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JB NEWS
Informativo Nr. 139
Editoria: Ir Jerônimo Borges
(Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Florianópolis (SC) 13 de janeiro de 2011
Marina’s Palace Hotel.
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esquina com Rua Madre Maria Vilac
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Florianópolis
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Do Aprendiz ao Mestre desfrute das informações
sobre o compêndio de quase 700 páginas.
Índice desta quinta-feira:
1. Almanaque
2. Viagens, Provas e Elementos nas Iniciações da Antiguidade (Jerônimo
Borges)
3. “Bouclier D’Honneur”: Primeira Loja do REAA no Brasil (Ir. Hercule
Spoladore)
4. Liberdade (Ir. Vladimir Dias)
5. Destaques JB
(clique nas palavras sublinhadas para aprofundar seu conhecimento)
532 - Começa em Constantinopla a Revolta de Nika onde 30.000 revoltosos foram degolados
por ordens do Imperador Justiniano I.
 1750 - Feito o Tratado de Madri, documento que definiu grande parte do território
brasileiro.
 1767 - É fundada a cidade de Divinópolis em Minas Gerais
 1825 - Confederação do Equador: Frei Caneca foi fuzilado.
 1860 - A Colônia São Paulo de Blumenau é transferida para o Governo Imperial
 1898 - Caso Dreyfus: o escritor Émile Zola expõe o escândalo ao público geral no jornal
literário L'Aurore numa famosa carta aberta ao Presidente da República Félix Faure,
intitulada J'accuse! (Eu acuso!)
 1937 - Criação do Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro
 1948 - Gandhi inicia um jejum em protesto contra as violênicas cometidas por indianos e
paquistaneses.
 1964 - A produtora Capitol Records lança nos Estados Unidos um compacto (single) com
“I Want to Hold Your Hand” e “I Saw Her Standing There” do grupo britânico “The
Beatles”.
 1967 - Gnassingbé Eyadéma realiza outro golpe de estado no Togo
 1972- Henrique Costa Mecking (o Mequinho) torna-se o primeiro brasileiro Grande
Mestre de xadrez.
 1975 - Os responsáveis do CDS entregaram no Supremo Tribunal de Justiça a
documentação necessária à legalização do Partido Popular.
Eventos Culturais e de média/mídia
 1930 - Primeira aparição Mickey Mouse em banda desenhada.
 1979 - A ACM processa o Village People por difamação por causa da música YMCA
Nascimentos
 1334 - Henrique II, rei de Castela (m. 1379).
 1400 - João, Infante de Portugal, Condestável de Portugal (m. 1442).
 1838 - André Rebouças, engenheiro brasileiro (m. 1898).
 1842 - Franklin Távora, escritor brasileiro (m. 1888).
 1864 - Wilhelm Wien, físico alemão (m. 1928).
 1871 - Fernando Augusto Pereira da Silva, oficial da marinha, administrador colonial e
Ministro da Marinha nos últimos governos da Primeira República (m. 1943).
 1879 - Melvin Jones, fundador do Lions Internacional (m. 1961).
 1885 - Manuel Amoroso Costa, matemático brasileiro (m. 1928).
 1904 - Richard Addinsell, compositor inglês (m. 1977).
 1924 - Paul Feyerabend, filósofo da ciência (m. 1994).
 1927 - Sydney Brenner, biologista sul-africano vencedor do Prêmio Nobel de Medicina
de 2002.
 1936 - Renato Aragão, comediante brasileiro.
Oriente Eterno
 86 a.C. - Gaius Marius, general e estadista romano (n. 156 a.C.).
 47 a.C. - Ptolomeu XIII, rei egípcio (n. 63 a. C.).
 888 - Carlos, o Gordo, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico (n. 832).
 1691 - George Fox, fundador da Society of Friends, conhecida geralmente como os
Quakers (n. 1624).
 1724 - Bartolomeu de Gusmão, jesuíta brasileiro conhecido como "padre voador" (n.
1685).
 1759 - José de Mascarenhas da Silva, nobre português, condenado à morte em virtude do
conhecido Processo dos Távora (n. 1708).
 1825 - Frei Caneca, herói da Confederação do Equador (fuzilado) (n. 1779).
 1879 - Jakob Dubs, foi Presidente da Confederação suíça em 1864 (n. 1822).
 1894 - William Waddington, político francês (n. 1826).
 1906 - Alexander Stepanovich Popov, físico russo (n. 1859).
 1912 - Marc-Emile Ruchet, foi Presidente da Confederação suíça em 1905 (n. 1853).
 1916 - Victoriano Huerta, ex-presidente do México (n. 1850).
 1929 - Wyatt Earp, lendário sheriff do oeste americano (n. 1848).
 1941 - James Joyce, escritor (n. 1882).
 1943 - C. Tate Regan, ictiólogo britânico (n. 1878)
 1978 - Hubert H. Humphrey, ex-vice-presidente estadunidense (n. 1911).
 1993 - Mozart Camargo Guarnieri, maestro e compositor clássico brasileiro (n. 1907).
 1999 - Nelson Werneck Sodré, escritor, historiador e político brasileiro (n. 1911).
Feriados e eventos cíclicos
 Dia da Democracia em Cabo Verde
 Dia de São Hilário de Poitiers
 Dia Internacional do Leonismo
 Feriado municipal em Cadaval e Santa Marta de Penaguião
 Ano Novo na Rússia segundo o calendário Juliano
Fatos Históricos de Santa Catarina
1860 Contrato firmado nesta data entre o Governo Imperial do Brasil e
colonizador Hermann Blumenau, através do qual a colônia particular,
organizada por este último no Vale do Itajaí, passou à administração do
Império.
1879 Morre, no Rio de Janeiro, o catarinense tenente-general Polidoro
Fonseca Quintanilha Jordão, Barão de Santa Tereza.
Calendário Maçônico do Dia:
1797 Formado o primeiro Grande Consistório (Grau 32) em Charleston,
Carolina do Sul, USA.
1818 Fundada a Grande Loja de Indiana dos Maçons Livres e Aceitos,
USA.
1825 Fuzilado Frei Caneca (), mártir pernambucano.
1937 Criação do Museu Nacional de Belas Artes.
Viagens, Provas e Elementos
nas Iniciações da Antiguidade
Jerônimo Borges*
Nas sociedades secretas antigas o neófito viajava por subterrâneos.
Nunca pelos templos. A terra, o fogo, o ar e a água, eram os elementos
que constituíam as principais provas de Mênfis, por exemplo.
Há quem afirme que as grandes pirâmides do Egito serviam de
entrada aos subterrâneos onde se faziam as iniciações dos aspirantes, nas
sociedades secretas da antiguidade.
O costume determinava que o último iniciado obrigatoriamente
tivesse que conduzir o aspirante até a entrada interior dos subterrâneos,
onde se praticavam as iniciações. A este entregava uma tocha acesa,
abandonando-o a seguir, aparentemente. O candidato era instruído a
penetrar por uma pequena abertura de entrada na rocha em forma de
aspiral, terminando ao fundo no chamado “Poço Misterioso”.
Esta primeira prova era assustadora. Por isso o iniciado mais
moderno era sempre encarregado de seguir o aspirante de longe,
precavendo-se para que este não o visse.
O primeiro elemento é a Terra.
É representada pela vitoriosa passagem no subterrâneo, local de
intensa insalubridade onde se proliferam germens, bactérias e as
sementes.
O candidato chegando ao “Poço Misterioso” defronta-se com duas
grades eqüidistantes. Uma de bronze e outra de ferro. É nesse momento
que o iniciado que seguia o neófito se aproxima dele e, sem dizer nada,
passa pela porta junto à uma das grades, a de bronze. Um dos batentes
desta porta, ao voltar-se, fazia um barulho estridente, significando, a quem
escutasse o esperado som, que estava tudo bem com o candidato e que
ele se propunha a prosseguir, para ingressar na prova seguinte, a do fogo.
Ao ultrapassar a porta de bronze, após distância mediana, o
aspirante percebia uma luz que aumentava de intensidade à medida que
caminhava, chegando depois a uma abóbada, à semelhança de uma
fornalha ardente. Ao ultrapassá-la, observava ele que era uma ilusão de
ótica formada por uma madeira inflamável com ramos de árvores e de
bálsamos. E prosseguia, tendo que marchar pelos intervalos de uma grade
de ferro ardente estrategicamente colocada, até o final da fornalha.
Esta, a prova do fogo.
Não se deseja aprofundar sobre o tema, mas é conveniente registrar
que o fogo é um dos quatro elementos básicos até nossos dias e que tem
uma capacidade transformadora imensurável. Força que impulsiona e luz
que representa o conhecimento e a sabedoria.
Sobre o fogo diz o “Grande Ritual de Iniciação” da GLSC como
também a grande maioria dos rituais do REAA :
“Ven - (!) As chamas que vos envolveram simbolizam o batismo da
purificação. Purificados pela Água, o Fogo eliminou as nódoas do vício.
Estais simbolicamente limpos.”
Oportuno salientar que o fogo, além de ser entendido como elemento
que limpa e purifica, significa também o surgimento da paixão e da
sexualidade. Para Jung o fogo representa a transformação, pois é ele o
grande agente que simboliza as emoções. Tanto que aquilo que resiste ao
fogo tem caráter de imortalidade.
O fogo tem, ainda, forte significado na Bíblia, como indicador da
presença de Deus. Em Êxodo, está escrito que para acompanhar e mesmo
guiar o povo hebreu que fugia do Egito, de dia uma coluna de água estava
no céu, enquanto que de noite uma coluna de “fogo” servia para
acompanhar e balizar a presença de Deus naquela travessia do deserto.
Ao chegar ao fim da fornalha, o neófito se deparava com um canal
de águas fortemente corrediças vindas do Rio Nilo e que entravam por um
lado do subterrâneo com rapidez espantosa. Era necessário atravessar
este canal a nado com a tocha na mão, com cuidado, para que a chama
não se apagasse.
Esta era a prova da água.
Relativamente simples, mas que exigia do candidato serenidade
equilíbrio. É sabido que a purificação pela água tem a finalidade de libertar
o espírito humano de suas imperfeições.
Em todas as iniciações da antiguidade a purificação da alma fazia-se
pela água.
(...purificados pela água...estais simbolicamente limpos...)
Quando o neófito alcançava o outro lado do canal, se defrontava com
uma arcada em que era obrigado a vencer centenas de degraus que o
levavam a uma ponte pênsil bem acima, fechada por ambos os lados com
altas muralhas.
