O documento discute intervenções individuais no tratamento de transtornos relacionados ao uso de substâncias, apresentando evidências sobre a eficácia de psicoterapias. Aborda princípios para o cuidado de usuários, como o Projeto Terapêutico Singular, e técnicas como terapia cognitivo-comportamental e de melhoria motivacional.
Política de saúde mental infantojuvenilCENAT Cursos
A nova concepção de criança e adolescente, possibilitada pelo marco dos Direitos Humanos, permitiu que fossem reconhecidos como questões relevantes para as políticas públicas aspectos fundamentais da sua condição de sujeitos psíquicos.
Medicalização: o que ela faz para uma nova abordagem em saúde mental?CENAT Cursos
Nós tendemos a pensar a saúde dentro de um paradigma "patogênico", na medida em que não sofremos de alguma doença, e sobre a saúde mental como a abstinência de uma enfermidade psicológica ou transtorno.
Abordagem GAM- Gestão Autônoma da MedicaçãoCENAT Cursos
A Gestão Autônoma da Medicação (GAM) é uma abordagem inovadora desenvolvida em parceria com usuários que fazem uso de medicação, considerando sua experiência subjetiva, se esforçando para colocar a pessoa no centro do tratamento farmacológico psiquiátrico, visando uma melhora no bem-estar e na qualidade de vida, criando oportunidades de expressão, diálogo e apoio entre as pessoas, os profissionais e seus próximos.
Medicalização no contexto da atenção psicossocialCENAT Cursos
A Profa Erotildes Leal da UFPR aborda o tema a Medicalização no contexto da atenção psicossocial: Reflexões a partir da experiência de grupos de medicação num CAPS
Manual Ajuda e Suporte Mutuos em Saude Mental - MS, 2013Binô Zwetsch
Manual [de] ajuda e suporte mútuos em saúde mental: para facilitadores, trabalhadores e profissionais de saúde e saúde mental. Coord Eduardo Mourão Vasconcelos. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da UFRJ. Brasília: Ministário da Saúde, Fundo Nacional de Saúde, 2013.
Política de saúde mental infantojuvenilCENAT Cursos
A nova concepção de criança e adolescente, possibilitada pelo marco dos Direitos Humanos, permitiu que fossem reconhecidos como questões relevantes para as políticas públicas aspectos fundamentais da sua condição de sujeitos psíquicos.
Medicalização: o que ela faz para uma nova abordagem em saúde mental?CENAT Cursos
Nós tendemos a pensar a saúde dentro de um paradigma "patogênico", na medida em que não sofremos de alguma doença, e sobre a saúde mental como a abstinência de uma enfermidade psicológica ou transtorno.
Abordagem GAM- Gestão Autônoma da MedicaçãoCENAT Cursos
A Gestão Autônoma da Medicação (GAM) é uma abordagem inovadora desenvolvida em parceria com usuários que fazem uso de medicação, considerando sua experiência subjetiva, se esforçando para colocar a pessoa no centro do tratamento farmacológico psiquiátrico, visando uma melhora no bem-estar e na qualidade de vida, criando oportunidades de expressão, diálogo e apoio entre as pessoas, os profissionais e seus próximos.
Medicalização no contexto da atenção psicossocialCENAT Cursos
A Profa Erotildes Leal da UFPR aborda o tema a Medicalização no contexto da atenção psicossocial: Reflexões a partir da experiência de grupos de medicação num CAPS
Manual Ajuda e Suporte Mutuos em Saude Mental - MS, 2013Binô Zwetsch
Manual [de] ajuda e suporte mútuos em saúde mental: para facilitadores, trabalhadores e profissionais de saúde e saúde mental. Coord Eduardo Mourão Vasconcelos. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da UFRJ. Brasília: Ministário da Saúde, Fundo Nacional de Saúde, 2013.
DIVERSIDADE DE EXPERIÊNCIA: de uma voz a muitas, de positivas a negativas, de falar diretamente para a pessoa até falar com ninguém em particular, de algo claro para de difícil compreensão, de palavras para frases e assim por diante
Slides do mini curso sobre Metodologias Participativas ministrado pela profa. Cleide Magáli na Jornada Pedagógica do Departamento de Educação (DEDC) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Salvador (Ba), dezembro de 2013.
