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História
da arte II
Entre o final do
século XVIII e as
artes aplicadas.
Séculos XVIII e XIX
• Período histórico, 1492: época da Renascença e descoberta da
América por Colombo.
– Pintura e escultura deixam de ser apenas uma ocupação e torna-
se uma profissão
– A Reforma põe fim no uso de pinturas e esculturas em algumas
regiões da Europa (o que não resulta numa ruptura imediata)
• A maioria dos artistas ainda pertenciam a grupos e guildas,
tinham aprendizes e recebiam encomendas da aristocracia.
• Arte ainda conectada às pessoas ociosas (inquestionável e
indispensável).
• Apesar das mudanças na história artística sua finalidade ainda
era fornecer coisas belas
• Para o belo, é mais importante a habilidosa imitação da
natureza (pintores holandeses) ou a capacidade de idealização
da natureza (Rafael)?
Jan Vermeer
A leiteira
1660 / 45,5x41 Cm
Rijksmuseum, Amsterdam
Rafael
A ninfa Galateia
1512/ 14. 295x225 cm
Vila Farnesina, Roma
Séculos XVIII e XIX
• Sobre o pensamento do Belo havia um ponto em comum:
– Idealistas
– Naturalistas
• Com a revolução francesa (1789) muitos dos
pressupostos estabelecidos a séculos, chegaram ao fim,
como por exemplo, as questões de estilo.
Concordavam que o artista
deve estudar a natureza
Concordavam em que as
obras da antiguidade
clássica eram insuperáveis
em sua beleza
Séculos XVIII e XIX
• Antes
• O estilo realizado na época, o modo como as coisas eram
feitas
• Era da Razão
• As pessoas começara a ficar mais exigentes quanto ao estilo e
questionar por que devia ser daquele jeito.
• Quem trouxe isso a tona foi Horace Walpole
(filho do primeiro primeiro-ministro da
Inglaterra).
Séculos XVIII e XIX
• Walpole resolveu que não queria construir sua residência
de campo como qualquer outro Palacete palladiano
(Andrea Palladio).
• Walpole era extravagante e decidiu que o Strawberry Hill
teria um estilo gótico.
• No início pareceu apenas excentricidade, no entanto foi
um dos primeiros indícios da consciência individual.
• Na mesma época William Chambers (1726-96) estudava o
estilo chinês de jardinagem e construção.
Horace Walpole, William Robinson e outros. Strawberry Hill, Twickenham, 1749-77
William Chambers, Pagode Chinês,
Kew Gardens, 1762, Reino Unido
Séculos XVIII e XIX
• A maioria dos arquitetos da época se baseava, ainda, nas
formas clássicas.
• Mas é nessa época que começa a preocupação com o que
seria o “estilo correto”.
• O que se passava por regras da arquitetura clássica,
criadas pelos gregos e descritas pelos renascentistas,
eram baseadas em ruínas romanas de um período mais
ou menos decadente.
Séculos XVIII e XIX
• Devido a essas situação a “ressurreição
gótica” de Walpole foi acompanhada por
uma “Ressurreição Grega”.
• Culminou no período da Regência (1810-
20)
– O rei Jorge III foi considerado incapaz de
governar, seu filho Jorge, Príncipe de Gales,
governou em seu nome como Príncipe
Regente.
Sir John Soane. Projeto para
uma casa de campo. Sketches
in Architecture, Londres, 1798
Lorde Burlington & William
Kent, Chiswick House, Londres,
1725
(Estilo palladiano)
Séculos XVIII e XIX
• No entanto, na Inglaterra, o gótico nunca desaparecera
totalmente.
• John Nash (1752-1835), arquiteto inglês, viu o gótico e o
oriente misterioso sob a mesma luz. E construiu o
Pavilhão real em Brighton para seu principal cliente e
futuro rei, Jorge IV.
• Outro exemplo é o próprio Parlamento em Londres, feito
em 1836, e considerado o maior monumento da
“Revivência Gótica”
John Nash. Pavilhão Real, Brighton, 1815-1818
Sir Charles Barry e A. Welby Pugin. O parlamento, Londres, Começo em 1836
Séculos XVIII e XIX
• A arquitetura com regras simples e rigorosas atrai os
olhos das pessoas marcadas pela Razão (Era da Razão)
• Na França, esse estilo se consolidou com a vitória da
revolução francesa
• O “despreocupados” estilos barroco e rococó são varridos
• Napoleão sobe ao poder e o estilo neoclássico torna-se o
estilo do império.
Séculos XVIII e XIX
• Nessa mesma época uma ressurreição do gótico surgia na
Europa
• Essa atraía aqueles que estavam desenganados pelo
espírito da razão e ansiavam por um retorno da era da fé.
