no Retrovisor Manoel Miguel
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 8/37 Sua resposta deixou claro que, após uma terceira guerra mundial não sobrará nada para os sobreviventes usaram em suas lutas a não ser, pedras. Einstein não viveu o início do Século XXI, mas ele já previa que as armas de destruição em massa não seriam privilégio de apenas duas potências, que elas cairiam nas mãos de muitas nações, entre elas, inimigos dos EUA, e que seriam letais para o mundo todo, como previsto por seu criador, o físico americano Julius Robert Oppenheimer, logo após a detonação da primeira bomba atômica em 1945, utilizando-se de um trecho da Mahabharata: “Agora, eu me tornei a morte, o destruidor dos mundos. ” Ele sabia que essa arma potente acenderia a arrogância e a prepotência dos homens diante da descoberta do poder dos átomos, e um dia eles se autodestruiriam em posse das bombas atômicas. O curioso é que, ele usa um trecho de um livro sagrado, em referência a deusa Shiva, que conta exatamente como uma outra civilização, mais evoluída que a nossa, em posse de armas de destruição em massa, causou um grande cataclismo que varreu a vida na terra 10.000 anos atrás. Claro que, isso já tinha acontecido antes, mas em um outro planeta, Marte, de acordo com pesquisas da NASA, os cientistas Vincent Di Pietro e Gregory Molenaar, descobriram a existência de seis pirâmides enormes, como as encontradas no Egito, em Cydonia, uma região conhecida pelos cientistas e pesquisadores de Marte. O desejo que o homem tem demonstrado de explorar o planeta Marte não é por acaso. É de domínio de uma refinada classe de iniciados na Fraternidade que, a vida, começou em Marte, que fazia a órbita que é feita hoje pela Terra, e que, por razões desconhecidas, uma turbulência fez com que a vida migrasse para a Terra, que numa explosão, passou a fazer sua órbita onde está hoje posicionada, enquanto Marte tornou-se inóspito à vida humana, perfazendo sua órbita muito próximo do Sol. Temos aqui raças originadas na Terra, e raças originadas em Marte, com evolução superior e controladora. Mas, voltemos para a Terra. Quando falamos em alta tecnologia, pensamos logo que isso é fruto da evolução da nossa civilização, que tem a ver com os tempos vividos por nós, e que o mundo sempre esteve nas mãos de homens tupiniquins, pré-históricos, oriundos de macacos, que foram evoluindo aos poucos e se tornando mais inteligentes com o passar dos tempos. Na verdade, é o oposto: estamos vivendo o pós-cataclismo, causado por homens que fizeram mau uso de altíssimas tecnologias no passado e se autodestruíram. Nossa raça recomeçou das pedras, evoluindo aos poucos, descobrindo o fogo, a queima do barro, a cerâmica, o tijolo, o cobre, o ferro, etc., em substituição a um povo que ultrapassou sua curva do conhecimento em outros tempos. E já temos estudos consistentes que mostram que nossa evolução não tem nada a ver com macacos, até porque nosso DNA difere dos primatas em alguns aspectos que divergem do raciocínio anterior. Ainda não evoluímos ao ponto que eles chegaram no passado, mas somos aparentemente mais gananciosos e mais arrogantes, a ponto de termos capacidade de destruição da vida no Planeta Terra de ponta a ponta, com o estoque de bombas atômicas que temos. Se não levarmos o debate do desarmamento para a ONU, para os governos, para as organizações, para as escolas e para dentro de nossas casas, talvez não tenhamos a oportunidade de atingirmos nossa curva de evolução antes que a vida seja eliminada por nós mesmos. As religiões modernas, talvez por serem montagens artificiais,
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 9/37 onde se utilizou verdades antigas e desejos humanos de manipulação, são os palitos de fósforos que poderão acender as bombas a qualquer momento. Pregamos o amor, mas não somos amorosos. É tudo artificial em nossas religiões modernas. Basta olhar na história recente para constatarmos isso. Nosso conceito de democracia é mascarado pelo individualismo, pela arrogância e tirania, pelo ceticismo, e pela artificialidade das religiões modernas. Quanto mais moderna, mais danosa acaba sendo a estrutura religiosa. Haja vista o extremismo que nasce do bojo do islamismo e é, sem dúvida, a maior ameaça religiosa de nossos tempos. As pessoas querem que finjamos o contrário, que reafirmemos que as religiões são boazinhas, que as ameaças não estão diretamente ligadas a elas, mas estão. Não há como negar. É preciso criarmos acordos e regras para revermos os dogmas, a corrida armamentista, a democracia e a produção de poluentes do planeta e do corpo humano, entre eles, os alimentos geneticamente modificados, a interferência no DNA humano, a produção de alimentos industrializados, o uso indiscriminado da inteligência artificial. A civilização que nos antecedeu fez uso de armas nucelares que os levaram à destruição. Antes, tínhamos apenas o Mahabharata que afirmava isso de forma religiosa. Mas, nossa gente gosta de buscar comprovações científicas para tudo. Se não tivermos afirmações científicas, nada vale. Então, em 1920, o Arqueólogo britânico, Sir John Marshall, foi para o Vale do Rio Hindu, no Norte da Índia e Paquistão, buscar registros nas escavações de onde existiram as cidades Harappa e Mohenjo Daro, sendo seguido posteriormente, em 1946, por seu compatriota, Sir Mortimer Wheeler, que trouxeram informações interessantes. Encontraram nas escavações duas cidades urbanisticamente planejadas, com infraestrutura que muitas cidades de nossos dias ainda não possuem. Há 10.000 anos atrás viveram ali um povo altamente evoluído, em cidade distribuída por quarteirões, ruas com 9,144m de largura, água encanada, esgoto, banheiros, templos com pias para seus rituais, um sistema de escrita invejável, desconhecido em nossos dias, o Indus Valley Script. Não só isso, encontraram ossadas vitimadas por uma grande explosão radioativa, iguais ou mais potentes que as bombas lançadas em Nagasaki e Hiroshima. Nas regiões mais distantes do centro da explosão, encontraram corpos que morreram juntos, possivelmente de mãos dadas, enquanto a terra virava cinzas diante do potencial destrutivo. Um outro cientista que comprovou a veracidade da existência dessas cidades e de uma civilização que antecedeu a nossa e se autodestruiu é o russo A. Gorbovsky, em seu livro Riddles of Ancient History. Aos que gostam de investigar a história e comprovar fatos, vale a pena ler esse livro. São vários os registros dessa civilização que nos antecedeu, em diversas regiões do mundo. Como tudo na vida tem começo, meio e fim, com o conhecimento e a evolução tecnológica não é diferente. Os registros mostram que a vida começa em algum planeta com o auxílio, supervisão e controle do Grande Arquiteto do Universo, que, aos poucos, vai tornando os seres mais evoluídos, dando a eles níveis mais elevados de inteligência e conhecimento, através de um livre arbítrio supervisionado. Os homens passam então de espectadores ou desfrutadores de um paraíso, para a condição de construtores e transformadores do meio onde vivem e de si próprios. Até o ponto em que, dominados pelos vícios, ultrapassam os
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 10/37 limites da sobrevivência e lutam entre si, destruindo sua própria civilização e o meio onde vive. Temos a possibilidade de fazer com que a nossa civilização tenha não somente um 2017 próspero, com melhor qualidade de vida e mais igualitário, mas também assegurarmos que 2018 e os próximos anos sejam ainda melhores. Para isso, temos que nos conscientizar dos prós e contras de nossas decisões hoje, que, embora pareçam trazer algum benefício a curto prazo, podem ser altamente prejudiciais no futuro. Principalmente quando se mexe em coisas que interferem na atuação do Caduceu Sagrado em todos os sentidos, principalmente quando se brinca com nosso genoma, nosso DNA, interferindo da formação: Açúcar-Fosfato-Base, esse Caduceu que forma os nucleotídeos e as fitas duplas do DNA, na busca de uma melhora genética-racial, interferindo hoje, naquilo que pode beneficiar o momento, sem que tenhamos informações das consequências para o amanhã. Há uma ligação forte entre o homem e o Supremo no código genético da forma em que está divinamente programada, sendo isso uma programação divina, cuja alteração certamente trará riscos ainda impossíveis de serem mensurados. YHVH, o nome Sagrado, está estampado no código da vida, sendo o DNA o limiar biológico entre Deus e o homem. Armas de destruição em massa e a interferência humana na estrutura do DNA humano, ou das sementes e animais, certamente não trarão benefícios a longo prazo. Se reduzirmos a ganância e a arrogância, principalmente na exploração mineral, na agropecuária e na produção de drogas e alimentos industrializados, associando isso ao desmantelamento dos arsenais nucleares de todos os países, estaremos assegurando a vida por muitos anos ainda. Sonho com um mundo menos cético, mais espiritual, que valorize a vida em todos os aspectos, reconhecendo e respeitando a superioridade do Grande Arquiteto do Universo como ponto de partida para qualquer decisão e as divisas limítrofes da interferência humana à vida. Sei que essa minha mensagem desagrada algumas pessoas: os que não querem abraçar a humildade; os céticos e ateus por escolha; os materialistas que exploram o planeta hoje de forma avarenta, sem se preocupar como o amanhã, sem amor e lealdade para com seus semelhantes e para com o ecossistema. A estes, qualquer coisa que for dita, diferente do que querem ouvir, vai doer aos ouvidos e causar repulsa. Mas eu acredito que ainda temos pessoas sensíveis aos fatos, que querem transformar a sociedade para melhor, para uma evolução que torne a vida ainda viável, para o momento e para as próximas gerações. Todas as ameaças à vida precisam ser combatidas, mas a pior de todas, são as armas de destruição em massa. Essas precisam ser combatidas pacificamente, com diálogo, maturidade, inteligência e evolução de uma civilização, se quisermos sobreviver o futuro próximo. Lutar pelo fim das agressões à vida é amá-la acima de tudo. Autor: Manoel Miguel. ARLS Colunas de São Paulo 4145 – GOSP-GOB. Or∴ de São Paulo.