O sentido do cuidar para familiares de pessoas com transtorno mental: um estu...Creudenia Freitas Santos
Este artigo teve como objetivo identificar as concepções do cuidar a partir da experiência de familiares cuidadores de
pessoas com transtorno mental. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com abordagem qualitativa. As entrevistas
foram realizadas em domicilio, participaram do estudo 16 (dezesseis) familiares, domiciliados em uma cidade do Estado
da Paraíba - Brasil e atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial. No estudo, destacam-se as seguintes categorias:
cuidados diários, sobrecarga do cuidador e resignação. Verificou-se que a base para a construção do conhecimento
do cuidador se produz do resultado entre a união das experiências cotidianas, do vínculo afetivo estabelecido com
a pessoa com transtorno mental, mais as orientações assimiladas na relação com o serviço de saúde. A inserção da
família no contexto da atenção psicossocial é indispensável para o desenvolvimento de práticas comprometidas com
a qualidade de vida da pessoa com transtorno mental e de seus familiares.
UFOP (2015) Monitoramento e Avaliação de Ações EducativasLeonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Monitoramento e Avaliação de Ações Educativas. In: Práticas em Serviços de Saúde 2. Ouro Preto: UFOP, 2015. [palestra] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
Experiências em Gestão Autônoma de MedicaçãoCENAT Cursos
O aumento do uso de drogas é considerado um grave problema de saúde pública no mundo contemporâneo. No campo da saúde mental, esta preocupação está associada com os efeitos de seu uso crônico de drogas “prescritas” e “proscritas” e com a falta de participação da população no planejamento ou tomada de decisões sobre o tratamento que lhes convém;
DIVERSIDADE DE EXPERIÊNCIA: de uma voz a muitas, de positivas a negativas, de falar diretamente para a pessoa até falar com ninguém em particular, de algo claro para de difícil compreensão, de palavras para frases e assim por diante
Slides do mini curso sobre Metodologias Participativas ministrado pela profa. Cleide Magáli na Jornada Pedagógica do Departamento de Educação (DEDC) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Salvador (Ba), dezembro de 2013.
O sentido do cuidar para familiares de pessoas com transtorno mental: um estu...Creudenia Freitas Santos
Este artigo teve como objetivo identificar as concepções do cuidar a partir da experiência de familiares cuidadores de
pessoas com transtorno mental. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com abordagem qualitativa. As entrevistas
foram realizadas em domicilio, participaram do estudo 16 (dezesseis) familiares, domiciliados em uma cidade do Estado
da Paraíba - Brasil e atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial. No estudo, destacam-se as seguintes categorias:
cuidados diários, sobrecarga do cuidador e resignação. Verificou-se que a base para a construção do conhecimento
do cuidador se produz do resultado entre a união das experiências cotidianas, do vínculo afetivo estabelecido com
a pessoa com transtorno mental, mais as orientações assimiladas na relação com o serviço de saúde. A inserção da
família no contexto da atenção psicossocial é indispensável para o desenvolvimento de práticas comprometidas com
a qualidade de vida da pessoa com transtorno mental e de seus familiares.
UFOP (2015) Monitoramento e Avaliação de Ações EducativasLeonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Monitoramento e Avaliação de Ações Educativas. In: Práticas em Serviços de Saúde 2. Ouro Preto: UFOP, 2015. [palestra] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
Experiências em Gestão Autônoma de MedicaçãoCENAT Cursos
O aumento do uso de drogas é considerado um grave problema de saúde pública no mundo contemporâneo. No campo da saúde mental, esta preocupação está associada com os efeitos de seu uso crônico de drogas “prescritas” e “proscritas” e com a falta de participação da população no planejamento ou tomada de decisões sobre o tratamento que lhes convém;
A EXPERIÊNCIA DA GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃOCENAT Cursos
A Profa Vera Pasini da UFRGS fala sobre o GAM. espaços de diálogo e formação acerca da GAM,
especialmente junto à rede de serviços alternativos e grupos
de defesas de direitos, incluindo familiares e usuários de
saúde mental, e, em algumas regiões, também a rede pública
de serviços.
Apresentação do Curso de qualificação profissional para Agentes Comunitários de Saúde e Profissionais da Rede de Atenção à Saúde - Prevenção e Intervenção ao uso abusivo de substâncias psicoativas.
Apresentação geral do curso para ACS Prevenção e Intervenção ao uso Abusivo de Álcool e outras Drogas e dos temas dos trabalhos finais das turmas Sudeste e Centro-Oeste, realizada no seminário de apresentação dos projetos de intervenção, na EMS, em fevereiro de 2014. Por Liandro Lindner, docente do curso.