• Na pintura e escultura o rompimento com a tradição
(barroco e rococó) foi menos percebido no primeiro
momento
• A pintura (já a algum tempo) havia deixado de ser apenas
um ofício, se converteu numa disciplina, como a filosofia
e passou a ser ensinada nas academias.
Séculos XVIII e XIX
• Academia/ o mercado de arte/ as exposições
• Alguns artistas queriam criar novos preceitos artísticos
enquanto outros queriam manter os antigos
• Exposições ocorreram primeiro em Paris e depois em
Londres
• Em vez dos artistas trabalharem para mecenas ou para o
grande público, eles precisavam trabalhar para ter êxito
nas exposições (o que gerou confusões).
• Trabalhos de cunho melodramático e “apelativos”, cores
gritantes e desprezo pela “arte oficial”.
Séculos XVIII e XIX
• Enquanto na história da arte os temas se repetem
(mitologia grega, cenas religiosas, vida do cotidiano e da
nobreza).
• Nessa época, os pintores eram livres para retratar o que
quisessem (única coisa que os artistas bem sucedidos e os
rebeldes tinha em comum).
• A Revolução francesa trouxe um enorme impulso para
retratação de temas históricos
• Os revolucionários gostavam de se considerar gregos
renascidos e sua pintura e arquitetura refletiam esse
gosto
Séculos XVIII e XIX
• O principal artista desse estilo neoclássico foi o pintor
Jacques Louis David (1748-1825), que foi o "artista oficial"
do Governo Revolucionário
• As pessoas consideravam seus acontecimentos tão dignos
de retratação quanto a história grega e romana.
• Quando um dos líderes da Revolução Francesa, Marat, foi
assassinado em seu banho por uma jovem fanática, David
pintou-o como um mártir que morrera por sua causa
Séculos XVIII e XIX
• David, por meio do estudo da cultura grega e romana
aprendera a modelar os músculos e tendões do corpo,
também aprendera com a arte clássica a deixar de fora todos
os detalhes que não são essenciais ao efeito principal e a
almejar a simplicidade.
• Marat aparentemente costumava escrever durante seus
banhos, sua agressora entregou uma petição para ele assinar.
Quando ele estava prestes a assinar ela o apunhalou.
• Apresenta o ar de “amigo do povo” – como o Marat se
intitulava, que trabalha em prol de seus ideais e do bem
comum
Jacques-Louis David, Marat
Assassinado, 1793. Óleo sobre tela,
165x128,3cm; Musées Royaux des
Beaux-Arts de belgique, Bruxelas
Jacques-Louis David, Napoleão
cruzando os Alpes, 1801-5. Óleo
sobre tela – 261x221 cm
Jacques-Louis David, A morte de Sócrates, 1787. 150x198 cm. The Metropolitan Museun od Art,
Nova York
Séculos XVIII e XIX
• Jean-Baptiste Greuze:
– Encorajador da corrente anti-rococó na
pintura
– Cenas familiares da vida do povo
– Apelava ao senso moral do observador não se
limitando a dar-lhes prazer, como fez o rococó
– Trazia um caráter teatral
– Questionava as virtudes dos nobres por meio
de suas obras
Séculos XVIII e XIX
• William Blake (1757-1827)
– Poeta místico inglês que vivia suas próprias
criações
– Profundamente religioso
– Desprezava a arte oficial das academias e
recusava seus padrões
– Era considerado louco ou excêntrico, apenas
poucas pessoas acreditavam em sua arte.
– Vivia da arte da gravura
– Admirava Michelangelo
• Há um trecho da Bíblia
(Provérbios. VIII. 22-7) em
que a Sabedoria fala e ela
diz: O Senhor me possuiu no
princípio de Seus caminhos,
antes que criasse coisa
alguma... ainda não tinham
assentados os montes,
antes de haver outeiros, eu
já tinha nascido... quando
Ele preparava os céus, eu
estava presente: quando
encerrava os abismos
dentro dos seus limites:
quando firmava lá no alto a
região etérea: e quando
equilibrava as fontes das
águas.
William Blake, O Ancião dos dias,
1794, água forte com aquarela,
23,3x16,8 cm. British Museum,
Londres
Séculos XVIII e XIX
• Blake formou uma mitologia própria, e a
figura não é o Deus da igreja católica, mas um
ser nascido da imaginação, a quem ele
nomeou de Urizen
– Ele considerava Urizen o criador do mundo
– O mundo para ele era um lugar perverso
– Logo, Urizen era maligno
• Se recusava a desenha do natural e confiava
inteiramente em suas visões
Séculos XVIII e XIX
• O ramo das paisagens tirou grande proveito
da nova liberdade artística de escolha do
tema.