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 11/37 MEDITAÇÃO NA VISÃO DE UM MESTRE MAÇÔM. Ir Valter Cardoso Júnior MM da Loja Delta do Norte Florianópolis – GOB/SC Se os homens tivessem no silêncio a mesma capacidade que têm no falar, o mundo seria muito mais feliz. (Baruch Spinoza (1632/1677 – Grande racionalista do século XVII, também participante da chamada filosofia Moderna) . Estátua de Shiva, deus hindu da meditação na posição de Lótus. Manos, aproveitando um período de descanso na praia, neste mês de dezembro de 2016, comecei a notar, o quanto nos faz bem limpar a mente e, retirar de nossos pensamentos coisas desnecessárias e, me vi num momento de êxtase, sem pensar no futuro ou no passado e, conectado única e exclusivamente nas energias que emanam da natureza. Eu sinceramente, não tenho dúvidas de que naquele momento absorvi as influências desta energia magnética que advêm da natureza e, que nos faz aproximar com mais facilidade, das coisas que podemos chamar de divinas. Como bem diz nosso Ir∴ Ademar Valsechi “somos partículas do universo”, portanto influenciados sim pelo todo universal. 3 – Meditação na Visão de um Mestre Maçom Valter Cardoso Júnior
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 12/37 O que precisamos é saber medir esta energia, possibilitar a sua entrada até o nosso espírito e, aproveitar cada momento em que estivermos energizados. Confesso-lhes que o caminhar na areia da praia ou mesmo próximo dela nos permite exatamente isso, deixar que o marulhar das ondas, o canto dos pássaros (que aqui são muitos) possam penetrar dentro de nós e, aproveitarmos cada minuto deste fenômeno, que faz vibrar nossas emoções internas e nos faz atingir momentos especiais. Nestes momentos parecemos flutuar de prazer e alegrias indescritíveis que eu considero que seja exatamente um momento de MEDITAÇÃO. Lembro de ter lido certa vez, de que na tradição oriental o pensamento é exatamente constituído de passado e futuro, enquanto fazer essa meditação é viver no presente, é conectar-se exatamente naquele momento vivido, e que muitos consideram como o “viver o aqui e o agora”. Nesse sentido eu diria que Meditar é deixar com que a espiritualidade prevaleça sobre nossa matéria e elabore forças para manutenção de nosso seguimento de vida. Afinal, o nosso dia a dia neste mundo globalizado é muito orientado por nossas responsabilidades ligadas a família, ao trabalho e na própria sociedade como um todo. Ao nos ligarmos com o aqui e agora, numa meditação pura, estaremos permitando a conquista da chamada qualidade de vida tão sonhada e, que somente acontece quando conseguimos manter equilibrados nossos corpos fisico, mental e espiritual. Então, de forma simples poderia afirmar que Meditação é esta busca mental pelo silêncio profundo e, ao enxergar nossa própria luz, permitirmos deixar que nossas energias, que neste momento estão interligadas ao poder da natureza, nos tragam harmonia e paz. Esta forma de pensar, também me fez lembrar o grande filósofo, escritor, educador e pesquisador da Meditação, o indiano Jiddu Krishnamurti (1895/1986) quando disse que “A mente precisa estar vazia para ver de modo claro”, fácil então depreender de que o esvaziar a mente e, ao mesmo tempo se concentrar a algo divino e prazeroso, nos levará de forma rápida ao reconhecimento de nossa luz interior, a paz e aproximação direta com o nosso corpo espiritual. Apesar de ser um exercício milenar e, que hoje faz parte da busca de equilibro em todas as religiões ou instituições filosóficas, sua prática tem origem nas religiões e filosofias orientais e, que a partir dali penetrou em todas as culturas humanas como forma de promover bem estar e equilibro a todos os seres que a praticam. Nos dias de hoje, em pleno século XXI, cada vez mais a ciência se une as filosofias religiosas ou não, na certeza de que existem sim enormes benefícios, descobertos inclusive pela neurociência, que vem demonstrando que mesmo o cérebro adulto, ainda pode ser transformado através destas experiências. Na revista Scientific American, edição brasileira , ano 13, número 151, datada de dezembro de 2014, pude ler que: “Quando a Sociedade de Neurociência pediu a Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama (Líder do Budismo Tibetano), para discursar em sua reunião anual de Washington, D.C., em 2005, algumas centenas de membros entre os quase 35 mil participantes do evento, solicitaram a rescisão do convite. Na opinião deles, um líder religioso não se encaixava em um encontro científico. Mas esse líder em particular tinha uma pergunta provocante e no fim das contas produtiva a fazer aos presentes. “Que relação poderia
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 13/37 haver entre o budismo, uma antiga tradição filosófica e espiritual indiana, e a ciência moderna”? Verdade é, que desde esta época e mesmo antes, os cientistas em geral e, principalmente a área médica em particular, passaram a recomendar que este respirar e penetrar em si mesmo, é altamente salutar e que pode sim melhorar a qualidade de vida de qualquer ser humano. Ao citar o Budismo, bom lembrar também que seu próprio mito criacionista Sidarta Gautama, ao meditar sob uma arvore e alcançar o Nirvana concluiu que o controle excessivo, é tão ruim e ineficaz, em termos espirituais, quanto à excessiva permissividade e optou seguir um caminho intermediário entre os dois. Busquei algo a mais sobre Nirvana e encontrei que “é uma palavra do contexto Budista, que significa o estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual. O termo tem origem no sânscrito, podendo ser traduzido por “extinção” no sentido de “cessação do sofrimento”. Este caminho que ficou tão conhecido de todos nós como “O Caminho do Meio” foi o que de alguma forma permitiu ao ser humano equilibrar-se entre o bem e o mal buscando novas alternativas de prosseguimento em sua jornada Exatamente na existência deste ponto eqüidistante entre o bem e o mal que moldura nossa caminhada é que trago aqui um fragmento por demais interessante e que nos faz pensar bastante: Assim como um violão com a corda frouxa, não produz som algum e, um violão com a corda muito retesada acaba por arrebentar a corda, assim também, um ser humano somente conseguirá produzir bons frutos espirituais se conseguir manter-se eqüidistante entre o rigor excessivo e a excessiva permissividade. (Retirado do site HTTPS://pt.wikibooks.org/wiki/budismo/o caminho do meio. Interessante meus queridos IIr∴ é que desde jovem sempre fui um apaixonado por esta idéia do real poder da mente e, sempre fiz o que na época chamava de reflexão, as vezes de introspecção. Quando em reflexão, buscava um lugar calmo, silencioso, muitas vezes acompanhado de uma boa música e me concentrava, coisa que confesso até hoje é bastante difícil, pois a mente trabalha de forma constante nossos pensamentos, dificultando o que buscava que era
