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JB NEWS
Informativo Nr. 347
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz”
Praia de Canasvieiras – Florianópolis SC
Florianópolis(SC), 10 de agosto de 2011
Índice desta quarta-feira:
1. Almanaque
2. Revolução pernambucana de 1817 (Ir.Fernando Guilherme Neves Gueiros) *
3. O Estado Novo e o fechamento das Lojas Maçônicas (Ir. José Castellani) *
4. Vida da Morte & Morte da Vida (Ir. Geraldo Mendes dos Santos) *
5. Destaques JB
*Artigos extraídos do Portal Samaúma:
/www.samauma.biz/site/samauma/gs0000artigos.htm
1.
 612 a. C. - Sinsharishkun, imperador assírio, é morto, e sua capital, Nínive, é arrasada.
 654 - É eleito o Papa Eugénio I.
 1492 - É eleito o Papa Alexandre VI.
 1500 - Após ter dobrado o cabo da Boa Esperança, Diogo Dias descobre uma ilha que
deu o nome de São Lourenço, mais tarde designada Madagáscar.
 1519 - Fernão de Magalhães parte de Sevilha para a sua viagem de circum-navegação.
 1653 - Novo empate entre as frotas na Batalha de Scheveningen que seria a última
batalha da Primeira Guerra Anglo-Holandesa.
 1809 - Quito, agora capital do Equador, declara independência da Espanha.
 1821 - Missouri torna-se o 24º estado norte-americano.
 1846 - Elias Howe patenteia a máquina de costura.
 1854 - Foi criada a Polícia Militar do Estado do Paraná (Lei n° 07, de 10 de agosto de
1854).
 1913 - A segunda guerra dos Bálcãs termina com a assinatura do Tratado de Bucareste,
entre Grécia, Sérvia, Montenegro e Romênia.
 1954 -Em uma de suas primeiras apresentações profissionais, Elvis Presley canta a
música That’s all right (Mamma).
 1966 - A nave Orbiter I é lançada ao espaço nos Estados Unidos. É o primeiro satélite a
orbitar a Lua.
 1979 - Michael Jackson lança o aclamado álbum Off The Wall.
 1994 - É lançado o satélite brasileiro BrasilSat B1.
 1995 - Timothy McVeigh e Terry Nichols são indiciados pelo atentado em Oklahoma,
nos Estados Unidos. 168 morreram na explosão de uma bomba.
 2010 - Margaret Chan, diretora-geral do organismo da Organização Mundial da Saúde,
anunciou o fim da pandemia de gripe A (H1N1).
 Dia do Vidreiro
 Roma Antiga - Opália, em homenagem à deusa da fertilidade Opis, esposa de Saturno.
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1731:
Nasce Johann Wilhelm von Zinendorf, médico alemão, fundador da Grande
Loja de Todos os Franco-Maçons da Alemanha.
1810:
Nasce Camilo Benso () conde de Cavour, estadista italiano, principal artífice da
unificação italiana.
Camilo Benso
1932:
Fundação da ARLS Arautos do Bem Nº. 17 – Lábrea-AM - GLOMAM
1952:
Fundação da ARLS São João da Escócia – Santa Rosa-RS GORGS
1975:
Fundação da ARLS Universitária Nr. 1928 – Bragança Paulista GOB
1978:
Fundação da ARLS Alvorada do Pantanal nº. 2016 - Corumbá - Jurisdicionada
ao GOEMS-GOB
1979:
Fundação da ARLS Hipólito José da Costa Nr. 89 – Santa Terezina de Goiás –
GLGO
1983:
Fundação da ARLS Acácia Balsense Nr. 2351 - Balsas - Grande Oriente do
Estado do Maranhão Federado ao GOB.
1987:
Fundação da ARLS Estrela do Sul, de Porto Alegre - Jurisdicionada ao GORGS
1997:
Fundação da ARLS João Noleto de Souza Nr. 2725 – Teresina, GOB/PI
1997:
Fundação da ARLS Hiram Habib Nr. 3069 - Teresina – GOB/PI
1999:
Fundação da ARLS Defensores da Ordem Nº. 26 – Porto Velho - GLOMARON -
Ir Fernando Guilherme Neves Gueiros
M.·.M.·. Or de Paulista – PE
De tudo isto fica para mim a indagação ou dúvida:
A MAÇONARIA ACOVARDOU-SE OU... ACOVARDARAM-SE OS MAÇONS?
Este movimento revolucionário de caráter republicano e liberal que
eclodiu em Pernambuco em março de 1817 teve como objetivo criar no
Nordeste uma república livre do domínio português e da hegemonia
político-econômica do Rio de Janeiro, então residência da Casa Real
Portuguesa. O movimento estendeu-se à Paraíba e ao Rio Grande do
Norte instalando um governo republicano provisório que durou três
longos meses, apenas, e infelizmente.
Crise em Pernambuco
No início do séc. XIX, as províncias do Nordeste, especialmente
Pernambuco que como capitania hereditária, era uma das mais ricas do
Brasil, sendo a outra, a capitania hereditária de São Vicente/SP., tinha
sua forte economia baseada na produção do açúcar e do algodão que
exportavam para a Europa. Quando da transferência da corte portuguesa
para o Brasil em 1808, instalou-se no Rio de Janeiro, uma sede do vice-
reino, mas era uma província pobre. Para sustentar os custos da corte, de
seu séqüito, da administração e as guerras no Uruguai e na Guiana
Francesa, o governo português aumentou os impostos no Nordeste,
sobretudo na então, prospera capitania de Pernambuco, e criaram outros.
Dos habitantes do Recife, só para se dar uns exemplos pagavam estes
um imposto mensal destinado à iluminação pública do Rio de Janeiro.
A longa seca havida no ano de 1816 acentuou sobremaneira as crises
econômicas, abalando até os mais ricos senhores de engenho. Tudo isso
criou um clima de revolta contra o governo português do Rio de Janeiro.
As idéias liberais e republicanas, o estorvo da corte e o desejo de
autonomia política que vinha se difundido há tempos, e pelo mundo,
prosperou para difusão destes ideais.
Antecedentes da Revolução
As idéias liberais e revolucionárias européias tinham sido introduzidas
no Nordeste desde o final do séc. XVIII graças às pregações e à ação do
padre Irm Manuel de Arruda Câmara. Médico formado na França,
botânico e homem de grande cultura, o padre irmão Arruda Câmara
fundou em Pernambuco uma sociedade secreta paramaçônica, o
Areópago de Itambé (reunião de sábios, magistrados, literatos, homens
ilustres), a qual foi fechada em 1802 sob a acusação de difundir idéias
nocivas ao regime. Mas foi substituída, nos anos seguintes, por outras
sociedades secretas ligadas à maçonaria.
Fortemente os padres do Nordeste estavam envolvidos com a maçonaria
e em sua maioria eram maçons, e na mocidade fomentavam os ideários
sentimentos revolucionários.
Entre eles o padre Irm João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (com a
Academia Paraíso, foi também o criador da Bandeira Pernambucana,
uma bandeira azul e branca, com estrelas, os símbolos do arco-íris, o sol
e a cruz vermelha), o vigário de Recife Irm Antônio Jácomo Bezerra, o
carmelita Ir:. Miguel Joaquim de Almeida Castro (padre Miguelinho), o
padre Ir:. José Inácio de Abreu do Amor Divino Caneca (frei Caneca), e
os padres IIr:. José Martiniano de Alencar (pai do escritor José de
Alencar), Antônio Pereira de Albuquerque e Pedro de Sousa Tenório,
todos irmãos maçônicos.
Entre 1814 e 1816, surgiram novas lojas maçônicas: Patriotismo,
Restauração, Pernambuco do Oriente e Pernambuco do Ocidente. As
duas últimas foram fundadas por Antônio Gonçalves da Cruz, dito o
Cabugá, e Domingos José Martins, respectivamente. Ambos se
tornariam elemento destacado da conspiração revolucionaria que
começou a ser tramada, a partir de 1816, nessas sociedades e nos meios
militares.