• A pintura de cenários campestres não era
muito valorizada, foi o espírito romântico que
modificou essa situação
• Dois paisagistas ingleses se destacam nessa
situação:
– Joseph M. W. Turner
– John Constable
Séculos XVIII e XIX
• Turner era um artista de enorme sucesso
• Sempre teve a visão de um mundo fantástico,
banhado a luz, belo e cheio de movimentos
• Procurava efeitos para tornar suas telas mais
impressionantes e dramáticas
• A natureza reflete e expressa sempre as
emoções do homem
• Deixou seus quadros e esboços para a nação,
o fez com a condição de que sempre seriam
expostos ao lado de um Claude Lorrain
Claude Lorrain, Paisagem com sacrifício a Apolo, 1662-3. Óleo sobre tela, 174x220 cm.
Abadia de Anglesey, Cabridgeshire
Joseph Mallord William Turner. Dido construindo Cartago, 1815. Óleo sobre tela, 155,6x231,8
cm; National gallery, Londres
Joseph Mallord William Turner. O navio negreiro, 1839.90,8x122 cm; Museum of fine arts,
Boston
Joseph Mallord William Turner. Vapor numa tempestade de neve, 1842. Óleo sobre tela, 91,5x122 cm; tate Gallery, Londres
Séculos XVIII e XIX
• John Constable:
– Ideias muito diferentes de Turner
– A tradição que Turner queria igualar e ultrapassar não
passava de um estorvo
– Queria apenas retratar a verdade
– Constable desprezava macetes fáceis de pintura e
feitos para impressionar o público (como compor
paisagens, uso de cores, receitas para pintar nuvens e
imitar cascas de árvores).
“Existe lugar de sobra para um pintor natural [...] o grande
vício da atualidade é a bravura, uma tentativa de fazer algo
além da verdade”.
John Constable. A carroça de feno, 1821. Óleo sobre tela, 130x185,4 cm; National Gallery, Londres
John Constable. Estudo de tronco de árvore, 1821. Óleo sobre papel, 24,8x29,2 cm; Victorian and
Albert Museum, Londres
Séculos XVIII e XIX
• Essa ruptura com a tradição trouxe
diversas opções aos artistas.
• Houve vários outros artistas importantes
nessa época na Europa
• Na França, o estilo romântico também se
concretizou no século XIX
Séculos XVIII e XIX
• Neoclássico
– Arte Greco-romana como modelo de equilíbrio,
proporção Clareza, Propondo uma volta ao modelo
clássico
– Motivos heroicos, contrastes de cores e
representações calcadas no real
– Belo objetivo e imutável
• Romântico
– A criatividade artística romântica tem sua fonte no
inconsciente, na imaginação, no sentido e na vontade
– Motivos diversos, liberdade na composição e uso de
técnicas
– Belo, subjetivo e mutável
Séculos XVIII e XIX
• George Stubbs
– Pintava cavalos de corrida e algumas vezes
seus donos também
– Viagem ao norte da África
– Pintura quase minimalista, que exalta a força
da natureza
– Sentimento romântico
– O homem não aparece nesse reino
sanguinário
George Stubbs A Gentleman driving a Lady in a Phaeton, 1787. Óleo sobre madeira . 82,5x101,6
cm. The National Gallery , Londres
George Stubbs. Leão Atacando um Cavalo, 1770. Yale University Art Gallery, New Haven,
Connectcut
Séculos XVIII e XIX
• John Henry Fuseli
– Nascido na Suíça
– Deixou o sacerdócio e se mudou para Londres
– Baseou seu estilo em Michelangelo e
Shakespeare
• Fuseli teve a ideia
desse tema logo após
uma paixão violenta
pela sobrinha de um
amigo, que acaba por
se casar com um
comerciante.
• Projeção de sua
mulher ideal
• O artista como o
próprio diabo
• Cavalo (símbolo
erótico)
John Henry Fuseli. Pesadelo. 1785-
90. 75x64 cm. Goethe Museum,
Francoforte
John Henry Fuseli. O Pesadelo. Óleo sobre tela, 1781. 101x127 cm. Institute of Arts, Detroit E.U.A.
Séculos XVIII e XIX
• Formação da filosofia da arte: a atividade
artística torna-se uma experiência primária,
sem outros fins.
• O artista afirma sua autonomia e
responsabilidade
• Cultura do iluminismo (XVIII) e cesura com a
tradição
• A natureza não é mais a ordem ela é o
ambiente
• Tanto a arte neoclássica quanto a romântica
pertencem ao mesmo ciclo de pensamento.
