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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.255 – Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrVidigal de Andrade Vieira – A Voz do Silêncio
Bloco 3-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Tributo Póstumo à Francisco Cândido Xavier
Bloco 4-IrAnestor Porfírio da Silva – Maçonaria, Superstições e Fé
Bloco 5-IrPaulo Ferreira da Cunha – Em Demanda de Aristóteles e da sua Filosofia do Homem
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Tomás S. Araújo (Rio de Janeiro)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 2 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Franklin dos Santos Moura (Vila Velha – ES)
JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 2/28
2 de dezembro
 1512 — As pinturas de Michelangelo no teto da Capela Sistina são exibidas ao público pela primeira vez.
 1604 — O autor teatral inglês William Shakespeare apresenta pela primeira vez ao público uma de suas
tragédias: Otelo.
 1804 — Coroação de Napoleão Bonaparte, o imperador de França e sua mulher Josefina de Beauharnais, a
imperatriz, na presença do Papa Pio VII, na Catedral de Notre-Dame.
 1805 — Batalha de Austerlitz - Napoleão Bonaparte aniquila as tropas austro-russas na que é considerada por
muitos como a maior vitória da sua carreira militar.
 1823 — Proclamada a Doutrina Monroe.
 1825 — Nascimento do filho de Pedro I do Brasil, mais tarde o Imperador Pedro II do Brasil.
 1837 — Criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
 1851
 Luís Bonaparte baixa decreto declarando a dissolução da Assembléia Legislativa e restabelecendo o sufrágio
universal.
 Victor Hugo se exila.
 1852 — Luís Bonaparte se auto-intitula Napoleão III de França e proclama o Segundo Império Francês.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 337 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 29 dias para terminar este ano bissexto
Dia Nacional de Relações Públicas, dia do Astrônomo e dia do Samba
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 3/28
 1860 — Abraham Lincoln é eleito presidente dos Estados Unidos.
 1870 — Estreia no Brasil, em homenagem ao aniversário de Dom Pedro II, no Teatro Lyrico Fluminense, a ópera
de Carlos Gomes O Guarani.
 1880 — Promulgada uma nova constituição em Honduras, que moderniza a questão política do país.
 1894 — Émile Roux anuncia em Paris a descoberta da vacina contra a difteria.
 1901 — O americano King Camp Gillette patenteia um aparelho de barbear de lâminas descartáveis. É o início
da Gillette Safety Razor Company.
 1903 — O Conselho Municipal do distrito do Panamá declara sua independência da Colômbia com apoio
de Estados Unidos.
 1912 — Tropas do governo do Paraná combatem sertanejos do Contestado, região no Sul do país disputada pelo
Paraná e por Santa Catarina.
 1918 — A Armênia separa-se do Império Otomano.
 1927 — É vendido o primeiro Ford A.
 1936 — O ditador fascista Benito Mussolini proclama a formação do Eixo Roma-Berlim.
 1937 — Getúlio Vargas extingue, através do Decreto nº 37, todos os partidos políticos.
 1942 — Em Chicago, o físico italiano Enrico Fermi consegue a fissão do átomo.
 1944 — Inaugurada no Rio de Janeiro, pelo jornalista Roberto Marinho, a Rádio Globo.
 1945
 É inaugurado em Pedras Rubras o aeroporto internacional do Porto.
 Realização no Brasil de eleições para Presidente da República, Conselho Federal e Câmara dos Deputados.
 Eurico Gaspar Dutra é eleito por voto popular presidente do Brasil. O PSD tem maioria na Constituinte.
 1947 — Iniciado o trabalho de tradução da Bíblia para uso das Testemunhas de Jeová.
 1950 — Dois porto-riquenhos tentam assassinar o presidente norte-americano Harry Truman. O atentado falha e
um dos criminosos é morto.
 1952 — Carlos Ibáñez del Campo é eleito presidente do Chile.
 1953
 Retomada das relações diplomáticas entre o Irã e a Grã-Bretanha.
 Emancipação política do município de Uiraúna, Paraíba, Brasil.
 1954
 O Senado americano condena o senador Joseph McCarthy por má conduta durante as investigações e caça a
suspeitos de comunismo.
 A União Soviética anuncia ajuda militar aos países comunistas.
 Início dos conflitos armados na Argélia contra a colonização francesa no país.
 1956 — Fidel Castro desembarca em Cuba liderando 72 homens. Atacados pelas forças do
ditador Batista apenas 12 sobrevivem.
 1960 — John F. Kennedy vence Richard Nixon nas eleições presidenciais norte-americanas.
 1961
 Início dos combates entre as forças do Vietnã do Sul e os guerrilheiros Vietcongs.
 Em Argel, uma manifestação pelo aniversário dos sete anos de rebelião contra as forças francesas resulta em
77 mortes.
 Adolf Eichmann recebe sentença de morte do tribunal israelense - a única pena de morte civil levada a cabo
naquele país.
 1962 — A URSS lança a primeira nave espacial com destino a Marte.
 1963 — No Vietnã do Sul, o presidente Ngo Dinh Diem e seu irmão Ngo Dinh Nhu são assassinados em um golpe
militar.
 1964
 O Muro de Berlim, construído em 1961, é aberto para a passagem de pessoas acima de 65 anos.
 O Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa é destruído por um incêndio.
 1967 — Omar Bongo é o segundo presidente do Gabão.
 1968 — Nixon nomeia Henry Kissinger conselheiro da Segurança Nacional dos Estados Unidos.
 1969 — O Boeing 747 realiza seu voo inaugural com 191 pessoas a bordo, a maioria jornalistas e fotógrafos.
 1970 — Dom Paulo Evaristo Arns assume a arquidiocese de São Paulo.
 1971
 O presidente Médici torna a Educação Física matéria obrigatória em todas as escolas.
 Seis sheikh's no Golfo Pérsico fundam os Emirados Árabes Unidos.
 1972 — O Partido dos Trabalhadores ganha a primeira eleição na Austrália desde 1949. Gough Whitlam torna-se
primeiro-ministro.
 1974 — A nave Pioneer 11 chega em Júpiter.
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 1979
 O presidente João Figueiredo regulamenta a Lei de Anistia.
 A população iraniana vota a favor de uma nova Constituição e dá poderes absolutos ao Aiatolá Khomeini.
 1988 — Benazir Bhutto toma posse como primeira-ministra do Paquistão para seu primeiro mandato. É a primeira
mulher a ocupar este cargo em um estado muçulmanomoderno.
 1990
 Realizada a primeira eleição após a unificação da Alemanha.
 O ônibus espacial Columbia é finalmente lançado, na missão STS-35, após quase sete meses de atraso.
 1992 — Retorna à Terra a nave norte-americana Columbia com seis astronautas.
 1993 — Entra em vigor o Tratado de Maastricht, que estabelece união monetária, econômica e política da Europa.
 1994
 O governo australiano concorda em compensar financeiramente os aborígenes australianos que foram
recolocados durante os testes nucleares em Maralinga, durante os anos 50 e 60.
 A polícia militar descobre uma gigantesca plantação de maconha, com 500 mil pés espalhados por ilhas no rio
São Francisco.
 No Rio de Janeiro, o General Roberto Câmara Sena é designado para comandar a ação militar contra o
tráfico de drogas e armas.
 1995 — O Congresso Nacional Africano (CNA), partido do presidente Nelson Mandela, vence com 58% dos votos
as primeiras eleições municipais multirraciais da África do Sul.
 1997 — O presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, desativado em 1993, virou um dos maiores centros de
pesquisa ambiental da América Latina.
 1998 — A Autoridade Palestina é ameaçada por extremistas islâmicos depois de prender ativistas do
grupo Hamas.
 2001 — Último voo da companhia aérea TWA com o pouso de seu MD-80 em Saint Louis.
 2007
 Governo Federal anuncia o início das transmissões da Televisão digital no Brasil.
 Extinção da emissora de televisão TVE Brasil.
 2015 — O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceita o pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
1882 Fundada no sul da Província de Santa Catarina a colônia Grão-Pará, tendo a dirigi-la Joaquim
Caetano Pinto Júnior.
1883 Nasce, em Lages, Octacílio Vieira da Costa. Político, foi deputado federal e estudioso da história
lageana. Um dos principais distritos de Lages levou o seu nome.
1889 Assume o governo de Santa Catarina o tenente Lauro Muller.
1906 Tem início os trabalhos de construção da Estrada de Ferro Santa Catarina, partindo de Blumenau em
direção às vertentes do Rio Itajaí-Açú. A obra foi contratada pela firma Arthur Kopper & Cia., da
Alemanha.
1956 Criação do município de Vidal Ramos, desmembrado de Brusque.
1735 A prefeitura de Cork, condado da Irlanda, concede alvará à Sociedade dos Francos Maçons para uma
Grande Loja da Província de Munst.
1819 Hippolyto da Costa, Patrono da Imprensa Brasileira, é proclamado Membro Honorário do Supremo
Conselho de França.
1964 Fundação do Grande Oriente Estadual de Pernambuco, federado ao GOB.
1997 Fundação da Loja “Fraternidade e Justiça” nr. 70 (GLSC) ao Oriente de Blumenau.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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Rua Geral dos Ingleses, nr. 6040 (Estacionamento próprio)
Venerável Mestre!
De Irmão para Irmão
As publicidades veiculadas nas edições do JB News são cortesia deste informativo,
como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais.
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O Ir Vidigal de Andrade Vieira* é
Psicólogo em Carangola – MG e
Membro Correspondente da
Loja Brazileira de Estudos e Pesquisas
De Juiz de Fora - MG
A Voz do Silêncio
“O Ser Humano carrega consigo um registro perverso que, muitas vezes, o impede de
avançar na sua trajetória pessoal. É a terrível ‘compulsão’ de reclamar e de se culpar ou de buscar
culpados como forma de expiar comportamentos considerados inadequados por um contexto
sociocultural. Ao pensar, e agir, desta forma, ficamos presos ao lodo do fundo do poço,
incessantemente ‘cavucando’ no mesmo lugar e afundando cada vez mais nos nossos sentimentos
de culpa. Este comportamento impossibilita olhar para frente e para o alto, e nos incapacita de
sermos positivos e operantes em nossas próprias escolhas de Vida, pois ficamos à mercê dos
determinismos existenciais, das vontades dos outros, das vicissitudes e de acasos externos, todos
alheios às nossas escolhas e decisões. ‘O tempo é elástico. Nós até podemos fugir do assunto por
um tempo, mas o elástico nos puxa e leva de volta ao ponto de partida’. (Nick Cave) É o
significado latente do Inconsciente, segundo a teoria de Sigmund Freud, que nos coloca diante de
imperativos adiáveis – até certo tempo –, mas que irá cobrar, inexoravelmente, o seu tributo em
outro momento de nossa Vida. Muitas vezes procuramos escapar desta pressão da Vida, não
fazendo escolhas, aparentemente não agindo.
No entanto, conforme encontramos no seguinte texto de Martha Medeiros, mesmo quietos,
passivos ou em silêncio, as nossas ações silenciosas e de frágeis escolhas irão gerar reações e
conseqüências: ‘Pior do que a voz que cala, é um silêncio que fala. Simples, rápido! E quanta
força! Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas. Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão
2 – A Voz do Silêncio
- Vidigal de Andrade Vieira
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não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele
permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as
palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento. Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não
são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. Quantas vezes, numa discussão
histérica, ouvimos um dos dois gritar: ‘Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!’ É o
silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro. É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é
um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças de um
show de rock, o silêncio é um sonho. Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o
silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz. O único silêncio que perturba, é aquele que
fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada, não há
recados na secretária eletrônica e, mesmo assim, você entende a mensagem.’ Como estratégias
para assumir o ‘leme’ de nossa Vida, e realmente navegar em autênticas coordenadas por nós
traçadas, podemos relacionar algumas reflexões:
‘Ouse, ouse, ouse tudo! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua Vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a Vida lhe dará poucos
presentes. Se você quer uma Vida, aprenda a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na Vida o que você
é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da Vida!’ (Lou Salomé – In: Reflexões sobre o
problema do amor);
‘Jamais haverá Ano Novo se continuar a copiar os erros dos Anos Velhos’. (Luiz Vaz de
Camões); ‘Never give up! Nunca desita!’; ‘Não se deve reagir a toda provocação, pois elas podem
causar a sua destruição’. (...); ‘Seja um parâmetro de qualidade. Algumas pessoas não estão
acostumadas a um ambiente onde a excelência é esperada’. (Steve Jobs); ‘Quanto mais eu vivo,
mais eu percebo o impacto da Atitude na Vida. Ela é mais importante que o passado, que os fatos,
que a educação, que o dinheiro, que as circunstâncias, que os fracassos, que os sucessos, e do que
as outras pessoas pensam, dizem ou fazem’. (Chuck Swindoll); ‘Os obstáculos são coisas que uma
pessoa vê quando desvia os olhos dos seus objetivos’. (E. Joseph Cosssman); ‘A beleza não é a
coisa mais importante. É a única coisa’. (Filme Demônios de Neon); ‘Se você sofre, é para você.