Tomada do poder.
Em 1817, Afonso Ferreira, ouvidor de Pernambuco, ingressou na
conspiração para espionar e denunciou-a ao governador Caetano Pinto
de Miranda Montenegro, mandando este prender os padres, os civis e
militares envolvidos.
No dia seis de março (uma quinta-feira), o brigadeiro português Barbosa
de Castro foi à fortaleza das Cinco Pontas, em Recife, para prender os
oficiais suspeitos. Entre estes estava o capitão Domingos Teotônio
Jorge, principal conspirador na área militar. Lá chegando, o brigadeiro
Barbosa, foi morto a golpes de espada pelo capitão José de Barros Lima,
conhecido como Leão Coroado.
A partir deste fato, a fortaleza das Cinco Pontas, sublevou-se e a
revolução estourou antes do dia previsto, o domingo de Páscoa (Seis de
abril), pois os padres revolucionários queriam fazer "a ressurreição do
Cristo coincidir com a da pátria".
Participando também estava o capitão Ir:. José Inácio de Abreu e Lima,
juntamente com seu pai padre Roma e seu irmão Luiz, este irmão Abreu
e Lima logrou êxito em fuga para Venezuela, quando tombada a
revolução, veremos isto a seguir, tornando-se General de Simon Bolívar,
maçom, em diversas campanhas por libertações nas Américas.
Tendo à frente Barros Lima, o Leão Coroado, com o capitão Pedro da
Silva Pedroso e os tenentes Antônio Henriques Rebelo e José Mariano
de Albuquerque Cavalcanti, a guarnição amotinada juntou-se à
população nas ruas. Abriram as portas da prisão para os líderes civis,
padre João Ribeiro, Domingos José Martins e o Cabugá, que tinham sido
presos. O governador Caetano Montenegro foi se refugiar no outro forte
de Recife, o do Brum. Pouco depois, saiu da província com a permissão
da junta de governo provisório que se formara.
O Governo da Revolução.
A composição do Governo Provisório era feita a cinco membros, que
pretendiam representar todas as classes. O padre João Ribeiro presidia a
junta. Domingos Teotônio Jorge, promovido a coronel e a comandante
de armas da província, representava os militares. O juiz José Luís de
Mendonça, a magistratura. O fazendeiro Manuel Correia de Araújo, os
proprietários rurais. Domingos José Martins representava os
comerciantes de Recife e era o membro mais influente do governo. O
padre Miguelinho atuava como uma espécie de secretário do interior.
Havia ainda um conselho de estado formado pelos homens mais cultos
da província: o senhor de engenho Antônio de Morais e Silva, autor de
um dos primeiros dicionários brasileiros; o português Manuel Pereira
Caldas; o vigário Bernardo Luís Ferreira; o comerciante Gervásio Pires
Ferreira; e o ouvidor de Olinda, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada
Machado e Silva, irmão de José Bonifácio.
Medidas da Revolução.
Após a proclamação da República de Pernambuco, tomou-se a bandeira
azul e branca, com estrelas, como bandeira da Republica (e que é o
lábaro Pernambucano até os atuais dias). Ainda em março, aboliram-se
os impostos pagos ao governo do Rio de Janeiro. O soldo dos militares
foi aumentado e os padres passaram a ser remunerado pela República.
No dia 10 de março (uma segunda-feira), o governo publicou um
documento -Preciso dos sucessos que tiveram lugar em Pernambuco -
para explicar ao povo os objetivos da revolução. Escrito pelo moderado
José Luís de Mendonça, porém nada falava em forma republicana de
governo.
Pouco depois, foi publicada uma lei orgânica. A lei foi enviada às
câmaras municipais de todas as comarcas de Pernambuco. Ela previa a
convocação de uma assembléia constituinte. Fixava as limitações do
governo provisório da República de Pernambuco, consagrava as
liberdades de opinião e de imprensa e os direitos individuais, mas,
proibia os ataques ao catolicismo. Os portugueses que viviam no
Nordeste seriam reconhecidos como "patriotas" se aderissem ao regime.
Expansão da Revolução.
A 28 de março de 1817 (uma sexta-feira) saindo da "Oficina Tipográfica
da Republica de Pernambuco" surge o primeiro impresso pernambucano,
o famoso "Preciso", em que o irmão José Luis de Mendonça ataca
corajosamente o absolutismo imperial.
O governo republicano enviou emissários às capitanias vizinhas, para
ganhar sua adesão. O padre João Ribeiro escrevia que Pernambuco,
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte "deveriam formar uma só
república, devendo-se edificar uma cidade central para capital". Na
Paraíba, a revolta eclodiu em Itabaiana, liderada por Amaro Gomes
Coutinho. Chegou à capital em 16 de março (um domingo). No Rio
Grande do Norte, uma junta republicana, chefiada pelo senhor de
engenho André de Albuquerque Maranhão, instalou-se em 28 de março
(uma sexta-feira). Para o Ceará foi enviado o padre José Martiniano de
Alencar, mais tarde preso na cidade de Crato e remetido para Salvador.
Para a Bahia, os revoltosos mandaram o padre Roma, que foi preso
quando chegou a Salvador no dia 26 de março (uma quarta-feira), sendo
fuzilado três dias depois juntamente com seu filho Luis.
Diplomacia da Revolução.
O governo de Recife enviou representante também a países estrangeiros
em busca de apoio político. Antônio Gonçalves da Cruz e Domingos
Pires Ferreira foram aos EUA para estabelecer relações diplomáticas e
comprar armas e munições. O comerciante inglês Kesner foi para
Londres levando credenciais para que Hipólito José da Costa se tornasse
ministro plenipotenciário da nova república junto ao governo inglês.
Mas Hipólito recusou o cargo. Félix José Tavares de Lira foi enviado a
Buenos Aires para obter o apoio dos republicanos platinos.
Os EUA e a Inglaterra recusaram qualquer auxílio e cortaram as
comunicações postais com o nordeste brasileiro.
Buenos Aires não deu qualquer resposta. Os republicanos do Nordeste
estavam isolados internacionalmente. Deveriam enfrentar sozinhos a
repressão do governo de Dom João VI.
A Repressão.
Para repressão do movimento de 1817, partiu da Bahia no final de março
mandado pelo governador de Salvador, conde dos Arcos, uma tropa por
terra e uma pequena esquadra para bloquear Recife. No princípio de
abril, partia do Rio de Janeiro uma esquadra comandada por Rodrigo
José Ferreira Lobo. Foram mobilizados no total cerca de oito mil
homens para debelar a Revolução e a República criada. Os governos da
Paraíba e do Rio Grande do Norte foram os primeiros a cair, após o
assassínio de André de Albuquerque Maranhão. Em Pernambuco, as
tropas reais tiveram o apoio dos comerciantes portugueses e da maior
parte dos senhores de engenho do interior. Os revolucionários ficaram
cercados em Recife. O cerco de Recife durou até 19 de maio de uma
segunda-feira. Neste dia, a vila de Recife amanheceu abandonada pelos
revolucionários. Uma comissão militar, presidida pelo general Rego
Barreto, comandante da repressão, iniciou então as condenações e os
fuzilamentos. Mais tarde, foi substituído por um tribunal de alçada na
Bahia, presidido pelo desembargador Bernardo Teixeira, que agiu com
igual rigor.
Destinos dos Revolucionários.
Carregando uma espingarda e o arquivo da república, o padre João
Ribeiro acompanhou as forças republicanas até o engenho Paulista, onde
estas se decidiram dispersar. Ali queimou os documentos que poderiam
prejudicar seus companheiros e enforcou-se diante do altar-mor da
capela. Mais tarde, sua cabeça foi separada do corpo e exposta no
pelourinho, seus restos mortais estão hoje enterrados na Matriz da cidade
de Paulista. Em Recife, morreram na forca Domingos Teotônio Jorge,
Barros Lima o Leão Coroado, o padre Pedro de Sousa Tenório e Antônio
Henriques Rebelo. Os três primeiros foram esquartejados e seus corpos
amarrados à cauda de cavalos e arrastados até o cemitério; o último teve
o cadáver queimado. Na Paraíba, Amaro Gomes Coutinho, Inácio
Leopoldo de Albuquerque Maranhão, o padre Antônio Pereira de
Albuquerque e muitos outros tiveram destino semelhante. Domingos
José Martins, José Luís de Mendonça e o padre Miguelinho foram
remetidos presos para Salvador, onde foram condenados e fuzilados.
