1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrManoel Miguel – Luz e Trevas – Uma visão maçônica
Bloco 3-IrSalvador Allende – Origens e Evolução das Lojas e Oficiais, Séculos XVII e SVIII ...
Bloco 4-IrJosé Maurício Guimarães – O DNA Maçônico
Bloco 5-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Reflexões sobre os ensinamentos éticos de “Sócrates” e ...
Bloco 6-IrJeferson de Andrade Hartemink – Breves Comentários sobre a História da Maçonaria
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 20 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo August o Corado (Barreiras – BA)
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20 de dezembro
406 — Os vândalos cruzam o Reno para invadir a Gália.
1502 — Para se livrar de seus inimigos, César Bórgia convida-os para seu palácio de Senigallia para depois
assassiná-los.
1687 — Huguenotes - Perseguição e Dispersão: um grupo veleja desde França em direcção ao Cabo da
Boa Esperança.
1836 — Fundação do Condado de Crawford, no estado norte-americano de Illinois.
1889 — Último dia em que a grafia Província se vê no hoje O Estado de S. Paulo.
1925 — Primeira edição da Corrida de São Silvestre em São Paulo, Brasil.
1931 — Fundação da escola de samba Unidos da Tijuca.
1937 — O presidente filipino Manuel Quezon oficializa o tagalo como língua nacional.
1941 — Vargas discursa para militares brasileiros analisando a situação do Brasil perante
a guerra na Europa e o ataque japonês a Pearl Harbor; o dircurso é considerado pró-Aliados.
1943 — Ratificada pela Câmara dos Vereadores de Nova Iguaçu a emancipação de Duque de Caxias.
1947 — Emancipação do Municipio de Tucuruí, no estado do Pará, que até então era parte integrante do
Municipio de Baião, no mesmo estado.
1958
Fuga do antigo ditador cubano Fulgencio Batista (no final do dia).
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 355 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante às 22h56)
Faltam 11 dias para terminar este ano bissexto
Dia do Mecânico Automotivo
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1964 — Fundação do Banco Central do Brasil e instituído o Conselho Monetário Nacional.
1968
Voo do primeiro avião comercial supersônico do mundo: o Tupolev Tu-144.
Última transmissão do Repórter Esso, primeiro notíciário do rádio brasileiro.
1978 — Ernesto Geisel envia emenda ao congresso para acabar com o AI-5.
1991 — É declarada a extinção da URSS.
1995 — Publicada a última tira do quadrinho Calvin e Hobbes.
1999
Tratados Torrijos-Carter: os Estados Unidos transferem para o Panamá o controle do Canal do
Panamá e de todas as áreas do que fora até então a "Zona do Canal".
Vladimir Putin assume a presidência interina da Rússia, em virtude da renúncia de Boris Yeltsin ao
cargo.
1819 Nasce na Alemanha, Hermann Bruno Otto Blumenau. Dedicado à colonização no Sul do Brasil, em
1850 fundou a Colônia que levou o seu nome e a qual dirigiu até 1884. Morreu na Alemanha, a 30 de
outubro de 1899.
1862 Circula, em Joinville, o primeiro número do jornal “Kolonie Zeitung”, dirigido por Ottokar Doerffel e
que durou até 1934.
1961 As seguintes Leis, desta data, criaram os municípios de: Nr. 796, Içara, desmembrado de Criciúma; Nr.
797, Fraiburgo, desmembrado de Curitibanos; Nr. 798, Paulo Lopes, desmembrado de Palhoça; Nr.
799, Salete e Rio do Campo, ambos desmembrados de Taió; Nr. 801, São João do Sul, desmembrado
de Sombrio; Nr. 802, 803 e 804, respectivamente: Gravatal, Treze de Maio e Pedras Grandes,
desmembrados de Tubarão; Nr. 805, Benedito Novo, desmembrado de Rodeio.
1963 Lei Nr.953, desta data, criou o município de Garuva, desmembrado de São Francisco do Sul.
Instalado o município de Governador Celso Ramos.
1967 Lei municipal nr. 1458, desta data, criou a Fundação Universitária de Blumenau.
1678 Na “Kilwinning Lodge”, Escócia, encontra-se registrado que dois Aprendizes “pagaram suas
taxas e receberam suas marcas”
1804 Fundado o GC MRA do Estado de Vermont, USA.
1874 Adormece definitivamente o Grande Oriente Brazileiro (do Passeio), ao qual pertenceram o
duque de Caxias e o visconde de Rio Branco.
1948 A aprovação do Estatuto da Loja Guatimozin, nº66 constando da Ata de 20 de Dezembro de
1948, na Rua São Joaquim, 138 - Liberdade São Paulo - S.P.
1981 Fundação da Loja Maçônica Fidelidade e União no. 161 – Oriente de CAPELINHA MG –
GOMG – Federado à COMAB
1992 Fundação da Loja Maçônica Presidente Humberto Castelo Branco no. 2723 - GOB/AM.
1995 Fundação da Loja Maçônica Vale do Sabugi no. 2930 - GOB/PB.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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Feliz Natal !
Boas Festas!
São os votos de toda a equipe JB News
aos seus leitores e amigos
Ho, Ho, Ho, Ho...
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Florianópolis
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Irmão Manoel Miguel é
MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145
CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo
Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida
Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade
O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço.
LUZ E TREVAS – UMA VISÃO MAÇÔNICA.
O que seriam a luz e as trevas? Ambas não são luz? Temos uma tendência muito forte de aceitar a
luz que vemos, como algo relacionado ao bem e a escuridão, onde temos dificuldade de enxergar
as coisas, como algo tenebroso e do mal. Claro, diante da luz temos a impressão de que estamos
amparados, protegidos, sendo capazes de fazer tudo com mais facilidade. Diante das trevas,
sentimos medo, insegurança, e corremos riscos de tropeçar ou trombar em alguma coisa. Ninguém
gosta muito de desafiar o invisível aos olhos, por não saber o que pode estar na imensidão das
trevas.
Enquanto dormimos, num estado inconsciente, de plena escuridão e sono profundo, a glândula
pineal é responsável por fazer uma leitura afinada, por feedback negativo, das proporções de
secreção e qualidade dos hormônios da vida, de cada glândula do sistema endócrino. Não só isso,
durante o sono REM a glândula pineal se encarrega de secretar hormônios que vão dizer a cada
glândula do sistema endócrino como estas devem desempenhar seu papel para que a homeostase,
o metabolismo e a saúde do corpo, em especial do cérebro, sejam preservadas. Quando
acordamos, agora em plena luz visível aos olhos, tudo está renovado! É um novo dia!
Durante a relação sexual, em plena escuridão o ativo e o passivo se encontram para que a
fecundação de um óvulo ocorra, o que permitirá o surgimento da vida. Durante nove meses, em
plena escuridão aos nossos olhos, em meio a luz que permeia as trevas, uma vida se desenvolve,
sem que nosso conhecimento científico saiba como ocorreu a fusão do espírito na matéria, para
que essa vida pudesse nascer.
Quando fechamos os nossos olhos em oração ou meditação, em plena escuridão ao mundo
consciente, ao atingirmos um momento inefável em que tempo e espaço já não são identificados,
conseguimos visualizar o plano superior, entrar em nosso Templo Espiritual e dele extrair o
conforto para enfrentarmos os desafios do mundo iluminado.
Quando a identidade subconsciente dentro de nós compreende o verdadeiro significado que está
por trás do mistério da luz espiritual e da escuridão espiritual, bem como o que o mito de luz e
trevas fez conosco, ocorre uma tranquilidade profunda em nosso corpo e alma, de modo que a paz
e a calma nos trarão conforto, sempre, seja na luz ou nas trevas, mas principalmente nas trevas.
O homem espiritual é aquele que consegue enxergar mais na escuridão do que na luz. Mas, para
isso, é imprescindível que compreendamos o que realmente são a luz e a escuridão e qual é a
relação que existe entre ambas.
Jesus dizia que há doze horas no dia, e que, quem anda de dia não tropeça em pedra alguma. As
pedras, são nós, homens, e tropeçar seria falharmos no inter-relacionamento entre nós. As doze
horas, são os níveis e estágios de energia, emblemáticos aos doze signos do Zodíaco, que definem
2 – Luz e Trevas – uma visão maçônica
Manoel Miguel
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as quatro estações do ano, o tempo certo de aproveitar a luz do sol e o calor da primavera para
prepararmos o solo, lançarmos a semente e aproveitarmos a luz favorável ao nascimento das
plantações, bem como o calor ideal dessa luz, em relação à posição da Terra na eclíptica solar, de
acordo com a volta elíptica da Terra e a posição favorável que referencia o alinhamento entre as
constelações Aquário, Peixes, Áries e Touro; a semente ficou plantada na Terra em plena
escuridão e trevas, mas recebendo a Luz como se para ela não houvesse noite, despertou na
primavera, para um novo ciclo da Vida que não tem fim, a mesma semelhança entre o feto durante
a gestação. Conforme dizia Jesus, se aproveitarmos bem as doze horas do dia, passados os três
signos da primavera, chegaremos no solstício de verão, entre os dias 20 a 21 de junho (Hemisfério
Norte), no maior dia do ano, onde o Sol predomina soberano, em máximo esplendor, o que para
nossa era tem um certo atraso, em função da precessão equinocial. É época de festejar a
grandiosidade do Supremo Arquiteto do Universo, que em seu poder e domínio total, onipotente,
onisciente e onipresente, está acima de todas as coisas, reina absoluto, sem que o maior incrédulo
possa manchar sua plenitude com a nódoa de seu ateísmo. Ainda que este morra ateu, o Criador
continua a ter o domínio sobre todas as coisas, inclusive, sobre sua alma. É por isso que, em um
determinado grau do REAA, o Maçom estuda uma parte do livro de Ageu que diz: “Fala a
Zorobabel, governador de Judá, dizendo: Farei tremer os céus e a terra.” Ageu 2:21. De fato,
Jesus estava certo, quem conhece a si mesmo, anda de dia, e sabe identificar os doze símbolos do
Zodíaco dentro de si mesmo. Não só isso, a partir desse conhecimento, é capaz de identificar na
outra pessoa, antes mesmo que ela abra a boca, em que casa do Zodíaco espiritual o Sol da justiça
está dentro do outro ser, no momento da interação e locução verbal. Assim, é possível buscar a
afinação para que haja um diálogo saudável, produtivo, sem contendas, intrigas, asperezas,
falsidades, traições ou o afloramento de qualquer vício que possa corromper o que é belo na
interação entre duas ou mais pessoas, verdadeiras entidades do Altíssimo no Orbe. Toda vez que,
em nossas interações houver discórdia, ira, ou qualquer sintoma de acidez ou desafinação entre as
partes, tropeçamos em alguma pedra e nos esquecemos das doze horas do dia, ditas por Jesus. Eu
cito Jesus, porque sou cristão por escolha, mas os meus amados leitores podem trocar o meu
Mestre por qualquer outro que seja o modelo de cada um. O importante não é o personagem, mas
o ciclo zodiacal espiritual. O Sol da Justiça e a sequência ordenada dos alinhamentos entre Ele,
nós e o equilíbrio resultante de nossas interações. Se encontrarmos o ângulo certo para
encaixarmos nossas pedras, as pessoas que formam um Loja, grupo, equipe, família, etc.,
formamos o Arco Real, sem a necessidade de uma viga de ferro, sem a necessidade de massa que
dê liga, sem a necessidade de mais nada, além do equilíbrio, e tudo funciona em plena harmonia.