Se você se sente feliz, é para você. Se você se sentir contente, é por você. Ninguém mais é
responsável pela forma como você se sente, só você e ninguém mais além de você.
Você é o inferno, e o paraíso também.’ (Osho)”
 * Psicólogo e Filósofo; Professor Titular da UEMG/Unidade Carangola; Mestre em Psicologia Social pela UFES / ES; Doutor em Ciência
e Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ/RJ.
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Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA- 48 anos de Maçonaria)
M I da Loja Estrela da Distinção Maçônica, 953 (GOB/GOERJ)
Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva –
TRIBUTO PÓSTUMO À
“FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER”
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, conhecido como “Chico Xavier”, nasceu em
Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais no dia 02 de abril de 1910. Foi um dos mais
conhecidos Espíritas do Brasil. Embora tendo sido educado na fé Católica, teve o seu primeiro
contato com a Doutrina Espírita em 1927, época em que começou a desenvolver sua
mediunidade.
Ao longo de sua vida escreveu mais de 450 (quatrocentos e cinqüenta) livros, mas
nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra, pois que as recebia por intermédio de psicografia
ditada por diversos Espíritos. Nunca aceitou o dinheiro auferido pela venda de nenhum dos
livros vendidos, doando os direitos autorais para a Federação Espírita. O seu primeiro livro
psicografado foi PARNASO DE ALÉM-TÚMULO constando de 256 (duzentos e cinqüenta
e seis) poemas, atribuídos a poetas desencarnados, livro este que foi publicado pela primeira
vez no ano de 1931. A partir dos anos 70 passou a ajudar as pessoas necessitadas com parte do
dinheiro arrecadado com a venda dos livros. O seu nome foi muito conhecido no Brasil, por
sua humanidade e assistência ao próximo.
Chico Xavier foi altamente prolífico, tendo psicografado mais de 450 livros. Nunca
admitiu ser o autor de alguma dessas obras; apenas reproduziria o que os espíritos lhe ditavam.
Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros, tendo sempre
cedido os direitos autorais para instituições de caridade. Vendeu mais de cinqüenta milhões de
exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, francês,
alemão, italiano, russo, mandarim, romeno, sueco, grego, húngaro, braile, etc.
Psicografou cerca de dez mil cartas "de mortos para suas famílias", nunca tendo cobrado por
isso. As cartas eram tidas como psicografias autênticas pelos familiares e algumas chegaram a
ser aceitas como provas em casos de julgamentos jurídicos.
CHICO XAVIER foi um homem que viveu como exemplo real de tudo aquilo que
transmitiu em suas mensagens, tanto recebidas por psicografias dos Espíritos, como tantas
outras que aqui citaremos de sua experiência pessoal, em várias circunstâncias de sua vida, as
quais são para todos nós grandes exemplos de ilibada conduta e inspiração. Dizia Chico:
3 – Tributo Póstumo à Francisco Cândido Xavier
José Anselmo Cícero de Sá
JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 10/28
“Se Allan Kardec tivesse escrito que "fora do Espiritismo não há salvação", eu teria
ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu "fora da Caridade", ou seja, "fora do
Amor não há salvação".
“Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que
morra como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da
gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não
vou estranhar o céu, ser seu amigo já é um pedaço dele”.
“Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore
hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.”
“Quando estiveres em oração, sorvendo a taça de angústia, na sentença que indicaste a
ti próprio diante das leis Divinas, roga a benção da saúde e a riqueza da paz, a luz da
consolação e o favor da alegria, mas pede a Deus, acima de tudo, o apoio da humildade e a
força da paciência”.
“A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor”.
“Ninguém morre. O aperfeiçoamento prossegue em toda parte. A vida renova e eleva
os quadros múltiplos de seus servidores, conduzindo-os, vitoriosa e bela, à União suprema
com a Divindade”.
“A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade,
na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar, julgar,
reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa
“O Cristo não pediu muita coisa, não pediu que as pessoas escalassem o Monte Everest
ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros”.
“Os Espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar, mas é preciso que,
pelo menos, nos ofereçamos uma base... Muitos ficam na expectativa do socorro do Alto, mas
não querem nada com o esforço da renovação; querem que os Espíritos se intrometam nas suas
vidas e resolvam os seus problemas... Ora, nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se propor
resolver o problema particular de alguém...Ele se limitou a nos ensinar o caminho que
necessitamos trilhar para nós mesmos”.
“Nenhuma atitude no bem é insignificante... As mais altas árvores são oriundas das
mais minúsculas sementes. A repercussão da prática do bem é inimaginável... Para servir à
Deus ninguém necessita sair do seu próprio lugar, ou reivindicar condições diferentes daquelas
que possui”.
“Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do
poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem
pode e não auxilia o povo, é comparada a um crime que se pratica contra a comunidade
inteira. Tenho visto muitos Espíritos dos que foram homem público na Terra em lastimável
situação na vida Espiritual”.
“O desespero é uma doença e um povo desesperado, lesado por dificuldades enormes
pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento. Isto
é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre da ausência de educação, principalmente, de
formação religiosa”.
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“Sem Deus no coração, as futuras gerações colocarão em risco a vida do planeta. Por
maior que seja o avanço tecnológico da humanidade, é impossível que o homem viva em paz
sem que a idéia de Deus o inspire em suas decisões”.
“Devemos fazer tudo para evitar uma guerra que viria, sem dúvida, sendo um atraso na
marcha progressiva da humanidade. Quando surge uma guerra de proporções maiores, quase
tudo se desmantela e, praticamente, tem que ser reiniciado”.
Gente há que desencarna imaginando que as porta do Mundo Espiritual irão se lhes
escancarar... Ledo engano! Ninguém quer saber o que fomos o que possuíamos que cargo
ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em
si mesmo”.
“Sem a ideia da reencarnação, sinceramente com todo respeito às demais religiões, eu
não vejo uma explicação sensata, inclusive, para a existência de Deus”.
“Uma das coisas que sempre aprendi com os bem-feitores Espirituais foi não tolher o
Livre Arbítrio de ninguém: Os que viveram na minha companhia sempre tiveram a liberdade
para fazer o que quiseram”.
“Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: A mais leve
contrariedade se sentem humilhadas. Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em
águas de rosas... Somos Espíritos altamente endividados, dentro de nós o passado ainda fala
mais alto... Não devemos ser tão suscetíveis assim”.
“Agradeço todas as dificuldades que encontrei; Não fosse por elas, eu não teria saído
do lugar... As dificuldades nos impedem de caminhar. Até mesmo as críticas nos auxiliam
muito. “Emmanuel sempre me ensinou assim: Chico se as críticas dirigidas a você são
verdadeiras, não reclame; se não são, não as dê importância”.
“A doença é uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente o
Espírito quer jogar para fora o que seja estranho ao próprio psiquismo”.
“Abençoemos aqueles que se preocupem conosco, que nos amam, que nos entendem
as necessidades; Valorizemos o amigo que nos socorre que se interessa por nós, que nos
escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus...
mais tarde haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar da solidão!”
“A caridade é um exercício Espiritual... Quem pratica o bem coloca em movimento as
forças da alma. Quando os Espíritos nos recomendam, com insistência, a prática da caridade,
eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma
indicação ética, mas o profundo significo filosófico”.
“Tudo o que pudermos fazer no bem não devemos adiar. Carecemos somar esforços no
sentido de criarmos, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha à forças do mal...
Ninguém tem o direito de se omitir”.
“Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento é não julgar,
definitivamente não julgar, a quem quer que seja”.
“O exemplo é uma força que repercute de maneira imediata, longe ou perto de nós...
Não podemos nos responsabilizar pelo o que os outros fazem de suas vidas: cada qual é livre
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para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram
atitudes tanto para o bem quanto para o mal”.
“Sempre recebi os elogios dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência
que ainda não sou. Dizem que eu tenho feito muito, mas, para mim, não fiz um décimo do que
deveria ter feito”.
“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, ficaria muito mais triste se
fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!”.
“Devemos aceitar a chegada da “morte”, assim como o dia aceita a chegada da noite –
Tendo confiança que em breve, de novo há de raiar o sol”.
“A questão mais aflitiva para o Espírito no Além, é a consciência do tempo perdido”.
“Tudo tem o seu apogeu e o seu declínio... É natural que seja assim; Todavia, quando
tudo parece convergir para o que supomos ser “o nada”, eis que a vida ressurge triunfante e
bela! Novas folhas, novas flores, na indefinida benção do recomeço”.
“Confesso a vocês que não vi o tempo correr... Por mais longa nos pareça, a existência
na Terra é uma experiência muito curta. A única coisa que espero na minha desencarnação é a
possibilidade de poder continuar trabalhando”.
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim”.
Informações: Ir Nilton Nordim Coelho - Cel (48) 99157-7780
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Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
MAÇONARIA, SUPERSTIÇÕES E FÉ
O nosso comportamento no convívio social é invariavelmente moldado por força das
circunstâncias que nos cercam, em meio às quais se destacam a “SUPERSTIÇÃO” e a “FÉ.”
Essas duas superinfluências agem em nossas mentes e prestam-se, ambas, como instrumentos
norteadores da conduta de incontável número de pessoas espalhadas pelo mundo afora, embora
subsistindo de formas dissociadas e distintas. Isto porque a primeira, a “SUPERSTIÇÃO” é uma
crendice vã sem explicação lógica do ponto de vista racional, que apresenta probabilidades
locupletadas notadamente de incertezas e inverdades, que gera expectativas enganosas,
especialmente, em torno de acontecimentos futuros cujas causas e ocorrências são atribuídas a
fatores como sorte ou azar, no primeiro caso, pela esperança, pelo desejo de que algo de bom
aconteça e no segundo, pelo medo, pelo temor de que algo de ruim também possa acontecer. A
“SUPERSTIÇÃO” pode influir na conduta humana, afetando seus hábitos e provocando
mudanças de comportamento. Ela é algo que nasce do nosso próprio intelecto, do nosso modo de
pensar e de como procuramos entender e admitir os resultados de certos fenômenos quando
desconhecemos seus verdadeiros fundamentos e as razões que os justifiquem, ou nos faltam bases
científicas para compreendê-los. Ela já se tornou parte integrante do folclore brasileiro estando,
hoje, espalhada por todos os rincões do nosso território, sendo minoria os que não acreditam na
hipótese de que “aquilo que acontece de forma casual” na vida das pessoas trazendo-lhes
felicidade, ou conduzindo-as a algum estado de insatisfação ou sofrimento, seja decorrente de
força sobrenatural.
Quando nos identificamos como supersticiosos, em muitos momentos do nosso dia-a-
dia nos vemos diante de circunstâncias em que somos levados ao cumprimento de falsos deveres,
ou ao cerceamento de nossa liberdade, deixando de fazer alguma coisa simplesmente porque
aceitamos como inconteste a procedência de inexplicáveis forças sobrenaturais ou nos curvamos
diante de afirmações divinatórias, acatando-as de modo incondicional pelo temor de que, se assim
não agirmos, algo de ruim poderá nos acontecer. Isso se verifica, por exemplo, quando as
previsões do nosso horóscopo, não nos sendo favoráveis em determinado dia, emitem-nos sinais
4 – Maçonaria, Superstições e Fé
Anestor Porfírio da Silva
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de alerta induzindo-nos à supressão ou ao adiamento de certos compromissos, ou ainda,
recomendando-nos cautela e prudência no momento de agir.
Há várias disciplinas inseridas no campo das superstições como a adivinhação, a
cartomancia, a alomancia, a acultomancia, a aeromancia, o curandeirismo, a magia, a
quiromancia, o tarô etc., que se aproveitam da maleabilidade de milhões de mentes incautas para
subjugá-las, submetendo-as à aceitação de premonições que não passam de afirmações inverídicas
sobre acontecimentos futuros, mas incontáveis também são os paradigmas de superstições que têm
suas origens na própria cultura humana, representados por objetos, números, animais etc., sobre os
quais paira a falsa convicção de que sejam possuidores de certo magnetismo ou força invisível
capaz de atrair a sorte ou o azar. Apesar de tais crendices estarem fazendo parte da consciência de
muita gente, não foi possível até os dias atuais chegar-se a uma comprovação racional ou
científica de que tais objetos, animais, números etc., sejam mesmo instrumentos preferidos como
anteparos ideais à manifestação de força sobrenatural ou magnética em nível suficiente para fazer
com que o desejável ou o indesejável possa se tornar realidade.