Em 6 de agosto (uma quarta-feira), uma carta régia perdoou a alguns
presos. Em 6 de fevereiro (sexta-feira) do ano seguinte, o processo foi
suspenso. Alguns réus foram libertados e os restantes 117 foram
enviados para as prisões da Bahia, entre os quais Antônio Carlos Ribeiro
de Andrada (irmão carnal de José Bonifácio) e frei Caneca. Os que não
morreram no cárcere ou receberam o perdão real, foram libertados em
1820.Estava lançada a semente de uma Revolução que se pretendia
superar ao julgo despótico da realeza Portuguesa e alcançar a graça
maior que era a criação de um Brasil Republica, conseguido finalmente,
numa sexta-feira, a 15 de novembro de 1889, pelo Ir Marechal Deodoro.
Ir José Castellani - Do Livro :Histórias do Grande Oriente de
São Paulo”- Editora do GOB – 1994
(...) A essa altura dos acontecimentos (1937), o ambiente político do
país voltava a ficar agitado, diante de nova campanha presidencial - já
que o mandato de Getúlio Vargas deveria se encerrar em 1938 - à
qual se apresentaram duas candidaturas: a de José Américo de
Almeida - político, literato e figura de projeção no Nordeste - e a do
governador de S. Paulo, Armando de Salles Oliveira, sendo, a do
primeiro, ostensivamente, apoiada pelo governo federal.
Vargas, todavia, corri sua formação caudilhesca, já se preparava para
se instalar como senhor absoluto, impedindo as eleições. Já nos
primeiros meses de 1937, muitos políticos ligados ao governo sabiam
que uma nova Constituição havia sido elaborada por Francisco
Campos, ministro da Justiça, com planos de continuísmo. Além de
Campos, participavam da operação, para levar a cabo um golpe de
Estado, o general Eurico Gaspar Outra, ministro da Guerra, o general
Góis Monteiro, chefe do Estado Maior do Exército, e Agamenon
Magalhães, ministro do Trabalho. Os governadores de Estados, que
não aderiram aos planos de Vargas, foram obrigados a se demitir, ou
a fugir para o Exterior. E, em outubro de 1937, o governo solicitava,
ao Congresso Nacional, a decretação do Estado de guerra, com base
na existência de um vasto plano de terrorismo comunista,
denominado "Plano Cohen". Todavia, como o próprio Góis Monteiro
declararia, mais tarde, o Plano Colhen não passava de um documento
forjado por um oficial integralista do Estado Maior. Era mais um
embuste de Vargas, utilizando, em seu proveito, as lutas das facções
extremistas.
Com a decretação do estado de guerra, conseguida graças à ovina
docilidade do Congresso Nacional, o governo não tardou a dar o
golpe de Estado. E este aconteceria a 10 de novembro de
1937,quando era dissolvido o Congresso, dissolvidos todos os
partidos, extinta a Constituição de 1934 e imposta aquela elaborada
por Francisco Campos. Estava implantado o chamado "Estado Novo",
regime ditatorial de direita, a exemplo daqueles existentes, na ltália,
na Alemanha, em Portugal, na Espanha e na Polônia, numa época em
que a conjuntura internacional favorecia a implantação do nazi -
fascismo.
Esse fato iria repercutir em todas as instituições sociais brasileiras,
inclusive na Maçonaria. O fechamento desta foi aconselhado, ao
governo, a 25 de novembro de 1937, pelo general Newton Cavalcanti,
membro do Conselho de Segurança Nacional. E embora isso possa
não ter ocorrido entre as Lojas do então Distrito Federal -
provavelmente por mediação de algum figurão do novo regime - o
mesmo não se pode dizer do resto do pais. No Estado de São Paulo,
por exemplo, podem ser tomados os casos de cinco Lojas, de quatro
cidades, de diferentes regiões do Estado.
1. Na Loja PIRATININGA, da Capital, o Livro de Atas Nº 45 foi
encerrado na folha no 84, com o final da ata Nº 2.993, de 20 de
outubro de 1937. Nessa mesma folha, consta um termo, com os
seguintes dizeres: "Tendo sido, por ordem das autoridades do país,
fechados os templos maçônicos e interrompidos os nossos trabalhos,
os trabalhos de reabertura foram, por deliberação da Diretoria,
lançado em um livro de atas, a partir de 17 de janeiro de 1940, data
em que foi permitido, novamente funcionarem as Lojas. Ass.: A.
Pacheco Júnior - Secretario" . Na ata Nº 2.994, de 17 de janeiro de
1940, consta que o Ir.: Secretário informa que não pode dar leitura a
atados últimos trabalhos, em virtude de terem sido, os arquivos,
apreendidos pela autoridade policial, é resolvido, então, que se inicie
um novo livro de atas e um novo livro de presenças.
2. Na Loja FÉ E PERSEVERANÇA, de Jaboticabal, consta, em ata
de 29 de outubro de 1937, que o Venerável Mestre, major Hilário
Tavares Pinheiro, informava que "em virtude de Lei Federal editada
pelas autoridades do País, foi fechada toda a Maçonaria brasileira
e, por esse motivo, fica, de hoje em diante, fechada esta Loja, até
ulterior deliberação". A Loja só iria ser reaberta, oficialmente, a 3 de
setembro de 1943, embora, já a partir de 1940, as demais Lojas
tenham voltado a funcionar. A data de 29 de outubro - quando a Loja
foi fechada - pode ter sido registrada com erro (seria 29 de
novembro), ou pode ser verdadeira, reforçando, então, a tese de que
as Lojas começaram a ser fechadas já quando o Estado Novo estava
sendo articulado, em sua fase final.
3. Na Loja FIRMEZA, de ltapetininga, não constam atas do período
compreendido entre outubro de 1937 e janeiro de 1940. No dia 20 de
janeiro de 1940, cogitava-se da autorização policial para a reabertura
da Oficina.
4. Na Loja ORDEM E PROGRESSO, da Capital, o Livro de Atas Nº
18 termina, abruptamente, à folha 68, estando, todas as demais, até à
última, de Nº 100, em branco. Nessa folha 68, está lavrada a ata da
sessão de 27 de setembro de 1937, na qual foram lidos diversos
artigos de jornais, criticando o integralismo de Plínio Salgado. A ata
seguinte, no livro Nº 19, tem a data de 5 de outubro de 1941, sendo
registrada como a primeira reunião de reabertura dos trabalhos,
realizada na rua Passos, Nº 246, residência do Irmãos Serpa Sobrinho.
Nela consta, textualmente, o seguinte: "Os trabalhos foram abertos
às 15 horas e de acordo com a convocação feita pelo Ir.: Serpa, o
qual foi aclamado Secretário, em continuação de mandato, por se
achar exercendo esse cargo na ocasião em que, por ordem do
governo federal, foram suspensos os trabalhos", para dirigir os
trabalhos, foi aclamado o Irmão Elias Ralhal e, para Orador, o Irmão
Luis Tremo. O Ir.: Serpa declarava, na ocasião, que a reunião era para
tratar da reabertura dos trabalhos, pois a Loja "Ordem e Progresso",
uma das mais antigas e das de maior tradição em São Paulo, não
podia continuar inativa, pois grande parte das suas co-irmãs já se
achava em funcionamento; ao final dos trabalhos, deliberou-se
convocar outra reunião, para, definitivamente, serem reiniciados os
trabalhos, no templo.
