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JB NEWS
Informativo Nr. 436
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Belo Horizonte (MG) 07 de novembro de 2011
Índice desta segunda-feira* (edição elaborada em Belo Horizonte)
1. Almanaque
2. Símbolos e Alegorias, num Sistema Moral (Ir. Ivair
Ximenes Lopes)
3. Ser Maçom, ser exemplo (Ricardo Augusto de Oliveira
Xavier Araujo)
4. Comentários a respeito dos Calendários na Maçonaria
Brasileira (Ir. Hercule Spoladore)
5. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
livros Indicados
Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
• Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas
• Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento
• Área Fiscal : Planejamento Tributário
• Área Contábil: Empresas e Condomínios
• Cálculos Periciais
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1 – Almanaque
Hoje, 07 de novembro de 2011,
é o 311º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 54 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
 1768 - Frederico, O Grande da Prússia termina o seu testamento político.[carece de
fontes?]
 1802 - Primeiros ocidentais pisam no Atol Palmyra, nas Espórades Equatoriais.
 1831 - Decididas as cores da Bandeira da Polónia: vermelha e branca.
 1837 - Eclode a revolta da Sabinada na Bahia, Brasil.
 1848 - Rebenta em Pernambuco a Revolução Praieira.
 1874 - Primeira publicação em jornal do símbolo do Partido Republicano norte-
americano: o elefante.
 1898 - Clube de Regatas do Vasco solicita sua inscrição oficial à União de
Regatas Fluminense.
 1910 - Primeiro voo comercial dos Irmãos Wright (veja também História da
aviação).
 1917 - Começa a Revolução Bolchevique na Rússia (pelo calendário
gregoriano).
 1919 - Jornal Times de Londres anuncia o sucesso da teoria da relatividade de
Einstein.
 1930 - Emancipação de Alexandria (Rio Grande do Norte).
 1931 - Forma-se a primeira turma de Aspirantes-a-Oficial do CPOR de São
Paulo.
 1941 - Em plena Batalha de Moscovo, Stalin realiza a tradicional parada militar
para comemorar o aniversário da Revolução Russa.
 1944 - Franklin D. Roosevelt vence a eleição para Presidente dos Estados
Unidos pela quarta vez.
 1945 - África do Sul e México são admitidos como Estados-Membros da ONU.
 1958 - Início da marcha do general Che Guevara rumo a Havana (veja
Revolução Cubana).
 1968 - Inaugurada a nova sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP) na
Avenida Paulista.
 1975 - Khaled Mosharraf, responsável pelo golpe militar em Bangladesh, é
assassinado num contra-golpe.
 1981 - Fundação do município de Ibatiba, no estado do Espírito Santo, (Brasil).
 1993 - Ayrton Senna vence em Adelaide, Austrália, a sua última corrida na
Fórmula 1.
 1996 - Lançada a sonda Mars Global Surveyor em direção a Marte.
 2000 - Lançamento do álbum The Mark, Tom, and Travis Show (The Enema
Strikes Back!) do grupo Blink-182.
 2008 - Primeiro show da banda finlandesa Nightwish com a nova vocalista em
São Paulo.
 2010 - Show histórico do beatle Paul McCartney na cidade de Porto Alegre, no
Rio Grande do Sul.
Feriados e Eventos cíclicos:
 1917 - Revolução de Outubro na União Soviética.
 Japão - Festival de Kami, divindade que ajudava as mulheres a preparar o
alimento.
 1963
o Brasil - Feriado em Arapoema, Tocantins - Aniversário da cidade
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1894:
Reconstituída a Grande Loja de França por sessenta Lojas Simbólicas do
Supremo Conselho de França, separando os Graus Simbólicos dos Altos
Graus.
1974:
Lei nr. 594/94 permite o renascimento da Maçonaria portuguesa.
2 – Símbolos e Alegorias, num Sistema Moral.
Ir.·. Ivair Ximenes Lopes
MS Maçom Naviraí Ms, 18 de Setembro de 2011
A Maçonaria se define, como sendo uma Instituição em que seus
conhecimentos se manifestam num sistema de moral, velado por
alegorias e ilustrado por símbolos.
Ou seja, é uma Instituição com definições peculiares, ou seja, é
possui uma organização ou mecanismo social que controla o
funcionamento de uma sociedade de homens e, por conseguinte,
de indivíduos, os quais mostram-se imbuídos num mesmo
interesse social. E olha que podemos ter uma grande diferença
juntamente aqui.
Exemplifico o sistema adotado com base na revolução francesa,
que rompe com a monarquia e prega a liberdade, igualdade e a
fraternidade, se administrando pela tripartição com base “Teoria de
freios e contrapesos”. As teorias de Montesquieu tornaram-se
conceitos da ciência política e alimentaram as ideias do
constitucionalismo e permanecem até hoje como uma das
condições para o funcionamento do Estado Moderno, exprimem na
ideia dos Grandes Orientes.
O sistema Monárquico parlamentarista, em que é incorporado
tradicionalmente pelas Grande Lojas, onde o poder do Monarca, o
Grão-Mestre, pelo qual emana todo o poder, onde a câmara dos
pares é composta tão somente dos representantes que se reúnem
quando convocados para tal em assembleia.
A maçonaria ainda, transmite conhecimentos. Ou, na menos das
hipóteses delineia os conhecimentos que devem ser apoiados,
buscados e discutidos, para o engrandecimento dela enquanto
instituição.
Isto tudo é posto sob a ótica de um sistema de moral. Nem sempre
é fácil diferenciar as normas do direito das normas da moral, em
face de semelhança entre elas em muitos aspectos. Por exemplo,
ambos os sistemas de normas, direito e moral, valorizam princípios
como o respeito à vida, à liberdade, à integridade física, psicológica
e espiritual dos homens, à propriedade legitimamente obtida, à
igualdade de direitos, entre outros.
A Moral é um ramo das Ciências Sociais que também se preocupa
com o estudo de normas reguladoras da vida social.
Mas é discreta. Pois transmite tudo que lhe é possível neste
sistema velado por alegorias e ilustrado por símbolos, e num imbuir
próprio, incutir peculiar, que somente os iniciados tem
conhecimento e a dimensão daquilo que escrevo.
Mas o que é realmente o símbolo, a alegoria e como estes se
manifestam dentro deste “sistema maçônico” de apresentar e
aculturar seus membros dentro da premissa de transmitir
conhecimentos básicos e tornar discreta aos olhos profanos.
Antes de adentrar ao tema episódico, que escolhi, tenho que
lembrar que há um “sincretismo maçônico”, oh! Alguns cairão de
suas cadeiras! Calma não vou profanar nada.
Sendo, o sincretismo a tentativa de conciliar crenças díspares e
mesmo opostas e de fundir práticas de várias escolas de
pensamento. Dizemos que o sincretismo está associado em
especial à tentativa de fundir e criar analogias entre várias tradições
originariamente discretas, particularmente na teologia e mitologia da
religião, afirmando assim uma unidade subjacente.
Temos dentro de nossa escola maçônica varias vertentes, sejam
elas : deitas ou teístas. Fundando em escolas do pensamento sob a
bandeira da liberdade de pensamento, que torna a maçonaria capaz
de conciliar estas vertentes por vezes antagônicas, mas
principalmente de tradições e raízes em trocos diferentes.
O maior exemplo é os ritos díspares. Pense nisso!
Assim, o que é pode não ser o que se vê. E o que se imagina
não ver é exatamente o que é, por conta daquilo que existe ou
não, seja no símbolo ou na alegoria.
O Símbolo
O Símbolo, do grego “sumbolon” significa simplesmente um “sinal
de reconhecimento”. É uma representação analógica em relação à
um objeto considerado, de tal forma que Objeto e Pensamento se
identificam, existindo entre os mesmos sempre uma ideia. As letras
do alfabeto é um símbolo. Que interpretamos de acordo com o
nosso conhecimento, a nossa história de vida, o nosso
conhecimento a luz das escritas e das línguas.
O símbolo é um meio de se expressar ao longo do tempo e do
espaço.
Neste sentido, dependendo do rito, podemos ter um conceito
significativamente diferente para o mesmo símbolo, ou mesmo, a
acumulação de símbolos, que para uns dizem muito, para outros,
pouco ou nada diz.
Assim, é que os diferentes povos, em diferentes épocas, podem se
utilizar de símbolos para exprimir uma ideia, sem que sua
linguagem, ou mesmo sua língua, seja influenciada pela de outros
povos.
É óbvio que a simbologia está sujeita a interpretações, e neste
ponto, o parâmetro maçônico geral (lato sensu) é importante, mas o
intérprete deve estar munido das diretrizes do seu rito. Ou seja, dos
princípios que regem o seu rito, landmarques que são adotados por
sua potência, a estrutura legislada, bem como os costumes que
seguem ao longo do tempo. São o ponto de inicio para a jornada de
interpretação de qualquer símbolo a luz da verdade que se busca.
Pois, estando sujeito a diferentes interpretações, é importante que,
princípios e ensinamentos contidos nos símbolos sejam
transmitidos, e não necessariamente as exatas palavras que o
definem.
Desde os mais remotos tempos, os povos se comunicam também
por meio de símbolos.
A Alegoria
Alegoria pode ser traduzida por, “falar de outra forma“, ou seja,
falar de uma coisa, empregando termos diferentes. Ou seja, é a
exposição de um pensamento sob forma figurada.
A alegoria pode ser expressa de duas formas, através do Apólogo
ou Fábula; de cunho moral, cujos personagens são, por via de
regra, animais ou coisas inanimadas, Esopo e La Fontaine foram
dois famosos fabulistas; e Parábola, de cunho religioso, na qual os
elementos evocam realidades de Ordem Superior.
As lendas maçônicas são uma alegoria marcante. A Escada de
Jacó ou Jacob, existente no Painel da Loj:. de Apr;., é uma
importante alegoria da maçonaria, que não vou abordar as
motivações, aqui.
Por exemplo, antes de aventurarmos na interpretação da simbologia
da Escada de Jacó, precisamos conhecer as origens desta
simbologia e o porquê está presente na maçonaria, sendo uma
passagem Bíblica, ligada às tradições judaico-cristãs. Tudo de
acordo com o descrito acima.
Do exposto, vemos o porquê da expressão “sistema de moral,
velado por alegorias e ilustrado por símbolos“.
O emblema
Emblema, este tem significado bem mais simples que símbolo, é
um ornamento, um distintivo. Em geral são pequenos objetos que
servem para ornamentar. O emblema tem significado restrito,
conhecido, fixo, a constância e fácil percepção de seu significado
são características do emblema ou distintivo.
O Símbolo é associado à uma tradição, que lhe concede uma
história anterior, ao passo que Emblema é ligado ao modismo,
muitas vezes sem história, apenas com uma argumentação.
Mas para interpretar é necessário conhecer as referias Escolas ou
linhas de pensamento:
Escola Autêntica ou Histórica – Por este pensamento, as antigas
tradições da Ordem foram minuciosamente examinadas à luz de
registros autênticos ao alcance do historiador, principalmente sobre
atas de Lojas e documentos legais e todos os registros acessíveis.
Como os registros escritos sobre Maçonaria especulativa,
antecedem pouco ao seu renascimento em 1717, ao passo que as
atas mais primitivas subsistentes de qualquer Loja operativa,
pertencem ao ano de 1598, os defensores desta Escola, apontam
como origem da Maçonaria as Lojas e Corporações da Idade
Média, e supor que os elementos especulativos (símbolos,
alegorias, etc.) foram exertados posteriormente ao tronco operativo.
A escola admite que se aceitarmos o fato de que o simbolismo e
cerimonial da Maçonaria é anterior a 1717, não há, praticamente ,
nenhum limite quanto a idade a que se lhe atribuir. Por isso esta
Escola não busca a origem dos Mistérios além dos construtores
medievais;
Escola Antropológica ou Primitiva – Esta Escola de pensamento
está aplicando as descobertas antropológicas num estudo da
história da Maçonaria e com notáveis resultados. Os atropologistas
reuniram uma vasta soma de informações sobre costumes
religiosos e iniciáticos de muitos povos, antigos e modernos, e os
estudiosos maçônicos tem encontrado neste campo uma série de
sinais e símbolos, tanto dos graus especulativos como dos
operativos, em pinturas murais, esculturas, gravuras e edifícios das
principais raças do mundo. Inclusive semelhanças de culturas e
cultos em civilizações que não haveriam de ter tido contato físico.