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 14/37 a concentração de minha própria representação, minhas idéias e facilitação do deixar que meu espírito prevalecesse sobre meus desejos físicos. Já quando buscava fazer uma introspecção, buscava rever minhas últimas atitudes e analisava-as no sentido de melhorá-las ou no mínimo não repetir as que eu considerava negativas, pois as considerava um verdadeiro retrocesso em minha existência. Hoje ao voltar a ler, pesquisar e escrever sobre meditação me veio à mente esta lembrança e, confesso que vejo tanto reflexão como introspecção como uma forma de Meditação, com certeza os grandes estudiosos destas matérias, irão argumentar que existem muitas e grandes diferenças. Que me perdoem os grandes Mestres, mas apesar de tudo isso faço-me acreditar que, buscar via reflexão, ou mesmo via introspecção, encontros íntimos comigo mesmo estarei sim, fazendo sempre a minha Meditação, almejando alcançar conexão com meu espírito e lá encontrar a minha própria essência, que considero como o sentido maior na caminha por esta proposta, que tanto me faz bem. MEDITAÇÃO NA VISÃO DE UM MESTRE MAÇOM. Como qualquer outra instituição no mundo, religiosa ou não, como é o caso de nossa Maçonaria uma entidade eminentemente laica, não negamos a influência da meditação e a força que possui nossa mente quando ativada em mecanismos de busca de paz, harmonia e aproximação com o nosso eu interior. Um dos grandes momentos do Maçom em Meditação sem dúvida alguma é quando em nosso Templo Sagrado na abertura do livro da lei, respiramos profundamente um processo de paz e energias positivas e formatamos a nossa grande Egregora Maçônica. Tenho certeza, que naquele momento passamos a estar conectados energeticamente com o mundo transcendental e, é quando o Grande Arquiteto do Universo nos mantêm amparados pelos bálsamos da grande luz. É neste momento impar que nossos cérebros parecem desenvolver um ritmo diferenciado e altamente contemplativo baseado nas riquezas geradas pelos processos ritualísticos e filosóficos de nossa instituição. Como dizem os grandes estudiosos e pesquisadores da Meditação, naquele momento em especial e, na maçonaria não é diferente, “O Meditar abre a caixa de emoções do cérebro e os praticantes dizem perder a noção de identidade e se sentem unidos ao universo”. Isso passa a nos liberar para o grande ensinamento maçônico do estudar e estudar sempre, compromisso que temos que ter de forma consciente como base de sustentação para a nossa evolução espiritual. Para Maçonaria a meditação auxilia o despertar do homem e, desde cedo o aprendiz aprende esta necessidade. No Manual do Mestre Maçom, seu autor o Ir∴ Manoel Gomes, utilizando um texto retirado da Revista Maçônica União, nos oferece este fragmento reflexivo: “Nenhum contratempo, nenhuma dificuldade, por mais graves ou poderosas que sejam- podem desencorajar o Iniciado, no caminho da perfeição que persegue. Então, animado pela consciência do objetivo perseguido e encorajado pela segurança a que o levaram a meditação e a experiência, o Iniciado não recua mais. Reafirma seu propósito, revigora suas convicções e segue avante, impávido, sereno, na disposição de novas conquistas, no sentido de aperfeiçoar-se e, assim servir melhor á Franco Maçonaria, sendo mais útil á Humanidade em geral. E gloriosos
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 15/37 são todos aqueles que chegam a ter a consciência de um sentido que tão generosamente traçaram para si próprios! Nossa Instituição trabalha sempre o homem como centro do universo e base de seus estudos com a necessidade do conhecer-se a si mesmo para então poder entender o próximo e suas diferenças. Portanto, se nossa Maçonaria ensina desde cedo, que a razão de nossa passagem terrena é a busca constante da verdade e da descoberta de nosso eu interior, que nós chamamos de realidade espiritual esta força que nos sintoniza com o Grande Arquiteto do Universo, não precisamos ir muito longe para deixar mostrada a importância da Meditação na visão Maçônica. Enquanto efetivamente entendermos o que é ser maçons e, permitimos deixar entrar em nós a realidade filosófica de nossa Instituição, nossa Meditação estará indo de encontro ao espaço interior de tranqüilidade, cuja base de sustentação harmônica cura nossas feridas e nos leva ao encontro a nossa efetiva essência. Nosso Ir∴ Claudio Pandolfo em sua prancha maçônica “O Poder do Silêncio, da Palavra e do Amor”, que tive o prazer de ler no site iblanchier3.blogspot.com/2016/10/, nos trás uma visão muito clara do que seja a Meditação nesta visão Maçônica, diz o autor: “(...) Logo além da fronteira do ruído, é possível encontrar esse lugar sereno onde podemos, com toda calma, vivenciar o centro do silêncio do qual nascem o som e a palavra. (...) No recolhimento, ele entra em si mesmo para receber a direção e a luz do centro e da essência de todos os dados espirituais, mentais e materiais que constituem sua existência, (...) O período de verdadeiro silêncio pode ser de alguns segundos, mas basta para a manifestação de uma força e de um conhecimento infinito, que podem não ser imediatamente percebidos, mas se desenvolverão de muitas maneiras. O equilibro e a harmonia do universo estão contidos no recipiente cósmico, e são vertidos no recipiente formado pelo veículo humano, o corpo da criação, e no sono e nas emissões das forças criadoras. Uma vez no recipiente humano, existe a escolha entre o uso e o abuso, e a lei opera em conseqüência”. A Maçonaria sempre primou pela liberdade de pensamento de seus seguidores, não temos pratos prontos mesmo reconhecendo que muitos deles foram trazidos por grandes mensageiros das boas novas para a humanidade. Ela procura formatar base sustentável de forma a permitir que cada um de nós maçons, tenhamos a obrigação de constantes mudanças interiores e, compromissos para conosco mesmos de realinharmos nossa existência no caminho da retidão e do amor, pois sabemos que a responsabilidade do viver bem é única e exclusivamente escolha nossa. Esta necessidade de meditar constantemente e, buscar conhecermo-nos a nós mesmos antes de tudo, é como deixou dito Sócrates: “ (...) Aprender a pensar, é aprender a conhecer, é aprender a discernir, é aprender a concatenar os pensamentos, é aprender a falar”, base ideal para o constante lapidar de nossa Pedra Bruta.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 16/37 Portanto queridos IIr∴ vamos permanecer firmes em nossos propósitos de união e busca das energias positivas que encontram-se na natureza, não vamos permitir que nossos pensamentos se dispersem, pois assim estaríamos deixando de utilizar estas benesses oferecidas por GADU. Vamos nos permitir ficar focados neste grande ideal maçônico na busca da verdade e estaremos alcançando equilíbrio para todos nós e para todos que nos rodeiam, vamos nos manter sempre firmes na elaboração de nossa Egregora enquanto unidos em nosso Templo Sagrado e, em nosso próprio templo individual, pois esta energia possui forças infinitas. Busquemos tirar o véu da letra desde grande fragmento deixado por Sri Sri Shankar, (Um indiano nascido em 1956 que foi uma conhecida criança prodígio, fundou sua ONG sem fina lucrativos “Arte de Viver”que tem auxiliado milhões de pessoas pelo mundo) quando num momento de rara felicidade e conhecimento resolveu conceituar o que era Meditação e, deixou dito: “Quando a mente se livra da agitação, se torna calma, serena e está em paz, a Meditação acontece. Ao meditar, você pode fazer do seu corpo uma potência ao gerar uma fonte interna de energia”. Manos, finalmente tomo a liberdade de deixar registrado de que a Meditação Maçônica é exatamente isto, deixar entrar dentro de nós e fazer parte de nossas ações práticas constantes o trinômio da Liberdade com Igualdade e com Fraternidade sempre.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 17/37 Ir Rogério Vaz de Oliveira MM da Loja Estrela do Sul, nr. 84 – Bagé-GOB/RS Comunicador Social e Historiador rvazbr@hotmail.com www.facebook.com/rogerio.vazdeoliveira.1 Jano, o Deus das Duas Faces. O Inicio e o Fim. Fonte: Busto de Jano — Museu do Vaticano, Roma 4 – Jano, o Deus de Duas Faces Rogério Vaz de Oliveira
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 18/37 Seja bem vindo a Janeiro! A pouco encerramos um ano, um período recheado de aprendizados, alegrias, tristezas, de ganhos e perdas. A sensação de finalizar algo é tão importante quanto começar, e com ele todos os desafios. Chegou o novo ano, onde depositaremos esperanças, sonhos e realizações; a mitologia romana possuía e venerava o Deus Jano (do latim Janus ou Ianus), o Deus das Duas Faces, era o porteiro celestial, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas. Graças a ele ganhamos o janeiro, que marca o inicio de um novo ano e a transição do passado para o futuro. A propósito, janeiro só passou a ser o primeiro mês quando o Imperador Júlio Cesar (100-44 a.C.) introduziu, em 46 a.C., o ano de 365 dias, antes era de somente 304 dias e dividido em dez meses – a contagem começava em março e terminava em dezembro. O Templo em honra a Jano permanecia com as portas principais abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. Ele presidia tudo o que se abre, era o deus tutelar de todos os começos; regia o que regressa ou que se fechava. Tornou-se, então, patrono dos exércitos. Costumava ser o primeiro deus a ser mencionado nas cerimônias religiosas. Era adorado no início da época de colheita, plantio, casamento, nascimento, e outros tipos de origens, especialmente os começos de acontecimentos importantes na vida de uma pessoa. Originalmente, uma face possuía barba e a outra não, e, às vezes, era masculino e feminino - provavelmente uma representação do sol e da lua (Janus e Jana). No entanto, é mais fácil encontrar duas faces com barba. Existem em alguns locais, representações suas com quatro faces.