Seguindo-se pela mesma linha em que permeiam as supertições, vê-se ainda que, em
outras inúmeras e diferentes situações, os efeitos originários das relações surgidas com as
respectivas causas, estão para nós justificados ante a aceitação de que, sorte ou azar são
fenômenos que decorrem, conforme o caso, da “força do pensamento positivo ou negativo”, da
“força do destino”, do “poder invisível dos astros”, do “poder invisível dos ritos mágicos”, do
“poder invisível dos espíritos” e assim por diante.
Dentre as referidas disciplinas encontra-se também a astrologia, uma pseudociência
apoiada por religiões ligadas à prática de magias negras, que surgiu baseada no fundamento de
que a personalidade, a vida e o destino das pessoas, aqui na terra, estão sob a influência dos
corpos celestes. Referida disciplina tem seus fins voltados também à prática de atividade
divinatória por meio do que, com jogo de palavras e um elenco de condicionantes, elabora o que
se convencionou chamar de mapa astral, cujo conteúdo tem como objetivo a assertiva de
acontecimentos futuros.
O aparecimento dessa pseudociência, provavelmente no terceiro milênio a.C., colaborou
em muito para que a “SUPERSTIÇÃO” tivesse sua aceitação ampliada, pois embora se tratando
de processo de enganosas conclusões, foi aquilo que faltava para dar confiança aos supersticiosos
afim de que pudessem entender que circunstâncias meramente fortuitas, que produzem efeitos
positivos ou negativos na vida deste ou daquele indivíduo, não são obras do acaso, e sim, de
poderes sobrenaturais exercidos pelos corpos celestes sobre tudo o que aqui vive e reina.
Porém, convém ressaltar que, aceitar os efeitos das causas em que repousam as
superstições como decorrência de influência dos corpos celestes, ou da ação de forças
sobrenaturais, é o mesmo que adotar postura contrária à verdade e à razão.
Há quem afirme que as superstições são de origem muito antiga e remontam ao tempo
em que o ser humano tinha uma visão mágica do mundo, o que o levava a acreditar que diversos
fatores sobrenaturais pudessem interferir no seu destino.
A segunda superinfluência, a “FÉ” é, sem dúvida, uma das maiores formadoras da
consciência e da conduta humana – aqui considerada em sentido lato – é sentimento de total
crença intimamente ligada à esperança, à confiança, à credibilidade em algo material ou não, que
existe (ainda que sem provas) ou que, certamente, ainda possa acontecer.
Ela é um sentimento de confiança, de esperança, que nos induz a termos certeza de que
aquilo em que recai a nossa crença possa, em dado momento, acontecer ou, simplesmente, mudar
nossas vidas para melhor. Do ponto de vista religioso, ela é a inspiração basilar de todos os textos
bíblicos e sua origem remonta ao tempo em que tais textos foram escritos. A “FÉ” pode animar-
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nos, nos consolar e nos confortar, dependendo do estado emocional ou físico em que estivermos
vivendo.
A “FÉ” não nos coloca diante de expectativas dúbias, enquanto que a
“SUPERSTIÇÃO” , ao contrário, não se manifesta fundamentada na verdade. Entre ter fé ou ser
supersticioso, parece não ser tão relevante a diferença existente, mas, inquestionavelmente, a
lacuna que existe separando uma questão da outra tem a similitude de uma distância imensurável.
É sob o manto das superstições que se abrigam as inverdades, as enganações, as
mentiras, as coações de ordem psicológica que privam o homem em sua liberdade de agir, que o
impedem do uso da razão, que degradam sua consciência, que o condicionam ao exercício de
atitudes irracionais, ao cumprimento de falsos deveres e a ilusórias reverências a objetos, coisas,
animais etc..
Parece-nos então, ser sem sofismas e procedente a afirmativa de que a
“SUPERSTIÇÃO” nada mais é do que algo enganoso, pois se baseia em ideias e não na realidade
sensível, ou ainda, um conjunto de caracteres claramente identificados como responsáveis pelos
efeitos negativos que influenciam a mente humana.
Sabe-se que a maçonaria, instituição cujos fins supremos são a LIBERDADE, A
IGUALDADE E A FRATERNIDADE, por seus princípios, fundamentos e normas, bem como
por se tratar de escola de aprimoramento moral, intelectual e espiritual do ser humano, não admite
a “SUPERSTIÇÃO” por entender que:
a) ela priva o homem em sua liberdade de agir;
b) ela degenera a consciência humana;
c) ela é uma atitude irracional;
d) ela leva o homem a falsas reverências a objetos, coisas, animais, números etc.;
e) ela não se fundamenta na verdade;
f) ela leva o homem ao cumprimento de falsos deveres;
g) etc..
Assim sendo, eis que surge uma indagação em busca de resposta e quem deve se
manifestar é a Ordem Maçônica, vez que a “SUPERSTIÇÃO” sempre foi algo não aceito em seus
princípios normativos e em seus rituais. O que se busca entender é a razão do êxito alcançado
pelas Lojas Maçônicas na seleção de seus candidatos, ao que se presume não supersticiosos,
extraídos do seio de uma coletividade em que quase todos os seus integrantes, de alguma forma
são influenciados pela “SUPERSTIÇÃO”.
A maçonaria trabalha inspirada na virtude, na verdade, na justiça, defendendo a
liberdade, combatendo a ignorância, o erro, o vício, os preconceitos vulgares e entende que é
regulando os costumes da humanidade pelos princípios eternos da Moral que poderemos dar à
nossa alma o equilíbrio de força e sensibilidade tão necessário à nossa evolução rumo ao
conhecimento da Ciência da Vida, síntese do mais amplo aperfeiçoamento que é a Sabedoria.
Centenas de milhares de pessoas já devem ter lido ou ouviram dizer que “ninguém é
perfeito.” Isso mesmo! E a maçonaria sabe que se sair por aí à procura de alguém tão especial, que
preencha os requisitos do perfil ideal por ela desejado, ou seja, sem defeito, santo, mais fácil seria
fechar suas portas do que encontrar esse alguém. Por isso é que seus candidatos não precisam ser
santos, nem perfeitos, e podem até ser supersticiosos, mas devem ter, no mínimo, capacidade de
raciocínio e estarem dispostos a aceitar mudanças em seus respectivos comportamentos, sem o
que não haverá progresso, nem aprimoramento dentro da Ordem.
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Paulo Ferreira da Cunha
Prof. Catedrático da Universidade do Porto - Portugal
EM DEMANDA DE ARISTÓTELES
E DA SUA FILOSOFIA DO HOMEM
1. Introdução. Brevíssimo Perfil e Perspectiva
Comecemos por recordar alguns dados consabidos
Aristóteles nasce em Estagira, 384 a. C. e vem a falecer em Cálcis, em 322 a. C. Filho de
Nicómaco, médico de Amintas II, rei da Macedônia, Aristóteles seria preceptor do neto deste,
Alexandre Magno. Discípulo e amigo de Platão a quem se diz teria abandonado por amor da
verdade (amicus Plato sed magis amica veritas), virá a fundar o Liceu, em que, segundo reza a
tradição, dava lições enquanto passeava – peripatético, pois. Não parece que De Gaulle tivesse
razão ao pressentir o sopro filosófico do Estagirita em cada conquista do jovem Imperador… Pelo
contrário, contristado com os ímpetos imperiais de Alexandre, retira-se para Atenas. Após a morte
deste, é acusado de ser partidário dos Macedônios, e perseguido, tal como já o havia sido Sócrates.
Ao contrário do filósofo mártir, e para evitar mais um atentado contra a Filosofia, exila-se em
Cálcis, onde morrerá, porém, um ano depois.
O quadro de Rafael, A Escola de Atenas, elucidar-nos-ia magnificamente sobre o caráter da
filosofia de Aristóteles [2] . Neste, ele olha a terra, enquanto Platão contempla o céu. Aristóteles é
um espírito enciclopédico, uma mente poderosa, mas sempre preocupada com o real. Diz-se
anedoticamente que passou boa parte da lua de mel catando conchinhas para os seus estudos
científicos [3] . Nada do humano lhe foi alheio. Alguma incompreensão relativamente ao filósofo
parece dever-se ao abuso que, durante alguns momentos de decadência, os seus seguidores
fizeram da sua doutrina, endeusada como autoridade intocável. Todavia, não se pode assacar tal
culpa àquele que o próprio Augusto Comte apelidou de “filósofo incomparável”. Não deixa de ser
curioso verificar que os críticos de Aristóteles por errado, e desligado da Natureza e do mundo,
acabam por preferir o especulativo Platão, o utopista da República. As Éticas a Nicómaco,
Retórica e Política, além de outras obras, incluem luminosas passagens sobre o Direito e a
Política. Não sendo jurista – não se pode mesmo dizer que houvesse verdadeiros juristas antes do
ius redigere in artem romano, sob inspiração aristotélica, aliás - , Aristóteles compreendeu
perfeitamente a essência do Direito, e o seu contributo tem nestas áreas um valor inestimável –
sempre apto a novas releituras e diferentes descobertas. Ao pensar as relações jurídicas como
relações de proporção (nem desigualdade, nem igualdade matemática), ao entender o discurso
jurídico como uma dialética, ao dividir a Justiça em justiça geral (moral, política, etc.) e justiça
particular (especificamente jurídica, de atribuição a cada um do que é seu), Aristóteles clarificou
os problemas e desbravou a floresta inicial, permitindo depois aos Romanos a construção do belo
edifício do Direito. Ao mesmo tempo que delimita o Direito, Aristóteles dá os primeiros passos
5 – Em Demanda de Aristóteles e da sua Filosofia do Homem
Paulo Ferreira da Cunha
Hercule Spoladore
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para a autonomização da Política: claro na divisão das formas do governo, agudo já antes de
Maquiavel sobre as formas de preservá-las e quanto à corrupção que as espreita, e, sob tudo,
profundamente atento às várias formas de ser do homem, à etiologia humana – pois esse é o fundo
das suas Éticas: os modos de o Homem ser…
2. Evolução, Edição e Metafilosofia
Rios de tinta se gastaram e continuarão presumivelmente a gastar-se com a intenção de
reconstituir o verdadeiro pensamento de Aristóteles, com o fito de surpreender as diversas fases
por que terá passado, de destrinçar as obras próprias das apócrifas, de refazer as atualmente
indiscutidas, reordenando os respectivos livros, e até, dentro de alguns destes, alterando a ordem
dos capítulos. Aristóteles é assim um enorme puzzle de múltiplas incógnitas. Inesgotável, mas, em
grande medida também, desesperante. Para o nosso intento atual, não importam a maioria dessas
questões, na verdade externas, hermenêuticas, arqueológicas, ou autorais. Não importa mesmo (ao
menos não importa tanto assim) a pessoa histórica de Aristóteles [4]. O mais relevante para nós é
um corpus textual que, embora com fortuna de recepção desigual (porque, naturalmente, mais ou
menos atual numas e noutras épocas), se foi transmitindo ao longo dos séculos, e constitui
inegavelmente não só uma importante reflexão sobre estas matérias aparentemente (ao menos) do
punho de um grande filósofo, como também (e sobretudo) é em si mesmo digno de reflexão ainda
hoje: pode servir para uma leitura e uma resposta aos desafios do presente.
Esta intenção “utilitarista” hoc sensu não repugnaria, contudo, ao Estagirita, que expressamente
afirma o intuito prático deste trabalho, o qual, afirma, “de nada serviria” se não ajudasse a tornar-
se “mais virtuoso” [5] . As finas e penosas análises dos filólogos e outros exegetas sobre os
múltiplos problemas que povoam as obras principais que respondem à questão ética e política em
Aristóteles, permitem-nos sem dúvida ficarmos mais avisados contra a visão ingénua de um autor
que houvesse sido simplesmente e toda a sua vida “realista”, posando para a posteridade com a
figura que lhe dá Rafael, no fresco da dita Escola de Atenas, apontando o solo das coisas
concretas. Advertem-nos sem dúvida para a heterogeneidade e até pelo menos aparente
contradição entre materiais reunidos tradicionalmente na mesma obra. Iluminam-nos quanto à
provável inautenticidade ou caráter apócrifo de alguns textos (como a Ética a Eudemo e a Grande
Ética), que assim – e também porque nada de verdadeiramente novo nos trazem – eliminamos do
terreno da nossa investigação. Apontam-nos continuidades e descontinuidades, semelhanças e
dissemelhanças que podem sugerir outra ordem na leitura dos textos, podendo fazer-nos suspeitar
de cronologias de escrita diversas da normal narratividade do princípio/meio/fim, e dando-nos a
entender que tanto editores pósteros como o próprio Estagirita teriam procedido por camadas de
textos, por estratificações, nem sempre em grande diálogo entre si – o que potencia possíveis
contradições, e inevitáveis repetições, nem sempre sendo ajudado pelas frequentes observações
“de ordem” ou de “encadeamento” do filósofo. Tudo isto é verdade.