Neste sentido, esta escola de pensamento, confere Maçonaria
muito maior antiguidade do que a atribuída aos históricos, bem
como fazem analogias com os antigos Mistérios de muitas nações
com cerimônias análogas às empregadas nas atuais Lojas
Maçônicas. Das investigações antropológicas resulta bem claro
que, quaisquer que sejam os elos na cadeia de descendentes, nós,
maçons somos os herdeiros de uma antiqüíssima tradição que, por
incontáveis tradições, tem estado associada com os mais sagrados
mistérios do culto religioso.
Escola Mística ou Teológica – Esta terceira Escola do
pensamento maçônico, perquire os mistérios da Ordem de um
ponto de vista do plano para o despertar espiritual e o
desenvolvimento interior do homem. Os pensadores desta filosofia,
analisando suas próprias experiências espirituais, declaram que os
graus da Ordem são símbolos de certos estados de consciência,
que tem que ser despertados ao iniciado de forma individual se ele
espera atingir e conquistar os tesouros do espírito. Eles dão
testemunho de outra natureza muito mais elevada acerca da
validade de nossos ritos maçônicos, testemunho que pertence
antes à religião do que à ciência. O objetivo do misticismo é a união
consciente com Deus e a Oficina visa retratar a senda para esse
objetivo, oferecendo o roteiro que oriente a marcha do buscado do
Supremo. Tais seguidores estão mais interessados na interpretação
do que na pesquisa histórica. O objetivo é viver a vida indicada
pelos Símbolos da Ordem para poderem atingir a realidade
espiritual de que esses símbolos são sombras. O método místico
busca a união estática com o Supremo, através da oração e da
prece.
Escola Oculta ou Esotérica – O principal e distintivo postulado é a
eficácia sacramental do cerimonial maçônico, quando devida e
regularmente executado. Assim talvez possamos chamá-la de
escola sacramental ou oculta. Pode ser definido como o estudo e
conhecimento do lado oculto da natureza, por meio dos poderes
existentes em todos os homens, mas ainda adormecidos na maioria
da humanidade. Esses poderes podem ser acordados e treinados
no estudante oculto por longa e cuidadosa disciplina e meditação. O
escopo do ocultista é alcançar a união com Deus por meio do
conhecimento e da vontade, treinar toda a natureza, física,
emocional e mental, até que se torne uma perfeita expressão do
divino espírito interno, e possa ser empregado como um
instrumento eficiente no grande Plano que Deus criou para a
evolução da espécie humana, que está representado pela
Maçonaria pela construção do Santo Templo. Para o ocultista é de
grande importância a exata observância de uma forma, e pela
utilização da magia cerimonial ele cria um veículo através do qual
possa a luz divina baixar e difundir-se em auxílio do mundo,
invocando, para isso, a ajuda dos Anjos, espíritos da natureza e
outros habitantes dos mundos invisíveis.
3 – Ser Maçom, ser exemplo
Ser Maçom, Ser exemplo
Todos os homens recebem qualidades para levar sua vida
com êxito e tribulações para conjugá-la.
Mesmo ao adepto da „preguiça‟,
que quer obter tudo sem esforço,
sem trabalho, tem armas para vencer a despeito de sua atitude.
As qualidades diferem segundo as personalidades
e tem como propósito as faltas, os erros
e os obstáculos. Deus, o Grande Arquiteto do Universo,
dá ao passional a força, ao fraco a prudência,
ao desventuroso a audácia, ao homem de desejo
a paciência, para que o entusiasmo nasça em todos eles.
(AZEVEDO, Francisco Luciano de.
O Homem Proeminente e suas dimensões. 1ª ed., 1999, p.51)
Ricardo Augusto de Oliveira Xavier Araujo
M.`. M.`. - CIM 237047 –
ARLS Hermann Blumenau
Coube a mim, um recente M.`.M.`., o trabalho de desenvolver, a
pedido do V.`.M.`. e para ser apresentado em Loja de A.`. M.`., esta
prancha, a qual deverá traçar balizas acerca do tema em epígrafe.
Para ser bem sincero, ainda me sinto despreparado para falar sobre
tema de tamanha relevância, e um pouco quanto inibido porque
conheço os obreiros de minha Loja, muitos dos quais já galgaram o
Grau 33.
Contudo, aceitei o desafio, não com a pretensão de exaurir a
matéria, sequer de trazer à tona quaisquer verdades absolutas, as
quais, data máxima vênia, não existem nesta seara, mas com a
satisfação de poder apresentar aos Iir.`. algo que talvez lhes seja de
alguma valia e desta forma poder auxiliar no fluxo deste interregno
labor do meio dia à meia noite, ao qual prometo me esforçar ao
máximo buscando não enfadar qualquer um que habite do Ocidente
ao Oriente.
A temática proposta sugere algumas interpretações e por isso cabe,
de início, esclarecer sobre qual o exato alcance das expressões e
qual a linha que passaremos a delinear.
Ao tratar o Ser Maçom, grifando a palavra “Ser’” com letra
maiúscula, tanto no interlocutório que antecede como no que
precede a vírgula, temos que aqui não devemos dar ao título do
trabalho a ênfase dirigida à intelecção da segunda palavra ser como
verbo. 2
O Ser maiúsculo antes da vírgula aparece também após a vírgula, e
deve ser tido como substantivo. Note que as demais palavras do
título “Maçom” e “exemplo” foram grafadas de forma diversa,
deixando claro, a meu ver, que a temática em comento diz respeito
ao Ser substantivo e não ao ser verbo.
O Ser substantivo é o indivíduo, a pessoa, ou como nos ensina
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira em seu Miniaurélio Eletrônico
versão 5.12, o Ser substantivo é “O que existe”; “Todo ente vivo e
animado”; “Indivíduo, pessoa”; e “A natureza íntima de uma
pessoa”.
Assim, esclareço que esta prancha será direcionada ao estudo do
Indivíduo Maçom, Indivíduo exemplo.
O Candidato à Maçonaria, ainda vendado, e a Porta do Templo,
conduzido pelo 1º Exp.`., após este bater profanamente à porta do
Templo dizendo que aquele deseja receber a luz, é questionado
pelo V.`.M.`.:
- E como pôde o Cand.`. conceber tal esperança?
Ao que responde o 1º Exp.`.:
- Porque é livre e de bons costumes.
Um critério essencial para que qualquer um seja admitido nos
augustos mistérios de nossa Sublime Ordem é que seja livre e de
bons costumes, ou seja, que na sua vida profana anterior ao
recebimento da luz, já se verifique por seus atos que se trata de
pessoa idônea, de moral ilibada, apresentando perante a sociedade
e a própria família retidão de postura.
Infelizmente, mesmo diante de toda a burocrática e necessária
sistemática utilizada pela Ordem no procedimento de indicação,
sindicância e iniciação, ainda assim, algumas “maçãs podres”
acabam “caindo no cesto”.
Nosso saudoso Ir.`. Orlando Klein, com toda a propriedade que
anos de maçonaria lhe proporcionaram, reiteradamente
demonstrava certa serenidade ao tratar dessa questão, isso porque
acreditava que através de um processo natural àqueles que
equivocadamente vieram a ter assento em Loja seriam excluídos,
funcionando como uma verdadeira seleção natural na exata
acepção conjugada por Darwin para essa teoria.
Minha jovialidade maçônica não permite discordar dos
ensinamentos do sábio Mestre, contudo, tenho certas reservas
quanto à serenidade e, especialmente, a celeridade com que esse
processo de seleção natural se desenvolva. 3
Preocupa-me o seguinte: Se por um lado é certo que pessoas de
rente postura não se abalarão com nefastos infortúnios de errôneas
iniciações, por outro, a imagem da Ordem, como um todo, poderá
restar prejudicada, mister se atentarmos que estas podres maçãs
passarão a ter contato direto com outros IIr.`., muitos recém
iniciados, transmitindo a estes uma representação desvirtuada de
tudo o que aqui se representa.
Não são raras as “deserções” nas quais o Ir.`. retira-se da Ordem,
sustentando sua ação, geralmente, no jargão (que infelizmente
parece já se tornar rotineiro): “Fiz um precipitado juízo sobre a
Ordem.”
Tenho que se essas podres maçãs serão excluídas por um
processo de seleção natural, é necessário que se adotem medidas
para acelerar esse processo, sob pena de estarmos permitindo
denegrir a imagem da Ordem como um todo e afastando da mesma
indivíduos que poderiam enaltecer e fortalecer nossas Colunas.
Ser livre e de bons costumes não é um mero requisito para
ingressar na Ordem, é um requisito vitalício para permanência de
qualquer um no meio maçônico.
O indivíduo Maçom deve ser um indivíduo exemplo, a luz não é
dada para aquele que não a quer receber. Não basta um simples
ato formal de retirar a venda para que a luz seja definitivamente
dada ao Neófito, é necessário que ele se permita moldar o seu Ser
interior, robustecer a Pedra Bruta que há em cada um de nós, este,
o grande segredo, só será aberto aos verdadeiros Maçons.
Como diz nosso Ir.`. Francisco Luciano de Azevedo:
Tornar-se irmão é viver serenamente confiante e certo que os
deveres e compromissos deverão caminhar lado a lado rumo ao
admirável mundo novo. Cuida das traves dos vossos olhos e deixa
que a Luz seja dada a tua alma, porque a teu espírito fosse tocado
e deveis acercar-se de verdades que te são latentes como iniciado.
Propagar vazamento, discórdia de qualquer espécie daquilo que é a
tua própria morada, poderás ser levado pela enxurrada e gerar para
ti mesmo a desequilibrante tarefa de não construir e sim, destruir o
que a sabedoria do teu próprio Templo de Ser tornou-te verdadeiro.
Sabeis também, que a alma pertence ao universo e onde quer que
estejas, serás reconhecido. (obra citada, p.27) 4
O concreto e o abstrato do Maçom devem coincidir por excelência.
O trabalho de polir a Pedra Bruta se inicia com a permissão mais
difícil de todas, e que toca a cada um isoladamente, deixar moldar
seu Templo interior.
Exemplos existem de coisas boas e ruins. O Maçom corresponderá
sempre ao exemplo positivo, o exemplo de virtude, lealdade,
solidariedade, entusiasmo, força, beleza, moral, fé, caridade,
fraternidade, igualdade, liberdade, vigilância, entre outros.
É por isso, que jamais será permitida entrada em Loja a IIr.`.
oriundos de lugares onde não se construam Templos à Virtude
cavando-se masmorras ao vício, tampouco àqueles que não
estejam incitados a vencer suas paixões, submeter suas vontades e
fazer novos progressos na Maçonaria.
Espero com estas singelas palavras ter feito alguma contribuição,
isto porque, a missão de escrever esta Prancha sobre “Ser Maçom,
Ser exemplo” me traz grande responsabilidade, responsabilidade
que nasce não só fato de eu ter sido admitido à Ordem, mas
também de estar tratando daquilo que, para mim, tem sido um
verdadeiro Norte orientador de minhas condutas, e que releva a
maior importância em minha vida.
Maçom e exemplos positivos, por graça do Grande Arquiteto do
Universo, tem sido uma constante para mim que tenho a honra de
ter em meu pai um verdadeiro exemplo, um verdadeiro homem de
bem, que construiu toda sua vida com muito suor e honestidade, e
que, em conjunto com minha mãe, fez até mais do que se pudesse
esperar por nossa família.
Nordestino casado com uma carioca, trocou a turbulência do Rio de
Janeiro para nos trazer para Santa Catarina. Ainda hoje me lembro
de meus pais falando para mim e para minha irmã: “Nós vamos
morar na terra das borboletas, onde vocês vão ter muito espaço
para brincar”.
Bom, para duas crianças acostumadas com, no máximo, o espaço
do playground de um condomínio, não deve ser muito difícil
imaginar a felicidade que aquele ato gerou. Para garantir um futuro
talvez melhor para nossa família meus pais sacrificaram todo seu
circulo de amizades e relações que mantinham em minha terra
natal.