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 19/37 A dualidade de Jano se apresentava quando uma das faces falava a verdade enquanto a outra mentia, confundindo assim a pessoa na hora de fazer uma escolha importante que poderia trazer grandes consequências, demonstrando claramente o seu papel como Deus das indecisões, pois representava assim aquele que acalenta e guia, protege e ama ao mesmo tempo em que é aquele que engana, que trai, que odeia e que trapaceia. Algumas tradições acreditavam que Janus também encarnava o caos, tanto exterior como interior. A dualidade sempre esteve presente no ser humano, desde o momento em que ele começou a pensar, desenvolvendo a capacidade de discernir. Os opostos têm-lhe constituído desafios para a consciência, que deve eleger o que lhe é melhor, em detrimento daquilo que lhe é pernicioso, perturbador, gerador de conflitos. É também representado com uma chave em uma das mãos, e na outra uma vara para mostrar que é o guardião das portas e que preside os caminhos. É provável que o cristianismo utilizasse a figura de Jano para apresentar São Pedro, como o Porteiro do Céu, e carregando uma chave. Outra curiosidade a respeito deste Deus Romano, eram que as suas estátuas apontavam muitas vezes com a mão direita o número trezentos, e com a esquerda o sessenta e cinco, representando o total de dias do ano. A ele se atribui a invenção dos navios e possivelmente o dinheiro, em moedas, pois as primeiras foram cunhadas com a cabeça de duas faces. Janus, portanto, é aquele se apresenta para nos mostrar que questões como bem/mal, dia/noite, fé/descrença ou qualquer coisa que seja dual na realidade são separadas apenas pelos humanos, pois a divindade é em si mesma detentora de todos os mistérios e encerra em si mesma o conceito do Um, do Todo. Janus nos permite observar os ciclos que já passaram e visualizar o que o futuro nos reserva em virtude das escolhas que já fizemos e fazemos no presente. Ele traz consigo o poder da transição de um estado para outro e traz sempre movimento a existência. Encerramos este pequeno artigo rogando ao Deus Jano que o ano que inicia seja repleto de harmonia, paz e fraternidade. Que a tolerância e a ética sejam constantes nas decisões dos nossos dirigentes.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 20/37 Ir Roman . MM da Loja Salvador Allende Lisboa - GOL Judaísmo e Maçonaria Existe desde há muito tempo uma profunda confusão que tem levado eminentes historiadores e investigadores da maçonaria a atribuírem o início da nossa Augusta Ordem ao povo de Israel, com referências directas a Salomão, a Hiram Abiff e à construção do Templo. Os judeus estão, portanto, implicitamente ligados aos fundamentos da Maçonaria Operativa e da Construção Sagrada. Pelo menos, é assim que o mito maçónico tem sido continuado e declarado até nós. Os nomes, os sinais, as letras, os graus... Mas perguntemo-nos se durante a Alta Idade Média, os Maçons Operativos de facto se identificavam com os judeus errantes, que construíam as suas comunidades aqui e ali, ao sabor das rotas de comércio que ligavam o Mediterrâneo ao Cáucaso, aos Balcãs, à Península Itálica, à França e à Península Ibérica? Meus QQ IIr, a história da Maçonaria Especulativa parece estar irrevogavelmente ligada à história do povo de Israel, como se a própria Maçonaria não tivesse outro passado que não fosse o semita. Mas a Maçonaria Operativa terá ela tido a mesma influência de raiz? Terá sido ela forjada no mesmo Mar de Bronze, onde o sol nascente inundava as planícies, os montes Golan e o Horebe na Palestina? É que construtores de catedrais e de palácios sempre houve, desde o período dos grandes impérios, do Médio Oriente à Ásia do Sul, da Ásia Central ao Sudeste Asiático. E entre estes não houve judeus. Pelo menos é assim que se pensa. Como então explicar, que de uma tradição antes verdadeiramente universal se tenha passado a um fundamentalismo cultural e a um regionalismo étnico? Eis uma questão que não encontraremos respondida nos manuais maçónicos. Os mitos emergem do inconsciente quando a cultura se encontra identificada, quando a identidade dos povos se encontra unida pela língua. Os mitos são assim, a forma de continuidade de uma nação, que se encontra pronta a ser transferida pela emigração, pela guerra ou pela conquista, sem se alterarem, participando na unidade da língua, do imaginário e da cosmologia dos povos. Isto aconteceu com os judeus. Quer a mera história como a arqueologia não revelaram até hoje um único indício de sinais maçónicos no actual espólio do Templo de Jerusalém (se é que este monumento tem alguma relação com o Templo de Salomão). Não foi encontrado um único sinal de pedreiro entre as comunidades judaicas do período clássico na Palestina, que estivesse ligado à cultura judaica, às sinagogas ou à simples construção. Este enigma adensa a interpretação do mito, tornando-o ainda mais maravilhoso e longe de toda a inteligibilidade. Meus QQ IIr, confesso-vos que este mito torna-se-me a mim pouco plausível, como outro 5 – Judaísmo e Maçonaria Roman
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 21/37 mais próximo que coloca o início da Maçonaria Especulativa no século XVII em Inglaterra; e ligá-lo ainda à intervenção de Elias Ashmole parece-me igualmente forçar as provas para as ajustar a uma obediência Anglo-saxónica. Ambos são mitos forjados pela história, pelos homens, pela força de culturas dominantes num determinado momento de afirmação nacional e de expansão; este processo, na mesma altura, passou-se com a Expansão Portuguesa no Oriente, momento em que a Inglaterra começou a assumir o domínio das rotas e do comércio. E digo isto para sublinhar a ideia de que não se pode escrever a história da Maçonaria fora do contexto social político e económico, como fora dos movimentos espirituais, porque a Maçonaria está na raiz de quase todos estes objectos do pensamento especulativo e prático. Como então interpretar a influência directa do judaísmo (entenda-se aqui como religião e filosofia) na Maçonaria Especulativa a partir do século XVII, já que na Maçonaria Operativa da Alta Idade Média é muito duvidoso? Este problema, que pertence muito mais ao âmbito da história e da epistemologia, do que de facto ao mito e à natureza iniciática, remete-nos para o momento imediatamente anterior à emergência do Cristianismo com o Imperador Constantino (272-337 d.C.). É que entre os pedreiros romanos (e romano era todo o cidadão do império), os sinais eram comuns, as pedras gravadas serviam (como nós sabemos) como prova do trabalho a ser remunerado. Portanto, Maçons Operativos haviam, pelo menos, em toda a extensão do Império Romano. É natural que encontremos hoje sobre o espólio da arquitectura romana estas marcas, desde a Península Ibéria aos Balcãs, de Marrocos à Palestina (romana, atenção!). A tradição iniciática dos Maçons Operativos remonta a um tempo em que durante as longas noites do inverno glaciar de Würm, as comunidades de caçadores e de futuros construtores de dólmens e menhires, marcavam a contagem do tempo sideral nas paredes das cavernas, nas peles dos animais que caçavam, nos ossos, nas pedras e tatuavam esse mesmo tempo como símbolos de poder e vitória, sobre a imensa escuridão do inverno glaciar com o regresso do sol. Mas esta é apenas uma interpretação plausível. Há outra, porém, que nos remete para um tempo fora da história, anterior à nossa humanidade. O tempo de uma outra humanidade. Um outro mito de que Platão fala em nome de Solon e no qual os Egípcios acreditavam. O problema do conflito e relação entre os judeus e a Maçonaria, entre judeus e sociedade, deve assim ser distinguido definitivamente entre o “antes” e o “depois”: antes de Constantino e depois da queda de Roma. É que a emergência do Cristianismo não foi uma decisão pacífica nem representou apenas um reconhecimento tácito das comunidades cristãs no espaço da península itálica e no Mediterrâneo. O Cristianismo não é homogéneo (tenta sê-lo na ética e na moral), porque nunca houve uma religião do império, mas um sincretismo — o catolicismo sincretizou-se a partir do sincretismo romano (céltico, persa, egípcio, etrusco, etc.). Esta foi a herança que a Igreja de Roma Católica e Apostólica recebeu (a cúria absorveu o senado e deu-lhe uma teologia). Como poderia então esta nova Roma renascida das cinzas, aceitar com igual valor os cidadãos judeus, que recentemente lhe tinham levantado as três guerras: durante Agripa II (66 d.C.); a guerra de Kitos (115-