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciênciaCaio Maximino
Slides da segunda vídeo-aula do curso online "Inferência estatística para ciências experimentais", ministrada pelo prof. Caio Maximino (FAPSI/Unifesspa)
Vídeo: https://tubedu.org/videos/watch/08d116ca-5aa0-41ce-ab59-9dcbbf921c34
Quiz: https://kahoot.it/challenge/06864533?challenge-id=92ac686d-79d5-4d28-aea1-4f96bc87f702_1607463389214
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
1. Aula 7
Intervenções individuais em AD
Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares
Prof. Dr. Caio Maximino – IESB/Unifesspa
2. 2 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Objetivos
● Analisar os princípios e parâmetros fundamentais para o cuidado do usuário de drogas
● Discutir o conceito de Projeto Terapêutico Singular e sua aplicação ao/com o usuário de
drogas
● Apresentar evidências de meta-análise e revisão sistemática sobre a eficácia de intervenções
psicoterapêuticas e outras intervenções psicossociais individuais no tratamento dos
transtornos de uso de substância
● Discutir técnicas de manejo de contingências, prevenção de recaída, terapia cognitivo-
comportamental, terapia de incentivo motivacional, e estratégias combinadas
● Avaliar as evidências para combinação de psicoterapia e medicação
3. 3 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Guia AD
● O Guia estratégico para o cuidado de pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool e outras
drogas – Guia AD foi formulado para os trabalhadores de saúde que atendem usuários com necessidades
decorrentes do uso de álcool e outras drogas nas Redes de Atenção de Saúde do Sistema Único de Saúde
(SUS), sobretudo nos pontos de atenção da Raps
● Orientar os trabalhadores do SUS na construção de atendimentos integrais que conjuguem diversos níveis
de atenção e formas de acolhimento, vínculo e tratamento para usuários e familiares.
● “As intervenções devem ter como norte a questão do uso abusivo de substâncias psicoativas enquanto um
fenômeno complexo, que requer respostas intersetoriais; a redução de danos como estratégia e diretriz de
gestão de cuidado; a preconização de ações voltadas para promoção da saúde, prevenção, tratamento e
reabilitação social, com foco em superar o senso comum sobre os usuários de drogas e o fortalecimento
da autonomia dos usuários para o exercício de sua cidadania e coesão social” (p. 14)
4. 4 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Princípios e parâmetros para o cuidado
● Disponibilidade para a agenda do outro: “O acolhimento deve ser
entendido como uma grande possibilidade (janela de oportunidades) para a
atenção e o cuidado, podendo este usuário retornar várias vezes.”
– Facilitação do acesso; abertura para a escuta; busca ativa
– Não condicionar a oferta de cuidados à exigência de frequência diária ou à
abstinência
– Evitar juízos de valor moral
– Acolhimento da família, quando necessário
– Perceber a pessoa, o sofrimento, e o cuidado
● Política, planejamento, coordenação, monitoramento, e avaliação dentro
dos princípios do SUS
5. 5 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Princípios e parâmetros para o cuidado
● Acessibilidade
– Geográfica
– Oportuna (disponibilidade e sensibilidade no atendimento, estando
atento ao estado do sofrimento)
– Flexibilidade e rapidez na admissão e organização dos serviços
– Baixa exigência e alta disponibilidade dos trabalhadores
– Estreita colaboração entre o sistema de saúde e o sistema de justiça
– Adaptação dos serviços às especificidades locais
– Arranjos institucionais entre a rede existente para o atendimento de
casos complexos
– Garantia de acesso, em igualdade de oportunidades, ao meio físico, ao
transporte, à informação e à comunicação para os usuários e familiares
que necessitem do serviço.
6. 6 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Projeto Terapêutico Singular
● A Política Nacional de Saúde Mental (portaria MS/GM nº 3.088, de 23
de dezembro de 2011) considera a construção do PTS como o eixo
central para a lógica de cuidado para pessoas com transtornos mentais
e necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
● “configurado como uma ferramenta de cuidado única, construída
coletivamente no trabalho em equipe e exclusiva para cada pessoa. Por
meio da participação do próprio usuário e dos demais envolvidos, por
intermédio de suas histórias, vivências e dos seus níveis de
CONTRATUALIDADE, podemos construir um Projeto para o cuidado”
(p. 31)
7. 7 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Como fazer PTS?
