SlideShare uma empresa Scribd logo
0
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV
Tauanna Rocha dos Santos Silva
Tiago Lima Silva
A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS
AMERICANOS NO BRASIL
Conceição do Coité
2012
1
Tauanna Rocha dos Santos silva
Tiago Lima Silva
A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS
AMERICANOS NO BRASIL
Resenha apresentada ao Departamento de
Educação da Universidade do Estado da Bahia,
com requisito parcial de avaliação do componente
curricular de Núcleo de Estudos Interdisciplinares
II.
Orientador: Emanuel Nonato
Conceição do Coité
2012
2
NAUMIM, Aizen. Uma Saga:A difusão da literatura em quadrinhos no Brasil. In:
CIRNE, Moacyr (org). Literatura em Quadrinhos no Brasil. NOVA FRONTEIRA:
São Paulo, 2002, p. 100-119.
A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS
AMERICANOS NO BRASIL
Tauanna Rocha dos S. Silva1
Tiago Lima Silva
O capítulo a ser resenhado tem como autoria Naumim Aizen, pesquisador e
estudioso de histórias em quadrinhos, e foi um dos diretores da Editora Brasil
América, escritor de livros infantis como o premiado “Era uma vez duas avós” e
publicou textos sobre quadrinhos em diversos livros, como um sobre onomatopéias,
em Shazam, de Álvaro de Moya . A obra foi uma iniciativa da Biblioteca Nacional e
busca a valorização das histórias em quadrinhos (HQ), com o mesmo peso e valor
de qualquer outro produto literário, visando expor que a mesma é contra todos os
tipos de preconceitos existentes, no que diz respeito a manifestações culturais. Essa
iniciativa faz-se muito necessária, pois o mundo de conhecimentos trazidos por este
gênero literário é algo relevante a ser estudado. Chega a ser incompreensível o
descaso que se tem do acervo cultural e histórico vivente nas HQ.
Refletindo um vasto leque de informações históricas a obra retrata as histórias
em quadrinhos antes mesmo de este gênero literário chegar ao Brasil. Informando
que, o mesmo sofria sucessivas agressões e questionamentos sobre o seu poder
persuasivo de transformação na personalidade de seus leitores. Surgido numa
época em que a liberdade de expressão era algo de difícil acesso, em um período
repleto de conflitos e limitações sociais, essa forma literária foi acusada, em vários
discursos quadrinizantes de provocar preguiça mental, apologia ao mundo do crime,
e em casos mais extremos de aliciar os jovens ao homossexualismo.
1
Graduandos do segundo semestre do curso de Língua Inglesa e suas Literaturas, Universidade do
Estado da Bahia, Campus XIV Conceição do Coité – BA.
3
O livro Literatura em Quadrinhos no Brasil é uma obra bastante interessante
na qual homenageia artistas e empreendedores que ajudaram a fazer a história das
histórias em quadrinhos no Brasil, procurando valorizar de maneira assídua a
amplitude do seu conteúdo como produto cultural e artístico. Abrangendo uma
edição de referência primorosa que apresenta o processo evolutivo das HQ no Brasil
e organizado por Moacyr Cirne, o livro conta com a participação de mais três
renomados escritores como Álvaro de Moya, Otacílio D’Assunção e Naumim Aizen.
Segundo Naumim, é importante salientar que os quadrinhos foram trazidos
dos Estados Unidos pelo jornalista baiano e também conhecido como pai das
histórias em quadrinhos no Brasil Adolfo Aizen. A todo o momento o autor procura
mostrar a trajetória que o redator percorreu para poder trazer esta inovação de
textos e imagens até então desconhecida aos brasileiros de sua época. É possível
identificar um possível favoritismo de Naumim por Aizen. Há momentos em que o
autor deixa seu ponto de vista pessoal fazer parte do texto, afinal o mesmo, esta
falando sobre a vida de seu próprio pai. Naumim procurou mostrar como foi árduo o
caminho percorrido pelo seu pai explicitando que no início do objetivo de Adolfo
Aizen, ele foi à procura de empreendedores para ter suporte suficiente para lançar
os quadrinhos no Brasil. No inicio teve o não de Roberto Marinho, o dono e redator-
chefe de O Globo, mas mesmo assim persistiu até que Alberto Lins de Barros,
diretor e dono do jornal A Nação, aceitara entusiasmadamente a publicação diária
de um supletivo direcionada a um novo público.
No período do texto em que o autor começa a falar sobre o incrível sucesso
de vendas das HQ após o lançamento. Postula que logo, Roberto Marinho chama
Adolfo para fazer uma sociedade numa editora de quadrinhos. Neste momento do
texto de Naumim, o mesmo utiliza de artifícios para expor uma suposta satisfação
com a ironia do destino em que antes Roberto Marinho não havia passado
credibilidade ao seu pai, e depois quando viu o sucesso do recente gênero, tentou
logo fazer parte dessa novidade, esta postulação foi importante para o leitor ficar
consciente dos conflitos da época, mas seria interessante se o mesmo não
interferisse com seu ponto de vista, pois é viável que o interlocutor se posicione
diante de seus próprios conceitos. Mas adiante com o recente fim da Segunda
Guerra Mundial Adolfo Aizen funda a EBAL (Editora Brasil- America Limitada),a
única durante toda sua existência voltada exclusivamente aos quadrinhos. Em seu
apogeu a EBAL competiu com os principais grupos da época, como O Globo, de
4
Roberto Marinho, a Editora Bloch, de Adolfo Bloch, os Diários Associados, de Assis
Chateaubriand, e a Editora Abril, de Victor Civita.
Com a morte de Adolfo Aizen, em 1991, a editora vai deixando aos poucos de
operar, até o seu fechamento definitivo em 1995. Durante quatro décadas, a EBAL
influenciou diversas gerações de leitores, artistas e editores, contribuindo de forma
decisiva para dar legitimidade social às histórias em quadrinhos no Brasil. Embora o
texto de Naumim esteja repleto de dados importantíssimos sobre o contexto histórico
das HQ no Brasil, o autor deveria explorar com mais precisão, a complexidade social
e cultural deste gênero. Uma história em quadrinho, ou um gibi, como ficou
conhecido após um estrondoso sucesso de uma publicação da Editora Abril2
, é
muito mais amplo do que se possa imaginar, os enredos das histórias não são
constituídos do nada, ele é o reflexo da situação social da época em que é
publicado. Um exemplo vivo disso é o primeiro gibi do Capitão America3
, no qual se
tem a imagem do herói dando uma surra nos nazistas.
Segundo Túlio Vilela (2005) formado em história pela USP, professor da rede
pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro "Como Usar as Histórias
em Quadrinhos na Sala de Aula". O Capitão América foi um dos primeiros a trazer
histórias mais engajadas na luta contra o nazismo e inspirou inúmeras imitações. Foi
quando se tornaram comuns gibis que traziam capas com os heróis socando ou
ridicularizando os ditadores do Eixo: Hitler e seus aliados, Mussolini, ditador italiano,