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 22/37 117 d.C.); e a Revolta de Bar Kokhba (132-136 d.C.)? O conflito entre as comunidades judaicas e Roma instalou-se desde o início da expansão do império no Mediterrâneo e no Médio Oriente. Foi este conflito político e económico que a Europa pós-Constantino herdou, ao querer continuar aplicar uma Mundialização à economia judaica do Médio Oriente (hoje alargada à Globalização). Digníssimos IIr, após a queda de Roma as vias romanas que ligavam as capitais das províncias e as cidades distritais, deixaram de ter manutenção. O corte das comunicações regulares provocou aquilo que muitos historiadores chamaram de “Idade Negra” (Alta Idade Média, 476-1000 d.C.). Para onde foram os Maçons Operativos do império? Estes, certamente não eram judeus, mas conheciam muito bem os ritos egípcio, fenício (púnico) e persa. Como e quando a tradição judaica entra tão “gongoricamente” na Maçonaria? Se no início a tradição rabínica não era Operativa, e ela só depois se introduziu como Especulativa, é então a partir do séc. XVII que a capa rabínico-filosófica assume a estrutura “sindical” da maçonaria Operativa, para se afirmar na sociedade burguesa de uma Europa em expansão. A maior parte das primeiras LL surge nas cidades onde vivem grandes comunidades judaicas abastadas (Amesterdão, Londres, Antuérpia, Veneza, Florença, Roma, Tessalónica, Atenas, Istambul, etc.), e é nestas que se dá a primeira fusão entre o comércio e as artes (incluindo a arte da guerra). O judaísmo, não podendo viver livremente numa Roma imperial e numa Europa cristã apostólica e ortodoxa, procurou sobreviver através de uma estrutura construtiva da sociedade: a Maçonaria. Mas até que lá chegasse (levando aproximadamente seiscentos anos), teve de fazer o seu percurso de cultura marginal como comunidade de suporte económico e cultural à burguesia medieval emergente. Só depois, no séc. XVII é que a doutrina rabínica e a Cabála se introduzem no ritual maçónico ad vitam. Mas! E onde ficaram os maçons operativos? Devemos compreender e elucidarmo-nos sobre a verdadeira fraternidade maçónica, que abriu as portas dos seus templos para acolher os judeus perseguidos. Isso de facto aconteceu, mas desconhecemos se essa aceitação começou durante o período da Maçonaria Operativa. Seja como for, a presença rabínica e cabalística na Maçonaria só aparece como estrutura a partir do séc. XVII. Esta é uma das explicações plausíveis para a continuada quezília entre a sociedade profana e a Maçonaria. A Europa Romana Católica e Apostólica nunca perdoou que os seus Construtores abrissem a fraternidade aos judeus, e em revanche os judeus nunca aceitaram um Jesus omnipotente, filho de Deus. Mas a história dos conflitos e da relação entre Judaísmo e Maçonaria, que poderíamos escrever muito ao jeito da “História da Vida Privada”, — creio que Georges Duby se tivesse lido a nossa prancha teria, pelo menos, o deleite de idealizar um VI volume para essa mesma História — não teve início na província romana da Palestina conflituosa, como não teve começo na integração dos judeus na Maçonaria europeia do séc. XVII. Esta guerra é muito mais antiga, remontando ao período pré-clássico da Suméria, do Egipto, da Pérsia e da Índia (leia-se Bhárata).
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 23/37 Queridos IIr, por algumas vezes vos referi de forma leviana, mas como verdade factual, que antes da nossa Península Ibéria assim ser chamada, já outra bradava o mesmo nome a Oriente. Tão a Oriente que Noé não achou melhor sítio para poisar a sua arca se não nos montes da Arménia, em Ararat. Esta região designava-se Ibéria, e assim continuou a ser descrita e cartografada desde a sua formação geopolítica até ao séc. XIX! A nossa Ibéria, a dos celtas, dos lusitanos e dos serpes (o povo serpente que deu o topónimo a Serpa), só tirou o nome do primeiro quando os romanos deportaram os judeus (sefarditas) da Palestina para aqui. Este exílio forçado e profundamente dramático dos judeus para a terra de Sepharad (a “terra prometida”) teve um imenso impacto psicológico. Se judeus houve antes dos judeus palestinos, deveríamos encontra-los na Arménia, na região montanhosa da Ibéria. E aí encontramos sim judeus, mas não semitas, antes indo- europeus. Antes mesmo destes judeus terem chegado à Palestina, já outro povo lá vivia e esse...bem, esse são hoje os palestinianos. Esta resenha de factos que o tempo não permite aqui expor, com a minúcia que é exigida a um historiador, podeis vós imaginar, se a ela acrescentares o que se diz a meia voz nos corredores das academias: “a diferença entre Moisés e Akhenaton provavelmente é nenhuma”. Quer dizer, o mito construído sobre um Estado de Israel tem muito mais de sionista (e só a partir do séc. XIX e principalmente da segunda grande guerra) do que verdadeiro; o mito da Maçonaria dever ao judaísmo a sua fundação tem muito mais de sincretismo cultural e filosófico do que verdadeiro. Antes dos judeus se terem convertido ao Judaísmo (seja lá o que isso significar), já a Maçonaria existia para a construção do mundo. E ela esteve presente desde a aurora da humanidade, sem judeus e sem cristãos. Mais haverá para dizer, como podereis imaginar, mas o silêncio dirá tudo o mais que aqui não se diz. 1 Como se pode explicar o surgimento do cristianismo (quase simultaneamente) em todo o espaço do império romano? 2 Não esqueçamos que as judiarias eram guetos encravados nas cidades muralhadas, onde aos judeus era concedida a prática monetária (compra e venda de metais preciosos e câmbio), porque ao cristianismo católico era proibida. O “vil metal” era tão impuro como o pecado carnal Bibliografia - História da Vida Privada. Do Império Romano ao Ano Mil; dir. Philippe Ariés e Georges Duby (1990). Vols.- I-V. Edições Afrontamento. Lisboa. -Leia-se Schlomo Sand. The Invention of the Jewish People (2009). Verso Books. Website.