E não pensem que chegando ao Sul, em uma cidade do interior,
nossa vida seria, a partir de então, um mar de rosas. Não foi
mesmo. 5
Muitas dificuldades cercaram meus pais, e me orgulha muito poder
dizer a todos, de peito estufado, que mesmo diante de todas as
adversidades que passamos, eles, meus pais, jamais cederam a
artifícios ou espertezas, tendo sempre conduzido suas vidas com fé,
humildade, muita honestidade, trabalho duro e solidariedade para
com aqueles tantos desafortunados que Deus colocou em nosso
caminho para ajudar.
A preocupação com a família e com nossa formação intelectual
sempre foi cogente em meus pais, mesmo minha linda mãe, de
quem me orgulho muito e que possui apenas o primário.
Ser Maçom é Ser exemplo e o real significado dessa frase é tão
importante para mim como o exemplo que são meus pais em minha
vida.
4 – Comentários a respeito dos Calendários
na Maçonaria Brasileira
Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil-Londrina-PR
Calendário entre os vários sinônimos, consta dos dicionários
como sendo um sistema elaborado para adequar de forma mais
racional possível os dias, as semanas, os meses e os anos de
acordo com os principais fenômenos astronômicos, e em especial
os envolvidos com a posição do sol e eventualmente com a posição
da lua.
O nosso calendário atual é solar e chama-se calendário
gregoriano. Ele pretende fazer com que o ano civil, seja o mais
aproximado possível com o ano trópico calculado em 365,2422 dias
solares médios. Neste período deverão estar inseridas as quatro
estações. A concordância entre anos trópico e civil é conseguida
através de artifícios de anos ordinários e bissextos, ou seja, cada
quatro anos aparecerá um dia a mais, no caso no mês de fevereiro
com vinte e nove dias.
Quanto aos calendários lunares, estes são baseados nos
ciclos da lua. O ano tem doze lunações, entretanto, com relação ao
término das estações há desvios, que trazem como conseqüência,
distorções. Estes desvios são corrigidos através dos calendários
luni-solares pelo acréscimo de um décimo terceiro mês em alguns
determinados anos. O calendário hebraico se baseia neste tipo de
calendário luni-solar.
Existem alguns calendários conhecidos:
Juliano
Estatuído por Júlio César no ano 46 a.C. aconselhado pelo
astrônomo Sosígenes para substituir o calendário romano, que era
muito confuso. Mas também não resolveu. Havia uma discrepância
muito grande dentre o ano civil e o ano trópico.
Litúrgico ou eclesiástico
Usado na idade média, tendo uma forma de calculá-lo muito
complexa. O objetivo principal era a determinação da Páscoa. Este
calendário foi inventado no Concilio de Nicéia no ano 325. d.C. e
ainda está em uso na Igreja Católica.
Gregoriano
Criado pelo Papa Gregório XIII em 1562. É o mesmo calendário
Juliano com as seguintes alterações: anos bissextos têm o milésimo
sempre divisível por quatro. Os anos seculares nunca serão
bissextos a não ser que o número seja divisível por quatro. Assim,
com as devidas correções a diferença entre o ano trópico e civil é
quase desprezível, ou seja, de 0,0003. Para acertar as estações do
ano foi estabelecido que na ocasião, o dia 04/10/1562 passasse a
ser 15/10/1562.
Muçulmano
É um calendário lunar. O ano tem 354 ou 355 dias começando de
10 a 12 antecipadamente.. Ele é considerado a partir da hégira que
é era maometana que tem como ponto de partida a fuga de Maomé
de Meca para Medina no ano de 622 d.C. da nossa era atual. Esta
se celebra no primeiro dia do terceiro mês. O nono mês é o mês do
Ramadã.
Republicano Francês
Criado pela Revolução Francesa em 24/10/1793 O ano começava
no dia 22 de setembro e era dividido em doze meses de trinta dias,
mais cinco suplementares consagrados às festas republicanas. Os
meses tinham os nomes um estranhos a saber: Vindimário,
Brumário, Frimario, Nivoso, Pluvioso, Ventoso, Germinal. Floral,
Prarial, Messidor, Termidor e Frutidor. O mês era dividido em
décadas e os nomes dos dias tirados da ordem natural da própria
numeração. Foi substituído pelo calendário gregoriano em
01/01/1806. Era um calendário anticlerical.
Hebraico
O calendário hebraico é lunar e solar ao mesmo tempo e o ano
poderá se constituir em doze ou treze meses, isto porque os doze
meses são lunares e não englobam o período de um ano solar,
havendo uma sobra de onze dias, visto que o ano lunar tem 354
dias e o ano solar 365. Isto fará com que surjam anos de treze
meses após um ciclo variável de anos de doze meses.
O período de cada lunação é de vinte e nove dias, doze horas e
quarenta e quatro minutos. Como cada dia e cada mês começam e
terminam à meia-noite, alguns meses terão trinta dias e outros
apenas vinte e nove dias.
O ano hebraico poderá ser iniciado em dois meses diferentes: Em
Nissan 1º mês (março-abril) considerando o ano agrícola,
eclesiástico ou religioso e Tsherei 1º mês (setembro-outubro) se
considerar o ano econômico ou civil, também usado para assuntos
históricos.
O ano de doze meses denomina-se ano comum e pode ser de três
formas: ano ordinário de com 354 dias, deficiente ou defectivo com
353 dias e abundante com 355 dias.
O ano de treze meses chama-se embolísmico ou intercalar e pode
ser também de três formas: ordinário quando tem 384 dias,
deficiente quando tem 383 e abundante quando tem 385 dias.
O cálculo é feito na base de ciclos de dezenove anos, dos quais
sete terão treze meses. São eles: 3º, 6º, 8º. 11º,14º e 19º sendo
que os demais deste ciclo terão doze meses.
Quanto ao ano em si, é mais fácil calculá-lo. Basta só acrescentar
ao ano da era vulgar, o número 3760.
O primeiro dia do mês de Tishrei poderá variar de cinco de
setembro a cinco de outubro, com relação ao calendário gregoriano
durante um ciclo de dezenove anos. É preciso que decorram
dezenove anos para que as fases da lua tornem a repetir nos
mesmos dias do ano civil. Este espaço de tempo chama-se ciclo
lunar.
Resumo do calendário hebraico
Nissan corresponde a Abib – Março-Abril 1º mês
21 março/ 20 de abril
Ivyan corresponde á Ziv Abril-Maio 2º mês
21 abril/20 de maio
Sivan Maio-Junho 3º mês
21 maio/20 e junho
Tamuz Junho-Julho 4º mês
21 junho/ 20 julho
Av (ou Ab) Julho-Agosto 5º mês
21 julho/20 agosto
Elul Agosto-Setembro 6º mês
21 agosto/20 setembro
Tishriri ou Tishrei corresponde
a Etanim Setembro-Outubro 7º mês
21 setembro/20 outubro
Marsheswan equivale a Bull Outubro-Novembro 8º mês
21 outubro/20 novembro
Kislev Novembro-Dezembro 9º mês
21 novembro/20 dezembro
Tebeth Dezembro-Janeiro 10º mês
21 dezembro/20 Janeiro
Shebeth Janeiro-Fevereiro 11º mês
21 janeiro/20 fevereiro
Adar Fevereiro-Março 12º mês
21 fevereiro/20 março
We Adar 13º mês
Como se percebe, trata-se de um calendário muito complexo,
difícil de ser entendido.
O seu uso é feito através de tabelas. É usado no Rito Escocês
Antigo e Aceito nos graus superiores e a explicação prende-se ao
fato deste rito ter sido fundado em Charleston, EUA. em 1801 por
vários irmãos,sendo a sua maioria de origem judaica. Outros
autores referem que este calendário já era usado na Maçonaria
anteriormente e que uso datava desde o tempo das Cruzadas.
Para se ter uma idéia de como os maçons sempre usaram
mal seus calendários, ou seja, quer inventando calendários próprios
superpondo suas invenções em cima dos calendários já existentes
através dos tempos, quer pelo mau uso dos calendários existentes,
não sabendo fazer a correta conversão para o calendário
gregoriano, causando problemas graves de datas históricas, será
transcrito um trecho do livro “Maçonnerie Pittoresque”.
“No Rito Escocês Antigo e Aceito o mês não tem começo fixo.
Segue-se quanto a isso o calendário hebraico. Mas aqui é preciso
assinalar uma variante. Os maçons deste rito que (na França)
reconhecem a autoridade do Grande Oriente da França colocam,
por exemplo, o primeiro dia de Nissan de 5842 a 12 de março de
1842 enquanto que os irmãos que dependem do Supremo
Conselho do grau 33 colocam a 13 de março. A diferença será
pouco sensível neste ano, mas em 5843 será de uma lunação. Os
escoceses do Grande Oriente da França farão o Nissan a partir de
31 de março e os escoceses do Supremo Conselho irão fixá-lo no
primeiro dia do mês. Isto ocorre, sobretudo por estes últimos
retardarem sem razão, em um ano a intercalação do mês lunar
embolísmico de We-Adar”.
Este problema de confusão de calendários já ocorria na
França no século XIX.
No Brasil usou-se e ainda se usa um calendário primitivo
baseado no hebraico. Só que ao invés de iniciar em Tishrei que é o
mês civil inventaram de iniciar em Nissan a 21 de Março
acrescentando no final o número 4000 ao invés de 3760 como é o
correto no calendário hebraico verdadeiro. Ex. 21 de março de 2011
seria o 1º dia do 1º mês do ano 6011, isto na versão brasileira.
Nos documentos mais antigos usavam os nomes dos meses
em hebraico. Posteriormente algumas potências usam ainda em
hebraico e outras usaram o numero do mês, iniciando pelo mês de
março (mês 1)
Este pseudo-calendário hebraico foi usado pelo Rito
Adonhiramita desde 1815 e o Grande Oriente Brasiliano, Brasílico
ou Brasiliensi fundado em 1822 também o adotou.
Todavia, o Grande Oriente Brasiliano deveria ter adotado o
calendário do Rito Francês ou Moderno, pois foi fundado no Rito
dos Sete Graus ou Francês, que se inicia em 01 de março.
O calendário do Rito Moderno ou Francês inicialmente
também se iniciava em 21 de março, mas em circular datada de
12/10/1774 pelo Grande Oriente da França, passando a 1º de
março argumentando que o calendário iniciado a 21 de março
causava muita confusão.
Este calendário institui aos meses os mesmos números de
dias que o calendário gregoriano preconiza, dando à série dos dias
e meses a ordem numérica, acrescentando no final para determinar
o ano, o ano do calendário gregoriano somado a 4000.
Ex. dia 06/05/2011. Será o 6º dia do 3º mês de 6011.
V:.L:.(Verdadeira Luz)
O Trabalho de Emulação – sistema inglês usa um calendário
mais simples. Acrescenta simplesmente o número 4000 ao ano
vigente no calendário gregoriano. Ex: 03 de Novembro de 6011. A:.
L:.(Ano Luz)
Os três calendários enfocados usam o número 4000 porque
segundo a Bíblia em Gênesis, o mundo teria sido criado 4000 anos
antes da era cristã.
Entretanto esta explicação é um verdadeiro absurdo. Sabe-se
da Paleontologia, com sua tecnologia moderna que é possível
determinar a idade de fósseis até com seiscentos milhões de anos
de anos. Pela Geocronologia através de métodos radioativos tais
como o carbono -14, urânio-chumbo, chumbo-chumbo, potássio-
argônico e samário-neobíneo puderam ter certeza de que a Terra
se tornou sólida há quatro bilhões de anos e também foi possível
determinar que o sistema solar tenha no mínimo cinco bilhões de
anos.
Desta forma o número 4000 é mantido na Maçonaria apenas
por uma questão de usos e costumes e pela tradição, porque pela
Ciência não há razão de ser.
Cada rito tem uma denominação especial para as letras que
coloca no final do seu calendário, Para os maçons do Trabalho de
Emulação é A:.L:. Anno Lucis - ano luz, no Rito Moderno e REAA
é V:.L:. Vera Lucis – verdadeira luz e para o calendário hebraico é
Anno mundi – Atualmente, principalmente no simbolismo quase
todas as potências têm seus documentos são grafados de acordo
com o calendário gregoriano e colocado no final E:.V:.- era vulgar -
Particularidades de outros ritos e potências
O Grande Oriente da Itália e da Hungria no final do século XIX
datavam seus documentos sem determinar os milhares, por ex. ano
2011 seria 0,0011.
