O documento discute o movimento Hip Hop e seu papel na construção da identidade negra e juvenil no Brasil. O Hip Hop surgiu como uma forma de resistência cultural que ofereceu aos jovens negros uma maneira de expressar suas experiências através da dança, música e arte, ao invés da violência entre gangues. O movimento cresceu e ajudou a empoderar a juventude negra e promover o respeito às diferenças raciais.
O documento analisa como jovens guineenses e cabo-verdianos usam o rap para manter viva a memória e os ideais de Amílcar Cabral. Eles citam Cabral para criticar os atuais políticos por traírem seus ideais e causarem sofrimento ao povo, e também para mantê-lo como guia na luta por justiça social.
O autor analisa como o humor e a representação cômica influenciaram a formação da identidade brasileira após a proclamação da República. Ele explica que a mídia satírica da época usava charges e textos para retratar estereótipos do brasileiro, como o "Jeca Tatu", diluindo a construção da identidade nacional. Também aponta que faltava uma distinção clara entre a esfera pública e privada, dificultando o estabelecimento de uma identidade séria para o povo brasileiro.
O documento discute como a escravidão no Brasil por séculos impactou as desigualdades sociais e econômicas atuais, como a naturalização da desigualdade e a segregação étnico-racial. Apesar de tentativas de promover a igualdade racial, como cotas universitárias, os negros ainda enfrentam menos oportunidades em educação, emprego e saúde.
Roteiro de estudos Ciclo Autoral 01 a 05 de junho de 2020.escolacaiosergio
O documento apresenta um roteiro de atividades para um ciclo autoral sobre comunidades realizado entre 1 e 5 de junho de 2020. As atividades incluem discussões sobre o conceito de comunidade, exemplos de comunidades locais e virtuais, e desafios como desigualdade social. Os alunos devem registrar as atividades em um caderno e podem enviar trabalhos pelo Google Classroom.
Este documento discute a origem e popularidade da lambada como um produto cultural brasileiro. Apresenta o carimbó como ancestral direto da lambada, dança originária do povo Yorubá. Também descreve como a influência das músicas caribenhas através do rádio contribuiu para o desenvolvimento da lambada no norte do Brasil, resultando em um ritmo híbrido que mistura elementos do carimbó, guitarrada, forró, zouk e merengue. Finalmente, destaca o sucesso internacional da lambada após dois empresários fr
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Carlos Sant'Anna
Este documento discute a participação de afro-brasileiros na construção da ideia de democracia racial nos anos 1920. A peça teatral "Tudo Preto" promovia a visão do Brasil como uma terra de mestiçagem e harmonia racial, destacando a importância da cultura afro-brasileira na identidade nacional. A peça sugeria que afro-brasileiros viam a ideia de democracia racial como uma política para combater a discriminação racial de forma pacífica.
Remanescentes Culturais Africanos no BrasilTathy Pereira
O documento descreve a evolução dos estudos sobre a cultura africana no Brasil ao longo dos séculos XIX e XX, destacando os pioneiros na área como Nina Rodrigues e Manuel Querino, assim como os centros de estudos que foram formados nas universidades brasileiras a partir da segunda metade do século XX.
O documento discute a presença de quilombolas no ciberespaço, analisando diversos sites que abordam seu modo de vida, história e luta por direitos. O texto descreve os principais pontos tratados em cada site, como a origem dos quilombos, características culturais, comunidades existentes e legislação relacionada.
O documento analisa como jovens guineenses e cabo-verdianos usam o rap para manter viva a memória e os ideais de Amílcar Cabral. Eles citam Cabral para criticar os atuais políticos por traírem seus ideais e causarem sofrimento ao povo, e também para mantê-lo como guia na luta por justiça social.
O autor analisa como o humor e a representação cômica influenciaram a formação da identidade brasileira após a proclamação da República. Ele explica que a mídia satírica da época usava charges e textos para retratar estereótipos do brasileiro, como o "Jeca Tatu", diluindo a construção da identidade nacional. Também aponta que faltava uma distinção clara entre a esfera pública e privada, dificultando o estabelecimento de uma identidade séria para o povo brasileiro.
O documento discute como a escravidão no Brasil por séculos impactou as desigualdades sociais e econômicas atuais, como a naturalização da desigualdade e a segregação étnico-racial. Apesar de tentativas de promover a igualdade racial, como cotas universitárias, os negros ainda enfrentam menos oportunidades em educação, emprego e saúde.
Roteiro de estudos Ciclo Autoral 01 a 05 de junho de 2020.escolacaiosergio
O documento apresenta um roteiro de atividades para um ciclo autoral sobre comunidades realizado entre 1 e 5 de junho de 2020. As atividades incluem discussões sobre o conceito de comunidade, exemplos de comunidades locais e virtuais, e desafios como desigualdade social. Os alunos devem registrar as atividades em um caderno e podem enviar trabalhos pelo Google Classroom.
Este documento discute a origem e popularidade da lambada como um produto cultural brasileiro. Apresenta o carimbó como ancestral direto da lambada, dança originária do povo Yorubá. Também descreve como a influência das músicas caribenhas através do rádio contribuiu para o desenvolvimento da lambada no norte do Brasil, resultando em um ritmo híbrido que mistura elementos do carimbó, guitarrada, forró, zouk e merengue. Finalmente, destaca o sucesso internacional da lambada após dois empresários fr
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Carlos Sant'Anna
Este documento discute a participação de afro-brasileiros na construção da ideia de democracia racial nos anos 1920. A peça teatral "Tudo Preto" promovia a visão do Brasil como uma terra de mestiçagem e harmonia racial, destacando a importância da cultura afro-brasileira na identidade nacional. A peça sugeria que afro-brasileiros viam a ideia de democracia racial como uma política para combater a discriminação racial de forma pacífica.
Remanescentes Culturais Africanos no BrasilTathy Pereira
O documento descreve a evolução dos estudos sobre a cultura africana no Brasil ao longo dos séculos XIX e XX, destacando os pioneiros na área como Nina Rodrigues e Manuel Querino, assim como os centros de estudos que foram formados nas universidades brasileiras a partir da segunda metade do século XX.
O documento discute a presença de quilombolas no ciberespaço, analisando diversos sites que abordam seu modo de vida, história e luta por direitos. O texto descreve os principais pontos tratados em cada site, como a origem dos quilombos, características culturais, comunidades existentes e legislação relacionada.
O documento discute movimentos literários de afro-descendentes nos EUA, Caribe e Brasil que surgiram no início do século XX em resposta ao racismo. Três movimentos principais são destacados: (1) A Harlem Renaissance que valorizou a arte e cultura negra nos EUA; (2) A Negritude que defendia a identidade negra na França e em países africanos; (3) A literatura afro-brasileira que ressignificou elementos culturais negros e lutou contra a representação racista no Brasil.
Gilberto Freyre nasceu em 1900 no Recife e foi um importante sociólogo e escritor brasileiro. Sua obra mais famosa foi Casa Grande & Senzala, publicada em 1933, que descreveu a sociedade brasileira como resultado da miscigenação entre portugueses, indígenas e negros. Freyre teve uma longa carreira acadêmica e política, recebendo diversas honrarias ao longo da vida. Faleceu em 1987, deixando importante legado sobre a identidade e formação do povo brasileiro.
Gilberto Freyre foi um importante sociólogo, antropólogo e escritor brasileiro nascido em 1900 em Recife. Seu livro mais famoso foi Casa Grande & Senzala, publicado em 1933, no qual ele analisou a sociedade brasileira colonial e a escravidão. Freyre recebeu muitos prêmios ao longo de sua carreira e foi nomeado Sir pela Rainha Elizabeth II pelo seu trabalho. Ele faleceu em 1987 em Recife.
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGROMonalisa Barboza
Este documento descreve um projeto de extensão da Universidade Estadual da Paraíba sobre literatura marginal e a relação com o social e o negro. O projeto inclui atividades sobre charges, músicas e histórias que abordam a desigualdade racial e a luta contra a discriminação no Brasil.
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollandaJosé Araujo
1) O documento discute Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda, dois intelectuais que pensaram a organização social do Brasil. 2) Freyre estudou ciências sociais nos EUA e publicou obras influentes como Casa Grande & Senzala, enquanto Hollanda publicou Raízes do Brasil e desenvolveu o conceito de "Homem Cordial". 3) Ambos analisaram a formação da sociedade brasileira e conceitos como democracia racial, embora Hollanda tenha apresentado uma visão mais crítica.