Estamos de fato velando por isso? Cada um responda como queira. Se somos os Obreiros da Arte
Real, construir o Arco Real a partir da harmonia e do equilíbrio dos opostos não deveria ser tarefa
difícil ou quase impossível. Ou somos ou não somos. Não existe meio termo.
O irmão Albert Pike, tão desprezado e meio que “não compreendido” no Brasil, foi o homem que
mais falou a verdade sobre essas coisas entre os Maçons iluminados dos quais tenho lido alguma
obra. Mas, para agradarmos o poder e a força, resolvemos ignorar seus escritos. Mas, como não
sou bobo, consciente de que tenho que compreender o real significado das coisas, não vivo como
Maçom que não passou do átrio do Templo. É preciso saber identificar a Luz, principalmente na
escuridão, pois é de lá que a Luz que vemos e sentimos surgiu um dia. Já vi irmãos dizer que o
irmão Albert Pike errou muito. Já sei de onde surgiu essa afirmação. Me pergunto entre os
Maçons modernos quem é que está acertando. E então, prossigo. Afinal, preciso respeitar e
permitir que todos os irmãos manifestem seus pensamentos, mesmo que perceba um tipo de venda
nos olhos de alguns.
Onde tem trevas, escuridão, tem a presença do Supremo Criador. É de lá que surge o que é visível
aos olhos. Nossa percepção de que a luz tenra que vemos é o bem e a Luz existente nas trevas é o
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mal é algo físico. Quem olha com os olhos do espírito consegue identificar a Luz em qualquer
situação, seja noite ou dia. Tudo é energia. Tudo é luz. O que importa é o grau de consciência,
habilidade o objetivo do uso da luz, em momento e fim apropriados. A luz pode iluminar ou
abrasar, dependendo apenas da aplicabilidade.
A física é a ciência que estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos naturais; estuda as
relações e propriedades, além de descrever e explicar a maior parte de suas consequências. Já os
fenômenos da ligação entre a matéria e o espírito estão além de sua competência, embora os
físicos sabem e afirmam reconhecer a relação entre o mundo físico e o mundo espiritual, como se
um fosse o espelho do outro. O que é verdade fisicamente é também verdadeiro espiritualmente.
Albert Einstein sempre teve obsessão em compreender o momento exato em que a matéria e o
espírito faziam a interligação (quando o espírito pluga na matéria, ou se desliga dela), bem como a
interface que atribuía a vida no mundo físico, porém, nunca chegou perto do domínio dessa
grandeza. Ele não foi inferior aos estudiosos do momento, uma vez que os físicos que vieram
depois dele ainda aguçam essa curiosidade sem sucesso, embora as novas teorias da mecânica
quântica progrediram bastante depois dele com suas mais modernas teorias: grande teoria
unificada; teoria das cordas; teoria do cérebro, etc.
Vemos o buraco negro no céu limpo. A luz está envelopada dentro dele além do horizonte de
eventos visíveis. Há uma quantidade maciça de luz dentro dele, muito além da capacidade humana
de enxerga-la, seja naturalmente, seja através dos mais modernos equipamentos. Nossa percepção
é a de um espaço físico escuro, quando na verdade, trata-se de um espaço cheio de luz densa ou
compacta. O vácuo que percebemos como um buraco negro está cheio de matéria e antimatéria em
forma de luz armazenada. As trevas do vácuo quântico é luz, possivelmente em estado de repouso,
para nossa compreensão. Na parábola do rico e Lázaro, Jesus dizia que havia um vácuo, um
espaço que impedia que um deles tivesse acesso ao outro. Ora, se não temos como compreender
sequer o momento em que a Vida pluga à matéria, como poderemos adentrar ao espaço negro-
iluminado da Vida? Isso nos deixa claro que a escuridão em si é uma outra forma de luz e que, em
essência, as trevas são a fonte de luz. Em Gênesis 1, temos uma visão simplificada dessa
afirmação, de que a luz surgiu das trevas. Os Mestres Maçons não deveriam ter dificuldades para
compreender isso na simbologia de suas sessões, principalmente nas sessões de exaltação a esse
grau.
Portanto, mais uma vez, o irmão Albert Pike estava certo quando afirmava que a evolução do
Maçom o permitiria ver a dualidade num primeiro momento e libertar-se dela à medida em que
avança aos graus superiores. Para o físico, as trevas não são o mal, mas sim, uma outra forma mais
refinada de luz, que o olho humano não consegue ver, e que ilumina sem queimar ou aquecer.
Essa afirmação contrapõe a dualidade de bem e mal, bem como a batalha entre a Luz e as Trevas,
e o labirinto criado pelas religiões, que coloca o homem em uma armadilha sem saída. Em Isaías
45:7, vemos: “Deus forma a luz e cria as trevas.” No livro de João 1:5 temos a seguinte
afirmação: “Deus é luz e nele não há trevas.” Ou seja, a dualidade termina na crença da unidade
do Supremo Arquiteto do Universo. Ainda que caminhemos em plena noite escura, com o céu
estrelado como única fonte de luz visível, para o homem consciente do plano superior, tudo é luz.
Mesmo aquele buraco negro visível no céu dessa mesma noite, seu interior é pura Luz. Para
externarmos a Luz de forma visível aos nossos semelhantes, é preciso que esta tenha frequências
baixas, ondas longas, etc., caso contrário, não serão perceptíveis aos homens. Todas as virtudes
são energias em frequências perceptíveis beneficamente à nós e aos nossos semelhantes, enquanto
que, os vícios, são ondas destoadas, ácidas à aceitação humana, por vezes em frequências e
comprimentos diferentes do que a fusão da matéria e espírito costuma ressoar.
Se ampliarmos nosso conhecimento sobre luz e trevas no que tange ao mal, veremos que não há
espaço para o mal no Universo. Não há alegoria ou emblema representacional do mal no
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Universo. O único lugar onde conseguiram implantar a existência do mal, para com isso
controlarem a humanidade, é nas crenças humanas. Seria trágico se não fosse cômico. No
conhecimento científico da física, não há espaço para a existência do mal, tampouco no coração
do homem sábio, que conhece a si próprio e procura conhecer o seu semelhante. O que há são 12
afinações energéticas que, quando não estão alinhadas, o equilíbrio dos opostos não ocorre, não há
harmonia, dói nos ouvidos, causa todo tipo de desavenças. Em Isaías 45:3, olhando para os
originais, termos algo assim: “E Deus te dará tesouros ocultos na escuridão, e tesouros ocultos
em lugares invisíveis, para que saibas que Ele é Aquele que te chamou pelo teu nome.”
O momento apropriado de colher é no outono, entre Leão e Escorpião. Da picada do Escorpião
ninguém escapa. E, se escapar, a flecha de Sagitário no Inverno é implacável. Temos que ampliar
nosso conhecimento quanto a isso, colher no outono, guardar o vinho, o trigo e o azeite para
degustarmos no Inverno, até que chegue a Primavera, ou nesse plano ou no plano Superior, no
Oriente Eterno. Foi exatamente o que Cristo representou na páscoa com os discípulos antes de ser
preso, sentenciado e crucificado: deu aos discípulos os frutos da Primavera e do Verão, colhidos
no Outono.
A Maçonaria não é uma entidade, uma potência, uma Loja. A Maçonaria não é uma patente da
Grande Loja Unida da Inglaterra ou de qualquer outra potência, algo que nem precisava dizer,
pois, nem a UGLE, nem mesmo outras potências reclamam por este mérito impossível de obter.
O Maçom deveria ser livre e de bons costumes, capaz de expressar-se sem depender da
autorização de um mediador carnal, como ele. Claro que, dentro dos ditames da ordem, decência e
prudência. Como somos humanos, são poucos os momentos em que tudo está Justo e Perfeito:
1) quando estamos entre Colunas;
2) quando estamos numa sessão onde todos estão focados no mesmo ideal;
3) quando estamos no inverno, ou seja, no adormecimento, nos signos entre Escorpião e Aquário,
que estão representados nos três golpes de Malhete do encerramento de uma sessão, dados pelas
Luzes da Loja: Liberdade, Igualdade e Fraternidade; ou Fé; Esperança e Caridade. Adormecemos
na fé de um dia levantarmos do sepulcro na ressurreição em nossa passagem para o Oriente
Eterno, alimentamos a esperança assertiva dessa ressurreição, onde será possível exercer o AMOR
fraternal de verdade. Por aqui, tudo é meio artificial e irreal.
A Maçonaria é a Luz de forma compacta, oculta, mística, presente no Universo, disponível
àqueles que conseguem se desvencilhar da luz aparente e olhar para a escuridão, sendo capaz de
tirar a Luz do buraco negro e a matéria da antimatéria. A Maçonaria é muito mais do que podemos
imaginar ou conceber. Ela antecede a tudo que conhecemos e que está aparente aos nossos olhos.
A Maçonaria não é marca registrada ou propriedade humana. É uma pena que poucos de nós se dá
conta disso e, por isso, caímos na causalidade ou tudo perdeu-se o sentido. Talvez seja essa a
explicação do momento turbulento da Maçonaria no Brasil. Vale a pena prosseguir como estamos,
de mal a pior? A resposta está em cada um de nós.
Autor: Manoel Miguel –
ARLS Colunas de São Paulo 4145 –
GOSP/GOB. Or∴ de São Paulo.
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Ir Salvador Allende,
MM da Loja Salvador Allende
Lisboa - GOL
Origens e Evolução das LLoj:. e Oficiais,
Séculos XVII e XVIII – algumas notas
I –Origens
A historiografia maçónica actual permite concluir que as primeiras LLoj:. especulativas
funcionavam ainda com razoável número de regras e costumes provenientes da maçonaria
operativa. Para procurar perceber a origem e evolução dos graus maçónicos iniciais é necessário
recuar, pelo menos, aos século XVII na Escócia e ao início do século XVIII em Inglaterra.
Na sua obra principal («The-Origins-of-Freemasonry-Scotland-s-Century-1590-1710») D.