Tojo, primeiro-ministro japonês na época do ataque a Pearl Harbor, e o então
imperador japonês Hiroíto. Além do mais, os possíveis inimigos eram espelhados em
nazistas, na tentativa de revigorar a ideia de ter os Estados Unidos como heróis da
Segunda Guerra Mundial. O seguinte tema situado por Vilela não foi citado por
Naumim, fator que ajudaria na compreensão histórica dos gibis, dificultando uma
interpretação profunda a respeito do tema.
2
Gibi foi o título de uma revista brasileira de história em quadrinhos, cujo lançamento ocorreu
em 1939. Na época, Gibi significava moleque, negrinho, porém, com o tempo a palavra passou a ser
associada a revistas em quadrinhos e, desde então, virou uma espécie de "sinônimo".
(Disponível em:http://www.universohq.com/quadrinhos/museu_gibi.cfm - Acesso em: 26de novembro
de 2012).
3
Ver figura em anexo.
5
Criado pela dupla de desenhistas Jack Kirby e Joe Simon, o Capitão
América tinha como seu principal inimigo o Caveira Vermelha, um
supervilão nazista. No entanto, na aparência, o Capitão América era
muito mais parecido com o ideal de raça pura dos nazistas do que o
Caveira Vermelha. Ele era alto, forte, tinha olhos azuis e, por debaixo
da máscara, os seus cabelos eram loiros, ou seja, o padrão de beleza
nórdica que Hitler tanto admirava. (VIELA 2005).
A presença do contexto social de uma época serve de base para criação de
personagens e enredos de histórias em quadrinhos. É notório de observar que é
quase que impossível um gibi não expor a realidade de seu tempo, pois o autor de
suas histórias vai passar intrinsecamente o que ele vive para suas obras. Se
observarmos com uma visão mais detalhada podemos ver que o Capitão América foi
criado no objetivo de reforçar o patriotismo norte-americano, e pelo fato de o Brasil
ser um país colonizado esse ideal estadunidense vai passando para os brasileiros
inconscientemente, sendo que um país colonizado tende a ser dependente de algo
sucessivamente, ou seja, com a forte presença dos produtos norte-americanos no
Brasil, automaticamente um pouco de sua cultura será difundida.
A autora Julia Falivene Alves (2004) diz que todos nós somos ou já fomos
uns mais, outros menos influenciados pela invasão norte-americana. O fato de
termos consciência da invasão cultural, não nos livra absolutamente dela. Aliás,
quando passamos a ter noção de sua existência, nossos hábitos, valores e
preferências em geral estão tão solidificados que, mesmo querendo, custa muito
até que nos descartemos deles, se é que nós descartamos. Em sua maior parte
tais valores nos foram impostos por um sistema ideológico veiculado pelos
meios modernos de comunicação de massa e pelos produtos consumidos após a
estimulação publicitária de algumas necessidades materiais ou psicológicas que
não tínhamos e que passam a nos parecer básicas. O termo da identidade brasileira
é algo que se deve está exposto em toda obra cultural e artística, no texto de
Naumim houve a ausência de um estudo aprimorado de como o público aceitou a
inovação dos quadrinhos, faltou deixar claro como o povo reagiu, de como o sistema
influenciou na aquisição das HQ.
Não se pode fazer um estudo a respeito das HQ no Brasil sem analisar as
raízes, de seus mecanismos de comunicação e informação, presentes em sua
interpretação, logo algo que não é necessariamente criado no Brasil, irá trazer traços
de sua origem, então o leitor vai ler o conteúdo expresso em suas imagens e textos
6
e aprender sobre a cultura de outro local inconscientemente, mas isso não quer
dizer que todo o conteúdo será absorvido ilesamente, no processo de tradução de
um gibi, ele acaba perdendo algumas informações, tanto pela reformatação das
revistas quanto pela readaptação de palavras em inglês que tem significados
extensos demais para se encaixar no modelo padrão americano dos balões, sendo
uma possível alternativa, a exclusão de alguns fatos.
A leitura adequada de uma HQ nos engaja a momentos particulares de nossa
infância, revivendo sensações que abandonamos no amadurecer de nossas vidas,
emoções que nos revigora e fortalece nosso senso imaginário interpretativo. O
conhecimento histórico desse gênero literário é de uma grandiosidade extensamente
cultural. Naumim nos leva através do seu texto á uma ampla reflexão a respeito da
importância do gênero e a trajetória percorrida para que hoje pudéssemos lê-los com
a real facilidade evidenciada atualmente.
A obra Literatura em Quadrinhos no Brasil é um acervo crucial para um
enriquecimento intelectual dos leitores, pois os quadrinhos são uma das mais ricas
formas de expressão popular de massa, um livro que leva o seu leitor a uma viagem
ao contexto de um Brasil desconhecido por muitos e que relata também os conflitos
sociais da época. Lendo esta obra, o interlocutor poderá saber quem foi Adolfo Aizen
e em que ele contribuiu para o patrimônio literário brasileiro. Sendo assim, é
pertinente salientar que este gênero literário não se limita a nenhuma faixa etária e
todo e qualquer individuo se enriquecerá intelectualmente com a leitura desta obra.
7
REFERÊNCIAS:
ALVES, Julia Falineve. A invasão cultural norte-americana. 2ed. Moderna: São
Paulo, 2004.
MOYA, de Álvaro. D’ASSUNÇÃO, Otacílio. Edições Maravilhosas: As adaptações
Literárias em Quadrinhos. . In: CIRNE, Moacyr (org). Literatura em Quadrinhos no
Brasil. NOVA FRONTEIRA: São Paulo, 2002, p. 39-79.
SANTIAGO, Emerson. Biografia de Adolfo Aizen. Disponível em:
http://www.infoescola.com/biografias/adolfo-aizen/. Acesso em 26 nov. 2012.
VILELA, Túlio. Quadrinhos e 2ª Guerra Mundial: Capitão América e os
roteiristas judeus. Disponível em:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/quadrinhos-e-2-guerra-mundial-
capitao-america-e-os-roteiristas-judeus.htm. Acesso em: 26 nov.2012.
8
ANEXOS
9
A imagem a direita ilustra o primeiro exemplar do Capitão América. Seu
primeiro número vendeu rapidamente mais de 1 milhão de exemplares e fez de
Simon e
Kirbysuperstars da noite
para o dia.
Capitão América, ou
Steven Grant Rogers
(mais conhecido como
Steve Rogers), era um
garoto americano
franzino, nascido no
LowerEastSide, em
Manhattan, Nova York,
que queria participar do
esforço de guerra contra
os nazistas. O garoto
aceita participar de uma
experiência e se
transforma num super-
soldado.
Embora não seja o
primeiro super-herói
patriótico (The Shield foi, possivelmente, o primeiro), foi o Capitão América que se
tornou o mais famoso personagem a vestir as cores da bandeira norte-americana.
(Disponível em: http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/n08032007_03.cfm. Acesso em 29 de
novembro de 2012).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Negritude e Mestiçagem
Negritude e MestiçagemNegritude e Mestiçagem
Negritude e Mestiçagem
natashafm
 