Ao final dessa etapa, o candidato encontrava dois grandes anéis e,
ao tocá-los, uma mola fazia mover certas rodas, que abalavam a ponte
levadiça, fazendo rápido giro, ficando, afinal, o aspirante quase suspenso
no ar, onde era visível um precipício imenso, donde soprava um vento
impetuoso, que apagava abruptamente a tocha.
O neófito tinha que permanecer por um determinado tempo nessa
incômoda posição, até que, por efeito de um contrapeso, voltava à posição
original. A ventania que soprava com violência, correspondia ao
arejamento total das idéias aventadas para a senda do bem e da verdade,
empurrando para o infinito as idéias malévolas.
Esta era a prova do ar.
O ar é a essência da vida, onde todos os seres viventes dele
necessitam para a sua existência. O ar está em toda a parte e, embora
invisível, está sempre disponível.
As purificações que acompanham todas as viagens (terra, fogo, água
e ar) são para lembrar que mesmo após a sua iniciação, o elemento
chamado homem nunca estará suficientemente puro para chegar ao
templo da filosofia.
Só depois de passar por todas essas provas é que aparecia um
introdutor para vendar-lhe os olhos e, após passar por uma grande porta,
entregar-lhe ao pastóforo – esta é a denominação do último iniciado. Essa
palavra origina-se do grego, significando o portador sagrado de uma
classe escolhida para uma iniciação. Também, no Egito, era a pessoa
incumbida de abrir a urna que continha o defunto.
Vencida essa etapa e após o candidato ter ultrapassado à grande
porta, ali tinha então ingresso onde era anunciado com magnificência, para
em seguida ser profundamente interrogado.
Primeiro era feita a narração de toda a vida profana do candidato e o
logo após o Sacerdote Supremo, chamado de Hierofante, o interrogava
firmemente.
Não satisfeitas as respostas, o candidato era sumariamente
reprovado. Mas, satisfeitas, o candidato era retirado e conduzido para um
recinto especial. Nessa viagem a coragem do neófito era, mais uma vez,
colocada à prova com o efeito das tempestades e trovoadas, simbolizando
que após as tempestades, surge a bonança.
Se vencedor, o candidato então ouvia a leitura pelo Sacerdote
Supremo das leis e penalidades dos perjuros, sendo, ao após, levado para
prestar seu juramento, sendo em seguida desvendado.
Bibliografia:
Grande Ritual de Iniciação (GLSC)
Bíblia Sagrada – Antigo Testamento – traduzida por João Ferreira de Almeida
DIAS - Vladimir – Trabalho sobre o Rito Passagem de Aniversário
FIGUEIREDO LIMA – Adelino de Nos Bastidores do Mistério
BUARQUE LIRA – Jorge – A Maçonaria e o Cristianismo
JUNG – Obras completas – Ed. Vozes
Jerônimo Borges - 33º.
é MI da Loja Templários da Nova Era, nr. 91 GLSC
LOJA “BOUCLIER D’HONNEUR” –REAA – RIO DE JANEIRO, 1822
Autor: Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
Sabemos que o Rito Escocês Antigo e Aceito, depois de ter
assumido este nome, já que de inicio não levava o nome Escocês, era o
Rito dos Antigos e Aceitos Maçons e que foi fundado a partir de 1801 em
Charleston, EUA, do 4º ao 33 graus e não do 1º ao 33º.
Ele teve a partir dos Estados Unidos uma volta para a França e
através de lá, por meio das chamadas cartas patentes, distribuídas apenas
para alguns Grandes Inspetores Gerais do Rito o direito de fundar
Consistórios e até Supremos Conselhos, em outros países.
Um dos exilados de 1823 por D. Pedro Iº, juntamente com os
Andradas, que não era maçom nesta época, era um baiano de nome
Francisco Gomes Brandão que depois adotou o nome de Francisco Gê
Acayaba Montezuma foi iniciado na França, chegou ao último grau e em
suas andanças pela Europa, em Bruxelas conseguiu uma carta patente
(não sabemos qual foi o critério) em 12.03.1829 que autorizava a fundar
um Supremo Conselho no Brasil.
Ele voltou ao Brasil, segundo consta, no mesmo dia da abdicação de
D.Pedro Iº em 07.04.1831. Em 12.11 1832 funda o Supremo Conselho do
grau 33 do Brasil, que inicialmente não estava ligado nem ao Grande
Oriente do Passeio e nem ao Grande Oriente do Brasil, por sinal potências
adversárias entre si, e nem havia razão de ser, pois ambas nesta época,
adotavam o Rito Moderno (Francês) que nada tem a ver com um Supremo
Conselho que é especifico para o REAA.
Acresça-se que ao fundar o Supremo Conselho, Montezuma não o
fez regularmente com base exigida em três lojas simbólicas do Rito como
co-fundadoras. Também não podia, pois não havia o REAA oficialmente no
Brasil nesta época.
A primeira Loja escocesa do Brasil, assim nos ensina os
historiadores maçônicos teria sido a Loja “Educação e Moral”, fundada por
Gonçalves Ledo em 17.03.1829 e instalada posteriormente no Rito
Escocês pelo Tenente General João Paulo dos Santos Barreto que tinha
uma patente do Grande Oriente da França para fundar até Consistório,
mas não para fundar um Supremo Conselho.
Esta Loja foi filiada ao Grande Oriente do Brasil até 08.06.1832,
quando foi declarada irregular e eliminada. Estava filiada ao Grande
Oriente do Passeio quando este resolveu em 13.09.1834 adotar
oficialmente o REAA. Quinze Lojas adotaram o Rito e a partir dai proliferou
a tal ponto que hoje no Brasil 95% das Lojas pertencem a este sistema
maçônico.
O Grande Oriente do Passeio foi fundado em 1830 e instalado em
24.06.1831 através de três Lojas simbólicas, a saber, “Vigilância da
Pátria”, “União” e “Sete de Abril”.
O Grande Oriente do Brasil fundado em 17.06.1822, como Grande
Oriente Brasílico ou Brasiliano, fechado por D.Pedro I em 21.10.1822,
tendo encerrado as suas atividades em 25.10.1822, foi reinstalado por
José Bonifácio em 23.11.1831. Trabalhava também no Rito Moderno ou
Francês.
O Grande Oriente Brasílico, Brasiliano ou até Brasiliense como
querem alguns autores em 17.06.1822 foi fundado em realidade pela Loja
“Comércio e Artes” do Rito Adorinhamita, a qual dias após a sua fundação,
se fragmentou em três Lojas, a saber, “Comércio e Artes na Idade do
Ouro”, “União e Tranqüilidade” e “Esperança de Niterói”, para preencher os
requisitos normais de fundação de um Grande Oriente.
E esta Potência foi fundada no Rito Moderno ou Francês, trazendo
algumas práticas e costumes usados pelo Rito Adonhiramita tais como o
codinome que cada obreiro deste Rito usa (nome histórico), mas que não
existe no Rito Moderno, alem do um calendário pseudo-hebraico que
começa no dia 21 de Março, quando no calendário do Rito Francês, inicia
no dia 01 de Março.
Este fato traria muitas confusões por parte de alguns historiadores
na conversão para o nosso calendário gregoriano confusões estas que
persistem até a presente data para os menos informados.
Se o Grande Oriente do Passeio só reconheceu o REAA em
13.09.1834, o Grande Oriente do Brasil só o adotou em 26.11.1837, porem
continuando o Rito Moderno como o seu Rito oficial.
Estas explanações em linhas gerais, sem entrar em pormenores nos
entraves, cisões e brigas da época entre maçons e entre as duas
Potências enfocadas, quando Lojas que eram eliminadas de uma Potência
eram abrigadas pela outra, alem de uma política de bastidores bastante
acirrada, onde se disputava o poder alem da vaidade reinante.
Estas são as informações que temos com relação à entrada do
Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil. Diga-se de passagem,
acontecidas após a fundação do Supremo Conselho do grau 33 do
Brasil, ou a partir da instalação da Loja Educação e Moral, como
querem alguns autores.
Entretanto, nos dias 19 à 21.03.1981 quando foi realizado o 1º
Congresso da Academia Brasileira Maçônica de Letras de saudosa
memória, a qual no momento está em sono cataléptico fundada pelo
inesquecível Irmão Morivald de Calvet Fagundes, um trabalho enviado ao
Congresso por um Irmão argentino de nome ALCIBIADES LAPPAS
tendo sua tese sido aprovada, e publicado no livro “Formação Histórica da
Maçonaria” 1º Volume, (Anais do 1º Congresso Internacional de História e
Geografia), cujas pesquisas foram realizadas na Sessão de
Manuscritos da Biblioteca Nacional de Paris (Coleções Maçônicas
FM2, 558).
Esta tese que teve como tema: “Algumas revelações sobre os
inícios da Maçonaria no Brasil” foi traduzido pelo Irmão Fernando
Fagundes e teve como relator simplesmente Kurt Prober, um dos mais
bem informados maçons brasileiros.
LAPPAS nos informa em um dos tópicos de sua tese através de seu
bem elaborado trabalho, que durante os meses de março e abril de
1822, no Rio de Janeiro um grupo de Maçons estrangeiros que aqui
residiam, realizaram as reuniões preliminares com a finalidade de se
fundar uma Loja.
E esta foi fundada no dia 20.05.1822 com o nome de ”BOUCLIER
D’HONNEUR” cuja tradução para o português é “ESCUDO DE HONRA”
no Rito Escocês Antigo e Aceito. Seriam quinze Irmãos, os seus
fundadores:
“Venerável Mestre: Clovis Ramel, natural de Lyon, de 37 anos coronel da Artilharia e
membro da Legião do Sul, grau 33”;
Primeiro Vigilante: François Manquoel, natural de Toulouse de 46 anos, veterinário, membro
da Academia do Brasil;
Segundo Vigilante: Pierre Schilts, natural de Colmar, de 34 anos, comerciante;
Orador: Pougi, natural de Alais (sic) 60 anos, proprietário;
Secretário: Jean Sobra, natural de Bayona, 26 anos, comissário Pagador da Marinha;
Tesoureiro: N. Fagnoli, natural de Milão, com 40 anos de idade, proprietário de
restaurante;
Hispitaleiro: N. Candida, natural de Lisboa, de 32 anos comissário pagador do Exército;
Grande Experto: Julián Alvarez, natural de Buenos Aires, 46 anos Ex-Secretário de
Estado ex-Venerável Mestre, grau 33º;
Primeiro Experto: Conde Ernest de Tourville;
Segundo Experto: François Fabre, natural de Milão, 28 anos padeiro;
Mestre de Cerimônias: Louis Troyon, natural de Genebra, 45 anos comerciante;
Bibliotecário: Cavaleiro Louis de Porcete (?) de Provença, 50 anos coronel de
cavalaria;
Chanceler: Mariano Pablo Rosquellas, natural de Madri, 29 anos, professor de música
da Academia do Brasil;
Arquiteto: Jean Baptiste Debret, natural de Paris, 42 anos, pintor da Academia do
Brasil;
Delegado junto às lojas do Peru e Chile: Charles Renaré, natural de Rouen, de 46
anos, oficial da Marinha Francesa”.