● Identificar como se deu o início da relação
– Em quais circunstâncias o usuário procurou o serviço? Qual foi sua trajetória
anterior?
● Realizar a cartografia da vida do usuário e do seu contexto
– Ilustrar história de vida, “entender as suas referências e marcos na trajetória da
vida, suas fronteiras nas relações com outras pessoas e instituições, as suas
limitações e, principalmente, as suas possibilidades e potencialidades” (p. 32)
● Criar um Mapa Multidimensional da Vida
– visão ampliada do usuário por intermédio de suas várias esferas da vida
(relacionamentos familiares e/ou afetivos, trajetória educacional/profissional,
lazer etc.), podendo agora entender como essas esferas se organizam,
relacionam-se e interferem-se mutuamente.
8. 8 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Método 3x3 no PTS
● 3 dimensões básicas
– Dimensão corporal: compreende o estado físico geral do usuário
– Dimensão psicossocial: compreende os relatos dos diversos contextos dentro da
história de vida
– Dimensão instrumental: compreende os instrumentos sociais que o usuário usa para
exercer autonomia no seu dia-a-dia
● 3 etapas de ação
– Ações de reparação: enumerar as demandas, carências, e necessidades do usuário
– Ações de potenciação: identificar as qualidades, as riquezas, e as habilidades do
usuário do serviço, para que sejam desenvolvidas e potencializadas
– Ações de emancipação: apontar as articulações de condições para que o usuário possa
alcançar autonomia e inserção social
9. 9 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Método 3x3 no PTS
Ação / Dimensão Reparação Potenciação Emancipação
Corporal
Psicossocial
Instrumental
10. 10 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Boas práticas e padrões de qualidade
● Traduzem o compromisso dos serviços com respeito aos direitos, às
necessidades, à autonomia, à dignidade e à autodeterminação dos seus usuários
● Consentimento informado: Nenhum usuário deverá ser privado ilegal ou
arbitrariamente de sua liberdade e a admissão, e o tratamento em serviços de
saúde mental deve estar de acordo com o consentimento livre e informado dos
seus usuários – salvo quando as condições clínicas não permitirem a obtenção
desse consentimento
● Diretivas antecipadas de vontade: Documento no qual são especificados, com
antecedência, quais cuidados e tratamentos o usuário deseja ou não receber no
momento em que estiver incapacitado de expressar livre e autonomamente sua
vontade (Resolução CFM 1995/2012)
11. 11 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Boas práticas e padrões de qualidade
● Técnicas de redução na escalada de crise: condutas para o manejo de
situações eminentes de comportamento agitado e/ou agressivo, com vistas a
evitar o isolamento, a contenção física e/ou química, além de prevenir danos
aos usuários e às pessoas ao seu redor
– Avaliação imediata e intervenção rápida em crises potenciais
– Postura de redução de risco
– Uso de métodos de resolução de problemas com a pessoa envolvida
– Ser compreensivo e reconfortante
– Utilizar técnicas para o gerenciamento do estresse ou de relaxamento, como
exercícios respiratórios
– Evitar fatores desencadeantes e identificar fatores que ajudem a debelar a crise,
além de métodos preferenciais de intervenção identificados pelo próprio usuário
– Proporcionar espaço à pessoa
– Oferecer escolhas e conceder tempo à pessoa para pensar
12. 12 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Boas práticas e padrões de qualidade
● Tomada de decisão apoiada: nomeação pelo usuário de uma pessoa ou de uma
rede de pessoas em quem confie e com a qual possa discutir e se consultar sobre
questões que o afetem
● Cuidado integral: Além de intervenções com foco específico no sofrimento
decorrente do uso de substâncias psicoativas, o cuidado ao usuário de drogas
deve sempre incluir a reabilitação psicossocial e ações que promovam sua saúde
em geral
● Recovery: Foco na Promoção da Saúde e na conservação da esperança do
usuário, no entendimento de suas limitações e desenvolvimento de suas
capacidades para o envolvimento em uma vida ativa, com autonomia pessoal,
identidade social, significado, propósito na vida e uma percepção positiva de si
mesmo
13. 13 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Aspectos fundamentais dos tratamentos
psicológicos
● Independente da abordagem de intervenção, do contexto (individual vs.
