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1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.120
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir Pedro Neves - Maçonaria Universal?
Bloco 3 - IrAnestor Porfírio da Silva - Sob o Céu e a Lua, tudo o que fazemos é vaidade.
Bloco 4 - IrHercule Spoladore - Palestra - "Comentários sobre os Graus Primitivos da Maçonaria"
Bloco 5 - IrJoão Anatalino - A Lenda do Judeu Errante
Bloco 6 - Ir  Pedro Juk - Perguntas e Respostas - Questões sobre Ritualísticas
Bloco 7 - Destaques JB -
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 26 de setembro de 2013, 269º dia do calendário gregoriano. Faltam 96 para acabar o ano.
Dia da Interamericano das Relações Públicas; Dia Naacional dos Surdos; Dia do Farmacêutico (Portugal)
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
 1633 - Fundação da colônia inglesa de Windsor, o primeiro assentamento do estado
americano de Connecticut.
 1777 - Britânicos capturam a cidade de Filadélfia, nos EUA.
 1907 - Independência da Nova Zelândia.
 1909 - Fundação do cinema mais antigo do mundo, o Kino Pionier (Cine Pioneiro), por
Albert Pitzke, na cidade alemã de Stettin (atualmente Szczecin, na Polónia).
 1935 - Klaus Barbie recruta-se na Sicherheitsdienst.
 1945
o Fundação do PRP (Partido de Representação Popular).
o Ishikawa recebe o estatuto de cidade.
 1969 - Os Beatles lançam o álbum Abbey Road.
 1982 - Acontece a Assembléia fundadora do Bloco Nacionalista Galego.
 1983 - Stanislav Petrov evita início de conflito nuclear com os Estados Unidos.
 1986 - A Konami Corporation lança o primeiro jogo da franquia Castlevania.
 1989 - Fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa Santo Ângelo.
 1993 - Entra em órbita o PoSAT-1, primeiro satélite português.
 1994 - Início do julgamento do ex-atleta norte-americano O. J. Simpson.
 1997 - A cidade italiana de Assis é atingida por dois fortes terremotos.
 2001 - Lançamento da série Star Trek: Enterprise.
 2002 - O físico sírio-canadense Maher Arar, em trânsito pelos Estados Unidos, foi
barrado pelo serviço de imigração.
 2005 - Grandes lideranças petistas abandonam o partido, dentre eles Plínio de Arruda
Sampaio, Hélio Bicudo e Chico Alencar.
 2005 - É realizado o primeiro grande prêmio da A1 Grand Prix, com vitória do time
brasileiro.
 2007 - O mímico francês Marcel Marceau é enterrado no cemitério Pere Lachaise, em
Paris.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
3
 Dia Mundial da Contracepção
 Dia Interamericano das Relações Públicas
 Dia Mundial do Mar
 Dia Nacional dos Surdos
 Portugal - Dia Nacional dos Farmacêuticos
 Dia Europeu das Línguas
 Santos do dia
o Santos Cosme e Damião, mártires.
o Beata Crescencia Valls Espí, mártir.
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1786 Fundação da Grande Loja da Pennsylvania, desligada da Grande Loja dos Antigos, da
Inglaterra.
1872 Realizada a primeira reunião dos Shriners nos Estados Unidos. Fleming foi o primeiro
Soberano (Imperial Potentate)
1951 O IrKurt Prober é iniciado na Loja União Escocesa
1962 O futuro presidente dos EUA, Ir Gerald Ford, recebe o Grau 33º em Philadelphia,
Pennsylvania.
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
4
MAÇONARIA UNIVERSAL?
Pedro Neves .’. M.’. I.’. 33.’. MRA
Membro Efetivo da Cadeira 001 – Patrono: Arlindo dos Santos
da Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia Belo Horizonte
Preceptor da Suprema Ordem Civil e Militar dos Cavaleiros Templários
Ouvimos e lemos bastante sobre o termo Maçonaria Universal, será que é correto?
Apesar de todo avanço tecnológico, a ciência ainda não tem resposta positiva para a
pergunta, existe vida inteligente fora da terra? Até o presente momento, a resposta é
negativa.
Existem leis que realmente governam todo o universo conhecido, na Física, Química,
Biologia, etc, então, nós podemos afirmar que são leis universais. O mesmo não se
aplica, para linguas faladas em nosso pequeno planeta, filosofia, religião, esportes, etc.
É muita presunção, utilizarmos o termo Maçonaria Universal. Se a maçonaria existe
apenas em nosso planeta, o termo correto é: Maçonaria Mundial, Alguns irão defender
o uso do termo errado por uma questão de tradição, mas, se a maçonaria é conhecida
pela busca constante da verdade, então, nós devemos corrigir o erro.
No sentido de se dar uma conotação mais grandiosa para a Sublime Instituição
Maçônica, é que se criaram órgãos que nunca existiram anteriormente, tribunais,
assembléias, etc, como os existentes no chamado mundo profano. Foi criado na
realidade um verdadeiro estado dentro do estado. Chegamos ao cúmulo de termos
mais deputados em nossas assembléias maçônicas, do que as dos estados que
compõem o nosso país. Ex: A Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais
possui 77 deputados estaduais, para mais ou menos 20 milhões de habitantes, mas,
apenas uma das instituições maçônica do estado possui mais de 300 deputados
estaduais e seus adjuntos para representar 8.000 maçons, se somarmos tôdas
instituições maçônicas do estado de Minas Gerais, nós teremos mais ou menos 1.000
deputados estaduais, para não mais que 25.000 maçons. No órgão federal teremos
mais ou menos 2.700 deputados federais e seus adjuntos para 88.000 maçons. As
reuniões, só poderiam ser feitas em um ginásio. Não é pelo gigantismo de seus órgãos
que a maçonaria vai se transformar em Universal.
Já errei na utilização do termo Universal, com certeza não iremos repeti-lo.
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2 - OPINIão
" Maçonaria Universal? " ( Ir Pedro Neves )
5
]
SOB O SOL E A LUA, TUDO O QUE O HOMEM FAZ É VAIDADE
Ir Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro ativo da ARLM Adelino Ferreira Machado
Oriente de Hidrolândia-Goiás
Membro do Ilustre Conselho do Grande Oriente do Brasil/Goiás
Por sua aprimorada cultura e incomparável sabedoria, é atribuída a Salomão
a autoria dos livros bíblicos, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Provérbios, com o que
muitos historiadores não concordam porquanto tais obras apareceram bem depois da
sua morte. Esses argumentos, no entanto, decorrem de conjecturas e suposições, pois
no tempo já transcorrido desde aquela distante época não se tem informações de
quaisquer outros indícios que ao menos sirvam para, à luz da verdade, ajudar na
elucidação de tal dúvida. Mas claro está que Salomão, na sua época, inigualável em
inteligência e sabedoria, é o nome mais respeitado pelo imenso universo de religiões,
seitas, sociedades secretas e até a maçonaria.
Desde a infância, Salomão foi um homem preocupado com a sua própria
formação. Para tanto, teve uma vida participativa em atividades culturais e religiosas da
época. Em Memphis, foi iniciado nos Grandes Mistérios, uma espécie de escola de
ensinamentos, que reunia em seus quadros os homens mais sábios de todo o Egito e
impérios adjacentes. Essa escola era ligada à Grande Fraternidade Branca, no Egito, e
tinha como finalidade a transmissão de conhecimentos sobre os mistérios místicos e
esotéricos da vida. Lá, ele conheceu os princípios e fundamentos de algumas correntes
doutrinárias influentes como a do Obscurantismo, a dos Iniciáticos e a da Força
Negativa, com as quais mais tarde teria que se defrontar para não ceder o trono a seu
irmão Adonias. Os registros bíblicos indicam que a sabedoria de Salomão foi
resultante das experiências de sua vida e do vasto conhecimento que ele tinha sobre
as tradições de seu povo.
Salomão foi rei de Israel por aproximadamente 40 anos. Seu reinado foi
tranqüilo, sem conflitos internos porque, segundo afirmam, Davi, seu pai, rei que o
antecedeu, antes de entregar-lhe o poder teria eliminado todas as divergências entre
as tribos do império de Israel.
O Magnífico, como também era chamado, teve então tempo para aumentar
impostos, empreender grandes obras e acumular riquezas. Porém, durante os
melhores dias de sua vida, a vaidade o levou ao caminho do erro, com as relações
comerciais de seu governo ficando em segundo plano, enquanto se envolvia com
3 - sob o céu e a lua, tudo o que fazemos é vaidade "
Ir Anestor Porfírio da Silva
6
inúmeros casos amorosos, tomando por suas esposas mulheres belas e sedutoras, daí
surgindo relacionamentos que conturbaram sua mente e o influenciaram a aceitar a
prática da perversão e da idolatria. Isso foi o bastante para que Salomão esquecesse
um pouco das finanças do seu reinado o qual, em curto espaço de tempo, se
descontrolou atingindo acentuado declínio financeiro, fato que inviabilizou a realização
de alguns de seus importantes projetos.
Na velhice, por inúmeras vezes se deteve em analisar o que fizera durante
seus anos de vida e diante de tantas conclusões negativas acabou por mergulhar-se
em completa desilusão. Compreendendo a vaidade como algo fútil, insignificante, se
deu conta de que tudo o que havia feito foi com espírito extravagante e materialista,
embalado pelo desejo imoderado de “fazer”, de “ser” e de “ter” para ganhar a
admiração dos outros. Para alívio de sua consciência ante a missão Divina que lhe
houvera sido confiada, ele se manifestou: “Tudo o que fiz foi para alimentar minha
vaidade terrena. Tudo foi em vão e ilusório.”
Daí originou-se o entendimento teológico de que, para a palavra de Deus,
que é a Bíblia Sagrada, “vaidade” significa ilusão, vazio, coisa inútil e sem valor, coisa
transitória, efêmera, sopro, algo que possa se assemelhar ao vento que passa, vai, faz
um giro e volta sem rumo, algo sem sentido. Pelo que se depreende esse significado
não é o mesmo que se dá ao uso de jóias, roupas, ornamentos etc..
Depois das experiências vividas e já na fase das lembranças do passado,
angustiado por nada mais lhe restar senão escassos dias antes da chegada da morte,
Salomão se ocupa em explicitar a vaidade e as palavras do sábio pregador nos
remetem ao entendimento de que o dito vocábulo tem muito a ver com a vontade
ambiciosa que temos de sempre fazermos mais do que já fizemos, de sermos mais do
já somos e de termos mais do que já temos. Aí, evidente que algo condenável nos
sobressalta aos olhos, quando Salomão mostra, segundo sua sabedoria, que a vaidade
está colocada fora da palavra de Deus, a respeito do que ele conclui: quem se entrega
à luta por qualquer conquista não o faz sem vaidade, tornando-se um navegador no
mar das futilidades, das incertezas e da extravagância, já que, no final, nada se
aproveitará, tudo será em vão.
Durante seu reinado, Salomão construiu grandes e importantes obras e se
vangloriava de seus feitos a ponto de sentir vaidade de suas vaidades. Supõe-se que
foi em decorrência disso, que surgiu a máxima das expressões sobre esse vocábulo,
contida no versículo 8, do Capítulo 12, de Eclesiastes cuja autoria lhe é atribuída:
“Vaidade das vaidades! Diz o pregador, tudo é vaidade.”
Teve em sua incomparável sabedoria o poder das pregações acerca da
vaidade, no que viu a qualidade de coisa vã, sem valor e força do mal que afasta a
criatura humana do amor de seu Criador. Se percorrermos seus escritos, em
Eclesiastes e Provérbios, iremos encontrar, dentre tantas, as seguintes e mais claras
conclusões de Salomão acerca da vaidade:
“Examinei tudo e tudo é vaidade!”
“Quando me pus a considerar todas as obras de minhas mãos e o trabalho no
qual me tinha dado para fazê-las, eis: tudo é vaidade e vento que passa!”
Muitos indagam por que a maçonaria não sendo religião evoca e exalta, em
sua ritualística, a memória daquele que foi um dos homens mais cultos e mais sábios
de sua época, ao aludir-se à “vaidade”, ao “Templo de Salomão” e à “lenda de Hiram”,
que também é ligada a Salomão e ao referido templo. Os motivos são vários, mas aqui,
sendo a vaidade o tema em destaque, cabe esclarecer por que as palavras de
Salomão são lembradas pela mencionada instituição.
7
O surgimento da maçonaria derivou de associações representativas de certos
segmentos sociais organizados, criadas há dezenas de séculos, por força de alguns
interesses, dentre eles, o de preservar e manter vivos valores éticos e morais, além dos
bons costumes que vinham sendo ameaçados pela depravação e pela perversão da
sociedade. Nos escritos que deram origem à sua existência, seus princípios e
fundamentos, e em razão dos fins que a Ordem Maçônica Universal se propôs a
alcançar, alinhou-se então o perfil ideal de seus membros, tendo-se por base os
mencionados valores com os quais os indivíduos adeptos daquelas associações se
identificavam e que foram mantidos até os dias de hoje. Desses valores a maçonaria
nunca pôde prescindir porque foram eles os principais responsáveis pelo respeito e
pela admiração que as sociedades e os governantes passaram a ter por ela e por seus
membros depois de se convencerem da seriedade com que a referida instituição
trabalha para atingir suas finalidades, dentre elas, uma das maiores, que não é outra
senão a construção de um mundo cada vez melhor para todos.
Assim, pode-se dizer que esse perfil ideal é o de quem se revele:
I) como homem que acredite na existência de Deus e na prevalência do
espírito sobre a matéria e não ímpio, que não crê em Deus e despreze a religião;
II) como homem humilde, caridoso, simples, modesto e não avarento, que se
preocupe apenas com os seus próprios interesses;
III) como homem piedoso, bom, humano, aberto, discreto e não soberbo,
cheio de orgulho e arrogância;
IV) como indivíduo leal, honesto, sincero, verdadeiro, digno de confiança e
não impostor, mentiroso, fingido e hipócrita;
V) como indivíduo afável, bem-educado, atencioso, comedido, amável e não
estúpido, rude, inculto e descortês;
VI) como pessoa decidida, que tenha coragem para enfrentar desafios,
principalmente, quando o bem ameaçado for a sociedade ou a própria maçonaria e não
que se apresente como covarde, medroso, capaz de fugir abandonando os
companheiros no momento em que a sua ajuda se torne indispensável;
VII) como homem especial, distinto, notável e não medíocre, quase apagado,
se sustentando entre dois extremos sem inteligência para, ao menos, saber distinguir o
bem do mal;
VIII) como indivíduo discreto, reservado e não que se vanglorie, preocupado
apenas em merecer a admiração dos outros;
IX) como homem sem interesses escusos, generoso, tolerante e não
ambicioso, que pense mais em ter e menos em fazer;
X) como homem indulgente, paciencioso e não intolerante e intransigente, do
tipo que não aceita opiniões alheias etc..
A Ordem Maçônica, por ser instituição iniciática, cuida da formação moral,
intelectual e espiritual de seus iniciados, dando-lhes a oportunidade de progredirem e
assim, alcançarem melhor desempenho em suas relações com as demais pessoas. No
que se refere à caridade, uma de suas mais louváveis atitudes é buscar inferir na
consciência de cada maçom, que o ato de ajudar para ser nobre terá que ser praticado
de maneira discreta, doando não as sobras ou aquilo do que não mais necessitamos,
mas repassando a quem se encontre em dificuldades, além do apoio moral, um pouco
do que ainda, materialmente, nos interessa. Esse ato, afirmam os postulados
maçônicos, para se constituir em gesto de caridade terá que partir da disposição da
alma de quem doa e se repetir por tantas vezes quantas forem as oportunidades, de
preferência anonimamente, sem a intenção de se obter sobre o mesmo qualquer
vantagem pessoal. Do contrário, como disse o pregador, tudo será vaidade.
8
A caçula das lojas do GOB/SC, ARLS "Alvorada da Sabedoria" que está
recebendo a sua Carta Constitutiva definitiva, promoveu na noite de terça-
feira (24) a palestra intitulada "Os Graus Primitivos da
Maçonaria", proferida pelo Irmão Hercule Spoladore, da Loja de
Pesquisas Maçônicas "Brasil" de Londrina, e encerrando o ciclo de
palestras por Florianópolis.
Veja no link a seguir alguns registros fotográficos e na sequencia a palestra
que brindamos os leitores do JB News, do ilustre Irmão que já retornou à
Londrina:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/Hercul
eSpoladore240913PalestraOrigensDaMaconariaOsGrausPrimitivos
DaMaconaria?authkey=Gv1sRgCI_F2Inp-c-8fA#
4 - palestra; comentários sobre os graus primitivos da maçonaria
Ir Hercule Spoladore
9
Os Graus Primitivos da Maçonaria
Datado de 02 de fevereiro de 1356, existe um documento na Prefeitura de
Londres emitido por um mestre de obras de nome Henry Yevelle solicitando
autorização para que ele e mais onze companheiros (freemasons e freestones)
pudessem realizar suas reuniões em recinto fechado. No mínimo podemos deduzir que
seriam reuniões de Aprendizes, isto numa época em que ainda não havia comprovação
de que já existisse o grau de Companheiro e nem catecismos ou guias ou qualquer
norma de como eram realizadas essas reuniões. No documento a palavra companheiro
não se referia a um grau da Maçonaria, mas sim de maçons livres, companheiros de
trabalho. É claro que neste tempo a Ordem era “Operativa e católica”.
No manuscrito de Harleian n.º 2054 do ano de 1650 já continha uma citação dos
Pedreiros Livres, já sugerindo algum segredo. O manuscrito não dá maiores detalhes.
Entretanto nestes sinais de reconhecimento já se previa a possibilidade de se
criar mais um grau, o que parece ter ocorrido vinte anos após em 1670 em função da
necessidade de distinguir os Aprendizes Júniores dos Aprendizes Sêniores, já que
últimos tinham alguns privilégios a mais que os Aprendizes recém recebidos o que
caracterizava de certa forma, um outro grau dentro do mesmo. Os Aprendizes Júniores
tomavam assento do lado Norte e os Aprendizes Sêniores se assentavam no lado Sul,
além de terem funções diferentes no grêmio. Tomava-se como referência em relação
ao Norte e Sul aos então chamados de pilares Joackim e Boaz, situados no pórtico do
templo de Salomão; que já faziam parte do catecismo publicado por Samuel Prichard e
da lenda de Hiran em andamento, não completada como a conhecemos hoje.