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 24/37 Ir. Paulo Roberto - MI da Loja Pitágoras nr. 15 Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto Indumentária Maçônica e sua Simbologia Bem sabemos que já devemos ter abordado em alguma ocasião a temática em questão. Contudo, por se tratar, de um assunto às vezes muito discutido, eis que, uma vez mais, tentaremos prestar determinados esclarecimentos sobre algumas dúvidas que no íntimo todos temos, a respeito da vestimenta adequada à realização de uma sessão maçônica. E, que, como não poderia deixar de ser, em uma primeira análise, a quem interessar possa, trataremos sobre o “Avental Maçônico”, seu histórico, etc. Podemos afirmar que o “Avental” é a peça mais importante do traje maçônico, sendo absolutamente necessário usá-lo, para a admissão do obreiro às sessões em Loja. Assim sendo, considera-se que o maçom “se traja” quando coloca seu “Avental” por cima da roupa comum (traje social, sapatos, meias, todos na cor preta e gravata na cor exigida pelo Rito praticado ou do balandrau, também preto e talar), porque fica, a partir desse momento, habilitado à desenvoltura de seus trabalhos como maçom. No passado era usado para proteger o corpo em determinados trabalhos e a Maçonaria também o adotou com essa significação, tal como se pode verificar, se acessarmos algumas gravuras de aventais manufaturados em pele de animal no século XVIII. Já, o “Avental” de agora, é retangular, sendo encimado por uma abeta triangular, que no grau de Aprendiz Maçom, fica sempre levantada, simbolizando a defesa do epigastro daquele que se emprega no desbaste da pedra bruta. O epigastro, deve-se dizer que é o centro dos “sentimentos” e das “emoções”, que devem ser refreados, para que seja conquistada a serenidade tão aguardada do espírito, visando constituir o apanágio do verdadeiro iniciado. Os aventais dos dois primeiros graus são brancos, desprovidos de qualquer outro item, diferenciando-se apenas pelo posicionamento da abeta. Enquanto no grau iniciático, esta se acha 6 – Indumentária Maçônica e sua Simbologia Paulo Roberto
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 25/37 levantada, no próximo, ela deverá permanecer em sua posição normal. Ainda citando reminiscências, ambos os aventais eram confeccionados com pele de carneiro. Segundo Plantagenet, “o Companheiro Maçom mantém abaixada a abeta de seu avental porque seu trabalho, sendo menos árduo que o do Aprendiz Maçom, não necessita de tanta proteção”. Aldo Lavagnini (Magister), autor de livros maçônicos no século passado, nos deixou o seguinte comentário: “A participação na Grande Obra, de uma maneira diferente da do Aprendiz Maçom, leva consigo a necessidade de colocar-se de maneira diferente a indumentária de trabalho, representada pelo avental; a abeta triangular, levantada no primeiro grau, deve agora dobrar-se, dirigindo sua ponta para baixo. Enquanto o Aprendiz Maçom, por ser ainda inexperiente em sua obra de desbastar a pedra bruta de seu próprio caráter e do domínio de suas paixões, tem a necessidade de cobrir-se e proteger-se também na região epigástrica (que se considera como a base dos instintos animais), esta condição desaparece para o obreiro, que se tornou melhor no seu trabalho e, que havendo aprendido a dominar-se, pode descobrir sem perigo essa região”. Outrossim, em conformidade com Walter Leslie Wilmshurst, um outro escritor do século XX, “o Aprendiz Maçom usa o avental com a abeta levantada, de sorte que forme uma figura de cinco ângulos, símbolo do homem quíntuplo. O triângulo formado pela abeta está sobre o retângulo, significando que, naquela etapa, a tríade superior planeja sobre o quaternário inferior, que, apenas, lhe serve de instrumento. Mas no segundo grau, deixa-se pender a abeta para demonstrar que a alma já está no corpo e que por intermédio deste passa a agir”. Chegando-se ao avental de Mestre Maçom, vê-se que esse é branco, orlado de azul, tendo a abeta em sua posição normal, também orlada da mesma coloração, e, ao centro, assim como nos ângulos inferiores do retângulo, uma roseta azul em cada um. É forrado de preto, para em alguns casos, ser utilizado às avessas (vide cerimônias fúnebres mais antigas). É bom que se chame a atenção, que o avental em discussão possui um diferencial, inclusive de cores, conforme o Rito praticado, assim como, a Potência Maçônica, na qual o mesmo é exercido. O escritor Jules Boucher cita a Convenção de Lausanne, que, em uma reunião havida em 15 de setembro de 1875, codificou as insígnias maçônicas, para o Rito Escocês Antigo e Aceito, da seguinte maneira:  Para o Aprendiz Maçom, o avental deve ser confeccionado em pele branca e usado por este, com a abeta levantada;  Para o Companheiro Maçom, o avental é o mesmo do Aprendiz Maçom, contudo com a abeta em seu estado normal (descida). Pode ser forrado e bordado de vermelho;  Para o Mestre Maçom, o avental é forrado de vermelho, havendo em seu meio as letras M. B. também em vermelho.  O Mestre Instalado usa o mesmo avental do Mestre Maçom, sendo as rosetas substituídas por três Tau (T) invertidos, sendo acrescentadas duas fitas com franjas de prata. Sendo no Rito de York debruado em ouro.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 26/37 Citando Oswald Wirth, podemos lembrar que “nenhum grafismo é tão espontâneo como o Tau arcaico, dos fenícios X ou +. O nome semítico desta letra do alfabeto significa marca, selo, signo gráfico por excelência. Não fazem mais que três mil anos que tomou o valor de T e somente se identificou com um instrumento de suplício no momento da expansão do cristianismo. Atualmente evoca uma ideia de morte, o que é absolutamente arbitrário e está em flagrante contradição com os fundamentos racionais da ideografia (representação direta do sentido das palavras por sinais gráficos)”. Vários escritores sobre Maçonaria procuram até a presente data, a origem do avental na folha de parreira. Esses, reportam-se à Bíblia dos Hebreus (Gênesis, Cap. 3, v 21), que diz: “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu”. Como o avental maçônico deveria ser manufaturado em pele de carneiro, pretendem encontrar nesse item a origem do material, bem como do uso do essencial emblema de trabalho maçônico. A propósito, diz Walter Leslie Wilmshurst: “... a pele do cordeiro é, antes de mais nada, o símbolo da pureza, mas também significa a brancura da alma não evoluída ou o chamamento em teosofia corpo causal, que, segundo progride o ego, este vai adquirindo cores brilhantes, correspondentes às suas novas vibrações”. DALBUS, F. (pseudônimo de F. Portal) em seu Tratado sobre as cores simbólicas, diz, que, “o branco, símbolo da divindade e do sacerdócio, representa a sabedoria divina; quando aplicado a uma jovem virgem, denota virgindade; a uma pessoa acusada, inocência; e a um juiz, justiça”. E acrescenta que “como signo característico da pureza, é uma promessa de esperança depois da morte”, o que é bastante apropriado, ao emprego que dele se faz na Maçonaria. O avental puro e imaculado de pele de cordeiro representa, portanto, na Maçonaria, a limpeza do corpo e a pureza da alma imprescindíveis para a participação nos sagrados mistérios. Mas não resta a menor dúvida que seu uso vem de muito longe. Na Pérsia, quando acontecia o Ato da Investidura, era entregue o avental em cor branca; os japoneses vestiam-no prendendo-o na cintura; os fariseus davam-no aos noviços do Grau de Santidade, como simbologia da pureza que esses possuíam; os antigos budistas também o envergavam durante as suas cerimônias religiosas; e, os essênios obrigavam-se a trazer um avental em torno dos rins, quando se banhavam. De início, os maçons especulativos usaram a pele branca do cordeiro como avental para os três primeiros graus; posteriormente, foram aparecendo diversos aventais, até com várias estampas, razão pela qual foi procedida a sua personalização, na Inglaterra, em 1813, sendo posteriormente prescritos nas Constituições de 1815. Autores maçônicos, tais como Jules Boucher e Charles Webster Leadbeater, chegaram a se interessar pelo uso e comparação dos aventais usados pela maçonaria com a indumentária utilizada pelos antigos egípcios. Albert Gallatin Mackey, citando os sacerdotes israelitas, esclareceu: “... sempre vestem o seu ‘abnet’, ou avental de linho ou cinta, como parte da investidura do sacerdócio”. E, ainda acrescenta: “Nos Mistérios Persas de Mitra, o candidato, tendo recebido primeiro a luz, é revestido com uma cinta, uma coroa ou uma mitra, uma túnica de cor púrpura e, finalmente, um avental branco”.
