O documento resume notícias e eventos de 16 de janeiro de 2011, incluindo um hotel com desconto para maçons, artigos sobre mitos de passagem e pedras brutas, e um almanaque histórico com datas e fatos marcantes.
1. JB NEWS
Informativo Nr. 142
Editoria: Ir Jerônimo Borges
(Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Florianópolis (SC) 16 de janeiro de 2011
2. Marina’s Palace Hotel.
Rua Manoel Mancellos Moura
esquina com Rua Madre Maria Vilac
Reservas: (48) 3266-0010 – 3266-0271
O hotel que proporciona
30% de desconto na temporada
para a família maçônica.
Estacionamento próprio.
Praia de Canasvieiras
Florianópolis
3. Índice deste domingo:
1. Almanaque
2. Mitos de passagem; aniversário (Ir. Vladimir Dias)
3. A Pedra Bruta e as suas aplicações filosóficas (Ir. Geraldo Batista de
Camargos)
4. Destaques JB
4. (clique nas palavras sublinhadas para aprofundar seu conhecimento)
27 a.C. - O senado romano vota a atribuição do cognome Augustus a Octávio; a partir de
então, este ficará conhecido como César Augusto; esta data convenciona o início do
Império Romano.
929 - O emir Abd ar-Rahman III reclama o título de Califa de Córdoba
1547 - Ivan IV, o Terrível, se proclama czar da Rússia
1877 - Utilização do torpedeiro pela primeira vez em batalha, pelo almirante russo Stepan
Makarov, contra um couraçado turco na guerra Russo-Turca de 1877-78.
1906 - A expedição liderada por Sir Ernest Henry Shackleton marca o Pólo Sul
Magnético
1919 - É aprovada a 18ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos da América, abrindo
caminho para a Lei Volstead (Volstead Act), conhecida como Lei Seca.
1928 – Banido da URSS, Leon Torotsky, um dos líderes da Revoilução Russa de 1917 *
1939 - A primeira tira em quadrinhos do Super-Homem é publicada em um jornal diário.
1939 - A prefeitura de São Paulo compra dos herdeiros da família Botelho o Jardim da
Aclimação
1946 - O Papa Pio XII atribui a Santo António de Lisboa o título de Doutor da Igreja
1957 – O Rock and Roll era proibido nos bailes de São Paulo, pelo governador Jânio
Quadros *
1960 - O Papa João XXIII erige canonicamente a Diocese de Brasília.
1969 - Golpe Militar de 1964: divulgada nova lista de 43 cassados, com 35 deputados,
dentro eles Mário Covas, 2 senadores e do ministro do STF Peri Constant Bevilacqua (v.
também Anos de chumbo)
1969 - Primavera de Praga: em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o
jovem Jan Palach colocou fogo em seu próprio corpo numa praça de Praga.
1969 – Primeiro acoplamento de nave no espaço pela URSS. *
1974 - Inauguração da Usina hidrelétrica de Ilha Solteira
1979 - Revolução Iraniana: o Xá Reza Pahlevi foge do Irã com sua família e se muda
para o Egito
1988 - A rainha do rock, Tina Turner, entra para o livro dos recordes pelo maior público
pagante de uma cantora solo na história da música. O show aconteceu no Rio de Janeiro,
no estádio do Maracanã.
1989 - Início de vigência do Cruzado Novo (NCz$)
1989 – Era conhecido por Portaria do Ministro da Educação, o funbcionamento da
Universidade do Vale do Itajaí –UNISUL, na cidade de Itajaí – SC *
1991 - Início da primeira Guerra do Golfo Pérsico que durou 43 dias.
1992 – Término da Guerra Civil em El Salvador *
1995 - Terremoto na cidade de Kobe, no Japão
5. 1996 - O primeiro-ministro socialista da Grécia, Andréas Papandréu, renuncia por
motivos de saúde.
1997 - Criada a Região Metropolitana de Natal
2000 - Ricardo Lagos assume a presidência do Chile
2001 - Laurent-Désiré Kabila, presidente da República Democrática do Congo é
assassinado por um de seus guarda-costas.
2003 - É lançada a missão STS-107, última e fatídica missão do ônibus espacial
Columbia
2005 - Demografia dos Estados Unidos da América: o Gabinete do Censo estadunidense
publica a estimativa de sua população: 295.267.686 habitantes.
Eventos Culturais
1605 - Publicação em Madrid da primeira edição de El Ingenioso Hidalgo Don Quixote
de La Mancha, de Miguel de Cervantes.
1970 - Buckminster Fuller recebe a Medalha de Ouro do American Institute of
Architects.