Os fundadores e demais Irmãos que vieram compor o quadro eram
intelectuais artistas, negociantes, políticos nobres, e alguns eram
portadores do grau 33 no REAA, ou altos graus superiores.
Os fundadores cotizaram-se para conseguir uma importância, que
deveriam levar ao Grande Oriente da França, para terem sua Carta
Constitutiva. E também para a aquisição de rituais em idioma francês,
aventais, diplomas do grau 18 e outros materiais indispensáveis para
trabalharem no REAA.
A petição de filiação ao Grande Oriente da França foi apoiada pela
Loja francesa “Os Amigos Reunidos” (Les Amis Reunis) da qual copiaram
o regimento interno.
Foi desenhado o selo da Loja que era composto de dois círculos em
cujo interior havia um compasso esquadro entrelaçados e no centro a data
de 1822, em torno da inscrição “L:. du Bouclier D’Honneur, Or:. De
R:.J:.”
Os fundadores usavam uma jóia distintiva que consistia num nível de
ouro, pendente de uma fita violeta que deveria ficar aderida no cordão de
cada grau.
Aproveitaram a ocasião para fundar no mesmo dia um Capítulo que
possivelmente teve o mesmo nome da Loja. Seria a primeira Loja Capitular
das muitas, que existiram no Brasil.
O número de Irmãos aumentou consideravelmente, a ponto de daí a
dois meses terem quase cinqüenta membros. Deveriam ser a maioria, por
filiação, já que eram maçons em seus pais de origem, a maior parte com
graus acima do 15.
Entre eles estavam o Dr. Pachtou, médico suíço, August de
Saint’Hilaire, nobre, naturalista, francês, Jacques Casimiro de Tourville,
nobre francês, engenheiro, François Vial, francês, nobre, Johan Moritz
(João Maurício) Rugendas, alemão, Julian Alvares, argentino, político.
Predominava nesta Loja os franceses, mas havia também Irmãos italianos,
alemães, portugueses e espanhóis suíço e um importante argentino.
A Loja depois de fundada, começou a ter contratempos. Por esta
ocasião, em menos de um mês, em 17.06.1822 foi fundado o Grande
Oriente Brasílico, Brasiliano ou Brasiliense, conforme os autores, que
começou a pressionar a Loja para aderir ao mesmo.
Mas eles não aceitaram porque, o Grande Oriente Brasílico era
político-revolucionário, cujo principal escopo era a Independência do Brasil
e alem do mais, trabalhavam no Rito Moderno ou Francês e queiram ou
não, era uma Potência irregular naquela época. Alem do mais, já haviam
solicitado filiação ao Grande Oriente da França, Potência regular e já
tinham fundado até um Capítulo Rosa-Cruz e a finalidade do grupo Loja
“Bouclier D’Honneur” era simplesmente uma Loja maçônica para reunir
amigos e Irmãos longe de suas pátrias.
Como demorasse a Carta Constitutiva, a Loja resolveu a trabalhar assim
mesmo no REAA, e instalou as autoridades em 06.07.1822. O Grande Oriente da
França só daria a Carta Constitutiva em 01.12.1823.
“Interessante que numa das atas componentes do “Livro de Ouro da
Maçonaria Brasileira”, mais precisamente na 12ª sessão 28º dia do 5°mês
do ano de 5.882 da V.L.”, ou seja, no dia 17.08.1822, consta no Grande
Oriente Brasílico a presença de vários membros da Loja “Bouclier
D’Honneur”, que haviam sido convocados pelo Grande Promotor, tanto os
que formaram a acusação, quanto os que haviam pedido audiência à
Grande Loja para se defenderem.
Parece que se tratava de uma briga interna dentro da Loja “Bouclier
D’Honneur” e que foram solicitar mediação junto ao Grande Oriente
Brasílico (?). É muito estranho porque, esta Loja apesar de ser estrangeira
em terras brasileiras, nada tinha a ver com o Grande Oriente Brasílico,
pois ela havia solicitado filiação ao Grande Oriente da França com a
documentação já tramitando e o Grande Oriente Brasílico era uma
Potência autônoma, não tendo naquele momento reconhecimento do
Grande Oriente da França e de nenhuma outra Potência.
O que não se entende é, porque procuraram o Grande Oriente
Brasílico e não o Grande Oriente da França.
Esta Loja foi muito importante porque ela contou em seu quadro com homens de
ciência, políticos importantes em seus países de origem, nobres e artistas que
vieram ajudar a organizar e constituir a Academia Real de Artes e Ofícios do
Rio de Janeiro. Mencionaremos alguns deles merecem citação.
Jean Baptiste Debret. Veio o Brasil 26.01.1816 para participar da
dita Academia. Era pintor e desenhista famoso em todo o mundo. Na
Academia foi professor de Pintura Histórica. Pintou D.João VI, a
Arquiduquesa Leopoldina, Sagração de D.Pedro Iº, Aclamação de D.Pedro
(esboço) uma bandeira do Brasil, o escudo real. Voltou a França em 1831
e publicou um livro “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil” em três tomos
em 1834/39. No Rio de Janeiro existe a Fundação “Raimundo Otoni de
Castro Maia” que tem mais de trezentos e cinqüenta originais de Debret.
Ele pintava o quotidiano, os costumes as paisagens brasileiras. Suas
gravuras são reproduzidas até a presente data em muitos livros didáticos
ou de história do Brasil.
Mariano Pablo Rosquellas, músico, compositor nascido em Madri,
estudou na Itália. Famoso em seu pais, aonde chegou a ser músico de
câmara da corte do Rei de Espanha, Dom Fernando. Por suas idéias
liberais, teve que exilar e assim chegou ao Brasil convidado para participar
da Academia, onde foi professor alem de ter sido violinista da Capela Real.
Do Brasil foi para Argentina, onde apresentou várias óperas. Depois para a
Bolívia onde fundou uma Filarmônica.
Johan Mortiz (Mauricio) Rugendas, alemão – pintor e desenhista veio para o Brasil em
1821, Fez inúmeros desenhos que estão nos arquivos da Academia de Ciências da
Rússia. Visitou inúmeros países da América do Sul. Reuniu seus trabalhos e publicou
um livro “Viagem pitoresca ao Brasil” em luxuosa encadernação. Voltou ao Brasil em
1847. Documentou a exemplo de Debret aspectos naturais e sociais do quotidiano
brasileiro. Sua obra tem sido divulgada em sucessivas edições brasileiras. Ela consta
de pinturas e desenhos de pessoas paisagens, de escravos, enfim do dia a dia da época
em que aqui ele esteve, tanto do Brasil como de outros países da América do Sul.
August Saint’Hilaire francês, naturalista e cientista famoso
pertencente à Academia de Ciências de Paris, veio para o Brasil em 1816.
Suas contribuições à Fitografia e Botânica brasileiras são notáveis.
Escreveu inúmeros livros sobre o assunto.
Julian Baltazar Mariano José Luis Alvares, argentino, seguiu
inicialmente a carreira eclesiástica, foi jornalista, advogado político lutou
pela Independência da Argentina e atuou na Secretaria do novo governo,
junto ao General San Martin. Foi Venerável da Loja “Independência” de
Buenos Aires. Influiu de forma decisiva na formação da República Oriental
do Uruguai, tomando parte na Assembléia Constituinte. Foi deputado e
Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Ao falecer em 1843, deram-lhe
as honras de Brigadeiro-General.
Não podemos dizer que se tratasse de uma Loja contrária aos
princípios do Grande Oriente Brasílico que naquela época somente
almejava a Independência, pois a Loja era composta pela maioria de
europeus, ligados ao comércio e às ciências e artes e não eram de
Portugal, que no caso seriam considerados naquele momento histórico,
inimigos do Brasil.
Se formos analisar, a Loja realmente existiu. Ela foi a introdutora do
REAA no Brasil em 1822, fundou o primeiro Capítulo do Rito em terras
brasileiras e teve em suas fileiras, homens importantes como Debret,
Saint’Hilaire, Rugendas alem de outros não menos importantes.
A tese não informa quanto tempo durou esta Loja, quando teria
abatido colunas e o que aconteceu com ela.
A julgar pela data que o Grande Oriente da França lhe teria dado a
Carta Constitutiva em 01.12.1823 ela teria durado no mínimo, mais de um
ano.
Sabe-se que seus membros tiveram problemas internos. Não se
sabe mais nada a partir daí sobre esta Loja. Mas que ela existiu isso é fato
comprovado.
D.Pedro Iº havia fechado a Maçonaria no Brasil em 25.10.1822, mas
a do Grande Oriente Brasílico, por entender que este conspirava contra o
trono. Não se sabe se houve perseguição contra a Loja francesa.
Porque nossos escritores maçônicos que escrevem sobre o
REAA, a não ser Kurt Prober em seu livro “Catálogos dos Selos de
Maçons Brasileiros” não deram a dimensão que o fato exigia? Porque se
calaram? Porque não citaram, pelo menos de passagem que existiu uma
Loja do REAA no Brasil em 1822 e que ela seria a introdutora do Rito no
Brasil? Afinal o REAA não é universal? Uma Loja que introduz um rito num
país, mesmo que composta de estrangeiros residentes naquele país não
terá que ser necessariamente, uma loja “nacional”.
Deixando patriotadas e sofismas de lado, foi necessário que um
Irmão argentino trouxesse para nós, a lume um fato tão importante e que
nossos escritores simplesmente não tomaram conhecimento, e
continuaram a nos contar uma outra história que já estamos cansados de
saber, ou seja, que REAA foi praticado pela primeira vez no Brasil em
1829 através da Loja “Educação e Moral”.