Steveson (1), conclui que a contribuição medieval e renascentista para a organização e história da
Ordem, propiciou alguns dos ingredientes essenciais à formação da Maçonaria, mas que o
processo de combinação desses com outros ingredientes só ocorreu por volta de 1600 e teve
lugar na Escócia, tendo sido preponderantes os «Estatutos de Shaw».
Estes estatutos (resultado da reunião realizada em Edimburgh, em 28.Dez. de 1598, convocada e
dirigida por William Shaw, mestre geral das obras do reino da Escócia, durante o reinado de
James VI - I de Inglaterra) são o primeiro documento conhecido em que são lançadas as bases
organizativas do sistema de Lojas da Maç:. Operativa escocesa, de que derivará a estrutura das
Loj:. Especulativas .
São essencialmente regras práticas estabelecidas pelos mestres da corporação, (sediados em
Edimburgo), tornadas mandatórias para todos os membros. Os dois primeiros artigos instruem e
regulam a obediência, antecipando a iniciação maçónica, relativamente à qual não são dados
detalhes, mencionando unicamente o juramento (“taking of the oath”) e a transmissão da
“palavra de maçom” (“mason word”). Já em 1695, o manuscrito conhecido como “Edinburg
Register House”, explicita que o juramento é efectuado sobre a Bíblia e o candidato «jura por
Deus”, S. João, o esquadro e o compasso.
3 – Origens e Evolução das Lojas e Oficiais, Séculos XVII e XVIII –
Algumas notas – Salvador Allende
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Segundo P. Naudon (6) os estatutos de 1599, definem também a jurisdição da Loja e estabelecem
as taxas mandatórias. O Mestre (aqui entendido como grau honorífico) ou guardião («warden»)
tem o poder de verificar as qualidades e aptidões dos companheiros, bem como a capacidade de
expulsar os incumpridores, podendo também nomear um secretário.
Estes estatutos utilizam os termos, Aprendiz (“journey man” de início e mais tarde ”entered
apprentice”) e “Fellow-Craft” (Companheiro do Ofício), o que prova a existência de pelo menos
dois graus na maçonaria operativa escocesa do século XVII.
Nesta maçonaria escocesa coexistiam dois tipos de estrutura: Uma estrutura administrativa, civil e
pública, a «Incorporation» (Corporação) e outra, a Guilda dos Mestres, que controlavam o
emprego nas cidades e povoações mais importantes, sendo estruturas discretas / semi-«secretas»,
próprias da Loja. Estas duas estruturas, em princípio independentes, eram na realidade
complementares, originando por vezes inúmeras rivalidades e conflitos. A «Incorporation» era
composta por “Mestres”, que possuíam na Loja o grau (honorífco)”mais elevado”. Este título não
era em si mesmo um grau, mas uma dignidade civil que se adquiria por herança, matrimónio ou
até por compra.
A Maçonaria emergiu e consolidou-se na Escócia no século XVII baseada em Lojas,
organizações secretas ou discretas / semi-secretas de iniciados, combinando fraternidade e
sociabilidade com segredos e terminologia próprias, esforçando-se genéricamente em regular a
entrada de artífices da pedra (“stonemasons”) e regulamentar as respectivas práticas de trabalho.
Efectuavam rituais de iniciação e identificação, descritos nos catecismos.
Alguns homens de níveis sociais distintos, no decurso desse século (XVII), começaram a
despertar a curiosidade para com os segredos dos “stonemasons” e a assumpção de que a sua
Ordem tinha um estatuto intelectual único, tendo alguns desses “outsiders” sido iniciados em
lojas. Existem evidências de que certas personalidades, próximas das correntes iluministas e
rosa-cruzes da altura, entre os quais Robert Moray (i), passaram e/ou debruçaram-se sobre estas
organizações. A organização discreta / secreta, a existência de certos ritos despertaram-lhes
interesse, mesmo que a sua passagem por elas , durante todo o século, tenha sido extremamente
rara, esporádica ou efémera.
Desde o final do século XVI e sobretudo no século XVII, entre os factos que evidenciam
fortemente que tenha sido a Escócia preponderante no aparecimento da moderna Maçonaria,
apontam-se a existência dos registos mais antigos de:
- Utilização do termo “Loja” no sentido moderno do termo e evidência de que estas instituições
existiam permanentemente;
- Organização de lojas a nível nacional c/ Registos oficiais e actas de reuniões efectivas;
- Exemplos de “não-operativos” (“no working stonemasons”) que se juntaram às lojas;
- Referências à “palavra de maçon” / “mason word”;
- catecismos macónicos expondo a “palavra de maçon” e descrevendo iniciações maçónicas;
- Evidências ligando a maçonaria da loja com ideais éticos específicos, expostos pela utilização
de símbolo
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- Utilização de dois graus ou níveis na maçonaria;
- Utilização dos termos “entered apprentice” e “fellow-craft” nesses graus;
- Evidencia da emergência dum terceiro grau (loja de Edimburgo), pela utilização de “master”
como estatuto no mínimo diferente de “fellow-craft”
Percorrendo os registos do século XVII até aos imediatamente anteriores à criação da Grande
Loja de Londres (G∴ L∴ L∴), Steveson (1) e Naudon (6), comprovaram que a maçonaria
escocesa possuia já um grau de organização e expansão nacional, muito mais consistente do que
acontecia em Inglaterra, na mesma época. Existe evidência de que em 1710 estavam activas 25
lojas na Escócia, tendo mais algumas sido referenciadas ao longo do século, no entanto inactivas
ou extintas nessa data. Destas 25, 20 continuaram activas e destas últimas, actualmente 80% ainda
existe, o que configura um registo notável.
Há contudo dois aspectos fundamentais, face à moderna maçonaria, que não existiam na Escócia
do século XVII:
- Inexistência duma autoridade central de supervisão, como uma Grande Loja face à rede de
lojas existente (apesar de Schaw e alguns dos sucessores o tentarem numa forma mais estatutária
que efectiva);
- Inexistência de lojas compostas unicamente por não–operativos.
A dificuldade de generalizar o comportamento das Lojas, já que diferem considerávelmente em
tamanho e composição, aplica-se também aos seus membros. Os «não operativos» ou
«gentleman-masons» tinham como atractivo nas Lojas, um ideal de amizade, uma mistura social
informal (embora dentro duma instituição formal) e o banquete anual, podendo adicionalmente
percepcionar traços do antigo, do secreto, do misterioso e do ritualístico.
Parece ter sido esta a causa, mas podemos questionar o real motivo do aparecimento destas lojas
pré-especulativas, sendo que está comprovado que a Escócia foi dos países em que a maçonaria
operativa mais persistiu de forma organizada, o que comprovadamente não aconteceu na
Inglaterra.
Como refere Dachez (3), contrariamente às versões clássicas, o aspecto mais importante do
trabalho de Steveson (1) foi evidenciar que a característica da “aceitação”, expressão típicamente
inglesa, utilizada para justificar a penetração dos especulativos nos operativos, jamais foi
utilizada na Escócia durante o século XVII.
Steveson (1) mostrou inequivocamente que esta organização, profundamente inovadora era
estritamente específica da Escócia, sem que anteriormente, nenhum sistema idêntico tenha
existido. A partir deste trabalho, por consulta dos registos disponíveis das lojas, é possível
identificar e estudar os 139 membros não operativos recebidos nas Lojas escocesas entre 1637 e
1717. É no mínimo curioso observar que o pastor Anderson, escocês, filho do secretário da Loja
escocesa de Aberdeen, ignora por completo estes escoceses não-operativos. Terá sido o pelo
facto de constituírem, na sua maioria, fervorosos stuartistas?
O panorama das lojas escocesas maioritáriamente operativas irá mudar consideravelmente a partir
da morte de Carlos II. O quantitativo de personalidades não operativas recebidas nessas lojas,
desde a ascenção ao trono de James II em 1685, eleva-se a mais de uma centena até 1717,
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aproximadamente o quintuplo dos recebidos na totalidade do reinado de Carlos II, num período de
tempo sensivelmente equivalente.
A prática comprovada, mas excepcional, das Lojas receberem a titulo honorário pessoas
exteriores à profissão, que raramente lá voltavam, terá produzido, segundo Dachez (3), um
conjunto de “maçons livres” com a possibilidade de transmitir uma Maçonaria que foram
transformando em função dos seus próprios objectivos e preocupações intelectuais. Tinham
descoberto algo que vivamente lhes interessou, um ritual e uma tradição.
Assim a «fronteira do Norte» terá sido permeável à expansão até ao Sul de Inglaterra destes
maçons «não-operativos», que a maçonaria operativa nunca integrou internamente, justificando
que, desde a origem, a maçonaria inglesa do século XVII tenha sido puramente especulativa.
Parece não existir outra explicação plausível para a admissão de elementos não operativos nas
Lojas Escocesas, já que por volta de 1717 estas ainda possuíam um importante papel na àrea da
construção e contrariamente ao que se passava em Inglaterra, não reuniam em tabernas ou em
locais esporádicos, mas em edifícios ou locais que lhes pertenciam.
II – Os Ofícios nas Lojas Escocesas do século XVII
Nas lojas operativas de maçons da Escócia do século XVII, existia segundo Dachez (3) um
presidente, designado de «Warden» (etimologicamente «o Guarda»). Em contrapartida, o
responsável da «Incorporation» escocesa designava-se por «Deacon» (Diácono). As rivalidades
entre as estruturas das Lojas da «Incorporation» e as das outras Lojas, explicam que se pudessem
encontrar , nalguns casos, a existência de «diáconos» também nas segundas.
Quer junto aos «Warden» das Lojas quer aos «Deacon» das ”Incorporation”, não se registam
nessa época, outros cargos nas Escócia. Contudo é provável que existisse uma espécie de
secretário-tesoureiro, provavelmente exterior ao ofício (um «clerk» ou clérigo), já que esta função
não era considerada na época, indispensável à loja.
III - As Lojas «Antigas» de Inglaterra
Em Inglaterra a iniciação de cavalheiros (“gentlemen”) em Lojas é registada desde 1640, mas aqui
o processo é muito mais obscuro.