Era natural que, com o tempo se criasse um novo grau, porém este
desdobramento foi lento.
Neste período, começou a ocorrer outro desdobramento histórico interessante. A
Maçonaria até então eminentemente composta só de profissionais da construção, ou
seja, Operativa passou a aceitar pessoas que não eram construtores. São os famosos
maçons aceitos.
Existe uma ata da Loja “Saint-Mary’s Chapel” (Capela de Santa Maria) de
Edinburgh – Escócia onde está registrado que no dia 08 de junho de 1600 foi feita a
Recepção de um fazendeiro com grandes propriedades, de nome John Boswell
d’Auchinleck. E também tem-se as provas de que Sir Robert Murray foi recebido em
Newcastle em 1641 e do antiquário londrino Elias Aschmole alem de Henry
Maynwaring de Warrington em 16 de outubro de 1646. A partir desta época as
incorporações de não operativos se sucederam rapidamente em muitas Lojas.
Até 1700 a Maçonaria era totalmente cristã.
Em 24 de junho de 1717 funda-se a Grande Loja de Londres, inaugurando no
mundo maçônico o regime obediencial, quando apareceu, oficialmente, a figura e o
cargo de Grão-Mestre.
As reuniões eram realizadas em tabernas ou tavernas. Não havia templos.
Somente em 1776 a Grande Loja de Londres inaugurou o “Feemason’s Hall” o primeiro
templo maçônico do mundo. E em 1778 o Grande Oriente da França, proibiu que as
reuniões de maçons fossem realizadas em tabernas.
Até 1725 haviam apenas os graus de Aprendiz e Companheiro. Mestre era
cargo e não grau (Mestre da Loja). Os símbolos eram desenhados no chão com giz,
argila e carvão e depois e das reuniões eram apagados. Muito tempo depois, algumas
agremiações começaram a usar a pintura dos símbolos em um tapete. As primeiras
referências sobre os tapetes pintados surgiram em exposições francesas por volta de
1740. Do tapete, posteriormente, evoluíram para a pintura dos painéis, pois estes
continham a representação pictórica dos símbolos mais usados, isto no final da
10
segunda metade do século XVIII e inicio do século XIX, que segundo pesquisadores
tinham naquele momento apenas fins didáticos.
Nas Constituições de Anderson de 1723 ele fez constar:
“Nenhum Irmão pode ser Vigilante, até que tenha passado pela parte de Companheiro”
(Quer dizer: ainda não existia o grau de Mestre).
Na nova edição das Constituições de 1738 o próprio Anderson afirma:
“Os Vigilantes são escolhidos entre os Mestres Maçons”
Com esta inserção nas Constituições o grau de Mestre passou a existir
oficialmente.
O grau de Mestre nasceu em 1725, e foi incorporado definitivamente no
catecismo em 1738. Até esta época até o Grão-Mestre era Companheiro.
Nos idos de 1725 existia uma sociedade profana fundada em 1724 constituída
por mestres de obras e músicos, que só aceitava maçons como membros. Para a
nossa concepção atual seria até uma heresia.
E ainda acontecia que quando um bom músico ou excelente mestre de obras era
recebido nesta sociedade e o mesmo não fosse maçom, os membros da sociedade
transformavam o local numa rústica Loja e o candidato era feito maçom. Situação
completamente irregular para nós em nosso quotidiano maçônico. Mas o que era
“maçom livre em loja livre”? A Maçonaria de então não estava organizada como hoje.
Esta sociedade chamava-se “Philo Musicae et Architecturae Societas Apollini”.
Era seu Venerável, o Duque de Reachmond, que viria ser Grão Mestre da Grande Loja
de Londres.
Esta entidade recebeu no dia 12 de maio de 1725 como os primeiros Mestres
Maçons da história, comprovadamente através de documentos, os cidadãos Charles
Cotton e Pappilon Boll.
O ato de recebimento de um novo membro na Ordem era feito através de uma
cerimônia simples e chamava-se Recepção (introduzidos) e não por uma Iniciação
como hoje a conhecemos tão detalhada, tão rebuscada tão enriquecida de
procedimentos litúrgicos e até de novos símbolos.
Não havia a Bíblia como parte oficial em cima do Altar durante as cerimônias,
muito embora fosse citada muitas vezes. Ela entrou nos templos em 1740. Não haviam
as ordens arquitetônicas gregas; jônica, dórica e coríntia.
Falava-se do Avental como insígnia de honra.
Não havia ainda a Lenda Hirâmica.
O primeiro arremedo de uma lenda surgiu no manuscrito de Grahan em 1726.
Neste manuscrito conta-se a história Noaquita da morte de Noé e da participação de
seus filhos Sem, Cam e Jafet.
Ao saberem que seu Pai havia falecido os três filhos partiram em busca de um
sinal que julgavam que ele possuísse, e que simbolizaria a Aliança de Noé com Deus.
Como pairasse dúvidas combinaram que se nada encontrassem as primeiras palavras
que proferissem ao encontrar o corpo, seria o símbolo da Nova Aliança.
Ao descobrirem o corpo já semi putrefacto, um dos filhos colocou-se de pé em
frente ao cadáver. E baixando-se pegou o dedo indicador da mão direita de Noé. Ao
puxá-lo, este desprendeu-se da mão. Em seguida tentou pegar o punho em forma de
garra que também se despregou do antebraço. Ato contínuo juntou seu pé direito junto
com o pé direito do defunto, colocou sua mão esquerda nas costas, joelho direito com
joelho direito, mão direita segurando o braço e antebraço direitos, forçou-o a levantar-
se até ficar peito contra peito. Procurando algo no local onde o corpo estava estendido,
nada encontraram. Estes procedimentos deram origem aos cinco pontos do grau de
Companheiro (Hoje pertencem ao grau de Mestre).
11
Um dos filhos segurando o dedo desprendido exclamou: “ainda há tutano neste
osso” (Marrow is in Bone).
Dentro daquilo que eles haviam estabelecido anteriormente, esta expressão
passou a ser a Palavra da Aliança.
Posteriormente passou a ser Mack Benack ou “M B” que até a presente data
permanece em alguns aventais do 3° grau.
Hoje em nossos rituais conhecemos como Mac Benac que já na época
enfocada, significava “a carne deixa os ossos” ou “o corpo está apodrecido”.
A lenda a partir de 1725, ainda demorou alguns bons anos para tomar corpo e
ficar muito parecida com a lenda que conhecemos atualmente. Mudaram-se os
personagens, porém para construção da lenda seguiram o mesmo roteiro.
Um fato que está bastante claro, mas que os criadores de ritos não querem
admitir.
Estes três graus passaram a ser universais. Tudo o que se inventou desde
então, foi calcado em cima destes três graus. Ninguém conseguiu inventar um novo
grau de Aprendiz, Companheiro ou Mestre. Podem tê-los modificado, enxugado,
suprimido detalhes e passagens, acrescentado outros, retirado alguns símbolos e ter
colocado outros, diálogos alterados segundo a vaidade ou vontade dos entendidos em
ritualística, ou ainda pela necessidade do momento, mas o arcabouço, a idéia principal,
o cerne, o esqueleto dos graus permaneceram. Não se criou nada em especial desde
então. Todos os ritos se utilizaram desta base. O “DNA” da Maçonaria primitiva não foi
alterado A ESSÊNCIA permaneceu.
Hoje temos o ritual que nada mais é um aperfeiçoamento dos catecismos guias,
monitores, reguladores etc. O catecismo é o precursor do Ritual. Evidentemente, em
cada época estes libretos serviram à Ordem de acordo com as necessidades do
momento. O ritual, hoje após sofrer adequações, adaptações significa tudo o que já se
propalava naqueles tempos referindo ainda mais alguns detalhes, ou seja, se tornou
completo, porque traz tudo o que se herdou daquela época, com as metamorfoses
ocorridas através destes três ou quatro séculos, porém de forma organizada.
O ritual de hoje em que pesem as discrepâncias, tem dois significados: um é o
conjunto de procedimentos e cerimônias segundo regras e normas. Seria tudo o que se
refere a uma cerimônia ou a um rito em si, ou a um sistema maçônico, e o outro
significado é o livro onde estão escritas todas as normas e procedimentos a serem
seguidos e que foram previamente estabelecidos por autoridades competentes da
Obediência.
Mas e naqueles tempos como era o dia a dia da Maçonaria? Como ficava esta
história de pedreiros e nobres ou mestres de obras e músicos se reunirem e
pertencerem ao mesmo grêmio? Havia discriminação entre as classes dentro das
Lojas? Havia solidariedade tal qual a conhecemos hoje, ou era apenas um esboço de
fraternidade humana, ou seria que um grupo de homens, alem de seu tempo,
independentes de suas classes sociais, livres pensadores e sonhadores que pensavam
num mundo mais puro e melhor? Estariam sonhando com uma nova ordem mundial?
Conforme frisamos em 1717 havia apenas dois graus. Como seria a prática dos
mesmos? Haveria alguma semelhança com os dias atuais?
Como a Maçonaria em si não publicava quase nada, já que a Tradição era
passada de geração a geração oralmente, uns homens tachados de traidores na época
passaram a heróis dos pesquisadores atuais porque, ou por vingança contra a Ordem,
ou porque acharam por bem aparecer, ou porque quiseram se tornar celebres, ou por
dinheiro, eles publicaram em jornais profanos e livros, os chamados mistérios e
segredos da Maçonaria, termos estes que eram muito valorizados no mundo profano
12
naquela época. Havia um interesse desmesurado do público a esse respeito. Queriam
saber tudo sobre os tais mistérios e segredos.
Estas publicações não oficiais e que foram muitas, são chamadas de
Revelações (Exposures) e passaram a ser fontes importantes de pesquisas e estudos,
sendo atualmente analisadas por verdadeiros cientistas culturais da Ordem,
especialmente pelos membros da Loja Quatuor Coronati de Londres n.º 2076 que as
estão passando a limpo sendo que as informações são cruzadas com as revelações e
as afirmações dos manuscritos antigos (Old Charges), chegando-se a uma conclusão
muito aproximada de como era a Maçonaria de então.
Entretanto falta muito, para se chegar a uma conclusão final. Existem muitos
hiatos que ainda precisam ser preenchidos. Com freqüência são descobertos na
Inglaterra, França e outros países europeus, documentos que são fragmentos,
verdadeiras peças de um todo e que tem sido de um valor inestimável para se formar
um retrato perfeito da Maçonaria de uns 400 anos atrás. Fala-se que existem cerca de
150 manuscritos antigos (Old Charges). Cerca de 17 manuscritos são os mais
estudados, porque são mais completos.
ANÁLISE SOBRE O CATECISMO PUBLICADO POR SAMUEL PRICHARD
1º GRAU (ANTES DE 1717)
A Maçonaria Dissecada (Masonry Dissected) foi publicada por Prichard em um
jornal de Londres (The Dailly Journal) nos dias 02, 21, 23 e 31 de outubro de 1730.
Constava de 23 páginas. Até 1760 foi reeditada 40 vezes para o público.
Era um catecismo e não uma cerimônia em si, mas seus diálogos e explicações
nos dão a interpretação da forma que os procedimentos eram realizados, bem como
nos esclarece uma série de pontos até então obscuros.
Este catecismo em forma de perguntas e respostas consta de 92 no grau de
Aprendiz, 32 no grau de Companheiro e 3O no grau de Mestre.
Já no manuscrito da Casa Edinburgh (1696) contem uma descrição ainda
incompleta, das cerimônias dos Graus de Aprendiz e Companheiro e mais quinze
perguntas e respostas. Foi o primeiro catecismo a aparecer na Maçonaria.
Prichard publicou os três graus e mais alguns comentários sobre a Ordem.
Com relação ao grau de Aprendiz ele intitula Grau dos Aprendizes (Entered
Aprenttice) que quer dizer Aprendizes recebidos, introduzidos ou admitidos (hoje,
seriam Iniciados).
Veremos que sob o angulo de visão atual, que como não haviam templos ainda
que uma taberna estivesse a disposição de uma Loja para as suas reuniões, não havia
a privacidade que temos hoje, onde até alguns Veneráveis se dão ao luxo de não
deixar entrar no templo Irmãos retardatários.
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Aparece neste catecismo a figura do Cowan (goteira, bisbilhoteiro) de forma
ressaltada. É provável que o cargo de Tyler (Cobridor Externo) tenha sido criado para
barrar e não deixar entrar os intrusos. O Cowan foi uma figura tão marcante que até
Anderson na versão da Constituição de 1738 fala sobre ele.
O diálogo, embora grafado de forma diferente, vemo-lo na sua essência nas
aberturas e fechamentos das sessões, nas Iniciações, nas instruções dos rituais ou em
qualquer outro procedimento. As instruções constantes dos Rituais atuais são as que
mais se assemelham ao conteúdo dos diálogos se comparados com aquela forma de
Maçonaria antiga.
O catecismo em si trata de um dialogo entre possivelmente o Venerável (Mestre
da Loja) e um maçom introduzido ou admitido (iniciado, recebido).
Aparentemente um telhamento para o nosso entendimento atual.
Enfocaremos inicialmente o grau de Aprendiz que será para a nossa análise, a
base da Maçonaria de antes de 1717.
O examinador perguntava inicialmente de onde vinha o Irmão ao que ele
respondia “de uma Loja consagrada a São João”. Saudava o Venerável por três vezes
três. (Eu vos saúdo respeitável Mestre, vos saúdo respeitável Mestre vos saúdo
respeitável Mestre em nome do Venerável de sua Loja)
Para se saber se o Irmão era mesmo maçom, este respondia que sim pelos
sinais, toques e pontos perfeitos e pedia para ser examinado.
Ainda continuando em resposta à pergunta feita, dizia que os sinais eram todos
os esquadros, ângulos e perpendiculares, os toques eram sinais regulares
estabelecidos e a garra da fraternidade.
Quanto aos pontos o examinador dizia:”Dai-me os pontos de seu ingresso”. O
Aprendiz respondia: “Dai-me o primeiro e eu vos darei o segundo” O Examinador
respondia: “Eu calo-me” e o Aprendiz retrucava; “Eu oculto”. Que só revelaria a um
verdadeiro Irmão, ou em Loja constituída.
Falava-se de uma loja justa e perfeita composta de sete Irmãos ou mais sendo
um Mestre da Loja (Venerável) dois Vigilantes, dois Companheiros, e dois Aprendizes.
O Aprendiz dizia após ser perguntado que foi admitido por três grandes batidas e
tinha sido recebido por um Júnior Vigilante (2º Vigilante) e a seguir através de uma
série de perguntas e respostas ele descrevia como tinha sido recebido, cuja descrição
é muito semelhante às Iniciações de hoje.
Após esta seqüência de perguntas sobre a Recepção, o Venerável fala: “Você
pode repetir o que prometeu” (DUE GUARD).
IMPORTANTE
O Aprendiz repetia todo o juramento muito semelhante ao dos dias atuais, onde
usava as mesmas imprecações, ou seja, se fosse traidor, chamava para si uma série
de castigos terríveis (atualmente abolidos em alguns ritos), tais como pescoço cortado,
língua arrancada pela raiz etc. e terminava fazendo um sinal dizendo DUE GUARD.
O que era afinal este tal de DUE GUARD?
Na Recepção, o candidato segurava à altura da cintura a Bíblia com a mão
esquerda e apoiava a mão direita sobre o livro, enquanto repetia o juramento. Num
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telhamento ele repetia o teor do juramento, mas como se estivesse segurando uma
Bíblia imaginária.
O DUE GUARD dos Aprendizes e Companheiros era o mesmo, mas no grau de
Mestre inventaram depois que ele foi criado (após 1725) que ambas as mãos ficariam
como se estivessem espalmadas, depositadas sobre a Bíblia, tocadas levemente pelos
seus polegares.
O Venerável prosseguia o interrogatório perguntava a forma da Loja, largura,
altura (altura = polegadas, pés e jardas intermináveis, alta como o céu) e como a Loja
estava situada ao que eram respondidos “do Oriente para o Ocidente, porque todas as
Capelas eram assim”.
“Onde está localizada sua Loja?”
“Na Terra Santa, ou na parte mais alta da Colina, ou no mais profundo Vale
ou no Vale de Josafá, ou em lugar secreto”.
A Loja era sustentada por três pilares Sabedoria, Força e Beleza (ainda não
haviam as ordens arquitetônicas: jônica, dórica e coríntia).
Prosseguindo, o Venerável perguntava se existiam mobílias em sua Loja ao que
era respondido: Sim: Pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla Denteada.
“E as outras mobílias?” Bíblia, Esquadro e Compasso.
Jóias: seis. Três móveis: Esquadro, Nível e Compasso-Prumo.
Três imóveis ou fixas: Tábua de traçar (Mestre da Loja), Pedra Bruta (para os
Companheiros), Pedra Polida (para os Aprendizes)
“Existem Luzes na sua Loja?”
“O sol, a Lua e o Mestre da Loja”.
“Existem outras Luzes fixas em sua Loja?”
“São as três janelas: Oriente, Sul e Ocidente (No Norte não entra luz)”.
IMPORTANTE (A figura do Cowan e a diferença de “status” entre os Novos Aprendizes
e os Velhos Aprendizes nos chama a atenção no catecismo).
“- Onde se sentam os VELHOS (SÊNIORES) APRENDIZES?”
“- No Sul”.
“- Quais as suas funções?”
“- Atender, recepcionar e dar boas vindas aos Estrangeiros”.
“- Onde tomam assento os NOVOS (JÚNIORES) APRENDIZES?”
“- No Norte”.
“- Quais as suas funções?
“- Proteger a Loja dos Cowans e Bisbilhoteiros”.
“- Se um Cowan é apanhado como ele é punido?”
“- Ele é colocado sob a calha da casa (onde há água de chuva), ou outra água
qualquer para que ela escorra entrando pelo ombro e saindo pelos sapatos (daí
a origem da palavra GOTEIRA).
Hoje analisando-se a seqüência deste diálogo, especulamos e entendemos
porque foi aumentado mais um grau após o grau de Aprendiz. Se bem que o 2º grau
ficou pertencendo aos SÊNIORES APRENDIZES, agora como Companheiros e o
Mestre que era cargo virou grau entre 1725 e 1738?.