Não nos interessa se a Loja “Bouclier D’Honneur” era uma Loja
fundada por brasileiros ou estrangeiros. O fato é que ela foi fundada em
terras brasileiras trazendo para nós o REAA antes que aqui qualquer Loja
ou Potência o tivesse adotado. Isto não pode ser ignorado.
Achamos que é tempo de se estudar mais o assunto e se for preciso,
revisar...
Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Brasil
BIBLIOGRAFIA
CASTELLANI, José - “História do Grande Oriente do Brasil”
A Maçonaria na História do Brasil –
Gráfica e Editora Maçônica do Grande Oriente do Brasil –
Brasília – 1993
PIRES, Joaquim da Silva “O Suposto Rito de York e outros Estudos”
Editora Maçônica "A Trolha” Ltda.
Londrina - 2000
PROBER, Kurt “Cadastro Geral das Lojas Maçônicas do Brasil”
Rio de Janeiro, 1975
PROBER, Kurt “História do Supremo Conselho do Brasil do grau 33”
Livraria Kosmos, Editora – Rio de Janeiro, 1981
PROBER, Kurt “Catálogo dos Selos de Maçons Brasileiros”
Paquetá-Rio de Janeiro, 1984
SCHRANN, Renato Mauro “Biografia de Maçons Brasileiros”
Papa Livros Editora- Florianópolis - 1999
“FORMAÇÃO HISTÓRICA DA MAÇONARIA”
(Anais do 1º Congresso Internacional de História e Geografia 1º Volume)
ACADEMIA BRASILEIRA MAÇÔNICA DE LETRAS, Rio de Janeiro 1983.
BOLETINS DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL
NÚMEROS 06, 07, 08, 09, E 10 REFERENTES AOS MESES DE JUNHO,
JULHO, AGOSTO SETEMBRO E OUTUBRO DE 1923
(Livro de Ouro da Maçonaria Brasileira)
por Vladimir Duarte Dias*
O livro aborda a liberdade sob dois prismas: seria a
liberdade uma condição natural do homem? ou seria uma
forma a ser elaborada, uma meta a ser conquistada?
A distância entre uma e outra hipótese encerra uma
multiplicidade de situações.
A mitologia contém histórias dos deuses que infligiam
castigos, ou concediam benefícios. Os castigos aparecem
como represália a todos atos que ultrapassassem os limites
das liberdades - os muitos desejos e vontades divinas
estabelecidas. O mito de Hércules e os seus doze castigos,
são condições impostas para ele poder voltar a ter
liberdade. Essa história tem origem no crime dele ter tirado
a vida de seus familiares num alegado estado de loucura.
Mas o fato mais marcante para a civilização ocidental está
contido no mito judaico-cristão que está no primeiro livro da
Bíblia, o Gênesis, onde e quando Adão e Eva, como
símbolos da humanidade, desobedeceram a limitação
imposta pelo Criador de que podiam viver "livres" no
Paraíso, desde que não comessem dos frutos das duas
árvores do centro do paraíso: da árvore do Bem e do Mal, e
da árvore da Vida.
Mas Adão e Eva não resistiram a tentação das limitações
impostas. Aparece, nesse caso, que o instinto de liberdade,
das muitas lutas que a humanidade vai travar com a
natureza, fora do "paraíso", desde a sua criação, uma delas
seria contra as limitações das liberdades. Mas se Adão e
Eva não tinham exemplos anteriores a seguir, nem
instrutores que orientassem suas mentes, como no caso, a
essência desse desejo de liberdade seria uma condição
inata, própria do Ser.
No capítulo seguinte vem a história da fuga dos hebreus do
cativeiro do Egito. A base da história está contida no livro
de êxodo, o segundo da Bíblia. O mesmo desejo de
liberdade aparece com outros contornos e de uma maneira
mais nítida e fundamentalmente com base na razão.
Moisés apresenta ao faraó muitos argumentos. Como o
faraó não cedia, surgem as forças da natureza atuando
como que com vontade própria. Na crença religiosa é a
vontade do Criador que se manifesta a favor da liberdade.
Para avançar mais no cerne dos dois pontos de vista de
que a liberdade seria uma condição inata, ou seria uma
forma crescente do desenvolvimento da mente humana, o
texto avança sobre a área da ciência. Mais especificamente
da física quântica, da astronomia e da fisiologia.
Nesse novo contexto são lembradas as mais recentes
descobertas sobre as condições existentes além da
fronteira de uma "singularidade". Isto é, aquela fronteira
onde as leis da física deixam de serem válidas e que ainda
não se sabe maiores detalhes. O que importa dizer é que
dentro de um chamado buraco negro, uma singularidade, a
temperatura e as forças gravitacionais são tão elevadas
que nem os átomos tem possibilidade de se formarem. As
partículas, nessas condições, são "livres".
Paradoxalmente esse estado de "amplas liberdades" das
partículas aparece como o "caos", onde a Lei ( leis da física
e de outras ciências ) pelo menos as conhecidas, não tem
validade, nem produzem nenhum efeito.
Transportando esse tema para dentro do enfoque que se
deseja, parece que esse "caos" se assemelha com o caos
primigênico, que antecedeu a criação, conforme descrito no
Gênesis da Bíblia. Nos primeiros capítulos consta que o
caos é a situação anterior ao "cosmos", ( que é a ordem )
gerada a partir do "fiat lux" e de toda a criação, onde se
inclui, no sexto dia e em ato solene, a criação do homem e
sua companheira.
Mais uma vez aparece a Lei, a ordem, como uma condição
necessária para o convívio das muitas forças da natureza e
da vida como um todo.
Começa a se delinear que as vontades das muitas forças
da natureza precisam de um ordenamento para que vivam
em harmonia e em paz. Mas seria a Lei, no caso mais
específico, a Lei feita pelos homens, o instrumento mais
adequado ? A resposta pode ser muito mais complexa do
que possa aparecer à primeira vista. As leis dos homens
somente são sábias, verdadeiras e justas, quando
proporcionam a paz e a harmonia. Estudos sociológicos
indicam que muitas leis são iníquas, porque provém da
vontade de determinados grupos que, chegando ao poder,
legislam em causa própria, obrigando uma parcela
significativa das populações as mais diversas situação de
constrangimento, onde se incluem as contribuições pelos
impostos criados que não beneficiam, não apresentam
retorno equivalente do esforço e do custo social, a todos
aqueles que, submetidos, são obrigados a sustentar uma
máquina administrativa, burocrática ou bélica, em
detrimento da liberdade de usarem de seus bens, frutos de
seus trabalhos, como desejam. Em outras palavras, um uso
mais adequado dos recursos que uma falsa liberdade pode
estar mascarada por aparentes princípios democráticos.
Nesse enfoque do tema não convém ampliar e se falar dos
regimes ditatoriais que são, por natureza, muito mais
despóticos e limitadores das liberdades.
Até aqui se falou das liberdades intrínsecas à condição
humana e aquelas decorrentes do convívio social, com a
figura central das limitações que podem ser impostas às
pessoas, inclusive através da Lei. Resta falar da liberdade
de pensar, frente a todo o complexo sistema de
informações e sua sofisticada tecnologia, que invade
nossas casas e, de maneira especial, da força da "mídia"
que tem por objetivo formar opinião e submeter as
populações aos mais variados desejos e impulsos. Nessa
campo se inserem as técnicas de persuasões de ordem
política, religiosa e de consumo.
Parece que cabe a pergunta: quando alguém emite uma
opinião sobre determinado político, ou dá seu voto nas
eleições, ou tem seu desejo voltado à compra de
determinado bem, suas idéias e conceitos estão baseadas
em que razões, que fatos e argumentos fornecidos por
quem? Da mesma forma a liberdade de pensar fica restrita,
muito limitada, para aquelas pessoas que não conseguem
fazer uma análise crítica do volume de informações
colocadas à sua disposição. Esse aspecto das limitações
de se obter a razão, a verdade, pode ser analisado sob
qualquer atividade que esteja submetida ao processo de
formação de opinião através dos meios mais sofisticados
da publicidade.
O consumismo é uma espécie de escravidão aos produtos
colocados à disposição do mercado, decorrente de um
processo de geração de necessidades forçadas, criadas,
muitas vezes com argumentos falaciosos de que é fruto do
desenvolvimento e da geração de empregos.
A liberdade aparece nos mais variados campos da
atividade humana, limitada e mascarada sob muitas
facetas. Em muitos casos está acompanhada da sua
contra-partida, que são as mais variadas formas de
escravidão, determinadas pela dependência à
determinadas condições estabelecidas. Nesse caso aflora,
de imediato, aquele desejo natural da humanidade: quando
criada uma forma de limitação, surge o desejo inato das
pessoas de ampliarem suas liberdades.
.
* O Ir Vladimir Dias é membro da Loja de Pesquisas
Universum Nr. 147, de Porto Alegre - GLMRGS. É palestrante
onde fala sobre temas maçônicos, interpretação de rituais e
Filosofia. Também é membro da Academia Maçônica de Letras
do Rio Grande do Sul.
 Chegando do “Circulo do Livro Maçônico” da Editora A Trolha, mais
uma obra do Ir Raimundo Rodrigues, “Na Busca de Novos Caminhos
da Doutrinação Maçônica”, com 160 páginas de excelentes conteúdo.
 Também chegando a Revista Maçônica “O Prumo”, nr. 194, de
novembro/dezembro de 2010, editada pelo GOSC, que traz em sua capa a
vistosa Catedral de Chartres, de Paris, construída em 1145. Entre algumas
matérias recomendadas à leitura estão “Decadência de uma Loja
Maçônica”; “A Ressurreição de Lázaro.Teria sido uma Iniciação?”;
“Pedreiros Livres e as Catedrais”; “Ulisses o Herói Interior”, entre
outras.
 Comentário hoje pela internet: “Que pena, Perder tempo espalhando bobagens
como esta. Se algum Irmão compara BBB com a Maçonaria, devia se retirar da
ordem.”
 O JB News registra com pesar o passamento para o Oriente Eterno do Ir.
Rubem Bérgamo, membro ativo e regular da Loja Maçônica Pitágoras de
Londrina. À família e a Loja enlutadas, os nossos sentimentos.
Grande Loja Maçônica do Maranhão
extraído do site
http://www.alferes20.org
visite-o
RESSURREIÇÃO
* Sinval Santos da Silveira
Uma figura humana,
esquálida, sem sombra,
vaga na noite escura e assustadora.
Percebida, ladram os cães intimidados.
O vento gélido apressa os passos dos transeuntes.
É uma mulher.
Evita perguntas e nada responde.