O documento resume o livro "A Integração do Negro na Sociedade de Classes" de Florestan Fernandes. Após a abolição da escravatura, os negros libertos enfrentaram grandes dificuldades para se adaptar à sociedade capitalista emergente e à concorrência dos imigrantes europeus. A falta de preparo dos ex-escravos para o trabalho livre e o preconceito racial dificultaram sua integração social e econômica.
O documento discute o conceito de "jeitinho brasileiro" e sua origem e interpretação. Resumidamente: (1) Jeitinho brasileiro refere-se a uma maneira particular de resolver problemas de forma criativa ou não convencional; (2) Sua origem data dos anos 1940 e 1960 e está relacionada à modernização e leis universais contrastando com a tradição de vínculos pessoais e clientelistas; (3) Representa a dualidade nos conceitos brasileiros de si mesmos entre formalidade e informalidade.
O documento descreve a criação da primeira escola pública para surdos em Paris no século 18 e como isso foi um marco na história da educação de surdos. Transformações sociais na França na época, como o crescimento da burguesia, levaram ao surgimento de uma comunidade surda em Paris e ao abade L'Epée criar a escola para educá-los.
O documento analisa a representação da mulher negra no cinema brasileiro através do filme Filhas do Vento. Discute como a identidade cultural brasileira e a mídia representam negros de forma estereotipada e marginalizada, e como o filme retrata as experiências das personagens negras.
Seminário do curso de História na Universidade Federal do Piauí-UFPI. Sobre a participação da população negra na política brasileira durante o início do século XX até o golpe cívil-militar de 1964, apresentado por Endrews Costa e Ruthyelle Rodrigues, tendo como referência principal o artigo do prof. Dr. Elio Chaves.
Exercícios conceito de história primeiro anojacoanderle
O texto discute a importância do estudo da história. A história nos ensina sobre pessoas que lutaram por valores e ideais semelhantes ou opostos aos de hoje em diferentes épocas e contextos. Isso nos dá uma consciência de fazer parte de um processo maior que nos transcende. A consciência histórica existe para promover a superação do individualismo.
Desenvolvido a partir de um conceito de criação embasado à pesquisa com referencial teórico e iconográfico, o projeto tem como objetivo desenvolver uma mini coleção composta por seis looks, sendo somente três confeccionados para um público especifico. Estes são homens, que dão valor ao tempo que têm para praticar o lazer. São consumidores de moda que estão freqüentemente fazendo pequenos tratamentos estéticos, pois gostam de causar uma boa impressão no ambiente de trabalho e fora dele.
1) O documento discute a cultura, política e mídia na Bahia contemporânea, focando no período pós-guerra até 2000.
2) A Bahia da época era uma sociedade tradicional que resistia à modernização, mas nos anos 50 houve um "renascimento baiano" com diversos movimentos culturais.
3) A Universidade da Bahia teve um papel importante na consolidação do modernismo cultural na Bahia nesse período.
Este documento traça a trajetória do Movimento Negro Brasileiro no século XX, destacando marcos como a Revolta da Chibata em 1910 e a criação da Frente Negra Brasileira em 1931, que lutou por direitos como educação e saúde para negros. O texto também discute como a abolição não trouxe igualdade, gerando mais resistência negra por direitos civis.
1) O documento discute o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira no Brasil e a importância do uso de imagens em sala de aula.
2) Ele aborda conceitos como discriminação, preconceito e racismo no contexto brasileiro e como esses conceitos foram historicamente construídos.
3) O autor defende que o uso adequado de imagens como filmes, fotos e pinturas pode ajudar os alunos a compreenderem melhor a história e cultura afro-brasileira.
Este documento discute como a televisão brasileira participa da articulação das identidades culturais na fronteira entre o Brasil e países vizinhos como o Paraguai. Apresenta a perspectiva teórica dos Estudos Culturais e da Antropologia Cultural que guiaram a pesquisa. Também analisa como as representações televisivas são apropriadas de forma diferente por brasileiros e paraguaios e como podem reforçar estereótipos.
1. O documento apresenta um resumo de um trabalho de conclusão de curso sobre as dificuldades de pessoas negras em relacionamentos inter-raciais e a influência do racismo e dos estereótipos na mídia nessas relações.
2. O objetivo é expor experiências de pessoas negras em relacionamentos com parceiros brancos, identificar como os estereótipos negros influenciam essas relações e evidenciar as dificuldades enfrentadas.
3. O trabalho utilizará entrevistas e perfil jornalíst
1) O documento apresenta informações sobre um seminário realizado pelo Programa Mais Cultura Audiovisual sobre juventude e teledramaturgia, com o objetivo de subsidiar um edital para projetos nessa área.
2) Foram produzidos dois textos de referência com base nos debates do seminário, abordando o perfil, demandas e imaginário de jovens das classes C, D e E, para orientar os proponentes do edital.
3) O primeiro texto, escrito por uma antropóloga, faz uma compilação de pesquisas sobre juvent
1) O documento resume o livro "Negritude sem etnicidade" de Lívio Sansone, que analisa a construção das identidades negras no Brasil e como símbolos globais são reinterpretados localmente.
2) Sansone argumenta que raça e etnicidade não são universais e dependem do contexto social. A negritude brasileira é expressa de muitas formas sem necessariamente estar ligada a manifestações étnicas.
3) Apesar de apontar problemas, o resumo elogia a obra por apresentar uma interpretação sof
O documento discute a constituição da subcidadania no Brasil desde o período da escravidão até os dias atuais, com a exclusão social de pretos e pardos. Apesar de exaltar a mestiçagem, na realidade há grandes desigualdades raciais no país. O artigo também analisa as idéias progressistas do político José Bonifácio de Andrada e Silva no século XIX sobre a inclusão dos negros e indígenas, contrastando com a situação atual de abandono do Estado.
1. O documento descreve a memória de militantes do movimento estudantil em Passo Fundo entre 1978-1985, analisando a reorganização do movimento no fim do regime militar e a disputa entre correntes políticas de esquerda e direita.
2. Em 1978 houve um crescimento da participação estudantil na universidade de Passo Fundo e uma difusão de conceitos políticos. Em 1979 ocorreu a primeira eleição direta para o Diretório Central dos Estudantes vencida por uma chapa de situação.
3. O texto analisa a at
Este estudio examinó un modelo ecológico para predecir la conducta antisocial en jóvenes mexicanos, considerando factores como la violencia familiar, el consumo de alcohol de las madres y el apoyo de los amigos. 204 adolescentes completaron cuestionarios sobre estos temas. Los resultados sugirieron que la violencia familiar y la falta de apoyo de amigos aumentan el riesgo de comportamiento antisocial, mientras que el consumo moderado de alcohol materno no tuvo un efecto significativo.
O documento discute movimentos literários de afro-descendentes nos EUA, Caribe e Brasil que surgiram no início do século XX em resposta ao racismo. Três movimentos principais são destacados: (1) A Harlem Renaissance que valorizou a arte e cultura negra nos EUA; (2) A Negritude que defendia a identidade negra na França e em países africanos; (3) A literatura afro-brasileira que ressignificou elementos culturais negros e lutou contra a representação racista no Brasil.
Gilberto Freyre nasceu em 1900 no Recife e foi um importante sociólogo e escritor brasileiro. Sua obra mais famosa foi Casa Grande & Senzala, publicada em 1933, que descreveu a sociedade brasileira como resultado da miscigenação entre portugueses, indígenas e negros. Freyre teve uma longa carreira acadêmica e política, recebendo diversas honrarias ao longo da vida. Faleceu em 1987, deixando importante legado sobre a identidade e formação do povo brasileiro.
Gilberto Freyre foi um importante sociólogo, antropólogo e escritor brasileiro nascido em 1900 em Recife. Seu livro mais famoso foi Casa Grande & Senzala, publicado em 1933, no qual ele analisou a sociedade brasileira colonial e a escravidão. Freyre recebeu muitos prêmios ao longo de sua carreira e foi nomeado Sir pela Rainha Elizabeth II pelo seu trabalho. Ele faleceu em 1987 em Recife.
Módulo - LITERATURA MARGINAL: A RELAÇÃO COM O SOCIAL E O NEGROMonalisa Barboza
Este documento descreve um projeto de extensão da Universidade Estadual da Paraíba sobre literatura marginal e a relação com o social e o negro. O projeto inclui atividades sobre charges, músicas e histórias que abordam a desigualdade racial e a luta contra a discriminação no Brasil.