1975 - Miguel Reale é eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
1977 - Os Irmãos Marx colocam seus nomes na Calçada da Fama.
Nascimentos
1749 - Vittorio Alfieri, dramaturgo italiano (m. 1803).
1776 - João Soares de Albergaria de Sousa, político português (m. 1875)
1836 - Francisco II de Bourbon, último rei das Duas Sicílias (m. 1894).
1859 - Valentim Magalhães, escritor e jornalista brasileiro (m. 1903).
1882 - António dos Santos Graça, etnógrafo, jornalista e político português (m. 1956)
1894 - Mariano Pinho, sacerdote jesuíta e escritor português (m. 1963)
1901 - Fulgêncio Batista, militar e ditador cubano (m. 1973)
1911 - Eduardo Frei Montalva, político chileno. (m. 1982)
1929 - Vilma Caccuri, artista plástica brasileira
1935 - Older Cazarré, ator e dublador brasileiro (m. 1992)
1937 - Luiz Bueno, ex-automobilista brasileiro.
1938 - Jô Soares, humorista, escritor e apresentador brasileiro.
1948 - John Carpenter, popular director e produtor de filmes de horror e ficção cientifica.
1970 - Garth Ennis, escritor irlandês.
Oriente Eterno
309 - Papa Marcelo I, 30º papa
1794 - Edward Gibbon, historiador (n. 1737)
1860 - Jerônimo Coelho, presidente de províncias e ministro na época do Brasil imperial
(n. 1806)
1862 - Passos Manuel, político português (n. 1801)
1866 - Phineas Parkhurst Quimby, pioneiro das idéias que deram origem ao Movimento
do Novo Pensamento (n. 1802)
6. 1917 - Raimundo de Farias Brito, escritor e filósofo brasileiro (n. 1862)
1918 - Jules Lachelier, filósofo francês (n. 1832)
1919 - Rodrigues Alves, presidente do Brasil (n. 1848)
1933 - Artur Ivens Ferraz, militar e político português (n. 1870)
1942 - Villem Grünthal-Ridala, poeta lírico, tradutor, lingüista e folclorista estoniano (n.
1885)
1957 - Arturo Toscanini, regente de orquestra italiano (n. 1867)
1974
o Aldo Bonadei, pintor ítalo-brasileiro (n. 1906)
o Luís Inácio de Anhaia Melo, arquiteto e político brasileiro (n. 1891)
1976 - Antônio Franco de Oliveira, treinador de futebol brasileiro (n. 1906).
1979 - Ted Cassidy, actor dos Estados Unidos (n. 1932).
1998 - Emil Sitka, o último a compor o elenco dos Três Patetas/Três Estarolas (não
apareceu em nenhum filme do grupo) (n. 1914)
1999 - Oscar Cullmann, teólogo francês. (n. 1902)
2007 - Benny Parsons, Piloto e comentarista da NASCAR {n.1941)
2007 - Rudolf-August Oetker, inventor do bolo instantâneo, também conhecido como o
"Dr. Oetker". (n. 1916)
Feriados e eventos cíclicos
Dia dos cortadores de cana-de-açúcar
Dia de São Marcelo
Dia de Felicitas, deusa romana da sorte e da fortuna.
*Colaboração do Ir Ruben Luz da Costa
Fatos Históricos de Santa Catarina
1860 Morre, na cidade fluminense de Friburgo, o fundador da imprensa
catarinense, brigadeiro, conselheiro e Maçom Jerônimo Francisco
Coelho, natural da cidade de Laguna. Foi deputado provincial, vice-
presidente da Província e deputado geral por Santa Catarina. Chefiou o
Ministério da Marinha, interinamente, e o da Guerra, sendo também
vogal do Supremo Tribunal Militar.
1865 Decreto nº 3.378, desta data, fixou os limites do território catarinense
pelos rios Say-Guaçu e Negro, serra do Mar, rio Marombas e, desde
suas vertentes, até o rio Pelotas. Posteriormente, Santa Catarina
protestou contra essa demarcação.
1872 Lançado ao mar um cabo submarino ligando a cidade de Desterro à de
Rio Grande.
1894 As tropas federalistas iniciam o cerco da cidade paranaense da Lapa.
Junto às forças legais, comandadas pelo general Gomes Carneiro.
Encontravam-se vários catarinenses, como Lauro Muller, que no dia
seguinte saiu para Curitiba em busca de reforços. Encontravam-se
ainda Felipe Schmidt, Hercílio Luz e o médico de São Bento, Felipe
7. Maria Wolff.
1897 Nasce em Tijucas José Ferreira da Silva. Estudioso da História
regional, publicou inúmeros trabalhos, destacando-se a “História de
Blumenau”. Faleceu em 30 de dezembro de 1973.