Sendo um facto práticamente inequívoco que a maçonaria especulativa, tal como a entendemos,
surgiu na Inglaterra, não existem contudo documentos suficientemente esclarecedores de que
elementos estranhos ao oficio fossem admitidos em lojas operativas inglesas. Relativamente a
estas últimas e ao seu funcionamento como estrutura permanente em todo o território, os
investigadores não detectaram dados fidedignos. Para os que defendem a paternidade / primazia
da Inglaterra no aparecimento da Maçonaria especulativa, sobretudo entre os séculos XVII e
XVIII, apontam-se os seguintes factos:
- cópias mais antigas das “Old Charges” (não são conhecidas cópias escocesas anteriores a
meados do século XVII);
- utilização generalizada do termo “freemason” e utilização do termo “maçon aceite”(“accepted
mason”);
- Lojas compostas unicamente por “não operativos” (que se pode interpretar como indicando que
a “maçonaria” inglesa era, muito mais que a escocesa, uma criação sem, ou com reduzida
sustentação profissional);
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- criação da primeira Grande Loja
Conforme referem Knoop e Jones (4) e (7), os únicos factos mais ou menos incontestados,
comprovam que desde a sua origem, as lojas maçónicas inglesas são puramente especulativas,
contando-se como excepção, como vimos, a loja de Chester. Neste espaço de tempo existiu
também a Companhia dos Maçons de Londres, restrita à àrea da capital, a única Guilda conhecida
em Inglaterra para a profissão de maçom, não se conhecendo mais nenhuma estrutura comparável.
Esta Corporação procurou o suporte de vários patronos oriundos de famílias nobres e
comerciantes, para o que instituiu a figura de membros honorários, com a finalidade de ajudarem
a assegurar o fundo económico de apoio aos associados.
Recorde-se que a Escócia era, no início do século XVII um pais estrangeiro e inimigo, existindo
poucas relações entre ambos, pelo que a existência de Lojas operativas organizadas por toda a
Escócia não poderá, por si só, impulsionar ou servir de catalizador do surgimento duma Maç∴
especulativa, no sul de Inglaterra, vários anos mais tarde.
A tese de Colin Dyer (7) (a teoria do “empréstimo” / “emprunt” em francês), seguida por outros
autores ingleses contemporâneos, aponta para que o movimento que dá origem à maçonaria
especulativa tenha tido origem e motivações claramente religiosas. O estudo comparado das
“Old Charges” (“Antigos Deveres”) estabelece claramente que este movimento, aparentemente
secreto (o que à luz da história da época se torna compreensível), não teve qualquer ligação com a
maçonaria operativa. Teria sido estabelecido por altura de 1560 ou 1580, época em que os
conflitos religiosos atingiram grande intensidade (atestam por exemplo que o Manuscrito da
“Grande Loja, nº1” não teve nada a ver com o de “Cooke”, sendo um documento totalmente
novo, já que a ortografia utilizada segue a das Bíblias publicadas em Inglaterra após a Reforma,
ou seja a partir de 1540, ou seja quase cerca de 180 anos após este).
Os trabalhos de D. Steveson (1) trouxeram contudo uma nova interpretação da controversa questão
das fontes da maçonaria especulativa, tendo detectado um novo ponto muito importante, a
curiosidade e o interesse com que, desde a origem, algumas personalidades entre as quais Sir
Robert Moray e Elias Ashmole, se debruçaram sobre estas Lojas escocesas. A prática
excepcional mas comprovada, de receber a título de membros honorários, pessoas estranhas ao
ofício, terá permitido constituir uma população de “maçons livres”, que embora numéricamente
fraca é real e activa. Poderão as lutas religiosas de 1640 a 1660 /80 e depois entre stuartistas
e hanoverianos, estar na origem da falta de documentação relativa às Lojas Inglesas ???
Há contudo uma data a que devemos prestar atenção e que não é muitas vezes referida, que é
1707. Neste ano realizou-se o “Acto de União” transformando a Escócia e a Inglaterra num
único reino. As duas nações que tinham estado até aqui de costas voltadas e muitas vezes em
guerra, iniciaram finalmente uma lenta mas real aproximação, sem que contudo a desconfiança
dum país face ao outro se tivesse automáticamente atenuado.....
IV - Os Ofícios nas Lojas Inglesas, no século XVIII
O modo como , quando e donde o sistema escocês se terá transmitido a Inglaterra, continua a ser
um enorme mistério, pesem embora os novos desenvolvimentos e análises surgidos, em especial
a partir das décadas de 30 e 40 do século passado, com os trabalhos de Knoop e Jones (4).
Nas Constituições de 1723, título IV , efectua-se a distinção entre Mestres, Vigilantes,
Companheiros e Aprendizes, sendo que aqui Mestre não significa o grau (que não existia
oicialmente, à data), mas o responsável da Loja.
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Surge deste modo outro Cargo / Ofício, para além de Mestre, os Vigilantes (“Wardens”), que
ocupavam o lugar em Loja logo a seguir ao do responsável da Loja (Mestre), representando
portanto uma graduação superior à de Companheiro (“Fellow-Craft”). Estava também previsto
que, por incapacidade do Mestre da Loja, seria o «Senior Warden» quem o substituiria e por
incapacidade deste, seria então o «Junior Warden», ou seja o vigilante mais jovem (equivalente ao
actual 2º Vigilante).
É importante salientar o que terá motivado a passagem de um «Warden» ou único Vigilante, para
os dois vigilantes actuais. Julga-se que este desdobramento poderá ser o resultado de passar a ter-
se em conta a antiguidade na função, ou seja o que analogamente distingue um Responsável da
Loja («Master of the Lodge») de um anterior («Past Master»).
Em resumo, por volta de 1723 a loja era dirigida por um «Master» (Mestre da Loja) assistido por
dois Vigilantes («Senior Warden» e «Junior Warden»). E os restantes cargos, onde estarão? No
Artigo 17 dos «Regulamentos Gerais» da Grande Loja, encontramos referência a um Grão-
Mestre, um Grão-Mestre Adjunto, dois Grandes Vigilantes, um Tesoureiro e um Secretário e a
mais dois oficiais que podiam temporariamente exercer o seu ofício. No entanto no período de
1717-23 não existem registos das reuniões da Grande Loja, pois foi sómente em 1738 que o
reverendo Anderson reconstituiu as Actas anteriores….
No primeiro quartil do século XVIII (década de 1720 /30) surge em Inglaterra um novo grau, o de
Mestre. Este grau é puramente inglês e surge pela adição duma lenda (a “lenda de Hiram”), ao
segundo grau de Companheiro do Ofício escocês («fellow-craft»). Está assim criado um sistema
de três graus, em que o novo grau de Companheiro provem duma divisão do antigo primeiro grau
escocês. Daqui resulta alguma confusão entre o grau própriamente dito de «Mestre Maçom»
(«Master Mason») e o de Mestre da Loja («Master of the Lodge», actualmente “Venerável”).
Com o surgimento do grau de Mestre, depois de 1730 (oficiosamente em «A Maçonaria
Dissecada» de S. Prichard) foi necessário modificar o conteúdo do Título IV das «Constituições»,
pelo que a Loja passou a apresentar os seguintes graus: Aprendiz entrado (“Entered Aprentice”),
Companheiro do Ofício (“Fellow-Craft”) e Mestre Maçom (“Master Mason”).
Passam a eleger-se dois Mestres Maçons como Vigilantes e para se ascender a Mestre da Loja era
necessário ter sido previamente Vigilante. Temos assim que, genericamente, a palavra «Master»
(Mestre) pode apresentar agora dois âmbitos, um grau e um ofício.
.1 - Os Diáconos
As primeiras referencias a estes oficiais («Deacons») surgem somente a partir dos anos de 1740,
correspondendo à época em que os irlandeses começam a sobressair na maçonaria londrina,
resultando na constituição da Grande Loja dos «Antigos» em 1753. Quer no Manuscrito de
Wilkinson (1727) ou nos textos de Prichard não existe referência aos diáconos para acolhimento
dos Candidatos (à semelhança da Maçonaria inglesa contemporânea), mas sim ao 2º Vigilante
(esta tradição passará para França, subsistindo no Rito Escocês Rectificado – R.E.R.).
Temos pois que o que o ofício de «Warden» (Vigilante) das lojas escocesas foi facilmente
adoptado em Inglaterra, enquanto o de diácono («Deacon») proveniente das «Incorporations»
escocesas, necessitou de mais tempo, por ser provavelmente estranho à organização das lojas
inglesas. É portanto através dos irlandeses, que se processa a sua entrada em Inglaterra. Coloca-
se pois a questão de encontrar eventuais relações entre as Lojas escocesas e irlandesas que
fundamentem a similitude e aplicação (ou não), deste cargo.
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.2 – O Guarda do Templo ( “Tuilleur” / Trolhador , em francês)
Anderson, nas Constituições de 1723 faz alusão a um Irmão encarregue de guardar exteriormente
a porta da Grande Loja, não designando contudo essa função. Parece que este oficio terá sido
resultado duma inovação da Grande Loja, estendendo-se posteriormente às que pretenderam
imitá-la, o que se pode aplicar também à situação francesa.
Aqui a palavra e o ofício de “Tuilleur” (Trolhador) aparecem aplicados pela
primeira vez a uma loja por volta de 1740, sendo as respectivas funções e papel plenamente
explicados e justificados.
É a partir de 1750 que se regista na maçonaria inglesa uma situação completamente nova, com a
evolução dos cargos entre os «Antigos» e os «Modernos», motivados pela forte disputa entre as
duas Grandes Lojas, que durará até à sua completa fusão em 1813, constituindo a Grande Loja
Unida da Inglaterra (GLUI). Nesta fusão, os procedimentos defendidos pelos «Antigos» saem
vencedores em toda a linha.
Como principais alterações surgidas no período posterior temos:
- O responsável da Loja passou a ser o «Mestre da loja» e já não o «Warden» ou o «Deacon»
- o Presidente passou a ser ajudado por um e depois por dois Vigilantes («Wardens»), impondo-se
progressivamente a estrutura do Venerável Mestre, secundado por dois Vigilantes.
- Até 1740, esta estrutura só era conhecida e praticada pelas Lojas que constituíam a Grande Loja
de Londres.
- A partir desta altura e através dos maçons irlandeses, que tinham hábitos, usos e tradições
próprias, surge um novo sistema que se traduz na constituição da «Grande Loja de Inglaterra,
segundo as Antigas Instituições».
.3 – As divergências mais importantes entre «Antigo» e «Modernos»
Em 1772 os «Antigos» elaboraram um conjunto de pontos em que defendiam a legalidade e
práticas da «antiga arte» (apesar de surgirem cerca de 36 anos após os «Modernos»….. ). De entre
esses pontos constam os seguintes, directamente ligados aos ofícios da loja:
.3.1 – O Venerável Mestre
Acusavam os Modernos de ignorar a “instalação secreta do Venerável Mestre”, que os irlandesas
consideravam como essencial.
Não existe contudo nenhum testemunho deste acto em Inglaterra antes de 1760. Nele dá-se a
transmissão duma palavra, um sinal e um contacto, que permitia posteriormente o acesso ao grau
do Arco Real, considerado pelos irlandeses como o grau máximo da Maçonaria.