5 A Loja ESTRELA DE SANTOS, de Santos, fundada a 22 de junho
de 1937, embora tenha recebido sua Carta Constitutiva, a 8 de
outubro de 1937, só iria ser regularizada a 1 de agosto de 1942. Além
disso tudo, não foram fundadas novas Lojas, no Estado, em todo esse
período. E o Boletim Oficial do Grande Oriente de S. Paulo
interrompeu sua publicação em outubro de 1937 - quando foi
publicado o último número da década - só a tendo restabelecida, em
1943. A reabertura das Lojas, em 1940, deve-se à atitude destemida
de Benedicto Pinheiro Machado Tolosa, que, em plena vigência do
castrador e liberticida Estado Novo, compareceu, como Grão-Mestre
Adjunto, no exercício do Grão-Mestrado - o Grão-Mestre, José
Adriano Marrey Júnior estava licenciado - perante as autoridades
policias a serviço da ditadura, e assumiu, desassombradamente, o
compromisso de responsabilidade pessoal pela manutenção da ordem,
o que fez com que fossem autorizados os trabalhos maçônicos.
Ir Geraldo Mendes dos Santos
Grande Secretário de Cultura da Grande Loja do Amazonas e membro
do conselho editorial de sua revista Arte Real
pesquisador
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -INPA
Coordenação de Pesquisas em Biologia Aquática-CPBA
Av.André Araújo, 2936, Cx.P.478,
Bairro Petrópolis - Manaus- AM - 69060-001 - contato: e-mail:gsantos@inpa.gov.br
O triunfo da morte,
pintura de Pieter Brueghel o Velho (1562).
A vida é o fenômeno mais espetacular do universo e apesar de ser
estudada em praticamente todas as áreas do conhecimento humano,
continua sendo um dos maiores enigmas. A biologia (bios: vida; logus:
tratado) dedica-se a ela de modo especial, apoiada por ciências afins,
como a Física, a Cosmologia, a Filosofia e a Bioquímica. Até a
Teologia, área reservada às coisas ditas divinas, empresta-lhe certa
ajuda.
Apesar do considerável acervo de informações e do tremendo esforço de
cientistas, pouco avanço tem-se conseguido, desde que o homem
começou a teorizar sobre o tema. A máxima conquista neste campo não
passa de conceitos lacônicos. Não raro, de anacrônicas doutrinas ou
suspeitas ideologias. Assim, quase tudo disponível sobre a vida se
encontra envolto numa bruma de mistérios. As ciências quantitativas
chegam a apontar algumas estruturas moleculares como princípio ativo
do processo vital, mas estas não passam de elementos pífios e
desarticulados, frente à complexidade com a qual se defrontam.
Totalmente incapaz de desvendar tais segredos a Biologia e as ciências
correlatas passaram a considerar como seus objetos de estudo não mais a
vida, mas os seres vivos que a possuem (ou são possuídos por ela?). De
acordo com a teoria kantiana, a essência da vida é númeno e assim não
pode ser apreendida pela razão humana. Daí que se deve buscar não ela,
mas apenas sua manifestação, o fenômeno. Curiosamente, um dos mais
notáveis fenômenos da vida é a morte. Assim, enganam-se
redondamente aqueles que pensam ser isto uma simplificação das coisas.
Aqui, parece que essência e fenômeno se completam. Outra
interpretação também eivada de equívocos é aquela que considera a
morte como o oposto da vida. Longe disso: até a simples lógica indica
que uma é o complemento da outra: só há morte onde há vida, sendo esta
causa daquela. Só há vida onde prevalece a morte, sendo esta também
conseqüência da mesma.
O significado de morte é largamente tratado na cultura grega sob o nome
de Tanatos e possui duas grandes vertentes: uma de cunho
eminentemente biológico e outra, metafísica. Ambas se articulam,
formando uma estrutura indecifrável, mas coerente, quando visto em
conjunto:
Do ponto de vista biológico, a morte é um falecimento, repouso,
limitação da existência. Ou seja, morte como potência e ato de um
princípio vital. Vive-se para morrer e morre-se para que a vida tenha
continuidade. Neste caso, é a morte que fecha o ciclo de todos os seres
vivos, dos organismos às espécies, sendo este ciclo uma grande espiral,
tocada por leis evolucionárias. A morte é o mecanismo que recicla os
nutrientes, disponibilizando a energia para os sistemas bióticos e
abióticos. É assim que as cadeias tróficas se estruturam, com alguns
seres servindo de alimento para outros.
Fundamentada em base estritamente materialista, esta vertente é alicerça
no princípio da reciclagem de nutrientes: tudo que a terra produz, volta
para ela, após a morte, em forma de pó; é do pó que a vida recomeça.
Nesse sentido, morte e vida se completam, uma depende da outra:
sabedoria imanente, solidariedade pura!
Do ponto de vista metafísico, a morte é um signo cultural, modelo de
interpretação da existência humana. Para uns, há distinção clara entre
alma e corpo; para outros, aglutinantes ou panteístas, estas duas
entidades se fundem numa entidade única ou então se dilui numa Alma
Universal. Naturalmente, isso depende de cada doutrina, mas o resultado
é o mesmo, ou seja, morte e vida se entrecruzam, fazem parte do mesmo
processo. Isso corresponde àquela situação paradoxal e profundamente
intrigante do extremo de um círculo perfeito, onde origem e fim situam-
se num mesmo ponto.
Fundamentada em base estritamente psicológica, esta vertente é
alicerçada na tradição, na intelecção e no imaginário. Pois o homem é
fruto do meio, ser cultural por excelência. Tudo que a mente produz fica
nela retida. O homem é o que pensa, sendo este a base da sua
consciência. Penso, logo existo, como dissera Descartes. Pensar é existir.
É do ato pensante que surge o inferno ou o paraíso. O pensamento é
tudo!
Está claro, portanto, que morte e vida se mesclam, se confundem.
Provavelmente, se trate de uma coisa única: elos de uma mesma cadeia,
faces de uma mesma moeda: virtuoso holismo!
Diante disso, parece que ao invés de um dia consagrado apenas aos
mortos, com o tétrico nome de “finados”, dever-se-ia ter o mesmo (ou
outro!) consagrado aos vivos, os “infindos”. Afinal, os mortos já
passaram pela vida e os vivos passarão pela morte. Ambos têm o mesmo
destino. A história é a mesma, inelutavelmente. Afinal, que diferença há
entre a vida da morte e a morte da vida? – Nenhuma!
SEGURANÇA PÚBLICA NA MIRA DA
MAÇONARIA
O Templo da Loja “Ordem e Trabalho” nr. 03 (GOSC) foi sede na
noite de segunda-feira (8) da Sessão Pública conjunta sobre o
questionamento da Segurança Pública, às autoridades do setor, no
sentido de encontrar alternativas para melhoria do setor.
208 Irmãos originários de 31 Lojas da Grande Florianópolis lotaram as
dependências da Loja Ordem e Trabalho, cuja presidência dos trabalhos
coube ao Venerável Mestre Ir. Carlos Eduardo Ferreira.
Estiveram presentes o Coronel Nazareno Marcineiro - Comandante
Geral da Policia Militar de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D´Ávila -
Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ivan Couto -
Comandante da Guarda Municipal de Florianópolis e do Delegado da
Polícia Federal, Ildo Rosa.
O Comandante Geral da PMSC, Ir. Nazareno Marceneiro definiu o
encontro como uma “Sessão inédita!”.
As autoridades ligadas à segurança pública ouviram diversas opiniões e
sugestões dos presentes.
O Grão-Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina Ir. Alaor Tissot
esteve acompanhado pelo Grão-Mestre Adjunto, Ir. João Paulo
Sventnickas.
Disse o GM do GOSC que “existe um bom padrão de segurança em
nosso Estado, mas é preciso melhorar ainda mais”. Enfatizou que
“segurança decorre de ensino e educação de qualidade, razão pela qual
todos devemos engajar nessa luta.”
Abaixo alguns registros fotográficos da Sessão histórica e, ao após, veja
as demais fotos clicando no site picasa.