Calendário Maçônico do Dia:
1838 Reintroduzido no Brasil o Rito Adonhiramita, não praticado há
alguns anos, com a instalação da Loja Sabedoria e Beneficência.
1860 Morre na cidade de Friburgo Jerônimo Francisco Coelho.
Ir Vladimir Dias (Porto Alegre)
8. Introdução
Na simbologia e na ritualística, nada é tão
simples quanto aparenta ser. Pelo
contrário, os símbolos e os rituais contêm
mensagens que passam a ser entendidas
de acordo com o aumento de conhecimento de cada pessoa. Pode-se
acrescentar que os diversos significados dos símbolos, e rituais, provêm
de diversas fontes culturais, de diversos povos, civilizações e,
principalmente, da Tradição Primordial.
Importante destacar que estudiosos registram que os símbolos falam ao
inconsciente. Mas também seria adequado lembrar que, na busca de
conhecer a “si mesmo”, é desejável resgatar parte da sombra –
“inconsciente” - e trazer esse novo “conhecimento” para ser administrado
ao nível da razão.
E a conjugação desses fatores, que caracterizam os símbolos, nos leva a
entender melhor a amplitude de suas mensagens, bem como as inúmeras
possibilidades de interpretação.
As datas mais antigas de aniversários, designados de ritos de passagem,
utilizadas em rituais, são as ligadas aos fenômenos astronômicos porque
repetitivos, e porque boa parte dos fenômenos astronômicos – pelo menos
do Sol e da Lua - determinam alterações climáticas na Terra e sempre
foram motivo de observações das antigas civilizações. Para dar uma idéia
das épocas remotas que a humanidade observa os astros salientam-se os
registros dos chamados filósofos pré-socráticos que estudaram a “physis”,
que traduzida do grego, é a natureza.
Mas um fato muito significativo ligado à simbologia está vinculado ao
fenômeno astronômico denominado de precessão dos equinócios que
corresponde, aproximadamente, a um período de 25.920 anos do
calendário atual – gregoriano – e tem forte ligação com a formatação dos
zodíacos, com suas doze casas, que correspondem as doze constelações
que estão dentro de uma faixa de observação de 16° graus.
Para destacar a antiguidade desses conhecimentos que serviram e servem
de base para o zodíaco e para muitas outras atividades, é necessário dizer
9. que a precessão do equinócio foi comprovada 150 a.C por Hiparco de
Rodes e que os mais antigos zodíacos provém da área da Mesopotâmia,
como o zodíaco de Dendera e os subseqüentes, ou concomitantes de
outras civilizações, egípcias, persas e chinesas, foram criados cerca de
5.000 ou mais anos a. C.
As datas que configuram “aniversários” eram motivo de celebrações
originadas das civilizações antigas que utilizavam rituais, geralmente com
a presença de fogo, para festejar a vida, ou, em outros termos, a
ressurreição da vida. Esses eventos, em muitos casos, são mantidos até
hoje. As datas mais significativas dessas festividades até certa época
foram os equinócios. Mais tarde passaram a ser os solstícios. Em ambos
os casos a comemoração está ligada ao término do inverno e o início da
primavera.
Sob outro ponto de vista, mais esotérico, os solstícios marcam os dias e as
noites mais longas de cada ano. Pode significar entender cada período de
maior treva (ignorância) e maior luz (conhecimento, sabedoria).
Mais ainda, o solstício de verão no hemisfério norte, data próxima ao dia
24 de junho, que é o dia mais longo do ano, registra em muitos segmentos
sociais festividades para comemorar, nessa data, o nascimento de São
João, o Batista, primo de Jesus e filho de Isabel, casada com Zacarias.
Seria bom lembrar a frase atribuída a São João, Batista, que teria dito: “é
preciso que eu diminua para que a “Luz” prévaleça”. Não é apenas
coincidência que São João, o Batista, ser o escolhido como “Patrono da
Maçonaria”. Por analogia e noutra escala de tempo significa o meio-dia. A
hora do nascimento do homem natural
No outro evento, o solstício de inverno (próximo a 25 de dezembro)
quando a noite é a mais longa do ano nasce Jesus Cristo, filho de Maria,
cuja gravidez foi anunciada por São Gabriel, emissário de Deus, pelo uso
da “palavra” (Palavra pode ser entendida aqui como SOM, uma forma de
energia que vai gerar a matéria). No solstício que marca a noite mais
longa, automaticamente, está implícito o fato de que a partir daquele
momento a “luz” começa a prevalecer e a cada momento os dias ficam
mais longos. Sugere esse fato entender que, simbolicamente, marca a
data do nascimento do “homem espiritual” que corresponde, em escala
menor, a meia-noite, quando fechamos as nossas Lojas.