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 27/37 Em conformidade com um sem números de rituais, o modelo do avental maçônico é o de um triângulo sobreposto em um retângulo. O significado dessa abeta (triângulo), simboliza o espírito ou os três princípios superiores, enquanto que o quadrilátero ou quaternário relaciona-se com os inferiores. Pode-se dizer que cada princípio está diretamente relacionado com um plano, um ciclo evolutivo, e até mesmo, com uma raça. Assim sendo, a tríade espiritualizada segundo São Paulo, corresponde ao corpo etéreo, enquanto o quaternário relaciona-se com o corpo físico. Podemos lembrar ainda, que o ternário, que é considerado a parte imortalizada do homem, contém, potencialmente, todos os poderes da Divindade, que, para se desenvolver, deve passar pela Matéria, ou seja, o triângulo deve estar inscrito no quadrilongo, o que é dignamente representado na Maçonaria por intermédio do grau de Aprendiz Maçom, que está simbolizado na maneira de usar o avental com a abeta do mesmo levantada. Infelizmente, o lado espiritual na maioria das vezes fica subordinado ao material; as paixões e demais desejos terrenos praticamente são proprietários e senhores do homem, entretanto ao Iniciando, ensinamo-lhe para que sempre tente dominar suas tendências materiais. Fazendo parte dessa apendizagem, um tanto mais tarde, quando no grau de Companheiro Maçom, o qual deverá ser simbolizado pela maneira do uso do avental; agora, com a abeta em sua posição considerada normal (descida), lembrando, portanto nesse momento, que a matéria passou ao domínio do espírito. O maçonólogo Nicola Aslan no século passado discorreu longamente sobre o assunto em epígrafe. Tratando de sua regulamentação, lembrou: “Até a sua regulamentação pela Grande Loja Unida da Inglaterra, os aventais da Maçonaria Inglêsa assumiram os mais variados aspectos e formatos. Eram consideradas simples peles desajustadas de cordeiros. Em princípio, os aventais sofreram uma constante evolução, principalmente, nos países que adotaram a Instituição Maçônica. Já, no final do século XVIII, fazia parte da moda enfeitar os aventais com pinturas e bordados à mão, o que de bom grado reproduzia a riqueza considerada emblemática da Maçonaria. A fantasia e a imaginação dos pintores fizeram de alguns desses aventais verdadeiras obras de arte. Existem até aventais que atingiram a celebridade, podemos citar o exemplo, do avental da ‘Loja Moira’ (na época (1813), o Conde de Moira era o Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, que unindo-se com a Grande Loja Escocesa, com a Grande Loja da Irlanda, mais a Loja de York, deram origem a Grande Loja Unida da Inglaterra – GLUI) confeccionado pelo pintor Hopkins H. Hobday Horsley e que o ‘Freemason’s Guide and Compendium’ o reproduz em uma de suas lâminas. De não menos importância e célebre, é o avental com que o Marquês de La Fayette (Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier) presentou a George Washington e, que foi bordado, pela própria Marquesa de La Fayette. Nesse avental se veem um Compasso e um
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 28/37 Esquadro entrelaçados, uma Corda com três Laços de Amor e outros símbolos maçônicos. Não menos importante e rico em pintura e simbolismo é o avental que se diz ter sido encontrado no estômago de um bacalhau comprado no mercado de Glascow e reproduzido em ‘History and Evolution of Freemasonry’ ”. Avental usado por George Washington Dando continuidade ao exposto, “os aventais primitivos, simples peles desalinhadas de cordeiro, sem qualquer ornamento, eram seguros pelo pescoço através de uma tira de couro ou por um cadarço. Quando esses tipos arcaicos de prendedores foram substituídos por fitas e que o avental deixou de ser uma grosseira pele de cordeiro, surgiram primeiro, os Níveis, isto é, os Taus ( T ) invertidos, em torno de 1800, após as rosetas, aproximadamente no ano de 1815, e, finalmente, as franjas, no período compreendido entre os anos de 1827 e 1841. Bernard E. Jones em sua publicação ‘Freemasons Guide and Compendium’, praticamente afirma que são desconhecidas as origens das rosetas colocadas no avental maçônico, realmente não se sabe como as rosetas vieram ser acrescentadas, entretanto uma provável sugestão é que foram utilizadas para discernir os graus maçônicos dos maçons. Já, o amor à ornamentação foi possivelmente um outro fator. Contrariamente a quanto foi abundantemente escrito sobre o assunto, torna-se dificultoso observar com algum significado simbólico pode ter sido a elas ligado, no que diz respeito à sua origem. Contudo, John T. Lawrence, cuidadosamente vê que as rosetas podem representar o símbolo maçônico inglês da colocação de um ponto dentro de um círculo. Mas, na maioria das interpretações, as rosetas surgiram completamente ligadas ao símbolo representado pelo sol”. Aldo Lavagnini (Magister) lembrou as palavras contidas em um ritual: “Recebei este avental, tido como distintivo do Maçom, mais honroso e digno que todas as condecorações atribuídas pelo homem para o homem, porque simboliza o trabalho, que é considerado o primeiro dever do homem e a fonte de todos os bens, e, o que de fato, dá o direito a sentar-se entre os irmãos e sem o qual, nunca deverá ingressar em uma Loja Maçônica”. Continuando o pensamento em questão Walter Leslie Wilmshurst assim se refere ao assunto: “Lembrai-vos de que usais o avental, inicialmente com a abeta levantada, oferecendo assim uma insígnia de cinco ângulos, indicando os cinco sentidos existentes através dos quais entramos em relação direta com o mundo material que circunda nossos cinco pontos de fidelidade ou perfeição, mas indicando também pela porção triangular encimada, em conjunção com a porção quadrangular inferior, que a natureza do homem é uma dualidade tanto de alma quanto de corpo. O trilateral emblema, no alto, adicionado ao quadrilateral outro emblema, formam ambos o sete, que é considerado o número perfeito, pois assim está escrito em uma das antigas doutrinas hebraicas, às quais a Maçonaria em si, está intimamente ligada: Deus abençoou e amou o número sete mais do que todas as coisas sob o seu reinado, pelo que significa que o homem, o sétuplo ser, é a mais dileta criatura por Ele idealizada. Daí também, a explicação de que uma Loja Maçônica, para ser justa e perfeita, requeira sete irmãos exercendo os principais cargos.”
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 29/37 Sobre o assunto Serge Hutin explica: “Da mesma forma que o militar uniformizado não é mais um cidadão comum, o maçom paramentado com o avental não é mais, em princípio, o homem que ele representa no mundo profano. O porte do avental, vestimenta até rude de construtores, indica a participação na ‘Grande Obra da Maçonaria’. O avental é elaborado de pele branca, sem nenhum tipo de ornamento, para o Aprendiz e para o Companheiro Maçom. Enquanto o de Mestre Maçom, deve ser confeccionado em cetim, sendo diferenciado de acordo com o Rito e a Potência Maçônica onde são empregues”. Plantagenet, vai mais longe, quando se refere uma vez mais ao avental e às luvas, atribuindo a seguinte interpretação: “É assim que, se, mesmo antes de poder franquear a porta do Templo, o Aprendiz Maçom é revestido do avental de pele de carneiro, que é a verdadeira insígnia de seu grau, serve também para lhe lembrar que o trabalho é o objeto exclusivo das reuniões maçônicas, ao mesmo tempo que é o dever primordial do Maçom e a função essencial do homem na sociedade; para tanto, lembro que a vida não é nada, que a morte também não é nada, e que só o trabalho fecundo as une e enobrece uma à outra. O avental, contudo, tem sua história e seu simbolismo. Diz-se inclusive que ele lembra a túnica de pele que a legenda bíblica reveste Adão e Eva quando se viram obrigados a sair do Éden, sendo destinados à simples procriação. E, isto, não é o símbolo fundamental do esforço permanente, que em muito caracteriza e resume a vida da humanidade? Tu parirás com dor, dizem as Sagradas Escrituras, e tal é o nosso implacável destino. Mas a dor não pode ser considerada uma maldição para o homem, deve até ser entendida como a causa geradora de sua felicidade; aquele que penetrar o mistério das duas colunas, disso, não deverá duvidar! Deverá saber também, que o trabalho não é um castigo senão quando prossegue com finalidades pessoais, interesseiras, egoístas e mesmo vis. Em si, para que seja uma fonte inesgotável de alegria, é necessário que seja amado por si próprio, e que não seja uma função única de móveis espiritualmente degradantes, sendo devido a isso que o avental é branco, imaculado e puro. Conservando-o assim, cada qual pode no seu plano, realizar a busca pela almejada perfeição, à qual, no íntimo, aspira todo aquele que foi iniciado. Essa ideia se encontra, em potencial, na lenda persa que nos relata as lutas empreendidas contra o tirano Dhchao (Zohac) os obreiros construtores conduzidos pelo ferreiro Kaweh, cujo avental foi usado como o estandarte que os levou à vitória”. Oswald Wirth discorre longamente sobre o assunto até então evidenciado, dizendo: “Desde que o neófito recebeu a luz, avança em direção ao Oriente executando os três passos do Aprendiz Maçom. Renovando em seguida o seu juramento e recebendo o avental; indumentária, símbolo vivo do trabalho maçônico a ser encetado, lhe permitindo participar da ‘Grande Obra da Maçonaria’. Agora, já revestido com essa insígnia, é consagrado Aprendiz Maçom por três golpes aplicados pelo primeiro malhete da Oficina sobre a sua cabeça e suas duas espáduas. É até bem provável que primordialmente se abstivessem a esse único movimento ternário, triplificado atualmente sobre a lâmina de uma espada flamejante, cuja adequação de seu uso se reporta à cavalaria. Visto, portanto, como uma marca de dignidade, o avental paramenta o Maçom mais honrosamente do que as distinções profanas, mesmo as mais elevadas. As insígnias da ‘Ordem do Tosão de Ouro’ e da ‘Jarreteira’ não são senão, simples mesquinharias perto do humilde farrapo de pele branca que distingue o Maçom de seus demais. Não existe nesse fato a vaidade do artesão orgulhoso de sua profissão, porque nada poderia ser mais glorioso sobre a Terra que o porte do nobre avental, insígnia viva de participação na ‘Grande Obra’. Certas