Clique abaixo para ver os registros fotográficos da Sessão
Pública conjunta presidida pela Loja Ordem e Trabalho nr.
3, em Florianópolis, sobre Segurança Pública
https://picasaweb.google.com/108937708568862105857/GOSCSessaoSobreSeguranca?authkey
=Gv1sRgCKfdmYHSnJOqhAE#
www.radiosintonia33.com.br
Jerusalém
Templo da ARLS General Nascimento Vargas (GOEMGE) em Sete Lagoas.
Foto do Ir. Robson Medeiros com repasse do Ir. Menaldo Assis

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JB NEWS - Revolução pernambucana de 1817

  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 347 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras – Florianópolis SC Florianópolis(SC), 10 de agosto de 2011 Índice desta quarta-feira: 1. Almanaque 2. Revolução pernambucana de 1817 (Ir.Fernando Guilherme Neves Gueiros) * 3. O Estado Novo e o fechamento das Lojas Maçônicas (Ir. José Castellani) * 4. Vida da Morte & Morte da Vida (Ir. Geraldo Mendes dos Santos) * 5. Destaques JB *Artigos extraídos do Portal Samaúma: /www.samauma.biz/site/samauma/gs0000artigos.htm
  • 2. 1.
  • 3.  612 a. C. - Sinsharishkun, imperador assírio, é morto, e sua capital, Nínive, é arrasada.  654 - É eleito o Papa Eugénio I.  1492 - É eleito o Papa Alexandre VI.  1500 - Após ter dobrado o cabo da Boa Esperança, Diogo Dias descobre uma ilha que deu o nome de São Lourenço, mais tarde designada Madagáscar.  1519 - Fernão de Magalhães parte de Sevilha para a sua viagem de circum-navegação.  1653 - Novo empate entre as frotas na Batalha de Scheveningen que seria a última batalha da Primeira Guerra Anglo-Holandesa.  1809 - Quito, agora capital do Equador, declara independência da Espanha.  1821 - Missouri torna-se o 24º estado norte-americano.  1846 - Elias Howe patenteia a máquina de costura.  1854 - Foi criada a Polícia Militar do Estado do Paraná (Lei n° 07, de 10 de agosto de 1854).  1913 - A segunda guerra dos Bálcãs termina com a assinatura do Tratado de Bucareste, entre Grécia, Sérvia, Montenegro e Romênia.  1954 -Em uma de suas primeiras apresentações profissionais, Elvis Presley canta a música That’s all right (Mamma).  1966 - A nave Orbiter I é lançada ao espaço nos Estados Unidos. É o primeiro satélite a orbitar a Lua.  1979 - Michael Jackson lança o aclamado álbum Off The Wall.  1994 - É lançado o satélite brasileiro BrasilSat B1.  1995 - Timothy McVeigh e Terry Nichols são indiciados pelo atentado em Oklahoma, nos Estados Unidos. 168 morreram na explosão de uma bomba.  2010 - Margaret Chan, diretora-geral do organismo da Organização Mundial da Saúde, anunciou o fim da pandemia de gripe A (H1N1).
  • 4.  Dia do Vidreiro  Roma Antiga - Opália, em homenagem à deusa da fertilidade Opis, esposa de Saturno. (fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1731: Nasce Johann Wilhelm von Zinendorf, médico alemão, fundador da Grande Loja de Todos os Franco-Maçons da Alemanha. 1810: Nasce Camilo Benso () conde de Cavour, estadista italiano, principal artífice da unificação italiana. Camilo Benso 1932: Fundação da ARLS Arautos do Bem Nº. 17 – Lábrea-AM - GLOMAM 1952: Fundação da ARLS São João da Escócia – Santa Rosa-RS GORGS
  • 5. 1975: Fundação da ARLS Universitária Nr. 1928 – Bragança Paulista GOB 1978: Fundação da ARLS Alvorada do Pantanal nº. 2016 - Corumbá - Jurisdicionada ao GOEMS-GOB 1979: Fundação da ARLS Hipólito José da Costa Nr. 89 – Santa Terezina de Goiás – GLGO 1983: Fundação da ARLS Acácia Balsense Nr. 2351 - Balsas - Grande Oriente do Estado do Maranhão Federado ao GOB. 1987: Fundação da ARLS Estrela do Sul, de Porto Alegre - Jurisdicionada ao GORGS 1997: Fundação da ARLS João Noleto de Souza Nr. 2725 – Teresina, GOB/PI 1997: Fundação da ARLS Hiram Habib Nr. 3069 - Teresina – GOB/PI 1999: Fundação da ARLS Defensores da Ordem Nº. 26 – Porto Velho - GLOMARON -
  • 6. Ir Fernando Guilherme Neves Gueiros M.·.M.·. Or de Paulista – PE De tudo isto fica para mim a indagação ou dúvida: A MAÇONARIA ACOVARDOU-SE OU... ACOVARDARAM-SE OS MAÇONS? Este movimento revolucionário de caráter republicano e liberal que eclodiu em Pernambuco em março de 1817 teve como objetivo criar no Nordeste uma república livre do domínio português e da hegemonia político-econômica do Rio de Janeiro, então residência da Casa Real Portuguesa. O movimento estendeu-se à Paraíba e ao Rio Grande do Norte instalando um governo republicano provisório que durou três longos meses, apenas, e infelizmente. Crise em Pernambuco No início do séc. XIX, as províncias do Nordeste, especialmente Pernambuco que como capitania hereditária, era uma das mais ricas do Brasil, sendo a outra, a capitania hereditária de São Vicente/SP., tinha sua forte economia baseada na produção do açúcar e do algodão que exportavam para a Europa. Quando da transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, instalou-se no Rio de Janeiro, uma sede do vice- reino, mas era uma província pobre. Para sustentar os custos da corte, de
  • 7. seu séqüito, da administração e as guerras no Uruguai e na Guiana Francesa, o governo português aumentou os impostos no Nordeste, sobretudo na então, prospera capitania de Pernambuco, e criaram outros. Dos habitantes do Recife, só para se dar uns exemplos pagavam estes um imposto mensal destinado à iluminação pública do Rio de Janeiro. A longa seca havida no ano de 1816 acentuou sobremaneira as crises econômicas, abalando até os mais ricos senhores de engenho. Tudo isso criou um clima de revolta contra o governo português do Rio de Janeiro. As idéias liberais e republicanas, o estorvo da corte e o desejo de autonomia política que vinha se difundido há tempos, e pelo mundo, prosperou para difusão destes ideais. Antecedentes da Revolução As idéias liberais e revolucionárias européias tinham sido introduzidas no Nordeste desde o final do séc. XVIII graças às pregações e à ação do padre Irm Manuel de Arruda Câmara. Médico formado na França, botânico e homem de grande cultura, o padre irmão Arruda Câmara fundou em Pernambuco uma sociedade secreta paramaçônica, o Areópago de Itambé (reunião de sábios, magistrados, literatos, homens ilustres), a qual foi fechada em 1802 sob a acusação de difundir idéias nocivas ao regime. Mas foi substituída, nos anos seguintes, por outras sociedades secretas ligadas à maçonaria. Fortemente os padres do Nordeste estavam envolvidos com a maçonaria e em sua maioria eram maçons, e na mocidade fomentavam os ideários sentimentos revolucionários. Entre eles o padre Irm João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (com a Academia Paraíso, foi também o criador da Bandeira Pernambucana, uma bandeira azul e branca, com estrelas, os símbolos do arco-íris, o sol e a cruz vermelha), o vigário de Recife Irm Antônio Jácomo Bezerra, o carmelita Ir:. Miguel Joaquim de Almeida Castro (padre Miguelinho), o
  • 8. padre Ir:. José Inácio de Abreu do Amor Divino Caneca (frei Caneca), e os padres IIr:. José Martiniano de Alencar (pai do escritor José de Alencar), Antônio Pereira de Albuquerque e Pedro de Sousa Tenório, todos irmãos maçônicos. Entre 1814 e 1816, surgiram novas lojas maçônicas: Patriotismo, Restauração, Pernambuco do Oriente e Pernambuco do Ocidente. As duas últimas foram fundadas por Antônio Gonçalves da Cruz, dito o Cabugá, e Domingos José Martins, respectivamente. Ambos se tornariam elemento destacado da conspiração revolucionaria que começou a ser tramada, a partir de 1816, nessas sociedades e nos meios militares. Tomada do poder. Em 1817, Afonso Ferreira, ouvidor de Pernambuco, ingressou na conspiração para espionar e denunciou-a ao governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro, mandando este prender os padres, os civis e militares envolvidos. No dia seis de março (uma quinta-feira), o brigadeiro português Barbosa de Castro foi à fortaleza das Cinco Pontas, em Recife, para prender os oficiais suspeitos. Entre estes estava o capitão Domingos Teotônio Jorge, principal conspirador na área militar. Lá chegando, o brigadeiro Barbosa, foi morto a golpes de espada pelo capitão José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado. A partir deste fato, a fortaleza das Cinco Pontas, sublevou-se e a revolução estourou antes do dia previsto, o domingo de Páscoa (Seis de abril), pois os padres revolucionários queriam fazer "a ressurreição do Cristo coincidir com a da pátria". Participando também estava o capitão Ir:. José Inácio de Abreu e Lima, juntamente com seu pai padre Roma e seu irmão Luiz, este irmão Abreu e Lima logrou êxito em fuga para Venezuela, quando tombada a