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollandaJosé Araujo
1) O documento discute Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda, dois intelectuais que pensaram a organização social do Brasil. 2) Freyre estudou ciências sociais nos EUA e publicou obras influentes como Casa Grande & Senzala, enquanto Hollanda publicou Raízes do Brasil e desenvolveu o conceito de "Homem Cordial". 3) Ambos analisaram a formação da sociedade brasileira e conceitos como democracia racial, embora Hollanda tenha apresentado uma visão mais crítica.
O documento resume o livro "A Integração do Negro na Sociedade de Classes" de Florestan Fernandes. Após a abolição da escravatura, os negros libertos enfrentaram grandes dificuldades para se adaptar à sociedade capitalista emergente e à concorrência dos imigrantes europeus. A falta de preparo dos ex-escravos para o trabalho livre e o preconceito racial dificultaram sua integração social e econômica.
O documento discute o conceito de "jeitinho brasileiro" e sua origem e interpretação. Resumidamente: (1) Jeitinho brasileiro refere-se a uma maneira particular de resolver problemas de forma criativa ou não convencional; (2) Sua origem data dos anos 1940 e 1960 e está relacionada à modernização e leis universais contrastando com a tradição de vínculos pessoais e clientelistas; (3) Representa a dualidade nos conceitos brasileiros de si mesmos entre formalidade e informalidade.
O documento descreve a criação da primeira escola pública para surdos em Paris no século 18 e como isso foi um marco na história da educação de surdos. Transformações sociais na França na época, como o crescimento da burguesia, levaram ao surgimento de uma comunidade surda em Paris e ao abade L'Epée criar a escola para educá-los.
O documento analisa a representação da mulher negra no cinema brasileiro através do filme Filhas do Vento. Discute como a identidade cultural brasileira e a mídia representam negros de forma estereotipada e marginalizada, e como o filme retrata as experiências das personagens negras.
Seminário do curso de História na Universidade Federal do Piauí-UFPI. Sobre a participação da população negra na política brasileira durante o início do século XX até o golpe cívil-militar de 1964, apresentado por Endrews Costa e Ruthyelle Rodrigues, tendo como referência principal o artigo do prof. Dr. Elio Chaves.
Exercícios conceito de história primeiro anojacoanderle
O texto discute a importância do estudo da história. A história nos ensina sobre pessoas que lutaram por valores e ideais semelhantes ou opostos aos de hoje em diferentes épocas e contextos. Isso nos dá uma consciência de fazer parte de um processo maior que nos transcende. A consciência histórica existe para promover a superação do individualismo.
Desenvolvido a partir de um conceito de criação embasado à pesquisa com referencial teórico e iconográfico, o projeto tem como objetivo desenvolver uma mini coleção composta por seis looks, sendo somente três confeccionados para um público especifico. Estes são homens, que dão valor ao tempo que têm para praticar o lazer. São consumidores de moda que estão freqüentemente fazendo pequenos tratamentos estéticos, pois gostam de causar uma boa impressão no ambiente de trabalho e fora dele.
1) O documento discute a cultura, política e mídia na Bahia contemporânea, focando no período pós-guerra até 2000.
2) A Bahia da época era uma sociedade tradicional que resistia à modernização, mas nos anos 50 houve um "renascimento baiano" com diversos movimentos culturais.
3) A Universidade da Bahia teve um papel importante na consolidação do modernismo cultural na Bahia nesse período.
Este documento traça a trajetória do Movimento Negro Brasileiro no século XX, destacando marcos como a Revolta da Chibata em 1910 e a criação da Frente Negra Brasileira em 1931, que lutou por direitos como educação e saúde para negros. O texto também discute como a abolição não trouxe igualdade, gerando mais resistência negra por direitos civis.
1) O documento discute o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira no Brasil e a importância do uso de imagens em sala de aula.
2) Ele aborda conceitos como discriminação, preconceito e racismo no contexto brasileiro e como esses conceitos foram historicamente construídos.
3) O autor defende que o uso adequado de imagens como filmes, fotos e pinturas pode ajudar os alunos a compreenderem melhor a história e cultura afro-brasileira.
Este documento discute como a televisão brasileira participa da articulação das identidades culturais na fronteira entre o Brasil e países vizinhos como o Paraguai. Apresenta a perspectiva teórica dos Estudos Culturais e da Antropologia Cultural que guiaram a pesquisa. Também analisa como as representações televisivas são apropriadas de forma diferente por brasileiros e paraguaios e como podem reforçar estereótipos.
1. O documento apresenta um resumo de um trabalho de conclusão de curso sobre as dificuldades de pessoas negras em relacionamentos inter-raciais e a influência do racismo e dos estereótipos na mídia nessas relações.
2. O objetivo é expor experiências de pessoas negras em relacionamentos com parceiros brancos, identificar como os estereótipos negros influenciam essas relações e evidenciar as dificuldades enfrentadas.
3. O trabalho utilizará entrevistas e perfil jornalíst
1) O documento apresenta informações sobre um seminário realizado pelo Programa Mais Cultura Audiovisual sobre juventude e teledramaturgia, com o objetivo de subsidiar um edital para projetos nessa área.
2) Foram produzidos dois textos de referência com base nos debates do seminário, abordando o perfil, demandas e imaginário de jovens das classes C, D e E, para orientar os proponentes do edital.
3) O primeiro texto, escrito por uma antropóloga, faz uma compilação de pesquisas sobre juvent
1) O documento resume o livro "Negritude sem etnicidade" de Lívio Sansone, que analisa a construção das identidades negras no Brasil e como símbolos globais são reinterpretados localmente.
2) Sansone argumenta que raça e etnicidade não são universais e dependem do contexto social. A negritude brasileira é expressa de muitas formas sem necessariamente estar ligada a manifestações étnicas.
3) Apesar de apontar problemas, o resumo elogia a obra por apresentar uma interpretação sof
O documento discute a constituição da subcidadania no Brasil desde o período da escravidão até os dias atuais, com a exclusão social de pretos e pardos. Apesar de exaltar a mestiçagem, na realidade há grandes desigualdades raciais no país. O artigo também analisa as idéias progressistas do político José Bonifácio de Andrada e Silva no século XIX sobre a inclusão dos negros e indígenas, contrastando com a situação atual de abandono do Estado.
1. O documento descreve a memória de militantes do movimento estudantil em Passo Fundo entre 1978-1985, analisando a reorganização do movimento no fim do regime militar e a disputa entre correntes políticas de esquerda e direita.
2. Em 1978 houve um crescimento da participação estudantil na universidade de Passo Fundo e uma difusão de conceitos políticos. Em 1979 ocorreu a primeira eleição direta para o Diretório Central dos Estudantes vencida por uma chapa de situação.
3. O texto analisa a at
Este estudio examinó un modelo ecológico para predecir la conducta antisocial en jóvenes mexicanos, considerando factores como la violencia familiar, el consumo de alcohol de las madres y el apoyo de los amigos. 204 adolescentes completaron cuestionarios sobre estos temas. Los resultados sugirieron que la violencia familiar y la falta de apoyo de amigos aumentan el riesgo de comportamiento antisocial, mientras que el consumo moderado de alcohol materno no tuvo un efecto significativo.
O evento debateu o papel da mídia independente e comunitária no combate à violência urbana no Brasil, contando com a participação de 50 profissionais do setor. Foram discutidos temas como o modelo de radiodifusão em emissoras comunitárias versus públicas, como a mídia comunitária aborda a violência nas comunidades e as possibilidades das novas tecnologias para a produção e compartilhamento de informações nesses veículos. O objetivo foi identificar formas de superar limitações e avançar no enfrentamento da
Factores de la conducta antisocial. aprentic3Inma Contreras
Este documento resume los múltiples factores que influyen en la conducta antisocial, incluyendo factores del niño como su temperamento y rendimiento académico, factores de los padres como su psicopatología y la calidad de las interacciones familiares, y factores escolares como las características del entorno educativo. Ningún factor es determinante por sí solo, y la conducta antisocial generalmente resulta de la interacción compleja entre factores biológicos y ambientales a lo largo del tiempo.