Séculos XVIII e XIX
• Ideais iluministas:
– Maior participação do povo nas decisões políticas
– Liberdade de expressão
– Igualdade
– Propriedade privada (compra de terras)
– Estado Laico (cesura entre Estado e Igreja)
– Racionalidade
– Vontade geral – Ligada as manifestações
populares
Séculos XVIII e XIX
• Pode-se considerar que o neoclassicismo é
uma fase de processo de formação romântica
– Formação romântica: A arte não nasce da
natureza, mas da própria arte
• Até o final do século XVII a tradição clássica
era muito viva
• Com a cultura francesa da revolução, o
modelo clássico adquire um sentido ético-
ideológico (solução do conflito entre
liberdade e dever)
– Coloca-se também como valor absoluto
Séculos XVIII e XIX
• As academias e críticos da época se esforçaram
para diferenciar Arte da mera execução do ofício
• Outra tradição da arte vinha sendo modificada: o
trabalho manual cedia lugar ao mecânico
• A quantidade de construções realizadas no século
XIX foi maior do que a soma de todos os outros
períodos (Europa e EUA)
– Mesmo assim não possuía um estilo próprio
– As regras que haviam guiado a arquitetura até então
foram descartadas
– Os homens de negócios queriam arte em suas
construções
Séculos XVIII e XIX
• Na pintura e escultura, as convenções de estilo
apresentam um papel menos destacado
• O antes e o agora
– Antigamente o artista sempre tinha algo a pintar
– Suas obras poderiam ser anódinas ou obras primas
– Sentimento de segurança
– Agora a posição do artista era menos segura
– Leque sem limites de opções para tratar nas obras
– Quanto maior a gama de possibilidades, menor a chance de
coincidir com o gosto do público
– O comprador geralmente queria algo próximo ao que havia
visto
Séculos XVIII e XIX
• Foram divididos os artistas que obedeciam ao
gosto dos clientes e os que se isolavam em seu
próprio estilo.
• Revolução industrial / declínio do artesanato/
ascensão de uma nova classe média sem tradição/
produção de bens pretensiosos como arte.
• O público acreditava que o artista era pouco
melhor que um impostor que exigia preços
absurdos
• Os artistas, tornou-se comum a ideia de chocar o
burguês.
Séculos XVIII e XIX
• Os artistas começaram a ver como uma raça a
parte, diferente do burguês, e expressavam
isso por meio do próprio visual
– Deixavam cabelos e barbas crescerem
– Vestiam-se de veludo
– Usavam chapéus de abas largas
– Lenços esvoaçantes no pescoço (em vez da
gravata)
• Enfatizar a seu desdém pelo “cidadão
respeitável”
• A arte tornou-se, nessa época, um veículo
perfeito para expressar a individualidade.
Séculos XVIII e XIX
• A quantidade de trabalho par ao artista aumentou
com o passar do tempo
• A ideia de arte para expressar a personalidade do
artista estava ganhando força
– Surgimento das galerias
• As pessoas buscavam originalidade
• No século XIX abriu-se um abismo entre os artistas
de sucesso (“arte oficial”) e os inconformistas (só
eram apreciados após sua morte)
• A arte passou a ser formada por diferentes frentes,
cada artista insere-se em suas obras e traz um
discurso diferente.
Séculos XVIII e XIX - Espanha
• De um lado oposto estava Francisco de
Goya, pintor espanhol da mesma época de
David.
• Goya tinha base nos velhos mestres da
pintura, como Velázquez e Rembrandt
• Ele não abandonara a essa maestria em
favor à natureza clássica.
• As figuras de Goya parecem pertencer a
um mundo diferente
Séculos XVIII e XIX - Espanha
• Francisco Goya (1749-1828)
– Contemporâneo de David
– Segundo Janson (1992, p. 601) “único artista
desse período que pode, sem reservas, ser
considerado gênio”
– Goya torna-se simpatizante ao iluminismo se
opondo ao rei da Espanha
– Continua a ser apreciado na corte como pintor de
retratos
– Suas obras traziam elementos do barroco
– Suas obras quase descolam de seu tempo devido
a sua forma de representação.