Era perguntado onde era o lugar do Venerável e dos Vigilantes e a seqüência de
respostas e perguntas era mais ou menos as mesmas de hoje valorizando inclusive o
trajeto percorrido pelo Sol (o dia a noite e o mito solar).
“O Mestre da Loja fica no Oriente” “Os Vigilantes ficam no Ocidente”. “Assim
como, o Sol surge no Oriente, para a abrir o Dia, assim o Mestre (Mestre da Loja) fica
no Oriente (COM SUA MÃO DIREITA SOBRE O PEITO ESQUERDO e um Esquadro
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dependurado sob o pescoço) sendo esse um sinal para abrir a Loja e levar seus
Obreiros ao Trabalho”.
(Interessante; Hoje usam o malhete sobre o peito ao invés da mão direita).
Outros diálogos:
“Quantos princípios existem na Maçonaria?”
“Quatro. O Ponto, a Linha, a Superfície e o Sólido”.
“O que significa para você ser um Maçom Operativo?”
. “Um Esquadrejador, um Modelador de Pedra, Assentador de Pedra no Nível, e
saber levantar uma Perpendicular”.
A uma determinada altura do catecismo, voltava-se a se perguntar quais eram
os segredos de um franco-maçom. Era respondido: Sinais toques e muitas palavras.
“- Onde você guarda estes segredos?”
“- Sob meu peito”.
“- Você possui as chaves desses segredos?”
“- Sim”.
“- Onde você a guarda?”
“- Numa caixa de ossos que ninguém abre ou descerra a não ser com uma
chave de marfim”.
“- Ela está pendurada ou é imóvel?”
“- Pendurada”.
“- Por onde está pendurada?”
“- Por uma corda de nove polegadas ou um palmo”.
A chave de marfim seria a língua e a caixa de ossos seria os dentes e a Corda
de nove polegadas ou um palmo seria o céu da boca.
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(A chave de marfim é atualmente a jóia do 4º grau do REAA – Mestre Secreto e do
Mestre da Discrição no Rito Brasileiro).
Perguntava-se quantos sinais principais existem?
A resposta era um Gutural, na garganta, um Peitoral no peito, um Manual.
nas mãos e um Pedestal nos pés. E explicava-se cada um. Por sinal, praticamente
iguais aos que praticamos atualmente.
Pedia-se as palavras que eram Jachim e Boaz, as quais eram dadas da mesma
forma que as damos hoje, porem existiam duas no primeiro grau.
Um outro trecho que merece menção é quando o Examinador pergunta de que
modo o Aprendiz servia ao seu Venerável.
“- Com giz (liberdade) Carvão (fervor) e argila (zelo)”.
Pergunta o Examinador se o Aprendiz vê todo o dia seu Venerável e como ele
se veste?
“Com um casaco amarelo e um par de calças azuis”.
N.B. O casaco amarelo é o Compasso e as calças azuis eram as pontas de aço
do Compasso.
Mais alguns questionamentos, assim terminava o catecismo do 1º grau com 92
perguntas e respostas, a maioria conhecidas de nossos rituais atuais.
ANÁLISE DO 2°GRAU (COMPANHEIRO) ANTES DE 1717
O grau de Companheiro, fala-se dele desde 1598, mas que com certeza
documental passaram a existir a partir de 1670. Na publicação do catecismo de
Prichard ele consta de 32 perguntas e respostas.
O Examinador perguntava se o examinado era Companheiro Maçom e este
respondia: “Sim eu sou”. Continuando, sua finalidade era conhecer a letra “G” que
correspondia a Geometria ou Quinta Ciência. Que ia do Oriente para o Ocidente, que
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trabalhava na construção do Templo; que recebia seu salário na Câmara do Meio; que
entrou na Câmara do Meio através de um Pórtico; que viu dois grandes pilares J B
(Ver 1 Reis, cap.7, pilares, capitéis, côvados romãs, etc.).
Em seguida, respondendo aos quesitos, falava que ao atravessar a Porta da
Câmara do Meio viu um Vigilante, que lhe pediu: Toque Sinal e uma Palavra. Descreve
o toque e sinal e diz que a palavra era JACHIN.
Interessante que refere ser a altura da Câmara do Meio tão alta que um COWAN
não a tocaria com uma vara ou com perna-de-pau.
Menciona ter visto na Câmara do Meio, o resplendor da Estrela Flamejante.
Prossegue respondendo várias perguntas sobre a letra “G”. E ainda fala das
quatro letras BOAZ. Não faz alusões às posturas em Loja, passos etc.
O catecismo de Prichard do 2º grau não é tão objetivo e rico em simbologia
como o do 1º grau, mas podemos traçar as analogias com os rituais atuais do 2º grau e
veremos que existe muita semelhança, evidentemente hoje mais pobre ainda porque
vários símbolos e procedimentos como a Câmara do Meio, e os cinco pontos perfeitos
da Maçonaria migraram para o 3º grau entre 1725 e 1738.
ANÁLISE DO 3°GRAU (MESTRE) APÓS 1725
Consta a publicação de 30 perguntas e respostas.
Após ser perguntado, o Maçom dizia ser Mestre, que passou a ser Mestre ao
passar do Esquadro para o Compasso, que já tinha sido Jachin e Boaz, que foi feito
Mestre com um Diamante, um Esquadro e uma Pedra.
“Se você realmente foi feito Mestre Maçom, você poderá entender a Regra de
Três”.
“M.B. (Mack Benack. Você tornou-se livre)”.
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Após várias perguntas, o Maçom dizia que estava indo do Oriente para o
Ocidente buscar o que tinha perdido a Palavra de Mestre Maçom.
“Como ela foi perdida?”
“Por três grandes (pancadas) Batidas, ou pela Morte de Hiran”.
A seguir o Venerável pergunta como foi a Morte de Hiran.
A partir daí temos uma Lenda de Hiran praticamente quase igual à que
conhecemos, com pequenas diferenças, sendo o seguimento quase igual ao da Lenda
dos nossos atuais rituais. Trata-se os três traidores mencionados que queriam a
Palavra de Mestre e que supliciaram Hiran, como Rufiões, sem dar a eles aqueles
nomes que conhecemos atualmente.
Ao meio-dia quando os operários descansavam, Hiran entra no Templo e os três
Companheiros Rufiões estavam plantados nas três entradas. Quando ele ia saindo foi
abordado pelo primeiro que queria a Palavra de Mestre. Não a dando, foi agredido
com um cilindro. Sofreu novas agressões nas outras duas saídas, terminando por
sofrer um golpe fatal na terceira porta. Não se fala dos instrumentos usados nas 2ª e 3ª
agressões. Foi retirado pela porta Ocidental e escondido entre uns entulhos até o
próximo dia. A procura do corpo do Mestre Hiran, a procura da Palavra de Mestre,
apenas difere da lenda de hoje é no momento em encontraram o corpo, a cobertura da
sepultura era verde musgo, os 15 Companheiros replicaram: “MUSCUS DOMUS DEI
GRATIAS” “Obrigado meu Deus, nosso Mestre tem uma Casa Musgosa”. Recobriram-
na com terra e colocaram em cima da sepultura, um ramo de “Cássia”. A sepultura
onde estava enterrado Hiran era de 06 pés para o Oriente, 06 pés para o Ocidente e 06
de profundidade.
Depois, Salomão manda os 15 Companheiros usando luvas brancas, irem buscar Hiran
e lá chegando o levantam pelos cinco pontos do Companheirismo. A Lenda não está
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completada tal qual a conhecemos, porque ela praticamente para ao se praticar os
cinco pontos. Não fala da punição dos três assassinos que mataram Hiran usando um
Malhete, com uma Ferramenta (não especifica qual) e com um Bedel (?). O próprio
Prichard faz confusão com os instrumentos de agressão do Mestre Hiran. O arcabouço
da Lenda é o que conhecemos com 80% do roteiro completamente pronto,
resguardadas algumas pequenas diferenças.
Prosseguindo nas perguntas e respostas refere que Hiran está enterrado no
Santo dos Santos que foi trazido pela porta ocidental do Templo.
Menciona que o nome do Mestre Maçom é “Cássia” que a jóia do Mestre é um
Pórtico, uma Janela e um Pavimento Quadriculado.
A Palavra de Mestre é dada pelos cinco pontos do Companheirismo sussurrada
ao ouvido e é Mack Benack “O construtor foi atingido”.
Estamos analisando catecismos, de 300 a 400 anos atrás onde identificamos
todos os símbolos e procedimentos mencionados dos quais hoje com certas
supressões ou alterações, em função da evolução do tempo em que vivemos, somos
os seus fieis seguidores. Entretanto, a liturgia, não é mencionada. Mas, pelos
catecismos de Prichard, e por outras Revelações (Exposures) e pelas pistas dos
manuscritos (Old Charges), podemos avaliá-la e até deduzir como era praticada esta
liturgia, sem termos é lógico, a certeza absoluta. Se analisarmos como um todo temos
pelo menos a noção possivelmente muito aproximada.
Enfim, pela riqueza de detalhes, nos dá a impressão de que tudo isso é atual,
pois praticamos hoje uma maçonaria totalmente casada com estas antigas influências e
de forma muito semelhante a este legado histórico ritualístico e doutrinário que
recebemos como uma benção, e que hoje em dia nem nos damos conta da riqueza
cultural que herdamos.
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HERCULE SPOLADORE
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Francisco de Assis “A Maçonaria Usos & Costumes” Volume 2
Cadernos de Estudos Maçônicos Editora Maçônica ”A Trolha” Ltda.
Londrina. – 1995
PERAU, Abade Gabriel L.Calabre “A Ordem Maçônica Traída seus.............segredos
revelados” ( L’ordre des Francs-Maçons Trhai et
leur secreet revele Paris, 1745) Tradução de Ataualpha José Garcia
Editora “A Trolha” Ltda. - Londrina 2001
PRICHARD, Samuel “Maçonaria Dissecada” (Masonry Dissected) 1730
Tradução de XICO TROLHA – Editora “A Trolha” Ltda. - Londrina – 2002
Trabalho: DUE GUARD – de Antônio Carlos Tavares Barbosa
Trabalho: Sinais Toques e Palavras de Francisco de Assis Carvalho XICO
TROLHA
ONDE FOI APRESENTADO ESTE TRABALHO
Trabalho apresentado em 22/09/2003 na VII JORNADA MAÇÕNICA ZONA
LESTE DE SÃO PAULO – (Encontro realizado anualmente por um grupo de Irmãos da GLESP)
Apresentado em 18/10/2003 no IV Simpósio “Francisco de Assis Carvalho” –
Pacto Sul Mineiro do REEA – realizado em Poços de Caldas –.
Apresentado na Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” Londrina - PR em
21/11/2003.
Publicado na Gazeta Maçônica (São Paulo) numero 151 meses 06 e 07/2004
Publicado no Livro “Maçonaria no Século XXI” publicado pela “Loja
Fraternidade Brazileira de Pesquisas e Estudos” de Juiz de Fora- MG á pg. 67 – ano 2005
Apresentado na Loja “Justiça de Maringá” – Maringá - PR em 28/05/2009
Apresentado na Loja Maçônica Nova Esperança - PR dia 13/04/2010 Festa do
cinqüentenário da Loja –
Trabalho apresentado no II Encontro de Maçonaria Regional em 28/05/2011
em Presidente Prudente- SP – Organização do Conselho de Veneráveis
Mestres e Mestres Instalados de Presidente Prudente e região
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A LENDA DO JUDEU ERRANTE
João Anatalino
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
Pelas ruas íngremes de um burgo imundo
Um condenado passa carregando a cruz.
Nas lanhadas costas leva a dor do mundo
Mas nos olhos claros brilha virtuosa Luz.
No entanto a força falta ao exausto corpo,
E seus joelhos dobram a cada passo dado,
É um pobre homem que está quase morto,
Mas a cada queda é ainda mais castigado.
Saiu um sapateiro, na porta da sua oficina,
Zombando dele disse com prazerosa ironia:
“Levanta-te profeta, cumpre logo tua sina”.
Jesus respondeu:“Eu vos digo, em verdade,
Que o meu sofrimento terminará neste dia,
O teu, Assuero, será por toda a eternidade.”
A Lenda do Judeu Errante é uma das mais significativas e curiosas metáforas já
criadas pelo engenho humano para justificar uma ideologia. Ela conta que quando
Jesus foi condenado e estava arrastando sua cruz pelos estreitos e imundos becos de
Jerusalém, em direção ao Gólgota, o sinistro monte que parecia uma caveira, onde os
condenados eram crucificados, uma verdadeira multidão de mofadores e carpideiras
acompanhou o macabro cortejo pelas íngremes vielas da cidade. Isso era praxe.
Naquele tempo, como hoje, as pessoas adoravam ver a desgraça dos outros. Pessoas
penduradas numa cruz, estrebuchando, era um espetáculo interessante, que todo
mundo gostava de apreciar.
Assim, as donas de casa saiam á janela para ver os cortejos dos condenados e os
comerciantes se postavam á porta de seus estabelecimentos para contemplar os
pobres coitados, com seus dilacerados corpos, arrastando suas cruzes, caindo e
lanhando os joelhos a cada queda sobre as pontudas pedras do calçamento.
Próximo á porta Genath, também conhecida como Porta Oriental, por onde se saia da
cidade em direção ao Gólgota, havia uma oficina de sapateiro pertencente a um sujeito
chamado Assuero(ou Asheverus, na tradição latina). Diz a lenda que ao passar em
frente á oficina dele, Jesus sofreu uma de suas muitas quedas em direção ao patíbulo.
Assuero, ao olhar para Jesus e ver que ele já estava quase sem forças para levar a
pesada cruz, zombou dele com ironia, mandando que se levantasse e saisse logo da
frente da sua oficina. Jesus, olhando para ele teria dito, naquela forma tão peculiar que
5 - a lenda do judeu errante
Ir João Anatalino
22
ele usava para profetizar: “Em verdade, eu vos digo, Assuero, que meu sofrimento
terminará hoje, mas o teu há de durar até que eu volte.”
Assim, o sarcástico sapateiro judeu se tornou o judeu errante, indivíduo condenado a
viver para sempre. Ficaria vivo enquanto durasse o mundo, até a volta de Jesus, no fim
dos tempos.
Essa lenda já foi objeto de várias versões e tem rendido muita literatura e cinema.
Dizem que ela é muito antiga, tendo se originado a partir de um relato de um Bispo,
que ao prestar testemunho da sua fé no Concílio de Nicéia, em 325 e.C. ( quando o
cristianismo foi entronado como religião oficial do Império Romano) afirmou conhecer
uma testemunha viva do martírio de Jesus. Essa testemunha, que seria um sapateiro,
ou tanoeiro(curtidor de couro), que vivia em Jerusalém na época, teria visto a
passagem do cortejo em frente á sua oficina, e por algum motivo não confesso, Jesus
teria profetizado que “ele iria ficar no mundo até a volta dele”. Esse dito de Jesus é que
teria sido a inspiração do cronista, cronista evangélico para cunhar a famosa lenda do
apóstolo imortal, que supostamente seria João.
A lenda correu mundo e inspirou muitos contos e tradições, sendo encontrada em
todos os lugares algumas versões do Judeu Errante. No Brasil ela foi trazida pelos
portugueses colonizadores. Algumas histórias populares afirmam que o tal judeu
imortal viveu em Pernambuco, no tempo do domínio holandês. Houve quem dissesse
que ele foi visto na época da mineração do ouro, chorando sangue diante de uma
igreja, numa Sexta-Feira da Paixão. De vez em quando ele reaparece em algum lugar
do mundo, profetizando desgraças e um final apocalíptico para a humanidade.
A História
Na verdade, a lenda do Judeu Errante é uma ficção literária, criada provavelmente por
ativistas anti-semitas alemães, com claras intenções ideológicas.Historicamente
ela aparece a primeira vez em um panfleto apócrifo com o título Kurtze Beschreibung
und Erzählung von einem Juden mit Namen Ahasverus (que pode ser traduzido como
“Um Breve relato de um judeu de nome Ahasverus). Esse curioso panfleto foi impresso
em Leiden, em 1602, por um tal de Christoff Crutzer, pseudonimo de um sujeito que
nunca foi identificado.Provavelmente tratava-se de um ativista anti-semita, coisa muito
comum nos estados alemães da época, onde o preconceito contra os judeus já era
bastante acentuado.
Na verdade, esse preconceito já vinha de longa data, desde os tempos em que o
Império Romano se esfacelou e a cultura grego-romana foi substituida pelo
cristianismo. A aversão contra os judeus, como “assassinos de Cristo” era uma tradição
cultivada pelos povos cristãos, e mais se acentuou durante a Idade Média quando os
judeus praticamente dominaram o comércio, a indústria e as atividades econômicas na
Europa, em face da própria idiosincrasia do clero católico, que taxava essas atividades
como pecaminosas. Assim, todo o dinheiro foi parar nas mãos dos judeus, que eram
considerados como usurários, egoístas, agiotas etc.
No século XVII cerca de oito edições desse panfleto foram editadas, transformando o
Judeu Errante numa das mais conhecidas lendas do século. Logo ela se espalharia
pela Europa, sendo editada em praticamente todas as linguas européias. Juntamente
23
com as lendas do Graal e as aventuras de Pedro MalasArtes, ela se tornou um
verdadeiro cult pelos literatos da época.
A questão ideológica
Da mesma forma que os famosos Protocolos de Sião, falso documento forjado por
grupos anti-semitas para justificar as perseguições que estavam sendo feita aos judeus
em fins do século XIX e começo do século XX, a Lenda do Judeu Errante é claramente
uma metáfora que visa inculpar o povo de Israel pelo sofrimento e morte de Jesus,
criando contra esse povo uma animosidade que dura séculos e até hoje ainda não se
resolveu. Pois o Judeu Errante é o próprio povo de Israel. Essa lenda quer dizer que a
profecia de Jesus se cumpriu, pois o povo de Israel, cerca de três décadas depois da
morte de Jesus, foi expulso da Judéia pelos romanos e se tornou um povo errante pelo
mundo. Só em 1948 o estado de Israel foi reconstituído, mas hoje os judeus são tantos
pelo mundo, que o seu pequeno território na Palestina não comporta uma população
tão grande. Boa parte dos conflitos que ocorrem hoje, no Oriente Médio, tem como
origem esse fato. Dessa forma, a maldição de Jesus contra os judeus continua sendo
cumprida e só será levantada no dia em que ele voltar e for reconhecido pelos judeus,
finalmente como o Messias das profecias. Essa é mais uma prova de que a loucura
humana não tem limites e a mente humana, quando quer, é capaz de criar as mais
imaginosas histórias para justificar a sua própria fantasia.