.3.2 – Os Diáconos
Os Modernos também eram acusados de ignorar os «diáconos» em Loja. Recordemos que os
«Deacons» existiam na Escócia no século XVII, na «Incorporation», mas não surgem na G.L.L.
em 1723. São os irlandeses que estabelecem a figura do Diácono, em loja, na Inglaterra. No
entanto a existência e a prática deste oficio está plenamente comprovado nas lojas irlandesas entre
1733 e 1743 (registo de cerimónias e desfiles em Dublin, entre outros).
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Este cargo passa a ser oficial e de pleno direito na hierarquia das Lojas dos «Antigos», a partir de
1753, logo a seguir ao 2º Vigilante. Embora fosse um cargo desconhecido dos «Modernos» é
progressivamente estabelecido nas suas lojas (até 1810 / 12), portanto antes da União de 1813.
Os diáconos utilizavam um bastão preto com jóias prateadas. Na prática desempenham as funções
que actualmente estão adstritas ao Mestre de Cerimónias e ao Experto.
.3.3 – O Guarda do Templo
Este ofício já foi referido no ponto .2). Em França já tinha aparecido o «Tuilleur» (Trolhador)
que tinha como funções adicionais à da guarda exterior da porta do templo, as de entregar em mão
aos Irmãos as Convocatórias, devendo também, antes das Sessões, traçar o Quadro da Loja.
Anexo ao «Tuilleur» surge por volta de 1813 um «Guarda-Interno», resultando do simples
desdobramento das funções anteriores.
A estrutura da Loja resultante da fusão que deu origem à G.L.U.I. foi buscar a maioria das funções
e ofícios ao ritual dos «Antigos» . Foi assim que estas funções se mantiveram praticamente
inalteradas até aos nossos dias.
V - As Lojas “Escocesas” em França
A Maç∴ stuartista chegou a França em 1688 através das primeiras lojas militares que se formaram
nos regimentos que acompanharam James II, no exílio em Saint Germain de Laye. Existem
provas de que a fuga para França intensificou a criação de Lojas maçónicas nos regimentos
stuartistas. Por volta de 1689, os regimentos escoceses e irlandeses sediados em França possuiam
«staffs» maçónicos.
É possível que a primeira loja em França tenha sido a que mais tarde se designou por “La Parfaite
Égalité” (inicialmente “Irish Guard Lodge”), loja militar real irlandesa do coronel Walsh, do
regimento de guarda pessoal de James II. Quatro anos depois da sua fundação o Grande Oriente
de França reconhece em 1777 que essa loja foi constituída em 25 de Março de 1688.
A primeira loja francesa, indiscutivelmente conhecida, foi fundada em 1725 por Charles
Radcliffe de Derwenwater e outros fervorosos stuartistas. Sensívelmente por volta de 1728, as
lojas escocesas em França, reconheceram como Grão-Mestre o duque de Wharton, anterior gão-
Mestre da G∴ L∴ L∴ e apoiante dos Stuarts. Foi o duque de Montagu, que sucedeu desde 1721
ao pastor J. T. Deságulièrs, que se comprometeu a introduzir em França a Maçonaria especulativa
(tendência «moderna», hanoveraniana ou “inglesa”).
O conflito provocado pela existência de duas categorias de lojas rivais – escocesas e inglesas,
transpôs-se e desenvolveu-se também em França, até à criação da Grande Loja de França e da
nomeação do duque de Antin, par de França, como Grão-Mestre “ad vitam” (vitalício), em 24 de
Junho de 1738. Do desenvolvimento dos ritos da época, a par das teorias filosóficas que
sustentaram o aparecimento da Real Society, acabaria por surgir o Rito Francês. Mais tarde e
embora apresente maior parentesco com a matriz escocesa, acabaria por surgir o Rito Escocês
Antigo e Aceito, assim designado apesar do berço francês.
VI - Os Cargos nas Lojas Francesas
Nos documentos transcritos para francês, relativos aos “Antigos”, é descrita a existência de dois
diáconos, designados respectivamente por guias de intendência e de circulação, desempenhando
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estas funções. O R.E.A.A. suprimiu os diáconos, substituindo o o guia de circulação pelo Mestre
de Cerimónias (MC) e o guia de intendência pelo Experto (EXP).
O número de Oficiais das Loj:. Maç:. varia conforme os ritos praticados, existindo contudo um
trio dirigente comum a todas, o VM:., o 1º VIG:. e o 2º VIG:.. Em França, o cargo de Orador
surgiu entre 1725/30 para libertar o VM:. das funções de análise e resumo dos Trabalhos,
conformidade com as Declaração de Princípios, Estatutos e Regulamentos da Ordem e conclusão
das sessões.
Nessa época, as lojas inglesas eram compostas únicamente por cinco oficiais: Presidente, dois
Vigilantes, Secretário (SEC) e Tesoureiro (TES). A partir de 1735/6, segundo registos do GOdF,
as Loj:. francesas vão sendo progressivamente completadas com um SRC e um TES. Cerca de
quatro anos depois (1740), verifica-se que já trabalhavam com um ou dois IIr:. cuja função era
garantir a segurança interior e exterior do Templo.
No R.F., os Oficiais que constituem o corpo das Loj:., a partir de 1750, são básicamente os
existentes actualmente, salvaguardando ligeiras diferenças (o diácono que circulava na Loj:, deu
lugar ao MC). Quanto ao grau necessário à nomeação para Oficial, verifica-se práticamente nos
diversos Ritos uma “norma” quase universal, exigindo-se o grau de M:.M:. (salvo casos de força
maior - lojas recentes e/ou períodos de perturbação ou perseguição à A:. Ord:.).
No R.E.A.A. a estrutura mínima da Loja contempla 10 oficiais. Segundo alguns autores este
termo não terá a origem militar que lhe é atribuida (essencialmente devido ao papel dos militares
na expansão da Maç:., nos Séculos XVIII e XIX), significando o M:.M:. que desempenha
determinada tarefa ou ofício. Irène Manguy (11) aponta para a sua provável origem militar, sem
contudo fundamentar esta posição.
VII - Considerações sobre a Simbologia dos Oficiais das Lojas
A transitoriedade dos cargos (inicialmente não era assim e França, especialmente no caso do
“Venerável”) é uma constante da vida maçónica em Loja e como tal deverá ser encarada,
equivocando-se aqueles que se possam julgar mais importantes ou de estatuto mais elevado pelo
cargo que ocupam, defendendo por vezes até aos limites a sua permanência e bloqueando a
renovação.
Segundo Béresniak (5) “Nada é mais prejudicial para o despertar iniciático que um
comportamento puritano ou purista em relação aos rituais, já que é necessário estar consciente
que nem tudo é igual e que há que aprender a distinguir as frases ou expressões carregadas de
profundo sentido, do restante conteúdo, por forma a que aquelas despertem e estimulem o espírito
do Maç:.”.
Os Vigilantes, o Mestre de Cerimónias ou o Experto, como qualquer outro oficial, não são mais
do que elos da cadeia de união que nos liga e orienta no trabalho em Loj:. e até, eventualmente,
fora dela. Como refere Mainguy (11), “O ritual é essencialmente o veiculo de transmissão e
por extensão a ligação e o cimento que une os Maçons entre si”. Sem o Ritual, a Maçonaria
seria uma espécie de clube ou associação de pessoas que quinzenalmente se reuniam para
conviver, uma espécie de «clube rotário» ou «associação sem fins lucrativos», tão ao estilo
anglo-saxónico.
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Béresniak (1) refere que os Estatutos do Grande Oriente de França de 1826, já definiam as
funções do EXP e do MC de modo muito semelhante ao actual. Nessa altura e em algumas
ocasiões o EXP recebia o apoio dum 2º EXP, partilhando funções entre eles. Este era conhecido
nas Lojas francesas antigas pelo "Irmão Terrível", resultante das funções de “assustar” os
recipiendários, colocando à prova a sua coragem e de impedir o acesso de profanos ou
provocadores ao Templo. Era também responsável por, na Câmara de Reflexão, despojar o
candidato dos metais, colocando-o no estado de «nem nu nem vestido», até à conclusão das
provas iniciáticas (no rito de Salomão continua a utilizar-se essa designação, durante as
cerimónias de iniciação).
Oswald Wirth (10) situa a Loj:. segundo uma orientação “geográfica e sagrada”, estabelece para
a localização e significado dos quadros da Loja, um conjunto de analogias "planetárias e
astrológicas”, fazendo corresponder aos oficiais as seguintes correspondências:
Venerável ---> Júpiter; Primeiro Vigilante ---> Marte; Segundo Vigilante --->
Vénus;
Orador ---> Sol; Secretário ---> Lua; Experto ---> Saturno Mestre de
Cerimónias ---> Mercúrio.
Boucher (5) aceita estas correspondências, excepto as duas últimas (Saturno / EXP e a Mercúrio /
MC).
Segundo ele, os Oficiais assim definidos situam-se também perfeitamente nos vértices duma
estrela de seis pontas ou «selo de Salomão». O VM:. e os 2 Vigilantes que «dirigem» a Loj:
formam o triângulo ascendente, o ORA, o SEC e o GI, que a «organizam», formam o triângulo
descendente (ver tb/ o EXP – MC – VM).
Podem-se igualmente distribuir os Oficiais da Loj:. segundo os vértices dum pentagrama ou
estrela flamejante.
Em sintese e ainda segundo Boucher (6), podemos adoptar o esquema sefirótico para as Lojas
mais importantes, o hexagrama para as que o são menos e o pentagrama para as mais pequenas,
que não têm necessidade do G.I.
Quanto a este tema D. Béresniak (5) sustenta que , “...devido ao facto do Templo representar a
qualidade de “o meio", no sentido pitagórico do termo, entre o micro e o macrocosmos, já que
a sua altura – segundo referem os antigos rituais – é infinita, motivo pelo qual o tecto está
decorado com estrelas sugerindo precisamente essa característica, a alocação tradicional
retomada por Wirth poderá estar perfeitamente justificada”. (f.c.)
Há contudo a necessidade de manter alguma prudência, assegurando alguma distância face às
especulações esotéricas e simbolistas, já que segundo Béresniak (1) “.....O simbolismo, do mesmo
modo que a linguagem, é ao mesmo tempo a melhor e a pior das coisas. Pode despertar e
estimular ou embrutecer. Pode libertar ou alienar” e mais à frente: “ .....A Loj:. deveria ser o
lugar privilegiado para o estudo do simbolismo. O clima que lá se encontra é o mais propício e
estimulante para explorar esta ciência. Lamentávelmente não é assim, já que muitas Loj:.
desprezam o simbolismo e outras confundem simbolismo com ocultismo, interpretando à letra as
analogias simbólicas, como se fossem verdades eternas em si mesmas.” (f.c.).