A critica
A criticaA critica
A critica
Valkiria Marks
 
072 075 luiz-gama_219
072 075 luiz-gama_219072 075 luiz-gama_219
072 075 luiz-gama_219
Camilla Fogaça
 
j carlos
j carlosj carlos
Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3
Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3
Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3
Claudio Osti
 
Análise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da Havaianas
Análise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da HavaianasAnálise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da Havaianas
Análise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da Havaianas
Jean Michel Gallo Soldatelli
 
O protagonismo hegemônico de assis chateaubriand
O protagonismo hegemônico de assis chateaubriandO protagonismo hegemônico de assis chateaubriand
O protagonismo hegemônico de assis chateaubriand
Barreto
 
O Bandeirante - n.184 - Março de 2008
O Bandeirante - n.184 - Março de 2008O Bandeirante - n.184 - Março de 2008
O Bandeirante - n.184 - Março de 2008
Marcos Gimenes Salun
 
Sequência - LITERATURA MARGINAL
Sequência - LITERATURA MARGINALSequência - LITERATURA MARGINAL
Sequência - LITERATURA MARGINAL
Monalisa Barboza
 
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
+ Aloisio Magalhães
 
História em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile Junior
História em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile JuniorHistória em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile Junior
História em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile Junior
Eduardo Borile Junior
 
Apresentação para unioest
Apresentação para unioestApresentação para unioest
Apresentação para unioest
Rosinere Evaristo Carvalho
 