grupo; internação ou não; intervenção breve vs. acompanhamento
terapêutico; &c), existem algumas habilidades terapêuticas que são
fundamentais para intervenções efetivas (Miller & Rollnick, 2002):
– Oferecer feedback para o indivíduo, principalmente sobre risco pessoal
ou perigos à saúde
– A responsabilidade pela mudança deve ser dos participantes
– O clínico deve ter a responsabilidade pelo aconselhamento para a mudança
– Prover uma variedade de opções de auto-ajuda ou tratamentos alternativos
para o usuário
– Empatia
– Promover auto-eficácia ou empoderamento otimista no usuário
14. 14 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Principais abordagens individuais para usuários de
drogas
● Terapia cognitivo-comportamental – tratamentos baseados na premissa de que os
comportamentos aditivos são comportamentos aprendidos
– Se focam na identificação de padrões comportamentais desadaptativos relacionados ao
uso de álcool e outras drogas
– Implementação de estatégias cognitivas e comportamentais (p. ex., auto-monitoramento,
psicoeducação, reestruturação cognitiva, treinamento de habilidades de enfrentamento
● Abordagens interpessoais – se focam nas relações interpessoais do usuário
– Na psicoterapia expressiva-suportiva e no aconselhamento individualizado, o foco do
tratamento é a relação entre o cliente e o terapeuta
– A terapia comportamental de casais é desenhada para aumentar o apoio para objetivos
de tratamento e melhoria do funcionamento interpessoal entre parceiros em contexto de
abuso de substâncas; se foca em comunicação, atividades compartilhadas, sentimentos
positivos, e educação sobre abuso e dependência de substâncias
15. 15 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Principais abordagens individuais para usuários de
drogas
● Tratamentos de melhoria motivacional – Abordagens
centradas no usuário que tentam reduzir a ambivalência e
aumentar a iniciativa do usuário para a mudança
– Utiliza afirmações motivacionais, feedback suportivo, e
redução de resistência
– Baseada nos princípios da terapia de incentivo motivacional
● Terapia familiar multidimensional – Tratamento focado em
adolescentes e suas famílias, a partir de perspectiva sistêmica
– Inclui sessões individuais, familiares, e extrafamiliares em
diferentes contextos
16. 16 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Principais abordagens individuais para usuários de
drogas
● Abordagens de reforçamento comunitário – Baseadas na premissa de
que fatores ambientais e contingências sociais exercem grande
influência do uso de álcool e outras drogas
– Foca-se na melhoria das relações interpessoais, aumento de
oportunidades recreacionais e vocacionais, minimização do uso de
drogas, e aprendizagem de habiilidades de vida para sustentar a
abstinência
● Tratamentos baseados em ‘vouchers’ - Abordagens com
reforçamento comunitário associados a incentivos de vouchers, que
podem ser trocados por itens de consumo, para aumentar o
engajamento no tratamento e sustentar períodos mais longos de
abstinência
17. 17 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Elementos para a escolha do tratamento no PTS
● Estabelecimento de objetivos do tratamento no PTS:
Abstinência vs. moderação; redução de danos
– A abstinência é iatrogênica; a busca por objetivos de moderação
e/ou redução de danos é preferível
– Objetivos de redução de danos são baseados em características
individuais e singulares, incluindo consequências relacionadas ao
uso de substâncias, severidade do uso, auto-eficácia, e crenças
sobre o uso de substância
● Correspondência paciente-tratamento: Características do
usuário moderam a eficácia de alguns tratamentos (pouco apoio
empírico para essa afirmação)
18. 18 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Bases de evidência para o tratamento
● DUTRA et al. (2008). A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for
Substance Use Disorders. American Journal of Psychiatry, 165, 179-187, 2008.