Francisco Goya. A lâmpada do diabo (o
exorcizado), 1797-8. óleo sobre tela, 42x32
cm, National Gallery, Londres
Francisco Goya. O guarda sol. 1777. Óleo sobre tela, 104x152 cm. Museu do Prado, Madrid
Francisco Goya. O fantoche. 1791-1792. Óleo sobre
tela . 267x160 cm. Museu do Prado, Madri
Francisco de Goya. 1797,
Francisco de Goya. 179
Detalhe
Francisco Goya. Retrato da família de Carlos IV, 1800. óleo sobre tela 280x336 cm. Museu
do Prado , Madri
Francisco Goya. Retrato da família de Carlos IV, 1800. óleo sobre tela 280x336 cm. Museu
do Prado , Madri (detalhe)
Francisco Goya. Execução de 3 de maio de 1808. 1814. óleo sobre tela, 266x345 cm, Museu do Prado, Madrid
Francisco de Goya. There is no remedy (não há remédio). 1810, 14x16,7 cm. (The Metropolitan Museum of Art)
Francisco Goya. La Maja Desnuda, 1800. óleo sobre tela, 97x190 cm, museu de Madrid
Francisco Goya. La Maja Vestida, 1806. óleo sobre tela, 95x188 cm, Museu do Prado, Madrid
Francisco Goya, Grupo num Balcão, 1805-
12. Óleo sobre tela 194x125,7 cm.
Metropolitan museum of Art, Nova York
Francisco Goya. Loucura feminina. 1819-1823.
Gravura.
Segundo alguns críticos
a obra é uma denúncia
ao ataque de 1808 à
Espanha, as pessoas
fogem, o gigante
representaria a guerra e
o burrinho no primeiro
plano, o governo
(imóvel).
Outros acham que a
obra se refere à Guerra
da independência
Lembra-se que os
termos “Colosso” e
“Gigante” foram
adotados na península
Ibérica para definir o
próprio Napoleão
Francisco Goya, Rei Fernando VII de
Espanha, 1814. Óleo sobre tela 207x140;
Prado Madrid
Séculos XVIII e XIX
• Volta a ficar doente e se muda para sua casa de
campo onde se manteve recluso trabalhando
(chamada casa do surdo)
• Por três anos ele pintou o interior da casa
– Conhecidas como pinturas negras (tema)
– 14 pinturas sem precedentes
– Foram recuperadas das paredes, algumas recortadas e
restauradas
– Os títulos também não são de Goya
– Se interessa pela bruxaria, pelo bizarro
– Depois dessa série ele se muda para a frança, exilado
e volta a trabalhar com litografia e pinturas
Francisco Goya, Sabá (el gran cabrón), 1821-3. Óleo em gesso, transferido para tela 140x438;
Prado Madrid
Francisco Goya, Sabá (el gran cabrón), 1821-3. Óleo em gesso, transferido para tela 140x438;
Prado Madrid (detalhe)
Francisco Goya, Dois Velhos tomando sopa, 1821-3. Óleo em gesso, tranferido para tela.
147x132 cm. Museu do Prado, Madrid
Francisco Goya, saturno devora um de seus filhos
1823. Óleo em gesso, transferido para tela 146x83 cm;
Prado Madrid
Séculos XVIII e XIX
• Paris tornara-se a capital artística da Europa
no século XIX
• Artistas de todo mundo se dirigiam a Paris
– Para estudar os grandes mestres.
– Para discutir sobre possibilidades da arte
• O artista de destaque na época é Jean-
Auguste-Dominique Ingres (1780-1867)
– Foi discípulo de David
– Admirava a arte heróica
– Desprezava a improvisação e confusão
Séculos XVIII e XIX
• Ingres
– Morou na Itália por dezoito anos
– Defendia a composição
neoclássica
– Sempre considerou o desenho
superior a pintura
– Venerava Rafael Sanzio
– Pintura de história
– Dizia detestar retratos mas levou
sua arte a eles. (último grande
profissional do campo) –
fotografia
– Copiava precisamente a
profundidade psicológica da
pessoa com a exatidão física.
– Composição clara
– Técnicas perfeitas
Jean-Auguste Dominique Ingres. Auto-retrato com vinte
e quatro anos. 1804 70x60 cm. Museu Condé, Chantilly
Jean-Auguste Dominique Ingres. Louis Bertin. 1832 117x95
cm. Museu do Louvre, Paris
Jean-Auguste Dominique Ingres. Louis Bertin.
1832. Desenho a lápis. Museu do Louvre, Paris
Jean-Auguste Dominique Ingres. A Banhista de Valpinçon.
1808 146x97 cm. Museu do Louvre, Paris
Jean-Auguste Dominique Ingres. A Odalisca com a escrava.
1842 76x105 cm. Walters Art Gallery, Baltimore
Jean-Auguste Dominique Ingres. A grande odalisca. s/d
91x62 cm. Museu do Louvre, Paris
Louis David. Madame Récamier.