10. Alem desses eventos mais curtos –
equinócios e solstícios – pode-se destacar
os grandes períodos de tempo como o do
“grande ano de Platão”. Pois os gregos,
desde aquela época, já conheciam a
precessão dos equinócios que é um
período de 25.920 anos gregorianos,
aproximadamente.
Existem outros períodos de tempo sobre os
quais os mais diversos povos e as
múltiplas culturas e religiões encontram motivos para comemorar os
chamados ritos de passagem.
O judaísmo e muitas tribos indígenas e povos primitivos comemoram a
passagem da juventude para a maturidade que também significa que o
menino, ou menina, passam a ter determinado nível ou grau de
consciência e responsabilidade.
Por influência dos ritos de passagem as pessoas também comemoram as
datas que registram a passagem de determinado período de tempo dos
fatos, dos acontecimentos, que tem por base os diversos calendários.
Os calendários, na grande maioria, registram o período de tempo de
translação da Terra em torno do Sol e que corresponde, como base dessa
convenção, o ciclo de um ano.
O calendário atualmente em uso conta com um misto de datas com base
no ano solar alem das chamadas “datas móveis”, que tem por base os
ciclos lunares.
O fogo.
A história e as ciências nos informam que o fogo foi descoberto pelo
homem (homo sapiens) para uso por volta de 500.000 anos a.C. conforme
relata Isaac Asimov no seu livro “Cronologia das Ciências e das
Descobertas, Edit. Civilização Brasileira, 1993”.
11. Já na área da mitologia grega, com base nos contos de Hesíodo está o
mito de Prometeu que teria roubado o fogo dos deuses para dar a
humanidade. Pagou caro sacrifício pelo ato que contrariou os deuses
maiores. Como castigo foi preso a um penhasco. De dia uma ave comia
seu fígado – segundo a época mais antiga, era o órgão com capacidade
de regeneração - e, de fato, nesse mito, a parte do fígado que era
devorada de dia se recuperava de noite. O mito de Prometeu tem uma
simbologia ampla e serve para múltiplos entendimentos.
Destaca-se nesse mito de Prometeu a parte da simbologia do “FOGO”, um
dos quatro elementos de Parmênides, um dos filósofos pré-socráticos.
Apesar de não ser a meta desse trabalho aprofundar o tema do fogo deve-
se dizer, pelo menos, que o FOGO é um dos quatro elementos básicos
desde a antiguidade que tem a capacidade transformadora, força que
impulsiona, calor que representa o amor, luz que simboliza a sabedoria, o
conhecimento.
Oportuno lembrar que o fogo não está enquadrado em nenhum dos três
estado da matéria porque é entendido como ENERGIA.
E sob esse aspecto mais especial é que o fogo tem grande variação de
entendimento no campo do esoterismo.
O fogo tem forte significação, ainda, como indicador da presença de Deus
conforme consta na Bíblia, no Êxodo, onde está narrado que para
acompanhar e mesmo guiar o povo hebreu que fugia do Egito, de dia uma
coluna de água estava no céu, enquanto que de noite uma coluna de
“fogo” servia para acompanhar e balizar a presença de Deus naquela
travessia do deserto. Pode-se, ainda, fazer alusões ao fogo dentro da ótica
da metafísica. Nesse caso o fogo é o causador da “calcinatio” como fogo
purgador, embranquecedor que atua na matéria negra, símbolo da
“nigredo”, tornando-a branca: a “albedo”.
Oportuno dizer que o fogo pode ser entendido como elemento que limpa,
purifica. Mas significa o surgimento da paixão e da sexualidade. Para Jung
ele representa a transformação, pois é ele o grande agente que simboliza
as emoções. Tanto que aquilo que resiste ao fogo tem caráter de
imortalidade.
12. Sem o fogo da emoção nenhum
desenvolvimento ocorre, e nenhuma
conscientização maior pode ser alcançada.
O instrumento antigo para gerar fogo,
denominado de “PRAMANTHA, era
utilizado no “Manthana” (o sacrifício de
fogo) entre os hindus com conotação
sexual. O Pramantha representa o falo, ou
masculino, e o pau furado é a vulva, ou a
própria fêmea. Sendo que o fogo gerado é
a criança, o filho divino, o AGNI.
Essas abordagens preliminares servem de pano de fundo para comentar
um rito de passagem que cada um de nós experimenta durante toda sua
existência.