Este documento proporciona información sobre el trastorno antisocial. Define el trastorno como un comportamiento agresivo repetitivo que también presenta anomalías en otras áreas como la hiperactividad y las habilidades sociales. Explica que las causas pueden incluir factores genéticos y ambientales, así como daños cerebrales. Los síntomas principales son la falta de empatía, la búsqueda constante de sensaciones y la ausencia de remordimiento. El tratamiento involucra terapia cognitivo-conductual para comprender los esquemas sub
El documento describe varios trastornos de la personalidad. Resume los trastornos paranoide, esquizoide y esquizotípico de la personalidad, que se caracterizan por desconfianza, aislamiento social y pensamiento extraño respectivamente. También describe los trastornos de personalidad tipo B, incluyendo el trastorno límite, que se definen por inestabilidad emocional y conductual.
O documento discute como o ensino da história no Brasil negligencia a África, a cultura negra e os afro-descendentes. Apresenta o rap como uma forma de os jovens afro-descendentes contemporâneos "rasurarem a história", contando suas próprias narrativas e experiências. Defende que o rap contribui para ampliar a "esfera pública negra" e reconstruir a conexão entre o Brasil e a África.
Este documento propõe um projeto interdisciplinar para ensinar sobre a história e cultura africana e afro-brasileira aos alunos do ensino fundamental e médio. O projeto utilizará dança, música, debates e apresentações para ajudar os alunos a reconhecerem as contribuições culturais africanas e combater o racismo. As disciplinas de história, artes, sociologia e outras serão integradas para abordar o tema de diferentes perspectivas. Uma feira cultural apresentará os resultados do projeto.
1) O documento discute a cultura popular brasileira e sua desvalorização pela elite, apesar de ser formada por contribuições de diversos povos.
2) Analisa a Roda do Palmeira Mirim como manifestação cultural de Senhor do Bonfim que recebe pouca valorização dos moradores locais.
3) Tem como objetivo identificar os significados que as integrantes da Roda do Palmeira Mirim dão à cultura popular bonfinense.
1) O documento discute a importância de referenciais étnicos positivos nas escolas para a formação da identidade cultural de estudantes de diferentes etnias.
2) Historicamente, a população negra foi reduzida à raça inferior durante a colonização para justificar a exploração e escravidão. Isso causou danos à identidade cultural dos africanos e seus descendentes.
3) O texto argumenta que a literatura infantil pode ajudar a fornecer referenciais positivos sobre a história e cultura negra, contribuindo para a formação da
1. A questão dos direitos humanos no Brasil é marcada pela concepção de que alguns humanos são mais ou menos humanos do outros, levando à naturalização da desigualdade de direitos.
2. Duas matrizes teóricas disputam na sociedade brasileira: o mito da democracia racial, que oculta desigualdades, e a ênfase na luta de classes, que obscurece o papel da raça na estrutura social.
3. Estudos recentes mostram que o Brasil é um país apartado racialmente, com grandes disparidades
O documento discute a Lei 10.639/03 e a Deliberação 04/06 do CEE, que tornam obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira nas escolas. Também aborda o racismo no Brasil e como ideologias como a da dominação racial e o mito da democracia racial contribuíram para a naturalização das desigualdades raciais no país.
O documento discute a cultura hip-hop no Brasil e como ela representa novas formas de identidade e pertencimento cultural. O hip-hop surgiu nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo, sendo adotado por jovens de periferias urbanas como uma expressão das experiências compartilhadas de discriminação e segregação. O hip-hop também desafia a dicotomia entre arte e política, representando vozes marginalizadas.
1) O artigo discute a importância do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas brasileiras.
2) Movimentos negros ao longo da história do Brasil lutaram por direitos e pela inclusão deste tema no currículo escolar.
3) A lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira para promover a igualdade racial.
1. O documento discute o uso das expressões "literatura negra" e "literatura afro-brasileira" para se referir à produção literária de autores negros e afrodescendentes no Brasil.
2. Há divergências entre teóricos sobre qual termo é mais adequado, com alguns defendendo o uso de "literatura negra" para enfatizar questões de identidade e exclusão, e outros preferindo "literatura afro-brasileira" para evitar rotular a produção desses autores.
3. Fatores como a escolha de quais autores
1. O documento discute o uso das expressões "literatura negra" e "literatura afro-brasileira" para se referir à produção literária de autores negros e afrodescendentes no Brasil.
2. Há divergências entre teóricos sobre qual termo é mais adequado, com alguns defendendo o uso de "literatura negra" para enfatizar questões de identidade e exclusão, e outros preferindo "literatura afro-brasileira" para evitar rotular a produção desses autores.
3. Fatores como a escolha de quais autores
1. O documento discute o uso das expressões "literatura negra" e "literatura afro-brasileira" para se referir à produção literária de autores negros e afrodescendentes no Brasil.
2. Há divergências entre teóricos sobre qual termo é mais adequado, com alguns defendendo o uso de "literatura negra" para enfatizar questões de identidade e exclusão, e outros preferindo "literatura afro-brasileira" para evitar rotular a produção desses autores.
3. Fatores como a escolha de quais autores
O documento discute a educação quilombola e como as escolas nas comunidades quilombolas buscam despertar a consciência sobre a realidade específica dessas comunidades. Apesar dos avanços dos movimentos negros, o racismo ainda é uma realidade para esses povos. A educação quilombola utiliza disciplinas sobre os povos africanos na diáspora para produzir uma visão de mundo baseada nos ideais da negritude.
O documento resume os principais temas discutidos em uma aula de Antropologia Cultural, incluindo antropologia urbana, etnias urbanas, racismo no Brasil, globalização urbana e o papel da CUFA e do hip hop como forma de expressão e inclusão social.
1. O documento discute a divisão do trabalho entre antropologia e sociologia no estudo das relações raciais no Brasil, com antropologia focando na cultura negra e sociologia nas desigualdades raciais.
2. Uma nova geração de pesquisadores está promovendo uma reconciliação entre esses campos, estudando como cultura e desigualdade social se relacionam.
3. Novos estudos estão explorando identidades negras de forma interseccional e em relação a classe, gênero, sexualidade e outros fatores.
O documento descreve a luta histórica dos negros no Brasil desde o período da escravidão até os dias atuais, incluindo a abolição da escravidão em 1888, a continuação do racismo e da desigualdade social no período pós-abolição, e as leis e movimentos que buscam promover a igualdade racial.
Críticas ao pensamento das senzalas e casa grandeRossita Figueira
1) O artigo critica a visão de que o livro "Casa Grande e Senzala" trouxe uma abordagem inovadora sobre as relações raciais no Brasil, apontando que havia pensadores negros anteriores, como Juliano Moreira e Manoel Querino, que já traziam visões revolucionárias sobre a população negra.
2) Argumenta-se que o livro não representa de forma sistemática a realidade da produção escravista no Brasil e que a ideia da casa grande e da senzala não serve para pensar a imensa diversidade
O documento discute a legislação e currículo para o ensino de história da África em três partes: (1) analisa como as verdades são produzidas e legitimadas em diferentes sociedades; (2) detalha como a verdade é produzida e consumida no Brasil sob o controle de instituições políticas e econômicas; (3) argumenta que a seleção de conteúdo curricular é um ato de poder que privilegia certos grupos.
Este documento discute a importância da inclusão da cultura afro-brasileira e africana no currículo escolar. Apresenta como o Brasil foi formado por diferentes culturas, incluindo a cultura negra, e destaca a necessidade de valorizar esta cultura para combater o racismo. O documento é dividido em quatro capítulos que abordam o tema, fazem uma discussão teórica, descrevem a metodologia da pesquisa realizada e apresentam os resultados coletados em escolas.
Aqui estão alguns pontos importantes a serem considerados sobre o tema:
- Cultura refere-se aos modos de vida, costumes, crenças, valores, símbolos, artefatos e outras realizações de um povo ou grupo social. Engloba tudo aquilo que é aprendido e compartilhado entre os membros de uma sociedade.
- Cultura é dinâmica e está sempre em processo de mudança. Ela varia entre diferentes grupos e também se transforma ao longo do tempo em um mesmo grupo.
- No passado, o conceito de raça foi usado de forma prejudicial para
A lei 10.639/2003 estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira em escolas brasileiras e o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra. O objetivo é fortalecer a identidade negra e sua contribuição cultural, combatendo a visão equivocada do colonizador.
Este documento discute as relações entre memória, geração e sociabilidade na compreensão da juventude. Aponta que a memória se constrói nas relações sociais e intergeracionais, importantes para a elaboração da identidade dos jovens e orientação de seus projetos pessoais. Também destaca que a identificação de convergências e divergências entre a memória dos adultos e jovens pode indicar relações entre memória individual e coletiva entre gerações.