Mas o ritual não pode ser a essência única da vida maçónica. A sua compreensão, contribuindo
para a nossa progressão individual a caminho do conhecimento e da Luz, só alcançará o seu
sentido profundo, se constituir a alavanca que sustenta o nosso trabalho na direcção da
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fraternidade, igualdade, justiça social, liberdade e progresso no mundo profano, ou seja na
sociedade em que activamente nos devemos inserir.
VIII – Notas Finais:
Como referimos, tudo aponta para que as lojas maç∴, na sua moderna configuração sejam uma
deriva da instituição escocesa que se espalhou pela Inglaterra no decurso do século XVII. A
maçonaria na qual os primeiros “gentlemen” não operativos foram iniciados foi também muito
influenciada pelas práticas escocesas. No entanto, e esta é uma diferença essencial, desde o início
os ingleses preferiram encontrar-se informal e irregularmente, apelidando por vezes estes
encontros ocasionais de “reuniões de loja”. No entanto a institucionalização da estrutura,
originada por Schaw, foi reconhecida e as lojas ocasionais foram dando progressivamente origem
a instituições permanentes.
Doze dos Grão-Mestres de Inglaterra no século XVIII eram escoceses e quando os maçons
franceses inventaram inúmeros altos graus e rituais, sentiram que a melhor maneira de lhes dar
legitimidade era designá-los por “Rito Escocês”. Também estes factos parecem admitir
tácitamente que a maçonaria escocesa tem um papel especial na história da Ordem....
Pelas análises dos historiadores que citámos, nomeadamente Steveson e Eric Ward, a teoria da
“transição”, parece não ter suporte documental fidedigno, pelo menos analisando
históricamente os dois países onde mais se enraizava, a Inglaterra e a Escócia. Parece também
não existirem dúvidas de que as Constituições de Anderson da G∴ L∴ L∴, traduziam uma versão
mais universalista e agregadora da Maç∴, rompendo com as versões mais tradicionalistas, que
eram a base da maç∴ católica stuartista.
Em reacção a esta visão mais progressista (à época) organizaram-se mais tarde os «Antigos». Esta
polémica entre “Antigos” e “Modernos” durou cerca de 90 anos, mas o enfraquecimento
progressivo da G∴ L∴ L∴ e a pressão do “establishment” real, resultante em grande parte dos
receios provocados pela revolução francesa na monarquia britânica, acabaria por proporcionar a
fusão das duas, originando a G∴L∴U∴I∴ - Grande Loja Unida de Inglaterra, com predominância
inequivoca dos valores dos «antigos».
A formação das dignidades e ofícios do sistema das lojas inglesas é complexa e parcialmente
indeterminada. Podemos contudo determinar alguns factos relevantes, tais como:
a) – Alguns ofícios e dignidades das lojas inglesas são determinadas por volta dos anos de 1720
pela influência da herança escocesa (em vocabulário e estrutura);
b) – É provável que alguns ofícios (p. ex: Trolhador) tenham a sua origem na GLL antes de
serem introduzidos progressivamente nas lojas.
Só quando se dá um maior impulso à Maçonaria, com a entrada da Nobreza e ampliação das Lojas
é que provávelmente se começa a instituir e normalizar, entre 1720 /23 e via G:.L:.L:., os cargos e
oficios em Loja, de modo melhor dirigir os trabalhos e controlar o andamento e resultado das
Sessões.
Em jeito de conclusão parece-me pertinente, face ao que foi expresso relativamente às Lojas e
Oficiais, citar Jean Mourges (11): “Escolher os construtores que, entre eles, saibam elevar-se
acima das querelas das Escolas, já que a perfeição da ordem Colectiva repousa na qualidade dos
homens chamados a construi-la”.
21. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 21/38
Ir.’. Salvador Allende, M∴ M∴
R.’.L.’. Salvador Allende
G.’.O.’.L.’.
Bibliografia:
1) - «The-Origins-of-Freemasonry-Scotland-s-Century-1590-1710» - David Stevenson –
Cambridge University Press, 1988;
2) – “El Rito Frances, Historia, Reflexiones y Desarollo” – Vitor Guerra – Editiones
3) – “Origen y evolución de los Ofícios y de las dignidades masónicas en las lojias de Gran
Bretaña, desde el siglo XVII” – Roger Dachez , Thiery Boudignon
4) – “The Genesis of Freemasonry” – Douglas Knoop e G.P. Jones” – Manchester University
Press – 1947
5) - « Los Oficios y Los Oficiales de La Logia» - Daniel Berésniak
6) - “The-Secret-History-of-Freemasonry-Its-Origins-and-Connection-to-the-Knights-Templar” –
Paul Naudon-2005
7) – “Les Origines de la Maçonnerie Spéculative” – Roger Dachez, revista “Renaissance”
8) – «Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray» - José Marti (loja Salvador Allende)
9) - “El Nacimiento del Escocismo” - Louis Trébuchet (www.masoniclib.com)
10) - «Os-Misterios da Arte Real – Ritual do Adepto» - Oswald Wirth
11) - «La Symbolique Maçonnique du Troisiéme Millenaire» - Irène Mainguy
(i) - Em 20 de Maio de 1641, alguns membros da loja de Edimburgo, que estavam na altura em
Newcastle com o exército escocês (guerra com Inglaterra), admitiram como “maçom aceito” o
honorável Robert Moray (juntamente com Alexander Hamilton, também general revoltoso),
figura notável à época, considerado um dos “pais” da maçonaria especulativa e um dos grandes
impulsionadores da Royal Society. Esta prática manteve-se interessantemente ao longo do
tempo, propiciando a formação de lojas nos regimentos escoceses e irlandeses. Mais tarde
salienta-se o importante papel que desempenharam no estabelecimento da moderna maçonaria
no Continente europeu, em especial em França.
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Exerço o livre pensamento e a busca constante da Verdade,
pois não tenho compromisso com o erro.
O DNA MAÇÔNICO
José Maurício Guimarães
O ano 2016, um dos mais difíceis – senão o mais difícil para o Brasil – , chega ao fim. E
permanece a pergunta: a democracia republicana, como posta em prática, tem garantido a ordem e
o progresso de nossas instituições? E a maçonaria que praticamos – cópia equivocada dos sistemas
políticos republicanos – contribuiu para tornar feliz a humanidade, combatendo a tirania, a
ignorância, os preconceitos e os erros, promovendo o bem estar da Pátria?
A maçonaria é uma criação humana fundada nos princípios tradicionais da liberdade, igualdade e
fraternidade entre as pessoas. Essa tríade, composta pela independência legítima dos cidadãos e
das nações, pela submissão às mesmas leis, direitos e obrigações assim como pela harmonia entre
os que lutam por uma mesma causa, é que torna nossa Ordem um organismo vivo.
Definida como organismo vivo, composto de seres humanos vivos, a maçonaria está sujeita ao
desenvolvimento ou passagem por etapas sequenciais distintas. Está sujeita à lei natural do
crescimento pela absorção e reorganização cumulativa de sua cultura no meio em que
atua. Organismo vivo que é, a maçonaria tem que ter movimento, interno e externo, com resposta
4 – O DNA Maçônico
José Maurício Guimarães
23. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 23/38
aos estímulos e sempre avaliando as características do ambiente e agir seletivamente em resposta
às mudanças em tais condições.
Noutras palavras, a maçonaria tem que se reproduzir e transformar-se gradualmente, adaptando-se
ao meio por sucessivas gerações, sob pena de vir a morrer pelo inexorável processo de excreção
dos excessos sociais não atuantes ou indesejados.
Enfim, tudo isso seria mera biologia se não comportasse um psicologia paralela. O ano 2016
chega ao fim com a ordem e o progresso seriamente ameaçados na república, certamente com uma
humanidade menos feliz, com o recrudescimento das tiranias, da ignorância e dos preconceitos.
As novas gerações da maçonaria nasceram durante o regime militar de 64 e cresceram grudadas
nos aparelhos de televisão. Chamam isso de "cultura da modernidade", mas na verdade é a maior
mudança de paradigma já encarada pela sociedade atual.
Frente ao caos que se instalou em diversas nações do mundo, seja pelo populismo de governos
corruptos, seja pela desarmonia entre os poderes republicanos, a maçonaria ainda se debate em
fórmulas arcaicas de "poderes", tais como "legislativos maçônicos", "judiciários maçônicos" ou
mesmo "executivos maçônicos". Repito o que disse numa mensagem anterior: "Vocês podem
vasculhar as Constituições de Anderson de cabo a rabo, os Landmarks de rabo a cabo; e não
encontrarão uma linha sequer, uma só palavra, sobre "poderes" na maçonaria, tais como um
"legislativo", um "judiciário" ou mesmo um "executivo".
Ao referirem-se como "executivos maçônicos", estabeleceu-se um novo valor no seio da
"moderna" maçonaria com as palavras de ordem LÍDER, LIDERANÇA e LIDERAR, conceitos
inexistentes em toda a filosofia maçônica, pois a Maçonaria (agora com "M" maiúsculo) foi
concebida para aperfeiçoar o homem, não para torná-lo comandante dos outros, forjando
modificações sobre o pensamento e comportamento internos e externos mediante autoridade,
prestígio ou pretexto de coordenação. Este é um ponto muito delicado que merece ser analisado
através dos princípios da retórica – arte da eloquência e de bem argumentar, uma das três
disciplinas de que se constituía o trivium – que na maioria das vezes, em "moderna maçonaria"
vem se transformando em armadilha do sofisma (argumentação ou raciocínio que aparentam
verdade mas que cometem incorreções internas inconsistentes ou deliberadamente enganosas).
É verdade que Albert Pike, referência maior do REAA, refere-se a "força cega do povo" que deve
ser economizada e também "gerenciada"; mas é pelo intelecto – escreve ele em "Moral e Dogma"
– que é para as pessoas o que a fina agulha da bússola é para o navio ("It must be regulated by
Intellect. Intellect is to the people and the people's Force, what the slender needle of the compass
is to the ship"…)
Um rebanho de carneiros segue obediente um script definido pelo pastor; uma alcateia segue os
passos do lobo alfa. Mas em nenhum desses casos o pastor ou o lobo alfa promovem mais
intelecto aos carneiros, ovelhas ou lobos – portanto não são "líderes", mas autoridades impostas
pelo medo ou pela força. Recolham as pedras os que já se preparam para lançarem imprecações
contra mim, pois quando falo de intelecto não me refiro a "intelectual", mas à faculdade de
compreender e à atividade pensante inerente à condição humana.
24. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 24/38
O intelecto é diferente, como se expressou Albert Pike: fina agulha da bússola (the slender needle
of the compass), objeto delicado e frágil capaz de organizar o curso e a "força cega" de um navio
ou transatlântico.