Festa de Aniversário das Pessoas.
Feita a introdução que entendo suficiente para o tema, passo a tratar do
ritual dessa festa que comemora o aniversário das pessoas.
Essas comemorações têm como ponto culminante o bolo com as velas
acesas (fogo) que registram os anos vividos. Em determinado momento da
festa o aniversariante é convidado a apagar o fogo das velas. Os convivas
cantam canções especiais para registrar que aquela pessoa completou
mais um ano de vida. Esse ritual conta com componentes que têm muitos
significados.
A música tem efeito especial pela freqüência da onda que resulta em
efeitos especiais na alma. Outro elemento subjacente é o “AR”, símbolo do
“Espírito”. (Ruha, em hebreu)
Oportuno destacar que o “fogo” das velas é um dos mais importantes
símbolos como descrito anteriormente. Pelo menos podemos destacar dois
grandes significados: primeiro é “LUZ” que ilumina, e que simboliza
SABEDORIA. Uma pessoa que já percorreu os anos registrados e cujo
tempo de vida está sendo motivo da comemoração, supõe-se tenha
adquirido mais conhecimento e sabedoria.
13. Outro significado do “fogo” é que pelo calor ele significa a “energia vital”
que é o AMOR, em qualquer das suas manifestações. Do grego podemos
encontrar três definições de amor:: “eros” amor sexual, de aproximação
dos opostos para a reprodução; “filiae” o amor consangüíneo entre pais,
filhos e vice-versa; e “ágape”, um amor mais amplo, quando alguém ama
outro Ser Humano sem a necessidade de reciprocidade. Apenas porque é
um ser humano, AMA com um amor incondicional.
O fogo como símbolo pode ser melhor entendido se buscado através de
outras interpretações nos dicionários esotéricos e místicos. Alem de que, é
claro, do entendimento próprio de cada um e a cada momento do
crescimento do seu conhecimento.
Feita a introdução e considerações para ser melhor entendido, passo a
tratar da parte que julgo ser a mais interessante e de simbologia esotérica
que pode ser admitida numa festa de aniversário.
Porque o aniversariante é convidado a apagar as velas com um “sopro”?
É possível, sem muito esforço, depreender dois fatos:
1. – que para soprar é preciso primeiro “aspirar” o ar. Um ato de
“inspiração”, de interiorização e portanto esotérico. O AR na Bíblia,
Gênesis, é mencionado como o sopro divino insuflado nas narinas de
“adão” e que passou a ter “VIDA”, e representa o “Espírito”.
2. – o fato seguinte, o de soprar – ato ou ação de apagar o fogo das velas
– gesto exotérico – completa o significado maior desse ritual.
Uma pessoa que comemora aniversário, que viveu mais um período de
vida, de um ciclo da caminhada da Terra em torno do Sol, espera-se, e
seja bem provável, que acumulou mais conhecimento, sabedoria, amor
que é essa energia sublime, divina.
Portanto por dedução não precisa mais, simbolicamente, do fogo e da luz,
as propriedades físicas e exotéricas do fogo, porque já passou a possuir
essas qualidades “INTERNAMENTE”.
Nesse caso reitero que é preciso considerar o duplo sentido já enunciado.
O amor que deve estar aumentado no coração, centro simbólico do “Ser” a
14. que se soma o da Sabedoria contida no conhecimento que está ligada no
cérebro, à “Razão”.
Oportuno registrar que muitos teólogos definem o fogo como um dos
melhores símbolos para representar Deus pelo duplo aspecto que encerra:
de AMOR (calor) e SABEDORIA (luz).
Portanto um ritual de festa de aniversário, por simples que possa parecer,
sugere que o aniversariante está, naquele momento, se elevando e se
aproximando mais do seu aspecto divino, da Casa do Pai para onde, um
dia, deseja retornar.
Entenda-se que nesse contexto, segundo doutrina espiritualista, não
somos seres humanos encarnados vivendo um experiência espiritual. Ao
contrário, somos “Espíritos” tendo uma experiência material como Seres
encarnados.
Sendo assim, o ritual praticado nas datas natalícias pode ser designado de
uma das etapas do processo de religação.
Bibliografia
1. A Bíblia. Diversas Edições. Especialmente a Bíblia de Jerusalém, Editora
Paulinas.
2. René Guénon – Os Símbolos da Ciência Sagrada. Editora Pensamento.
3. Mircea Eliade : O Mito do Eterno Retorno. Editora Cosmo e História.
4. Manrique Miguel Mom – Ciclos Cósmicos da Humanidade (fragmentos).
Universidad de San Juan de Jerusalém, Cuaderno nº 5.