Jean-Auguste Dominique Ingres. Júpter e
Tétis. 1811, 327x260cm. Museu Granet, Aix-
em-Provence
Jean-Auguste Dominique Ingres. Roger e Angélica. 1819.
óleo sobre tela. 147x190 cm. Museu do Louvre, Paris
Séculos XVIII e XIX
• Ingres volta a França (vindo da Itália) – obtém
o primeiro êxito público
• Constable expõe em Paris (boa aceitação)
• O Massacre de Chios consagra Eugène
Delacroix
• De 1824 até 1850 Delacroix e Ingres disputam
a primazia
– A oposição de ambos é alimentada por críticos
partidários
– Essa situação dominou a Paris da Época
• Inspirada num
acontecimento
contemporâneo
(Guerra de
independência da
Grécia contra os
turcos)
• Não desejava
reconstruir um
acontecimento, mas
representar um
“verdade poética”
Eugène Delacroix. O Massacre de
Chios: Famílias gregas esperando
a morte ou a escravidão, 1822-4.
422x352 cm. Museu do Louvre,
Paris
Séculos XVIII e XIX
• Eugène Delacroix
– Não aceitava os padrões da academia
– Não tinha paciência para conversar a respeito de
gregos e romanos, repassando a insistência do
desenho correto e imitação das estátuas clássicas
– Acreditava que, na pintura, a cor era muito mais
importante que o desenho e a imaginação, mais
do que o saber (Oposto de Ingres)
– Cansado de estudar por meio de temas eruditos,
foi para o norte da África em 1832 – estudar cores
resplandecentes e as roupagens do mundo árabe.
Séculos XVIII e XIX
• Quando viu uma carga de cavalaria em Tânger,
ele anotou
“Desde o começo, os corcéis se empinavam,
lutando com uma fúria que me fez temer por
seus cavaleiros, mas era algo magnífico para
pintar. Estou certo de que presenciei uma cena
tão extraordinária e fantástica quanto
qualquer coisa que... Rubens poderia ter
imaginado”
• Combatente grego
morto esmagado no
primeiro plano
• Turco ergue um
pendão triunfante
• Jovem indefesa,
quase como uma
santa martirizada
Eugéne Delacroix. A Grécia nas Ruínas de
Missolonghi. Musée des Beaux-Arts, Bordéus
Eugène Delacroix, Liberdade guinaod o povo 1830. Óleo sobre tela, 260x325cm. Museu do Louvre, Paris,
França
Eugène Delacroix, Cavalaria árabe fazendo uma investida, 1832. Óleo sobre tela, 60x73,2 cm. Musée Fabre
Montpellier
Eugène Delacroix, Odalisca. 1845-50. 38x46 cm. Fitzwilliam Museum, Cambridge, Inglaterra
Jean-Auguste Dominique Ingres. A Odalisca com a escrava.
1842 76x105 cm. Walters Art Gallery, Baltimore
Eugène Delacroix, Odalisca. 1845-50.
38x46 cm. Fitzwilliam Museum,
Cambridge, Inglaterra
Próxima Aula
• Próxima aula:
– Final do Romantismo
– Florescimento do Realismo
– Nascimento da fotografia
Escultura: final do século XVIII e XIX
• Segue os moldes da pintura, mas com menos
ousadia
• A rigidez da escultura se distanciava do
temperamento romântico
• Como havia um artista moderno de tentar superar
a qualidade destas obras (esculturas gregas), se
todos lhe afirmavam que elas constituíam a maior
realização da escultura?
• A escultura entrou em crise e essa só se findou no
final do século XIX
• Jean Antoine Houdon (1741-1828): um dos mais
importantes escultores neoclássicos
Jean Antoine Houdon, Voltaire, 1781. mármore, 119,4 cm.
Musée Fabre, Montpellier, França
• Outro nome da escultura do período é
Antônio Canova (1757-1822):
• Fez uma estátua nua de Napoleão
• E também da Irmã dele
Escultura: final do século XVIII e XIX
Antônio Canova, Napoleon as Mars the Peacemaker (Napoleão como
Marte Pacificador), 1802-6. Mármore Branco, 345 cm, Apsley House,
London
Antonio Canova. Pauline Borghese como Venus, 1808. Mármore, Tamanho natural. Galeria Borghese, Roma
Antonio CANOVA , Psyche Revived by Cupid’s Kiss (Psique revive pelo beijo do Cupido) , mármore. 155x168x101 cm. Paris, Musée du Louvre
El Greco, Frei Hortensio Felix
Paravicino, 1690. Óleo sobre tela,
113x86 cm. Museum of fine art,
Nova York
El Greco, A abertura do quinto
selo do apocalipse, 1608-14.