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Este bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR
Apresentação às terças, quintas, sábados e domingos
questões sobre ritualística
Orientações apresentadas pelo Eminente Irmão Lourival Mariano Santana, Grão-
Mestre Estadual do GOB-SE, Oriente de Aracajú, Estado de Sergipe.
lourivalmsantana@hotmail.com
Conforme conversa que tivemos por ocasião da Posse do
Soberano Irmão Marcos José da Silva, nós temos como objetivo trabalhar dentro
da ritualística de forma padronizada em todas as Lojas. No entanto, várias
dúvidas surgiram em função de não termos um manual de orientação. Para que
possamos esclarecer aos Irmãos do nosso Oriente, peço ao Irmão que nos
oriente nas seguintes questões:
1- Ao fazermos os cumprimentos estando diversas autoridades presentes em
uma Sessão, qual deve ser a ordem (Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto,
Presidente da PAEL, Grande Procurador, Deputados Federais
Veneráveis....)
2- Quem fala em pé e quem fala sentado?
3- Quem tem assento no Altar por ordem hierárquica?
4- Quando o Sinal de Ordem deve ser desfeito?
5- Os Mestres Instalados usam colares?
6- Um Venerável Mestre em visita a outra Loja usa os paramentos completos
de Venerável?
7- O visitante poderá ou deverá portar-se no Rito da Loja visitada ou no Rito
que pratica em sua Loja de origem?
8- O culto ao Pavilhão Nacional obedece ao Rito da Loja ou a uma Lei única
para todos os Ritos?
6 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk
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9- Um irmão do Rito Brasileiro quando fala em outra Loja estando este em
comitiva os demais Irmãos ficam de pé?
10-A circulação do Saco de Propostas assim como do Tronco de Beneficência
quando vai ao Altar do Venerável Mestre apresenta a todos do Altar ou
somente ao Venerável para depois retornar?
Meu Ilustre Irmão. Estas são as dúvidas mais constantes que ocorrem em
nossas Lojas. Peço a gentileza de nos enviar às respostas para como já disse
colocar em prática.
CONSIDERAÇÕES:
Geralmente para o REAA e considerando-se sempre o que exara o Ritual
correspondente ao Rito praticado.
1 – Nas referências protocolares no que tangem as manifestações em Loja,
àquele que fizer o uso da Palavra, estando à Ordem e sem desfazer o Sinal,
menciona primeiramente às Três Luzes da Loja (os que detêm o malhete na
oportunidade) – Venerável Mestre, Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes.
Mesmo estando presentes autoridades maçônicas o procedimento é o
mesmo. Mencionadas as Três Luzes, não há necessidade de se nominar todas
as autoridades. Para tanto se recomenda que ao se referir a uma autoridade,
após a menção das Três Luzes, escolhe-se o mais alto presente e o menciona
em cujo nome saúdam-se as demais autoridades presentes. Obviamente não é
proibida a alusão a todas as autoridades presentes, todavia nesse caso há
que se cuidar na observação da hierarquia dos presentes, além de se poder
cometer talvez o esquecimento de alguém. Assim, o ideal seria que em nome
de uma autoridade as outras fossem saudadas.
2 – Salvo as situações previstas no Ritual geralmente falam sentados o
Venerável Mestre, o Orador e o Secretário no Oriente. No Ocidente somente
falam sentados os Vigilantes. Se as Luzes da Loja, Orador e Secretário
resolverem falar em pé estes ficam à Ordem. Mesmo os detentores dos
malhetes, falando em pé, deixam seus malhetes e compõem o Sinal Penal. Se
a referência for para autoridades presentes, estas também falam à Ordem.
3 – Ritual de Aprendiz em Vigência do REAA – No Altar ocupado pelo
Venerável Mestre estão previstos apenas e tão somente três assentos. A
cadeira central é ocupada pelo Venerável, a da sua direita é reservada
privativamente ao Grão-Mestre Geral, ou na sua ausência ao Grão-Mestre
Geral Adjunto, ressaltando-se que se ambos estiverem ausentes à cadeira não
será ocupada, salvo pelo Delegado Geral do Grão-Mestre, nas Lojas
jurisdicionadas à sua Delegacia. A cadeira da esquerda destina-se somente ao
Grão-Mestre do Grande Oriente a que estiver jurisdicionada a Loja ou, em sua
ausência, ao respectivo Grão-Mestre Adjunto e, na ausência de ambos ao
Mestre Instalado anterior mais recente (o grifo é meu) da Loja, destacando-se
que caso os três não estiverem presentes a cadeira não será ocupada (o grifo
é meu).
Entendo que o texto do ritual é claro, principalmente porque se refere apenas
na existência de três cadeiras e as suas respectivas ocupações.
26
Complementando, consta no Regulamento Geral da Federação em seu Art.
147 – “As atribuições do Grão-Mestre Geral e do Grão-Mestre Geral Adjunto
estão dispostas na Constituição do Grande Oriente do Brasil”. Na
Constituição do GOB- Art. 77 - Compete privativamente (o grifo é meu) ao
Grão-Mestre Geral: XII - aprovar e determinar a aplicação dos rituais especiais
e dos três graus simbólicos (o grifo é meu).
Nesse sentido entendo que o texto do ritual é claro, principalmente porque se
refere apenas na existência de três cadeiras e as suas respectivas ocupações.
Cabe aqui ainda um comentário. O Boletim Oficial sob o nº 20 de 08 de
novembro de 2.012 publicou acordão do Supremo Tribunal Federal Maçônico,
declarando a inconstitucionalidade da Lei 114, datada de 18 de setembro de
2.010 da Soberana Assembleia Federal Legislativa que tratava da ocupação
dos assentos no Altar tomado pelo Venerável Mestre.
(OBS – Como tem havido interpretações contraditórias no tocante a Lei 114 e
o Acordão publicado, farei uma consulta direta com o Soberano no sentido de
obter informações mais precisas sobre o assunto).
4 – É regra no Rito Escocês Antigo e Aceito que em Loja aberta todos os
obreiros que estiverem em pé e parados estarão à Ordem – corpo ereto, pés
em esquadria, compondo o Sinal Penal do Grau de trabalho da Loja. Assim, os
Irmãos que se posicionarem em pé e parados estarão à Ordem. Antes de
tomar assento, o desfaz pela pena simbólica e toma assento. Só se anda com
o Sinal na execução da Marcha do Grau. O obreiro que por dever de ofício
estiver empunhando (segurando) o objeto de trabalho não faz com ele o Sinal
Penal. As Luzes da Loja nos seus lugares pousam o malhete e compõe o Sinal
Penal com a mão, ou mãos se for o caso. Se o Cobridor estiver com a espada
embainhada, compõe normalmente o Sinal com a mão, ou mãos se for o caso.
É prerrogativa do Venerável em algumas ocasiões autorizar aquele que estiver
usando a palavra a desfazer o Sinal, todavia isso não é regra. Aliás, o
Venerável não deve fazer desse procedimento um ato corriqueiro, já que essa
performance mais agride a ritualística do que se soma à beleza da sessão. No
mesmo sentido o desconforto da composição do Sinal Penal, faz com “certos
discursos” repetitivos e providos de rançoso lirismo sejam evitados.
5 – Os Mestres Instalados (Ex-Veneráveis) possuem os seus paramentos
conforme descrito no Ritual de Mestre do REAA, em vigência nas páginas 23,
24 e 25. Já a do Venerável Mestre no mesmo Ritual às paginas 31, 32, 33, 34 e
35.
No Grande Oriente do Brasil o que difere nos paramentos entre os Ex-
Veneráveis e o Venerável em exercício está na joia presa ao colar que se
iguala também àquela existente no avental. Também no GOB, os punhos são
privativos apenas do Venerável Mestre.
6 – Também está descrito no Ritual acima citado na página 35, parágrafo final:
“Os paramentos do Venerável Mestre e Respeitabilíssimo Mestre são sempre
usados pelo titular do cargo em sua Loja, em visita a outra Loja (o grifo é meu)
independente do Rito por ela praticado e em qualquer solenidade ou ocasião
para a qual seja exigido o traje maçônico completo”. Assim acredito que o
texto esclarece a questão – O Venerável sempre usa os paramentos
completos do seu Rito.
7 – Cabem aqui algumas ponderações. O visitante estará paramentado
conforme o seu Rito, inclusive no tocante a execução dos Sinais. Nesse caso
ele não altera o procedimento originário. O que deve sim o visitante respeitar
27
é os procedimentos ritualísticos da Loja visitada no que diz respeito ao
deslocamento (circulação) dentre outras particularidades inerentes a cada
Rito. Caso ele, o visitante, tenha que executar a Marcha do Grau, ele o fará
conforme o seu Rito de origem, ou mesmo não executará devido a não
existência no costume por ele praticado.
A questão deve ser eivada sempre de bom senso, já que o Mestre de
Cerimônias e o Experto verificando no átrio a respectiva diferença devem
orientar o Irmão que visita.
RGF - Art. 217. O Maçom regular tem o direito de ser admitido nas sessões
que permitem visitantes até o grau simbólico que possuir. Parágrafo único. O
visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que o admite em seus
trabalhos e é recebido no momento determinado pelo Ritual respectivo.
8 – Devido à pluralidade de Ritos adotados pelo Grande Oriente do Brasil
pode existir contradição entre os costumes destes e a forma de como cultuar
o Pavilhão Nacional. Entretanto há que se obedecer Ao que está previsto na
Constituição do GOB – “Art. 126 - A presença da Bandeira do Grande Oriente
do Brasil e da Bandeira Nacional é obrigatória em todas as sessões realizadas
por Loja da Federação, independentemente do Rito por ela praticado”.
Ainda no Regulamento Geral da Federação – “Art. 221 - Nas Sessões Magnas,
Litúrgicas ou não, o Cerimonial à Bandeira Nacional é o previsto em Lei
Federal Nova redação dada pelo “Esclarecimento” do Soberano Grão-Mestre
Geral publicado no Boletim Oficial (Especial) do GOB edição de 23/07/2010”.
No Ritual em vigência – Aprendiz REAA, página 94 – “O Culto ao Pavilhão
Nacional deve obedecer à Legislação pertinente que disciplina o respectivo
cerimonial. O Metre de Cerimônias designará dois Irmãos para com ele
formarem a Guarda de Honra, todos munidos de espadas”.
Assim segue a Legislação: O Culto ao Pavilhão Nacional nos Templos
maçônicos deve obedecer ao Regulamento Geral da Federação e ao Decreto
nº 0084 de 19/11/97, bem como a Lei profana de nº 5.700 de 01/09/71,
modificada pela Lei nº 5.812 de 13/10/72 que trata especificamente dos
Símbolos Nacionais. É a maior autoridade dentro de uma Loja Maçônica, e,
portanto devemos lhe prestar as honras previstas em nossa legislação.
Por esse conteúdo independente do costume do Rito praticado no Grande
Oriente do Brasil e por força do previsto na Constituição é obrigatória à
prática do Culto.
Estou lhe remetendo um anexo com os procedimentos que compactei como
um pequeno manual que, embora seja para o Rito Escocês Antigo e Aceito,
acredito que irá ajudar nos procedimentos.
9 – Na questão específica sobre o Rito Brasileiro, entendo que o Eminente
Irmão deverá fazer consulta ao Irmão Júlio, Secretário Geral do Rito no Poder
Central.
Não questionando ritual legalmente aprovado, no simbolismo do Rito Escocês
Antigo e Aceito do qual respondo pela pasta em Brasília, esse costume não
está previsto em lugar algum, portanto não é lícito no Rito Escocês.
Cabe aqui uma consideração geral – Qualquer Irmão para fazer o uso da
Palavra e, por conseguinte deverá falar em pé (salvo aqueles previstos no
Ritual), estando no Ocidente pede permissão ao Vigilante da sua respectiva
Coluna. Estando no Oriente, pede-a diretamente ao Venerável. Então que
“estória” seria essa de um pedir a palavra e autorizado ficar em pé, enquanto
que com ele outros também se levantam? Entendo eu que a autorização é
28
para um e não em conjunto com outros. Originalmente isso é mera filigrana
que alguém inventou e “latinamente” outros “acharam” bonito.
Não questiono aqui nenhum rito que preveja essa ação, todavia sinceramente
eu gostaria de saber se alguém poderia me explicar à razão desse ato que é
restrito à sala da Loja.
10 – O Oficial circulante com a bolsa cumpre primeiramente a regra dos seis
primeiros cargos que é tradicional nos ritos que assim procedem. Primeiro os
três detentores do malhete, posteriormente a Dignidade do Orador e do
Secretário e por fim desse ciclo, o Cobridor Interno. Ato seguido há a colheita
no Oriente e, nesse particular havendo a presença de alguém ao lado do
Venerável, inicia-se o procedimento por aquele, ou aqueles, que estiverem
posicionados ao lado do Venerável. Segue-se então o giro na forma de
costume.
Sem abusar da prolixidade – Primeiro o Venerável, os Vigilantes, o Orador, o
Secretário e o Cobridor Interno. Ato seguido no Oriente - se for o caso -
aqueles que estejam ocupando os dois assentos à direita e à esquerda do
Venerável e assim por diante.
Cabe aqui também uma consideração. Os seis primeiros cargos não têm
relação alguma com a tal “estrela de seis pontas”, pois essa como símbolo
nem mesmo está prevista originalmente em ritos de vertente francesa. Até
pela posição dos seis primeiros cargos ficaria difícil representar um estrela
composta por dois triângulos equiláteros (Estrela de Davi). Na vertente latina
e, em particular o Rito Escocês, a estrela prevista é a “Hominal”, ou
Pitagórica. Esta então possui cinco pontas. Verdadeiramente a estrela de seis
pontas pertence à doutrina do Craft inglês (aqui no Brasil o Trabalho de
Emulação [York]), sendo que nesse costume nem mesmo existe o giro da
bolsa.
Ainda sobre os seis primeiros cargos abordados, eles representam hierarquia
das Dignidades e a importância de que uma Loja não pode trabalhar sem o
Cobridor. Ainda nessa assertiva, uma Loja somente será aberta na presença
de no mínimo “sete Mestres” (previsto inclusive no RGF), daí os seis
primeiros cargos somados ao Oficial circulante.
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação Ritualística para o REAA –
GOB/PODER CENTRAL
jukirm@hotmail.com
JULHO/2013
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde (
jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
29
Noite de Gala na Academia Catarinense
Maçônica de Letras
Em Sessão Solene Pública a Academia Catarinense Maçônica de Letras empossou
na noite de terça-feira (24) mais dois de seus ilustres membros.
Tomaram posse os Irmãos Ubaldo César Baltazar (ARLS União Brasileira IIª
n°2085) na cadeira n°28 cujo Patrono é Luiz Delfino dos Santos e Tarcísio Vanzin
(ARLS Acquarivis n°2768) na cadeira n°1 cujo Patrono é Cantídio Quintino Regis.
A Sessão foi presidida pelo seu Presidente, Acadêmico Ademar Valsechi, alem dos
Veneráveis Mestres Ivo Borchardt e Carlos Augusto Lopes, no Templo da Fundação
da Arte Real (FAR), naTrindade.
Diversas autoridades maçônicas, irmãos, familiares, amigos e convidados especiais,
prestigiaram a grande noite.
Acompanhe alguns registros fotográficos no link a seguir:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/AcademiaCatarinenseMaconicaD
eLetrasSessaoEspecialDePosse240913?authkey=Gv1sRgCPaU8cb8grKbDA#
7 - destaques jb
Resenha Geral
30
Loja Templários da Nova Era
Logo mais a Loja "Templários da Nova Era" tem Sessão Econômica em seu Templo,
a partir das 20h00, com a seguinte Ordem do Dia:
HORÁRIO. . . . . . 20:00 Horas
GRAU. . . . . . . . . .A.'.M.'.
TRAJE . . . . . . . . Terno ou Balandrau.
ORDEM DO DIA:
1. Votação sobre proposta de filiação;
2. Debate/Arguição sobre os Complementos I e II da Instrução Preliminar de A.`.M.`.;
3. Ministração da 1ª Instrução Clássica de A.`.M.`. para Cristiano, Fabiano e
Waldemar.
4. Entrega de Certificados e Diplomas.
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
Visite o Portal da Rádio Sintonia e navegue, navegue...
www.radiosintonia33.com.br
31
1 - Mapa da Europa desde o ano 1000 D.C. até o presente .... [ com a
linha do tempo] -
http://www.liveleak.com/view?i=14d_1348362692
2 - Uma aula de sabedoria em 3 minutos - Olavo de Carvalho
http://www.youtube.com/watch?v=BblYHIPM92s
3 - Aos apreciadores da música.
http://youtu.be/dpMBWdkKV3w
4 - Tarzan (epsisódio completo )
http://www.youtube.com/watch?v=-8WSAbDoHts
32
Para encerrar a seleção de hoje, os
grandes versos do Ir. Adilson Zotovici
homenageando o Mestre de Banquetes
(esses vão servir para o Jantar Ritualístico...)
MESTRE DE INVEJAR !
Sempre alegre, entusiasmado !
Um livre pedreiro diferente
Na retaguarda, na linha de frente
Com bons utensílios armado !
Pólvora forte, bom som ambiente !
Alfanges, picaretas, fogareiro !
Telhas, bandeja grande por inteiro...
Para confortar sua gente !
Na realidade esse obreiro,
Tem um dom inebriante
De ordenar e da culinária amante !
Um artista verdadeiro !
Um trabalho desgastante
Nem sempre reconhecido !
Por muitos sempre aplaudido,
A poucos...não obstante !
Só após quase exaurido,
Senta-se com seu igual
Na verdade, o comensal...
fechando a cortina
33
Depois do dever cumprido !
Vez, cordeiro à provençal !
Outra vez, peixe grelhado
Quiçá, bom frango ensopado
Variedades da Arte Real !