O Rito de Memphis segue ritos orientais e usa o calendário
egípcio cujo início ocorre quando o Sol entra no signo zodiacal, e a
estrela Sírius entra em conjunção com o Sol coincidindo com a
canícula a 20 a 22 de julho às 11 horas e o primeiro mês é Thot.
O Rito de Misraim acrescenta ao ano da era vulgar o número
4004.
Os maçons do Rito do Real Arco usam um calendário que
acrescenta ao ano da era vulgar o numero 530, pois consideram
como primeiro ano, a fundação do segundo templo de Jerusalém
por Zarobabel e acrescenta a expressão A:. Inv:. (anno invencion)
O Rito da Estrita Observância que existe na Europa e
atualmente também no Brasil considera em seu calendário, o ano
hum o ano em que a Ordem do Templo foi destruída, ou seja, em
1314. Aqui no caso é diminuída esta data do ano da era vulgar Ex.
2011-1314 = 697.
Como a Maçonaria Brasileira usou e usa os calendários
maçônicos
Já foi citado que o calendário usado pelo Grande Oriente
Brasiliano era o calendário pseudo-hebraico ou adonhiramita. (Não
acrescentava à era vulgar o numero 3760 e sim 4000)
Entretanto, o Supremo Conselho de Montezuma fundado em
12/02/1832, por muitos anos usou o calendário do Rito Moderno ou
Francês. Este Supremo Conselho através do Marquês de Caxias
que era nesta época seu Soberano Comendador uniu-se ao Grande
Oriente do Brasil em 1855, é possível que por influência deste, o
Grande Oriente do Brasil em 01/01/1856 adotou como oficial o
calendário do Rito Moderno.
Entretanto, segundo pesquisas do Irmão Kurt Prober,
analisando documentos da época, o calendário do Rito Francês ou
Moderno nem sempre foi devidamente seguido, havendo
alternância de uso com outros calendários conforme os grão-
mestres da época.
O calendário do Rito Moderno foi usado desde a sua adoção
oficial até 1863.Deste ano até 1870 quando foram grão-mestres os
Irmãos Bento da Silva Lisboa (Barão de Cayru) e seu sucessor
Joaquim Marcelino Brito, usaram simplesmente o calendário da era
vulgar, ou seja, o gregoriano.
De 1871 a 1876 o Grande Oriente do Brasil usou o calendário
pseudo-hebraico ou adonhiramita através de seu grão-mestre José
da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco)
Em 1876 o grão-mestre em exercício Francisco José Cardoso
Júnior, bem como seu sucessor Luiz Antonio Vieira da Silva usaram
o calendário gregoriano.
A partir de 1889 o grão-mestre em exercício, por poucos
meses (03/11/1889 a 24/02/1890) o Visconde de Jary então grão-
mestre usou o calendário do Rito Moderno ou Francês. Seu
sucessor o Marechal Deodoro da Fonseca voltou a usar o
calendário da era vulgar.
Somente a partir de 09/02/1892 quando assumiu o grão-
mestre Joaquim de Macedo Soares o Grande Oriente do Brasil
voltou definitivamente a utilizar o calendário do Rito Moderno ou
Francês.
Mais ou menos a partir de 1898 o Supremo Conselho do
Brasil passou a usar o verdadeiro calendário hebraico, mas
somente nas patentes dos graus 31, 32 e 33 em substituição ao
calendário do Rito Moderno.
Após o cisma de 1927 o Supremo Conselho de Montezuma
levado pelo Irmão Mario Behring, este passou a usar o calendário
hebraico para todos os graus filosóficos.
O Supremo Conselho do Brasil conveniado com o Grande
Oriente continuou a usar o calendário hebraico, mas após o
chamado Compromisso de Pacificação em 11/11/1952 além dos
diplomas de altos graus, passou a usar este calendário em todos os
diplomas dos demais graus filosóficos.
A razão de tanta polêmica da Maçonaria Brasileira á respeito
das datas históricas, foi ocasionada pela má interpretação por parte
de alguns historiadores das atas das primeiras sessões do então
Grande Oriente Brasiliano. Estas atas são em numero de dezenove
e constituem o chamado Livro de Ouro da Maçonaria do Brasil. As
dezenove atas vão desde o dia 17/06/1822 até o dia 25/10/1822.
Graças ao Grande Secretário do Grande Oriente Brasiliano, o
Irmão Capitão Manoel José de Oliveira (Irmão Bolívar), o qual
escondeu as atas quando D.Pedro I mandou fechar o Grande
Oriente, entregando-a depois na reinstalação do Grande Oriente,
em 1831, agora com o nome de Grande Oriente do Brasil ao Vale
do Lavadrio. Não fora a atitude do Irmão Bolívar, não se saberia
hoje em detalhes, partes importantes da história da Maçonaria
brasileira.
Sabe-se que em 25/10/1822 D. Pedro mandou realizar uma
devassa no Grande Oriente Brasiliano, apreendendo moveis alfaias
e documentos, não só do Grande Oriente, mas também das lojas
que o compunham, ou seja “Comércio e Artes à Idade do Ouro”,
“União e Tranqüilidade” e Esperança de Niterói”.
A partir da leitura posterior destas atas é que se iniciou a
confusão. Alguns historiadores incautos, ao converterem as datas
para a era vulgar, o fizeram convertendo através do calendário do
Rito Moderno e não do pseudo-hebraico ou adonhiramita que foi o
calendário usado na fundação do Grande Oriente Brasiliano. Isto é
até um paradoxo, pois se fundaram o Grande Oriente no Rito
Moderno, deveriam usar o calendário do Rito Moderno. Mas como a
Loja “Comercio e Artes” a loja mãe do Grande Oriente pertencia ao
Rito Adonhiramita, usaram este calendário pseudo-hebraico.
O primeiro historiador a cometer este engano foi o Irmão
Manoel Joaquim Menezes (Irmão Penn) que esteve presente
quando da fundação do Grande Oriente Brasiliano, mas que
escreveu sobre o assunto somente em 1857, trinta e cinco anos
após, através do livro “Exposição histórica do Brasil”. Este Irmão já
estava com idade avançada, esquecendo-se que o calendário na
época pelo Grande Oriente Brasiliano era o adonhiramita.
Assim é que mencionou a fundação do Grande Oriente
Brasiliano em 25/05/1822, quando na realidade foi em 17/06/1822
aos 28 dias do 3º mês do ano 5822 da V:.L:.
A iniciação de D.Pedro I foi no dia 02/08/1822 e não no dia
13/07/1822 (aos 13 dias do 3º mês do ano 5.822 da V:).L:.
A posse de D.Pedro I como Grão-Mestre ocorreu no dia
04/10/1822 e não em 14/09/1822 (aos 14 dias do 7º mês do ano
5822 da V:.L:.
A famosa sessão que ocorreu no 20º dia do 6º mês do ano
5822 da V:.L:. não foi realizada no dia 20 de Agosto de 1822 e sim
no dia 09/09/1822. No dia 09/09/1822 realmente aconteceu uma
sessão do Grande Oriente Brasiliano e Ledo se pronunciou a
respeito conclamando que:
“as atuais políticas circunstanciais de nossa pátria.o rico, o
fértil e poderoso Brasil demandavam e exigiam imperiosamente que
sua categoria fosse inabalavelmente formada com a proclamação
de nossa independência e da Realeza Constitucional na pessoa do
Augusto Príncipe Perpétuo, Defensor Constitucional do Reino do
Brasil”.
Todavia como eram parcos os meios de comunicação na
época, Gonçalves Ledo não sabia que há dois dias ou seja, no
07/09/1822, D. Pedro I já tomado esta providência á margens do
Ipiranga.
Ledo só tomou conhecimento no dia 15/09/1822, pois D.
Pedro havia viajado noventa e seis léguas em “lombo de burro”
desde São Paulo, chegou sozinho à noite do dia 14/09, muito
cansado, foi dormir cedo. A boa nova só se espalhou no Rio de
Janeiro no dia 15/09/1822.
Alguns historiadores entre maçônicos e profanos embarcaram
na forma errada de converter o calendário e deixaram este legado
para muitos maçons ate os dias de hoje, que ainda persistem em
afirmar que o Brasil foi proclamado em 20/08/1822. É comum ainda
hoje ouvir palestrantes maçônicos mal informados dizerem a plenos
pulmões que Ledo proclamou a independência do Brasil dentro de
um templo maçônico no dia 20/08/1822.
Hoje, felizmente a grande maioria dos maçons brasileiros
sabe o que aconteceu realmente, graças a escritores como o Irmão
Mello Moraes, ao escritor profano Pereira da Silva e mais
recentemente ao Irmão José Castellani que converteram
corretamente o calendário pseudo-hebraico.
REFERÊNCIAS
Aslan, Nicola - Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia
Mellor, A. - Dicionário da Franco Maçonaria e dos Franco-Maçons
Prober, Kurt - Coletânea Bigorna nº. 01 e 02
Ritual de Aprendiz Maçom - Cayru – 1957 – GOB
Grande Enciclopédia Delta Larousse
Castellani, José - Trabalho: Dia 20 de Agosto de 1822: Não houve sessão na
Maçonaria
Gomes, Manoel - Trabalho: “20 de Agosto ou 09 de Setembro”
Carvalho João Alberto – Trabalho: Dia 20 de Agosto; Equivoco histórico
6 – Destaques JB
Obrigado Manos pela recepção
O mineiro é ...
Acanhado, afável, amante da liberdade,
idem da ordem, anti-romântico,
Benevolente, bondoso,
Comedido, canhestro, cumpridor,
cordato,
Desconfiado, disciplinado, discreto,
Escrupuloso, econômico, engraçado,
equilibrado,
Fiel, fleumático,
Grato,
Hospitaleiro, harmonioso, honrado,
Inteligente, irônico,
Justo,
Leal, lento,
Morigerado, meditativo, modesto,
moroso,
Obstinado, oportunidade (dotado do
senso de)
Prudente, aciente,plástico, pachorrento,
probo, precavido, pão-duro,
perseverante,
perspicaz,
Quieto,
Recatado, respeitoso, rotineiro, roceiro,
Secretivo, simplório, sisudo, sensato,
sem nenhuma pressa, sagaz, sonso,
sóbrio,
Trabalhador, tribal, taciturno, tímido,
Utilitário,
Vaidoso.
( Guimarães Rosa)
http://www.youtube.com/watch?v=dTGgTmw
G8dM
Um olhar de Minas Gerais
Espero que o Ir.`. aprecie...
Com respeito e amizade,
Ir.`. Luiz André Barra Couri
Or.`. de Santos Dumont - Minas Gerais
Marcha contra a corrupção
A ARLS Acácia de Balneário nº 3978, Or.'. de Balneário
Camboriú, vai realizar, juntamente com outras Lojas
Maçônicas da região, no dia 27 de Novembro de 2011, em
Balneário Camboriú, uma MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO
instalada em nosso País.
Diante disso, solicitamos aos IRMÃOS, FAMILIARES e AMIGOS
a presença maciça.
A Caminhada terá seu início às 10 (dez) horas da manhã do
dia 27/11/2011, na orla da praia na Barra Sul (proximidades
do teleférico) e chegada na Praça Tamandaré, região central
de Balneário Camboriú.
Tragam tambores, apitos, faixas e cartazes, com dizeres de
Ordem ao caos instalado no meio político e judiciário. ( como
as dos exemplos abaixo )
Precisamos mostrar aos maus políticos e as autoridades que
estamos insatisfeitos.
Venham com suas Lojas e seus familiares, mostrar a força da
MAÇONARIA CATARINENSE!
O Traje é normal de passeio, sem paramentos!
Pedimos que os Irmãos e as Lojas entrem em contato por e-
mail diretamente comigo para combinarmos os horários e a
organização da passeata. ( 9:00 hs - todos lá para iniciarmos a
caminhada as 10:00 hs )
PS:> Temos todas as autorizações para a realização do
evento, inclusive do GOB-SC
Favor comunicar outras Lojas até mesmo de outras potências
e chamem seus familiares e amigos para se juntarem a nós.
Vamos fazer uma grande mobilização!
Um TFA - Ir Ricardo de Paula MI - Acácia de Balneário
Loja Presidente Roosevelt nr. 25
Registro no Palácio Nobre da
Grande Loja Maçônica de Minas Gerais
O primeiro dia de nossa estada em Belo Horizonte foi de visita
à Loja Presidente Roosevelt nr. 25 (GLMMG) cujo
Venerável Mestre é o Ir. Sergio Quirino Guimarães (foto
acima) que semanalmente escreve excelentes artigos,
publicados pelo JB News.
