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Como o brasileiro produz sua identidade e qual o problema que ele enfrenta ao 
produzi-la? 
Em sua obra “Raízes do Riso: A representação humorística na história 
brasileira”, Elias Thomé Saliba discorre sobre a influência das atitudes cômicas e 
vertentes humorísticas na criação e consolidação da identidade do povo brasileiro. 
Todavia, é no quarto capítulo, “A dimensão cômica da vida privada na república”, 
que o autor explicita o caráter histórico do humor e do cômico viabilizado pelas 
mídias como ferramenta de formação cultural no Século XX, durante o início da 
República. Porém, mesmo com o grande número de obras acerca do mesmo 
objeto, é evidente a existência de dúvidas em relação à intensidade da influência 
desse “cômico” na concepção de identidade do povo brasileiro. 
De acordo com Saliba, apesar de a representação cômica da vida nacional 
não ter sido criada na República, pode-se inferir que foi a partir dessa época que 
ela se intensificou, ganhou novas dimensões e engrandeceu de uma maneira que 
se tornou hoje uma identidade nacional. 
No capítulo “A dimensão cômica da vida privada na república”, o autor 
aborda desde a confusão entre o público e o privado ocasionada pelos equívocos 
de princípios morais até os primeiros tempos do rádio e como esta mídia 
influenciou a cultura e a identidade brasileira. Para dar início ao seu discurso, o 
autor explicita como a falta de aceitação do brasileiro como tal gera a vontade em 
ser cosmopolita e a constante alegação de descendências como sendo identidade 
pessoal. Ainda no início, Saliba discorre sobre a falta de objetividade do povo 
como resultado do distanciamento entre o indivíduo e o Estado. Tendo em vista a 
falta de um ambiente propício ou saudável para a formação de um caráter de um 
indivíduo ou cidadão, juntamente com a falta de definição concreta de um povo 
brasileiro, não é possível construir uma 
nação. “(...) uma questão crucial para o imaginário coletivo do país desde os 
tempos monárquicos: desde quando somos uma nação?” (SALIBA, 2002, p. 297). 
Com a falta de representatividade de Brasil, o uso do cômico e do riso se 
tornou identidade cultural do país. Para Saliba, falta sintonia entre a vida privada 
do cidadão e a pública, portanto, falta diferenciação entre as duas esferas e este 
fato traz à tona a dificuldade em estabelecer uma identidade concreta e séria do 
Brasil como um povo, de certo modo, união. Mesmo com todas as mudanças 
advindas da proclamação da República, o ideário nacional é o mesmo. O sério é 
sobrepujado pelo pensamento subjetivo, pelo próprio cômico. “A situação já era, 
por si mesma, paradoxal, e mais acessível a olhares cômicos do que sérios.” 
(SALIBA, 2002, p.305). 
Como parte integrante do humor nacional, as paródias integraram o quadro 
da depreciação da cultura brasileira, “A paródia se constituiu afinal num dos 
gêneros mais amplamente utilizados no patrimônio cômico brasileiro (...) ajudava a 
diluir o significado de lei e da ordem, numa sociedade extremamente 
hierarquizada (...). Mas essa paródia não tinha como horizonte apenas outra 
prática textual, pois, em muitos casos, foi um mecanismo ou uma técnica de 
representação da própria realidade brasileira.” (SALIBA, 2002, p.306/307). Além 
do textual, imagens criadas na época representavam a formação de um ideal 
caricatural do cidadão brasileiro, representados pela criação de Jecas Tatus e
Xiqeuxiques, assim como as edições da revista Fon-Fon repletas de tirinhas e 
desenhos que diluíam a embrionária construção da identidade nacional. 
Assim sendo, a população continuava sem expressão, sem levantar-se 
contra algo, pois aceitava definições um tanto quanto esdrúxulas, “(...) fazendo 
piada sobre nossa própria existência individual e nossas rotinas cotidianas.” 
(SALIBA, 2002, p. 312). De acordo com o autor, a vida pública na República 
associou-se à privada graças a forma paródica de apresentar a realidade, nunca 
sendo objetivo e confundindo, mais uma vez, o público com o privado. 
________________________________________________________________________________ 
No livro História da vida privada volume 3, no capitulo 4"A dimensão cômica 
da vida privada na República" Elias Thomé Saliba, toma para si a 
responsabilidade de analisar a extensão cômica da representação do brasileiro, 
através do humor. 
Elias trabalha com as diferentes imagens elaboradas da sociedade 
brasileira, ou seja, de como era um brasileiro naquele período, e sua forma de vida 
e conduta, e é ao enveredar por esse caminho que ele vai encontrar o cômico 
usando exemplos de caricaturas satíricas. 
Segundo Saliba, após a consolidação da República o país foi marcado por 
novas formas de vida, associados a costumes europeus, e é a partir daí que a 
mídia satírica entra em cena, e encontra um ótimo ambiente para mostrar o 
cômico sobre as formas de vida na sociedade. 
Mais o que o autor elucida é que a mídia não só falava de moda, beleza e 
passeios públicos, mais sim que em um determinado momento os textos e 
charges começam também a dar lugar as pessoas que estavam excluídas daquele 
cenário de modernidade. 