Prova 1
Prova 1Prova 1
A ditadura militar no cinema a luta armada em cabra-cega
A ditadura militar no cinema   a luta armada em cabra-cegaA ditadura militar no cinema   a luta armada em cabra-cega
A ditadura militar no cinema a luta armada em cabra-cega
UNEB
 
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGRO
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGROMódulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGRO
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGRO
Monalisa Barboza
 
6c o papel_dos_movimentos_culturais
6c o papel_dos_movimentos_culturais6c o papel_dos_movimentos_culturais
6c o papel_dos_movimentos_culturais
der-nader-777
 
Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...
Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...
Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...
REVISTANJINGAESEPE
 
Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.
Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.
Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.
atodeler
 
Literatura e Fome
Literatura e FomeLiteratura e Fome
Literatura e Fome
Universidade das Quebradas
 

Mais procurados (19)

Negritude e Mestiçagem
Negritude e MestiçagemNegritude e Mestiçagem
Negritude e Mestiçagem
 
A critica
A criticaA critica
A critica
 
072 075 luiz-gama_219
072 075 luiz-gama_219072 075 luiz-gama_219
072 075 luiz-gama_219
 
j carlos
j carlosj carlos
j carlos
 
Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3
Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3
Programacao 40pag semana-literaria2013_londrina 3
 
Análise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da Havaianas
Análise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da HavaianasAnálise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da Havaianas
Análise - Propaganda Ideológica no vídeo "Roda De Samba" da Havaianas
 
O protagonismo hegemônico de assis chateaubriand
O protagonismo hegemônico de assis chateaubriandO protagonismo hegemônico de assis chateaubriand
O protagonismo hegemônico de assis chateaubriand
 
O Bandeirante - n.184 - Março de 2008
O Bandeirante - n.184 - Março de 2008O Bandeirante - n.184 - Março de 2008
O Bandeirante - n.184 - Março de 2008
 
Sequência - LITERATURA MARGINAL
Sequência - LITERATURA MARGINALSequência - LITERATURA MARGINAL
Sequência - LITERATURA MARGINAL
 
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
 
História em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile Junior
História em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile JuniorHistória em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile Junior
História em Quadrinhos HQ's - Eduardo Borile Junior
 
Apresentação para unioest
Apresentação para unioestApresentação para unioest
Apresentação para unioest
 
Prova 1
Prova 1Prova 1
Prova 1
 
A ditadura militar no cinema a luta armada em cabra-cega
A ditadura militar no cinema   a luta armada em cabra-cegaA ditadura militar no cinema   a luta armada em cabra-cega
A ditadura militar no cinema a luta armada em cabra-cega
 
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGRO
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGROMódulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGRO
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGRO
 
6c o papel_dos_movimentos_culturais
6c o papel_dos_movimentos_culturais6c o papel_dos_movimentos_culturais
6c o papel_dos_movimentos_culturais
 
Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...
Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...
Negritude, nação e retratos da mãe África em poemas de Noémia de Sousa e Agos...
 
Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.
Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.
Inibição e negação da cultura do oprimido: proibindo gente de ser mais.
 
Literatura e Fome
Literatura e FomeLiteratura e Fome
Literatura e Fome
 

Destaque

Gis catastro
Gis catastro Gis catastro
Gis catastro
coldplay2096
 
Integración de las ti cs en la práctica docente 5 enero
Integración de las ti cs en la práctica docente 5 eneroIntegración de las ti cs en la práctica docente 5 enero
Integración de las ti cs en la práctica docente 5 enero
roberto75morales
 
Papers
PapersPapers
Los 10 comportamiento digitales
Los 10 comportamiento digitalesLos 10 comportamiento digitales
Los 10 comportamiento digitales
oscar daniel pabon luna
 
Pptx
PptxPptx
Pptx
KV-1S
 
DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...
DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...
DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...
leydisantiago
 
Medioambiente
MedioambienteMedioambiente
Medioambiente
Omar Machaca Luque
 
Slide share camila gonzalez 1 b
Slide share camila gonzalez 1 bSlide share camila gonzalez 1 b
Slide share camila gonzalez 1 b
martin1369666
 
Camila gonzalez
Camila gonzalezCamila gonzalez
Camila gonzalez
martin1369666
 
Ficha técnica de transistores alberto orihuela
Ficha técnica de transistores alberto orihuelaFicha técnica de transistores alberto orihuela
Ficha técnica de transistores alberto orihuela
Albertorihuela Saorich
 
Informacion grafica
Informacion graficaInformacion grafica
Informacion grafica
Vanina Piasiecki
 
Pertemuan 7
Pertemuan 7Pertemuan 7
Pertemuan 7
bagusardisaputro
 
A alma voltaire
A alma   voltaireA alma   voltaire
A alma voltaire
Mary Gaioti
 
Sin título 1
Sin título 1Sin título 1
Sin título 1
martin1369666
 
Platos típicos paises hispanos/Ingredientes
Platos típicos paises hispanos/IngredientesPlatos típicos paises hispanos/Ingredientes
Platos típicos paises hispanos/Ingredientes
Ana Guillen
 
UNIDAD 2 DOS acomadada
UNIDAD 2 DOS          acomadadaUNIDAD 2 DOS          acomadada
UNIDAD 2 DOS acomadada
angelicalalokis94052014
 
Gloria mapa de ideas
Gloria mapa de ideasGloria mapa de ideas
Gloria mapa de ideas
alejandramausa
 