Este documento analisa as experiências de jovens do sexo masculino em Florianópolis que trabalham como jogadores de futebol ou comercializando entorpecentes entre 1980 e 2005. O primeiro trabalho é considerado legítimo e o segundo ilegítimo. As experiências desses jovens de camadas populares refletem embates entre interesses familiares, políticas estatais e empregadores.
Este documento resume uma comunicação sobre experiências de jovens homossexuais em pequenas e médias cidades do Oeste do Paraná, baseada em narrativas de história oral. A comunicação analisa como os viveres destes jovens se constituíram nas dinâmicas entre o rural e o urbano, ilustrando com os relatos de Gilvan e Maicon, que mostram como valores e práticas do meio rural influenciaram suas identidades.
1) O documento discute as noções de gênero, parentesco e identidade no sertão nordestino, especificamente na região do Cariri.
2) Questiona como conceitos como "família patriarcal" e "parentesco" podem ocidentalizar as relações sociais estudadas.
3) Defende que a antropologia deve ir além dos conceitos para captar as múltiplas formas de subjetividade e relações sociais.
O documento discute dois momentos de eleições internas (1986 e 2006) em uma instituição de ensino pública com mais de 100 anos de história. Analisa como esses momentos contribuíram para rupturas e permanências na instituição a partir das teorias de Bourdieu e Foucault sobre poder, capital social e habitus. Também examina como o corpo docente apropriou-se do capital cultural e do habitus ao longo do tempo.
1) O documento discute as identidades e trajetórias de jovens mulheres quilombolas da comunidade de São José da Serra.
2) A comunidade preserva a cultura do jongo e busca garantir que a tradição não se perca, permitindo a entrada de jovens na roda de jongo.
3) Ser jovem no meio rural significa lidar com a dualidade entre ficar na comunidade ou sair em busca de melhores oportunidades.
Este documento resume narrativas orais e escritas de estudantes angolanos no Brasil. As memórias descrevem experiências com avós tradicionais e a importância de preservar saberes culturais do passado. Alguns sentem falta de seu país natal e buscam "encarnar o espírito patriótico" de Angola.
O documento analisa depoimentos de ex-militantes da Ação Popular Marxista Leninista (APML) no Brasil sobre a história e memória da organização. A APML surgiu na década de 1960 a partir da Juventude Universitária Católica (JUC) e se voltou para o socialismo democrático e a revolução brasileira, o que gerou conflito com a hierarquia católica. Posteriormente, adotou o marxismo-leninismo. Os depoimentos abordam as alianças com outros grupos de esquerda,
1) O documento apresenta o resumo de uma palestra sobre a história de vida de Jean Charles de Menezes, um brasileiro que migrou de Gonzaga, Minas Gerais para Londres.
2) Jean Charles foi morto em 2005 pela polícia de Londres que o "confundiu" com um terrorista no metrô da cidade.
3) A palestra analisa como a trajetória de vida e morte dramática de Jean Charles pode ajudar a compreender os contextos de preconceito e discriminação que imigrantes enfrentam nas sociedades que
Este documento resume uma pesquisa sobre as transformações ocorridas na Praça XV de Novembro, em Florianópolis, entre 1990-2006. A pesquisa identificou novas sociabilidades e sentidos construídos neste espaço público a partir de grupos diversos que o frequentam. A história oral tem sido fundamental para entender como a praça reflete a cultura urbana em transformação da cidade.
1) O documento discute as fronteiras culturais e etnicidades na cidade de Joinville (SC) a partir de narrativas orais.
2) A cidade é vista hoje como cosmopolita com contribuições de diferentes grupos étnicos, em contraste com visões anteriores que a enxergavam como uma pequena Alemanha.
3) As novas abordagens sobre o passado de Joinville visam legitimar as identidades étnicas que reivindicam reconhecimento.
O documento descreve a trajetória de uma diretora de escola em Taubaté-SP que transformou a instituição de uma situação de extrema carência para um modelo de escola. A diretora Virgínia Durci começou como professora e, ao assumir a direção da escola em 2003, encontrou o prédio destruído por um vendaval e sem mobiliário ou funcionários. Ao longo de quatro anos, por meio de sua gestão competente, a escola superou as dificuldades iniciais e tornou-se um exemplo a ser seguid
Este documento discute a influência da militância comunista familiar na adesão de novos militantes ao Partido Comunista do Brasil (PCB) em meados do século XX. Analisa o depoimento de um ex-militante do PCB cujo pai também havia militado no partido nas décadas de 1930 e 1940. Apesar das dificuldades enfrentadas pela família devido à perseguição política, os ideais de solidariedade e igualdade transmitidos do pai influenciaram fortemente a adesão do filho ao partido, demonstrando que
1) O documento discute a narrativa de jovens sobre o desenvolvimento urbano da cidade de Santa Cruz do Sul no Rio Grande do Sul, Brasil.
2) A análise revelou um "hiato de memória" sobre o desenvolvimento urbano devido à ruptura com a tradição oral entre gerações, possivelmente ligado à migração.
3) Tanto jovens migrantes quanto de "segunda geração" tiveram dificuldades em narrar a história de suas famílias, indicando uma desconexão entre memória e hist
Em 3 frases ou menos:
O documento descreve os eventos do movimento estudantil brasileiro em 1968, começando com a morte do estudante Edson Luís durante um protesto em março, que levou a grandes manifestações pelo país. A narrativa continua com os confrontos violentos entre estudantes e policiais em junho, culminando na histórica "Passeata dos Cem Mil" em 26 de junho. O texto analisa esses acontecimentos através dos depoimentos de líderes estudantis da época.
Este documento discute a relação entre jovens e consumo na construção de identidade. Analisa como jovens de uma área pobre do Distrito Federal lidam com sua vulnerabilidade social através do estilo de vida e comportamentos no dia a dia. A pesquisa mostra como o consumo é essencial na identidade juvenil e como jovens de baixa renda resistem por meio da cultura.
Este artigo analisa os pressupostos de programas sociais brasileiros que transferem renda para jovens pobres e exigem contrapartidas. Os autores discutem como esses programas buscam oferecer renda diretamente a jovens e promover sua inclusão social e produtiva, levantando questões sobre seus efeitos reais.
O documento discute o caso de um jovem psicótico que passou por um longo período de institucionalização psiquiátrica desnecessária. Após isso, ele começou um tratamento em um Centro de Reabilitação Psicossocial que oferecia atendimento diário. O artigo relata momentos desse novo tratamento e as falas do jovem, ilustrando a riqueza de seu quadro clínico e como a abordagem do centro foi mais benéfica do que a institucionalização anterior.
O documento descreve o 8o número do Cadernos de Sociologia e Política publicado pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) em novembro de 2005. O número contém o Fórum dos Alunos do IUPERJ e informações sobre a equipe editorial e gráfica responsável pela publicação.
Este documento resume um estudo sobre as experimentações sexuais de jovens que participaram de uma ação de saúde sobre DST/AIDS coordenada por uma ONG de defesa dos direitos humanos e livre expressão sexual. O estudo analisou como esses jovens lidam com a sexualidade diante da homofobia na sociedade brasileira e foi orientado por pesquisa-intervenção, com resultados mostrando os desafios enfrentados na saída do armário.
Mais de Observatório Juvenil do Vale UNISINOS (20)
1. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
O MOVIMENTO HIP HOP E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
NEGRA/JUVENIL
Benjamin Xavier de Paula 1
RESUMO: Entendendo que o Hip Hop é hoje um dos mais importantes movimentos de
construção e auto-afirmação da identidade do negro na sociedade brasileira rumo à alteridade
e ao respeito negados ao longo da maior parte da nossa história, sua atuação no contexto
social atual surge como fruto da tomada de consciência das inúmeras faltas cometidas contra
os afro-brasileiros em nome da cor da pele, pautando-se pela busca de caminhos que
conduzam ao reconhecimento e ao respeito às diferenças da nossa comunidade por meio da
arte e da cultura.
PALAVRAS CHAVES: Cultura Negra, Identidade, Hip Hop
ABSTRACT: Understanding that the Hip Hop is today one of the most important
movements of construction and self-affirmation of the identity of the black in the Brazilian
society route to the denied authority and the respect throughout most of our history, its
performance in the current social context appears as fruit of the conscience taking of the
innumerable lacks committed against the afro-Brazilians on behalf of the color of the skin,
registing itself for the search of ways that lead to the recognition and the respect to the
differences of our community by means of the art and of the culture.