Solitária e ferida na alma,
por alguém,
desesperadamente procura.
Para à frente de um pequeno jardim,
acaricia uma bela rosa branca,
beijando-a com ternura.
Finalmente desabafa:
Disse estar ali o grande amor da sua vida,
renascido das cinzas, em forma de flor
e em obediência ao Senhor.
Agora, suas lágrimas regam,
já com saudade,
a linda roseira branca da grutinha da Trindade.
(versos dedicados à família do nosso Irmão Pellegrini).
* Sinval Santos da Silveira
Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes
Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina
Criado e mantido por: Juarez de Oliveira Castro

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JB NEWS - Marina’s Palace Hotel oferece desconto para família maçônica

  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 139 Editoria: Ir Jerônimo Borges (Loja Templários da Nova Era - GLSC) Florianópolis (SC) 13 de janeiro de 2011
  • 2. Marina’s Palace Hotel. Rua Manoel Mancellos Moura esquina com Rua Madre Maria Vilac Reservas: (48) 3266-0010 – 3266-0271 O hotel que proporciona 30% de desconto na temporada para a família maçônica. Estacionamento próprio. Praia de Canasvieiras Florianópolis
  • 3. Apoio: Do Aprendiz ao Mestre desfrute das informações sobre o compêndio de quase 700 páginas. Índice desta quinta-feira: 1. Almanaque 2. Viagens, Provas e Elementos nas Iniciações da Antiguidade (Jerônimo Borges) 3. “Bouclier D’Honneur”: Primeira Loja do REAA no Brasil (Ir. Hercule Spoladore) 4. Liberdade (Ir. Vladimir Dias) 5. Destaques JB
  • 4. (clique nas palavras sublinhadas para aprofundar seu conhecimento) 532 - Começa em Constantinopla a Revolta de Nika onde 30.000 revoltosos foram degolados por ordens do Imperador Justiniano I.  1750 - Feito o Tratado de Madri, documento que definiu grande parte do território brasileiro.  1767 - É fundada a cidade de Divinópolis em Minas Gerais  1825 - Confederação do Equador: Frei Caneca foi fuzilado.  1860 - A Colônia São Paulo de Blumenau é transferida para o Governo Imperial  1898 - Caso Dreyfus: o escritor Émile Zola expõe o escândalo ao público geral no jornal literário L'Aurore numa famosa carta aberta ao Presidente da República Félix Faure, intitulada J'accuse! (Eu acuso!)  1937 - Criação do Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro  1948 - Gandhi inicia um jejum em protesto contra as violênicas cometidas por indianos e paquistaneses.  1964 - A produtora Capitol Records lança nos Estados Unidos um compacto (single) com “I Want to Hold Your Hand” e “I Saw Her Standing There” do grupo britânico “The Beatles”.  1967 - Gnassingbé Eyadéma realiza outro golpe de estado no Togo  1972- Henrique Costa Mecking (o Mequinho) torna-se o primeiro brasileiro Grande Mestre de xadrez.  1975 - Os responsáveis do CDS entregaram no Supremo Tribunal de Justiça a documentação necessária à legalização do Partido Popular. Eventos Culturais e de média/mídia  1930 - Primeira aparição Mickey Mouse em banda desenhada.  1979 - A ACM processa o Village People por difamação por causa da música YMCA
  • 5. Nascimentos  1334 - Henrique II, rei de Castela (m. 1379).  1400 - João, Infante de Portugal, Condestável de Portugal (m. 1442).  1838 - André Rebouças, engenheiro brasileiro (m. 1898).  1842 - Franklin Távora, escritor brasileiro (m. 1888).  1864 - Wilhelm Wien, físico alemão (m. 1928).  1871 - Fernando Augusto Pereira da Silva, oficial da marinha, administrador colonial e Ministro da Marinha nos últimos governos da Primeira República (m. 1943).  1879 - Melvin Jones, fundador do Lions Internacional (m. 1961).  1885 - Manuel Amoroso Costa, matemático brasileiro (m. 1928).  1904 - Richard Addinsell, compositor inglês (m. 1977).  1924 - Paul Feyerabend, filósofo da ciência (m. 1994).  1927 - Sydney Brenner, biologista sul-africano vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 2002.  1936 - Renato Aragão, comediante brasileiro. Oriente Eterno  86 a.C. - Gaius Marius, general e estadista romano (n. 156 a.C.).  47 a.C. - Ptolomeu XIII, rei egípcio (n. 63 a. C.).  888 - Carlos, o Gordo, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico (n. 832).  1691 - George Fox, fundador da Society of Friends, conhecida geralmente como os Quakers (n. 1624).  1724 - Bartolomeu de Gusmão, jesuíta brasileiro conhecido como "padre voador" (n. 1685).  1759 - José de Mascarenhas da Silva, nobre português, condenado à morte em virtude do conhecido Processo dos Távora (n. 1708).  1825 - Frei Caneca, herói da Confederação do Equador (fuzilado) (n. 1779).  1879 - Jakob Dubs, foi Presidente da Confederação suíça em 1864 (n. 1822).  1894 - William Waddington, político francês (n. 1826).  1906 - Alexander Stepanovich Popov, físico russo (n. 1859).  1912 - Marc-Emile Ruchet, foi Presidente da Confederação suíça em 1905 (n. 1853).  1916 - Victoriano Huerta, ex-presidente do México (n. 1850).  1929 - Wyatt Earp, lendário sheriff do oeste americano (n. 1848).  1941 - James Joyce, escritor (n. 1882).  1943 - C. Tate Regan, ictiólogo britânico (n. 1878)  1978 - Hubert H. Humphrey, ex-vice-presidente estadunidense (n. 1911).  1993 - Mozart Camargo Guarnieri, maestro e compositor clássico brasileiro (n. 1907).  1999 - Nelson Werneck Sodré, escritor, historiador e político brasileiro (n. 1911). Feriados e eventos cíclicos  Dia da Democracia em Cabo Verde  Dia de São Hilário de Poitiers  Dia Internacional do Leonismo
  • 6.  Feriado municipal em Cadaval e Santa Marta de Penaguião  Ano Novo na Rússia segundo o calendário Juliano Fatos Históricos de Santa Catarina 1860 Contrato firmado nesta data entre o Governo Imperial do Brasil e colonizador Hermann Blumenau, através do qual a colônia particular, organizada por este último no Vale do Itajaí, passou à administração do Império. 1879 Morre, no Rio de Janeiro, o catarinense tenente-general Polidoro Fonseca Quintanilha Jordão, Barão de Santa Tereza. Calendário Maçônico do Dia: 1797 Formado o primeiro Grande Consistório (Grau 32) em Charleston, Carolina do Sul, USA. 1818 Fundada a Grande Loja de Indiana dos Maçons Livres e Aceitos, USA. 1825 Fuzilado Frei Caneca (), mártir pernambucano. 1937 Criação do Museu Nacional de Belas Artes.
  • 7. Viagens, Provas e Elementos nas Iniciações da Antiguidade Jerônimo Borges* Nas sociedades secretas antigas o neófito viajava por subterrâneos. Nunca pelos templos. A terra, o fogo, o ar e a água, eram os elementos que constituíam as principais provas de Mênfis, por exemplo. Há quem afirme que as grandes pirâmides do Egito serviam de entrada aos subterrâneos onde se faziam as iniciações dos aspirantes, nas sociedades secretas da antiguidade. O costume determinava que o último iniciado obrigatoriamente tivesse que conduzir o aspirante até a entrada interior dos subterrâneos, onde se praticavam as iniciações. A este entregava uma tocha acesa, abandonando-o a seguir, aparentemente. O candidato era instruído a penetrar por uma pequena abertura de entrada na rocha em forma de aspiral, terminando ao fundo no chamado “Poço Misterioso”. Esta primeira prova era assustadora. Por isso o iniciado mais moderno era sempre encarregado de seguir o aspirante de longe, precavendo-se para que este não o visse. O primeiro elemento é a Terra.
  • 8. É representada pela vitoriosa passagem no subterrâneo, local de intensa insalubridade onde se proliferam germens, bactérias e as sementes. O candidato chegando ao “Poço Misterioso” defronta-se com duas grades eqüidistantes. Uma de bronze e outra de ferro. É nesse momento que o iniciado que seguia o neófito se aproxima dele e, sem dizer nada, passa pela porta junto à uma das grades, a de bronze. Um dos batentes desta porta, ao voltar-se, fazia um barulho estridente, significando, a quem escutasse o esperado som, que estava tudo bem com o candidato e que ele se propunha a prosseguir, para ingressar na prova seguinte, a do fogo. Ao ultrapassar a porta de bronze, após distância mediana, o aspirante percebia uma luz que aumentava de intensidade à medida que caminhava, chegando depois a uma abóbada, à semelhança de uma fornalha ardente. Ao ultrapassá-la, observava ele que era uma ilusão de ótica formada por uma madeira inflamável com ramos de árvores e de bálsamos. E prosseguia, tendo que marchar pelos intervalos de uma grade de ferro ardente estrategicamente colocada, até o final da fornalha. Esta, a prova do fogo. Não se deseja aprofundar sobre o tema, mas é conveniente registrar que o fogo é um dos quatro elementos básicos até nossos dias e que tem
  • 9. uma capacidade transformadora imensurável. Força que impulsiona e luz que representa o conhecimento e a sabedoria. Sobre o fogo diz o “Grande Ritual de Iniciação” da GLSC como também a grande maioria dos rituais do REAA : “Ven - (!) As chamas que vos envolveram simbolizam o batismo da purificação. Purificados pela Água, o Fogo eliminou as nódoas do vício. Estais simbolicamente limpos.” Oportuno salientar que o fogo, além de ser entendido como elemento que limpa e purifica, significa também o surgimento da paixão e da sexualidade. Para Jung o fogo representa a transformação, pois é ele o grande agente que simboliza as emoções. Tanto que aquilo que resiste ao fogo tem caráter de imortalidade. O fogo tem, ainda, forte significado na Bíblia, como indicador da presença de Deus. Em Êxodo, está escrito que para acompanhar e mesmo guiar o povo hebreu que fugia do Egito, de dia uma coluna de água estava no céu, enquanto que de noite uma coluna de “fogo” servia para acompanhar e balizar a presença de Deus naquela travessia do deserto. Ao chegar ao fim da fornalha, o neófito se deparava com um canal de águas fortemente corrediças vindas do Rio Nilo e que entravam por um lado do subterrâneo com rapidez espantosa. Era necessário atravessar este canal a nado com a tocha na mão, com cuidado, para que a chama não se apagasse. Esta era a prova da água. Relativamente simples, mas que exigia do candidato serenidade equilíbrio. É sabido que a purificação pela água tem a finalidade de libertar o espírito humano de suas imperfeições. Em todas as iniciações da antiguidade a purificação da alma fazia-se pela água. (...purificados pela água...estais simbolicamente limpos...) Quando o neófito alcançava o outro lado do canal, se defrontava com uma arcada em que era obrigado a vencer centenas de degraus que o
  • 10. levavam a uma ponte pênsil bem acima, fechada por ambos os lados com altas muralhas. Ao final dessa etapa, o candidato encontrava dois grandes anéis e, ao tocá-los, uma mola fazia mover certas rodas, que abalavam a ponte levadiça, fazendo rápido giro, ficando, afinal, o aspirante quase suspenso no ar, onde era visível um precipício imenso, donde soprava um vento impetuoso, que apagava abruptamente a tocha. O neófito tinha que permanecer por um determinado tempo nessa incômoda posição, até que, por efeito de um contrapeso, voltava à posição original. A ventania que soprava com violência, correspondia ao arejamento total das idéias aventadas para a senda do bem e da verdade, empurrando para o infinito as idéias malévolas. Esta era a prova do ar. O ar é a essência da vida, onde todos os seres viventes dele necessitam para a sua existência. O ar está em toda a parte e, embora invisível, está sempre disponível. As purificações que acompanham todas as viagens (terra, fogo, água e ar) são para lembrar que mesmo após a sua iniciação, o elemento chamado homem nunca estará suficientemente puro para chegar ao templo da filosofia. Só depois de passar por todas essas provas é que aparecia um introdutor para vendar-lhe os olhos e, após passar por uma grande porta, entregar-lhe ao pastóforo – esta é a denominação do último iniciado. Essa palavra origina-se do grego, significando o portador sagrado de uma classe escolhida para uma iniciação. Também, no Egito, era a pessoa incumbida de abrir a urna que continha o defunto. Vencida essa etapa e após o candidato ter ultrapassado à grande porta, ali tinha então ingresso onde era anunciado com magnificência, para em seguida ser profundamente interrogado. Primeiro era feita a narração de toda a vida profana do candidato e o logo após o Sacerdote Supremo, chamado de Hierofante, o interrogava firmemente.