O Ir. Quirino chefiará a delegação que parte quinta-feira para
a o Seminário de Estudos. Em Lisboa vai proferir palestra
sobre a História da Maçonaria Brasileira.
Veja as fotos do Palácio Maçônico da Grande Loja de Minas
Gerais e reunião das cunhadas e irmãos da Loja Presidente
Roosevelt. Acesse o link picasa.
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BeloHorizonte07112011?authkey=Gv1sRgCOTr_MyZ7bGpIg#
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Rádio Sintonia 33 e JB News
uma dobradinha incrível
Templo da Loja Atalaia – Sete Lagoas - MG
Por do sol em Belo Horizonte
Jb news   informativo nr. 0436

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Jb news informativo nr. 0436

  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 436 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Belo Horizonte (MG) 07 de novembro de 2011 Índice desta segunda-feira* (edição elaborada em Belo Horizonte) 1. Almanaque 2. Símbolos e Alegorias, num Sistema Moral (Ir. Ivair Ximenes Lopes) 3. Ser Maçom, ser exemplo (Ricardo Augusto de Oliveira Xavier Araujo) 4. Comentários a respeito dos Calendários na Maçonaria Brasileira (Ir. Hercule Spoladore) 5. Destaques JB * Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br
  • 2. livros Indicados Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 contato@sarobecontabilidade.com.br Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br
  • 3. 1 – Almanaque Hoje, 07 de novembro de 2011, é o 311º. dia do calendário gregoriano. Faltam 54 para acabar o ano. Eventos Históricos:  1768 - Frederico, O Grande da Prússia termina o seu testamento político.[carece de fontes?]  1802 - Primeiros ocidentais pisam no Atol Palmyra, nas Espórades Equatoriais.  1831 - Decididas as cores da Bandeira da Polónia: vermelha e branca.  1837 - Eclode a revolta da Sabinada na Bahia, Brasil.  1848 - Rebenta em Pernambuco a Revolução Praieira.  1874 - Primeira publicação em jornal do símbolo do Partido Republicano norte- americano: o elefante.  1898 - Clube de Regatas do Vasco solicita sua inscrição oficial à União de Regatas Fluminense.  1910 - Primeiro voo comercial dos Irmãos Wright (veja também História da aviação).  1917 - Começa a Revolução Bolchevique na Rússia (pelo calendário gregoriano).  1919 - Jornal Times de Londres anuncia o sucesso da teoria da relatividade de Einstein.  1930 - Emancipação de Alexandria (Rio Grande do Norte).  1931 - Forma-se a primeira turma de Aspirantes-a-Oficial do CPOR de São Paulo.  1941 - Em plena Batalha de Moscovo, Stalin realiza a tradicional parada militar para comemorar o aniversário da Revolução Russa.  1944 - Franklin D. Roosevelt vence a eleição para Presidente dos Estados Unidos pela quarta vez.  1945 - África do Sul e México são admitidos como Estados-Membros da ONU.  1958 - Início da marcha do general Che Guevara rumo a Havana (veja Revolução Cubana).  1968 - Inaugurada a nova sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP) na Avenida Paulista.  1975 - Khaled Mosharraf, responsável pelo golpe militar em Bangladesh, é assassinado num contra-golpe.  1981 - Fundação do município de Ibatiba, no estado do Espírito Santo, (Brasil).  1993 - Ayrton Senna vence em Adelaide, Austrália, a sua última corrida na Fórmula 1.  1996 - Lançada a sonda Mars Global Surveyor em direção a Marte.  2000 - Lançamento do álbum The Mark, Tom, and Travis Show (The Enema Strikes Back!) do grupo Blink-182.  2008 - Primeiro show da banda finlandesa Nightwish com a nova vocalista em São Paulo.  2010 - Show histórico do beatle Paul McCartney na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
  • 4. Feriados e Eventos cíclicos:  1917 - Revolução de Outubro na União Soviética.  Japão - Festival de Kami, divindade que ajudava as mulheres a preparar o alimento.  1963 o Brasil - Feriado em Arapoema, Tocantins - Aniversário da cidade Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1894: Reconstituída a Grande Loja de França por sessenta Lojas Simbólicas do Supremo Conselho de França, separando os Graus Simbólicos dos Altos Graus. 1974: Lei nr. 594/94 permite o renascimento da Maçonaria portuguesa.
  • 5. 2 – Símbolos e Alegorias, num Sistema Moral. Ir.·. Ivair Ximenes Lopes MS Maçom Naviraí Ms, 18 de Setembro de 2011 A Maçonaria se define, como sendo uma Instituição em que seus conhecimentos se manifestam num sistema de moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos. Ou seja, é uma Instituição com definições peculiares, ou seja, é possui uma organização ou mecanismo social que controla o funcionamento de uma sociedade de homens e, por conseguinte, de indivíduos, os quais mostram-se imbuídos num mesmo interesse social. E olha que podemos ter uma grande diferença juntamente aqui. Exemplifico o sistema adotado com base na revolução francesa, que rompe com a monarquia e prega a liberdade, igualdade e a fraternidade, se administrando pela tripartição com base “Teoria de freios e contrapesos”. As teorias de Montesquieu tornaram-se conceitos da ciência política e alimentaram as ideias do constitucionalismo e permanecem até hoje como uma das condições para o funcionamento do Estado Moderno, exprimem na ideia dos Grandes Orientes. O sistema Monárquico parlamentarista, em que é incorporado tradicionalmente pelas Grande Lojas, onde o poder do Monarca, o Grão-Mestre, pelo qual emana todo o poder, onde a câmara dos pares é composta tão somente dos representantes que se reúnem quando convocados para tal em assembleia. A maçonaria ainda, transmite conhecimentos. Ou, na menos das hipóteses delineia os conhecimentos que devem ser apoiados, buscados e discutidos, para o engrandecimento dela enquanto instituição. Isto tudo é posto sob a ótica de um sistema de moral. Nem sempre é fácil diferenciar as normas do direito das normas da moral, em face de semelhança entre elas em muitos aspectos. Por exemplo, ambos os sistemas de normas, direito e moral, valorizam princípios como o respeito à vida, à liberdade, à integridade física, psicológica e espiritual dos homens, à propriedade legitimamente obtida, à igualdade de direitos, entre outros. A Moral é um ramo das Ciências Sociais que também se preocupa com o estudo de normas reguladoras da vida social.
  • 6. Mas é discreta. Pois transmite tudo que lhe é possível neste sistema velado por alegorias e ilustrado por símbolos, e num imbuir próprio, incutir peculiar, que somente os iniciados tem conhecimento e a dimensão daquilo que escrevo. Mas o que é realmente o símbolo, a alegoria e como estes se manifestam dentro deste “sistema maçônico” de apresentar e aculturar seus membros dentro da premissa de transmitir conhecimentos básicos e tornar discreta aos olhos profanos. Antes de adentrar ao tema episódico, que escolhi, tenho que lembrar que há um “sincretismo maçônico”, oh! Alguns cairão de suas cadeiras! Calma não vou profanar nada. Sendo, o sincretismo a tentativa de conciliar crenças díspares e mesmo opostas e de fundir práticas de várias escolas de pensamento. Dizemos que o sincretismo está associado em especial à tentativa de fundir e criar analogias entre várias tradições originariamente discretas, particularmente na teologia e mitologia da religião, afirmando assim uma unidade subjacente. Temos dentro de nossa escola maçônica varias vertentes, sejam elas : deitas ou teístas. Fundando em escolas do pensamento sob a bandeira da liberdade de pensamento, que torna a maçonaria capaz de conciliar estas vertentes por vezes antagônicas, mas principalmente de tradições e raízes em trocos diferentes. O maior exemplo é os ritos díspares. Pense nisso! Assim, o que é pode não ser o que se vê. E o que se imagina não ver é exatamente o que é, por conta daquilo que existe ou não, seja no símbolo ou na alegoria. O Símbolo O Símbolo, do grego “sumbolon” significa simplesmente um “sinal de reconhecimento”. É uma representação analógica em relação à um objeto considerado, de tal forma que Objeto e Pensamento se identificam, existindo entre os mesmos sempre uma ideia. As letras do alfabeto é um símbolo. Que interpretamos de acordo com o nosso conhecimento, a nossa história de vida, o nosso conhecimento a luz das escritas e das línguas. O símbolo é um meio de se expressar ao longo do tempo e do espaço. Neste sentido, dependendo do rito, podemos ter um conceito significativamente diferente para o mesmo símbolo, ou mesmo, a acumulação de símbolos, que para uns dizem muito, para outros, pouco ou nada diz. Assim, é que os diferentes povos, em diferentes épocas, podem se utilizar de símbolos para exprimir uma ideia, sem que sua
  • 7. linguagem, ou mesmo sua língua, seja influenciada pela de outros povos. É óbvio que a simbologia está sujeita a interpretações, e neste ponto, o parâmetro maçônico geral (lato sensu) é importante, mas o intérprete deve estar munido das diretrizes do seu rito. Ou seja, dos princípios que regem o seu rito, landmarques que são adotados por sua potência, a estrutura legislada, bem como os costumes que seguem ao longo do tempo. São o ponto de inicio para a jornada de interpretação de qualquer símbolo a luz da verdade que se busca. Pois, estando sujeito a diferentes interpretações, é importante que, princípios e ensinamentos contidos nos símbolos sejam transmitidos, e não necessariamente as exatas palavras que o definem. Desde os mais remotos tempos, os povos se comunicam também por meio de símbolos. A Alegoria Alegoria pode ser traduzida por, “falar de outra forma“, ou seja, falar de uma coisa, empregando termos diferentes. Ou seja, é a exposição de um pensamento sob forma figurada. A alegoria pode ser expressa de duas formas, através do Apólogo ou Fábula; de cunho moral, cujos personagens são, por via de regra, animais ou coisas inanimadas, Esopo e La Fontaine foram dois famosos fabulistas; e Parábola, de cunho religioso, na qual os elementos evocam realidades de Ordem Superior. As lendas maçônicas são uma alegoria marcante. A Escada de Jacó ou Jacob, existente no Painel da Loj:. de Apr;., é uma importante alegoria da maçonaria, que não vou abordar as motivações, aqui. Por exemplo, antes de aventurarmos na interpretação da simbologia da Escada de Jacó, precisamos conhecer as origens desta simbologia e o porquê está presente na maçonaria, sendo uma passagem Bíblica, ligada às tradições judaico-cristãs. Tudo de acordo com o descrito acima. Do exposto, vemos o porquê da expressão “sistema de moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos“. O emblema Emblema, este tem significado bem mais simples que símbolo, é um ornamento, um distintivo. Em geral são pequenos objetos que servem para ornamentar. O emblema tem significado restrito, conhecido, fixo, a constância e fácil percepção de seu significado são características do emblema ou distintivo.
  • 8. O Símbolo é associado à uma tradição, que lhe concede uma história anterior, ao passo que Emblema é ligado ao modismo, muitas vezes sem história, apenas com uma argumentação. Mas para interpretar é necessário conhecer as referias Escolas ou linhas de pensamento: Escola Autêntica ou Histórica – Por este pensamento, as antigas tradições da Ordem foram minuciosamente examinadas à luz de registros autênticos ao alcance do historiador, principalmente sobre atas de Lojas e documentos legais e todos os registros acessíveis. Como os registros escritos sobre Maçonaria especulativa, antecedem pouco ao seu renascimento em 1717, ao passo que as atas mais primitivas subsistentes de qualquer Loja operativa, pertencem ao ano de 1598, os defensores desta Escola, apontam como origem da Maçonaria as Lojas e Corporações da Idade Média, e supor que os elementos especulativos (símbolos, alegorias, etc.) foram exertados posteriormente ao tronco operativo. A escola admite que se aceitarmos o fato de que o simbolismo e cerimonial da Maçonaria é anterior a 1717, não há, praticamente , nenhum limite quanto a idade a que se lhe atribuir. Por isso esta Escola não busca a origem dos Mistérios além dos construtores medievais; Escola Antropológica ou Primitiva – Esta Escola de pensamento está aplicando as descobertas antropológicas num estudo da história da Maçonaria e com notáveis resultados. Os atropologistas reuniram uma vasta soma de informações sobre costumes religiosos e iniciáticos de muitos povos, antigos e modernos, e os estudiosos maçônicos tem encontrado neste campo uma série de sinais e símbolos, tanto dos graus especulativos como dos operativos, em pinturas murais, esculturas, gravuras e edifícios das principais raças do mundo. Inclusive semelhanças de culturas e cultos em civilizações que não haveriam de ter tido contato físico. Neste sentido, esta escola de pensamento, confere Maçonaria muito maior antiguidade do que a atribuída aos históricos, bem como fazem analogias com os antigos Mistérios de muitas nações com cerimônias análogas às empregadas nas atuais Lojas Maçônicas. Das investigações antropológicas resulta bem claro que, quaisquer que sejam os elos na cadeia de descendentes, nós, maçons somos os herdeiros de uma antiqüíssima tradição que, por incontáveis tradições, tem estado associada com os mais sagrados mistérios do culto religioso.