Mas há nestas verdades um bom conjunto de problemas.
Se o percurso intelectual de Aristóteles permite detectar uma fase mais idealista, e uma fase mais
realista, nem por isso as interpretações sobre a ordem destas fases são unânimes. Se para um
clássico como Werner Jaeger o normal é que, após vinte anos de Academia platónica, Aristóteles
viesse ulteriormente a ganhar voos de distanciamento (e ainda assim gradual e mesclado) face ao
génio do seu mestre, passando do platonismo ao verdadeiro aristotelismo [6] , já Ingemar Duering
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afirma precisamente uma evolução cronológica contrária: a uma primeira fase de rebeldia juvenil
contrapõe uma maturidade de encontro com o idealismo do mestre [7] . E afirmará mesmo uma
unidade de um Aristóteles que jamais teria embarcado nos excessos idealistas de Platão, antes
tendo sempre em si coexistido o interesse especulativo e a vocação prática, o metafísico e o
empírico.
François Nuyens, por seu turno, considera que a divisão em três períodos, começando na
receptividade a Platão para culminar numa maior independência, seria a evolução mais compatível
com a psicologia do Estagirita. O mais iconoclasta de todos os autores será certamente Zürcher [8]
, que reconhece em Aristóteles um simples platónico, atribuindo ao seu discípulo Teofrasto (esse
sim anti-idealista) ¾ dos tratados correntemente tidos por aristotélicos. Perante tais contradições,
não deixa de ser sedutor pensar que não só Platão teria experimentado essa angústia do filósofo,
ou “tragédia do filósofo”, que o distingue do dogmático, e que o obriga a evidenciar diferentes
pontos de vista, expondo o seu pensamento na dúvida e na tensão [9] . Só que, enquanto do mestre
da Academia dispomos de um abundante material de diálogos, caixa de ressonância desse discurso
problemático a muitas vozes, o facto de os diálogos de Aristóteles se terem perdido prejudica-nos
essa dimensão dialéctica e auto-reflexiva, dando-nos por um lado uma geral aparência de
univocidade (que para os mais desatentos se poderia tá confundir com dogmatismo…), e por
outro, vendo mais no pormenor, revelando-nos o que consideramos serem contradições…ou fruto
da evolução de um pensamento.
Porque não, pois, um Aristóteles também com dúvidas, hesitações, e em que no limite poderiam
até coexistir realismo e idealismo?
Não nos preocuparemos, assim, com o apuramento microscópico de verdades e veracidades que
restituam o que é do autor, ou o que é o seu vero pensamento. Como avisadamente acaba por
decidir Pierre Pellegrin, é preferível, neste caso, a douta ignorância à falsa ciência [10] : e muito
facilmente caímos nesta última… Como afirmou este autor para as Políticas, depois de haver
desbastado largas florestas de estudos eruditos (e contraditórios) sobre a matéria, fomos levados a
concluir que, quer nas Éticas quer nas Políticas, a consideração dos textos canónicos, traz frutos.
Sobretudo e antes de mais o de se evitar essa metafilosofia que evita que entremos no sumo da
matéria [11] . Resolvam-se como se resolverem os graves problemas de atribuição e datação, o
certo é que, pondo de parte o que é mais discutível, as Éticas a Nicómaco e as Políticas constituem
inegavelmente dois excelentes monumentos de formação cívica (ética e política), cujas lições
merecem uma apreciação ainda hoje [12] .
3. Nomos, Ethos, Telos – Normatividade, Etiologia, Teleologia
Sobre as lições a tirar da ética e da política Aristóteles importa antes de mais fazer algumas
distinções. Uma coisa, desde logo, seriam as propostas éticas e políticas do autor, e outra a nossa
lição a partir do diálogo com estas, que apenas podem funcionar como sugestão ou inspiração.
Mas outra questão mais complexa se nos coloca. Terá Aristóteles tido realmente um intuito
prescritivo ou normativo ao escrever as suas éticas e políticas?
Evidentemente que sempre se escreve ou para comandar ou para ser amado, e não sendo
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certamente este último o intuito do Estagirita, haveremos sempre de ver no que escreveu um
fumus de intenção directiva. Mas há directividades e directividades… Normatividades e
normatividades…
Um dos objectivos de Aristóteles poderia bem ser o da descrição mais ou menos desapaixonada
(como a dos animais nas suas biologias) de tipos de homens e de tipos de constituições. Esta seria
a perspectiva etimologicamente “ética” (de ethos, descrevendo, como que medicamente, a
etiologia, o modo de ser). Contudo – e permitimo-nos voltar à nossa hipótese – Aristóteles não
passara impunemente vinte anos com Platão. Aliás, tal poderá nem ser uma influência platónica,
mas uma característica do seu próprio ser. E assim, não deixa de, por entre as descrições de
conceitos constitucionais mais ou menos essenciais, para além da explicitação dos diferentes
vícios, exageros face a uma virtude mediana, apontar por um lado para uma Constituição ideal,
excelente, e, por outro, para a virtude.
Realista, por vezes cínico, alguns dirão até aqui e ali “maquiavélico” avant-la-lettre, Aristóteles
não abandonará por completo os ideais. Um lugar paralelo poderemos encontrar na análise da
Poética. Também este livro foi esquecido durante a Idade Média (também durante ela foi tido por
inatual), e também o Renascimento o recuperaria com a pretensão de nele ver o cânone da clássica
literatura que os tempos ditos de trevas teriam esquecido. O Romantismo oitocentista desferir-lhe-
ia, por subordinado a epos diverso (mais barroco), um novo golpe de olvido, mas já no séc. XX
(não porque clássico, mas decerto porque anti-romântico) se recuperou. Não, todavia, como regra
de oiro de uma perfeição antiga que já poucos convenceria, mas como quadro descritivo dos
modos de ser literários.
A verdade é que, no início deste livro, logo o Estagirita anuncia o seu intuito: falar do que faz os
textos literários e o que os torna excelentes [13] . É, mutatis mutandis, a mesma coisa que, na
prática, é levada a cabo nas Éticas a Nicómaco para as virtudes, e nas Políticas para as
constituições. Esta ambiguidade entre o descritivo e o normativo (afinal entre o ser e o dever-ser,
que na metafísica de Platão se encontravam [14] ) acompanha este Aristóteles da filosofia do
Homem (anqrwpina filosofia). Em todo o caso, a empresa aristotélica parece desejar uma certa
purificação e autonomia do ético-político face ao metafísico. O que, sendo um ponto a favor da
não-normatividade, todavia a não descarta por completo, já que, além do mais, um “dever-ser”
pode ter outras radicações além da metafísica. Desde logo, importa a Aristóteles certamente essa
normatividade da educação, que segundo ele (lição admirável para o nosso tempo!) deve ser a
primeira preocupação dos legisladores [15] ..
Talvez mais luz se projecte sobre a empresa aristotélica se aos paradigmas da normatividade e da
simples descrição substituirmos o da teleologia ou finalidade. Não visa o filósofo na sua ética ou
na sua política um bem substancial, absoluto, mas um bem que contribua para um fim
profundamente humano: a felicidade. Da mesma sorte, a constituição excelente que se busca na
política não se dirige a uma utopia sem lugar, sem povo, sem clima, sem solo, sem vizinhança,
mas se almeja para cada comunidade concreta a constituição que melhor se lhe adeque.
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Este Bloco está sendo produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Venerável que deixa o cargo
Em 01/05/2016 o Respeitável Irmão Tomás S. Araújo, Loja Marques do Herval, REAA, GOB-RJ,
Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, solicita o seguinte esclarecimento:
tomas-reaa@bol.com.br
Tenho esta dúvida e gostaria muito de ter a sua orientação sobre o tema abordado.
No mandato de dois anos de uma administração (Loja) após o 1º ano o Venerável Mestre pede
afastamento por motivo de doença, pergunta; o 1º Vigilante assume, e tendo os requisitos
legais, ele pode pedir sua instalação?
Se puder, onde encontro o tema, pois olhei o código eleitoral e não achei.
Considerações:
Veja Mano, essas questões de legislação maçônica e os seus diplomas legais
não são a minha especialidade. Eu sugiro que o Irmão tente encontrar uma resposta embasada
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
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pela Lei junto ao Tribunal Eleitoral Maçônico, auxiliado, se for o caso pelo Ministério Público
Maçônico.
No meu entendimento, o afastamento definitivo do Venerável Mestre requer uma
nova eleição, já que o Primeiro Vigilante é o seu substituto eventual, não o definitivo.
Penso que a Instalação nesse caso está diretamente ligada à eleição para o
primeiro dirigente da Loja e a sua competente homologação.
T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
Jun/2016.
Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda
Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação
simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da
Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema
Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da
Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis
(Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 2 de dezembro:
A Sala dos Passos Perdidos
Muitos maçons ignoram que a sala dos Passos Perdidos é uma das antecâmaras do
templo e o seu comportamento reflete o ato dos profanos, quando deveria ser um local
de respeito e de satisfações, momentos de troca de comprimentos, de observação, de
tratos sobre a próxima entrada em templo, passando pelo Átrio Purificador.
O nome "Passos Perdidos" traduz desorientação, mas apenas inicial, uma vez que de
imediato surgirá o rumo certo, em especial quando o Mestre de Cerimônias estender o
convite para o ingresso no Átrio.
Não podemos esquecer que ao adentrar o edifício onde a Loja se localiza, estaremos
ingressando em uma Loja Maçônica, não em um clube, nem em dependências
profanas.
Muitos confundem essas situações e apresentam-se totalmente despreparados,
provocando discussões, elevando a voz, fumando, quando não bebericando (há Lojas
que mantém um bar nas dependências da sala dos Passos Perdidos) bebidas alcoólicas
O comportamento do maçom deve ser preparatório para o ingresso em templo; uma
preparação educada e consciente, aptos para a purificação do Átrio.
O maçom deve sê-lo a todo o tempo o Templo; permanentemente, uma vez que difere
do profano.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 355.
. Visite o site da Loja
Professor Mâncio da Costa nr. 1977
www.manciodacosta.mvu.com.br
Florianópolis
JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 25/28
JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 26/28
(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos)
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Ir Franklin dos Santos Moura
Loja Prof. Hermínio Blackman 1761
Vila Velha – GOB-ES
Membro Fundador da ACADGOB-ES
Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo
fsmoura1761@yahoo.com.br
A Bola Preta
Tudo começa na indicação do padrinho,
um Irmão reconhecidamente exímio.
Que percorreu em observação longo caminho,
e após sucessivas aprovações, aguardava o escrutínio.
A caneta, ansiosa fitava o pergaminho,
e o candidato vive ainda hesitante.
Compõe-se uma comissão que representa Nosso ninho,
missão honrosa dada ao sindicante.
Avaliar e conhecer no candidato suas reais intenções
pois, com a Luz abre-se a porta dos Mistérios.
É preciso despir-se das emoções,
não sendo o parecer temerário e deletério.
Ao sindicante guarda-se respeito,
e o parecer é quase uma sentença.
Mesmo que encolerize o peito,
entre irmãos não pode existir desavença.
JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 28/28
Na dúvida, chame o diálogo, com efeito,
evitando qualquer julgamento.
Afinal, jogue a pedra o homem perfeito
e mude-se para o firmamento.
Com todo processo em domínio,
resta a prévia conclusão.
Sendo aprovado o escrutínio,
O próximo passo é a Iniciação.
Exceto quando a liberdade leva ao extermínio
e o resultado faz soar a trombeta.
A angústia ocupa o lugar do fascínio,
sendo esse o tributo à Bola Preta.
É necessário refletir meu irmão,
antes da escolha secreta e oportuna.
O livro negro ou amarelo numa sessão,
leva a Loja a balançar suas colunas.
Pense que o sindicante pode se sentir em vão,
Se seu parecer não produziu resultado.