A Maçonaria fundamentou-se no Iluminismo, "movimento intelectual do século XVIII, cuja
principal característica é centralidade da racionalidade crítica e o questionamento (filosófico) que
recusa todas as formas de dogmatismo. A colocação de um "homem alfa condutor" contaria todo o
pensamento da preponderância racionalista em benefício de princípios da "certeza absoluta".
Repito aquela narrativa da Grécia antiga: após a derrota de Atenas na Guerra do Peloponeso,
Calíbio, tentou agredir Autólico com um cajado; este o segurou pelas pernas e o derrubou
afirmando que ele "não sabia governar homens livres". O excesso de leis se deve à diminuição do
amor entre as pessoas; deve-se ao aumento da desconfiança entre as pessoas.
Nas Lojas, o Venerável Mestre de Loja não precisa ser um líder, mas uma pessoa que incentive o
questionamento mediante a racionalidade crítica ou intelecto. Daí a complexidade do dever de
governar homens livres. De outra forma permaneceremos como uma espécie de igreja ou seita
onde as ideias de uma pessoa (ou grupo) prevalecem sobre a verdade e a razão. Esse tipo de
"liderança" é o refúgio para quem não possui o DNA maçônico.
Quem carece de líderes é a política, e isso também não temos; sequer temos!
Repito, este é um ponto muito delicado que precisa ser analisado através dos princípios da lógica e
da retórica. Para bons entendedores, meia palavra basta... ou bastaria.
Apesar de tudo, nossas cerimônias, juramentos, atos, e ações são concretizados em plena e total
reverência às Constituições de Anderson e aos imutáveis Landmarks; até os Neófitos juram
obedecê-los, desde o primeiro dia, sem saberem do que tratam. Faltam, portanto, o
questionamento e a racionalidade crítica; sobra com excesso a obediência cega e a eterna repetição
de erros.
A Maçonaria precisa permanecer fiel aos princípios tradicionais quanto ao conteúdo; mas deve se
reproduzir e transformar-se na forma, adaptando-se ao meio social, sob pena de vir a desaparecer
ou transformar-se noutra coisa. A dialética histórica conduziu muitas instituições ao esquecimento
ou embalsamação, inexorável processo de eliminação dos excessos sociais não atuantes ou
indesejados.
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25. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 25/38
Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA- 48 anos de Maçonaria)
M I da Loja Estrela da Distinção Maçônica, 953 (GOB/GOERJ)
Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva –
REFLEXÕES SOBRE OS ENSINAMENTOS ÉTICOS
DE “SÓCRATES” E “PLATÃO”
“O fato de que o homem é capaz de agir significa que se
pode esperar dele o inesperado, que ele é capaz
de realizar o infinitamente impossível”.
Os ensinamentos éticos Socrático residem no Conhecimento e na Felicidade. Em primeiro
lugar, ética significa Conhecimento, tendo-se em vista que ao praticar o mal, acredita-se praticar
algo que leve à felicidade, e, normalmente, esse juízo é falseado por impressões e aparências
puramente externas. Para saber julgar acerca do bem e do mal, é necessário conhecimento, este sim
verdadeira sabedoria e discernimento. O Conhece-te a ti mesmo” é este mandamento que inscreve
como necessária a gnose interior para a construção de uma ética sólida. Em segundo lugar, a
Felicidade, a busca de toda ética para Sócrates, pouco tem a ver com a posse de bens materiais ou
com o conforto e a boa situação entre os homens; tem ela a ver com a semelhança com o que é
valorizado pelos deuses, pois parecem ser estes os mais beatos dos seres. O cultivo da verdadeira
virtude, consistente no controle efetivo das paixões e na condução das forças humana para a
realização do saber, é o que conduz o homem à felicidade.
Platão incorpora a ética socrática e a enriquece ao colocar a questão da justiça de forma
metafísica. A justiça que pode ser compreendida como bem comum verdadeiro ideal da ação ética.
Não faz parte desse mundo, urge buscá-la alhures. Para que essa busca concretize-se, há que se
desenvolver as virtudes e controlar os vícios. Daí dizer-se que “Devemos elevar Templos às
Virtudes e Cavar Masmorras aos Vícios”.
A Ética Platônica destina-se a elucidar que a ética não se esgota na simples localização da
ação virtuosa e de seus discernimentos com relação à ação viciosa. De suas principais figuras
textuais, de seus principais mitos, podem-se inferir lições que fazem a alma orientar-se de acordo
com padrões de conduta ditados com base na noção do Bem. No controle das almas pela alma
racional reside a harmonia da virtude; no descontrole, reside o vício.
Se a natureza do bem é metafísica, também a natureza da verdadeira e definitiva justiça, será
metafísica. Ao se moldar a conduta de acordo com estes reclamos, estará, definitivamente, a alma
orientar-se de acordo com o Bem; ao desviarem-se destes, estará, literalmente, “deixando o barco
ser guiado pela correnteza e não pelo timoneiro”.
A Ética Socrática sintetiza-se no conhecimento que leva em direção à felicidade. Platão
incorpora essa ideia e desenvolve a noção de Justiça como Bem Comum; bem é esse dirigente da
ação humana, encontrado, tão-somente, em um plano metafísico.
5 – Reflexões sobre os ensinamentos éticos de
“Sócrates” e “Platão” - José Anselmo Cícero de Sá
26. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 26/38
Ir. Jeferson de Andrade Hartemink
B.A.R.L.S. Farol Guia das Missões nº 69 –
Rito Schröder - GLMERGS
Oriente de Santa Rosa - RS
Breves Comentários
Sobre a História da Maçonaria
Precedentes do Nascimento da Maçonaria:
Pelo que apurei nas obras consultadas, a vida social e a interação entre as pessoas e
informações à época do nascimento da Maçonaria Especulativa era menor comparada a vida
social e os meios de comunicação e transporte existentes na atualidade. Hodiernamente, além de
ser possível tomar conhecimento das notícias sem sair de casa, existem também muitas
sociedades, agremiações, associações e passatempos que à época que precedeu ao florescer da
Maçonaria Especulativa não existiam, bem como, meios de transporte que podem rapidamente
levar pessoas e coisas de um país para outro. Temos, pois, alguns exemplos:
a) consulados ou associações de clubes de futebol onde os torcedores da mesma equipe se reúnem
para assistir às partidas de futebol;
b) Rotary;
c) Lions;
d) associações de etnias;
e) sindicatos;
f) clubes recreativos;
g) participação de membros de igrejas em outras atividades que não apenas a de missas ou cultos;
h) associações de aposentados;
i) associações de moradores;
j) associações profissionais, comerciais e/ou industriais;
k) antenas de televisão com muitos canais e programas diversos;
l) teatros, shows, feiras e cinema;
m) associações de pais e mestres de escolas;
n) internet, jornais, rádios;
o) aviões, navios potentes, automóveis, ônibus, caminhões, motocicletas, etc.
À época que precedeu ao surgimento da Maçonaria Especulativa, além de alguns eventos (teatros
ou feiras), missas, cultos, quermesses e festividades das igrejas e reuniões nas corporações de
ofício, os homens que tinham interesse em obter informações ou interagir e conviver com outros
homens, para conversar, buscar informações e trocar idéias limitavam-se em ter de se dirigir para
as tavernas, onde lá além de ficarem informados sobre o que estava acontecendo na vida social e
política de sua cidade e de seu país, também se divertiam bebendo, comendo, às vezes dançando e
até mesmo mantendo encontros furtivos com as suas amantes.
6 – Breves Comentários sobre a História da Maçonaria
Jeferson de Andrade Hartemink
27. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 27/38
Observa-se que àquela época não havia internet, facebook, whatsapp, correio eletrônico,
televisão, rádio, automóvel, ônibus, avião, etc. e que os viajantes que percorriam o país – e
pernoitavam nas estalagens, pubs... - é que levavam e traziam as informações de uma localidade
para outra.
Transcrevo parte do 1.º parágrafo, da pág. 112, do livro de Nicola Aslan, intitulado
“Landmarques e outros problemas maçônicos”:
“Por um penny, custo da xícara de café, um cidadão de Londres podia misturar-se
com os homens mais brilhantes e ricos da cidade. Havia lá um bom fogo, podia tratar de seus
negócios, ler os jornais e ouvir os últimos mexericos. E não encontrando companheiros com
quem pudesse conversar, podia ouvir as conversas dos vizinhos.”
Prosseguindo, à época do surgimento da Maçonaria Especulativa, a Maçonaria Operativa
começou a decair em razão do aparecimento de novas tecnologias para a construção de edifícios,
em que não se necessitava de tantos trabalhadores – como antigamente - e que logo passaram a ser
conhecidas (tecnologias) por uma quantidade maior de não maçons, apoiado este declínio com a
mitigação do estilo gótico e as reformas protestantes que travaram um pouco a construção de
novos e grandes templos.
Ainda, também deve ser lembrado que à época do nascimento da Maçonaria moderna a
sociedade inglesa passava de uma situação de rígida imposição católica para uma maior liberdade
de costumes, principalmente em razão das reformas protestantes e que esta liberdade com
freqüência avançava para a libertinagem.
Quanto às reformas protestantes, também é preciso ser exposto que esta situação
influenciou bastante não somente o nascimento, mas também a perpetuação das Lojas maçônicas,
pelo simples motivo de que homens de qualquer credo, seja judeu, muçulmano, budista, católico
ou protestante, poderiam se encontrar em um ambiente confiável para manter uma amizade
fraterna, longe de preconceitos e proibições.
Assim, creio que por meio de todo este contexto de perda do objeto pela Maçonaria
Operativa, juntando-se a isto, a necessidade de se buscar um local onde se pudesse manter um
alicerce de rígida conduta entre os seus membros, para torná-los confiáveis entre si, bem como,
para se ter liberdade de palavra e tolerância entre estes, seja para criticar a monarquia ou o clero
ou então elogiá-los, nasceu formalmente em uma taverna, a Maçonaria Especulativa, formada em
geral por homens de bem e com um nível intelectual que vibrava de igual forma entre os seus
membros.