  • 9. Escola Mística ou Teológica – Esta terceira Escola do pensamento maçônico, perquire os mistérios da Ordem de um ponto de vista do plano para o despertar espiritual e o desenvolvimento interior do homem. Os pensadores desta filosofia, analisando suas próprias experiências espirituais, declaram que os graus da Ordem são símbolos de certos estados de consciência, que tem que ser despertados ao iniciado de forma individual se ele espera atingir e conquistar os tesouros do espírito. Eles dão testemunho de outra natureza muito mais elevada acerca da validade de nossos ritos maçônicos, testemunho que pertence antes à religião do que à ciência. O objetivo do misticismo é a união consciente com Deus e a Oficina visa retratar a senda para esse objetivo, oferecendo o roteiro que oriente a marcha do buscado do Supremo. Tais seguidores estão mais interessados na interpretação do que na pesquisa histórica. O objetivo é viver a vida indicada pelos Símbolos da Ordem para poderem atingir a realidade espiritual de que esses símbolos são sombras. O método místico busca a união estática com o Supremo, através da oração e da prece. Escola Oculta ou Esotérica – O principal e distintivo postulado é a eficácia sacramental do cerimonial maçônico, quando devida e regularmente executado. Assim talvez possamos chamá-la de escola sacramental ou oculta. Pode ser definido como o estudo e conhecimento do lado oculto da natureza, por meio dos poderes existentes em todos os homens, mas ainda adormecidos na maioria da humanidade. Esses poderes podem ser acordados e treinados no estudante oculto por longa e cuidadosa disciplina e meditação. O escopo do ocultista é alcançar a união com Deus por meio do conhecimento e da vontade, treinar toda a natureza, física, emocional e mental, até que se torne uma perfeita expressão do divino espírito interno, e possa ser empregado como um instrumento eficiente no grande Plano que Deus criou para a evolução da espécie humana, que está representado pela Maçonaria pela construção do Santo Templo. Para o ocultista é de grande importância a exata observância de uma forma, e pela utilização da magia cerimonial ele cria um veículo através do qual possa a luz divina baixar e difundir-se em auxílio do mundo, invocando, para isso, a ajuda dos Anjos, espíritos da natureza e outros habitantes dos mundos invisíveis.
  • 10. 3 – Ser Maçom, ser exemplo Ser Maçom, Ser exemplo Todos os homens recebem qualidades para levar sua vida com êxito e tribulações para conjugá-la. Mesmo ao adepto da „preguiça‟, que quer obter tudo sem esforço, sem trabalho, tem armas para vencer a despeito de sua atitude. As qualidades diferem segundo as personalidades e tem como propósito as faltas, os erros e os obstáculos. Deus, o Grande Arquiteto do Universo, dá ao passional a força, ao fraco a prudência, ao desventuroso a audácia, ao homem de desejo a paciência, para que o entusiasmo nasça em todos eles. (AZEVEDO, Francisco Luciano de. O Homem Proeminente e suas dimensões. 1ª ed., 1999, p.51) Ricardo Augusto de Oliveira Xavier Araujo M.`. M.`. - CIM 237047 – ARLS Hermann Blumenau Coube a mim, um recente M.`.M.`., o trabalho de desenvolver, a pedido do V.`.M.`. e para ser apresentado em Loja de A.`. M.`., esta prancha, a qual deverá traçar balizas acerca do tema em epígrafe. Para ser bem sincero, ainda me sinto despreparado para falar sobre tema de tamanha relevância, e um pouco quanto inibido porque conheço os obreiros de minha Loja, muitos dos quais já galgaram o Grau 33. Contudo, aceitei o desafio, não com a pretensão de exaurir a matéria, sequer de trazer à tona quaisquer verdades absolutas, as quais, data máxima vênia, não existem nesta seara, mas com a satisfação de poder apresentar aos Iir.`. algo que talvez lhes seja de alguma valia e desta forma poder auxiliar no fluxo deste interregno labor do meio dia à meia noite, ao qual prometo me esforçar ao máximo buscando não enfadar qualquer um que habite do Ocidente ao Oriente.
  • 11. A temática proposta sugere algumas interpretações e por isso cabe, de início, esclarecer sobre qual o exato alcance das expressões e qual a linha que passaremos a delinear. Ao tratar o Ser Maçom, grifando a palavra “Ser’” com letra maiúscula, tanto no interlocutório que antecede como no que precede a vírgula, temos que aqui não devemos dar ao título do trabalho a ênfase dirigida à intelecção da segunda palavra ser como verbo. 2 O Ser maiúsculo antes da vírgula aparece também após a vírgula, e deve ser tido como substantivo. Note que as demais palavras do título “Maçom” e “exemplo” foram grafadas de forma diversa, deixando claro, a meu ver, que a temática em comento diz respeito ao Ser substantivo e não ao ser verbo. O Ser substantivo é o indivíduo, a pessoa, ou como nos ensina Aurélio Buarque de Holanda Ferreira em seu Miniaurélio Eletrônico versão 5.12, o Ser substantivo é “O que existe”; “Todo ente vivo e animado”; “Indivíduo, pessoa”; e “A natureza íntima de uma pessoa”. Assim, esclareço que esta prancha será direcionada ao estudo do Indivíduo Maçom, Indivíduo exemplo. O Candidato à Maçonaria, ainda vendado, e a Porta do Templo, conduzido pelo 1º Exp.`., após este bater profanamente à porta do Templo dizendo que aquele deseja receber a luz, é questionado pelo V.`.M.`.: - E como pôde o Cand.`. conceber tal esperança? Ao que responde o 1º Exp.`.: - Porque é livre e de bons costumes. Um critério essencial para que qualquer um seja admitido nos augustos mistérios de nossa Sublime Ordem é que seja livre e de bons costumes, ou seja, que na sua vida profana anterior ao recebimento da luz, já se verifique por seus atos que se trata de pessoa idônea, de moral ilibada, apresentando perante a sociedade e a própria família retidão de postura. Infelizmente, mesmo diante de toda a burocrática e necessária sistemática utilizada pela Ordem no procedimento de indicação,
  • 12. sindicância e iniciação, ainda assim, algumas “maçãs podres” acabam “caindo no cesto”. Nosso saudoso Ir.`. Orlando Klein, com toda a propriedade que anos de maçonaria lhe proporcionaram, reiteradamente demonstrava certa serenidade ao tratar dessa questão, isso porque acreditava que através de um processo natural àqueles que equivocadamente vieram a ter assento em Loja seriam excluídos, funcionando como uma verdadeira seleção natural na exata acepção conjugada por Darwin para essa teoria. Minha jovialidade maçônica não permite discordar dos ensinamentos do sábio Mestre, contudo, tenho certas reservas quanto à serenidade e, especialmente, a celeridade com que esse processo de seleção natural se desenvolva. 3 Preocupa-me o seguinte: Se por um lado é certo que pessoas de rente postura não se abalarão com nefastos infortúnios de errôneas iniciações, por outro, a imagem da Ordem, como um todo, poderá restar prejudicada, mister se atentarmos que estas podres maçãs passarão a ter contato direto com outros IIr.`., muitos recém iniciados, transmitindo a estes uma representação desvirtuada de tudo o que aqui se representa. Não são raras as “deserções” nas quais o Ir.`. retira-se da Ordem, sustentando sua ação, geralmente, no jargão (que infelizmente parece já se tornar rotineiro): “Fiz um precipitado juízo sobre a Ordem.” Tenho que se essas podres maçãs serão excluídas por um processo de seleção natural, é necessário que se adotem medidas para acelerar esse processo, sob pena de estarmos permitindo denegrir a imagem da Ordem como um todo e afastando da mesma indivíduos que poderiam enaltecer e fortalecer nossas Colunas. Ser livre e de bons costumes não é um mero requisito para ingressar na Ordem, é um requisito vitalício para permanência de qualquer um no meio maçônico. O indivíduo Maçom deve ser um indivíduo exemplo, a luz não é dada para aquele que não a quer receber. Não basta um simples ato formal de retirar a venda para que a luz seja definitivamente dada ao Neófito, é necessário que ele se permita moldar o seu Ser
  • 13. interior, robustecer a Pedra Bruta que há em cada um de nós, este, o grande segredo, só será aberto aos verdadeiros Maçons. Como diz nosso Ir.`. Francisco Luciano de Azevedo: Tornar-se irmão é viver serenamente confiante e certo que os deveres e compromissos deverão caminhar lado a lado rumo ao admirável mundo novo. Cuida das traves dos vossos olhos e deixa que a Luz seja dada a tua alma, porque a teu espírito fosse tocado e deveis acercar-se de verdades que te são latentes como iniciado. Propagar vazamento, discórdia de qualquer espécie daquilo que é a tua própria morada, poderás ser levado pela enxurrada e gerar para ti mesmo a desequilibrante tarefa de não construir e sim, destruir o que a sabedoria do teu próprio Templo de Ser tornou-te verdadeiro. Sabeis também, que a alma pertence ao universo e onde quer que estejas, serás reconhecido. (obra citada, p.27) 4 O concreto e o abstrato do Maçom devem coincidir por excelência. O trabalho de polir a Pedra Bruta se inicia com a permissão mais difícil de todas, e que toca a cada um isoladamente, deixar moldar seu Templo interior. Exemplos existem de coisas boas e ruins. O Maçom corresponderá sempre ao exemplo positivo, o exemplo de virtude, lealdade, solidariedade, entusiasmo, força, beleza, moral, fé, caridade, fraternidade, igualdade, liberdade, vigilância, entre outros. É por isso, que jamais será permitida entrada em Loja a IIr.`. oriundos de lugares onde não se construam Templos à Virtude cavando-se masmorras ao vício, tampouco àqueles que não estejam incitados a vencer suas paixões, submeter suas vontades e fazer novos progressos na Maçonaria. Espero com estas singelas palavras ter feito alguma contribuição, isto porque, a missão de escrever esta Prancha sobre “Ser Maçom, Ser exemplo” me traz grande responsabilidade, responsabilidade que nasce não só fato de eu ter sido admitido à Ordem, mas também de estar tratando daquilo que, para mim, tem sido um verdadeiro Norte orientador de minhas condutas, e que releva a maior importância em minha vida. Maçom e exemplos positivos, por graça do Grande Arquiteto do Universo, tem sido uma constante para mim que tenho a honra de ter em meu pai um verdadeiro exemplo, um verdadeiro homem de bem, que construiu toda sua vida com muito suor e honestidade, e
  • 14. que, em conjunto com minha mãe, fez até mais do que se pudesse esperar por nossa família. Nordestino casado com uma carioca, trocou a turbulência do Rio de Janeiro para nos trazer para Santa Catarina. Ainda hoje me lembro de meus pais falando para mim e para minha irmã: “Nós vamos morar na terra das borboletas, onde vocês vão ter muito espaço para brincar”. Bom, para duas crianças acostumadas com, no máximo, o espaço do playground de um condomínio, não deve ser muito difícil imaginar a felicidade que aquele ato gerou. Para garantir um futuro talvez melhor para nossa família meus pais sacrificaram todo seu circulo de amizades e relações que mantinham em minha terra natal. E não pensem que chegando ao Sul, em uma cidade do interior, nossa vida seria, a partir de então, um mar de rosas. Não foi mesmo. 5 Muitas dificuldades cercaram meus pais, e me orgulha muito poder dizer a todos, de peito estufado, que mesmo diante de todas as adversidades que passamos, eles, meus pais, jamais cederam a artifícios ou espertezas, tendo sempre conduzido suas vidas com fé, humildade, muita honestidade, trabalho duro e solidariedade para com aqueles tantos desafortunados que Deus colocou em nosso caminho para ajudar. A preocupação com a família e com nossa formação intelectual sempre foi cogente em meus pais, mesmo minha linda mãe, de quem me orgulho muito e que possui apenas o primário. Ser Maçom é Ser exemplo e o real significado dessa frase é tão importante para mim como o exemplo que são meus pais em minha vida.