KEY WORDS: Culture Black, Identity, Hip Hop
1. Introdução
O presente ensaio é fruto de um desafio surgido ao longo dos debates realizados ao
final de uma disciplina do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo, ocasião em que ao ficar evidente a sintonia, riqueza
e afinidade de um conjunto de trabalhos desenvolvidos pelos pós-graduandos dessa disciplina,
decidiu-se, então, publicar um livro que fosse resultado dessa junção, cujo texto é parte desse
todo construído depois de meses de trabalho coletivo dos envolvidos.
Pretendemos ao longo deste texto dialogar com o nosso leitor acerca de um tema que
representa para nós, o fruto de alguns anos de uma experiência de pesquisa e de uma trajetória
de vida e compromisso com a construção da nossa identidade afro-brasileira, tão carente de
elementos teóricos de reflexão e de experiências práticas de ação.
1
Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo e Professor Adjunto da Universidade Federal dos Vales
do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM
2. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 2
2. O Hip Hop como esfera de construção da identidade negra
A construção da identidade com fundamento no movimento de afirmação racial tem
trilhado diferentes caminhos nas últimas décadas. Essa trajetória que tem seu marco inicial
nas relações de sociabilidade desenvolvidas a partir do local de moradia – da rua, do bairro,
da vila, do “estar junto” e do “ser igual”, usar o mesmo cabelo, ouvir a mesma música,
“curtir” a mesma festa, pertencer ao mesmo grupo étnico/racial – foi aos poucos se
desenvolvendo, num segundo momento, para as formas de organização social que tinham
como centro da sua ação a resistência cultural, como arma contra a discriminação de que eram
vítimas; e, por fim, consolidou-se em movimentos mais amplos que, atingindo um maior grau
de consciência política e de organicidade social, atingira bandeiras de lutas mais consistentes,
dentre elas a identidade negra como um direito universal e a garantia de igualdade perante a
sociedade como uma luta a ser perseguida por todos.
Porém, as várias formas de organização da comunidade negra têm ao longo dos
últimos anos se atrelado a estruturas mais antigas que ainda sustentam barreiras para a
construção de uma ação autônoma dessa comunidade. Outra crítica que se faz presente às
organizações é que umas são oriundas de estratos médios da comunidade que conseguiram
ascensão social, principalmente por meio de um diploma universitário, e não mais reservam
uma linguagem identificada com a maioria da população afro-brasileira; outras acabaram por
se constituir em estruturas burocráticas que muito longe estão do conjunto da população
negra, em sua maioria, vivendo nas favelas e nos bairros de periferia das grandes cidades. Por
fim, ambas as situações ainda são depositárias do fragmentarismo social característico do
neoliberalismo, que remete as ações destas organizações e entidades à esfera da ação local,
regional ou pontual, incapaz de articular um movimento contra-hegemônico capaz de
construir uma nova cultura de respeito e solidariedade.
Neste contexto geral, surge o movimento Hip Hop no Brasil, fazendo contraponto às
várias organizações do movimento negro. Isso não significa que o primeiro seja um espaço de
confronto com o segundo. Pelo contrário, vem se somar às várias formas de resistência social
e de construção e afirmação da identidade das populações afro-brasileiras, rumo à superação
das diferenças sociais das quais sempre foram vítimas.
Uma das primeiras dessas relações históricas importantes para compreendermos as
origens do Hip Hop está no que nos EUA, como no resto do mundo, ficou caracterizado pela
dicotomia Norte-Sul. No Sul, de base agrária exportadora, no início do séc. XX estava
concentrada a maioria dos negros, ex-escravos que, como no Brasil, pouca ou nenhuma
oportunidade de sobrevivência tiveram com o fim da escravidão. Seus sonhos, jogar-se na
3. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 3
estrada sob a sorte incerta que poderia vir das terras do norte, onde a industrialização era uma
realidade e a prosperidade uma promessa.
Porém, haviam alguns empecilhos: primeiro, no início a maioria das fábricas não
aceitava negros em seu quadro de funcionários; e, segundo, em função da forte tradição de
discriminação racial na sociedade americana, lançar-se a uma aventura na estrada que levava
do sul ao norte, era correr ao encontro da morte. Esse quadro começa a mudar com a chegada
da indústria automobilística e a escassez da força de trabalho. No ano de 1914, Willian Ford,
um dos maiores industriais americanos, anuncia a contratação dos negros “boa gente” para a
sua linha de produção, além de destinar uma ajuda para que estes pudessem se instalar com o
mínimo necessário para ingressar no novo trabalho e na nova vida. Haverá um dos maiores
movimentos migratórios da história americana, os negros ex-escravos abandonam as lavouras
no sul para tentar a vida nas fábricas do norte, proliferando-se a formação dos bairros
operários (HOBSBAWN, 1989).
Nas décadas de 60 e 70, a queda da industrialização de modelo fordista,
acompanhada pelo investimento em tecnologia e automação das linhas de produção por meio
da implementação da robótica e da informática, resultará no fechamento das grandes empresas
metalúrgicas e de transformação, com conseqüente crescimento do desemprego e dos
problemas deles decorrentes, dos quais os bairros operários da periferia serão vítimas.
Para os jovens em sua maioria afro-americanos e afro-latinos, o refúgio serão as
gangues que se apropriam da cidade, associadas à adesão à violência. A cidade torna-se
espaço de confrontos diários e o resultado são os números de mortes computadas, velórios
assistidos, e novos confrontos anunciados, numa guerra entre jovens (em sua maioria negra)
se autodestruindo e sem perspectivas de acabar.
É neste contexto de exclusão social convertido em violência que, em meados dos
anos 70, o Disck Jokey (DJ) Afrika Bambataá 2 propôs que as gangues do Bronx, em Nova
York, abandonassem as armas e a violência contra si mesmas, e resolvessem suas diferenças
através da dança – inaugurando, então, as competições de break, influenciadas por uma dança
chamada quot;Good Footquot;, ao som de músicas de origem afro (como o soul) cantadas por James
Brown. O quot;Good Footquot; foi um dos primeiros estilos livres de dança que, consistia em giros e
cambalhotas; os DJ's inventaram maneiras para que a parte instrumental ficasse maior –
fazendo loops (movimentos invertidos com dois discos iguais e no mesmo trecho) –
2
Bambataá é considerado um dos pioneiros do Hip Hop no mundo inteiro, seu papel foi decisivo para o
surgimento das primeiras manifestações do Hip Hop e sua liderança perante aos jovens afro-americanos e afro-
4. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 4
possibilitando aos dançarinos mais tempo para inventar e experimentar novos passos. Logo,
estes dançarinos começariam a ser chamados quot;boie-oie-oingsquot;, ou simplesmente b. boys.
Surgiria então o quot;footworkquot; (trabalho com os pés), inaugurando estilos em que os b. boys
passaram a usar os braços e mãos para criarem movimentos de maior complexidade – entre
eles os saltos no ar, as “piruetas” no chão –, surgindo assim os primeiros jovens protagonistas
do Hip Hop: os b. boys.
Estabelecido um estilo próprio e superada a violência pela criação cultural, o Hip
Hop desenvolvera também suas duas outras formas de expressão: o graffiti que consiste na
arte desenhada nos muros do centro ou dos bairros da cidade ou da periferia, e cujo
significado está estreitamente ligado ao inconsciente das massas que protagonizam esta nova
forma de arte marginal; e o rap, que ganha espaço posteriormente, quando canaliza toda a
crítica social dos seus protagonistas para uma base discursiva e narrativa que materializa a
fala daqueles que nunca foram ouvidos. A partir do rap, ao invés de outros falarem por esses
jovens, eles assumem o papel de falarem por si mesmos, é aí que reside o protagonismo social
de que falamos no nosso ensaio.
Pouco tempo mais tarde no Brasil, os jovens afro-brasileiros, influenciados pelo
movimento em desenvolvimento nos EUA, passaram a organizar um dos mais importantes
movimentos sociais e culturais da modernidade: o Hip Hop.