Fácil vê-lo preocupado,
Toda noite de certo dia !
Em agradar a confraria
Com ágape elaborado !
Sabe que o aroma propicia
Nos gustativos sensórios,
Entusiasmos notórios
Expectativa, satisfação e alegria !
Nos momentos libatórios
Sua marca...é o paladar !
Que, seu modo próprio de amar
Dos requintados aos simplórios !
Nos instrumentos que empunhar
Vê-se afinco tal malhetes !
É o bom Mestre de Banquetes
A cozinhar...a organizar !
Adilson Zotovici
ARLS CHequer Nassif-169

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Jb news informativo nr. 1120

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.120 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - quinta-feira, 26 de setembro de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Ir Pedro Neves - Maçonaria Universal? Bloco 3 - IrAnestor Porfírio da Silva - Sob o Céu e a Lua, tudo o que fazemos é vaidade. Bloco 4 - IrHercule Spoladore - Palestra - "Comentários sobre os Graus Primitivos da Maçonaria" Bloco 5 - IrJoão Anatalino - A Lenda do Judeu Errante Bloco 6 - Ir  Pedro Juk - Perguntas e Respostas - Questões sobre Ritualísticas Bloco 7 - Destaques JB - Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 26 de setembro de 2013, 269º dia do calendário gregoriano. Faltam 96 para acabar o ano. Dia da Interamericano das Relações Públicas; Dia Naacional dos Surdos; Dia do Farmacêutico (Portugal) Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2  1633 - Fundação da colônia inglesa de Windsor, o primeiro assentamento do estado americano de Connecticut.  1777 - Britânicos capturam a cidade de Filadélfia, nos EUA.  1907 - Independência da Nova Zelândia.  1909 - Fundação do cinema mais antigo do mundo, o Kino Pionier (Cine Pioneiro), por Albert Pitzke, na cidade alemã de Stettin (atualmente Szczecin, na Polónia).  1935 - Klaus Barbie recruta-se na Sicherheitsdienst.  1945 o Fundação do PRP (Partido de Representação Popular). o Ishikawa recebe o estatuto de cidade.  1969 - Os Beatles lançam o álbum Abbey Road.  1982 - Acontece a Assembléia fundadora do Bloco Nacionalista Galego.  1983 - Stanislav Petrov evita início de conflito nuclear com os Estados Unidos.  1986 - A Konami Corporation lança o primeiro jogo da franquia Castlevania.  1989 - Fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa Santo Ângelo.  1993 - Entra em órbita o PoSAT-1, primeiro satélite português.  1994 - Início do julgamento do ex-atleta norte-americano O. J. Simpson.  1997 - A cidade italiana de Assis é atingida por dois fortes terremotos.  2001 - Lançamento da série Star Trek: Enterprise.  2002 - O físico sírio-canadense Maher Arar, em trânsito pelos Estados Unidos, foi barrado pelo serviço de imigração.  2005 - Grandes lideranças petistas abandonam o partido, dentre eles Plínio de Arruda Sampaio, Hélio Bicudo e Chico Alencar.  2005 - É realizado o primeiro grande prêmio da A1 Grand Prix, com vitória do time brasileiro.  2007 - O mímico francês Marcel Marceau é enterrado no cemitério Pere Lachaise, em Paris. 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
  • 3. 3  Dia Mundial da Contracepção  Dia Interamericano das Relações Públicas  Dia Mundial do Mar  Dia Nacional dos Surdos  Portugal - Dia Nacional dos Farmacêuticos  Dia Europeu das Línguas  Santos do dia o Santos Cosme e Damião, mártires. o Beata Crescencia Valls Espí, mártir. (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1786 Fundação da Grande Loja da Pennsylvania, desligada da Grande Loja dos Antigos, da Inglaterra. 1872 Realizada a primeira reunião dos Shriners nos Estados Unidos. Fleming foi o primeiro Soberano (Imperial Potentate) 1951 O IrKurt Prober é iniciado na Loja União Escocesa 1962 O futuro presidente dos EUA, Ir Gerald Ford, recebe o Grau 33º em Philadelphia, Pennsylvania. feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia
  • 4. 4 MAÇONARIA UNIVERSAL? Pedro Neves .’. M.’. I.’. 33.’. MRA Membro Efetivo da Cadeira 001 – Patrono: Arlindo dos Santos da Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia Belo Horizonte Preceptor da Suprema Ordem Civil e Militar dos Cavaleiros Templários Ouvimos e lemos bastante sobre o termo Maçonaria Universal, será que é correto? Apesar de todo avanço tecnológico, a ciência ainda não tem resposta positiva para a pergunta, existe vida inteligente fora da terra? Até o presente momento, a resposta é negativa. Existem leis que realmente governam todo o universo conhecido, na Física, Química, Biologia, etc, então, nós podemos afirmar que são leis universais. O mesmo não se aplica, para linguas faladas em nosso pequeno planeta, filosofia, religião, esportes, etc. É muita presunção, utilizarmos o termo Maçonaria Universal. Se a maçonaria existe apenas em nosso planeta, o termo correto é: Maçonaria Mundial, Alguns irão defender o uso do termo errado por uma questão de tradição, mas, se a maçonaria é conhecida pela busca constante da verdade, então, nós devemos corrigir o erro. No sentido de se dar uma conotação mais grandiosa para a Sublime Instituição Maçônica, é que se criaram órgãos que nunca existiram anteriormente, tribunais, assembléias, etc, como os existentes no chamado mundo profano. Foi criado na realidade um verdadeiro estado dentro do estado. Chegamos ao cúmulo de termos mais deputados em nossas assembléias maçônicas, do que as dos estados que compõem o nosso país. Ex: A Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais possui 77 deputados estaduais, para mais ou menos 20 milhões de habitantes, mas, apenas uma das instituições maçônica do estado possui mais de 300 deputados estaduais e seus adjuntos para representar 8.000 maçons, se somarmos tôdas instituições maçônicas do estado de Minas Gerais, nós teremos mais ou menos 1.000 deputados estaduais, para não mais que 25.000 maçons. No órgão federal teremos mais ou menos 2.700 deputados federais e seus adjuntos para 88.000 maçons. As reuniões, só poderiam ser feitas em um ginásio. Não é pelo gigantismo de seus órgãos que a maçonaria vai se transformar em Universal. Já errei na utilização do termo Universal, com certeza não iremos repeti-lo. Para aquisição do Livro ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM - REAA, solicite através do site: www.pedroneves.recantodasletras.com.br Clicando em livros à venda ou enviando e-mail de solicitação ou através do site: www.mercadolivre.com.br em livros maçônicos. SITES: www.pedroneves.recantodasletras.com.br www.periclesneves.recantodasletras.com.br www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com www.trabalhosmaconicos.blogspot.com www.cavaleirostemplariosbhmg.blogspot.com 2 - OPINIão " Maçonaria Universal? " ( Ir Pedro Neves )
  • 5. 5 ] SOB O SOL E A LUA, TUDO O QUE O HOMEM FAZ É VAIDADE Ir Anestor Porfírio da Silva M.I. e Membro ativo da ARLM Adelino Ferreira Machado Oriente de Hidrolândia-Goiás Membro do Ilustre Conselho do Grande Oriente do Brasil/Goiás Por sua aprimorada cultura e incomparável sabedoria, é atribuída a Salomão a autoria dos livros bíblicos, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Provérbios, com o que muitos historiadores não concordam porquanto tais obras apareceram bem depois da sua morte. Esses argumentos, no entanto, decorrem de conjecturas e suposições, pois no tempo já transcorrido desde aquela distante época não se tem informações de quaisquer outros indícios que ao menos sirvam para, à luz da verdade, ajudar na elucidação de tal dúvida. Mas claro está que Salomão, na sua época, inigualável em inteligência e sabedoria, é o nome mais respeitado pelo imenso universo de religiões, seitas, sociedades secretas e até a maçonaria. Desde a infância, Salomão foi um homem preocupado com a sua própria formação. Para tanto, teve uma vida participativa em atividades culturais e religiosas da época. Em Memphis, foi iniciado nos Grandes Mistérios, uma espécie de escola de ensinamentos, que reunia em seus quadros os homens mais sábios de todo o Egito e impérios adjacentes. Essa escola era ligada à Grande Fraternidade Branca, no Egito, e tinha como finalidade a transmissão de conhecimentos sobre os mistérios místicos e esotéricos da vida. Lá, ele conheceu os princípios e fundamentos de algumas correntes doutrinárias influentes como a do Obscurantismo, a dos Iniciáticos e a da Força Negativa, com as quais mais tarde teria que se defrontar para não ceder o trono a seu irmão Adonias. Os registros bíblicos indicam que a sabedoria de Salomão foi resultante das experiências de sua vida e do vasto conhecimento que ele tinha sobre as tradições de seu povo. Salomão foi rei de Israel por aproximadamente 40 anos. Seu reinado foi tranqüilo, sem conflitos internos porque, segundo afirmam, Davi, seu pai, rei que o antecedeu, antes de entregar-lhe o poder teria eliminado todas as divergências entre as tribos do império de Israel. O Magnífico, como também era chamado, teve então tempo para aumentar impostos, empreender grandes obras e acumular riquezas. Porém, durante os melhores dias de sua vida, a vaidade o levou ao caminho do erro, com as relações comerciais de seu governo ficando em segundo plano, enquanto se envolvia com 3 - sob o céu e a lua, tudo o que fazemos é vaidade " Ir Anestor Porfírio da Silva
  • 6. 6 inúmeros casos amorosos, tomando por suas esposas mulheres belas e sedutoras, daí surgindo relacionamentos que conturbaram sua mente e o influenciaram a aceitar a prática da perversão e da idolatria. Isso foi o bastante para que Salomão esquecesse um pouco das finanças do seu reinado o qual, em curto espaço de tempo, se descontrolou atingindo acentuado declínio financeiro, fato que inviabilizou a realização de alguns de seus importantes projetos. Na velhice, por inúmeras vezes se deteve em analisar o que fizera durante seus anos de vida e diante de tantas conclusões negativas acabou por mergulhar-se em completa desilusão. Compreendendo a vaidade como algo fútil, insignificante, se deu conta de que tudo o que havia feito foi com espírito extravagante e materialista, embalado pelo desejo imoderado de “fazer”, de “ser” e de “ter” para ganhar a admiração dos outros. Para alívio de sua consciência ante a missão Divina que lhe houvera sido confiada, ele se manifestou: “Tudo o que fiz foi para alimentar minha vaidade terrena. Tudo foi em vão e ilusório.” Daí originou-se o entendimento teológico de que, para a palavra de Deus, que é a Bíblia Sagrada, “vaidade” significa ilusão, vazio, coisa inútil e sem valor, coisa transitória, efêmera, sopro, algo que possa se assemelhar ao vento que passa, vai, faz um giro e volta sem rumo, algo sem sentido. Pelo que se depreende esse significado não é o mesmo que se dá ao uso de jóias, roupas, ornamentos etc.. Depois das experiências vividas e já na fase das lembranças do passado, angustiado por nada mais lhe restar senão escassos dias antes da chegada da morte, Salomão se ocupa em explicitar a vaidade e as palavras do sábio pregador nos remetem ao entendimento de que o dito vocábulo tem muito a ver com a vontade ambiciosa que temos de sempre fazermos mais do que já fizemos, de sermos mais do já somos e de termos mais do que já temos. Aí, evidente que algo condenável nos sobressalta aos olhos, quando Salomão mostra, segundo sua sabedoria, que a vaidade está colocada fora da palavra de Deus, a respeito do que ele conclui: quem se entrega à luta por qualquer conquista não o faz sem vaidade, tornando-se um navegador no mar das futilidades, das incertezas e da extravagância, já que, no final, nada se aproveitará, tudo será em vão. Durante seu reinado, Salomão construiu grandes e importantes obras e se vangloriava de seus feitos a ponto de sentir vaidade de suas vaidades. Supõe-se que foi em decorrência disso, que surgiu a máxima das expressões sobre esse vocábulo, contida no versículo 8, do Capítulo 12, de Eclesiastes cuja autoria lhe é atribuída: “Vaidade das vaidades! Diz o pregador, tudo é vaidade.” Teve em sua incomparável sabedoria o poder das pregações acerca da vaidade, no que viu a qualidade de coisa vã, sem valor e força do mal que afasta a criatura humana do amor de seu Criador. Se percorrermos seus escritos, em Eclesiastes e Provérbios, iremos encontrar, dentre tantas, as seguintes e mais claras conclusões de Salomão acerca da vaidade: “Examinei tudo e tudo é vaidade!” “Quando me pus a considerar todas as obras de minhas mãos e o trabalho no qual me tinha dado para fazê-las, eis: tudo é vaidade e vento que passa!” Muitos indagam por que a maçonaria não sendo religião evoca e exalta, em sua ritualística, a memória daquele que foi um dos homens mais cultos e mais sábios de sua época, ao aludir-se à “vaidade”, ao “Templo de Salomão” e à “lenda de Hiram”, que também é ligada a Salomão e ao referido templo. Os motivos são vários, mas aqui, sendo a vaidade o tema em destaque, cabe esclarecer por que as palavras de Salomão são lembradas pela mencionada instituição.
  • 7. 7 O surgimento da maçonaria derivou de associações representativas de certos segmentos sociais organizados, criadas há dezenas de séculos, por força de alguns interesses, dentre eles, o de preservar e manter vivos valores éticos e morais, além dos bons costumes que vinham sendo ameaçados pela depravação e pela perversão da sociedade. Nos escritos que deram origem à sua existência, seus princípios e fundamentos, e em razão dos fins que a Ordem Maçônica Universal se propôs a alcançar, alinhou-se então o perfil ideal de seus membros, tendo-se por base os mencionados valores com os quais os indivíduos adeptos daquelas associações se identificavam e que foram mantidos até os dias de hoje. Desses valores a maçonaria nunca pôde prescindir porque foram eles os principais responsáveis pelo respeito e pela admiração que as sociedades e os governantes passaram a ter por ela e por seus membros depois de se convencerem da seriedade com que a referida instituição trabalha para atingir suas finalidades, dentre elas, uma das maiores, que não é outra senão a construção de um mundo cada vez melhor para todos. Assim, pode-se dizer que esse perfil ideal é o de quem se revele: I) como homem que acredite na existência de Deus e na prevalência do espírito sobre a matéria e não ímpio, que não crê em Deus e despreze a religião; II) como homem humilde, caridoso, simples, modesto e não avarento, que se preocupe apenas com os seus próprios interesses; III) como homem piedoso, bom, humano, aberto, discreto e não soberbo, cheio de orgulho e arrogância; IV) como indivíduo leal, honesto, sincero, verdadeiro, digno de confiança e não impostor, mentiroso, fingido e hipócrita; V) como indivíduo afável, bem-educado, atencioso, comedido, amável e não estúpido, rude, inculto e descortês; VI) como pessoa decidida, que tenha coragem para enfrentar desafios, principalmente, quando o bem ameaçado for a sociedade ou a própria maçonaria e não que se apresente como covarde, medroso, capaz de fugir abandonando os companheiros no momento em que a sua ajuda se torne indispensável; VII) como homem especial, distinto, notável e não medíocre, quase apagado, se sustentando entre dois extremos sem inteligência para, ao menos, saber distinguir o bem do mal; VIII) como indivíduo discreto, reservado e não que se vanglorie, preocupado apenas em merecer a admiração dos outros; IX) como homem sem interesses escusos, generoso, tolerante e não ambicioso, que pense mais em ter e menos em fazer; X) como homem indulgente, paciencioso e não intolerante e intransigente, do tipo que não aceita opiniões alheias etc.. A Ordem Maçônica, por ser instituição iniciática, cuida da formação moral, intelectual e espiritual de seus iniciados, dando-lhes a oportunidade de progredirem e assim, alcançarem melhor desempenho em suas relações com as demais pessoas. No que se refere à caridade, uma de suas mais louváveis atitudes é buscar inferir na consciência de cada maçom, que o ato de ajudar para ser nobre terá que ser praticado de maneira discreta, doando não as sobras ou aquilo do que não mais necessitamos, mas repassando a quem se encontre em dificuldades, além do apoio moral, um pouco do que ainda, materialmente, nos interessa. Esse ato, afirmam os postulados maçônicos, para se constituir em gesto de caridade terá que partir da disposição da alma de quem doa e se repetir por tantas vezes quantas forem as oportunidades, de preferência anonimamente, sem a intenção de se obter sobre o mesmo qualquer vantagem pessoal. Do contrário, como disse o pregador, tudo será vaidade.