  • 9. revolução, veremos isto a seguir, tornando-se General de Simon Bolívar, maçom, em diversas campanhas por libertações nas Américas. Tendo à frente Barros Lima, o Leão Coroado, com o capitão Pedro da Silva Pedroso e os tenentes Antônio Henriques Rebelo e José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, a guarnição amotinada juntou-se à população nas ruas. Abriram as portas da prisão para os líderes civis, padre João Ribeiro, Domingos José Martins e o Cabugá, que tinham sido presos. O governador Caetano Montenegro foi se refugiar no outro forte de Recife, o do Brum. Pouco depois, saiu da província com a permissão da junta de governo provisório que se formara. O Governo da Revolução. A composição do Governo Provisório era feita a cinco membros, que pretendiam representar todas as classes. O padre João Ribeiro presidia a junta. Domingos Teotônio Jorge, promovido a coronel e a comandante de armas da província, representava os militares. O juiz José Luís de Mendonça, a magistratura. O fazendeiro Manuel Correia de Araújo, os proprietários rurais. Domingos José Martins representava os comerciantes de Recife e era o membro mais influente do governo. O padre Miguelinho atuava como uma espécie de secretário do interior. Havia ainda um conselho de estado formado pelos homens mais cultos da província: o senhor de engenho Antônio de Morais e Silva, autor de um dos primeiros dicionários brasileiros; o português Manuel Pereira Caldas; o vigário Bernardo Luís Ferreira; o comerciante Gervásio Pires Ferreira; e o ouvidor de Olinda, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, irmão de José Bonifácio. Medidas da Revolução. Após a proclamação da República de Pernambuco, tomou-se a bandeira azul e branca, com estrelas, como bandeira da Republica (e que é o lábaro Pernambucano até os atuais dias). Ainda em março, aboliram-se
  • 10. os impostos pagos ao governo do Rio de Janeiro. O soldo dos militares foi aumentado e os padres passaram a ser remunerado pela República. No dia 10 de março (uma segunda-feira), o governo publicou um documento -Preciso dos sucessos que tiveram lugar em Pernambuco - para explicar ao povo os objetivos da revolução. Escrito pelo moderado José Luís de Mendonça, porém nada falava em forma republicana de governo. Pouco depois, foi publicada uma lei orgânica. A lei foi enviada às câmaras municipais de todas as comarcas de Pernambuco. Ela previa a convocação de uma assembléia constituinte. Fixava as limitações do governo provisório da República de Pernambuco, consagrava as liberdades de opinião e de imprensa e os direitos individuais, mas, proibia os ataques ao catolicismo. Os portugueses que viviam no Nordeste seriam reconhecidos como "patriotas" se aderissem ao regime. Expansão da Revolução. A 28 de março de 1817 (uma sexta-feira) saindo da "Oficina Tipográfica da Republica de Pernambuco" surge o primeiro impresso pernambucano, o famoso "Preciso", em que o irmão José Luis de Mendonça ataca corajosamente o absolutismo imperial. O governo republicano enviou emissários às capitanias vizinhas, para ganhar sua adesão. O padre João Ribeiro escrevia que Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte "deveriam formar uma só república, devendo-se edificar uma cidade central para capital". Na Paraíba, a revolta eclodiu em Itabaiana, liderada por Amaro Gomes Coutinho. Chegou à capital em 16 de março (um domingo). No Rio Grande do Norte, uma junta republicana, chefiada pelo senhor de engenho André de Albuquerque Maranhão, instalou-se em 28 de março (uma sexta-feira). Para o Ceará foi enviado o padre José Martiniano de Alencar, mais tarde preso na cidade de Crato e remetido para Salvador. Para a Bahia, os revoltosos mandaram o padre Roma, que foi preso
  • 11. quando chegou a Salvador no dia 26 de março (uma quarta-feira), sendo fuzilado três dias depois juntamente com seu filho Luis. Diplomacia da Revolução. O governo de Recife enviou representante também a países estrangeiros em busca de apoio político. Antônio Gonçalves da Cruz e Domingos Pires Ferreira foram aos EUA para estabelecer relações diplomáticas e comprar armas e munições. O comerciante inglês Kesner foi para Londres levando credenciais para que Hipólito José da Costa se tornasse ministro plenipotenciário da nova república junto ao governo inglês. Mas Hipólito recusou o cargo. Félix José Tavares de Lira foi enviado a Buenos Aires para obter o apoio dos republicanos platinos. Os EUA e a Inglaterra recusaram qualquer auxílio e cortaram as comunicações postais com o nordeste brasileiro. Buenos Aires não deu qualquer resposta. Os republicanos do Nordeste estavam isolados internacionalmente. Deveriam enfrentar sozinhos a repressão do governo de Dom João VI. A Repressão. Para repressão do movimento de 1817, partiu da Bahia no final de março mandado pelo governador de Salvador, conde dos Arcos, uma tropa por terra e uma pequena esquadra para bloquear Recife. No princípio de abril, partia do Rio de Janeiro uma esquadra comandada por Rodrigo José Ferreira Lobo. Foram mobilizados no total cerca de oito mil homens para debelar a Revolução e a República criada. Os governos da Paraíba e do Rio Grande do Norte foram os primeiros a cair, após o assassínio de André de Albuquerque Maranhão. Em Pernambuco, as tropas reais tiveram o apoio dos comerciantes portugueses e da maior parte dos senhores de engenho do interior. Os revolucionários ficaram cercados em Recife. O cerco de Recife durou até 19 de maio de uma segunda-feira. Neste dia, a vila de Recife amanheceu abandonada pelos revolucionários. Uma comissão militar, presidida pelo general Rego
  • 12. Barreto, comandante da repressão, iniciou então as condenações e os fuzilamentos. Mais tarde, foi substituído por um tribunal de alçada na Bahia, presidido pelo desembargador Bernardo Teixeira, que agiu com igual rigor. Destinos dos Revolucionários. Carregando uma espingarda e o arquivo da república, o padre João Ribeiro acompanhou as forças republicanas até o engenho Paulista, onde estas se decidiram dispersar. Ali queimou os documentos que poderiam prejudicar seus companheiros e enforcou-se diante do altar-mor da capela. Mais tarde, sua cabeça foi separada do corpo e exposta no pelourinho, seus restos mortais estão hoje enterrados na Matriz da cidade de Paulista. Em Recife, morreram na forca Domingos Teotônio Jorge, Barros Lima o Leão Coroado, o padre Pedro de Sousa Tenório e Antônio Henriques Rebelo. Os três primeiros foram esquartejados e seus corpos amarrados à cauda de cavalos e arrastados até o cemitério; o último teve o cadáver queimado. Na Paraíba, Amaro Gomes Coutinho, Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão, o padre Antônio Pereira de Albuquerque e muitos outros tiveram destino semelhante. Domingos José Martins, José Luís de Mendonça e o padre Miguelinho foram remetidos presos para Salvador, onde foram condenados e fuzilados. Em 6 de agosto (uma quarta-feira), uma carta régia perdoou a alguns presos. Em 6 de fevereiro (sexta-feira) do ano seguinte, o processo foi suspenso. Alguns réus foram libertados e os restantes 117 foram enviados para as prisões da Bahia, entre os quais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (irmão carnal de José Bonifácio) e frei Caneca. Os que não morreram no cárcere ou receberam o perdão real, foram libertados em 1820.Estava lançada a semente de uma Revolução que se pretendia superar ao julgo despótico da realeza Portuguesa e alcançar a graça maior que era a criação de um Brasil Republica, conseguido finalmente, numa sexta-feira, a 15 de novembro de 1889, pelo Ir Marechal Deodoro.