Solitária não é uma eliminação,
e uma comissão se cobre com o manto do derrotado.
O direito de escolher não se discute,
porém ressalva-se o momento.
Nas prévias, uma reprovação pouco repercute,
e assim evita-se na Loja o sofrimento.
O pranto solitário é um grito que não escuta.
Trabalhar o perdão e a virtude, nosso regimento.
Lapida-se por isso a Pedra Bruta.
E lembrem-se que precisamos de Obreiros, ou sucumbiremos ao tempo.
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Jb news informativo nr. 2254

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.255 – Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrVidigal de Andrade Vieira – A Voz do Silêncio Bloco 3-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Tributo Póstumo à Francisco Cândido Xavier Bloco 4-IrAnestor Porfírio da Silva – Maçonaria, Superstições e Fé Bloco 5-IrPaulo Ferreira da Cunha – Em Demanda de Aristóteles e da sua Filosofia do Homem Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Tomás S. Araújo (Rio de Janeiro) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 2 de dezembro e versos do Irmão e Poeta Franklin dos Santos Moura (Vila Velha – ES)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 2/28 2 de dezembro  1512 — As pinturas de Michelangelo no teto da Capela Sistina são exibidas ao público pela primeira vez.  1604 — O autor teatral inglês William Shakespeare apresenta pela primeira vez ao público uma de suas tragédias: Otelo.  1804 — Coroação de Napoleão Bonaparte, o imperador de França e sua mulher Josefina de Beauharnais, a imperatriz, na presença do Papa Pio VII, na Catedral de Notre-Dame.  1805 — Batalha de Austerlitz - Napoleão Bonaparte aniquila as tropas austro-russas na que é considerada por muitos como a maior vitória da sua carreira militar.  1823 — Proclamada a Doutrina Monroe.  1825 — Nascimento do filho de Pedro I do Brasil, mais tarde o Imperador Pedro II do Brasil.  1837 — Criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.  1851  Luís Bonaparte baixa decreto declarando a dissolução da Assembléia Legislativa e restabelecendo o sufrágio universal.  Victor Hugo se exila.  1852 — Luís Bonaparte se auto-intitula Napoleão III de França e proclama o Segundo Império Francês. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 337 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 29 dias para terminar este ano bissexto Dia Nacional de Relações Públicas, dia do Astrônomo e dia do Samba Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 3/28  1860 — Abraham Lincoln é eleito presidente dos Estados Unidos.  1870 — Estreia no Brasil, em homenagem ao aniversário de Dom Pedro II, no Teatro Lyrico Fluminense, a ópera de Carlos Gomes O Guarani.  1880 — Promulgada uma nova constituição em Honduras, que moderniza a questão política do país.  1894 — Émile Roux anuncia em Paris a descoberta da vacina contra a difteria.  1901 — O americano King Camp Gillette patenteia um aparelho de barbear de lâminas descartáveis. É o início da Gillette Safety Razor Company.  1903 — O Conselho Municipal do distrito do Panamá declara sua independência da Colômbia com apoio de Estados Unidos.  1912 — Tropas do governo do Paraná combatem sertanejos do Contestado, região no Sul do país disputada pelo Paraná e por Santa Catarina.  1918 — A Armênia separa-se do Império Otomano.  1927 — É vendido o primeiro Ford A.  1936 — O ditador fascista Benito Mussolini proclama a formação do Eixo Roma-Berlim.  1937 — Getúlio Vargas extingue, através do Decreto nº 37, todos os partidos políticos.  1942 — Em Chicago, o físico italiano Enrico Fermi consegue a fissão do átomo.  1944 — Inaugurada no Rio de Janeiro, pelo jornalista Roberto Marinho, a Rádio Globo.  1945  É inaugurado em Pedras Rubras o aeroporto internacional do Porto.  Realização no Brasil de eleições para Presidente da República, Conselho Federal e Câmara dos Deputados.  Eurico Gaspar Dutra é eleito por voto popular presidente do Brasil. O PSD tem maioria na Constituinte.  1947 — Iniciado o trabalho de tradução da Bíblia para uso das Testemunhas de Jeová.  1950 — Dois porto-riquenhos tentam assassinar o presidente norte-americano Harry Truman. O atentado falha e um dos criminosos é morto.  1952 — Carlos Ibáñez del Campo é eleito presidente do Chile.  1953  Retomada das relações diplomáticas entre o Irã e a Grã-Bretanha.  Emancipação política do município de Uiraúna, Paraíba, Brasil.  1954  O Senado americano condena o senador Joseph McCarthy por má conduta durante as investigações e caça a suspeitos de comunismo.  A União Soviética anuncia ajuda militar aos países comunistas.  Início dos conflitos armados na Argélia contra a colonização francesa no país.  1956 — Fidel Castro desembarca em Cuba liderando 72 homens. Atacados pelas forças do ditador Batista apenas 12 sobrevivem.  1960 — John F. Kennedy vence Richard Nixon nas eleições presidenciais norte-americanas.  1961  Início dos combates entre as forças do Vietnã do Sul e os guerrilheiros Vietcongs.  Em Argel, uma manifestação pelo aniversário dos sete anos de rebelião contra as forças francesas resulta em 77 mortes.  Adolf Eichmann recebe sentença de morte do tribunal israelense - a única pena de morte civil levada a cabo naquele país.  1962 — A URSS lança a primeira nave espacial com destino a Marte.  1963 — No Vietnã do Sul, o presidente Ngo Dinh Diem e seu irmão Ngo Dinh Nhu são assassinados em um golpe militar.  1964  O Muro de Berlim, construído em 1961, é aberto para a passagem de pessoas acima de 65 anos.  O Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa é destruído por um incêndio.  1967 — Omar Bongo é o segundo presidente do Gabão.  1968 — Nixon nomeia Henry Kissinger conselheiro da Segurança Nacional dos Estados Unidos.  1969 — O Boeing 747 realiza seu voo inaugural com 191 pessoas a bordo, a maioria jornalistas e fotógrafos.  1970 — Dom Paulo Evaristo Arns assume a arquidiocese de São Paulo.  1971  O presidente Médici torna a Educação Física matéria obrigatória em todas as escolas.  Seis sheikh's no Golfo Pérsico fundam os Emirados Árabes Unidos.  1972 — O Partido dos Trabalhadores ganha a primeira eleição na Austrália desde 1949. Gough Whitlam torna-se primeiro-ministro.  1974 — A nave Pioneer 11 chega em Júpiter.
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 4/28  1979  O presidente João Figueiredo regulamenta a Lei de Anistia.  A população iraniana vota a favor de uma nova Constituição e dá poderes absolutos ao Aiatolá Khomeini.  1988 — Benazir Bhutto toma posse como primeira-ministra do Paquistão para seu primeiro mandato. É a primeira mulher a ocupar este cargo em um estado muçulmanomoderno.  1990  Realizada a primeira eleição após a unificação da Alemanha.  O ônibus espacial Columbia é finalmente lançado, na missão STS-35, após quase sete meses de atraso.  1992 — Retorna à Terra a nave norte-americana Columbia com seis astronautas.  1993 — Entra em vigor o Tratado de Maastricht, que estabelece união monetária, econômica e política da Europa.  1994  O governo australiano concorda em compensar financeiramente os aborígenes australianos que foram recolocados durante os testes nucleares em Maralinga, durante os anos 50 e 60.  A polícia militar descobre uma gigantesca plantação de maconha, com 500 mil pés espalhados por ilhas no rio São Francisco.  No Rio de Janeiro, o General Roberto Câmara Sena é designado para comandar a ação militar contra o tráfico de drogas e armas.  1995 — O Congresso Nacional Africano (CNA), partido do presidente Nelson Mandela, vence com 58% dos votos as primeiras eleições municipais multirraciais da África do Sul.  1997 — O presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, desativado em 1993, virou um dos maiores centros de pesquisa ambiental da América Latina.  1998 — A Autoridade Palestina é ameaçada por extremistas islâmicos depois de prender ativistas do grupo Hamas.  2001 — Último voo da companhia aérea TWA com o pouso de seu MD-80 em Saint Louis.  2007  Governo Federal anuncia o início das transmissões da Televisão digital no Brasil.  Extinção da emissora de televisão TVE Brasil.  2015 — O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceita o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 1882 Fundada no sul da Província de Santa Catarina a colônia Grão-Pará, tendo a dirigi-la Joaquim Caetano Pinto Júnior. 1883 Nasce, em Lages, Octacílio Vieira da Costa. Político, foi deputado federal e estudioso da história lageana. Um dos principais distritos de Lages levou o seu nome. 1889 Assume o governo de Santa Catarina o tenente Lauro Muller. 1906 Tem início os trabalhos de construção da Estrada de Ferro Santa Catarina, partindo de Blumenau em direção às vertentes do Rio Itajaí-Açú. A obra foi contratada pela firma Arthur Kopper & Cia., da Alemanha. 1956 Criação do município de Vidal Ramos, desmembrado de Brusque. 1735 A prefeitura de Cork, condado da Irlanda, concede alvará à Sociedade dos Francos Maçons para uma Grande Loja da Província de Munst. 1819 Hippolyto da Costa, Patrono da Imprensa Brasileira, é proclamado Membro Honorário do Supremo Conselho de França. 1964 Fundação do Grande Oriente Estadual de Pernambuco, federado ao GOB. 1997 Fundação da Loja “Fraternidade e Justiça” nr. 70 (GLSC) ao Oriente de Blumenau. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 5/28 Rua Geral dos Ingleses, nr. 6040 (Estacionamento próprio) Venerável Mestre! De Irmão para Irmão As publicidades veiculadas nas edições do JB News são cortesia deste informativo, como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais. Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 6/28 Caro Venerável, Desejas criar e manter um site de qualidade da tua Loja? Então atente para este anúncio (Coisa de Irmão para Irmão)
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 7/28 O Ir Vidigal de Andrade Vieira* é Psicólogo em Carangola – MG e Membro Correspondente da Loja Brazileira de Estudos e Pesquisas De Juiz de Fora - MG A Voz do Silêncio “O Ser Humano carrega consigo um registro perverso que, muitas vezes, o impede de avançar na sua trajetória pessoal. É a terrível ‘compulsão’ de reclamar e de se culpar ou de buscar culpados como forma de expiar comportamentos considerados inadequados por um contexto sociocultural. Ao pensar, e agir, desta forma, ficamos presos ao lodo do fundo do poço, incessantemente ‘cavucando’ no mesmo lugar e afundando cada vez mais nos nossos sentimentos de culpa. Este comportamento impossibilita olhar para frente e para o alto, e nos incapacita de sermos positivos e operantes em nossas próprias escolhas de Vida, pois ficamos à mercê dos determinismos existenciais, das vontades dos outros, das vicissitudes e de acasos externos, todos alheios às nossas escolhas e decisões. ‘O tempo é elástico. Nós até podemos fugir do assunto por um tempo, mas o elástico nos puxa e leva de volta ao ponto de partida’. (Nick Cave) É o significado latente do Inconsciente, segundo a teoria de Sigmund Freud, que nos coloca diante de imperativos adiáveis – até certo tempo –, mas que irá cobrar, inexoravelmente, o seu tributo em outro momento de nossa Vida. Muitas vezes procuramos escapar desta pressão da Vida, não fazendo escolhas, aparentemente não agindo. No entanto, conforme encontramos no seguinte texto de Martha Medeiros, mesmo quietos, passivos ou em silêncio, as nossas ações silenciosas e de frágeis escolhas irão gerar reações e conseqüências: ‘Pior do que a voz que cala, é um silêncio que fala. Simples, rápido! E quanta força! Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas. Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão 2 – A Voz do Silêncio - Vidigal de Andrade Vieira