5. Mircea Eliade – Tratado de História das Religiões – Edições ERASA, México,
1979.
6. Luis Büchner : (1.824-1.899) Força e Matéria, publicado em 1.855. Editado por
F. Sempere Y Compañia, Valência, Olmo 4, Proyeto Filosofia, Madrid, Espanha.
Tradución de A. Gómez Pinilla.
7. Isaac Asimov – Cronologia das Ciências e das Descobertas. Edit. Civilização
Brasileira.
15. Ir.'. Geraldo Batista de Camargos
ARGBLS Fênix de Brasília nº 1959 - GOB
Or.'. de Brasília - DF
A PEDRA BRUTA é o ponto de partida para a grande transformação a ser
feita no espírito do maçom...
PREFÁCIO
A pedra bruta é a pedra de cantaria, que é uma pedra própria para ser
esquadrejada e usada nas construções, já que só a pedra esquadrejada
cúbica, ou em forma de paralelepípedo - é que encaixa perfeitamente nas
construções, sem deixar vãos. Os homens que nela trabalhavam eram os
16. canteiros, ou esquadrejadores da pedra, os quais a transformavam na
pedra cúbica. Daí os dos símbolos em Loja, já que praticamente tudo o
que fazemos, hoje, tem sua origem nas organizações dos franco-maçons
de ofício, ou operativos, como a dos canteiros. (José Castellani)
INTRODUÇÃO
Para os iniciados nos Augustos Mistérios da Maçonaria, a apresentação do
seu primeiro trabalho é um passo de valor imensurável, por tratar da
importância de pesquisar, comparar obras de mais de um autor, tirar
conclusões próprias, externar o que pôde aprender e o que progrediu com
os ensinamentos prestados pelos irmãos de Loja.
O tema escolhido é palpitante haja vista sua aplicabilidade tanto no meio
profano como na maçonaria simbólica, de vez que podemos verificar
desde as mais antigas civilizações já se faziam menções sobre as pedras,
que ao longo do tempo foram utilizadas das mais diversas formas para
expor o pensamento humano, seja ele religioso como filosófico. Não
obstante a maçonaria especulativa muito sabiamente aproveita esses
conceitos retirados das pedras a expressão marcante e lança
ensinamentos para todos seus membros, desde sua iniciação.
O objetivo principal desse trabalho é apresentar a simbologia das pedras
presentes em várias civilizações e em diferentes épocas e sua aplicação
na formação dos maçons-aceitos.
DESENVOLVIMENTO
A história da humanidade desde seu inicio tem um vínculo forte com as
pedras. O homem das cavernas descobriu-as como grandes aliadas. A
pedra foi utilizada para vários fins seja como arma ou outra ferramenta
qualquer que facilitara a vida de nossos ancestrais.
O tempo foi passando e o homem evoluía cada vez mais, seus
aprendizados foram aprofundando-se, até que adquiriu o domínio de várias
17. técnicas, as quais eram vitais para sua sobrevivência. Essas técnicas
deram origem a ciência, produto do intelecto humano, como somatório dos
conhecimentos adquiridos. Ainda em sua primitividade o homem, por seus
caracteres que diferem dos outros animais (corpo, alma e mente), sentia a
necessidade de comunicar com o ser superior, pois percebia em sua
espiritualidade que foi criado, logo, desse sentimento nasceu a religião que
era manifestada de forma muito variada conforme cada região onde
habitava.
As pedras dentro da religiosidade têm um valor sem par, elas eram
erigidas para representar seus deuses. E vemos que de simples pedras
não-talhadas, gradativamente os homens foram utilizando pilares lavrados
e depois para colunas talhadas esculturalmente segundo a semelhança de
animais ou homens destinados a tornarem objetos de reverência e culto
como representação de deuses, que por sua solidez e durabilidade servia
para sugerir o poder e a estabilidade de uma divindade.
O culto utilizando pedras tem sido rastreado em quase todas as regiões da
terra e entre quase todos os povos bárbaros. A Bíblia Cristã, desde o livro
do Gênese até o Apocalipse, faz alusões às pedras, vejam alguns
exemplos:
Em Gênese, capítulo vinte e oito, versículo dezoito, lemos: “No dia
seguinte pela manhã, tomou Jacó A PEDRA sobre a qual repousara a
cabeça e a erigiu em Estela derramando óleo sobre ela;
As tábuas onde foram escritos os dez mandamentos eram de PEDRA
(Êxodo, capítulo trinta, versículo dezoito);
Há referências bem conhecidas tanto no Velho com no Novo Testamento
sobre as pedras-símbolos. No Livro dos Salmos, capítulo cento e dezoito,
lemos: “ A PEDRA que os construtores rejeitaram, tornou-se PEDRA
ANGULAR”. Considera-se isso uma profecia dirigida a Jesus, como o
Cristo, que foi rejeitado pelos judeus, mas tornou-se a PEDRA
fundamental da igreja.