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 30/37 escolas colocam a criatura saindo das mãos de Deus no estado angelical, virtuosa, onisciente e isenta de todas as misérias humanas. É quando lembramos que o pecado original nos teria feito declinar dessa felicidade terrena. A essa concepção sacerdotal se opõe o idealismo das religiões tidas como construtoras. O obreiro, para quem o trabalho deve ser considerado sagrado, pode e deve até admitir que é um descendente do céu, mas, em seu digno senso de interpretação, isso jamais será para sofrer qualquer tipo de punição. Se vê engajado em uma Oficina, onde vai aprender e depois exercer uma arte. De algum modo, ele vai se tornar um agente; da passividade meio consciente, vai passar à plena consciência de uma atividade voluntária. E, assim sendo, um glorioso destino o espera: o de participar da obra divina para então se eternizar através do trabalho meritório do qual bem sabemos que os preguiçosos tem verdadeira ojeriza. O avental deve ser considerado um ornamento cultual, torna-se indispensável estar trajado maçonicamente, da mesma forma que é necessário estar incorporado na espécie humana, para poder participar dos trabalhos terrestres. Entre as espécies que se movimentam sobre a superfície do globo, temos o direito de nos sentir orgulhosos de estarmos encarnados em uma forma de hominídeo. O maçom deve muito particularmente apreciar a nobreza que o porte do avental implica; mas quem é nobre deve agir com nobreza, sobretudo de caráter; logo, o avental não deve em hipótese alguma ser cingido com indiferença, lembrando, sempre, ao seu portador suas obrigações de iniciado. Todavia, o maçom jamais deixará de estar inclinado às fraquezas humanas, faltando-lhe frequentemente instrução iniciática e, fazendo com que o mesmo, em quase nada seja sabedor sobre o real alcance dos símbolos. O uso, entretanto, lhe impede de entrar em Loja sem estar devidamente paramentado, o que afirma sua renúncia, mesmo que momentânea, aos hábitos profanos. Bem se sabe, do populismo, que ‘o hábito não faz o monge’ e o avental não é suficiente para disciplinar o maçom; se o militar uniformizado não é mais o simples cidadão que era como civil, o maçom paramentado, já não é mais, o que representava no mundo profano. Observai-o atentamente tomando a atitude prescrita para estar em Loja; quando, então, deverá exprimir sua opinião com a devida calma, em termos mensuráveis, calculados, com vistas a não ferir quem quer que seja, mesmo quando for provocado a alterar-se na defesa de ideias que lhe forem concisas. Como ornamento religioso, o avental não deve ser usado com leviandade, apesar que nada se encontra dizendo que, antes de colocá-lo, se deva invocar o ‘Grande Arquiteto do Universo’, mas se recomenda um exame de consciência ao maçom escrupuloso, porque, diante de um irmão que lhe inspira animosidade, não deveria se permitir o uso do avental. Isso se diz e se faz pela prática maçônica, pois não se deve ingressar em Loja senão levantando sentimentos purificados, fraternais; enfim, sem qualquer tipo de restrição. Do que precede, resulta que, falando restritamente, um maçom sem avental não é concebível. A expressão entretanto, se faz de largo uso, para designar um homem que possui o comportamento de um maçom, sem tampouco, ter sido iniciado nos ‘Augustos Mistérios’. Logo, não se trata então, da insígnia que se usa em Loja, mas do ‘Avental Iniciático Real’ ”. Ars longa, vita brevis “ A arte é eterna, a vida é breve”
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 31/37 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 32/37 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá Auto Controle “Há cinco passos essenciais para o controle emocional: 1.Ter consciência do surgimento da emoção que pode nos levar a irritação ou raiva; 2. Reconhecer que somos criadores de nossas emoções e não alguém ou alguma coisa; 3. Aceitar plenamente a presença da emoção sem resistir; 4. Desprender-se da emoção, deixar que ela se dissolva e perca o poder; 5. Voltar a atenção para o centro de nós mesmos, onde a paz e força interior residem.” Brahma Kumaris Meditações, Palestras e Artigos clique aqui Conheça também: Editora BK | Outras mensagens Para indicar o recebimento dessas mensagens a um colega, favor sugerir que acesse www.bkumaris.org.br/cadastro A Organização Brahma Kumaris respeita sua privacidade. Caso você não deseje mais receber as mensagens, clique na expressão “remova aqui”, abaixo. Elas podem estar sendo enviadas diretamente por nós (remetente mensagens@bkumaris.org.br) ou reenviada por terceiros; no nosso caso, garantimos a descontinuidade no recebimento. José Aparecido dos Santos TIM: 044-9846-3552 E-mail: aparecido14@gmail.com Visite nosso site: www.ourolux.com.br "Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 33/37 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 3 de janeiro: Abóboda de Aço A espada faz parte dos objetos usados pelos maçons, constituindo-se em símbolo que contém vários significados, como a justiça, a força e a proteção. É formada, manejando os maçons que ocupam a câmara do meio, a sua espada, erguendo-se sobre a cabeça do irmão que lhes está â frente, cruzando com sua espada, pelas pontas, formando, assim, um túnel, sob o qual adentram ao Templo as Dignidades. O maçom que adentra no Templo, sob a Abóboda de Aço, recebe vibrações tão intensas que se fortalece e obtém proteção por muito Tempo. As espadas juntadas pelas pontas ao centro do círculo atraem, por meio da força do aço, toda a energia mística, como se fora um imã a recolher as influências cósmicas. Quando o maçom sentir-se frágil, feche os olhos e atrai a si essa abóbada e passe por ela, invocando a força do aço e sentirá de imediato a energia que está lhe fazendo falta. Assim pensando, transforma-se o maçom em dignitário e, nessa condição, as benesses lhe serão mais valiosas. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 22.
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 34/37 Uma rua de Alcântara (MA) calçada com paralelepípedos pretos e brancos, parecendo mosaico. Descobriu-se que o mandante deste inusitado calçamento, do Sec. XIX, era irmão e residente daquela rua
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 35/37 (pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos) (fontes: Google) 1 – Qual a sua cor para 2017? Faça o teste e descubra! 2 – TESTE: O que você sabe de História Antiga e Medieval? 3 – 10 Animais que estão entre os mais lentos do mundo! 4 – As cachoeiras mais belas do mundo: As 15 Cachoeiras Mais Bonitas do Mundo! Exibir Conteúdo 5 – Castilha... Castilla-La-Mancha-Toledo-Patios.pps 6 – A belíssima Montmartre (Paris) https://www.airbnb.com.br/locations/paris/montmartre 7 - Filme do dia: “Napoleão” – (suspense e história) A última batalha do Imperador - Conta a história do general Napoleão Bonaparte, que após sua última derrota foi detido pelos ingleses quando tentava fugir para a América. O filme relata sua vida no exílio, na Ilha de Santa Helena, no oceano atlântico e revela uma possível teoria da conspiração na qual N não teria morrido no exílio, mas teria sim armado sua fuga da ilha indo terminar sua vida na América. https://www.youtube.com/watch?v=rBBabptWXrA
  • 36. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 36/37 Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481 MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737 Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182 Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas raimundoaugusto.corado@gmail.com A INSEGURANÇA Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 17 de abril de 2014. O pais está inseguro; Impune, descontrolado; Educação em apuro; Penalmente defasado. Tem um ECA sem suporte; Sem estrutura, sem amparo; Estamos ao leu da sorte; Infratores nos dominaram. O Estado é negligente; Mantém politica indecente; Dando azo à violência. É critica a situação; Perdeu-se o amor à nação; Falida está a decência.
  • 37. JB News – Informativo nr. 2.287– Florianópolis (SC), terça-feira, 3 de janeiro de 2017 Pág. 37/37