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 8/28 não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim. É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento. Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: ‘Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!’ É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro. É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho. Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz. O único silêncio que perturba, é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada, não há recados na secretária eletrônica e, mesmo assim, você entende a mensagem.’ Como estratégias para assumir o ‘leme’ de nossa Vida, e realmente navegar em autênticas coordenadas por nós traçadas, podemos relacionar algumas reflexões: ‘Ouse, ouse, ouse tudo! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua Vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a Vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma Vida, aprenda a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na Vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da Vida!’ (Lou Salomé – In: Reflexões sobre o problema do amor); ‘Jamais haverá Ano Novo se continuar a copiar os erros dos Anos Velhos’. (Luiz Vaz de Camões); ‘Never give up! Nunca desita!’; ‘Não se deve reagir a toda provocação, pois elas podem causar a sua destruição’. (...); ‘Seja um parâmetro de qualidade. Algumas pessoas não estão acostumadas a um ambiente onde a excelência é esperada’. (Steve Jobs); ‘Quanto mais eu vivo, mais eu percebo o impacto da Atitude na Vida. Ela é mais importante que o passado, que os fatos, que a educação, que o dinheiro, que as circunstâncias, que os fracassos, que os sucessos, e do que as outras pessoas pensam, dizem ou fazem’. (Chuck Swindoll); ‘Os obstáculos são coisas que uma pessoa vê quando desvia os olhos dos seus objetivos’. (E. Joseph Cosssman); ‘A beleza não é a coisa mais importante. É a única coisa’. (Filme Demônios de Neon); ‘Se você sofre, é para você. Se você se sente feliz, é para você. Se você se sentir contente, é por você. Ninguém mais é responsável pela forma como você se sente, só você e ninguém mais além de você. Você é o inferno, e o paraíso também.’ (Osho)”  * Psicólogo e Filósofo; Professor Titular da UEMG/Unidade Carangola; Mestre em Psicologia Social pela UFES / ES; Doutor em Ciência e Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ/RJ.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 9/28 Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA- 48 anos de Maçonaria) M I da Loja Estrela da Distinção Maçônica, 953 (GOB/GOERJ) Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva – TRIBUTO PÓSTUMO À “FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER” FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, conhecido como “Chico Xavier”, nasceu em Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais no dia 02 de abril de 1910. Foi um dos mais conhecidos Espíritas do Brasil. Embora tendo sido educado na fé Católica, teve o seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em 1927, época em que começou a desenvolver sua mediunidade. Ao longo de sua vida escreveu mais de 450 (quatrocentos e cinqüenta) livros, mas nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra, pois que as recebia por intermédio de psicografia ditada por diversos Espíritos. Nunca aceitou o dinheiro auferido pela venda de nenhum dos livros vendidos, doando os direitos autorais para a Federação Espírita. O seu primeiro livro psicografado foi PARNASO DE ALÉM-TÚMULO constando de 256 (duzentos e cinqüenta e seis) poemas, atribuídos a poetas desencarnados, livro este que foi publicado pela primeira vez no ano de 1931. A partir dos anos 70 passou a ajudar as pessoas necessitadas com parte do dinheiro arrecadado com a venda dos livros. O seu nome foi muito conhecido no Brasil, por sua humanidade e assistência ao próximo. Chico Xavier foi altamente prolífico, tendo psicografado mais de 450 livros. Nunca admitiu ser o autor de alguma dessas obras; apenas reproduziria o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros, tendo sempre cedido os direitos autorais para instituições de caridade. Vendeu mais de cinqüenta milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, francês, alemão, italiano, russo, mandarim, romeno, sueco, grego, húngaro, braile, etc. Psicografou cerca de dez mil cartas "de mortos para suas famílias", nunca tendo cobrado por isso. As cartas eram tidas como psicografias autênticas pelos familiares e algumas chegaram a ser aceitas como provas em casos de julgamentos jurídicos. CHICO XAVIER foi um homem que viveu como exemplo real de tudo aquilo que transmitiu em suas mensagens, tanto recebidas por psicografias dos Espíritos, como tantas outras que aqui citaremos de sua experiência pessoal, em várias circunstâncias de sua vida, as quais são para todos nós grandes exemplos de ilibada conduta e inspiração. Dizia Chico: 3 – Tributo Póstumo à Francisco Cândido Xavier José Anselmo Cícero de Sá
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 10/28 “Se Allan Kardec tivesse escrito que "fora do Espiritismo não há salvação", eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu "fora da Caridade", ou seja, "fora do Amor não há salvação". “Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu, ser seu amigo já é um pedaço dele”. “Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.” “Quando estiveres em oração, sorvendo a taça de angústia, na sentença que indicaste a ti próprio diante das leis Divinas, roga a benção da saúde e a riqueza da paz, a luz da consolação e o favor da alegria, mas pede a Deus, acima de tudo, o apoio da humildade e a força da paciência”. “A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor”. “Ninguém morre. O aperfeiçoamento prossegue em toda parte. A vida renova e eleva os quadros múltiplos de seus servidores, conduzindo-os, vitoriosa e bela, à União suprema com a Divindade”. “A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa “O Cristo não pediu muita coisa, não pediu que as pessoas escalassem o Monte Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros”. “Os Espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar, mas é preciso que, pelo menos, nos ofereçamos uma base... Muitos ficam na expectativa do socorro do Alto, mas não querem nada com o esforço da renovação; querem que os Espíritos se intrometam nas suas vidas e resolvam os seus problemas... Ora, nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se propor resolver o problema particular de alguém...Ele se limitou a nos ensinar o caminho que necessitamos trilhar para nós mesmos”. “Nenhuma atitude no bem é insignificante... As mais altas árvores são oriundas das mais minúsculas sementes. A repercussão da prática do bem é inimaginável... Para servir à Deus ninguém necessita sair do seu próprio lugar, ou reivindicar condições diferentes daquelas que possui”. “Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparada a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos Espíritos dos que foram homem público na Terra em lastimável situação na vida Espiritual”. “O desespero é uma doença e um povo desesperado, lesado por dificuldades enormes pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento. Isto é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre da ausência de educação, principalmente, de formação religiosa”.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 11/28 “Sem Deus no coração, as futuras gerações colocarão em risco a vida do planeta. Por maior que seja o avanço tecnológico da humanidade, é impossível que o homem viva em paz sem que a idéia de Deus o inspire em suas decisões”. “Devemos fazer tudo para evitar uma guerra que viria, sem dúvida, sendo um atraso na marcha progressiva da humanidade. Quando surge uma guerra de proporções maiores, quase tudo se desmantela e, praticamente, tem que ser reiniciado”. Gente há que desencarna imaginando que as porta do Mundo Espiritual irão se lhes escancarar... Ledo engano! Ninguém quer saber o que fomos o que possuíamos que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo”. “Sem a ideia da reencarnação, sinceramente com todo respeito às demais religiões, eu não vejo uma explicação sensata, inclusive, para a existência de Deus”. “Uma das coisas que sempre aprendi com os bem-feitores Espirituais foi não tolher o Livre Arbítrio de ninguém: Os que viveram na minha companhia sempre tiveram a liberdade para fazer o que quiseram”. “Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: A mais leve contrariedade se sentem humilhadas. Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em águas de rosas... Somos Espíritos altamente endividados, dentro de nós o passado ainda fala mais alto... Não devemos ser tão suscetíveis assim”. “Agradeço todas as dificuldades que encontrei; Não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As dificuldades nos impedem de caminhar. Até mesmo as críticas nos auxiliam muito. “Emmanuel sempre me ensinou assim: Chico se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não as dê importância”. “A doença é uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente o Espírito quer jogar para fora o que seja estranho ao próprio psiquismo”. “Abençoemos aqueles que se preocupem conosco, que nos amam, que nos entendem as necessidades; Valorizemos o amigo que nos socorre que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus... mais tarde haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar da solidão!” “A caridade é um exercício Espiritual... Quem pratica o bem coloca em movimento as forças da alma. Quando os Espíritos nos recomendam, com insistência, a prática da caridade, eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma indicação ética, mas o profundo significo filosófico”. “Tudo o que pudermos fazer no bem não devemos adiar. Carecemos somar esforços no sentido de criarmos, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha à forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir”. “Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento é não julgar, definitivamente não julgar, a quem quer que seja”. “O exemplo é uma força que repercute de maneira imediata, longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo o que os outros fazem de suas vidas: cada qual é livre
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 12/28 para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes tanto para o bem quanto para o mal”. “Sempre recebi os elogios dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência que ainda não sou. Dizem que eu tenho feito muito, mas, para mim, não fiz um décimo do que deveria ter feito”. “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, ficaria muito mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!”. “Devemos aceitar a chegada da “morte”, assim como o dia aceita a chegada da noite – Tendo confiança que em breve, de novo há de raiar o sol”. “A questão mais aflitiva para o Espírito no Além, é a consciência do tempo perdido”. “Tudo tem o seu apogeu e o seu declínio... É natural que seja assim; Todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos ser “o nada”, eis que a vida ressurge triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na indefinida benção do recomeço”. “Confesso a vocês que não vi o tempo correr... Por mais longa nos pareça, a existência na Terra é uma experiência muito curta. A única coisa que espero na minha desencarnação é a possibilidade de poder continuar trabalhando”. “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. Informações: Ir Nilton Nordim Coelho - Cel (48) 99157-7780
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 13/28 Anestor Porfírio da Silva M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com MAÇONARIA, SUPERSTIÇÕES E FÉ O nosso comportamento no convívio social é invariavelmente moldado por força das circunstâncias que nos cercam, em meio às quais se destacam a “SUPERSTIÇÃO” e a “FÉ.” Essas duas superinfluências agem em nossas mentes e prestam-se, ambas, como instrumentos norteadores da conduta de incontável número de pessoas espalhadas pelo mundo afora, embora subsistindo de formas dissociadas e distintas. Isto porque a primeira, a “SUPERSTIÇÃO” é uma crendice vã sem explicação lógica do ponto de vista racional, que apresenta probabilidades locupletadas notadamente de incertezas e inverdades, que gera expectativas enganosas, especialmente, em torno de acontecimentos futuros cujas causas e ocorrências são atribuídas a fatores como sorte ou azar, no primeiro caso, pela esperança, pelo desejo de que algo de bom aconteça e no segundo, pelo medo, pelo temor de que algo de ruim também possa acontecer. A “SUPERSTIÇÃO” pode influir na conduta humana, afetando seus hábitos e provocando mudanças de comportamento. Ela é algo que nasce do nosso próprio intelecto, do nosso modo de pensar e de como procuramos entender e admitir os resultados de certos fenômenos quando desconhecemos seus verdadeiros fundamentos e as razões que os justifiquem, ou nos faltam bases científicas para compreendê-los. Ela já se tornou parte integrante do folclore brasileiro estando, hoje, espalhada por todos os rincões do nosso território, sendo minoria os que não acreditam na hipótese de que “aquilo que acontece de forma casual” na vida das pessoas trazendo-lhes felicidade, ou conduzindo-as a algum estado de insatisfação ou sofrimento, seja decorrente de força sobrenatural. Quando nos identificamos como supersticiosos, em muitos momentos do nosso dia-a- dia nos vemos diante de circunstâncias em que somos levados ao cumprimento de falsos deveres, ou ao cerceamento de nossa liberdade, deixando de fazer alguma coisa simplesmente porque aceitamos como inconteste a procedência de inexplicáveis forças sobrenaturais ou nos curvamos diante de afirmações divinatórias, acatando-as de modo incondicional pelo temor de que, se assim não agirmos, algo de ruim poderá nos acontecer. Isso se verifica, por exemplo, quando as previsões do nosso horóscopo, não nos sendo favoráveis em determinado dia, emitem-nos sinais 4 – Maçonaria, Superstições e Fé Anestor Porfírio da Silva