Em síntese, neste texto Elias Thomé, entra ao mais profundo ambiente da 
sociedade brasileira, buscando mostrar os limites inaudíveis entre o público e o 
privado na República.

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  • 1. Como o brasileiro produz sua identidade e qual o problema que ele enfrenta ao produzi-la? Em sua obra “Raízes do Riso: A representação humorística na história brasileira”, Elias Thomé Saliba discorre sobre a influência das atitudes cômicas e vertentes humorísticas na criação e consolidação da identidade do povo brasileiro. Todavia, é no quarto capítulo, “A dimensão cômica da vida privada na república”, que o autor explicita o caráter histórico do humor e do cômico viabilizado pelas mídias como ferramenta de formação cultural no Século XX, durante o início da República. Porém, mesmo com o grande número de obras acerca do mesmo objeto, é evidente a existência de dúvidas em relação à intensidade da influência desse “cômico” na concepção de identidade do povo brasileiro. De acordo com Saliba, apesar de a representação cômica da vida nacional não ter sido criada na República, pode-se inferir que foi a partir dessa época que ela se intensificou, ganhou novas dimensões e engrandeceu de uma maneira que se tornou hoje uma identidade nacional. No capítulo “A dimensão cômica da vida privada na república”, o autor aborda desde a confusão entre o público e o privado ocasionada pelos equívocos de princípios morais até os primeiros tempos do rádio e como esta mídia influenciou a cultura e a identidade brasileira. Para dar início ao seu discurso, o autor explicita como a falta de aceitação do brasileiro como tal gera a vontade em ser cosmopolita e a constante alegação de descendências como sendo identidade pessoal. Ainda no início, Saliba discorre sobre a falta de objetividade do povo como resultado do distanciamento entre o indivíduo e o Estado. Tendo em vista a falta de um ambiente propício ou saudável para a formação de um caráter de um indivíduo ou cidadão, juntamente com a falta de definição concreta de um povo brasileiro, não é possível construir uma nação. “(...) uma questão crucial para o imaginário coletivo do país desde os tempos monárquicos: desde quando somos uma nação?” (SALIBA, 2002, p. 297). Com a falta de representatividade de Brasil, o uso do cômico e do riso se tornou identidade cultural do país. Para Saliba, falta sintonia entre a vida privada do cidadão e a pública, portanto, falta diferenciação entre as duas esferas e este fato traz à tona a dificuldade em estabelecer uma identidade concreta e séria do Brasil como um povo, de certo modo, união. Mesmo com todas as mudanças advindas da proclamação da República, o ideário nacional é o mesmo. O sério é sobrepujado pelo pensamento subjetivo, pelo próprio cômico. “A situação já era, por si mesma, paradoxal, e mais acessível a olhares cômicos do que sérios.” (SALIBA, 2002, p.305). Como parte integrante do humor nacional, as paródias integraram o quadro da depreciação da cultura brasileira, “A paródia se constituiu afinal num dos gêneros mais amplamente utilizados no patrimônio cômico brasileiro (...) ajudava a diluir o significado de lei e da ordem, numa sociedade extremamente hierarquizada (...). Mas essa paródia não tinha como horizonte apenas outra prática textual, pois, em muitos casos, foi um mecanismo ou uma técnica de representação da própria realidade brasileira.” (SALIBA, 2002, p.306/307). Além do textual, imagens criadas na época representavam a formação de um ideal caricatural do cidadão brasileiro, representados pela criação de Jecas Tatus e
  • 2. Xiqeuxiques, assim como as edições da revista Fon-Fon repletas de tirinhas e desenhos que diluíam a embrionária construção da identidade nacional. Assim sendo, a população continuava sem expressão, sem levantar-se contra algo, pois aceitava definições um tanto quanto esdrúxulas, “(...) fazendo piada sobre nossa própria existência individual e nossas rotinas cotidianas.” (SALIBA, 2002, p. 312). De acordo com o autor, a vida pública na República associou-se à privada graças a forma paródica de apresentar a realidade, nunca sendo objetivo e confundindo, mais uma vez, o público com o privado. ________________________________________________________________________________ No livro História da vida privada volume 3, no capitulo 4"A dimensão cômica da vida privada na República" Elias Thomé Saliba, toma para si a responsabilidade de analisar a extensão cômica da representação do brasileiro, através do humor. Elias trabalha com as diferentes imagens elaboradas da sociedade brasileira, ou seja, de como era um brasileiro naquele período, e sua forma de vida e conduta, e é ao enveredar por esse caminho que ele vai encontrar o cômico usando exemplos de caricaturas satíricas. Segundo Saliba, após a consolidação da República o país foi marcado por novas formas de vida, associados a costumes europeus, e é a partir daí que a mídia satírica entra em cena, e encontra um ótimo ambiente para mostrar o cômico sobre as formas de vida na sociedade. Mais o que o autor elucida é que a mídia não só falava de moda, beleza e passeios públicos, mais sim que em um determinado momento os textos e charges começam também a dar lugar as pessoas que estavam excluídas daquele cenário de modernidade. Em síntese, neste texto Elias Thomé, entra ao mais profundo ambiente da sociedade brasileira, buscando mostrar os limites inaudíveis entre o público e o privado na República.