● 34 estudos bem controlados com intervenções psicossociais/psicoterapêuticas para
usuários de drogas
– 5 para cannabis, 9 para cocaína, 7 para opiáceos, 13 para múltiplas substâncias
– Manejo de contingências, prevenção de recaída, TCC, combinações de TCC e manejo
de contingências
– Desfechos: número máximo de dias ou semanas em abstinência; % média de dias
em abstinência durante o tratamento; % usuários abstinentes por 3+ semanas
durante o tratamento; % usuários abstinentes demonstrando abstinência
clinicamente significativa e/ou pós-tratamento; escores pós-tratamento na escala de
drogas do Addiction Severity Index
20. 20 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
DUTRA et al. (2008)
● 35,4% dos pacientes desistiram antes do encerramento dos
tratamentos
– Entre controles, a média de desistências foi de 44,6%
● Maior desistência para usuários de cocaína (42,0%) e opiáceos
(37,0%) do que maconha (27,8%) e múltiplas substâncias
(31,3%)
● Menor desistência para manejo de contingências (29,4%),
seguida por TCC (35,3%) e TCC + manejo de contingências
(44,5%)
21. 21 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Terapia cognitivo-comportamental
● Pressuposto subjacente é que os processos de aprendizagem
desempenham um papel importante no desenvolvimento e
manutenção da adição, e portanto a intervenção nesses
mesmos processos pode ajudar o usuário a se recuperar
● Normalmente aplicada como intervenção por tempo limitado
(12 a 24 consultas)
– “Tratamentos curtos que buscam transmitir um conjunto
específico de intervenções dirigidas pelo paciente são ideias
para medir os desfechos” (St. Fleur & Johnson, 2015, p. 220)
22. 22 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Terapia cognitivo-comportamental
● Componentes fundamentais: análise funcional e treinamento de habilidades
● Análise funcional ajuda o paciente a compreender as situações de alto risco (estados
emocionais, ambientes externos contendo sugestões às drogas) que podem provocar
recidivas à adição ativa
● O treinamento de habilidades objetiva desaprender velhos hábitos associados ao uso
de drogas e álcool e aprender ou reaprender habilidades e hábitos saudáveis
● Tarefas de casa para encorajar o paciente a pensar nas habilidades fora da sessão,
anotar sua aplicação dos conceitos fornecidos, e explicar ao terapeuta como
aplicaram os conceitos quando confrontados em situações da vida real
23. 23 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Manejo de contingências (MC)
● Elemento de análise funcional – Aplicação da contingência de 3 termos
– O comportamento de aderência a regras ou regulamentos de um programa de
intervenção é recompensado, enquanto a falha de aderência não é (ou, menos
frequentemente, é punida)
● Economia de fichas ou sistema de vouchers pode ser utilizado para iniciar o
comportamento,
– Usuário recebe fichas ou vouchers que podem ser trocados por itens de
consumo; essas fichas são contingentes a determinados desfechos (p. ex.,
abstinência verificável, ou observância a determinados objetivos de mudança
de comportamento
● Esvanecimento da contingência aos poucos para ajudar o usuário a acessar a
comunidade natural de reforçadores sociais
24. 24 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Princípios do manejo de contingências
1) Escolha do comportamento-alvo: Pode ser um comportamento negativo a ser reduzido (p. ex., uso ou compra da
substância), ou um comportamento positivo a ser aumentado (p. ex., presença nas sessões, trabalho na busca de objetivos
de tratamento, estabelecimento de relacionamentos mais apropriados)
2) Escolha da população-alvo: Manejo de contingências é mais útil para novos pacientes ou para aqueles com baixa taxa de
sucesso no passado
3) Escolha do reforçador: O que funciona para um usuário pode não funcionar para outro
4) Magnitude do incentivo: Alguns indivíduos podem necessitar de incentivos maiores; isso depende do uso passado, sucesso
passado na recuperação, força dos suportes sociais, e resposta passada a recompensas
5) Frequência da distribuição de incentivos: Alguns programas podem estabelecer contingências de CRF, outros utilizam
contingências de FR, outros VR
6) Intervalo do incentivo: Idealmente, a recompensa deve ser dada imediatamente após o comportamento ou o critério
7) Duração da intervenção: O objetivo é que o desejo por manter o comportamento se matenha após a retirada das
recompensas; a retirada deve coincidir com estratégias de prevenção de recaída
25. 25 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Terapia de incentivo motivacional (TIM)