Óleo sobre tela, 224,5x192,8
cm; Metropolitan Museum of
Art, Nova York
Diego Velázquez, Papa Inocêncio
X, 1649-50. Óleo sobre tela,
140x120 cm; Galleria Doria
Pamphili, Roma

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História da arte ii- Séculos XVIII e XIX- aula 2

  • 1. História da arte II Entre o final do século XVIII e as artes aplicadas.
  • 2. Séculos XVIII e XIX • Período histórico, 1492: época da Renascença e descoberta da América por Colombo. – Pintura e escultura deixam de ser apenas uma ocupação e torna- se uma profissão – A Reforma põe fim no uso de pinturas e esculturas em algumas regiões da Europa (o que não resulta numa ruptura imediata) • A maioria dos artistas ainda pertenciam a grupos e guildas, tinham aprendizes e recebiam encomendas da aristocracia. • Arte ainda conectada às pessoas ociosas (inquestionável e indispensável). • Apesar das mudanças na história artística sua finalidade ainda era fornecer coisas belas • Para o belo, é mais importante a habilidosa imitação da natureza (pintores holandeses) ou a capacidade de idealização da natureza (Rafael)?
  • 3. Jan Vermeer A leiteira 1660 / 45,5x41 Cm Rijksmuseum, Amsterdam Rafael A ninfa Galateia 1512/ 14. 295x225 cm Vila Farnesina, Roma
  • 4. Séculos XVIII e XIX • Sobre o pensamento do Belo havia um ponto em comum: – Idealistas – Naturalistas • Com a revolução francesa (1789) muitos dos pressupostos estabelecidos a séculos, chegaram ao fim, como por exemplo, as questões de estilo. Concordavam que o artista deve estudar a natureza Concordavam em que as obras da antiguidade clássica eram insuperáveis em sua beleza
  • 5. Séculos XVIII e XIX • Antes • O estilo realizado na época, o modo como as coisas eram feitas • Era da Razão • As pessoas começara a ficar mais exigentes quanto ao estilo e questionar por que devia ser daquele jeito. • Quem trouxe isso a tona foi Horace Walpole (filho do primeiro primeiro-ministro da Inglaterra).
  • 6. Séculos XVIII e XIX • Walpole resolveu que não queria construir sua residência de campo como qualquer outro Palacete palladiano (Andrea Palladio). • Walpole era extravagante e decidiu que o Strawberry Hill teria um estilo gótico. • No início pareceu apenas excentricidade, no entanto foi um dos primeiros indícios da consciência individual. • Na mesma época William Chambers (1726-96) estudava o estilo chinês de jardinagem e construção.
  • 7. Horace Walpole, William Robinson e outros. Strawberry Hill, Twickenham, 1749-77
  • 8. William Chambers, Pagode Chinês, Kew Gardens, 1762, Reino Unido
  • 9. Séculos XVIII e XIX • A maioria dos arquitetos da época se baseava, ainda, nas formas clássicas. • Mas é nessa época que começa a preocupação com o que seria o “estilo correto”. • O que se passava por regras da arquitetura clássica, criadas pelos gregos e descritas pelos renascentistas, eram baseadas em ruínas romanas de um período mais ou menos decadente.
  • 10. Séculos XVIII e XIX • Devido a essas situação a “ressurreição gótica” de Walpole foi acompanhada por uma “Ressurreição Grega”. • Culminou no período da Regência (1810- 20) – O rei Jorge III foi considerado incapaz de governar, seu filho Jorge, Príncipe de Gales, governou em seu nome como Príncipe Regente.
  • 11. Sir John Soane. Projeto para uma casa de campo. Sketches in Architecture, Londres, 1798 Lorde Burlington & William Kent, Chiswick House, Londres, 1725 (Estilo palladiano)
  • 12. Séculos XVIII e XIX • No entanto, na Inglaterra, o gótico nunca desaparecera totalmente. • John Nash (1752-1835), arquiteto inglês, viu o gótico e o oriente misterioso sob a mesma luz. E construiu o Pavilhão real em Brighton para seu principal cliente e futuro rei, Jorge IV. • Outro exemplo é o próprio Parlamento em Londres, feito em 1836, e considerado o maior monumento da “Revivência Gótica”
  • 13. John Nash. Pavilhão Real, Brighton, 1815-1818
  • 14. Sir Charles Barry e A. Welby Pugin. O parlamento, Londres, Começo em 1836
  • 15. Séculos XVIII e XIX • A arquitetura com regras simples e rigorosas atrai os olhos das pessoas marcadas pela Razão (Era da Razão) • Na França, esse estilo se consolidou com a vitória da revolução francesa • O “despreocupados” estilos barroco e rococó são varridos • Napoleão sobe ao poder e o estilo neoclássico torna-se o estilo do império.