Destaque (20)

Gis catastro
Gis catastro Gis catastro
Gis catastro
 
Integración de las ti cs en la práctica docente 5 enero
Integración de las ti cs en la práctica docente 5 eneroIntegración de las ti cs en la práctica docente 5 enero
Integración de las ti cs en la práctica docente 5 enero
 
Papers
PapersPapers
Papers
 
Los 10 comportamiento digitales
Los 10 comportamiento digitalesLos 10 comportamiento digitales
Los 10 comportamiento digitales
 
Pptx
PptxPptx
Pptx
 
DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...
DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...
DISEÑO DE UNA PROPUESTA PEDAGÓGICA APOYADA EN LAS TIC Y EL PENSAMIENTO CRÍTIC...
 
Medioambiente
MedioambienteMedioambiente
Medioambiente
 
Slide share camila gonzalez 1 b
Slide share camila gonzalez 1 bSlide share camila gonzalez 1 b
Slide share camila gonzalez 1 b
 
Camila gonzalez
Camila gonzalezCamila gonzalez
Camila gonzalez
 
Ficha técnica de transistores alberto orihuela
Ficha técnica de transistores alberto orihuelaFicha técnica de transistores alberto orihuela
Ficha técnica de transistores alberto orihuela
 
Informacion grafica
Informacion graficaInformacion grafica
Informacion grafica
 
Pertemuan 7
Pertemuan 7Pertemuan 7
Pertemuan 7
 
A alma voltaire
A alma   voltaireA alma   voltaire
A alma voltaire
 
Archivo006
Archivo006Archivo006
Archivo006
 
Sin título 1
Sin título 1Sin título 1
Sin título 1
 
Platos típicos paises hispanos/Ingredientes
Platos típicos paises hispanos/IngredientesPlatos típicos paises hispanos/Ingredientes
Platos típicos paises hispanos/Ingredientes
 
OSSCafe USP友の会 LT
OSSCafe USP友の会 LTOSSCafe USP友の会 LT
OSSCafe USP友の会 LT
 
Archivo016
Archivo016Archivo016
Archivo016
 
UNIDAD 2 DOS acomadada
UNIDAD 2 DOS          acomadadaUNIDAD 2 DOS          acomadada
UNIDAD 2 DOS acomadada
 
Gloria mapa de ideas
Gloria mapa de ideasGloria mapa de ideas
Gloria mapa de ideas
 

Semelhante a A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS AMERICANOS NO BRASIL

MANUEL BONFIM.pdf
MANUEL BONFIM.pdfMANUEL BONFIM.pdf
MANUEL BONFIM.pdf
renyelle
 
Monteiro lobado um grande poético do mundo
Monteiro lobado um grande poético do mundoMonteiro lobado um grande poético do mundo
Monteiro lobado um grande poético do mundo
MarcioOnilson
 
Monteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obras
Monteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obrasMonteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obras
Monteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obras
MarcioOnilson
 
Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017
Diogo Santos
 
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30.
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30. Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30.
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30.
Cyntia Borges
 
Lançamentosde outubro da edtora Planeta
Lançamentosde outubro da edtora PlanetaLançamentosde outubro da edtora Planeta
Lançamentosde outubro da edtora Planeta
Claudia Valeria Ortega
 
A literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramos
A literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramosA literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramos
A literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramos
MariaPiedadeSILVA
 
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Valéria Shoujofan
 
[C6] hq no brasil (paula)
[C6] hq no brasil (paula)[C6] hq no brasil (paula)
[C6] hq no brasil (paula)
agaoque
 
Capítulo 9 - Sociologia Brasileira
Capítulo 9 - Sociologia BrasileiraCapítulo 9 - Sociologia Brasileira
Capítulo 9 - Sociologia Brasileira
Marcos Antonio Grigorio de Figueiredo
 
Machado de assis obras
Machado de assis   obrasMachado de assis   obras
Machado de assis obras
Flavio Maia Custodio
 
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borgesArtigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
João Carlos Borges
 
Monteiro Lobato
Monteiro LobatoMonteiro Lobato
Monteiro Lobato
Isabella Ruas
 
História do brasil iii
História do brasil iiiHistória do brasil iii
História do brasil iii
Frederico Marques Sodré
 
26 07-2014 a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana
26 07-2014  a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana26 07-2014  a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana
26 07-2014 a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana
Umberto Neves
 
3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil
3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil
3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil
William Marques
 
Pré modernismo (1902- 1922) profª karin
Pré modernismo (1902- 1922) profª karinPré modernismo (1902- 1922) profª karin
Pré modernismo (1902- 1922) profª karin
professorakarin2013
 
Literatura do pré modernismo
Literatura do pré modernismoLiteratura do pré modernismo
Literatura do pré modernismo
Paulo Otávio Cardoso Borges
 
Trabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefaTrabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefa
1998-0206
 
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa rendaAutoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Pimenta Cultural
 

Semelhante a A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS AMERICANOS NO BRASIL (20)

MANUEL BONFIM.pdf
MANUEL BONFIM.pdfMANUEL BONFIM.pdf
MANUEL BONFIM.pdf
 
Monteiro lobado um grande poético do mundo
Monteiro lobado um grande poético do mundoMonteiro lobado um grande poético do mundo
Monteiro lobado um grande poético do mundo
 
Monteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obras
Monteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obrasMonteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obras
Monteiro lobado um grande poeta,famoso de várias obras
 
Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 3 ano vol 1 2014-2017
 
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30.
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30. Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30.
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30.
 