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 14/28 de alerta induzindo-nos à supressão ou ao adiamento de certos compromissos, ou ainda, recomendando-nos cautela e prudência no momento de agir. Há várias disciplinas inseridas no campo das superstições como a adivinhação, a cartomancia, a alomancia, a acultomancia, a aeromancia, o curandeirismo, a magia, a quiromancia, o tarô etc., que se aproveitam da maleabilidade de milhões de mentes incautas para subjugá-las, submetendo-as à aceitação de premonições que não passam de afirmações inverídicas sobre acontecimentos futuros, mas incontáveis também são os paradigmas de superstições que têm suas origens na própria cultura humana, representados por objetos, números, animais etc., sobre os quais paira a falsa convicção de que sejam possuidores de certo magnetismo ou força invisível capaz de atrair a sorte ou o azar. Apesar de tais crendices estarem fazendo parte da consciência de muita gente, não foi possível até os dias atuais chegar-se a uma comprovação racional ou científica de que tais objetos, animais, números etc., sejam mesmo instrumentos preferidos como anteparos ideais à manifestação de força sobrenatural ou magnética em nível suficiente para fazer com que o desejável ou o indesejável possa se tornar realidade. Seguindo-se pela mesma linha em que permeiam as supertições, vê-se ainda que, em outras inúmeras e diferentes situações, os efeitos originários das relações surgidas com as respectivas causas, estão para nós justificados ante a aceitação de que, sorte ou azar são fenômenos que decorrem, conforme o caso, da “força do pensamento positivo ou negativo”, da “força do destino”, do “poder invisível dos astros”, do “poder invisível dos ritos mágicos”, do “poder invisível dos espíritos” e assim por diante. Dentre as referidas disciplinas encontra-se também a astrologia, uma pseudociência apoiada por religiões ligadas à prática de magias negras, que surgiu baseada no fundamento de que a personalidade, a vida e o destino das pessoas, aqui na terra, estão sob a influência dos corpos celestes. Referida disciplina tem seus fins voltados também à prática de atividade divinatória por meio do que, com jogo de palavras e um elenco de condicionantes, elabora o que se convencionou chamar de mapa astral, cujo conteúdo tem como objetivo a assertiva de acontecimentos futuros. O aparecimento dessa pseudociência, provavelmente no terceiro milênio a.C., colaborou em muito para que a “SUPERSTIÇÃO” tivesse sua aceitação ampliada, pois embora se tratando de processo de enganosas conclusões, foi aquilo que faltava para dar confiança aos supersticiosos afim de que pudessem entender que circunstâncias meramente fortuitas, que produzem efeitos positivos ou negativos na vida deste ou daquele indivíduo, não são obras do acaso, e sim, de poderes sobrenaturais exercidos pelos corpos celestes sobre tudo o que aqui vive e reina. Porém, convém ressaltar que, aceitar os efeitos das causas em que repousam as superstições como decorrência de influência dos corpos celestes, ou da ação de forças sobrenaturais, é o mesmo que adotar postura contrária à verdade e à razão. Há quem afirme que as superstições são de origem muito antiga e remontam ao tempo em que o ser humano tinha uma visão mágica do mundo, o que o levava a acreditar que diversos fatores sobrenaturais pudessem interferir no seu destino. A segunda superinfluência, a “FÉ” é, sem dúvida, uma das maiores formadoras da consciência e da conduta humana – aqui considerada em sentido lato – é sentimento de total crença intimamente ligada à esperança, à confiança, à credibilidade em algo material ou não, que existe (ainda que sem provas) ou que, certamente, ainda possa acontecer. Ela é um sentimento de confiança, de esperança, que nos induz a termos certeza de que aquilo em que recai a nossa crença possa, em dado momento, acontecer ou, simplesmente, mudar nossas vidas para melhor. Do ponto de vista religioso, ela é a inspiração basilar de todos os textos bíblicos e sua origem remonta ao tempo em que tais textos foram escritos. A “FÉ” pode animar-
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 15/28 nos, nos consolar e nos confortar, dependendo do estado emocional ou físico em que estivermos vivendo. A “FÉ” não nos coloca diante de expectativas dúbias, enquanto que a “SUPERSTIÇÃO” , ao contrário, não se manifesta fundamentada na verdade. Entre ter fé ou ser supersticioso, parece não ser tão relevante a diferença existente, mas, inquestionavelmente, a lacuna que existe separando uma questão da outra tem a similitude de uma distância imensurável. É sob o manto das superstições que se abrigam as inverdades, as enganações, as mentiras, as coações de ordem psicológica que privam o homem em sua liberdade de agir, que o impedem do uso da razão, que degradam sua consciência, que o condicionam ao exercício de atitudes irracionais, ao cumprimento de falsos deveres e a ilusórias reverências a objetos, coisas, animais etc.. Parece-nos então, ser sem sofismas e procedente a afirmativa de que a “SUPERSTIÇÃO” nada mais é do que algo enganoso, pois se baseia em ideias e não na realidade sensível, ou ainda, um conjunto de caracteres claramente identificados como responsáveis pelos efeitos negativos que influenciam a mente humana. Sabe-se que a maçonaria, instituição cujos fins supremos são a LIBERDADE, A IGUALDADE E A FRATERNIDADE, por seus princípios, fundamentos e normas, bem como por se tratar de escola de aprimoramento moral, intelectual e espiritual do ser humano, não admite a “SUPERSTIÇÃO” por entender que: a) ela priva o homem em sua liberdade de agir; b) ela degenera a consciência humana; c) ela é uma atitude irracional; d) ela leva o homem a falsas reverências a objetos, coisas, animais, números etc.; e) ela não se fundamenta na verdade; f) ela leva o homem ao cumprimento de falsos deveres; g) etc.. Assim sendo, eis que surge uma indagação em busca de resposta e quem deve se manifestar é a Ordem Maçônica, vez que a “SUPERSTIÇÃO” sempre foi algo não aceito em seus princípios normativos e em seus rituais. O que se busca entender é a razão do êxito alcançado pelas Lojas Maçônicas na seleção de seus candidatos, ao que se presume não supersticiosos, extraídos do seio de uma coletividade em que quase todos os seus integrantes, de alguma forma são influenciados pela “SUPERSTIÇÃO”. A maçonaria trabalha inspirada na virtude, na verdade, na justiça, defendendo a liberdade, combatendo a ignorância, o erro, o vício, os preconceitos vulgares e entende que é regulando os costumes da humanidade pelos princípios eternos da Moral que poderemos dar à nossa alma o equilíbrio de força e sensibilidade tão necessário à nossa evolução rumo ao conhecimento da Ciência da Vida, síntese do mais amplo aperfeiçoamento que é a Sabedoria. Centenas de milhares de pessoas já devem ter lido ou ouviram dizer que “ninguém é perfeito.” Isso mesmo! E a maçonaria sabe que se sair por aí à procura de alguém tão especial, que preencha os requisitos do perfil ideal por ela desejado, ou seja, sem defeito, santo, mais fácil seria fechar suas portas do que encontrar esse alguém. Por isso é que seus candidatos não precisam ser santos, nem perfeitos, e podem até ser supersticiosos, mas devem ter, no mínimo, capacidade de raciocínio e estarem dispostos a aceitar mudanças em seus respectivos comportamentos, sem o que não haverá progresso, nem aprimoramento dentro da Ordem.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 16/28 Paulo Ferreira da Cunha Prof. Catedrático da Universidade do Porto - Portugal EM DEMANDA DE ARISTÓTELES E DA SUA FILOSOFIA DO HOMEM 1. Introdução. Brevíssimo Perfil e Perspectiva Comecemos por recordar alguns dados consabidos Aristóteles nasce em Estagira, 384 a. C. e vem a falecer em Cálcis, em 322 a. C. Filho de Nicómaco, médico de Amintas II, rei da Macedônia, Aristóteles seria preceptor do neto deste, Alexandre Magno. Discípulo e amigo de Platão a quem se diz teria abandonado por amor da verdade (amicus Plato sed magis amica veritas), virá a fundar o Liceu, em que, segundo reza a tradição, dava lições enquanto passeava – peripatético, pois. Não parece que De Gaulle tivesse razão ao pressentir o sopro filosófico do Estagirita em cada conquista do jovem Imperador… Pelo contrário, contristado com os ímpetos imperiais de Alexandre, retira-se para Atenas. Após a morte deste, é acusado de ser partidário dos Macedônios, e perseguido, tal como já o havia sido Sócrates. Ao contrário do filósofo mártir, e para evitar mais um atentado contra a Filosofia, exila-se em Cálcis, onde morrerá, porém, um ano depois. O quadro de Rafael, A Escola de Atenas, elucidar-nos-ia magnificamente sobre o caráter da filosofia de Aristóteles [2] . Neste, ele olha a terra, enquanto Platão contempla o céu. Aristóteles é um espírito enciclopédico, uma mente poderosa, mas sempre preocupada com o real. Diz-se anedoticamente que passou boa parte da lua de mel catando conchinhas para os seus estudos científicos [3] . Nada do humano lhe foi alheio. Alguma incompreensão relativamente ao filósofo parece dever-se ao abuso que, durante alguns momentos de decadência, os seus seguidores fizeram da sua doutrina, endeusada como autoridade intocável. Todavia, não se pode assacar tal culpa àquele que o próprio Augusto Comte apelidou de “filósofo incomparável”. Não deixa de ser curioso verificar que os críticos de Aristóteles por errado, e desligado da Natureza e do mundo, acabam por preferir o especulativo Platão, o utopista da República. As Éticas a Nicómaco, Retórica e Política, além de outras obras, incluem luminosas passagens sobre o Direito e a Política. Não sendo jurista – não se pode mesmo dizer que houvesse verdadeiros juristas antes do ius redigere in artem romano, sob inspiração aristotélica, aliás - , Aristóteles compreendeu perfeitamente a essência do Direito, e o seu contributo tem nestas áreas um valor inestimável – sempre apto a novas releituras e diferentes descobertas. Ao pensar as relações jurídicas como relações de proporção (nem desigualdade, nem igualdade matemática), ao entender o discurso jurídico como uma dialética, ao dividir a Justiça em justiça geral (moral, política, etc.) e justiça particular (especificamente jurídica, de atribuição a cada um do que é seu), Aristóteles clarificou os problemas e desbravou a floresta inicial, permitindo depois aos Romanos a construção do belo edifício do Direito. Ao mesmo tempo que delimita o Direito, Aristóteles dá os primeiros passos 5 – Em Demanda de Aristóteles e da sua Filosofia do Homem Paulo Ferreira da Cunha Hercule Spoladore
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 17/28 para a autonomização da Política: claro na divisão das formas do governo, agudo já antes de Maquiavel sobre as formas de preservá-las e quanto à corrupção que as espreita, e, sob tudo, profundamente atento às várias formas de ser do homem, à etiologia humana – pois esse é o fundo das suas Éticas: os modos de o Homem ser… 2. Evolução, Edição e Metafilosofia Rios de tinta se gastaram e continuarão presumivelmente a gastar-se com a intenção de reconstituir o verdadeiro pensamento de Aristóteles, com o fito de surpreender as diversas fases por que terá passado, de destrinçar as obras próprias das apócrifas, de refazer as atualmente indiscutidas, reordenando os respectivos livros, e até, dentro de alguns destes, alterando a ordem dos capítulos. Aristóteles é assim um enorme puzzle de múltiplas incógnitas. Inesgotável, mas, em grande medida também, desesperante. Para o nosso intento atual, não importam a maioria dessas questões, na verdade externas, hermenêuticas, arqueológicas, ou autorais. Não importa mesmo (ao menos não importa tanto assim) a pessoa histórica de Aristóteles [4]. O mais relevante para nós é um corpus textual que, embora com fortuna de recepção desigual (porque, naturalmente, mais ou menos atual numas e noutras épocas), se foi transmitindo ao longo dos séculos, e constitui inegavelmente não só uma importante reflexão sobre estas matérias aparentemente (ao menos) do punho de um grande filósofo, como também (e sobretudo) é em si mesmo digno de reflexão ainda hoje: pode servir para uma leitura e uma resposta aos desafios do presente. Esta intenção “utilitarista” hoc sensu não repugnaria, contudo, ao Estagirita, que expressamente afirma o intuito prático deste trabalho, o qual, afirma, “de nada serviria” se não ajudasse a tornar- se “mais virtuoso” [5] . As finas e penosas análises dos filólogos e outros exegetas sobre os múltiplos problemas que povoam as obras principais que respondem à questão ética e política em Aristóteles, permitem-nos sem dúvida ficarmos mais avisados contra a visão ingénua de um autor que houvesse sido simplesmente e toda a sua vida “realista”, posando para a posteridade com a figura que lhe dá Rafael, no fresco da dita Escola de Atenas, apontando o solo das coisas concretas. Advertem-nos sem dúvida para a heterogeneidade e até pelo menos aparente contradição entre materiais reunidos tradicionalmente na mesma obra. Iluminam-nos quanto à provável inautenticidade ou caráter apócrifo de alguns textos (como a Ética a Eudemo e a Grande Ética), que assim – e também porque nada de verdadeiramente novo nos trazem – eliminamos do terreno da nossa investigação. Apontam-nos continuidades e descontinuidades, semelhanças e dissemelhanças que podem sugerir outra ordem na leitura dos textos, podendo fazer-nos suspeitar de cronologias de escrita diversas da normal narratividade do princípio/meio/fim, e dando-nos a entender que tanto editores pósteros como o próprio Estagirita teriam procedido por camadas de textos, por estratificações, nem sempre em grande diálogo entre si – o que potencia possíveis contradições, e inevitáveis repetições, nem sempre sendo ajudado pelas frequentes observações “de ordem” ou de “encadeamento” do filósofo. Tudo isto é verdade. Mas há nestas verdades um bom conjunto de problemas. Se o percurso intelectual de Aristóteles permite detectar uma fase mais idealista, e uma fase mais realista, nem por isso as interpretações sobre a ordem destas fases são unânimes. Se para um clássico como Werner Jaeger o normal é que, após vinte anos de Academia platónica, Aristóteles viesse ulteriormente a ganhar voos de distanciamento (e ainda assim gradual e mesclado) face ao génio do seu mestre, passando do platonismo ao verdadeiro aristotelismo [6] , já Ingemar Duering