● Estilo de aconselhamento diretivo, centrado no cliente/usuário, estruturado
auxiliá-lo a explorar e resolver a ambivalência, eliciando a mudança
comportamental
● Estratégias de intervenção incluem fazer perguntas abertas, concordar,
escutar reflexivamente (esclarecer), fazer declarações breves, eliciar a
mudança, falar e expressar empatia
● 4 habilidades básicas são pré-requisito para o terapeuta:
– Capacidade de fazer perguntas abertas
– Capacidade de prover afirmações
– Capacidade para escuta reflexiva
– Capacidade de prover sumários periódicos das afirmações do usuário
26. 26 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Estágios da mudança na terapia de incentivo
motivacional
1.Estágio de pré-contemplação: O indivíduo pode ter experiências negativas com o
uso de substâncias, mas não percebem essas experiências como sérias o suficiente
para motivá-lo a considerar a mudança de comoprtamento
2.Estágio de contemplação: O indivíduo pode perceber que o seu comportamento é
problemático, mas está ambivalente acerca da mudança; pode ter considerado
mudar seu comportamento, mas não investiu esforço na mudança
3.Estágio de preparação: O indivíduo comprometeu-se com a mudança e aceitou sua
responsabilidade, mas ainda não agiu
4.Estágio de ação: O indivíduo está ativamente envolvido na mudança de seu
comportamento, mesmo se precisa de ajuda externa para isso
5.Estágio de manutenção: O indivíduo apresenta certa eficácia, tendo alterado
consistentemente seu comportamento por um tempo
6.Estágio de terminação: O indivíduo fez todas as mudanças necessárias para
enfrentar situações novas de maneira produtiva
27. 27 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Princípios da terapia de incentivo motivacional
1.A motivação para a mudança é eliciada a partir do cliente, e não é imposta a partir
de forças externas
2.É tarefa do cliente, não do terapeuta, articular e resolver a ambivalência
3.A persuasão direta não é um método efetivo para resolver a ambivalência
4.O estilo de aconselhamento é geralmente “quieto”, e elicia informação do cliente
5.O aconselhamento é diretivo, e ajuda o cliente a examinar e resolver ambivalência
6.A iniciativa para a mudança não é uma característica do cliente, mas o resultado
flutante da interação interpessoal
7.A relação terapêutica assemelha-se a uma parceria ou companherismo
28. 28 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Correspondência paciente-tratamento
● Pressuposto de que características do paciente e/ou seu contexto o tornariam
mais ou menos susceptível ao efeito de determinados tratamentos
● DONOVAN, D.M., DADDEN, R.M., DICLEMENTE, C.C., CARROLL, K.M.,
LONGABAUGH, R., ZWEBEN, A., RYCHTARIK, R. Issues in the selection and
development of therapies in alcoholism treatment matching research. Journal of
Studies on Alcohol, 12, 138-148, 1994.
– Ensaio clínico multi-sítios, 1726 voluntários dependentes de álcool
– Pacientes alocados para TCC, Terapia de Melhoria Motivacional, ou Facilitação de 12
Passos, com base em características do paciente
– Não foram detectadas diferenças significativas entre as terapias
29. 29 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Correspondência paciente-tratamento
● UKATT Research Team. UK Alcohol Treatment Trial: Client-
treatment matching effects. Addiction, 103, 228-238, 2007
– Coorte de 742 pacientes com problemas de uso de álcool
seguidos por 12 meses
– Tratamento randomizado entre terapia de rede social e
comportamental e TIM
– Hipóteses
● Pacientes com redes sociais fracas iriam mostrar melhores desfechos com
SBNT
● Melhor resposta à TIM com: baixos níveis de prntidão para mudar; gravidade
de morbidade psiquiátrica; alto índice de raiva; nível de dependência de álcool
● Nenhuma hipótese foi confirmada
30. 30 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Correspondência paciente-tratamento
“O que está em questão aqui é que dois grandes ensaios clínicos randomizados multicêntricos rigorosos,
realizados em dois sistemas de saúde diferentes, não conseguiram demonstrar qualquer incremento
clinicamente significativo na efetividade do tratamento. Portanto, parece justificado considerar a
possibilidade de que não havia contingências correspondentes substanciais à espera de serem descobertas
[…]. Uma explicação para esse fenômeno é que ‘o modelo tecnológico’ do tratamento, em que técnicas de
tratamento baseadas em teorias específicas são consideradas responsáveis pela efetividade, é inválido. Em
vez disso, todos os tratamentos efetivos partilham um ou mais ingredientes não específicos que são capazes