  • 15. 4 – Comentários a respeito dos Calendários na Maçonaria Brasileira Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil-Londrina-PR Calendário entre os vários sinônimos, consta dos dicionários como sendo um sistema elaborado para adequar de forma mais racional possível os dias, as semanas, os meses e os anos de acordo com os principais fenômenos astronômicos, e em especial os envolvidos com a posição do sol e eventualmente com a posição da lua. O nosso calendário atual é solar e chama-se calendário gregoriano. Ele pretende fazer com que o ano civil, seja o mais aproximado possível com o ano trópico calculado em 365,2422 dias solares médios. Neste período deverão estar inseridas as quatro estações. A concordância entre anos trópico e civil é conseguida através de artifícios de anos ordinários e bissextos, ou seja, cada quatro anos aparecerá um dia a mais, no caso no mês de fevereiro com vinte e nove dias. Quanto aos calendários lunares, estes são baseados nos ciclos da lua. O ano tem doze lunações, entretanto, com relação ao término das estações há desvios, que trazem como conseqüência, distorções. Estes desvios são corrigidos através dos calendários luni-solares pelo acréscimo de um décimo terceiro mês em alguns determinados anos. O calendário hebraico se baseia neste tipo de calendário luni-solar.
  • 16. Existem alguns calendários conhecidos: Juliano Estatuído por Júlio César no ano 46 a.C. aconselhado pelo astrônomo Sosígenes para substituir o calendário romano, que era muito confuso. Mas também não resolveu. Havia uma discrepância muito grande dentre o ano civil e o ano trópico. Litúrgico ou eclesiástico Usado na idade média, tendo uma forma de calculá-lo muito complexa. O objetivo principal era a determinação da Páscoa. Este calendário foi inventado no Concilio de Nicéia no ano 325. d.C. e ainda está em uso na Igreja Católica. Gregoriano Criado pelo Papa Gregório XIII em 1562. É o mesmo calendário Juliano com as seguintes alterações: anos bissextos têm o milésimo sempre divisível por quatro. Os anos seculares nunca serão bissextos a não ser que o número seja divisível por quatro. Assim, com as devidas correções a diferença entre o ano trópico e civil é quase desprezível, ou seja, de 0,0003. Para acertar as estações do ano foi estabelecido que na ocasião, o dia 04/10/1562 passasse a ser 15/10/1562. Muçulmano É um calendário lunar. O ano tem 354 ou 355 dias começando de 10 a 12 antecipadamente.. Ele é considerado a partir da hégira que é era maometana que tem como ponto de partida a fuga de Maomé de Meca para Medina no ano de 622 d.C. da nossa era atual. Esta se celebra no primeiro dia do terceiro mês. O nono mês é o mês do Ramadã. Republicano Francês Criado pela Revolução Francesa em 24/10/1793 O ano começava no dia 22 de setembro e era dividido em doze meses de trinta dias, mais cinco suplementares consagrados às festas republicanas. Os meses tinham os nomes um estranhos a saber: Vindimário, Brumário, Frimario, Nivoso, Pluvioso, Ventoso, Germinal. Floral, Prarial, Messidor, Termidor e Frutidor. O mês era dividido em décadas e os nomes dos dias tirados da ordem natural da própria numeração. Foi substituído pelo calendário gregoriano em 01/01/1806. Era um calendário anticlerical.
  • 17. Hebraico O calendário hebraico é lunar e solar ao mesmo tempo e o ano poderá se constituir em doze ou treze meses, isto porque os doze meses são lunares e não englobam o período de um ano solar, havendo uma sobra de onze dias, visto que o ano lunar tem 354 dias e o ano solar 365. Isto fará com que surjam anos de treze meses após um ciclo variável de anos de doze meses. O período de cada lunação é de vinte e nove dias, doze horas e quarenta e quatro minutos. Como cada dia e cada mês começam e terminam à meia-noite, alguns meses terão trinta dias e outros apenas vinte e nove dias. O ano hebraico poderá ser iniciado em dois meses diferentes: Em Nissan 1º mês (março-abril) considerando o ano agrícola, eclesiástico ou religioso e Tsherei 1º mês (setembro-outubro) se considerar o ano econômico ou civil, também usado para assuntos históricos. O ano de doze meses denomina-se ano comum e pode ser de três formas: ano ordinário de com 354 dias, deficiente ou defectivo com 353 dias e abundante com 355 dias. O ano de treze meses chama-se embolísmico ou intercalar e pode ser também de três formas: ordinário quando tem 384 dias, deficiente quando tem 383 e abundante quando tem 385 dias. O cálculo é feito na base de ciclos de dezenove anos, dos quais sete terão treze meses. São eles: 3º, 6º, 8º. 11º,14º e 19º sendo que os demais deste ciclo terão doze meses. Quanto ao ano em si, é mais fácil calculá-lo. Basta só acrescentar ao ano da era vulgar, o número 3760. O primeiro dia do mês de Tishrei poderá variar de cinco de setembro a cinco de outubro, com relação ao calendário gregoriano durante um ciclo de dezenove anos. É preciso que decorram dezenove anos para que as fases da lua tornem a repetir nos mesmos dias do ano civil. Este espaço de tempo chama-se ciclo lunar. Resumo do calendário hebraico Nissan corresponde a Abib – Março-Abril 1º mês 21 março/ 20 de abril Ivyan corresponde á Ziv Abril-Maio 2º mês 21 abril/20 de maio Sivan Maio-Junho 3º mês 21 maio/20 e junho
  • 18. Tamuz Junho-Julho 4º mês 21 junho/ 20 julho Av (ou Ab) Julho-Agosto 5º mês 21 julho/20 agosto Elul Agosto-Setembro 6º mês 21 agosto/20 setembro Tishriri ou Tishrei corresponde a Etanim Setembro-Outubro 7º mês 21 setembro/20 outubro Marsheswan equivale a Bull Outubro-Novembro 8º mês 21 outubro/20 novembro Kislev Novembro-Dezembro 9º mês 21 novembro/20 dezembro Tebeth Dezembro-Janeiro 10º mês 21 dezembro/20 Janeiro Shebeth Janeiro-Fevereiro 11º mês 21 janeiro/20 fevereiro Adar Fevereiro-Março 12º mês 21 fevereiro/20 março We Adar 13º mês Como se percebe, trata-se de um calendário muito complexo, difícil de ser entendido. O seu uso é feito através de tabelas. É usado no Rito Escocês Antigo e Aceito nos graus superiores e a explicação prende-se ao fato deste rito ter sido fundado em Charleston, EUA. em 1801 por vários irmãos,sendo a sua maioria de origem judaica. Outros autores referem que este calendário já era usado na Maçonaria anteriormente e que uso datava desde o tempo das Cruzadas. Para se ter uma idéia de como os maçons sempre usaram mal seus calendários, ou seja, quer inventando calendários próprios superpondo suas invenções em cima dos calendários já existentes através dos tempos, quer pelo mau uso dos calendários existentes, não sabendo fazer a correta conversão para o calendário gregoriano, causando problemas graves de datas históricas, será transcrito um trecho do livro “Maçonnerie Pittoresque”. “No Rito Escocês Antigo e Aceito o mês não tem começo fixo. Segue-se quanto a isso o calendário hebraico. Mas aqui é preciso assinalar uma variante. Os maçons deste rito que (na França) reconhecem a autoridade do Grande Oriente da França colocam, por exemplo, o primeiro dia de Nissan de 5842 a 12 de março de 1842 enquanto que os irmãos que dependem do Supremo Conselho do grau 33 colocam a 13 de março. A diferença será
  • 19. pouco sensível neste ano, mas em 5843 será de uma lunação. Os escoceses do Grande Oriente da França farão o Nissan a partir de 31 de março e os escoceses do Supremo Conselho irão fixá-lo no primeiro dia do mês. Isto ocorre, sobretudo por estes últimos retardarem sem razão, em um ano a intercalação do mês lunar embolísmico de We-Adar”. Este problema de confusão de calendários já ocorria na França no século XIX. No Brasil usou-se e ainda se usa um calendário primitivo baseado no hebraico. Só que ao invés de iniciar em Tishrei que é o mês civil inventaram de iniciar em Nissan a 21 de Março acrescentando no final o número 4000 ao invés de 3760 como é o correto no calendário hebraico verdadeiro. Ex. 21 de março de 2011 seria o 1º dia do 1º mês do ano 6011, isto na versão brasileira. Nos documentos mais antigos usavam os nomes dos meses em hebraico. Posteriormente algumas potências usam ainda em hebraico e outras usaram o numero do mês, iniciando pelo mês de março (mês 1) Este pseudo-calendário hebraico foi usado pelo Rito Adonhiramita desde 1815 e o Grande Oriente Brasiliano, Brasílico ou Brasiliensi fundado em 1822 também o adotou. Todavia, o Grande Oriente Brasiliano deveria ter adotado o calendário do Rito Francês ou Moderno, pois foi fundado no Rito dos Sete Graus ou Francês, que se inicia em 01 de março. O calendário do Rito Moderno ou Francês inicialmente também se iniciava em 21 de março, mas em circular datada de 12/10/1774 pelo Grande Oriente da França, passando a 1º de março argumentando que o calendário iniciado a 21 de março causava muita confusão. Este calendário institui aos meses os mesmos números de dias que o calendário gregoriano preconiza, dando à série dos dias e meses a ordem numérica, acrescentando no final para determinar o ano, o ano do calendário gregoriano somado a 4000. Ex. dia 06/05/2011. Será o 6º dia do 3º mês de 6011. V:.L:.(Verdadeira Luz) O Trabalho de Emulação – sistema inglês usa um calendário mais simples. Acrescenta simplesmente o número 4000 ao ano vigente no calendário gregoriano. Ex: 03 de Novembro de 6011. A:. L:.(Ano Luz) Os três calendários enfocados usam o número 4000 porque segundo a Bíblia em Gênesis, o mundo teria sido criado 4000 anos antes da era cristã.
  • 20. Entretanto esta explicação é um verdadeiro absurdo. Sabe-se da Paleontologia, com sua tecnologia moderna que é possível determinar a idade de fósseis até com seiscentos milhões de anos de anos. Pela Geocronologia através de métodos radioativos tais como o carbono -14, urânio-chumbo, chumbo-chumbo, potássio- argônico e samário-neobíneo puderam ter certeza de que a Terra se tornou sólida há quatro bilhões de anos e também foi possível determinar que o sistema solar tenha no mínimo cinco bilhões de anos. Desta forma o número 4000 é mantido na Maçonaria apenas por uma questão de usos e costumes e pela tradição, porque pela Ciência não há razão de ser. Cada rito tem uma denominação especial para as letras que coloca no final do seu calendário, Para os maçons do Trabalho de Emulação é A:.L:. Anno Lucis - ano luz, no Rito Moderno e REAA é V:.L:. Vera Lucis – verdadeira luz e para o calendário hebraico é Anno mundi – Atualmente, principalmente no simbolismo quase todas as potências têm seus documentos são grafados de acordo com o calendário gregoriano e colocado no final E:.V:.- era vulgar - Particularidades de outros ritos e potências O Grande Oriente da Itália e da Hungria no final do século XIX datavam seus documentos sem determinar os milhares, por ex. ano 2011 seria 0,0011. O Rito de Memphis segue ritos orientais e usa o calendário egípcio cujo início ocorre quando o Sol entra no signo zodiacal, e a estrela Sírius entra em conjunção com o Sol coincidindo com a canícula a 20 a 22 de julho às 11 horas e o primeiro mês é Thot. O Rito de Misraim acrescenta ao ano da era vulgar o número 4004. Os maçons do Rito do Real Arco usam um calendário que acrescenta ao ano da era vulgar o numero 530, pois consideram como primeiro ano, a fundação do segundo templo de Jerusalém por Zarobabel e acrescenta a expressão A:. Inv:. (anno invencion) O Rito da Estrita Observância que existe na Europa e atualmente também no Brasil considera em seu calendário, o ano hum o ano em que a Ordem do Templo foi destruída, ou seja, em 1314. Aqui no caso é diminuída esta data do ano da era vulgar Ex. 2011-1314 = 697.