  • 13. Ir José Castellani - Do Livro :Histórias do Grande Oriente de São Paulo”- Editora do GOB – 1994 (...) A essa altura dos acontecimentos (1937), o ambiente político do país voltava a ficar agitado, diante de nova campanha presidencial - já que o mandato de Getúlio Vargas deveria se encerrar em 1938 - à qual se apresentaram duas candidaturas: a de José Américo de Almeida - político, literato e figura de projeção no Nordeste - e a do governador de S. Paulo, Armando de Salles Oliveira, sendo, a do primeiro, ostensivamente, apoiada pelo governo federal. Vargas, todavia, corri sua formação caudilhesca, já se preparava para se instalar como senhor absoluto, impedindo as eleições. Já nos primeiros meses de 1937, muitos políticos ligados ao governo sabiam que uma nova Constituição havia sido elaborada por Francisco Campos, ministro da Justiça, com planos de continuísmo. Além de Campos, participavam da operação, para levar a cabo um golpe de Estado, o general Eurico Gaspar Outra, ministro da Guerra, o general
  • 14. Góis Monteiro, chefe do Estado Maior do Exército, e Agamenon Magalhães, ministro do Trabalho. Os governadores de Estados, que não aderiram aos planos de Vargas, foram obrigados a se demitir, ou a fugir para o Exterior. E, em outubro de 1937, o governo solicitava, ao Congresso Nacional, a decretação do Estado de guerra, com base na existência de um vasto plano de terrorismo comunista, denominado "Plano Cohen". Todavia, como o próprio Góis Monteiro declararia, mais tarde, o Plano Colhen não passava de um documento forjado por um oficial integralista do Estado Maior. Era mais um embuste de Vargas, utilizando, em seu proveito, as lutas das facções extremistas. Com a decretação do estado de guerra, conseguida graças à ovina docilidade do Congresso Nacional, o governo não tardou a dar o golpe de Estado. E este aconteceria a 10 de novembro de 1937,quando era dissolvido o Congresso, dissolvidos todos os partidos, extinta a Constituição de 1934 e imposta aquela elaborada por Francisco Campos. Estava implantado o chamado "Estado Novo", regime ditatorial de direita, a exemplo daqueles existentes, na ltália, na Alemanha, em Portugal, na Espanha e na Polônia, numa época em que a conjuntura internacional favorecia a implantação do nazi - fascismo. Esse fato iria repercutir em todas as instituições sociais brasileiras, inclusive na Maçonaria. O fechamento desta foi aconselhado, ao governo, a 25 de novembro de 1937, pelo general Newton Cavalcanti, membro do Conselho de Segurança Nacional. E embora isso possa não ter ocorrido entre as Lojas do então Distrito Federal - provavelmente por mediação de algum figurão do novo regime - o mesmo não se pode dizer do resto do pais. No Estado de São Paulo, por exemplo, podem ser tomados os casos de cinco Lojas, de quatro cidades, de diferentes regiões do Estado. 1. Na Loja PIRATININGA, da Capital, o Livro de Atas Nº 45 foi
  • 15. encerrado na folha no 84, com o final da ata Nº 2.993, de 20 de outubro de 1937. Nessa mesma folha, consta um termo, com os seguintes dizeres: "Tendo sido, por ordem das autoridades do país, fechados os templos maçônicos e interrompidos os nossos trabalhos, os trabalhos de reabertura foram, por deliberação da Diretoria, lançado em um livro de atas, a partir de 17 de janeiro de 1940, data em que foi permitido, novamente funcionarem as Lojas. Ass.: A. Pacheco Júnior - Secretario" . Na ata Nº 2.994, de 17 de janeiro de 1940, consta que o Ir.: Secretário informa que não pode dar leitura a atados últimos trabalhos, em virtude de terem sido, os arquivos, apreendidos pela autoridade policial, é resolvido, então, que se inicie um novo livro de atas e um novo livro de presenças. 2. Na Loja FÉ E PERSEVERANÇA, de Jaboticabal, consta, em ata de 29 de outubro de 1937, que o Venerável Mestre, major Hilário Tavares Pinheiro, informava que "em virtude de Lei Federal editada pelas autoridades do País, foi fechada toda a Maçonaria brasileira e, por esse motivo, fica, de hoje em diante, fechada esta Loja, até ulterior deliberação". A Loja só iria ser reaberta, oficialmente, a 3 de setembro de 1943, embora, já a partir de 1940, as demais Lojas tenham voltado a funcionar. A data de 29 de outubro - quando a Loja foi fechada - pode ter sido registrada com erro (seria 29 de novembro), ou pode ser verdadeira, reforçando, então, a tese de que as Lojas começaram a ser fechadas já quando o Estado Novo estava sendo articulado, em sua fase final. 3. Na Loja FIRMEZA, de ltapetininga, não constam atas do período compreendido entre outubro de 1937 e janeiro de 1940. No dia 20 de janeiro de 1940, cogitava-se da autorização policial para a reabertura da Oficina. 4. Na Loja ORDEM E PROGRESSO, da Capital, o Livro de Atas Nº 18 termina, abruptamente, à folha 68, estando, todas as demais, até à última, de Nº 100, em branco. Nessa folha 68, está lavrada a ata da
  • 16. sessão de 27 de setembro de 1937, na qual foram lidos diversos artigos de jornais, criticando o integralismo de Plínio Salgado. A ata seguinte, no livro Nº 19, tem a data de 5 de outubro de 1941, sendo registrada como a primeira reunião de reabertura dos trabalhos, realizada na rua Passos, Nº 246, residência do Irmãos Serpa Sobrinho. Nela consta, textualmente, o seguinte: "Os trabalhos foram abertos às 15 horas e de acordo com a convocação feita pelo Ir.: Serpa, o qual foi aclamado Secretário, em continuação de mandato, por se achar exercendo esse cargo na ocasião em que, por ordem do governo federal, foram suspensos os trabalhos", para dirigir os trabalhos, foi aclamado o Irmão Elias Ralhal e, para Orador, o Irmão Luis Tremo. O Ir.: Serpa declarava, na ocasião, que a reunião era para tratar da reabertura dos trabalhos, pois a Loja "Ordem e Progresso", uma das mais antigas e das de maior tradição em São Paulo, não podia continuar inativa, pois grande parte das suas co-irmãs já se achava em funcionamento; ao final dos trabalhos, deliberou-se convocar outra reunião, para, definitivamente, serem reiniciados os trabalhos, no templo. 5 A Loja ESTRELA DE SANTOS, de Santos, fundada a 22 de junho de 1937, embora tenha recebido sua Carta Constitutiva, a 8 de outubro de 1937, só iria ser regularizada a 1 de agosto de 1942. Além disso tudo, não foram fundadas novas Lojas, no Estado, em todo esse período. E o Boletim Oficial do Grande Oriente de S. Paulo interrompeu sua publicação em outubro de 1937 - quando foi publicado o último número da década - só a tendo restabelecida, em 1943. A reabertura das Lojas, em 1940, deve-se à atitude destemida de Benedicto Pinheiro Machado Tolosa, que, em plena vigência do castrador e liberticida Estado Novo, compareceu, como Grão-Mestre Adjunto, no exercício do Grão-Mestrado - o Grão-Mestre, José Adriano Marrey Júnior estava licenciado - perante as autoridades policias a serviço da ditadura, e assumiu, desassombradamente, o compromisso de responsabilidade pessoal pela manutenção da ordem, o que fez com que fossem autorizados os trabalhos maçônicos.