Lançamentosde outubro da edtora Planeta
Lançamentosde outubro da edtora PlanetaLançamentosde outubro da edtora Planeta
Lançamentosde outubro da edtora Planeta
 
A literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramos
A literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramosA literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramos
A literatura brasileira de protesto destaque vidas secas, de graciliano ramos
 
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
 
[C6] hq no brasil (paula)
[C6] hq no brasil (paula)[C6] hq no brasil (paula)
[C6] hq no brasil (paula)
 
Capítulo 9 - Sociologia Brasileira
Capítulo 9 - Sociologia BrasileiraCapítulo 9 - Sociologia Brasileira
Capítulo 9 - Sociologia Brasileira
 
Machado de assis obras
Machado de assis   obrasMachado de assis   obras
Machado de assis obras
 
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borgesArtigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
 
Monteiro Lobato
Monteiro LobatoMonteiro Lobato
Monteiro Lobato
 
História do brasil iii
História do brasil iiiHistória do brasil iii
História do brasil iii
 
26 07-2014 a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana
26 07-2014  a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana26 07-2014  a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana
26 07-2014 a 02-08-2014 resumo enciclopédia da semana
 
3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil
3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil
3373962 literatura-aula-19-pre modernismo-brasil
 
Pré modernismo (1902- 1922) profª karin
Pré modernismo (1902- 1922) profª karinPré modernismo (1902- 1922) profª karin
Pré modernismo (1902- 1922) profª karin
 
Literatura do pré modernismo
Literatura do pré modernismoLiteratura do pré modernismo
Literatura do pré modernismo
 
Trabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefaTrabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefa
 
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa rendaAutoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
 

Último

Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
Manuais Formação
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
Suzy De Abreu Santana
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
soaresdesouzaamanda8
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
MarceloMonteiro213738
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
ReinaldoSouza57
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 

Último (20)

Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 

A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS AMERICANOS NO BRASIL

  • 1. 0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV Tauanna Rocha dos Santos Silva Tiago Lima Silva A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS AMERICANOS NO BRASIL Conceição do Coité 2012
  • 2. 1 Tauanna Rocha dos Santos silva Tiago Lima Silva A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS AMERICANOS NO BRASIL Resenha apresentada ao Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, com requisito parcial de avaliação do componente curricular de Núcleo de Estudos Interdisciplinares II. Orientador: Emanuel Nonato Conceição do Coité 2012
  • 3. 2 NAUMIM, Aizen. Uma Saga:A difusão da literatura em quadrinhos no Brasil. In: CIRNE, Moacyr (org). Literatura em Quadrinhos no Brasil. NOVA FRONTEIRA: São Paulo, 2002, p. 100-119. A COMPLEXIDADE HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL DOS QUADRINHOS AMERICANOS NO BRASIL Tauanna Rocha dos S. Silva1 Tiago Lima Silva O capítulo a ser resenhado tem como autoria Naumim Aizen, pesquisador e estudioso de histórias em quadrinhos, e foi um dos diretores da Editora Brasil América, escritor de livros infantis como o premiado “Era uma vez duas avós” e publicou textos sobre quadrinhos em diversos livros, como um sobre onomatopéias, em Shazam, de Álvaro de Moya . A obra foi uma iniciativa da Biblioteca Nacional e busca a valorização das histórias em quadrinhos (HQ), com o mesmo peso e valor de qualquer outro produto literário, visando expor que a mesma é contra todos os tipos de preconceitos existentes, no que diz respeito a manifestações culturais. Essa iniciativa faz-se muito necessária, pois o mundo de conhecimentos trazidos por este gênero literário é algo relevante a ser estudado. Chega a ser incompreensível o descaso que se tem do acervo cultural e histórico vivente nas HQ. Refletindo um vasto leque de informações históricas a obra retrata as histórias em quadrinhos antes mesmo de este gênero literário chegar ao Brasil. Informando que, o mesmo sofria sucessivas agressões e questionamentos sobre o seu poder persuasivo de transformação na personalidade de seus leitores. Surgido numa época em que a liberdade de expressão era algo de difícil acesso, em um período repleto de conflitos e limitações sociais, essa forma literária foi acusada, em vários discursos quadrinizantes de provocar preguiça mental, apologia ao mundo do crime, e em casos mais extremos de aliciar os jovens ao homossexualismo. 1 Graduandos do segundo semestre do curso de Língua Inglesa e suas Literaturas, Universidade do Estado da Bahia, Campus XIV Conceição do Coité – BA.
  • 4. 3 O livro Literatura em Quadrinhos no Brasil é uma obra bastante interessante na qual homenageia artistas e empreendedores que ajudaram a fazer a história das histórias em quadrinhos no Brasil, procurando valorizar de maneira assídua a amplitude do seu conteúdo como produto cultural e artístico. Abrangendo uma edição de referência primorosa que apresenta o processo evolutivo das HQ no Brasil e organizado por Moacyr Cirne, o livro conta com a participação de mais três renomados escritores como Álvaro de Moya, Otacílio D’Assunção e Naumim Aizen. Segundo Naumim, é importante salientar que os quadrinhos foram trazidos dos Estados Unidos pelo jornalista baiano e também conhecido como pai das histórias em quadrinhos no Brasil Adolfo Aizen. A todo o momento o autor procura mostrar a trajetória que o redator percorreu para poder trazer esta inovação de textos e imagens até então desconhecida aos brasileiros de sua época. É possível identificar um possível favoritismo de Naumim por Aizen. Há momentos em que o autor deixa seu ponto de vista pessoal fazer parte do texto, afinal o mesmo, esta falando sobre a vida de seu próprio pai. Naumim procurou mostrar como foi árduo o caminho percorrido pelo seu pai explicitando que no início do objetivo de Adolfo Aizen, ele foi à procura de empreendedores para ter suporte suficiente para lançar os quadrinhos no Brasil. No inicio teve o não de Roberto Marinho, o dono e redator- chefe de O Globo, mas mesmo assim persistiu até que Alberto Lins de Barros, diretor e dono do jornal A Nação, aceitara entusiasmadamente a publicação diária de um supletivo direcionada a um novo público. No período do texto em que o autor começa a falar sobre o incrível sucesso de vendas das HQ após o lançamento. Postula que logo, Roberto Marinho chama Adolfo para fazer uma sociedade numa editora de quadrinhos. Neste momento do texto de Naumim, o mesmo utiliza de artifícios para expor uma suposta satisfação com a ironia do destino em que antes Roberto Marinho não havia passado credibilidade ao seu pai, e depois quando viu o sucesso do recente gênero, tentou logo fazer parte dessa novidade, esta postulação foi importante para o leitor ficar consciente dos conflitos da época, mas seria interessante se o mesmo não interferisse com seu ponto de vista, pois é viável que o interlocutor se posicione diante de seus próprios conceitos. Mas adiante com o recente fim da Segunda Guerra Mundial Adolfo Aizen funda a EBAL (Editora Brasil- America Limitada),a única durante toda sua existência voltada exclusivamente aos quadrinhos. Em seu apogeu a EBAL competiu com os principais grupos da época, como O Globo, de
  • 5. 4 Roberto Marinho, a Editora Bloch, de Adolfo Bloch, os Diários Associados, de Assis Chateaubriand, e a Editora Abril, de Victor Civita. Com a morte de Adolfo Aizen, em 1991, a editora vai deixando aos poucos de operar, até o seu fechamento definitivo em 1995. Durante quatro décadas, a EBAL influenciou diversas gerações de leitores, artistas e editores, contribuindo de forma decisiva para dar legitimidade social às histórias em quadrinhos no Brasil. Embora o texto de Naumim esteja repleto de dados importantíssimos sobre o contexto histórico das HQ no Brasil, o autor deveria explorar com mais precisão, a complexidade social e cultural deste gênero. Uma história em quadrinho, ou um gibi, como ficou conhecido após um estrondoso sucesso de uma publicação da Editora Abril2 , é muito mais amplo do que se possa imaginar, os enredos das histórias não são constituídos do nada, ele é o reflexo da situação social da época em que é publicado. Um exemplo vivo disso é o primeiro gibi do Capitão America3 , no qual se tem a imagem do herói dando uma surra nos nazistas. Segundo Túlio Vilela (2005) formado em história pela USP, professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula". O Capitão América foi um dos primeiros a trazer histórias mais engajadas na luta contra o nazismo e inspirou inúmeras imitações. Foi quando se tornaram comuns gibis que traziam capas com os heróis socando ou ridicularizando os ditadores do Eixo: Hitler e seus aliados, Mussolini, ditador italiano, Tojo, primeiro-ministro japonês na época do ataque a Pearl Harbor, e o então imperador japonês Hiroíto. Além do mais, os possíveis inimigos eram espelhados em nazistas, na tentativa de revigorar a ideia de ter os Estados Unidos como heróis da Segunda Guerra Mundial. O seguinte tema situado por Vilela não foi citado por Naumim, fator que ajudaria na compreensão histórica dos gibis, dificultando uma interpretação profunda a respeito do tema. 2 Gibi foi o título de uma revista brasileira de história em quadrinhos, cujo lançamento ocorreu em 1939. Na época, Gibi significava moleque, negrinho, porém, com o tempo a palavra passou a ser associada a revistas em quadrinhos e, desde então, virou uma espécie de "sinônimo". (Disponível em:http://www.universohq.com/quadrinhos/museu_gibi.cfm - Acesso em: 26de novembro de 2012). 3 Ver figura em anexo.