Jesus cita essas palavras em Mateus, capítulo vinte e um, acrescentando:
“Aquele que tropeçar nesta PEDRA, far-se-á em pedaços, e aquele sobre
quem cair será esmagado”.
18. Pedro denomina Jesus em sua segunda epístola, capítulo quatro, como
PEDRA PRECIOSA;
Ao passo que Pedro foi chamado CEPHAS, quer dizer PEDRA, pelo
próprio Jesus em Mateus, capítulo vinte e seis, versículo dezoito.
Já no judaísmo se vê a velha lenda sobre o maravilhoso depósito de
PEDRA DE FUNDAÇÃO, É encontrada no livro Talmúdio-yoma, que
afirma, ela tinha sobre si o nome sagrado de DEUS gravado na síntese da
sigla G.A.O.T.U. Alguns rabinos hebraicos dos tempos antigos adeptos à
doutrina metempsicose acreditavam que uma alma humana podia após a
morte não só renascer num corpo humano, mas também, por culpa de
seus pecados, num corpo de animal e até mesmo aprisionado numa
PEDRA. No fólio hebraico número cento e cinqüenta e três, podemos ler:
“A alma de um caluniador pode ser forçada a habitar uma PEDRA
SILENCIOSA.
Os antigos gregos costumavam erguer colunas de pedras consagradas
diante de seus templos e ginásios e até mesmo as habitações de seus
cidadãos insignes. No mundo árabe em Meca (cidade de peregrinação
islâmica), acha-se a PEDRA mais notável do mundo, é uma PEDRA
PRETA, que está preservada na “kaaba” ou casa cúbica que fica no átrio
da mesquita sagrada. Acredita-se que seja um aerólito ou pedra meteórica.
Esta PEDRA PRETA tem sete polegadas de comprimento
aproximadamente, e é oval, segundo diz, ela foi quebrada durante o
assédio de Meca em 683 DC, foi recomposta com cimento e encerrada
numa cinta de prata. Está embutida na parede do ângulo nordeste da
kaaba a uma altura que permite que os devotos a beijem em ato de
adoração.
Esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos da correlação homem e
pedra, presente na cultura religiosa que é a mais antiga manifestação
circundada na vida humana. Assim também para a maçonaria as pedras
têm um valor imensurável, posto que a própria origem desta instituição
tenha muito haver com elas, uma vez que é herdeira o conhecimento de
várias associações de construtores, principalmente daquelas manifestada
durante a Idade Média. A representação simbólica das pedras está
intimamente ligada com a vida de um maçom, desde sua iniciação, seu
primeiro trabalho realizado à frente do irmão primeiro vigilante, onde ele
19. ainda não percebe a riqueza existente nesse gesto.
A PEDRA BRUTA é o ponto de partida para a grande transformação a ser
feita no espírito do maçom. Desbastar esta PEDRA BRUTA significa que
esse trabalho simbólico deve-se dedicar o maçom para chegar a ser o
obreiro que domina a boa arte de construir. Na realização desse trabalho o
iniciado é ao mesmo tempo obreiro, matéria-prima e instrumento. Ele
mesmo é a PEDRA BRUTA, que representa seu atual estado de imperfeito
desenvolvimento, que deve converter-se em forma de perfeição interior.
Como a perfeição é infinita e seu absoluto é inacessível, o que nos resta
fazer é tão somente aproximar da perfeição ideal, por etapas de progresso,
desenvolvendo-as através de sucessivos graus de perfeição relativa. O
próprio reconhecimento de nossa imperfeição por um lado e de outro um
ideal desejado são as primeiras condições indispensáveis para que possa
existir o trabalho de desbaste. Se o Aprendiz souber relevar, quando
algum irmão o aborrecer, estará retirando uma aresta, se ele usar o
exercício da tolerância contra as agressões, mais arestas caem. O
construir, o participar, o contribuir e o atender são atributos que também
retiram arestas.
Contudo a melhor maneira de desbastar a PEDRA BRUTA é a própria
comprovação fraterna – chave para abrir portas aos irmãos e assim
estaremos dando mostras de que os amamos. Este é o caminho certo, o
início do aperfeiçoamento, que certamente será longo, áspero e de
sacrifícios, mas vale a pena ser trilhado. É dando que se recebe lembra-
nos Francisco de Assis, em uma mensagem de amor.