  • 11. Não satisfeitas as respostas, o candidato era sumariamente reprovado. Mas, satisfeitas, o candidato era retirado e conduzido para um recinto especial. Nessa viagem a coragem do neófito era, mais uma vez, colocada à prova com o efeito das tempestades e trovoadas, simbolizando que após as tempestades, surge a bonança. Se vencedor, o candidato então ouvia a leitura pelo Sacerdote Supremo das leis e penalidades dos perjuros, sendo, ao após, levado para prestar seu juramento, sendo em seguida desvendado. Bibliografia: Grande Ritual de Iniciação (GLSC) Bíblia Sagrada – Antigo Testamento – traduzida por João Ferreira de Almeida DIAS - Vladimir – Trabalho sobre o Rito Passagem de Aniversário FIGUEIREDO LIMA – Adelino de Nos Bastidores do Mistério BUARQUE LIRA – Jorge – A Maçonaria e o Cristianismo JUNG – Obras completas – Ed. Vozes Jerônimo Borges - 33º. é MI da Loja Templários da Nova Era, nr. 91 GLSC LOJA “BOUCLIER D’HONNEUR” –REAA – RIO DE JANEIRO, 1822 Autor: Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” Sabemos que o Rito Escocês Antigo e Aceito, depois de ter assumido este nome, já que de inicio não levava o nome Escocês, era o Rito dos Antigos e Aceitos Maçons e que foi fundado a partir de 1801 em Charleston, EUA, do 4º ao 33 graus e não do 1º ao 33º. Ele teve a partir dos Estados Unidos uma volta para a França e através de lá, por meio das chamadas cartas patentes, distribuídas apenas
  • 12. para alguns Grandes Inspetores Gerais do Rito o direito de fundar Consistórios e até Supremos Conselhos, em outros países. Um dos exilados de 1823 por D. Pedro Iº, juntamente com os Andradas, que não era maçom nesta época, era um baiano de nome Francisco Gomes Brandão que depois adotou o nome de Francisco Gê Acayaba Montezuma foi iniciado na França, chegou ao último grau e em suas andanças pela Europa, em Bruxelas conseguiu uma carta patente (não sabemos qual foi o critério) em 12.03.1829 que autorizava a fundar um Supremo Conselho no Brasil. Ele voltou ao Brasil, segundo consta, no mesmo dia da abdicação de D.Pedro Iº em 07.04.1831. Em 12.11 1832 funda o Supremo Conselho do grau 33 do Brasil, que inicialmente não estava ligado nem ao Grande Oriente do Passeio e nem ao Grande Oriente do Brasil, por sinal potências adversárias entre si, e nem havia razão de ser, pois ambas nesta época, adotavam o Rito Moderno (Francês) que nada tem a ver com um Supremo Conselho que é especifico para o REAA. Acresça-se que ao fundar o Supremo Conselho, Montezuma não o fez regularmente com base exigida em três lojas simbólicas do Rito como co-fundadoras. Também não podia, pois não havia o REAA oficialmente no Brasil nesta época. A primeira Loja escocesa do Brasil, assim nos ensina os historiadores maçônicos teria sido a Loja “Educação e Moral”, fundada por Gonçalves Ledo em 17.03.1829 e instalada posteriormente no Rito Escocês pelo Tenente General João Paulo dos Santos Barreto que tinha uma patente do Grande Oriente da França para fundar até Consistório, mas não para fundar um Supremo Conselho. Esta Loja foi filiada ao Grande Oriente do Brasil até 08.06.1832, quando foi declarada irregular e eliminada. Estava filiada ao Grande Oriente do Passeio quando este resolveu em 13.09.1834 adotar oficialmente o REAA. Quinze Lojas adotaram o Rito e a partir dai proliferou a tal ponto que hoje no Brasil 95% das Lojas pertencem a este sistema maçônico. O Grande Oriente do Passeio foi fundado em 1830 e instalado em 24.06.1831 através de três Lojas simbólicas, a saber, “Vigilância da Pátria”, “União” e “Sete de Abril”. O Grande Oriente do Brasil fundado em 17.06.1822, como Grande Oriente Brasílico ou Brasiliano, fechado por D.Pedro I em 21.10.1822, tendo encerrado as suas atividades em 25.10.1822, foi reinstalado por José Bonifácio em 23.11.1831. Trabalhava também no Rito Moderno ou Francês.
  • 13. O Grande Oriente Brasílico, Brasiliano ou até Brasiliense como querem alguns autores em 17.06.1822 foi fundado em realidade pela Loja “Comércio e Artes” do Rito Adorinhamita, a qual dias após a sua fundação, se fragmentou em três Lojas, a saber, “Comércio e Artes na Idade do Ouro”, “União e Tranqüilidade” e “Esperança de Niterói”, para preencher os requisitos normais de fundação de um Grande Oriente. E esta Potência foi fundada no Rito Moderno ou Francês, trazendo algumas práticas e costumes usados pelo Rito Adonhiramita tais como o codinome que cada obreiro deste Rito usa (nome histórico), mas que não existe no Rito Moderno, alem do um calendário pseudo-hebraico que começa no dia 21 de Março, quando no calendário do Rito Francês, inicia no dia 01 de Março. Este fato traria muitas confusões por parte de alguns historiadores na conversão para o nosso calendário gregoriano confusões estas que persistem até a presente data para os menos informados. Se o Grande Oriente do Passeio só reconheceu o REAA em 13.09.1834, o Grande Oriente do Brasil só o adotou em 26.11.1837, porem continuando o Rito Moderno como o seu Rito oficial. Estas explanações em linhas gerais, sem entrar em pormenores nos entraves, cisões e brigas da época entre maçons e entre as duas Potências enfocadas, quando Lojas que eram eliminadas de uma Potência eram abrigadas pela outra, alem de uma política de bastidores bastante acirrada, onde se disputava o poder alem da vaidade reinante. Estas são as informações que temos com relação à entrada do Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil. Diga-se de passagem, acontecidas após a fundação do Supremo Conselho do grau 33 do Brasil, ou a partir da instalação da Loja Educação e Moral, como querem alguns autores. Entretanto, nos dias 19 à 21.03.1981 quando foi realizado o 1º Congresso da Academia Brasileira Maçônica de Letras de saudosa memória, a qual no momento está em sono cataléptico fundada pelo inesquecível Irmão Morivald de Calvet Fagundes, um trabalho enviado ao Congresso por um Irmão argentino de nome ALCIBIADES LAPPAS tendo sua tese sido aprovada, e publicado no livro “Formação Histórica da Maçonaria” 1º Volume, (Anais do 1º Congresso Internacional de História e Geografia), cujas pesquisas foram realizadas na Sessão de Manuscritos da Biblioteca Nacional de Paris (Coleções Maçônicas FM2, 558). Esta tese que teve como tema: “Algumas revelações sobre os inícios da Maçonaria no Brasil” foi traduzido pelo Irmão Fernando
  • 14. Fagundes e teve como relator simplesmente Kurt Prober, um dos mais bem informados maçons brasileiros. LAPPAS nos informa em um dos tópicos de sua tese através de seu bem elaborado trabalho, que durante os meses de março e abril de 1822, no Rio de Janeiro um grupo de Maçons estrangeiros que aqui residiam, realizaram as reuniões preliminares com a finalidade de se fundar uma Loja. E esta foi fundada no dia 20.05.1822 com o nome de ”BOUCLIER D’HONNEUR” cuja tradução para o português é “ESCUDO DE HONRA” no Rito Escocês Antigo e Aceito. Seriam quinze Irmãos, os seus fundadores: “Venerável Mestre: Clovis Ramel, natural de Lyon, de 37 anos coronel da Artilharia e membro da Legião do Sul, grau 33”; Primeiro Vigilante: François Manquoel, natural de Toulouse de 46 anos, veterinário, membro da Academia do Brasil; Segundo Vigilante: Pierre Schilts, natural de Colmar, de 34 anos, comerciante; Orador: Pougi, natural de Alais (sic) 60 anos, proprietário; Secretário: Jean Sobra, natural de Bayona, 26 anos, comissário Pagador da Marinha; Tesoureiro: N. Fagnoli, natural de Milão, com 40 anos de idade, proprietário de restaurante; Hispitaleiro: N. Candida, natural de Lisboa, de 32 anos comissário pagador do Exército; Grande Experto: Julián Alvarez, natural de Buenos Aires, 46 anos Ex-Secretário de Estado ex-Venerável Mestre, grau 33º; Primeiro Experto: Conde Ernest de Tourville; Segundo Experto: François Fabre, natural de Milão, 28 anos padeiro; Mestre de Cerimônias: Louis Troyon, natural de Genebra, 45 anos comerciante; Bibliotecário: Cavaleiro Louis de Porcete (?) de Provença, 50 anos coronel de cavalaria; Chanceler: Mariano Pablo Rosquellas, natural de Madri, 29 anos, professor de música da Academia do Brasil;
  • 15. Arquiteto: Jean Baptiste Debret, natural de Paris, 42 anos, pintor da Academia do Brasil; Delegado junto às lojas do Peru e Chile: Charles Renaré, natural de Rouen, de 46 anos, oficial da Marinha Francesa”. Os fundadores e demais Irmãos que vieram compor o quadro eram intelectuais artistas, negociantes, políticos nobres, e alguns eram portadores do grau 33 no REAA, ou altos graus superiores. Os fundadores cotizaram-se para conseguir uma importância, que deveriam levar ao Grande Oriente da França, para terem sua Carta Constitutiva. E também para a aquisição de rituais em idioma francês, aventais, diplomas do grau 18 e outros materiais indispensáveis para trabalharem no REAA. A petição de filiação ao Grande Oriente da França foi apoiada pela Loja francesa “Os Amigos Reunidos” (Les Amis Reunis) da qual copiaram o regimento interno. Foi desenhado o selo da Loja que era composto de dois círculos em cujo interior havia um compasso esquadro entrelaçados e no centro a data de 1822, em torno da inscrição “L:. du Bouclier D’Honneur, Or:. De R:.J:.” Os fundadores usavam uma jóia distintiva que consistia num nível de ouro, pendente de uma fita violeta que deveria ficar aderida no cordão de cada grau. Aproveitaram a ocasião para fundar no mesmo dia um Capítulo que possivelmente teve o mesmo nome da Loja. Seria a primeira Loja Capitular das muitas, que existiram no Brasil. O número de Irmãos aumentou consideravelmente, a ponto de daí a dois meses terem quase cinqüenta membros. Deveriam ser a maioria, por filiação, já que eram maçons em seus pais de origem, a maior parte com graus acima do 15. Entre eles estavam o Dr. Pachtou, médico suíço, August de Saint’Hilaire, nobre, naturalista, francês, Jacques Casimiro de Tourville, nobre francês, engenheiro, François Vial, francês, nobre, Johan Moritz (João Maurício) Rugendas, alemão, Julian Alvares, argentino, político. Predominava nesta Loja os franceses, mas havia também Irmãos italianos, alemães, portugueses e espanhóis suíço e um importante argentino. A Loja depois de fundada, começou a ter contratempos. Por esta ocasião, em menos de um mês, em 17.06.1822 foi fundado o Grande