  • 21. Como a Maçonaria Brasileira usou e usa os calendários maçônicos Já foi citado que o calendário usado pelo Grande Oriente Brasiliano era o calendário pseudo-hebraico ou adonhiramita. (Não acrescentava à era vulgar o numero 3760 e sim 4000) Entretanto, o Supremo Conselho de Montezuma fundado em 12/02/1832, por muitos anos usou o calendário do Rito Moderno ou Francês. Este Supremo Conselho através do Marquês de Caxias que era nesta época seu Soberano Comendador uniu-se ao Grande Oriente do Brasil em 1855, é possível que por influência deste, o Grande Oriente do Brasil em 01/01/1856 adotou como oficial o calendário do Rito Moderno. Entretanto, segundo pesquisas do Irmão Kurt Prober, analisando documentos da época, o calendário do Rito Francês ou Moderno nem sempre foi devidamente seguido, havendo alternância de uso com outros calendários conforme os grão- mestres da época. O calendário do Rito Moderno foi usado desde a sua adoção oficial até 1863.Deste ano até 1870 quando foram grão-mestres os Irmãos Bento da Silva Lisboa (Barão de Cayru) e seu sucessor Joaquim Marcelino Brito, usaram simplesmente o calendário da era vulgar, ou seja, o gregoriano. De 1871 a 1876 o Grande Oriente do Brasil usou o calendário pseudo-hebraico ou adonhiramita através de seu grão-mestre José da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco) Em 1876 o grão-mestre em exercício Francisco José Cardoso Júnior, bem como seu sucessor Luiz Antonio Vieira da Silva usaram o calendário gregoriano. A partir de 1889 o grão-mestre em exercício, por poucos meses (03/11/1889 a 24/02/1890) o Visconde de Jary então grão- mestre usou o calendário do Rito Moderno ou Francês. Seu sucessor o Marechal Deodoro da Fonseca voltou a usar o calendário da era vulgar. Somente a partir de 09/02/1892 quando assumiu o grão- mestre Joaquim de Macedo Soares o Grande Oriente do Brasil voltou definitivamente a utilizar o calendário do Rito Moderno ou Francês. Mais ou menos a partir de 1898 o Supremo Conselho do Brasil passou a usar o verdadeiro calendário hebraico, mas somente nas patentes dos graus 31, 32 e 33 em substituição ao calendário do Rito Moderno.
  • 22. Após o cisma de 1927 o Supremo Conselho de Montezuma levado pelo Irmão Mario Behring, este passou a usar o calendário hebraico para todos os graus filosóficos. O Supremo Conselho do Brasil conveniado com o Grande Oriente continuou a usar o calendário hebraico, mas após o chamado Compromisso de Pacificação em 11/11/1952 além dos diplomas de altos graus, passou a usar este calendário em todos os diplomas dos demais graus filosóficos. A razão de tanta polêmica da Maçonaria Brasileira á respeito das datas históricas, foi ocasionada pela má interpretação por parte de alguns historiadores das atas das primeiras sessões do então Grande Oriente Brasiliano. Estas atas são em numero de dezenove e constituem o chamado Livro de Ouro da Maçonaria do Brasil. As dezenove atas vão desde o dia 17/06/1822 até o dia 25/10/1822. Graças ao Grande Secretário do Grande Oriente Brasiliano, o Irmão Capitão Manoel José de Oliveira (Irmão Bolívar), o qual escondeu as atas quando D.Pedro I mandou fechar o Grande Oriente, entregando-a depois na reinstalação do Grande Oriente, em 1831, agora com o nome de Grande Oriente do Brasil ao Vale do Lavadrio. Não fora a atitude do Irmão Bolívar, não se saberia hoje em detalhes, partes importantes da história da Maçonaria brasileira. Sabe-se que em 25/10/1822 D. Pedro mandou realizar uma devassa no Grande Oriente Brasiliano, apreendendo moveis alfaias e documentos, não só do Grande Oriente, mas também das lojas que o compunham, ou seja “Comércio e Artes à Idade do Ouro”, “União e Tranqüilidade” e Esperança de Niterói”. A partir da leitura posterior destas atas é que se iniciou a confusão. Alguns historiadores incautos, ao converterem as datas para a era vulgar, o fizeram convertendo através do calendário do Rito Moderno e não do pseudo-hebraico ou adonhiramita que foi o calendário usado na fundação do Grande Oriente Brasiliano. Isto é até um paradoxo, pois se fundaram o Grande Oriente no Rito Moderno, deveriam usar o calendário do Rito Moderno. Mas como a Loja “Comercio e Artes” a loja mãe do Grande Oriente pertencia ao Rito Adonhiramita, usaram este calendário pseudo-hebraico. O primeiro historiador a cometer este engano foi o Irmão Manoel Joaquim Menezes (Irmão Penn) que esteve presente quando da fundação do Grande Oriente Brasiliano, mas que escreveu sobre o assunto somente em 1857, trinta e cinco anos após, através do livro “Exposição histórica do Brasil”. Este Irmão já estava com idade avançada, esquecendo-se que o calendário na época pelo Grande Oriente Brasiliano era o adonhiramita.
  • 23. Assim é que mencionou a fundação do Grande Oriente Brasiliano em 25/05/1822, quando na realidade foi em 17/06/1822 aos 28 dias do 3º mês do ano 5822 da V:.L:. A iniciação de D.Pedro I foi no dia 02/08/1822 e não no dia 13/07/1822 (aos 13 dias do 3º mês do ano 5.822 da V:).L:. A posse de D.Pedro I como Grão-Mestre ocorreu no dia 04/10/1822 e não em 14/09/1822 (aos 14 dias do 7º mês do ano 5822 da V:.L:. A famosa sessão que ocorreu no 20º dia do 6º mês do ano 5822 da V:.L:. não foi realizada no dia 20 de Agosto de 1822 e sim no dia 09/09/1822. No dia 09/09/1822 realmente aconteceu uma sessão do Grande Oriente Brasiliano e Ledo se pronunciou a respeito conclamando que: “as atuais políticas circunstanciais de nossa pátria.o rico, o fértil e poderoso Brasil demandavam e exigiam imperiosamente que sua categoria fosse inabalavelmente formada com a proclamação de nossa independência e da Realeza Constitucional na pessoa do Augusto Príncipe Perpétuo, Defensor Constitucional do Reino do Brasil”. Todavia como eram parcos os meios de comunicação na época, Gonçalves Ledo não sabia que há dois dias ou seja, no 07/09/1822, D. Pedro I já tomado esta providência á margens do Ipiranga. Ledo só tomou conhecimento no dia 15/09/1822, pois D. Pedro havia viajado noventa e seis léguas em “lombo de burro” desde São Paulo, chegou sozinho à noite do dia 14/09, muito cansado, foi dormir cedo. A boa nova só se espalhou no Rio de Janeiro no dia 15/09/1822. Alguns historiadores entre maçônicos e profanos embarcaram na forma errada de converter o calendário e deixaram este legado para muitos maçons ate os dias de hoje, que ainda persistem em afirmar que o Brasil foi proclamado em 20/08/1822. É comum ainda hoje ouvir palestrantes maçônicos mal informados dizerem a plenos pulmões que Ledo proclamou a independência do Brasil dentro de um templo maçônico no dia 20/08/1822. Hoje, felizmente a grande maioria dos maçons brasileiros sabe o que aconteceu realmente, graças a escritores como o Irmão Mello Moraes, ao escritor profano Pereira da Silva e mais recentemente ao Irmão José Castellani que converteram corretamente o calendário pseudo-hebraico.
  • 24. REFERÊNCIAS Aslan, Nicola - Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia Mellor, A. - Dicionário da Franco Maçonaria e dos Franco-Maçons Prober, Kurt - Coletânea Bigorna nº. 01 e 02 Ritual de Aprendiz Maçom - Cayru – 1957 – GOB Grande Enciclopédia Delta Larousse Castellani, José - Trabalho: Dia 20 de Agosto de 1822: Não houve sessão na Maçonaria Gomes, Manoel - Trabalho: “20 de Agosto ou 09 de Setembro” Carvalho João Alberto – Trabalho: Dia 20 de Agosto; Equivoco histórico
  • 25. 6 – Destaques JB Obrigado Manos pela recepção O mineiro é ... Acanhado, afável, amante da liberdade, idem da ordem, anti-romântico, Benevolente, bondoso, Comedido, canhestro, cumpridor, cordato, Desconfiado, disciplinado, discreto, Escrupuloso, econômico, engraçado, equilibrado, Fiel, fleumático, Grato, Hospitaleiro, harmonioso, honrado, Inteligente, irônico, Justo, Leal, lento, Morigerado, meditativo, modesto, moroso, Obstinado, oportunidade (dotado do senso de) Prudente, aciente,plástico, pachorrento, probo, precavido, pão-duro, perseverante, perspicaz, Quieto, Recatado, respeitoso, rotineiro, roceiro, Secretivo, simplório, sisudo, sensato,
  • 26. sem nenhuma pressa, sagaz, sonso, sóbrio, Trabalhador, tribal, taciturno, tímido, Utilitário, Vaidoso. ( Guimarães Rosa) http://www.youtube.com/watch?v=dTGgTmw G8dM Um olhar de Minas Gerais Espero que o Ir.`. aprecie... Com respeito e amizade, Ir.`. Luiz André Barra Couri Or.`. de Santos Dumont - Minas Gerais Marcha contra a corrupção A ARLS Acácia de Balneário nº 3978, Or.'. de Balneário Camboriú, vai realizar, juntamente com outras Lojas Maçônicas da região, no dia 27 de Novembro de 2011, em Balneário Camboriú, uma MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO instalada em nosso País. Diante disso, solicitamos aos IRMÃOS, FAMILIARES e AMIGOS a presença maciça. A Caminhada terá seu início às 10 (dez) horas da manhã do dia 27/11/2011, na orla da praia na Barra Sul (proximidades do teleférico) e chegada na Praça Tamandaré, região central de Balneário Camboriú. Tragam tambores, apitos, faixas e cartazes, com dizeres de Ordem ao caos instalado no meio político e judiciário. ( como as dos exemplos abaixo )
  • 27. Precisamos mostrar aos maus políticos e as autoridades que estamos insatisfeitos. Venham com suas Lojas e seus familiares, mostrar a força da MAÇONARIA CATARINENSE! O Traje é normal de passeio, sem paramentos! Pedimos que os Irmãos e as Lojas entrem em contato por e- mail diretamente comigo para combinarmos os horários e a organização da passeata. ( 9:00 hs - todos lá para iniciarmos a caminhada as 10:00 hs ) PS:> Temos todas as autorizações para a realização do evento, inclusive do GOB-SC Favor comunicar outras Lojas até mesmo de outras potências e chamem seus familiares e amigos para se juntarem a nós. Vamos fazer uma grande mobilização! Um TFA - Ir Ricardo de Paula MI - Acácia de Balneário Loja Presidente Roosevelt nr. 25 Registro no Palácio Nobre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais O primeiro dia de nossa estada em Belo Horizonte foi de visita à Loja Presidente Roosevelt nr. 25 (GLMMG) cujo Venerável Mestre é o Ir. Sergio Quirino Guimarães (foto
  • 28. acima) que semanalmente escreve excelentes artigos, publicados pelo JB News. O Ir. Quirino chefiará a delegação que parte quinta-feira para a o Seminário de Estudos. Em Lisboa vai proferir palestra sobre a História da Maçonaria Brasileira. Veja as fotos do Palácio Maçônico da Grande Loja de Minas Gerais e reunião das cunhadas e irmãos da Loja Presidente Roosevelt. Acesse o link picasa. https://picasaweb.google.com/111861652713235439847/LojaPresidenteRooseveltNr25 BeloHorizonte07112011?authkey=Gv1sRgCOTr_MyZ7bGpIg# Aqui em Belo Horizonte eu estou na www.radiosintonia33.com.br Rádio Sintonia 33 e JB News uma dobradinha incrível
  • 29.
  • 30. Templo da Loja Atalaia – Sete Lagoas - MG
  • 31. Por do sol em Belo Horizonte