O Hip Hop chegou ao Brasil no início dos anos 80, e teve como alguns dos seus
protagonistas jovens da época Nelson Triunfo 3 , Thaide 4 , DJ Humberto 5 entre outros
precursores. No início, tal como nos EUA, os jovens brasileiros da periferia das grandes
cidades, influenciados por uma dança contagiante que viam pela TV, nos filmes, arriscavam
ainda de forma bem espontânea copiar os passos que seus vizinhos faziam. Nesse momento,
alguns espaços de aglutinação desses jovens se formaram; um dos mais importantes deles
situava-se em frente às escadarias do Teatro Municipal, no centro de São Paulo, onde
passavam os jovens, principalmente office-boys de várias regiões da periferia paulistana, ali
encontrando pioneiros como Nelson Triunfo, Marcelinho Back Spin, Thaide, entre outros,
mostrando um pouco do que tinham ensaiado nas ruas. Muitos desses jovens, curiosos,
latinos nos EUA, foi decisivo no processo de tomada de consciência destes jovens que, posteriormente, deram
origem ao movimento Hip Hop.
3
Nelson Triunfo (entre os três) foi o pioneiro, e se destacou como b.boyng no break, e foi a principal referência
para toda uma geração posterior.
4
Thaide foi um dos primeiros MC (Mestre de Cerimônia), do Movimento Hip Hop no Brasil. O MC é o cantor
de rap. Também se destacou como b. boy no início do Hip Hop no Brasil, chegou inclusive a participar de uma
companhia de dança chamada funk e cia.
5
Humberto – ou DJ Hum, como é conhecido – foi um dos pioneiros em sua arte, sua principal função é
comandar o som, fazendo a base para o MC cantar em cima, também é quem produz os bailes no Hip Hop.
5. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 5
paravam para olhar; os mais ousados arriscavam algumas manobras no hall público da praça,
algumas vezes arriscando seus empregos por atrasarem os serviços diários de bancos,
entregas, e outras atividades da rotina desses depositários do subofício, destinado a todos
aqueles que sonhavam em um dia ir para um escritório, para uma linha de montagem ou para
um serviço técnico melhor remunerado: os office-boys.
Um dos principais fatores que determinou esta localização dos primeiros praticantes
do break foi o fato de ali perto estar situada a “Galeria 24 de maio” que, desde as décadas de
60 e 70, sempre foi um importante espaço de sociabilidade dos afro-brasileiros. Ali se
encontravam os últimos lançamentos (inclusive importados) dos grandes expoentes da black
music, as roupas mais “transadas” para os bailes blacks de São Paulo, os salões de beleza e
cabeleireiros especializados nas modas mais “badaladas” do mundo black; enfim, a galeria se
consolidou como o principal ponto de encontro da juventude negra da capital paulistana.
Em um dos nossos trabalhos desenvolvidos sobre este mesmo tema apontamos que:
[...] A Galeria 24 de Maio. Inaugurada no início dos anos 60 é o shopping onde se
encontra o mais importante acervo da história da cultura negra Já em meados da
década de 70, quando chegavam ao Brasil os ventos revigorantes do black power
americano, aconteciam ali reuniões de jovens negros que queriam gastar em roupas,
cosméticos e música, para partirem depois, mais bem equipados e mais informados,
para outras ‘baladas’ noite adentro. Desde estes tempos a Galeria chamou para si a
responsabilidade de guardiã da cultura negra paulistana. Hoje, com suas diferenças,
mudaram as roupas e os ritmos, mas o espírito permaneceu o mesmo: reunir-se para
se divertir, ao tempo em que se resgata a auto-estima diminuída pelas péssimas
condições sociais e pela discriminação racial. A galeria da rua 24 de Maio funciona
como um ‘Q.G.’ informal do Movimento Hip Hop paulista. E tem uma importância
fundamental para a cultura jovem e urbana desta cidade [...]. (PAULA, 2000).
Logo que se formaram os primeiros passos, esse estilo livre de dança tomou conta dos
bairros periféricos das grandes cidades. Em São Paulo, onde o movimento era mais intenso,
tal como nos EUA, os jovens que antes eram organizados em gangues de bairro passam a
organizar competições de dança que começavam nas ruas; os melhores de cada rua
disputavam as competições da vila, depois as competições dos bairros, e, no final da tarde, os
melhores dançarinos dos bairros se reuniam num novo e maior espaço para suas apresentações
públicas: o hall da estação do metrô no Largo São Bento.
Tal como ocorreu em São Paulo, em várias capitais como Belo Horizonte, Brasília,
Salvador, Recife, Rio de Janeiro, dentre outras grandes cidades industriais do país,
desenvolveram-se movimentos análogos, protagonizados pela juventude da periferia destas
6. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 6
cidades, que num futuro próximo consolidaria um dos principais movimentos autônomos de
construção da identidade a partir da cultura.
É bem verdade que, nesse primeiro momento, a principal atratividade do movimento
era a expressão corporal, ou seja, a dança. Apesar de logo no início já canalizar a questão da
violência para a esfera da expressão cultural autônoma, o break era muito mais uma forma de
sociabilidade que qualquer tipo de movimento consciente do seu papel social, ou mesmo de
qualquer cunho organizativo. Este quadro só começa a mudar quando a partir da segunda
metade da década de 80, alguns pioneiros do break, entre eles os veteranos Thaide e Nelson
Triunfo, tiveram a oportunidade de conhecer alguns dos pioneiros do Hip Hop americano,
como o DJ África Bambataá, onde a organização do movimento já estava muito mais
consolidada. Aí então se deram conta de que a arte por eles feita, contagiando milhares de
jovens negros ou não, era muito mais do que simplesmente o estar junto para dançar, “era um
movimento cultural autônomo da periferia que se espalhava para várias partes do mundo,
consolidando-se no mais importante movimento contra-hegemônico global da era
contemporânea depois de 68”. (grifo nosso).
A partir da tomada de consciência de seus principais expoentes, o Hip Hop passa por
um importante processo de consolidação da sua organização social que tem origem em dois
fatores: a criação das posses e associações culturais e o surgimento da primeira geração de
rappers brasileiros.
As posses, que gradativamente vão substituindo as gangues, começam a surgir a partir
de 1989, quando os quot;antigosquot; pioneiros fundaram o Movimento Hip Hop Organizado, o
MH2O. A Nova Escola (que veio depois do MH2O) passou, então, a se organizar nas posses
para desenvolver dois objetivos dessa nova geração de Hip Hoppers: o aperfeiçoamento
artístico e as ações sociais do movimento. (PAULA, 2000).
Para esses jovens que se organizaram por meio das posses, a transformação pretendida
se dá a partir do momento em que eles, como parte da periferia onde vivem, buscam ser um
exemplo para a comunidade, no propósito de romper com as barreiras impostas pela exclusão
social de que todos são vítimas, porém, para atingir esse objetivo é necessário que se
compreenda qual é o sentido da revolução almejada na periferia e, nesse intento, entender
com maior profundidade a situação social vivida é um passo importante. Essa compreensão,
porém, exige estudos da realidade global e articulação do produto destes nas letras de rap para
que esta transformação de fato ocorra.
Essas associações culturais ou posses, como passaram a ser chamadas, são unidades de
organização autônoma dos adeptos do Hip Hop que se reúnem para estudar a cultura afro-
7. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 7
brasileira e outros problemas que afligem os jovens da periferia, como drogas, gravidez,
desemprego, violência, entre outros temas. As posses foram um dos importantes instrumentos
de conscientização e também de organização do movimento Hip Hop, rumo à superação da
limitação das gangues, forjando um discurso e uma narrativa de protesto, e construindo uma
identidade que ganhou forma e corpo nas letras e com os grupos de rappers.
Já a primeira geração de rappers brasileiros surgiu exatamente desse processo de
tomada de consciência por parte dos vários jovens adeptos do Hip Hop que – descontentes
com as condições de vida a que a maioria da população da periferia das grandes cidades
estava submetida, principalmente os afro-descendentes – canalizaram toda a crítica social,
construída a partir de sua realidade, para o discurso de protesto, materializado numa narrativa
que se caracteriza por uma forma discursiva fundada no canto falado sobre uma base rítmica e
musical feita por um “Mestre de Cerimônia” (MC), que ficou universalmente conhecida como
rap6.
Com os rappers, o Hip Hop ganha espaço social, representatividade perante a
população excluída, admiração principalmente entre os estratos médios da sociedade, e
consolida-se como um dos principais instrumentos de auto-afirmação, tanto da identidade
coletiva desses sujeitos protagonistas como do protesto social por eles empenhado.