  • 16. Oriente Brasílico, Brasiliano ou Brasiliense, conforme os autores, que começou a pressionar a Loja para aderir ao mesmo. Mas eles não aceitaram porque, o Grande Oriente Brasílico era político-revolucionário, cujo principal escopo era a Independência do Brasil e alem do mais, trabalhavam no Rito Moderno ou Francês e queiram ou não, era uma Potência irregular naquela época. Alem do mais, já haviam solicitado filiação ao Grande Oriente da França, Potência regular e já tinham fundado até um Capítulo Rosa-Cruz e a finalidade do grupo Loja “Bouclier D’Honneur” era simplesmente uma Loja maçônica para reunir amigos e Irmãos longe de suas pátrias. Como demorasse a Carta Constitutiva, a Loja resolveu a trabalhar assim mesmo no REAA, e instalou as autoridades em 06.07.1822. O Grande Oriente da França só daria a Carta Constitutiva em 01.12.1823. “Interessante que numa das atas componentes do “Livro de Ouro da Maçonaria Brasileira”, mais precisamente na 12ª sessão 28º dia do 5°mês do ano de 5.882 da V.L.”, ou seja, no dia 17.08.1822, consta no Grande Oriente Brasílico a presença de vários membros da Loja “Bouclier D’Honneur”, que haviam sido convocados pelo Grande Promotor, tanto os que formaram a acusação, quanto os que haviam pedido audiência à Grande Loja para se defenderem. Parece que se tratava de uma briga interna dentro da Loja “Bouclier D’Honneur” e que foram solicitar mediação junto ao Grande Oriente Brasílico (?). É muito estranho porque, esta Loja apesar de ser estrangeira em terras brasileiras, nada tinha a ver com o Grande Oriente Brasílico, pois ela havia solicitado filiação ao Grande Oriente da França com a documentação já tramitando e o Grande Oriente Brasílico era uma Potência autônoma, não tendo naquele momento reconhecimento do Grande Oriente da França e de nenhuma outra Potência. O que não se entende é, porque procuraram o Grande Oriente Brasílico e não o Grande Oriente da França. Esta Loja foi muito importante porque ela contou em seu quadro com homens de ciência, políticos importantes em seus países de origem, nobres e artistas que vieram ajudar a organizar e constituir a Academia Real de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Mencionaremos alguns deles merecem citação. Jean Baptiste Debret. Veio o Brasil 26.01.1816 para participar da dita Academia. Era pintor e desenhista famoso em todo o mundo. Na Academia foi professor de Pintura Histórica. Pintou D.João VI, a Arquiduquesa Leopoldina, Sagração de D.Pedro Iº, Aclamação de D.Pedro (esboço) uma bandeira do Brasil, o escudo real. Voltou a França em 1831
  • 17. e publicou um livro “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil” em três tomos em 1834/39. No Rio de Janeiro existe a Fundação “Raimundo Otoni de Castro Maia” que tem mais de trezentos e cinqüenta originais de Debret. Ele pintava o quotidiano, os costumes as paisagens brasileiras. Suas gravuras são reproduzidas até a presente data em muitos livros didáticos ou de história do Brasil. Mariano Pablo Rosquellas, músico, compositor nascido em Madri, estudou na Itália. Famoso em seu pais, aonde chegou a ser músico de câmara da corte do Rei de Espanha, Dom Fernando. Por suas idéias liberais, teve que exilar e assim chegou ao Brasil convidado para participar da Academia, onde foi professor alem de ter sido violinista da Capela Real. Do Brasil foi para Argentina, onde apresentou várias óperas. Depois para a Bolívia onde fundou uma Filarmônica. Johan Mortiz (Mauricio) Rugendas, alemão – pintor e desenhista veio para o Brasil em 1821, Fez inúmeros desenhos que estão nos arquivos da Academia de Ciências da Rússia. Visitou inúmeros países da América do Sul. Reuniu seus trabalhos e publicou um livro “Viagem pitoresca ao Brasil” em luxuosa encadernação. Voltou ao Brasil em 1847. Documentou a exemplo de Debret aspectos naturais e sociais do quotidiano brasileiro. Sua obra tem sido divulgada em sucessivas edições brasileiras. Ela consta de pinturas e desenhos de pessoas paisagens, de escravos, enfim do dia a dia da época em que aqui ele esteve, tanto do Brasil como de outros países da América do Sul. August Saint’Hilaire francês, naturalista e cientista famoso pertencente à Academia de Ciências de Paris, veio para o Brasil em 1816. Suas contribuições à Fitografia e Botânica brasileiras são notáveis. Escreveu inúmeros livros sobre o assunto. Julian Baltazar Mariano José Luis Alvares, argentino, seguiu inicialmente a carreira eclesiástica, foi jornalista, advogado político lutou pela Independência da Argentina e atuou na Secretaria do novo governo, junto ao General San Martin. Foi Venerável da Loja “Independência” de Buenos Aires. Influiu de forma decisiva na formação da República Oriental do Uruguai, tomando parte na Assembléia Constituinte. Foi deputado e Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Ao falecer em 1843, deram-lhe as honras de Brigadeiro-General. Não podemos dizer que se tratasse de uma Loja contrária aos princípios do Grande Oriente Brasílico que naquela época somente almejava a Independência, pois a Loja era composta pela maioria de europeus, ligados ao comércio e às ciências e artes e não eram de
  • 18. Portugal, que no caso seriam considerados naquele momento histórico, inimigos do Brasil. Se formos analisar, a Loja realmente existiu. Ela foi a introdutora do REAA no Brasil em 1822, fundou o primeiro Capítulo do Rito em terras brasileiras e teve em suas fileiras, homens importantes como Debret, Saint’Hilaire, Rugendas alem de outros não menos importantes. A tese não informa quanto tempo durou esta Loja, quando teria abatido colunas e o que aconteceu com ela. A julgar pela data que o Grande Oriente da França lhe teria dado a Carta Constitutiva em 01.12.1823 ela teria durado no mínimo, mais de um ano. Sabe-se que seus membros tiveram problemas internos. Não se sabe mais nada a partir daí sobre esta Loja. Mas que ela existiu isso é fato comprovado. D.Pedro Iº havia fechado a Maçonaria no Brasil em 25.10.1822, mas a do Grande Oriente Brasílico, por entender que este conspirava contra o trono. Não se sabe se houve perseguição contra a Loja francesa. Porque nossos escritores maçônicos que escrevem sobre o REAA, a não ser Kurt Prober em seu livro “Catálogos dos Selos de Maçons Brasileiros” não deram a dimensão que o fato exigia? Porque se calaram? Porque não citaram, pelo menos de passagem que existiu uma Loja do REAA no Brasil em 1822 e que ela seria a introdutora do Rito no Brasil? Afinal o REAA não é universal? Uma Loja que introduz um rito num país, mesmo que composta de estrangeiros residentes naquele país não terá que ser necessariamente, uma loja “nacional”. Deixando patriotadas e sofismas de lado, foi necessário que um Irmão argentino trouxesse para nós, a lume um fato tão importante e que nossos escritores simplesmente não tomaram conhecimento, e continuaram a nos contar uma outra história que já estamos cansados de saber, ou seja, que REAA foi praticado pela primeira vez no Brasil em 1829 através da Loja “Educação e Moral”. Não nos interessa se a Loja “Bouclier D’Honneur” era uma Loja fundada por brasileiros ou estrangeiros. O fato é que ela foi fundada em terras brasileiras trazendo para nós o REAA antes que aqui qualquer Loja ou Potência o tivesse adotado. Isto não pode ser ignorado. Achamos que é tempo de se estudar mais o assunto e se for preciso, revisar... Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Brasil
  • 19. BIBLIOGRAFIA CASTELLANI, José - “História do Grande Oriente do Brasil” A Maçonaria na História do Brasil – Gráfica e Editora Maçônica do Grande Oriente do Brasil – Brasília – 1993 PIRES, Joaquim da Silva “O Suposto Rito de York e outros Estudos” Editora Maçônica "A Trolha” Ltda. Londrina - 2000 PROBER, Kurt “Cadastro Geral das Lojas Maçônicas do Brasil” Rio de Janeiro, 1975 PROBER, Kurt “História do Supremo Conselho do Brasil do grau 33” Livraria Kosmos, Editora – Rio de Janeiro, 1981 PROBER, Kurt “Catálogo dos Selos de Maçons Brasileiros” Paquetá-Rio de Janeiro, 1984 SCHRANN, Renato Mauro “Biografia de Maçons Brasileiros” Papa Livros Editora- Florianópolis - 1999 “FORMAÇÃO HISTÓRICA DA MAÇONARIA” (Anais do 1º Congresso Internacional de História e Geografia 1º Volume) ACADEMIA BRASILEIRA MAÇÔNICA DE LETRAS, Rio de Janeiro 1983. BOLETINS DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL NÚMEROS 06, 07, 08, 09, E 10 REFERENTES AOS MESES DE JUNHO, JULHO, AGOSTO SETEMBRO E OUTUBRO DE 1923 (Livro de Ouro da Maçonaria Brasileira)