de facilitar a mudança necessária no comportamento. A ideia relacionada é que qualquer tipo de tratamento
credível representa uma oportunidade culturalmente sancionada que dá a ‘permissão’ ao paciente para mudar
seu comportamento; uma vez tomada a decisão intencional de resolver o problema do álcool, instiga-se um
proesso de mudança que procede de modo independente de qualquer componente ou teoria de tratamento
específico” (p. 234)
31. 31 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Farmacoterapia
Substância Tratamento Dose Eficácia Efeitos colaterais
Álcool Dissulfiram
(inibição ADH e DBH)
250-1500 mg/dia Nenhuma quando
entregue ao
paciente; boa
quando a
administração é
observada
Gosto de alho,
fadiga
Monitorar testes de
função hepática
Naltrexona
(antagonista opióide)
100 mg/dia Pequena redução
da fissura e das
recaídas
Náuseas
Topiramato
(inibição de canais de
sódio e cálcio
dependentes de
voltagem, ativação de
receptor GABAA
, inibição
de receptor AMPA,
inibição de anidrases
carbônicas)
200 mg/dia Pequena redução
da fissura e das
recaídas
Fadiga, confusão
mental
Acamprosato
(antagonista NMDA,
agonista GABAA
)
666 mg 3x dia Pequena Diarreia
Arritmia
32. 32 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Farmacoterapia
Substância Tratamento Dose Eficácia Efeitos colaterais
Opióides Metadona
(agonista µ-opióide)
60-200 mg/dia Diminuição do
consumo de
opioides,
diminuição de
desfechos
secundários (HIV,
hepatite C,
criminalidade)
Disfunção sexual
Constipação
Aumento da dor
Brupenofrina
(agonista parcial µ-
opióide e κ-opióide,
antagonista δ-opióide)
8-24 mg/dia Semelhante à
metadona
Semelhante à
metadona
Naltrexona 50 mg (via
parenteral), 384
mg via
intramusular
Antídoto para
overdose
Náuseas
Anedonia
33. 33 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Farmacoterapia
Substância Tratamento Dose Eficácia Efeitos colaterais
Nicotina Vareniclina
(agonista nicotínico)
1 mg 2x/dia Abstinência em 1
ano: 21 vs 9%
placebo
Depressão
Náuseas
Bupropiona
(inibidor recaptação de
noradrenalina e
dopamina)
300-450 mg/dia Abstinência em 1
ano: 26% vs 18%
placebo
Ansiedade
Xerostomia
Nicotina < 23 mg/dia Abstinência em 1
ano: 18% vs.
12% placebo
Náuseas
Anedonia
34. 34 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Combinação de psicoterapia de casal e
psicofarmacologia
● FALS-STEWART, W., O’FARRELL, T.J., BIRCHLER, G.R. Behavioral
couples therapy for substance abuse: Rationale, methods, and findings.
Science and Practice Perspectives, 2, 30-41, 2004.
● O parceiro não-usuário de álcool e convidado a administrar dissulfiram ao
parceiro dependente como parte do tratamento
●
Comparado à orientação de casais, tratamento interacional de casais, ou
tratamento individual, houve efeito moderado, aumento da abstinência,
diminuição das prisões relacionadas a drogas, e diminuição de internações
35. 35 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Combinação de TCC e psicofarmacologia para
dependência de cocaína
●
CARROLL, K. M., FENTON, L. R., BALL, S. A., NICH, C., FRANKFORTER, T.
L., SHI, J., ROUNSAVILLE, B. J. Efficacy of disulfiram and cognitive behavior
therapy in cocain-dependent outpatients: A randomized placebo-controlled
trial. Archives of General Psychiatry, 61, 264-272, 2004
● Ensaio clínico randomizado combinando TCC e dissulfiram
– Exploração do efeito simpatolítico do dissulfiram
● Participantes no grupo combinado apresentaram mais abstinência do que nos
grupos isolados (só TCC, ou terapia interpessoal + dissulfiram)
● Baixa qualidade da evidência; viés de seleção (pacientes do grupo de interesse
apresentavam maior uso do que os outros grupos)
36. 36 Alcoolismo drogadição e práticas interdisciplinares Prof. Caio Maximino
Combinação de psicoterapia e psicofarmacologia:
Estudo COMBINE
● ANTON, R. F., O’MALLEY, S. S., CIRAULODA, D. A. Combined
pharmacotherapies and behavioral interventions for alcohol dependence. Journal
of the American Medial Association, 295, 2003-2017, 2006.
– 1383 indivíduos dependentes de álcool randomizados em 9 grupos
● Placebo + tratamento conservador
● Acamprosato + naltrexona + tratamento conservador
● Placebo + intervenção comportamental combinada (ICC)
● Acamprosato + ICC
● Naltrexona + ICC
● Acamprosato + Naltrexona + ICC
● Somente ICC
– ICC projetada por uma equipe de especialistas, incorporando elementos da TCC, TIM,
e P12P
– Desfechos clínicos positivos compostos, em um ano, em 38-50% dos pacientes
– Pior desfecho para grupo 1, melhores desfechos para todos os grupos que
receberam naltrexona