  • 6. 5 Criado pela dupla de desenhistas Jack Kirby e Joe Simon, o Capitão América tinha como seu principal inimigo o Caveira Vermelha, um supervilão nazista. No entanto, na aparência, o Capitão América era muito mais parecido com o ideal de raça pura dos nazistas do que o Caveira Vermelha. Ele era alto, forte, tinha olhos azuis e, por debaixo da máscara, os seus cabelos eram loiros, ou seja, o padrão de beleza nórdica que Hitler tanto admirava. (VIELA 2005). A presença do contexto social de uma época serve de base para criação de personagens e enredos de histórias em quadrinhos. É notório de observar que é quase que impossível um gibi não expor a realidade de seu tempo, pois o autor de suas histórias vai passar intrinsecamente o que ele vive para suas obras. Se observarmos com uma visão mais detalhada podemos ver que o Capitão América foi criado no objetivo de reforçar o patriotismo norte-americano, e pelo fato de o Brasil ser um país colonizado esse ideal estadunidense vai passando para os brasileiros inconscientemente, sendo que um país colonizado tende a ser dependente de algo sucessivamente, ou seja, com a forte presença dos produtos norte-americanos no Brasil, automaticamente um pouco de sua cultura será difundida. A autora Julia Falivene Alves (2004) diz que todos nós somos ou já fomos uns mais, outros menos influenciados pela invasão norte-americana. O fato de termos consciência da invasão cultural, não nos livra absolutamente dela. Aliás, quando passamos a ter noção de sua existência, nossos hábitos, valores e preferências em geral estão tão solidificados que, mesmo querendo, custa muito até que nos descartemos deles, se é que nós descartamos. Em sua maior parte tais valores nos foram impostos por um sistema ideológico veiculado pelos meios modernos de comunicação de massa e pelos produtos consumidos após a estimulação publicitária de algumas necessidades materiais ou psicológicas que não tínhamos e que passam a nos parecer básicas. O termo da identidade brasileira é algo que se deve está exposto em toda obra cultural e artística, no texto de Naumim houve a ausência de um estudo aprimorado de como o público aceitou a inovação dos quadrinhos, faltou deixar claro como o povo reagiu, de como o sistema influenciou na aquisição das HQ. Não se pode fazer um estudo a respeito das HQ no Brasil sem analisar as raízes, de seus mecanismos de comunicação e informação, presentes em sua interpretação, logo algo que não é necessariamente criado no Brasil, irá trazer traços de sua origem, então o leitor vai ler o conteúdo expresso em suas imagens e textos
  • 7. 6 e aprender sobre a cultura de outro local inconscientemente, mas isso não quer dizer que todo o conteúdo será absorvido ilesamente, no processo de tradução de um gibi, ele acaba perdendo algumas informações, tanto pela reformatação das revistas quanto pela readaptação de palavras em inglês que tem significados extensos demais para se encaixar no modelo padrão americano dos balões, sendo uma possível alternativa, a exclusão de alguns fatos. A leitura adequada de uma HQ nos engaja a momentos particulares de nossa infância, revivendo sensações que abandonamos no amadurecer de nossas vidas, emoções que nos revigora e fortalece nosso senso imaginário interpretativo. O conhecimento histórico desse gênero literário é de uma grandiosidade extensamente cultural. Naumim nos leva através do seu texto á uma ampla reflexão a respeito da importância do gênero e a trajetória percorrida para que hoje pudéssemos lê-los com a real facilidade evidenciada atualmente. A obra Literatura em Quadrinhos no Brasil é um acervo crucial para um enriquecimento intelectual dos leitores, pois os quadrinhos são uma das mais ricas formas de expressão popular de massa, um livro que leva o seu leitor a uma viagem ao contexto de um Brasil desconhecido por muitos e que relata também os conflitos sociais da época. Lendo esta obra, o interlocutor poderá saber quem foi Adolfo Aizen e em que ele contribuiu para o patrimônio literário brasileiro. Sendo assim, é pertinente salientar que este gênero literário não se limita a nenhuma faixa etária e todo e qualquer individuo se enriquecerá intelectualmente com a leitura desta obra.
  • 8. 7 REFERÊNCIAS: ALVES, Julia Falineve. A invasão cultural norte-americana. 2ed. Moderna: São Paulo, 2004. MOYA, de Álvaro. D’ASSUNÇÃO, Otacílio. Edições Maravilhosas: As adaptações Literárias em Quadrinhos. . In: CIRNE, Moacyr (org). Literatura em Quadrinhos no Brasil. NOVA FRONTEIRA: São Paulo, 2002, p. 39-79. SANTIAGO, Emerson. Biografia de Adolfo Aizen. Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/adolfo-aizen/. Acesso em 26 nov. 2012. VILELA, Túlio. Quadrinhos e 2ª Guerra Mundial: Capitão América e os roteiristas judeus. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/quadrinhos-e-2-guerra-mundial- capitao-america-e-os-roteiristas-judeus.htm. Acesso em: 26 nov.2012.
  • 10. 9 A imagem a direita ilustra o primeiro exemplar do Capitão América. Seu primeiro número vendeu rapidamente mais de 1 milhão de exemplares e fez de Simon e Kirbysuperstars da noite para o dia. Capitão América, ou Steven Grant Rogers (mais conhecido como Steve Rogers), era um garoto americano franzino, nascido no LowerEastSide, em Manhattan, Nova York, que queria participar do esforço de guerra contra os nazistas. O garoto aceita participar de uma experiência e se transforma num super- soldado. Embora não seja o primeiro super-herói patriótico (The Shield foi, possivelmente, o primeiro), foi o Capitão América que se tornou o mais famoso personagem a vestir as cores da bandeira norte-americana. (Disponível em: http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/n08032007_03.cfm. Acesso em 29 de novembro de 2012).