  • 20. por Vladimir Duarte Dias* O livro aborda a liberdade sob dois prismas: seria a liberdade uma condição natural do homem? ou seria uma forma a ser elaborada, uma meta a ser conquistada? A distância entre uma e outra hipótese encerra uma multiplicidade de situações. A mitologia contém histórias dos deuses que infligiam castigos, ou concediam benefícios. Os castigos aparecem como represália a todos atos que ultrapassassem os limites das liberdades - os muitos desejos e vontades divinas estabelecidas. O mito de Hércules e os seus doze castigos, são condições impostas para ele poder voltar a ter
  • 21. liberdade. Essa história tem origem no crime dele ter tirado a vida de seus familiares num alegado estado de loucura. Mas o fato mais marcante para a civilização ocidental está contido no mito judaico-cristão que está no primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, onde e quando Adão e Eva, como símbolos da humanidade, desobedeceram a limitação imposta pelo Criador de que podiam viver "livres" no Paraíso, desde que não comessem dos frutos das duas árvores do centro do paraíso: da árvore do Bem e do Mal, e da árvore da Vida. Mas Adão e Eva não resistiram a tentação das limitações impostas. Aparece, nesse caso, que o instinto de liberdade, das muitas lutas que a humanidade vai travar com a natureza, fora do "paraíso", desde a sua criação, uma delas seria contra as limitações das liberdades. Mas se Adão e Eva não tinham exemplos anteriores a seguir, nem instrutores que orientassem suas mentes, como no caso, a essência desse desejo de liberdade seria uma condição inata, própria do Ser. No capítulo seguinte vem a história da fuga dos hebreus do cativeiro do Egito. A base da história está contida no livro de êxodo, o segundo da Bíblia. O mesmo desejo de liberdade aparece com outros contornos e de uma maneira mais nítida e fundamentalmente com base na razão. Moisés apresenta ao faraó muitos argumentos. Como o faraó não cedia, surgem as forças da natureza atuando como que com vontade própria. Na crença religiosa é a vontade do Criador que se manifesta a favor da liberdade. Para avançar mais no cerne dos dois pontos de vista de que a liberdade seria uma condição inata, ou seria uma forma crescente do desenvolvimento da mente humana, o texto avança sobre a área da ciência. Mais especificamente da física quântica, da astronomia e da fisiologia. Nesse novo contexto são lembradas as mais recentes descobertas sobre as condições existentes além da fronteira de uma "singularidade". Isto é, aquela fronteira
  • 22. onde as leis da física deixam de serem válidas e que ainda não se sabe maiores detalhes. O que importa dizer é que dentro de um chamado buraco negro, uma singularidade, a temperatura e as forças gravitacionais são tão elevadas que nem os átomos tem possibilidade de se formarem. As partículas, nessas condições, são "livres". Paradoxalmente esse estado de "amplas liberdades" das partículas aparece como o "caos", onde a Lei ( leis da física e de outras ciências ) pelo menos as conhecidas, não tem validade, nem produzem nenhum efeito. Transportando esse tema para dentro do enfoque que se deseja, parece que esse "caos" se assemelha com o caos primigênico, que antecedeu a criação, conforme descrito no Gênesis da Bíblia. Nos primeiros capítulos consta que o caos é a situação anterior ao "cosmos", ( que é a ordem ) gerada a partir do "fiat lux" e de toda a criação, onde se inclui, no sexto dia e em ato solene, a criação do homem e sua companheira. Mais uma vez aparece a Lei, a ordem, como uma condição necessária para o convívio das muitas forças da natureza e da vida como um todo. Começa a se delinear que as vontades das muitas forças da natureza precisam de um ordenamento para que vivam em harmonia e em paz. Mas seria a Lei, no caso mais específico, a Lei feita pelos homens, o instrumento mais adequado ? A resposta pode ser muito mais complexa do que possa aparecer à primeira vista. As leis dos homens somente são sábias, verdadeiras e justas, quando proporcionam a paz e a harmonia. Estudos sociológicos indicam que muitas leis são iníquas, porque provém da vontade de determinados grupos que, chegando ao poder, legislam em causa própria, obrigando uma parcela significativa das populações as mais diversas situação de constrangimento, onde se incluem as contribuições pelos impostos criados que não beneficiam, não apresentam retorno equivalente do esforço e do custo social, a todos
  • 23. aqueles que, submetidos, são obrigados a sustentar uma máquina administrativa, burocrática ou bélica, em detrimento da liberdade de usarem de seus bens, frutos de seus trabalhos, como desejam. Em outras palavras, um uso mais adequado dos recursos que uma falsa liberdade pode estar mascarada por aparentes princípios democráticos. Nesse enfoque do tema não convém ampliar e se falar dos regimes ditatoriais que são, por natureza, muito mais despóticos e limitadores das liberdades. Até aqui se falou das liberdades intrínsecas à condição humana e aquelas decorrentes do convívio social, com a figura central das limitações que podem ser impostas às pessoas, inclusive através da Lei. Resta falar da liberdade de pensar, frente a todo o complexo sistema de informações e sua sofisticada tecnologia, que invade nossas casas e, de maneira especial, da força da "mídia" que tem por objetivo formar opinião e submeter as populações aos mais variados desejos e impulsos. Nessa campo se inserem as técnicas de persuasões de ordem política, religiosa e de consumo. Parece que cabe a pergunta: quando alguém emite uma opinião sobre determinado político, ou dá seu voto nas eleições, ou tem seu desejo voltado à compra de determinado bem, suas idéias e conceitos estão baseadas em que razões, que fatos e argumentos fornecidos por quem? Da mesma forma a liberdade de pensar fica restrita, muito limitada, para aquelas pessoas que não conseguem fazer uma análise crítica do volume de informações colocadas à sua disposição. Esse aspecto das limitações de se obter a razão, a verdade, pode ser analisado sob qualquer atividade que esteja submetida ao processo de formação de opinião através dos meios mais sofisticados da publicidade. O consumismo é uma espécie de escravidão aos produtos colocados à disposição do mercado, decorrente de um processo de geração de necessidades forçadas, criadas, muitas vezes com argumentos falaciosos de que é fruto do
  • 24. desenvolvimento e da geração de empregos. A liberdade aparece nos mais variados campos da atividade humana, limitada e mascarada sob muitas facetas. Em muitos casos está acompanhada da sua contra-partida, que são as mais variadas formas de escravidão, determinadas pela dependência à determinadas condições estabelecidas. Nesse caso aflora, de imediato, aquele desejo natural da humanidade: quando criada uma forma de limitação, surge o desejo inato das pessoas de ampliarem suas liberdades. . * O Ir Vladimir Dias é membro da Loja de Pesquisas Universum Nr. 147, de Porto Alegre - GLMRGS. É palestrante onde fala sobre temas maçônicos, interpretação de rituais e Filosofia. Também é membro da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul.  Chegando do “Circulo do Livro Maçônico” da Editora A Trolha, mais uma obra do Ir Raimundo Rodrigues, “Na Busca de Novos Caminhos da Doutrinação Maçônica”, com 160 páginas de excelentes conteúdo.  Também chegando a Revista Maçônica “O Prumo”, nr. 194, de novembro/dezembro de 2010, editada pelo GOSC, que traz em sua capa a vistosa Catedral de Chartres, de Paris, construída em 1145. Entre algumas matérias recomendadas à leitura estão “Decadência de uma Loja Maçônica”; “A Ressurreição de Lázaro.Teria sido uma Iniciação?”; “Pedreiros Livres e as Catedrais”; “Ulisses o Herói Interior”, entre outras.
  • 25.  Comentário hoje pela internet: “Que pena, Perder tempo espalhando bobagens como esta. Se algum Irmão compara BBB com a Maçonaria, devia se retirar da ordem.”  O JB News registra com pesar o passamento para o Oriente Eterno do Ir. Rubem Bérgamo, membro ativo e regular da Loja Maçônica Pitágoras de Londrina. À família e a Loja enlutadas, os nossos sentimentos. Grande Loja Maçônica do Maranhão
  • 27. RESSURREIÇÃO * Sinval Santos da Silveira Uma figura humana, esquálida, sem sombra, vaga na noite escura e assustadora. Percebida, ladram os cães intimidados. O vento gélido apressa os passos dos transeuntes. É uma mulher. Evita perguntas e nada responde. Solitária e ferida na alma, por alguém, desesperadamente procura. Para à frente de um pequeno jardim, acaricia uma bela rosa branca, beijando-a com ternura. Finalmente desabafa: Disse estar ali o grande amor da sua vida,
  • 28. renascido das cinzas, em forma de flor e em obediência ao Senhor. Agora, suas lágrimas regam, já com saudade, a linda roseira branca da grutinha da Trindade. (versos dedicados à família do nosso Irmão Pellegrini). * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina Criado e mantido por: Juarez de Oliveira Castro