  • 8. 8 A caçula das lojas do GOB/SC, ARLS "Alvorada da Sabedoria" que está recebendo a sua Carta Constitutiva definitiva, promoveu na noite de terça- feira (24) a palestra intitulada "Os Graus Primitivos da Maçonaria", proferida pelo Irmão Hercule Spoladore, da Loja de Pesquisas Maçônicas "Brasil" de Londrina, e encerrando o ciclo de palestras por Florianópolis. Veja no link a seguir alguns registros fotográficos e na sequencia a palestra que brindamos os leitores do JB News, do ilustre Irmão que já retornou à Londrina: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/Hercul eSpoladore240913PalestraOrigensDaMaconariaOsGrausPrimitivos DaMaconaria?authkey=Gv1sRgCI_F2Inp-c-8fA# 4 - palestra; comentários sobre os graus primitivos da maçonaria Ir Hercule Spoladore
  • 9. 9 Os Graus Primitivos da Maçonaria Datado de 02 de fevereiro de 1356, existe um documento na Prefeitura de Londres emitido por um mestre de obras de nome Henry Yevelle solicitando autorização para que ele e mais onze companheiros (freemasons e freestones) pudessem realizar suas reuniões em recinto fechado. No mínimo podemos deduzir que seriam reuniões de Aprendizes, isto numa época em que ainda não havia comprovação de que já existisse o grau de Companheiro e nem catecismos ou guias ou qualquer norma de como eram realizadas essas reuniões. No documento a palavra companheiro não se referia a um grau da Maçonaria, mas sim de maçons livres, companheiros de trabalho. É claro que neste tempo a Ordem era “Operativa e católica”. No manuscrito de Harleian n.º 2054 do ano de 1650 já continha uma citação dos Pedreiros Livres, já sugerindo algum segredo. O manuscrito não dá maiores detalhes. Entretanto nestes sinais de reconhecimento já se previa a possibilidade de se criar mais um grau, o que parece ter ocorrido vinte anos após em 1670 em função da necessidade de distinguir os Aprendizes Júniores dos Aprendizes Sêniores, já que últimos tinham alguns privilégios a mais que os Aprendizes recém recebidos o que caracterizava de certa forma, um outro grau dentro do mesmo. Os Aprendizes Júniores tomavam assento do lado Norte e os Aprendizes Sêniores se assentavam no lado Sul, além de terem funções diferentes no grêmio. Tomava-se como referência em relação ao Norte e Sul aos então chamados de pilares Joackim e Boaz, situados no pórtico do templo de Salomão; que já faziam parte do catecismo publicado por Samuel Prichard e da lenda de Hiran em andamento, não completada como a conhecemos hoje. Era natural que, com o tempo se criasse um novo grau, porém este desdobramento foi lento. Neste período, começou a ocorrer outro desdobramento histórico interessante. A Maçonaria até então eminentemente composta só de profissionais da construção, ou seja, Operativa passou a aceitar pessoas que não eram construtores. São os famosos maçons aceitos. Existe uma ata da Loja “Saint-Mary’s Chapel” (Capela de Santa Maria) de Edinburgh – Escócia onde está registrado que no dia 08 de junho de 1600 foi feita a Recepção de um fazendeiro com grandes propriedades, de nome John Boswell d’Auchinleck. E também tem-se as provas de que Sir Robert Murray foi recebido em Newcastle em 1641 e do antiquário londrino Elias Aschmole alem de Henry Maynwaring de Warrington em 16 de outubro de 1646. A partir desta época as incorporações de não operativos se sucederam rapidamente em muitas Lojas. Até 1700 a Maçonaria era totalmente cristã. Em 24 de junho de 1717 funda-se a Grande Loja de Londres, inaugurando no mundo maçônico o regime obediencial, quando apareceu, oficialmente, a figura e o cargo de Grão-Mestre. As reuniões eram realizadas em tabernas ou tavernas. Não havia templos. Somente em 1776 a Grande Loja de Londres inaugurou o “Feemason’s Hall” o primeiro templo maçônico do mundo. E em 1778 o Grande Oriente da França, proibiu que as reuniões de maçons fossem realizadas em tabernas. Até 1725 haviam apenas os graus de Aprendiz e Companheiro. Mestre era cargo e não grau (Mestre da Loja). Os símbolos eram desenhados no chão com giz, argila e carvão e depois e das reuniões eram apagados. Muito tempo depois, algumas agremiações começaram a usar a pintura dos símbolos em um tapete. As primeiras referências sobre os tapetes pintados surgiram em exposições francesas por volta de 1740. Do tapete, posteriormente, evoluíram para a pintura dos painéis, pois estes continham a representação pictórica dos símbolos mais usados, isto no final da
  • 10. 10 segunda metade do século XVIII e inicio do século XIX, que segundo pesquisadores tinham naquele momento apenas fins didáticos. Nas Constituições de Anderson de 1723 ele fez constar: “Nenhum Irmão pode ser Vigilante, até que tenha passado pela parte de Companheiro” (Quer dizer: ainda não existia o grau de Mestre). Na nova edição das Constituições de 1738 o próprio Anderson afirma: “Os Vigilantes são escolhidos entre os Mestres Maçons” Com esta inserção nas Constituições o grau de Mestre passou a existir oficialmente. O grau de Mestre nasceu em 1725, e foi incorporado definitivamente no catecismo em 1738. Até esta época até o Grão-Mestre era Companheiro. Nos idos de 1725 existia uma sociedade profana fundada em 1724 constituída por mestres de obras e músicos, que só aceitava maçons como membros. Para a nossa concepção atual seria até uma heresia. E ainda acontecia que quando um bom músico ou excelente mestre de obras era recebido nesta sociedade e o mesmo não fosse maçom, os membros da sociedade transformavam o local numa rústica Loja e o candidato era feito maçom. Situação completamente irregular para nós em nosso quotidiano maçônico. Mas o que era “maçom livre em loja livre”? A Maçonaria de então não estava organizada como hoje. Esta sociedade chamava-se “Philo Musicae et Architecturae Societas Apollini”. Era seu Venerável, o Duque de Reachmond, que viria ser Grão Mestre da Grande Loja de Londres. Esta entidade recebeu no dia 12 de maio de 1725 como os primeiros Mestres Maçons da história, comprovadamente através de documentos, os cidadãos Charles Cotton e Pappilon Boll. O ato de recebimento de um novo membro na Ordem era feito através de uma cerimônia simples e chamava-se Recepção (introduzidos) e não por uma Iniciação como hoje a conhecemos tão detalhada, tão rebuscada tão enriquecida de procedimentos litúrgicos e até de novos símbolos. Não havia a Bíblia como parte oficial em cima do Altar durante as cerimônias, muito embora fosse citada muitas vezes. Ela entrou nos templos em 1740. Não haviam as ordens arquitetônicas gregas; jônica, dórica e coríntia. Falava-se do Avental como insígnia de honra. Não havia ainda a Lenda Hirâmica. O primeiro arremedo de uma lenda surgiu no manuscrito de Grahan em 1726. Neste manuscrito conta-se a história Noaquita da morte de Noé e da participação de seus filhos Sem, Cam e Jafet. Ao saberem que seu Pai havia falecido os três filhos partiram em busca de um sinal que julgavam que ele possuísse, e que simbolizaria a Aliança de Noé com Deus. Como pairasse dúvidas combinaram que se nada encontrassem as primeiras palavras que proferissem ao encontrar o corpo, seria o símbolo da Nova Aliança. Ao descobrirem o corpo já semi putrefacto, um dos filhos colocou-se de pé em frente ao cadáver. E baixando-se pegou o dedo indicador da mão direita de Noé. Ao puxá-lo, este desprendeu-se da mão. Em seguida tentou pegar o punho em forma de garra que também se despregou do antebraço. Ato contínuo juntou seu pé direito junto com o pé direito do defunto, colocou sua mão esquerda nas costas, joelho direito com joelho direito, mão direita segurando o braço e antebraço direitos, forçou-o a levantar- se até ficar peito contra peito. Procurando algo no local onde o corpo estava estendido, nada encontraram. Estes procedimentos deram origem aos cinco pontos do grau de Companheiro (Hoje pertencem ao grau de Mestre).
  • 11. 11 Um dos filhos segurando o dedo desprendido exclamou: “ainda há tutano neste osso” (Marrow is in Bone). Dentro daquilo que eles haviam estabelecido anteriormente, esta expressão passou a ser a Palavra da Aliança. Posteriormente passou a ser Mack Benack ou “M B” que até a presente data permanece em alguns aventais do 3° grau. Hoje em nossos rituais conhecemos como Mac Benac que já na época enfocada, significava “a carne deixa os ossos” ou “o corpo está apodrecido”. A lenda a partir de 1725, ainda demorou alguns bons anos para tomar corpo e ficar muito parecida com a lenda que conhecemos atualmente. Mudaram-se os personagens, porém para construção da lenda seguiram o mesmo roteiro. Um fato que está bastante claro, mas que os criadores de ritos não querem admitir. Estes três graus passaram a ser universais. Tudo o que se inventou desde então, foi calcado em cima destes três graus. Ninguém conseguiu inventar um novo grau de Aprendiz, Companheiro ou Mestre. Podem tê-los modificado, enxugado, suprimido detalhes e passagens, acrescentado outros, retirado alguns símbolos e ter colocado outros, diálogos alterados segundo a vaidade ou vontade dos entendidos em ritualística, ou ainda pela necessidade do momento, mas o arcabouço, a idéia principal, o cerne, o esqueleto dos graus permaneceram. Não se criou nada em especial desde então. Todos os ritos se utilizaram desta base. O “DNA” da Maçonaria primitiva não foi alterado A ESSÊNCIA permaneceu. Hoje temos o ritual que nada mais é um aperfeiçoamento dos catecismos guias, monitores, reguladores etc. O catecismo é o precursor do Ritual. Evidentemente, em cada época estes libretos serviram à Ordem de acordo com as necessidades do momento. O ritual, hoje após sofrer adequações, adaptações significa tudo o que já se propalava naqueles tempos referindo ainda mais alguns detalhes, ou seja, se tornou completo, porque traz tudo o que se herdou daquela época, com as metamorfoses ocorridas através destes três ou quatro séculos, porém de forma organizada. O ritual de hoje em que pesem as discrepâncias, tem dois significados: um é o conjunto de procedimentos e cerimônias segundo regras e normas. Seria tudo o que se refere a uma cerimônia ou a um rito em si, ou a um sistema maçônico, e o outro significado é o livro onde estão escritas todas as normas e procedimentos a serem seguidos e que foram previamente estabelecidos por autoridades competentes da Obediência. Mas e naqueles tempos como era o dia a dia da Maçonaria? Como ficava esta história de pedreiros e nobres ou mestres de obras e músicos se reunirem e pertencerem ao mesmo grêmio? Havia discriminação entre as classes dentro das Lojas? Havia solidariedade tal qual a conhecemos hoje, ou era apenas um esboço de fraternidade humana, ou seria que um grupo de homens, alem de seu tempo, independentes de suas classes sociais, livres pensadores e sonhadores que pensavam num mundo mais puro e melhor? Estariam sonhando com uma nova ordem mundial? Conforme frisamos em 1717 havia apenas dois graus. Como seria a prática dos mesmos? Haveria alguma semelhança com os dias atuais? Como a Maçonaria em si não publicava quase nada, já que a Tradição era passada de geração a geração oralmente, uns homens tachados de traidores na época passaram a heróis dos pesquisadores atuais porque, ou por vingança contra a Ordem, ou porque acharam por bem aparecer, ou porque quiseram se tornar celebres, ou por dinheiro, eles publicaram em jornais profanos e livros, os chamados mistérios e segredos da Maçonaria, termos estes que eram muito valorizados no mundo profano
  • 12. 12 naquela época. Havia um interesse desmesurado do público a esse respeito. Queriam saber tudo sobre os tais mistérios e segredos. Estas publicações não oficiais e que foram muitas, são chamadas de Revelações (Exposures) e passaram a ser fontes importantes de pesquisas e estudos, sendo atualmente analisadas por verdadeiros cientistas culturais da Ordem, especialmente pelos membros da Loja Quatuor Coronati de Londres n.º 2076 que as estão passando a limpo sendo que as informações são cruzadas com as revelações e as afirmações dos manuscritos antigos (Old Charges), chegando-se a uma conclusão muito aproximada de como era a Maçonaria de então. Entretanto falta muito, para se chegar a uma conclusão final. Existem muitos hiatos que ainda precisam ser preenchidos. Com freqüência são descobertos na Inglaterra, França e outros países europeus, documentos que são fragmentos, verdadeiras peças de um todo e que tem sido de um valor inestimável para se formar um retrato perfeito da Maçonaria de uns 400 anos atrás. Fala-se que existem cerca de 150 manuscritos antigos (Old Charges). Cerca de 17 manuscritos são os mais estudados, porque são mais completos. ANÁLISE SOBRE O CATECISMO PUBLICADO POR SAMUEL PRICHARD 1º GRAU (ANTES DE 1717) A Maçonaria Dissecada (Masonry Dissected) foi publicada por Prichard em um jornal de Londres (The Dailly Journal) nos dias 02, 21, 23 e 31 de outubro de 1730. Constava de 23 páginas. Até 1760 foi reeditada 40 vezes para o público. Era um catecismo e não uma cerimônia em si, mas seus diálogos e explicações nos dão a interpretação da forma que os procedimentos eram realizados, bem como nos esclarece uma série de pontos até então obscuros. Este catecismo em forma de perguntas e respostas consta de 92 no grau de Aprendiz, 32 no grau de Companheiro e 3O no grau de Mestre. Já no manuscrito da Casa Edinburgh (1696) contem uma descrição ainda incompleta, das cerimônias dos Graus de Aprendiz e Companheiro e mais quinze perguntas e respostas. Foi o primeiro catecismo a aparecer na Maçonaria. Prichard publicou os três graus e mais alguns comentários sobre a Ordem. Com relação ao grau de Aprendiz ele intitula Grau dos Aprendizes (Entered Aprenttice) que quer dizer Aprendizes recebidos, introduzidos ou admitidos (hoje, seriam Iniciados). Veremos que sob o angulo de visão atual, que como não haviam templos ainda que uma taberna estivesse a disposição de uma Loja para as suas reuniões, não havia a privacidade que temos hoje, onde até alguns Veneráveis se dão ao luxo de não deixar entrar no templo Irmãos retardatários.
  • 13. 13 Aparece neste catecismo a figura do Cowan (goteira, bisbilhoteiro) de forma ressaltada. É provável que o cargo de Tyler (Cobridor Externo) tenha sido criado para barrar e não deixar entrar os intrusos. O Cowan foi uma figura tão marcante que até Anderson na versão da Constituição de 1738 fala sobre ele. O diálogo, embora grafado de forma diferente, vemo-lo na sua essência nas aberturas e fechamentos das sessões, nas Iniciações, nas instruções dos rituais ou em qualquer outro procedimento. As instruções constantes dos Rituais atuais são as que mais se assemelham ao conteúdo dos diálogos se comparados com aquela forma de Maçonaria antiga. O catecismo em si trata de um dialogo entre possivelmente o Venerável (Mestre da Loja) e um maçom introduzido ou admitido (iniciado, recebido). Aparentemente um telhamento para o nosso entendimento atual. Enfocaremos inicialmente o grau de Aprendiz que será para a nossa análise, a base da Maçonaria de antes de 1717. O examinador perguntava inicialmente de onde vinha o Irmão ao que ele respondia “de uma Loja consagrada a São João”. Saudava o Venerável por três vezes três. (Eu vos saúdo respeitável Mestre, vos saúdo respeitável Mestre vos saúdo respeitável Mestre em nome do Venerável de sua Loja) Para se saber se o Irmão era mesmo maçom, este respondia que sim pelos sinais, toques e pontos perfeitos e pedia para ser examinado. Ainda continuando em resposta à pergunta feita, dizia que os sinais eram todos os esquadros, ângulos e perpendiculares, os toques eram sinais regulares estabelecidos e a garra da fraternidade. Quanto aos pontos o examinador dizia:”Dai-me os pontos de seu ingresso”. O Aprendiz respondia: “Dai-me o primeiro e eu vos darei o segundo” O Examinador respondia: “Eu calo-me” e o Aprendiz retrucava; “Eu oculto”. Que só revelaria a um verdadeiro Irmão, ou em Loja constituída. Falava-se de uma loja justa e perfeita composta de sete Irmãos ou mais sendo um Mestre da Loja (Venerável) dois Vigilantes, dois Companheiros, e dois Aprendizes. O Aprendiz dizia após ser perguntado que foi admitido por três grandes batidas e tinha sido recebido por um Júnior Vigilante (2º Vigilante) e a seguir através de uma série de perguntas e respostas ele descrevia como tinha sido recebido, cuja descrição é muito semelhante às Iniciações de hoje. Após esta seqüência de perguntas sobre a Recepção, o Venerável fala: “Você pode repetir o que prometeu” (DUE GUARD). IMPORTANTE O Aprendiz repetia todo o juramento muito semelhante ao dos dias atuais, onde usava as mesmas imprecações, ou seja, se fosse traidor, chamava para si uma série de castigos terríveis (atualmente abolidos em alguns ritos), tais como pescoço cortado, língua arrancada pela raiz etc. e terminava fazendo um sinal dizendo DUE GUARD. O que era afinal este tal de DUE GUARD? Na Recepção, o candidato segurava à altura da cintura a Bíblia com a mão esquerda e apoiava a mão direita sobre o livro, enquanto repetia o juramento. Num
  • 14. 14 telhamento ele repetia o teor do juramento, mas como se estivesse segurando uma Bíblia imaginária. O DUE GUARD dos Aprendizes e Companheiros era o mesmo, mas no grau de Mestre inventaram depois que ele foi criado (após 1725) que ambas as mãos ficariam como se estivessem espalmadas, depositadas sobre a Bíblia, tocadas levemente pelos seus polegares. O Venerável prosseguia o interrogatório perguntava a forma da Loja, largura, altura (altura = polegadas, pés e jardas intermináveis, alta como o céu) e como a Loja estava situada ao que eram respondidos “do Oriente para o Ocidente, porque todas as Capelas eram assim”. “Onde está localizada sua Loja?” “Na Terra Santa, ou na parte mais alta da Colina, ou no mais profundo Vale ou no Vale de Josafá, ou em lugar secreto”. A Loja era sustentada por três pilares Sabedoria, Força e Beleza (ainda não haviam as ordens arquitetônicas: jônica, dórica e coríntia). Prosseguindo, o Venerável perguntava se existiam mobílias em sua Loja ao que era respondido: Sim: Pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla Denteada. “E as outras mobílias?” Bíblia, Esquadro e Compasso. Jóias: seis. Três móveis: Esquadro, Nível e Compasso-Prumo. Três imóveis ou fixas: Tábua de traçar (Mestre da Loja), Pedra Bruta (para os Companheiros), Pedra Polida (para os Aprendizes) “Existem Luzes na sua Loja?” “O sol, a Lua e o Mestre da Loja”. “Existem outras Luzes fixas em sua Loja?” “São as três janelas: Oriente, Sul e Ocidente (No Norte não entra luz)”. IMPORTANTE (A figura do Cowan e a diferença de “status” entre os Novos Aprendizes e os Velhos Aprendizes nos chama a atenção no catecismo). “- Onde se sentam os VELHOS (SÊNIORES) APRENDIZES?” “- No Sul”. “- Quais as suas funções?” “- Atender, recepcionar e dar boas vindas aos Estrangeiros”. “- Onde tomam assento os NOVOS (JÚNIORES) APRENDIZES?” “- No Norte”. “- Quais as suas funções? “- Proteger a Loja dos Cowans e Bisbilhoteiros”. “- Se um Cowan é apanhado como ele é punido?” “- Ele é colocado sob a calha da casa (onde há água de chuva), ou outra água qualquer para que ela escorra entrando pelo ombro e saindo pelos sapatos (daí a origem da palavra GOTEIRA). Hoje analisando-se a seqüência deste diálogo, especulamos e entendemos porque foi aumentado mais um grau após o grau de Aprendiz. Se bem que o 2º grau ficou pertencendo aos SÊNIORES APRENDIZES, agora como Companheiros e o Mestre que era cargo virou grau entre 1725 e 1738?. Era perguntado onde era o lugar do Venerável e dos Vigilantes e a seqüência de respostas e perguntas era mais ou menos as mesmas de hoje valorizando inclusive o trajeto percorrido pelo Sol (o dia a noite e o mito solar). “O Mestre da Loja fica no Oriente” “Os Vigilantes ficam no Ocidente”. “Assim como, o Sol surge no Oriente, para a abrir o Dia, assim o Mestre (Mestre da Loja) fica no Oriente (COM SUA MÃO DIREITA SOBRE O PEITO ESQUERDO e um Esquadro
  • 15. 15 dependurado sob o pescoço) sendo esse um sinal para abrir a Loja e levar seus Obreiros ao Trabalho”. (Interessante; Hoje usam o malhete sobre o peito ao invés da mão direita). Outros diálogos: “Quantos princípios existem na Maçonaria?” “Quatro. O Ponto, a Linha, a Superfície e o Sólido”. “O que significa para você ser um Maçom Operativo?” . “Um Esquadrejador, um Modelador de Pedra, Assentador de Pedra no Nível, e saber levantar uma Perpendicular”. A uma determinada altura do catecismo, voltava-se a se perguntar quais eram os segredos de um franco-maçom. Era respondido: Sinais toques e muitas palavras. “- Onde você guarda estes segredos?” “- Sob meu peito”. “- Você possui as chaves desses segredos?” “- Sim”. “- Onde você a guarda?” “- Numa caixa de ossos que ninguém abre ou descerra a não ser com uma chave de marfim”. “- Ela está pendurada ou é imóvel?” “- Pendurada”. “- Por onde está pendurada?” “- Por uma corda de nove polegadas ou um palmo”. A chave de marfim seria a língua e a caixa de ossos seria os dentes e a Corda de nove polegadas ou um palmo seria o céu da boca.