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 18/28 afirma precisamente uma evolução cronológica contrária: a uma primeira fase de rebeldia juvenil contrapõe uma maturidade de encontro com o idealismo do mestre [7] . E afirmará mesmo uma unidade de um Aristóteles que jamais teria embarcado nos excessos idealistas de Platão, antes tendo sempre em si coexistido o interesse especulativo e a vocação prática, o metafísico e o empírico. François Nuyens, por seu turno, considera que a divisão em três períodos, começando na receptividade a Platão para culminar numa maior independência, seria a evolução mais compatível com a psicologia do Estagirita. O mais iconoclasta de todos os autores será certamente Zürcher [8] , que reconhece em Aristóteles um simples platónico, atribuindo ao seu discípulo Teofrasto (esse sim anti-idealista) ¾ dos tratados correntemente tidos por aristotélicos. Perante tais contradições, não deixa de ser sedutor pensar que não só Platão teria experimentado essa angústia do filósofo, ou “tragédia do filósofo”, que o distingue do dogmático, e que o obriga a evidenciar diferentes pontos de vista, expondo o seu pensamento na dúvida e na tensão [9] . Só que, enquanto do mestre da Academia dispomos de um abundante material de diálogos, caixa de ressonância desse discurso problemático a muitas vozes, o facto de os diálogos de Aristóteles se terem perdido prejudica-nos essa dimensão dialéctica e auto-reflexiva, dando-nos por um lado uma geral aparência de univocidade (que para os mais desatentos se poderia tá confundir com dogmatismo…), e por outro, vendo mais no pormenor, revelando-nos o que consideramos serem contradições…ou fruto da evolução de um pensamento. Porque não, pois, um Aristóteles também com dúvidas, hesitações, e em que no limite poderiam até coexistir realismo e idealismo? Não nos preocuparemos, assim, com o apuramento microscópico de verdades e veracidades que restituam o que é do autor, ou o que é o seu vero pensamento. Como avisadamente acaba por decidir Pierre Pellegrin, é preferível, neste caso, a douta ignorância à falsa ciência [10] : e muito facilmente caímos nesta última… Como afirmou este autor para as Políticas, depois de haver desbastado largas florestas de estudos eruditos (e contraditórios) sobre a matéria, fomos levados a concluir que, quer nas Éticas quer nas Políticas, a consideração dos textos canónicos, traz frutos. Sobretudo e antes de mais o de se evitar essa metafilosofia que evita que entremos no sumo da matéria [11] . Resolvam-se como se resolverem os graves problemas de atribuição e datação, o certo é que, pondo de parte o que é mais discutível, as Éticas a Nicómaco e as Políticas constituem inegavelmente dois excelentes monumentos de formação cívica (ética e política), cujas lições merecem uma apreciação ainda hoje [12] . 3. Nomos, Ethos, Telos – Normatividade, Etiologia, Teleologia Sobre as lições a tirar da ética e da política Aristóteles importa antes de mais fazer algumas distinções. Uma coisa, desde logo, seriam as propostas éticas e políticas do autor, e outra a nossa lição a partir do diálogo com estas, que apenas podem funcionar como sugestão ou inspiração. Mas outra questão mais complexa se nos coloca. Terá Aristóteles tido realmente um intuito prescritivo ou normativo ao escrever as suas éticas e políticas? Evidentemente que sempre se escreve ou para comandar ou para ser amado, e não sendo
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 19/28 certamente este último o intuito do Estagirita, haveremos sempre de ver no que escreveu um fumus de intenção directiva. Mas há directividades e directividades… Normatividades e normatividades… Um dos objectivos de Aristóteles poderia bem ser o da descrição mais ou menos desapaixonada (como a dos animais nas suas biologias) de tipos de homens e de tipos de constituições. Esta seria a perspectiva etimologicamente “ética” (de ethos, descrevendo, como que medicamente, a etiologia, o modo de ser). Contudo – e permitimo-nos voltar à nossa hipótese – Aristóteles não passara impunemente vinte anos com Platão. Aliás, tal poderá nem ser uma influência platónica, mas uma característica do seu próprio ser. E assim, não deixa de, por entre as descrições de conceitos constitucionais mais ou menos essenciais, para além da explicitação dos diferentes vícios, exageros face a uma virtude mediana, apontar por um lado para uma Constituição ideal, excelente, e, por outro, para a virtude. Realista, por vezes cínico, alguns dirão até aqui e ali “maquiavélico” avant-la-lettre, Aristóteles não abandonará por completo os ideais. Um lugar paralelo poderemos encontrar na análise da Poética. Também este livro foi esquecido durante a Idade Média (também durante ela foi tido por inatual), e também o Renascimento o recuperaria com a pretensão de nele ver o cânone da clássica literatura que os tempos ditos de trevas teriam esquecido. O Romantismo oitocentista desferir-lhe- ia, por subordinado a epos diverso (mais barroco), um novo golpe de olvido, mas já no séc. XX (não porque clássico, mas decerto porque anti-romântico) se recuperou. Não, todavia, como regra de oiro de uma perfeição antiga que já poucos convenceria, mas como quadro descritivo dos modos de ser literários. A verdade é que, no início deste livro, logo o Estagirita anuncia o seu intuito: falar do que faz os textos literários e o que os torna excelentes [13] . É, mutatis mutandis, a mesma coisa que, na prática, é levada a cabo nas Éticas a Nicómaco para as virtudes, e nas Políticas para as constituições. Esta ambiguidade entre o descritivo e o normativo (afinal entre o ser e o dever-ser, que na metafísica de Platão se encontravam [14] ) acompanha este Aristóteles da filosofia do Homem (anqrwpina filosofia). Em todo o caso, a empresa aristotélica parece desejar uma certa purificação e autonomia do ético-político face ao metafísico. O que, sendo um ponto a favor da não-normatividade, todavia a não descarta por completo, já que, além do mais, um “dever-ser” pode ter outras radicações além da metafísica. Desde logo, importa a Aristóteles certamente essa normatividade da educação, que segundo ele (lição admirável para o nosso tempo!) deve ser a primeira preocupação dos legisladores [15] .. Talvez mais luz se projecte sobre a empresa aristotélica se aos paradigmas da normatividade e da simples descrição substituirmos o da teleologia ou finalidade. Não visa o filósofo na sua ética ou na sua política um bem substancial, absoluto, mas um bem que contribua para um fim profundamente humano: a felicidade. Da mesma sorte, a constituição excelente que se busca na política não se dirige a uma utopia sem lugar, sem povo, sem clima, sem solo, sem vizinhança, mas se almeja para cada comunidade concreta a constituição que melhor se lhe adeque.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 20/28 Este Bloco está sendo produzido pelo Irmão Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras Venerável que deixa o cargo Em 01/05/2016 o Respeitável Irmão Tomás S. Araújo, Loja Marques do Herval, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, solicita o seguinte esclarecimento: tomas-reaa@bol.com.br Tenho esta dúvida e gostaria muito de ter a sua orientação sobre o tema abordado. No mandato de dois anos de uma administração (Loja) após o 1º ano o Venerável Mestre pede afastamento por motivo de doença, pergunta; o 1º Vigilante assume, e tendo os requisitos legais, ele pode pedir sua instalação? Se puder, onde encontro o tema, pois olhei o código eleitoral e não achei. Considerações: Veja Mano, essas questões de legislação maçônica e os seus diplomas legais não são a minha especialidade. Eu sugiro que o Irmão tente encontrar uma resposta embasada 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 21/28 pela Lei junto ao Tribunal Eleitoral Maçônico, auxiliado, se for o caso pelo Ministério Público Maçônico. No meu entendimento, o afastamento definitivo do Venerável Mestre requer uma nova eleição, já que o Primeiro Vigilante é o seu substituto eventual, não o definitivo. Penso que a Instalação nesse caso está diretamente ligada à eleição para o primeiro dirigente da Loja e a sua competente homologação. T.F.A. Pedro Juk jukirm@hotmail.com Jun/2016. Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico. https://www.trolha.com.br/loja/
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 22/28 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/12/1999 Silvio Ávila Içara Data Nome da Loja Oriente 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Muller São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 11/12 Xaver Arp Joinville 13/12 Padre Roma II São José 14/12 Montes de Sião Chapecó 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Dezembro
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 23/28 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste 02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis 04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó 05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó 08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão 11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville 11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara 11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville 12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis 13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis 13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça 16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco 16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque 17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó 17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis 20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador 28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras 28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 24/28 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 2 de dezembro: A Sala dos Passos Perdidos Muitos maçons ignoram que a sala dos Passos Perdidos é uma das antecâmaras do templo e o seu comportamento reflete o ato dos profanos, quando deveria ser um local de respeito e de satisfações, momentos de troca de comprimentos, de observação, de tratos sobre a próxima entrada em templo, passando pelo Átrio Purificador. O nome "Passos Perdidos" traduz desorientação, mas apenas inicial, uma vez que de imediato surgirá o rumo certo, em especial quando o Mestre de Cerimônias estender o convite para o ingresso no Átrio. Não podemos esquecer que ao adentrar o edifício onde a Loja se localiza, estaremos ingressando em uma Loja Maçônica, não em um clube, nem em dependências profanas. Muitos confundem essas situações e apresentam-se totalmente despreparados, provocando discussões, elevando a voz, fumando, quando não bebericando (há Lojas que mantém um bar nas dependências da sala dos Passos Perdidos) bebidas alcoólicas O comportamento do maçom deve ser preparatório para o ingresso em templo; uma preparação educada e consciente, aptos para a purificação do Átrio. O maçom deve sê-lo a todo o tempo o Templo; permanentemente, uma vez que difere do profano. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 355. . Visite o site da Loja Professor Mâncio da Costa nr. 1977 www.manciodacosta.mvu.com.br Florianópolis
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 25/28
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 26/28 (pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos) 1 --- Perfeição da natureza: As inúmeras variedades de cogumelos! 2 – 24 Curiosidades sobre a cerveja que você precisa saber! 3 – Veja como se cria uma incrível arte em 3D! 4 – Esta coleção de carros vale mais de 400 milhões de reais! 5 – Igreja dos Clérigos – Porto: Igreja_dos_Clerigos-Porto.pps 6 – Moscow to Beijiinj by traim: Moscow to Beijing by train(br).pps 7 - Filme do dia: “O Segredo de Beethoven” - legendado https://www.youtube.com/watch?v=ScFStjquBqA
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 27/28 Ir Franklin dos Santos Moura Loja Prof. Hermínio Blackman 1761 Vila Velha – GOB-ES Membro Fundador da ACADGOB-ES Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo fsmoura1761@yahoo.com.br A Bola Preta Tudo começa na indicação do padrinho, um Irmão reconhecidamente exímio. Que percorreu em observação longo caminho, e após sucessivas aprovações, aguardava o escrutínio. A caneta, ansiosa fitava o pergaminho, e o candidato vive ainda hesitante. Compõe-se uma comissão que representa Nosso ninho, missão honrosa dada ao sindicante. Avaliar e conhecer no candidato suas reais intenções pois, com a Luz abre-se a porta dos Mistérios. É preciso despir-se das emoções, não sendo o parecer temerário e deletério. Ao sindicante guarda-se respeito, e o parecer é quase uma sentença. Mesmo que encolerize o peito, entre irmãos não pode existir desavença.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.255– Florianópolis (SC) – sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 Pág. 28/28 Na dúvida, chame o diálogo, com efeito, evitando qualquer julgamento. Afinal, jogue a pedra o homem perfeito e mude-se para o firmamento. Com todo processo em domínio, resta a prévia conclusão. Sendo aprovado o escrutínio, O próximo passo é a Iniciação. Exceto quando a liberdade leva ao extermínio e o resultado faz soar a trombeta. A angústia ocupa o lugar do fascínio, sendo esse o tributo à Bola Preta. É necessário refletir meu irmão, antes da escolha secreta e oportuna. O livro negro ou amarelo numa sessão, leva a Loja a balançar suas colunas. Pense que o sindicante pode se sentir em vão, Se seu parecer não produziu resultado. Solitária não é uma eliminação, e uma comissão se cobre com o manto do derrotado. O direito de escolher não se discute, porém ressalva-se o momento. Nas prévias, uma reprovação pouco repercute, e assim evita-se na Loja o sofrimento. O pranto solitário é um grito que não escuta. Trabalhar o perdão e a virtude, nosso regimento. Lapida-se por isso a Pedra Bruta. E lembrem-se que precisamos de Obreiros, ou sucumbiremos ao tempo.