Participação da Maçonaria na Revolução Francesa:
Sintetizo que desta questão apreendi em minhas leituras que a participação da Maçonaria na
Revolução Francesa existiu, mas de forma invisível e intocável. Não foi a Maçonaria quem fez a
Revolução, mas as idéias iluministas que eram discutidas entre os seus membros propiciaram uma
efervescência que colaborou na motivação de alguns de seus membros para insuflar a população
contra a tirania do Rei. É muito difícil de fazer uma revolução sozinho e ainda que ela seja feita
por uma coletividade de pessoas, a discrição no seu preparo pode ser um fator muito importante
para o seu sucesso. Assim, creio que foi isso que pode ter acontecido. A realidade social e
28. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 28/38
econômica vivida pela maioria dos franceses no séc. XVIII, às vésperas da Revolução, era de
penúria, enquanto que a nobreza vivia com suntuosidade. Somando-se a esta realidade social, a
insurgência de uma sociedade secreta e organizada, formada por pessoas com nível intelectual
superior à média social, criou um clima favorável a mudanças. O que antes não se questionava ou
não havia onde e como se questionar, agora poderia ser questionado e havia um lugar seguro e
possível de questionar o absolutismo dos reis e do clero, a liberdade e a igualdade entre os
homens. Porém, não creio que a Maçonaria em si, como instituição possa ter feito ou criado a
Revolução Francesa, mas sim creio que a convivência entre homens livres possa ter colaborado no
despertar da reflexão da sociedade francesa do século XVIII, impulsionando teoricamente a
revolução, que se insurgia pela luta do 3.º Estado, de forma prática, real e concreta, dia após dia,
contra o absolutismo tanto monárquico quanto do clero.
Transcrevo abaixo o 3.º parágrafo, da pág. 147, do livro de Frederico Guilherme Costa,
intitulado “A Maçonaria Dissecada”:
“A Revolução foi, tanto herdeira das obras de Voltaire e de Rousseau, como da
massa de panfletos e de libelos escandalosos sobre as amantes do rei e as orgias do clero que no
último quarto de século, abasteciam o mercado clandestino de livros. Mais do que herdeira de
qualquer movimento de ideais a Revolução Francesa foi filha predileta do seu tempo, nada mais.”
Ir. Jeferson de Andrade Hartemink
B.A.R.L.S. Farol Guia das Missões nº 69 – Rito Schröder - GLMERGS
Oriente de Santa Rosa – RS
Bibliografia:
Aslan, Nicola. Landmarques e Outros Problemas Maçônicos. Rio de Janeiro: Aurora, 1972.
Lepage, Marius. História e Doutrina da Franco-Maçonaria. Traduzido por Nair Lacerda. São Paulo:
Pensamento, 1993.
Costa, Frederico Guilherme. A Maçonaria Dissecada. Londrina: A Trolha, 1995.
Peters, Ambrósio. Maçonaria – História e Filosofia. Curitiba: Academia Paranaense de Letras
Maçônicas, 1999.
29. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 29/38
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
Feliz Natal !
Boas Festas!
São os votos da equipe JB News
Através de sua editoria, colunistas e correspondentes
aos seus leitores e amigos
Ho, Ho, Ho, Ho...
31. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 31/38
Elevação DeMolay no Capítulo Vale da Luz 244
(do Irmão João Paulo Vargas Shinagawa – Tanabi – SP) – Domingo passado (18), ocorreu na
A ∴ R ∴ L ∴ S ∴ “ Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ Tanabi – SP – G ∴L ∴ E ∴ S ∴ P ∴ a cerimônia
de elevação dos novos DeMolays do Capítulo "Vale da Luz" n°244.
Sob o comando dos oficiais Mestre Conselheiro - Adilson Cavassana Junior,
1°Conselheiro - Marcio Belchior Junior, 2°Conselheiro - João Pedro Bossi, Mcer - Lucas
Goulart, 1°D - Higor Mazza, 2°D - Thales Oliveira, Mordomo - Gustavo Alves
Campanhola, Capelão - Ayron de Oliveira, Escrivão - Vitor Paulo, deu –se uma das mais
belas cerimônias de elevação.
Foram elevados ao Grau DeMolays: Pedro Afonso Malo Zanetoni, Matheus
Campanhola Santos, Leonardo Campanhola Melo, Vinicius Bessa Rodrigues, Marcos
Vinicius Oliveira, Durval Francisco dos Santos, Rafael Nalini de Oliveira Junior.
Na ocasião estiveram presentes o fundador do Capitulo “ Vale da Luz “ – nº 244, Ir ∴ M
∴ I ∴ Petronilho Correa, o coordenador da Ordem DeMolay e Venerável da A ∴ R ∴ L ∴ S
∴ “ Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ Tanabi – SP – G ∴L ∴ E ∴ S ∴ P ∴ - Ir ∴ Cássio Pereira
Scrochio , Ir ∴ visitante Petronilho Correa Jr. da primeira turma elevada do capítulo e Ir ∴
João Paulo Vargas Shinagawa.
Podemos salientar que foi uma das mais belas cerimônias de elevação que participamos
e aproveitamos neste encerramento para desejar a todos os leitores do JB – News e ao
incansável e dinâmico Ir∴ Jerônimo Borges um Feliz Natal e um próspero 2017, com
muita Luz, Saúde e Felicidades, extensivos a todos os familiares, são os votos dos
sobrinhos do Capítulo “Vale da Luz” nº 244 e dos IIr ∴ da A ∴ R ∴ L ∴ S ∴ “ Fé e
Amor” nº 42 – Or ∴ Tanabi – SP – G ∴L ∴ E ∴ S ∴ P ∴
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Cumprimentos:
Na qualidade de Grão Mestre e de Grão Mestre Adjunto do GOSP Grande Oriente de São
Paulo, queremos cumprimentar a Mesa Diretora e o Augusto Plenário da PAEL Poderosa
Assembleia Estadual Legislativa pela APROVAÇÃO das seguintes peças legislativas:
A) LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias
B) Peça Orçamentária do exercício 2.017
C) projeto de lei do superavit orçamentário
Parabéns Veneráveis Mestres Deputados, exemplos de dedicação e comprometimento à
Maçonaria do GOSP- Grande Oriente de São Paulo.
Nosso TFA
Benedito Marques Ballouk Filho Kamel Aref Saab
Grão Mestre Grão Mestre Adjunto
33. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 33/38
LOJA MAÇÔNICA
União e Fraternidade do Mercosul
Ir∴ Hamilton Savi nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO – GOSC/COMAB
FUNDADA EM 31/01/1998
À GDGADU
Orde Florianópolis, aos 19 dias do mês de dezembro do ano de 2016 E∴V∴
Ofic. 003/2016 - Ao GOSC
Ir Maurim F Martins – Secretário Geral do GOSC
Encaminho abaixo a programação para o mês de janeiro/17 para as devidas providências junto à
secretaria de comunicação.
Programação – Loja União e Fraternidade do Mercosul - Hamilton Savi nº 70
Mês de Janeiro de 2017
Dia 09/01/2017:
Abertura dos trabalhos com leitura do ato do GM nomeando a Administração da Loja para o ano 2017.
Palavra do Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC
Palestra do eminente Ir. Kennyo Ismail –
Editor-chefe da revista “Ciência & Maçonaria”, a primeira revista acadêmico-científica dedicada ao
estudo da Maçonaria na América do Sul, vinculada ao NP3/CEAM/UnB; professor do curso de pós-
graduação em História da Maçonaria pela UnyLeya; e membro da Academia Maçônica de Letras do
Distrito Federal, ocupando a cadeira No.33.
Palestrante conhecido no meio maçônico, é autor de diversos artigos publicados em várias revistas e sites
maçônicos no Brasil e em outros países. Foi revisor técnico e prefaciou a edição brasileira do best-seller
internacional Freemasons for Dummies (Maçonaria para Leigos), publicado pela AltaBooks (2015);
traduziu e comentou a obra “Ahiman Rezon – A Constituição dos Maçons Antigos”, publicado pela A
Trolha (2016); e é autor dos livros: “Desmistificando a Maçonaria” (2012), “O Líder Maçom” (2014), e
“Debatendo Tabus Maçônicos” (2016).
Dia 23/01/2017:
Palestra do eminente Ir.: Gean Marques Loureiro, Prefeito eleito da Capital de Santa Catarina.
Mestre instalado da ARLS Samuel Fonseca nº 79 - GOSC
Informamos que as sessões da Loja Mercosul Hamilton Savi nº 70 serão realizadas no Templo da
Loja Ordem e Trabalho nº 3, Or. De Florianópolis, Situado próximo à UFSC - Serrinha
Grande Abraço
Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.:
(048)32445761 - (048)32487889 - (048)99824363
emilioespindola@yahoo.com.br
34. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 34/38
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 20 de dezembro:
O Segredo
A fonte de todo o conhecimento derivou da construção do Grande Templo de
Salomão, porque Jeová ditou ao rei Davi todas as minúcias, medidas materiais e
modo de trabalhar.
Concluído o complexo que constitui o templo, os operários e artífices, que não eram
hebreus (os hebreus não participaram da construção) foram devolvidos às respectivas
regiões, porém com a recomendação de manterem secretos os princípios da
construção.
As obras célebres subsistentes no mundo têm a presença desses pioneiros, desses
excelentes construtores, os Pedreiros Livres, os franco-maçons, aqueles que deram
início à Maçonaria, de seis mil anos atrás, como vem constatado nas Sagradas
Escrituras.
A Maçonaria da Idade Média, face à perseguição que sofreu da parte do clero,
retornou à mantença do segredo; essa atitude era necessária, pois significava a
preservação da própria vida.
Hoje, os "segredos" são outros, mas simbolizam os mesmos, e se conservam por
tradição.
O maçom preserva os segredos que lhe são revelados.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 373.
35. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 35/38
Loja “Sabedoria, Força e Beleza” –
Feira de Santana – BA - Rito Brasileiro.
36. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 36/38
(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos)
1 –
As melhores fotos de 2016 da
National Geographic!
2 –
Conheça 6 remédios naturais que
acabam com os roncos
3 –
Estes gêmeos adoráveis e
incríveis vão alegrar o seu dia!
4 – Espetáculo arquitetônico visto de noite:
https://www.youtube.com/watch?v=KHfUaoDYQJI
5 – Video interessante sobre o ciclo de vida na natureza e o que um pequeno numero de
animais pode transformar.
https://www.youtube.com/watch?v=nW5ztScNCYk
6 - São Francisco, a igreja mais bonita do Brasil:
http://www.onzeonze.com.br/blog360/toursaofrancisco/index.html
7 – Filme do Dia – “O Banco” c/ Charlie Chaplin
https://www.youtube.com/watch?v=Xb-pMCnHo6k
37. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 37/38
Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas
raimundoaugusto.corado@gmail.com
A FIGURA DO VAQUEIRO
-a escassez da função e seus arreios-
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 28 de agosto de 2016.
Vaqueiro é semi-extinta profissão;
Os arreios muito pouco a gente vê;
Quem nasceu na última geração;
Só saberão por ouvir dizer.
Cadê a velha POLDA saltadeira;
Sob o açoite do amansador?
Usando a espora furadeira;
A bride e o chicote batedor.
38. JB News – Informativo nr. 2.273 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 20 de dezembro de 2016 Pág. 38/38
Arreios há muito não mais se viu;
O alforje, maca, baixeijo, cochonil;
A rédea, a bride, o estribo e o cabeção.
Faltam o gibão e a perneira;
No lombo da brivana puladeira;
Traje em couro, forma de proteção.