  • 16. 16 (A chave de marfim é atualmente a jóia do 4º grau do REAA – Mestre Secreto e do Mestre da Discrição no Rito Brasileiro). Perguntava-se quantos sinais principais existem? A resposta era um Gutural, na garganta, um Peitoral no peito, um Manual. nas mãos e um Pedestal nos pés. E explicava-se cada um. Por sinal, praticamente iguais aos que praticamos atualmente. Pedia-se as palavras que eram Jachim e Boaz, as quais eram dadas da mesma forma que as damos hoje, porem existiam duas no primeiro grau. Um outro trecho que merece menção é quando o Examinador pergunta de que modo o Aprendiz servia ao seu Venerável. “- Com giz (liberdade) Carvão (fervor) e argila (zelo)”. Pergunta o Examinador se o Aprendiz vê todo o dia seu Venerável e como ele se veste? “Com um casaco amarelo e um par de calças azuis”. N.B. O casaco amarelo é o Compasso e as calças azuis eram as pontas de aço do Compasso. Mais alguns questionamentos, assim terminava o catecismo do 1º grau com 92 perguntas e respostas, a maioria conhecidas de nossos rituais atuais. ANÁLISE DO 2°GRAU (COMPANHEIRO) ANTES DE 1717 O grau de Companheiro, fala-se dele desde 1598, mas que com certeza documental passaram a existir a partir de 1670. Na publicação do catecismo de Prichard ele consta de 32 perguntas e respostas. O Examinador perguntava se o examinado era Companheiro Maçom e este respondia: “Sim eu sou”. Continuando, sua finalidade era conhecer a letra “G” que correspondia a Geometria ou Quinta Ciência. Que ia do Oriente para o Ocidente, que
  • 17. 17 trabalhava na construção do Templo; que recebia seu salário na Câmara do Meio; que entrou na Câmara do Meio através de um Pórtico; que viu dois grandes pilares J B (Ver 1 Reis, cap.7, pilares, capitéis, côvados romãs, etc.). Em seguida, respondendo aos quesitos, falava que ao atravessar a Porta da Câmara do Meio viu um Vigilante, que lhe pediu: Toque Sinal e uma Palavra. Descreve o toque e sinal e diz que a palavra era JACHIN. Interessante que refere ser a altura da Câmara do Meio tão alta que um COWAN não a tocaria com uma vara ou com perna-de-pau. Menciona ter visto na Câmara do Meio, o resplendor da Estrela Flamejante. Prossegue respondendo várias perguntas sobre a letra “G”. E ainda fala das quatro letras BOAZ. Não faz alusões às posturas em Loja, passos etc. O catecismo de Prichard do 2º grau não é tão objetivo e rico em simbologia como o do 1º grau, mas podemos traçar as analogias com os rituais atuais do 2º grau e veremos que existe muita semelhança, evidentemente hoje mais pobre ainda porque vários símbolos e procedimentos como a Câmara do Meio, e os cinco pontos perfeitos da Maçonaria migraram para o 3º grau entre 1725 e 1738. ANÁLISE DO 3°GRAU (MESTRE) APÓS 1725 Consta a publicação de 30 perguntas e respostas. Após ser perguntado, o Maçom dizia ser Mestre, que passou a ser Mestre ao passar do Esquadro para o Compasso, que já tinha sido Jachin e Boaz, que foi feito Mestre com um Diamante, um Esquadro e uma Pedra. “Se você realmente foi feito Mestre Maçom, você poderá entender a Regra de Três”. “M.B. (Mack Benack. Você tornou-se livre)”.
  • 18. 18 Após várias perguntas, o Maçom dizia que estava indo do Oriente para o Ocidente buscar o que tinha perdido a Palavra de Mestre Maçom. “Como ela foi perdida?” “Por três grandes (pancadas) Batidas, ou pela Morte de Hiran”. A seguir o Venerável pergunta como foi a Morte de Hiran. A partir daí temos uma Lenda de Hiran praticamente quase igual à que conhecemos, com pequenas diferenças, sendo o seguimento quase igual ao da Lenda dos nossos atuais rituais. Trata-se os três traidores mencionados que queriam a Palavra de Mestre e que supliciaram Hiran, como Rufiões, sem dar a eles aqueles nomes que conhecemos atualmente. Ao meio-dia quando os operários descansavam, Hiran entra no Templo e os três Companheiros Rufiões estavam plantados nas três entradas. Quando ele ia saindo foi abordado pelo primeiro que queria a Palavra de Mestre. Não a dando, foi agredido com um cilindro. Sofreu novas agressões nas outras duas saídas, terminando por sofrer um golpe fatal na terceira porta. Não se fala dos instrumentos usados nas 2ª e 3ª agressões. Foi retirado pela porta Ocidental e escondido entre uns entulhos até o próximo dia. A procura do corpo do Mestre Hiran, a procura da Palavra de Mestre, apenas difere da lenda de hoje é no momento em encontraram o corpo, a cobertura da sepultura era verde musgo, os 15 Companheiros replicaram: “MUSCUS DOMUS DEI GRATIAS” “Obrigado meu Deus, nosso Mestre tem uma Casa Musgosa”. Recobriram- na com terra e colocaram em cima da sepultura, um ramo de “Cássia”. A sepultura onde estava enterrado Hiran era de 06 pés para o Oriente, 06 pés para o Ocidente e 06 de profundidade. Depois, Salomão manda os 15 Companheiros usando luvas brancas, irem buscar Hiran e lá chegando o levantam pelos cinco pontos do Companheirismo. A Lenda não está
  • 19. 19 completada tal qual a conhecemos, porque ela praticamente para ao se praticar os cinco pontos. Não fala da punição dos três assassinos que mataram Hiran usando um Malhete, com uma Ferramenta (não especifica qual) e com um Bedel (?). O próprio Prichard faz confusão com os instrumentos de agressão do Mestre Hiran. O arcabouço da Lenda é o que conhecemos com 80% do roteiro completamente pronto, resguardadas algumas pequenas diferenças. Prosseguindo nas perguntas e respostas refere que Hiran está enterrado no Santo dos Santos que foi trazido pela porta ocidental do Templo. Menciona que o nome do Mestre Maçom é “Cássia” que a jóia do Mestre é um Pórtico, uma Janela e um Pavimento Quadriculado. A Palavra de Mestre é dada pelos cinco pontos do Companheirismo sussurrada ao ouvido e é Mack Benack “O construtor foi atingido”. Estamos analisando catecismos, de 300 a 400 anos atrás onde identificamos todos os símbolos e procedimentos mencionados dos quais hoje com certas supressões ou alterações, em função da evolução do tempo em que vivemos, somos os seus fieis seguidores. Entretanto, a liturgia, não é mencionada. Mas, pelos catecismos de Prichard, e por outras Revelações (Exposures) e pelas pistas dos manuscritos (Old Charges), podemos avaliá-la e até deduzir como era praticada esta liturgia, sem termos é lógico, a certeza absoluta. Se analisarmos como um todo temos pelo menos a noção possivelmente muito aproximada. Enfim, pela riqueza de detalhes, nos dá a impressão de que tudo isso é atual, pois praticamos hoje uma maçonaria totalmente casada com estas antigas influências e de forma muito semelhante a este legado histórico ritualístico e doutrinário que recebemos como uma benção, e que hoje em dia nem nos damos conta da riqueza cultural que herdamos.
  • 20. 20 HERCULE SPOLADORE BIBLIOGRAFIA CARVALHO, Francisco de Assis “A Maçonaria Usos & Costumes” Volume 2 Cadernos de Estudos Maçônicos Editora Maçônica ”A Trolha” Ltda. Londrina. – 1995 PERAU, Abade Gabriel L.Calabre “A Ordem Maçônica Traída seus.............segredos revelados” ( L’ordre des Francs-Maçons Trhai et leur secreet revele Paris, 1745) Tradução de Ataualpha José Garcia Editora “A Trolha” Ltda. - Londrina 2001 PRICHARD, Samuel “Maçonaria Dissecada” (Masonry Dissected) 1730 Tradução de XICO TROLHA – Editora “A Trolha” Ltda. - Londrina – 2002 Trabalho: DUE GUARD – de Antônio Carlos Tavares Barbosa Trabalho: Sinais Toques e Palavras de Francisco de Assis Carvalho XICO TROLHA ONDE FOI APRESENTADO ESTE TRABALHO Trabalho apresentado em 22/09/2003 na VII JORNADA MAÇÕNICA ZONA LESTE DE SÃO PAULO – (Encontro realizado anualmente por um grupo de Irmãos da GLESP) Apresentado em 18/10/2003 no IV Simpósio “Francisco de Assis Carvalho” – Pacto Sul Mineiro do REEA – realizado em Poços de Caldas –. Apresentado na Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” Londrina - PR em 21/11/2003. Publicado na Gazeta Maçônica (São Paulo) numero 151 meses 06 e 07/2004 Publicado no Livro “Maçonaria no Século XXI” publicado pela “Loja Fraternidade Brazileira de Pesquisas e Estudos” de Juiz de Fora- MG á pg. 67 – ano 2005 Apresentado na Loja “Justiça de Maringá” – Maringá - PR em 28/05/2009 Apresentado na Loja Maçônica Nova Esperança - PR dia 13/04/2010 Festa do cinqüentenário da Loja – Trabalho apresentado no II Encontro de Maçonaria Regional em 28/05/2011 em Presidente Prudente- SP – Organização do Conselho de Veneráveis Mestres e Mestres Instalados de Presidente Prudente e região
  • 21. 21 A LENDA DO JUDEU ERRANTE João Anatalino www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br Pelas ruas íngremes de um burgo imundo Um condenado passa carregando a cruz. Nas lanhadas costas leva a dor do mundo Mas nos olhos claros brilha virtuosa Luz. No entanto a força falta ao exausto corpo, E seus joelhos dobram a cada passo dado, É um pobre homem que está quase morto, Mas a cada queda é ainda mais castigado. Saiu um sapateiro, na porta da sua oficina, Zombando dele disse com prazerosa ironia: “Levanta-te profeta, cumpre logo tua sina”. Jesus respondeu:“Eu vos digo, em verdade, Que o meu sofrimento terminará neste dia, O teu, Assuero, será por toda a eternidade.” A Lenda do Judeu Errante é uma das mais significativas e curiosas metáforas já criadas pelo engenho humano para justificar uma ideologia. Ela conta que quando Jesus foi condenado e estava arrastando sua cruz pelos estreitos e imundos becos de Jerusalém, em direção ao Gólgota, o sinistro monte que parecia uma caveira, onde os condenados eram crucificados, uma verdadeira multidão de mofadores e carpideiras acompanhou o macabro cortejo pelas íngremes vielas da cidade. Isso era praxe. Naquele tempo, como hoje, as pessoas adoravam ver a desgraça dos outros. Pessoas penduradas numa cruz, estrebuchando, era um espetáculo interessante, que todo mundo gostava de apreciar. Assim, as donas de casa saiam á janela para ver os cortejos dos condenados e os comerciantes se postavam á porta de seus estabelecimentos para contemplar os pobres coitados, com seus dilacerados corpos, arrastando suas cruzes, caindo e lanhando os joelhos a cada queda sobre as pontudas pedras do calçamento. Próximo á porta Genath, também conhecida como Porta Oriental, por onde se saia da cidade em direção ao Gólgota, havia uma oficina de sapateiro pertencente a um sujeito chamado Assuero(ou Asheverus, na tradição latina). Diz a lenda que ao passar em frente á oficina dele, Jesus sofreu uma de suas muitas quedas em direção ao patíbulo. Assuero, ao olhar para Jesus e ver que ele já estava quase sem forças para levar a pesada cruz, zombou dele com ironia, mandando que se levantasse e saisse logo da frente da sua oficina. Jesus, olhando para ele teria dito, naquela forma tão peculiar que 5 - a lenda do judeu errante Ir João Anatalino
  • 22. 22 ele usava para profetizar: “Em verdade, eu vos digo, Assuero, que meu sofrimento terminará hoje, mas o teu há de durar até que eu volte.” Assim, o sarcástico sapateiro judeu se tornou o judeu errante, indivíduo condenado a viver para sempre. Ficaria vivo enquanto durasse o mundo, até a volta de Jesus, no fim dos tempos. Essa lenda já foi objeto de várias versões e tem rendido muita literatura e cinema. Dizem que ela é muito antiga, tendo se originado a partir de um relato de um Bispo, que ao prestar testemunho da sua fé no Concílio de Nicéia, em 325 e.C. ( quando o cristianismo foi entronado como religião oficial do Império Romano) afirmou conhecer uma testemunha viva do martírio de Jesus. Essa testemunha, que seria um sapateiro, ou tanoeiro(curtidor de couro), que vivia em Jerusalém na época, teria visto a passagem do cortejo em frente á sua oficina, e por algum motivo não confesso, Jesus teria profetizado que “ele iria ficar no mundo até a volta dele”. Esse dito de Jesus é que teria sido a inspiração do cronista, cronista evangélico para cunhar a famosa lenda do apóstolo imortal, que supostamente seria João. A lenda correu mundo e inspirou muitos contos e tradições, sendo encontrada em todos os lugares algumas versões do Judeu Errante. No Brasil ela foi trazida pelos portugueses colonizadores. Algumas histórias populares afirmam que o tal judeu imortal viveu em Pernambuco, no tempo do domínio holandês. Houve quem dissesse que ele foi visto na época da mineração do ouro, chorando sangue diante de uma igreja, numa Sexta-Feira da Paixão. De vez em quando ele reaparece em algum lugar do mundo, profetizando desgraças e um final apocalíptico para a humanidade. A História Na verdade, a lenda do Judeu Errante é uma ficção literária, criada provavelmente por ativistas anti-semitas alemães, com claras intenções ideológicas.Historicamente ela aparece a primeira vez em um panfleto apócrifo com o título Kurtze Beschreibung und Erzählung von einem Juden mit Namen Ahasverus (que pode ser traduzido como “Um Breve relato de um judeu de nome Ahasverus). Esse curioso panfleto foi impresso em Leiden, em 1602, por um tal de Christoff Crutzer, pseudonimo de um sujeito que nunca foi identificado.Provavelmente tratava-se de um ativista anti-semita, coisa muito comum nos estados alemães da época, onde o preconceito contra os judeus já era bastante acentuado. Na verdade, esse preconceito já vinha de longa data, desde os tempos em que o Império Romano se esfacelou e a cultura grego-romana foi substituida pelo cristianismo. A aversão contra os judeus, como “assassinos de Cristo” era uma tradição cultivada pelos povos cristãos, e mais se acentuou durante a Idade Média quando os judeus praticamente dominaram o comércio, a indústria e as atividades econômicas na Europa, em face da própria idiosincrasia do clero católico, que taxava essas atividades como pecaminosas. Assim, todo o dinheiro foi parar nas mãos dos judeus, que eram considerados como usurários, egoístas, agiotas etc. No século XVII cerca de oito edições desse panfleto foram editadas, transformando o Judeu Errante numa das mais conhecidas lendas do século. Logo ela se espalharia pela Europa, sendo editada em praticamente todas as linguas européias. Juntamente
  • 23. 23 com as lendas do Graal e as aventuras de Pedro MalasArtes, ela se tornou um verdadeiro cult pelos literatos da época. A questão ideológica Da mesma forma que os famosos Protocolos de Sião, falso documento forjado por grupos anti-semitas para justificar as perseguições que estavam sendo feita aos judeus em fins do século XIX e começo do século XX, a Lenda do Judeu Errante é claramente uma metáfora que visa inculpar o povo de Israel pelo sofrimento e morte de Jesus, criando contra esse povo uma animosidade que dura séculos e até hoje ainda não se resolveu. Pois o Judeu Errante é o próprio povo de Israel. Essa lenda quer dizer que a profecia de Jesus se cumpriu, pois o povo de Israel, cerca de três décadas depois da morte de Jesus, foi expulso da Judéia pelos romanos e se tornou um povo errante pelo mundo. Só em 1948 o estado de Israel foi reconstituído, mas hoje os judeus são tantos pelo mundo, que o seu pequeno território na Palestina não comporta uma população tão grande. Boa parte dos conflitos que ocorrem hoje, no Oriente Médio, tem como origem esse fato. Dessa forma, a maldição de Jesus contra os judeus continua sendo cumprida e só será levantada no dia em que ele voltar e for reconhecido pelos judeus, finalmente como o Messias das profecias. Essa é mais uma prova de que a loucura humana não tem limites e a mente humana, quando quer, é capaz de criar as mais imaginosas histórias para justificar a sua própria fantasia.