20. Assim pedem os aprendizes-maçons, sempre haja alguém que os ajudam
a suportar o fardo, a torná-lo leve, colaborando com seu progresso
mostrando sempre o caminho do bem e da virtude. É necessário ainda que
cada um de nós, sendo PEDRA BRUTA conheça sua natureza, descubra
de que material é feito, que resistência possui, se é pedra-ferro, pedra
mármore, granito ou outra composição.
Esse trabalho deve ser uma contínua rotina em nossas vidas, uma vez que
a necessidade de aprimoramento seja ele intelectual; espiritual ou psíquico
faz parte da natureza humana para atingir novos paradigmas do
verdadeiro progresso, a serviço da própria humanidade que vai adentrando
por séculos e séculos cumprindo seu destino. Pois somos degraus na
cadeia da divindade, e cada degrau sustenta um e é sustentado por outro,
o ser evolucionado além de limpar e polir seu degrau tem também o dever
de contribuir para a limpeza dos outros, para que nada de feio se veja,
assim estaremos evoluindo e colaborando para a evolução do todo, pois “o
todo é muito maior que a simples soma das partes”.
CONCLUSÃO:
O valor alegórico inspirado nas pedras, desde os primórdios tempos, é
refletido para toda a existência, que o homem moderno precisa obter os
ensinamentos que elas – as pedras proporcionam, a fim de melhorar sua
própria vida, para contribuir na construção de uma sociedade centrada nos
bons costumes. Desta forma, faz-se necessário buscar incessantemente o
aprimoramento individual e coletivo, quer nos trabalhos das oficinas, nos
encontros fraternos, na aplicação da doutrina, no ensinamento geral a que
todos abrangem, nas ocupações do mundo profano, que o maçom cumpre
integralmente sua finalidade na sociedade humana.
A transformação de PEDRA BRUTA EM PEDRA POLIDA só encontra seu
significado real com o trabalho primitivo dos PEDREIROS LIVRES,
quando, a própria oficina procura anular as arestas de seus próprios
membros quaisquer que sejam as suas posições em Loja, sejam quais
forem seus títulos iniciáticos.
Bibliografia:
Constituição do Grande Oriente do Brasil
Ritual (REAA) 1º Grau - Aprendiz
21. Enciclopédia Barsa
"A simbólica Maçônica" – Jules Boucher
"Caderno de Estudos Maçônico" – José Castellani
Manual do Aprendiz-Maçom
Bíblia Sagrada
Enciclopédia da Sociedade de Ciências Antigas
Terminou uma semana dramática, triste, enlutada. Só um dilúvio para ser
pior. Para onde vamos?
A Loja Especial Fraternidade Universal não fará sessão na segunda-
feira. Retorna dia 24 com a palestra do nosso Ir. Joel Guimarães que vai
falar sobre o “Templo Maçônico”
Desonesta, lenta, cara, parcial e injusta. É essa a visão da Justiça brasileira
na opinião de 2.770 pessoas entrevistadas em todas as unidades da
Federação pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Divulgado
ontem, o levantamento é o primeiro grande panorama do Poder Judiciário
brasileiro, pois a pesquisa leva em consideração não só o desempenho de
magistrados, mas também de defensores públicos e de membros do
Ministério Público. (fonte: Anamages)
Do Ir Wanderlei C. do Nascimento (São Paulo):
Vinicius de Morais, desde 1966, em versos, alertava sobre os riscos das
encostas. No entanto, governos federal, estadual e municipal, ignoraram.
“Caia uma tromba d’água do céu, e tão espessa que eu mal conseguia
respirar. Minhas pernas venciam a custo a densidade da cheia, que me
passava dos joelhos; mas eu prosseguia com raiva dos elementos
desencadeados, com raiva da cidade passiva ante sua fúria (…) Era tudo
22. vazio à minha volta, e eu não suspeitava a catástrofe que, naquele
momento mesmo, se abatia sobre centenas de lares pobres nos morros, o
Pé d’água varrendo casebres que se desfaziam caindo pelas encostas,
gente a pedir socorro em plena queda, corpos esmagados de crianças e
adultos a misturar seu sangue ao barro imundo.”
Vinícius de Morais (Hino Carioca/1966)
Neste domingo às 18h00 tem reunião da Loja Templários da Nova Era.
Em pauta o III Chuletão Templário que acontecerá em fins de março.
Monumento à Maçonaria Unida GL - GOB - GORGS (Enviado pelo Ir. Igor Althoff)