  • 17. Ir Geraldo Mendes dos Santos Grande Secretário de Cultura da Grande Loja do Amazonas e membro do conselho editorial de sua revista Arte Real pesquisador Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -INPA Coordenação de Pesquisas em Biologia Aquática-CPBA Av.André Araújo, 2936, Cx.P.478, Bairro Petrópolis - Manaus- AM - 69060-001 - contato: e-mail:gsantos@inpa.gov.br O triunfo da morte, pintura de Pieter Brueghel o Velho (1562). A vida é o fenômeno mais espetacular do universo e apesar de ser
  • 18. estudada em praticamente todas as áreas do conhecimento humano, continua sendo um dos maiores enigmas. A biologia (bios: vida; logus: tratado) dedica-se a ela de modo especial, apoiada por ciências afins, como a Física, a Cosmologia, a Filosofia e a Bioquímica. Até a Teologia, área reservada às coisas ditas divinas, empresta-lhe certa ajuda. Apesar do considerável acervo de informações e do tremendo esforço de cientistas, pouco avanço tem-se conseguido, desde que o homem começou a teorizar sobre o tema. A máxima conquista neste campo não passa de conceitos lacônicos. Não raro, de anacrônicas doutrinas ou suspeitas ideologias. Assim, quase tudo disponível sobre a vida se encontra envolto numa bruma de mistérios. As ciências quantitativas chegam a apontar algumas estruturas moleculares como princípio ativo do processo vital, mas estas não passam de elementos pífios e desarticulados, frente à complexidade com a qual se defrontam. Totalmente incapaz de desvendar tais segredos a Biologia e as ciências correlatas passaram a considerar como seus objetos de estudo não mais a vida, mas os seres vivos que a possuem (ou são possuídos por ela?). De acordo com a teoria kantiana, a essência da vida é númeno e assim não pode ser apreendida pela razão humana. Daí que se deve buscar não ela, mas apenas sua manifestação, o fenômeno. Curiosamente, um dos mais notáveis fenômenos da vida é a morte. Assim, enganam-se redondamente aqueles que pensam ser isto uma simplificação das coisas. Aqui, parece que essência e fenômeno se completam. Outra interpretação também eivada de equívocos é aquela que considera a morte como o oposto da vida. Longe disso: até a simples lógica indica que uma é o complemento da outra: só há morte onde há vida, sendo esta causa daquela. Só há vida onde prevalece a morte, sendo esta também conseqüência da mesma. O significado de morte é largamente tratado na cultura grega sob o nome de Tanatos e possui duas grandes vertentes: uma de cunho eminentemente biológico e outra, metafísica. Ambas se articulam,
  • 19. formando uma estrutura indecifrável, mas coerente, quando visto em conjunto: Do ponto de vista biológico, a morte é um falecimento, repouso, limitação da existência. Ou seja, morte como potência e ato de um princípio vital. Vive-se para morrer e morre-se para que a vida tenha continuidade. Neste caso, é a morte que fecha o ciclo de todos os seres vivos, dos organismos às espécies, sendo este ciclo uma grande espiral, tocada por leis evolucionárias. A morte é o mecanismo que recicla os nutrientes, disponibilizando a energia para os sistemas bióticos e abióticos. É assim que as cadeias tróficas se estruturam, com alguns seres servindo de alimento para outros. Fundamentada em base estritamente materialista, esta vertente é alicerça no princípio da reciclagem de nutrientes: tudo que a terra produz, volta para ela, após a morte, em forma de pó; é do pó que a vida recomeça. Nesse sentido, morte e vida se completam, uma depende da outra: sabedoria imanente, solidariedade pura! Do ponto de vista metafísico, a morte é um signo cultural, modelo de interpretação da existência humana. Para uns, há distinção clara entre alma e corpo; para outros, aglutinantes ou panteístas, estas duas entidades se fundem numa entidade única ou então se dilui numa Alma Universal. Naturalmente, isso depende de cada doutrina, mas o resultado é o mesmo, ou seja, morte e vida se entrecruzam, fazem parte do mesmo processo. Isso corresponde àquela situação paradoxal e profundamente intrigante do extremo de um círculo perfeito, onde origem e fim situam- se num mesmo ponto. Fundamentada em base estritamente psicológica, esta vertente é alicerçada na tradição, na intelecção e no imaginário. Pois o homem é fruto do meio, ser cultural por excelência. Tudo que a mente produz fica nela retida. O homem é o que pensa, sendo este a base da sua consciência. Penso, logo existo, como dissera Descartes. Pensar é existir.
  • 20. É do ato pensante que surge o inferno ou o paraíso. O pensamento é tudo! Está claro, portanto, que morte e vida se mesclam, se confundem. Provavelmente, se trate de uma coisa única: elos de uma mesma cadeia, faces de uma mesma moeda: virtuoso holismo! Diante disso, parece que ao invés de um dia consagrado apenas aos mortos, com o tétrico nome de “finados”, dever-se-ia ter o mesmo (ou outro!) consagrado aos vivos, os “infindos”. Afinal, os mortos já passaram pela vida e os vivos passarão pela morte. Ambos têm o mesmo destino. A história é a mesma, inelutavelmente. Afinal, que diferença há entre a vida da morte e a morte da vida? – Nenhuma!
  • 21. SEGURANÇA PÚBLICA NA MIRA DA MAÇONARIA O Templo da Loja “Ordem e Trabalho” nr. 03 (GOSC) foi sede na noite de segunda-feira (8) da Sessão Pública conjunta sobre o questionamento da Segurança Pública, às autoridades do setor, no sentido de encontrar alternativas para melhoria do setor. 208 Irmãos originários de 31 Lojas da Grande Florianópolis lotaram as dependências da Loja Ordem e Trabalho, cuja presidência dos trabalhos coube ao Venerável Mestre Ir. Carlos Eduardo Ferreira. Estiveram presentes o Coronel Nazareno Marcineiro - Comandante Geral da Policia Militar de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D´Ávila - Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ivan Couto - Comandante da Guarda Municipal de Florianópolis e do Delegado da Polícia Federal, Ildo Rosa. O Comandante Geral da PMSC, Ir. Nazareno Marceneiro definiu o encontro como uma “Sessão inédita!”. As autoridades ligadas à segurança pública ouviram diversas opiniões e sugestões dos presentes. O Grão-Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina Ir. Alaor Tissot esteve acompanhado pelo Grão-Mestre Adjunto, Ir. João Paulo Sventnickas. Disse o GM do GOSC que “existe um bom padrão de segurança em nosso Estado, mas é preciso melhorar ainda mais”. Enfatizou que “segurança decorre de ensino e educação de qualidade, razão pela qual todos devemos engajar nessa luta.” Abaixo alguns registros fotográficos da Sessão histórica e, ao após, veja as demais fotos clicando no site picasa.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Clique abaixo para ver os registros fotográficos da Sessão Pública conjunta presidida pela Loja Ordem e Trabalho nr. 3, em Florianópolis, sobre Segurança Pública https://picasaweb.google.com/108937708568862105857/GOSCSessaoSobreSeguranca?authkey =Gv1sRgCKfdmYHSnJOqhAE#
  • 27. Templo da ARLS General Nascimento Vargas (GOEMGE) em Sete Lagoas. Foto do Ir. Robson Medeiros com repasse do Ir. Menaldo Assis