  • 24. 24 Este bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR Apresentação às terças, quintas, sábados e domingos questões sobre ritualística Orientações apresentadas pelo Eminente Irmão Lourival Mariano Santana, Grão- Mestre Estadual do GOB-SE, Oriente de Aracajú, Estado de Sergipe. lourivalmsantana@hotmail.com Conforme conversa que tivemos por ocasião da Posse do Soberano Irmão Marcos José da Silva, nós temos como objetivo trabalhar dentro da ritualística de forma padronizada em todas as Lojas. No entanto, várias dúvidas surgiram em função de não termos um manual de orientação. Para que possamos esclarecer aos Irmãos do nosso Oriente, peço ao Irmão que nos oriente nas seguintes questões: 1- Ao fazermos os cumprimentos estando diversas autoridades presentes em uma Sessão, qual deve ser a ordem (Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto, Presidente da PAEL, Grande Procurador, Deputados Federais Veneráveis....) 2- Quem fala em pé e quem fala sentado? 3- Quem tem assento no Altar por ordem hierárquica? 4- Quando o Sinal de Ordem deve ser desfeito? 5- Os Mestres Instalados usam colares? 6- Um Venerável Mestre em visita a outra Loja usa os paramentos completos de Venerável? 7- O visitante poderá ou deverá portar-se no Rito da Loja visitada ou no Rito que pratica em sua Loja de origem? 8- O culto ao Pavilhão Nacional obedece ao Rito da Loja ou a uma Lei única para todos os Ritos? 6 - Perguntas e Respostas Ir Pedro Juk
  • 25. 25 9- Um irmão do Rito Brasileiro quando fala em outra Loja estando este em comitiva os demais Irmãos ficam de pé? 10-A circulação do Saco de Propostas assim como do Tronco de Beneficência quando vai ao Altar do Venerável Mestre apresenta a todos do Altar ou somente ao Venerável para depois retornar? Meu Ilustre Irmão. Estas são as dúvidas mais constantes que ocorrem em nossas Lojas. Peço a gentileza de nos enviar às respostas para como já disse colocar em prática. CONSIDERAÇÕES: Geralmente para o REAA e considerando-se sempre o que exara o Ritual correspondente ao Rito praticado. 1 – Nas referências protocolares no que tangem as manifestações em Loja, àquele que fizer o uso da Palavra, estando à Ordem e sem desfazer o Sinal, menciona primeiramente às Três Luzes da Loja (os que detêm o malhete na oportunidade) – Venerável Mestre, Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes. Mesmo estando presentes autoridades maçônicas o procedimento é o mesmo. Mencionadas as Três Luzes, não há necessidade de se nominar todas as autoridades. Para tanto se recomenda que ao se referir a uma autoridade, após a menção das Três Luzes, escolhe-se o mais alto presente e o menciona em cujo nome saúdam-se as demais autoridades presentes. Obviamente não é proibida a alusão a todas as autoridades presentes, todavia nesse caso há que se cuidar na observação da hierarquia dos presentes, além de se poder cometer talvez o esquecimento de alguém. Assim, o ideal seria que em nome de uma autoridade as outras fossem saudadas. 2 – Salvo as situações previstas no Ritual geralmente falam sentados o Venerável Mestre, o Orador e o Secretário no Oriente. No Ocidente somente falam sentados os Vigilantes. Se as Luzes da Loja, Orador e Secretário resolverem falar em pé estes ficam à Ordem. Mesmo os detentores dos malhetes, falando em pé, deixam seus malhetes e compõem o Sinal Penal. Se a referência for para autoridades presentes, estas também falam à Ordem. 3 – Ritual de Aprendiz em Vigência do REAA – No Altar ocupado pelo Venerável Mestre estão previstos apenas e tão somente três assentos. A cadeira central é ocupada pelo Venerável, a da sua direita é reservada privativamente ao Grão-Mestre Geral, ou na sua ausência ao Grão-Mestre Geral Adjunto, ressaltando-se que se ambos estiverem ausentes à cadeira não será ocupada, salvo pelo Delegado Geral do Grão-Mestre, nas Lojas jurisdicionadas à sua Delegacia. A cadeira da esquerda destina-se somente ao Grão-Mestre do Grande Oriente a que estiver jurisdicionada a Loja ou, em sua ausência, ao respectivo Grão-Mestre Adjunto e, na ausência de ambos ao Mestre Instalado anterior mais recente (o grifo é meu) da Loja, destacando-se que caso os três não estiverem presentes a cadeira não será ocupada (o grifo é meu). Entendo que o texto do ritual é claro, principalmente porque se refere apenas na existência de três cadeiras e as suas respectivas ocupações.
  • 26. 26 Complementando, consta no Regulamento Geral da Federação em seu Art. 147 – “As atribuições do Grão-Mestre Geral e do Grão-Mestre Geral Adjunto estão dispostas na Constituição do Grande Oriente do Brasil”. Na Constituição do GOB- Art. 77 - Compete privativamente (o grifo é meu) ao Grão-Mestre Geral: XII - aprovar e determinar a aplicação dos rituais especiais e dos três graus simbólicos (o grifo é meu). Nesse sentido entendo que o texto do ritual é claro, principalmente porque se refere apenas na existência de três cadeiras e as suas respectivas ocupações. Cabe aqui ainda um comentário. O Boletim Oficial sob o nº 20 de 08 de novembro de 2.012 publicou acordão do Supremo Tribunal Federal Maçônico, declarando a inconstitucionalidade da Lei 114, datada de 18 de setembro de 2.010 da Soberana Assembleia Federal Legislativa que tratava da ocupação dos assentos no Altar tomado pelo Venerável Mestre. (OBS – Como tem havido interpretações contraditórias no tocante a Lei 114 e o Acordão publicado, farei uma consulta direta com o Soberano no sentido de obter informações mais precisas sobre o assunto). 4 – É regra no Rito Escocês Antigo e Aceito que em Loja aberta todos os obreiros que estiverem em pé e parados estarão à Ordem – corpo ereto, pés em esquadria, compondo o Sinal Penal do Grau de trabalho da Loja. Assim, os Irmãos que se posicionarem em pé e parados estarão à Ordem. Antes de tomar assento, o desfaz pela pena simbólica e toma assento. Só se anda com o Sinal na execução da Marcha do Grau. O obreiro que por dever de ofício estiver empunhando (segurando) o objeto de trabalho não faz com ele o Sinal Penal. As Luzes da Loja nos seus lugares pousam o malhete e compõe o Sinal Penal com a mão, ou mãos se for o caso. Se o Cobridor estiver com a espada embainhada, compõe normalmente o Sinal com a mão, ou mãos se for o caso. É prerrogativa do Venerável em algumas ocasiões autorizar aquele que estiver usando a palavra a desfazer o Sinal, todavia isso não é regra. Aliás, o Venerável não deve fazer desse procedimento um ato corriqueiro, já que essa performance mais agride a ritualística do que se soma à beleza da sessão. No mesmo sentido o desconforto da composição do Sinal Penal, faz com “certos discursos” repetitivos e providos de rançoso lirismo sejam evitados. 5 – Os Mestres Instalados (Ex-Veneráveis) possuem os seus paramentos conforme descrito no Ritual de Mestre do REAA, em vigência nas páginas 23, 24 e 25. Já a do Venerável Mestre no mesmo Ritual às paginas 31, 32, 33, 34 e 35. No Grande Oriente do Brasil o que difere nos paramentos entre os Ex- Veneráveis e o Venerável em exercício está na joia presa ao colar que se iguala também àquela existente no avental. Também no GOB, os punhos são privativos apenas do Venerável Mestre. 6 – Também está descrito no Ritual acima citado na página 35, parágrafo final: “Os paramentos do Venerável Mestre e Respeitabilíssimo Mestre são sempre usados pelo titular do cargo em sua Loja, em visita a outra Loja (o grifo é meu) independente do Rito por ela praticado e em qualquer solenidade ou ocasião para a qual seja exigido o traje maçônico completo”. Assim acredito que o texto esclarece a questão – O Venerável sempre usa os paramentos completos do seu Rito. 7 – Cabem aqui algumas ponderações. O visitante estará paramentado conforme o seu Rito, inclusive no tocante a execução dos Sinais. Nesse caso ele não altera o procedimento originário. O que deve sim o visitante respeitar
  • 27. 27 é os procedimentos ritualísticos da Loja visitada no que diz respeito ao deslocamento (circulação) dentre outras particularidades inerentes a cada Rito. Caso ele, o visitante, tenha que executar a Marcha do Grau, ele o fará conforme o seu Rito de origem, ou mesmo não executará devido a não existência no costume por ele praticado. A questão deve ser eivada sempre de bom senso, já que o Mestre de Cerimônias e o Experto verificando no átrio a respectiva diferença devem orientar o Irmão que visita. RGF - Art. 217. O Maçom regular tem o direito de ser admitido nas sessões que permitem visitantes até o grau simbólico que possuir. Parágrafo único. O visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que o admite em seus trabalhos e é recebido no momento determinado pelo Ritual respectivo. 8 – Devido à pluralidade de Ritos adotados pelo Grande Oriente do Brasil pode existir contradição entre os costumes destes e a forma de como cultuar o Pavilhão Nacional. Entretanto há que se obedecer Ao que está previsto na Constituição do GOB – “Art. 126 - A presença da Bandeira do Grande Oriente do Brasil e da Bandeira Nacional é obrigatória em todas as sessões realizadas por Loja da Federação, independentemente do Rito por ela praticado”. Ainda no Regulamento Geral da Federação – “Art. 221 - Nas Sessões Magnas, Litúrgicas ou não, o Cerimonial à Bandeira Nacional é o previsto em Lei Federal Nova redação dada pelo “Esclarecimento” do Soberano Grão-Mestre Geral publicado no Boletim Oficial (Especial) do GOB edição de 23/07/2010”. No Ritual em vigência – Aprendiz REAA, página 94 – “O Culto ao Pavilhão Nacional deve obedecer à Legislação pertinente que disciplina o respectivo cerimonial. O Metre de Cerimônias designará dois Irmãos para com ele formarem a Guarda de Honra, todos munidos de espadas”. Assim segue a Legislação: O Culto ao Pavilhão Nacional nos Templos maçônicos deve obedecer ao Regulamento Geral da Federação e ao Decreto nº 0084 de 19/11/97, bem como a Lei profana de nº 5.700 de 01/09/71, modificada pela Lei nº 5.812 de 13/10/72 que trata especificamente dos Símbolos Nacionais. É a maior autoridade dentro de uma Loja Maçônica, e, portanto devemos lhe prestar as honras previstas em nossa legislação. Por esse conteúdo independente do costume do Rito praticado no Grande Oriente do Brasil e por força do previsto na Constituição é obrigatória à prática do Culto. Estou lhe remetendo um anexo com os procedimentos que compactei como um pequeno manual que, embora seja para o Rito Escocês Antigo e Aceito, acredito que irá ajudar nos procedimentos. 9 – Na questão específica sobre o Rito Brasileiro, entendo que o Eminente Irmão deverá fazer consulta ao Irmão Júlio, Secretário Geral do Rito no Poder Central. Não questionando ritual legalmente aprovado, no simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito do qual respondo pela pasta em Brasília, esse costume não está previsto em lugar algum, portanto não é lícito no Rito Escocês. Cabe aqui uma consideração geral – Qualquer Irmão para fazer o uso da Palavra e, por conseguinte deverá falar em pé (salvo aqueles previstos no Ritual), estando no Ocidente pede permissão ao Vigilante da sua respectiva Coluna. Estando no Oriente, pede-a diretamente ao Venerável. Então que “estória” seria essa de um pedir a palavra e autorizado ficar em pé, enquanto que com ele outros também se levantam? Entendo eu que a autorização é
  • 28. 28 para um e não em conjunto com outros. Originalmente isso é mera filigrana que alguém inventou e “latinamente” outros “acharam” bonito. Não questiono aqui nenhum rito que preveja essa ação, todavia sinceramente eu gostaria de saber se alguém poderia me explicar à razão desse ato que é restrito à sala da Loja. 10 – O Oficial circulante com a bolsa cumpre primeiramente a regra dos seis primeiros cargos que é tradicional nos ritos que assim procedem. Primeiro os três detentores do malhete, posteriormente a Dignidade do Orador e do Secretário e por fim desse ciclo, o Cobridor Interno. Ato seguido há a colheita no Oriente e, nesse particular havendo a presença de alguém ao lado do Venerável, inicia-se o procedimento por aquele, ou aqueles, que estiverem posicionados ao lado do Venerável. Segue-se então o giro na forma de costume. Sem abusar da prolixidade – Primeiro o Venerável, os Vigilantes, o Orador, o Secretário e o Cobridor Interno. Ato seguido no Oriente - se for o caso - aqueles que estejam ocupando os dois assentos à direita e à esquerda do Venerável e assim por diante. Cabe aqui também uma consideração. Os seis primeiros cargos não têm relação alguma com a tal “estrela de seis pontas”, pois essa como símbolo nem mesmo está prevista originalmente em ritos de vertente francesa. Até pela posição dos seis primeiros cargos ficaria difícil representar um estrela composta por dois triângulos equiláteros (Estrela de Davi). Na vertente latina e, em particular o Rito Escocês, a estrela prevista é a “Hominal”, ou Pitagórica. Esta então possui cinco pontas. Verdadeiramente a estrela de seis pontas pertence à doutrina do Craft inglês (aqui no Brasil o Trabalho de Emulação [York]), sendo que nesse costume nem mesmo existe o giro da bolsa. Ainda sobre os seis primeiros cargos abordados, eles representam hierarquia das Dignidades e a importância de que uma Loja não pode trabalhar sem o Cobridor. Ainda nessa assertiva, uma Loja somente será aberta na presença de no mínimo “sete Mestres” (previsto inclusive no RGF), daí os seis primeiros cargos somados ao Oficial circulante. T.F.A. PEDRO JUK Secretário Geral de Orientação Ritualística para o REAA – GOB/PODER CENTRAL jukirm@hotmail.com JULHO/2013 Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com ) Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 29. 29 Noite de Gala na Academia Catarinense Maçônica de Letras Em Sessão Solene Pública a Academia Catarinense Maçônica de Letras empossou na noite de terça-feira (24) mais dois de seus ilustres membros. Tomaram posse os Irmãos Ubaldo César Baltazar (ARLS União Brasileira IIª n°2085) na cadeira n°28 cujo Patrono é Luiz Delfino dos Santos e Tarcísio Vanzin (ARLS Acquarivis n°2768) na cadeira n°1 cujo Patrono é Cantídio Quintino Regis. A Sessão foi presidida pelo seu Presidente, Acadêmico Ademar Valsechi, alem dos Veneráveis Mestres Ivo Borchardt e Carlos Augusto Lopes, no Templo da Fundação da Arte Real (FAR), naTrindade. Diversas autoridades maçônicas, irmãos, familiares, amigos e convidados especiais, prestigiaram a grande noite. Acompanhe alguns registros fotográficos no link a seguir: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/AcademiaCatarinenseMaconicaD eLetrasSessaoEspecialDePosse240913?authkey=Gv1sRgCPaU8cb8grKbDA# 7 - destaques jb Resenha Geral
  • 30. 30 Loja Templários da Nova Era Logo mais a Loja "Templários da Nova Era" tem Sessão Econômica em seu Templo, a partir das 20h00, com a seguinte Ordem do Dia: HORÁRIO. . . . . . 20:00 Horas GRAU. . . . . . . . . .A.'.M.'. TRAJE . . . . . . . . Terno ou Balandrau. ORDEM DO DIA: 1. Votação sobre proposta de filiação; 2. Debate/Arguição sobre os Complementos I e II da Instrução Preliminar de A.`.M.`.; 3. Ministração da 1ª Instrução Clássica de A.`.M.`. para Cristiano, Fabiano e Waldemar. 4. Entrega de Certificados e Diplomas. Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal Visite o Portal da Rádio Sintonia e navegue, navegue... www.radiosintonia33.com.br
  • 31. 31 1 - Mapa da Europa desde o ano 1000 D.C. até o presente .... [ com a linha do tempo] - http://www.liveleak.com/view?i=14d_1348362692 2 - Uma aula de sabedoria em 3 minutos - Olavo de Carvalho http://www.youtube.com/watch?v=BblYHIPM92s 3 - Aos apreciadores da música. http://youtu.be/dpMBWdkKV3w 4 - Tarzan (epsisódio completo ) http://www.youtube.com/watch?v=-8WSAbDoHts
  • 32. 32 Para encerrar a seleção de hoje, os grandes versos do Ir. Adilson Zotovici homenageando o Mestre de Banquetes (esses vão servir para o Jantar Ritualístico...) MESTRE DE INVEJAR ! Sempre alegre, entusiasmado ! Um livre pedreiro diferente Na retaguarda, na linha de frente Com bons utensílios armado ! Pólvora forte, bom som ambiente ! Alfanges, picaretas, fogareiro ! Telhas, bandeja grande por inteiro... Para confortar sua gente ! Na realidade esse obreiro, Tem um dom inebriante De ordenar e da culinária amante ! Um artista verdadeiro ! Um trabalho desgastante Nem sempre reconhecido ! Por muitos sempre aplaudido, A poucos...não obstante ! Só após quase exaurido, Senta-se com seu igual Na verdade, o comensal... fechando a cortina
  • 33. 33 Depois do dever cumprido ! Vez, cordeiro à provençal ! Outra vez, peixe grelhado Quiçá, bom frango ensopado Variedades da Arte Real ! Fácil vê-lo preocupado, Toda noite de certo dia ! Em agradar a confraria Com ágape elaborado ! Sabe que o aroma propicia Nos gustativos sensórios, Entusiasmos notórios Expectativa, satisfação e alegria ! Nos momentos libatórios Sua marca...é o paladar ! Que, seu modo próprio de amar Dos requintados aos simplórios ! Nos instrumentos que empunhar Vê-se afinco tal malhetes ! É o bom Mestre de Banquetes A cozinhar...a organizar ! Adilson Zotovici ARLS CHequer Nassif-169