O antropólogo Marco Aurélio Paz Tella, em sua dissertação de mestrado, resume com uma
frase impar este movimento feito pelos jovens do Hip Hop:
[...] o rap se transforma num veículo de construção de identidade, tendo consciência
da violência praticada contra a população negra em toda a história [...]. Através da
denúncia da condição social dessa parcela da juventude negra de baixa renda e do
preconceito racial de nossa sociedade, o rap rompe com a reprodução do imaginário
social baseado na democracia racial e do racismo cordial, mitos de suma importância
para a estabilidade da ordem [...]. (PAZ TELLA, 2000).
A terceira e não menos importante forma de expressão do Hip Hop é o graffiti. O
termo graffiti deriva do grego graphein (escrever), e enquanto expressão cultural do
movimento Hip Hop nada mais é do que desenhos das mais variadas formas, desenvolvidos
pelos jovens adeptos desse movimento, simbolizando algo e sendo acessível imediatamente
ao público. Este varia de simples marcas na parede a complexas e coloridas composições,
trazendo consigo as mais variadas formas desses jovens enxergarem a realidade urbana. Esses
6
A palavra rap vem da sigla com as mesmas letras e que em inglês significa rhythm and poetry, ou no português,
poesia e ritmo.
8. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 8
jovens são artistas dos guetos que buscam representar um universo mágico, ou a ser
transformado, nos muros da grande cidade.
Os motivos para estas produções artísticas incluem, além do desejo de reconhecimento
público, a necessidade de se ocupar um espaço público para um propósito individual ou do
grupo.
Esses jovens, em princípio, apenas escreviam os próprios nomes em edifícios públicos
da cidade, nas placas de rua e nos veículos de transporte público. Em pouco tempo, passaram
a desenhar figuras misturando estilos e cores. Estavam criando assim uma forma de arte
inteiramente original para os olhos da cidade.
As pessoas num primeiro momento ficam bem impressionadas; no entanto, o graffiti
tem protagonizado um longo histórico de perseguição aos seus artistas e trabalhos artísticos.
Nos EUA e no Brasil, durante certo tempo, o graffiti foi tolerado pela lei e pelo público, o que
ajudou a emergente manifestação artística a se espalhar por outras cidades. Até que jovens
aspirantes ao “artistic graffite” passaram a fazer pinturas em muros, transformando sua arte
numa forma de protesto; em busca de espaços onde deixar suas mensagens, a nova geração de
grafiteiros passou a usar muros de propriedades privadas e não mais apenas edifícios públicos.
Isso, aliado à errônea concepção de que qualquer graffiti era obra de gangues de bairros, levou
a parcela mais conservadora da população a pressionar para que, em muitas cidades,
acabassem por declarar guerra aos grafiteiros em geral. Em alguns casos, a posse de um spray
de tinta podia levar seu portador à mesma pena que a lei prevê para a posse de uma arma de
fogo.
Existem três formas de graffiti: o graffiti político que, geralmente, busca ilustrar um
tipo de protesto ou opinião em relação a uma realidade vivenciada; o graffiti ligado às
chamadas quot;ganguesquot;, normalmente o fazem de forma ilegível, onde apenas os indivíduos
daquela área sabem o significado, normalmente não assinam seus nomes, preferindo o uso de
apelidos, códigos e símbolos; e, por último, o new york style, surgido com os desenhos feitos
no metrô de Nova York durante os anos 70, e que se espalhou pelos grandes centros dos EUA
e do mundo inteiro, especialmente da Europa, variando de simples trabalhos monocromáticos
(chamados em inglês quot;tagsquot;) até desenhos mais elaborados (chamados quot;piecesquot;).
Contrastando com a mensagem trágica dos graffitis do centro da cidade, os muros da periferia
exibem desenhos fortemente coloridos que divulgam as várias faces do Movimento Hip Hop,
como cenas de b.boys dançando, DJ’s e MC’s. Talvez a segunda opção seja a que mais atraia
a maioria dos grafiteiros do Hip Hop que, independentemente da região, procura trazer o
sonho e a poesia para a dura realidade urbana.
9. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 9
Compreendemos o graffiti como uma expressão cultural entre várias outras, porém,
ainda há uma grande parte da sociedade que o considera vandalismo, motivo pelo qual entre
as três expressões culturais do movimento, esta é a única que ainda é legalmente considerada
proibida pelas autoridades.7 É por causa dessa natureza ilícita do graffiti, que o uso de latas
de tinta é impraticável, sendo necessário o uso de latas de spray para que o desenho seja feito
de maneira rápida.
Por fim, os hip hoppers (como são conhecidos os participantes deste movimento) são,
em sua maioria, jovens, mas também há adultos e até crianças que simpatizam com a black
music, com o break e com o som e as novas cores que surgem das ruas em que vivem. Essas
pessoas possuem um desejo intenso de mudar a realidade dos espaços onde vivem e recriá-la
com seus desenhos, cantá-la com a voz alterada e expressá-la por meio da dança. E
impulsionados por esse desejo de mudança, vêm desenvolvendo uma transformação
qualitativa na vida dos bairros de periferia das cidades brasileiras.
Os movimentos juvenis dos anos 80 e 90, dos quais o Hip Hop é uma das maiores expressões,
marcam uma diferença grande com relação aos movimentos juvenis das décadas de 60 e 70,
tanto no que se refere à origem social como no tocante ao foco de intervenção desses jovens:
os anteriores eram principalmente estudantes de classe média; enquanto que os jovens do final
da década de 80 dos 90 são oriundos dos setores populares que não se definem pela condição
estudantil, além de serem mais ligados à cultura, comportamento e atitude. Outra
particularidade é que os hip hoppers têm uma localização territorial mais forte: a “área”. Isso
traz um laço maior com a comunidade; é a cultura de rua no bairro; o que encerra um grande
poder de transformação para a própria comunidade.
Uma das principais bases desse movimento – presente nas diversas formas de
expressão e organização dos seus protagonistas – é a busca da auto-afirmação social e
cultural, enquanto negros e afro-descendentes que, historicamente discriminados, pretendem
reconstruir as bases de sua dignidade e valorização humana por meio desse importante
movimento social e cultural que tem se tornado o Hip Hop.
3. Conclusão
7
Apesar de inúmeros projetos sociais de apoio à arte do graffiti por Ong’s, organizações públicas e também
privadas, o graffiti ainda é considerado por muitos como um crime enquadrado como vandalismo. Isso mostra
que muito ainda tem que se trilhar rumo à superação dos preconceitos contra toda forma de manifestação dos
afro-descendentes, como podemos observar na religião em relação ao candomblé, e a muitas outras formas de
expressão dessa comunidade. Isto aponta para o quanto de entulho ainda temos que remover rumo à luta contra
todas as formas de discriminação contra nossa comunidade no Brasil e no mundo inteiro.
10. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 10
Entendendo que o Hip Hop é hoje um dos mais importantes movimentos de
construção e auto-afirmação da identidade do negro na sociedade brasileira rumo à alteridade
e ao respeito negados ao longo da maior parte da sua história. Sua atuação no contexto social
atual surge como fruto da tomada de consciência das inúmeras faltas cometidas contra os
afro-brasileiros em nome da cor da pele, pautando-se pela busca de caminhos que conduzam
ao reconhecimento e ao respeito às diferenças da nossa comunidade por meio da arte e da
cultura.
4. Referências Bibliográficas
FERNANDES, Florestan (1983). O negro no mundo dos brancos. São Paulo, Difusão
Européia do Livro.
HOBSBAWN, Eric (1989). A história social do Jazz. São Paulo, Editora Paz e Terra, 1989.
MAFFESOLI, Michel (1987). O tempo das tribos: O Declínio do Individualismo na
Sociedade de massas. Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária.
PAULA, B. X (2003). GRAFITE: As Cores do Gueto. ANAIS ELETRÔNICOS (CD ROM)
DO V Simpósio em Filosofia e Ciências. Marília/SP; Unesp Publicações p.01 – 05.
PAULA, B. X (2001). Um estudo sobre o movimento Hip Hop na cidade de São Paulo:
décadas de 1980 e 1990. Revista Ensaios de História. Franca/SP, v. 05, n. 01/02, p.81 – 95.
PAULA, Benjamin Xavier de (2000). Movimento Hip-Hop: a reinvenção cultural dos
excluídos na cidade de São Paulo. São Paulo, FHDSS/UNESP, 103p. (TCC).
REVISTA CAROS AMIGOS (1999). São Paulo, Editora Casa Amarela. Mensal, Edição de
nº 03, agosto de 1999.