  • 16. Séculos XVIII e XIX • Nessa mesma época uma ressurreição do gótico surgia na Europa • Essa atraía aqueles que estavam desenganados pelo espírito da razão e ansiavam por um retorno da era da fé. • Na pintura e escultura o rompimento com a tradição (barroco e rococó) foi menos percebido no primeiro momento • A pintura (já a algum tempo) havia deixado de ser apenas um ofício, se converteu numa disciplina, como a filosofia e passou a ser ensinada nas academias.
  • 17. Séculos XVIII e XIX • Academia/ o mercado de arte/ as exposições • Alguns artistas queriam criar novos preceitos artísticos enquanto outros queriam manter os antigos • Exposições ocorreram primeiro em Paris e depois em Londres • Em vez dos artistas trabalharem para mecenas ou para o grande público, eles precisavam trabalhar para ter êxito nas exposições (o que gerou confusões). • Trabalhos de cunho melodramático e “apelativos”, cores gritantes e desprezo pela “arte oficial”.
  • 18. Séculos XVIII e XIX • Enquanto na história da arte os temas se repetem (mitologia grega, cenas religiosas, vida do cotidiano e da nobreza). • Nessa época, os pintores eram livres para retratar o que quisessem (única coisa que os artistas bem sucedidos e os rebeldes tinha em comum). • A Revolução francesa trouxe um enorme impulso para retratação de temas históricos • Os revolucionários gostavam de se considerar gregos renascidos e sua pintura e arquitetura refletiam esse gosto
  • 19. Séculos XVIII e XIX • O principal artista desse estilo neoclássico foi o pintor Jacques Louis David (1748-1825), que foi o "artista oficial" do Governo Revolucionário • As pessoas consideravam seus acontecimentos tão dignos de retratação quanto a história grega e romana. • Quando um dos líderes da Revolução Francesa, Marat, foi assassinado em seu banho por uma jovem fanática, David pintou-o como um mártir que morrera por sua causa
  • 20. Séculos XVIII e XIX • David, por meio do estudo da cultura grega e romana aprendera a modelar os músculos e tendões do corpo, também aprendera com a arte clássica a deixar de fora todos os detalhes que não são essenciais ao efeito principal e a almejar a simplicidade. • Marat aparentemente costumava escrever durante seus banhos, sua agressora entregou uma petição para ele assinar. Quando ele estava prestes a assinar ela o apunhalou. • Apresenta o ar de “amigo do povo” – como o Marat se intitulava, que trabalha em prol de seus ideais e do bem comum
  • 21. Jacques-Louis David, Marat Assassinado, 1793. Óleo sobre tela, 165x128,3cm; Musées Royaux des Beaux-Arts de belgique, Bruxelas
  • 22. Jacques-Louis David, Napoleão cruzando os Alpes, 1801-5. Óleo sobre tela – 261x221 cm
  • 23. Jacques-Louis David, A morte de Sócrates, 1787. 150x198 cm. The Metropolitan Museun od Art, Nova York
  • 24. Séculos XVIII e XIX • Jean-Baptiste Greuze: – Encorajador da corrente anti-rococó na pintura – Cenas familiares da vida do povo – Apelava ao senso moral do observador não se limitando a dar-lhes prazer, como fez o rococó – Trazia um caráter teatral – Questionava as virtudes dos nobres por meio de suas obras
  • 25. Séculos XVIII e XIX • William Blake (1757-1827) – Poeta místico inglês que vivia suas próprias criações – Profundamente religioso – Desprezava a arte oficial das academias e recusava seus padrões – Era considerado louco ou excêntrico, apenas poucas pessoas acreditavam em sua arte. – Vivia da arte da gravura – Admirava Michelangelo
  • 26. • Há um trecho da Bíblia (Provérbios. VIII. 22-7) em que a Sabedoria fala e ela diz: O Senhor me possuiu no princípio de Seus caminhos, antes que criasse coisa alguma... ainda não tinham assentados os montes, antes de haver outeiros, eu já tinha nascido... quando Ele preparava os céus, eu estava presente: quando encerrava os abismos dentro dos seus limites: quando firmava lá no alto a região etérea: e quando equilibrava as fontes das águas. William Blake, O Ancião dos dias, 1794, água forte com aquarela, 23,3x16,8 cm. British Museum, Londres
  • 27. Séculos XVIII e XIX • Blake formou uma mitologia própria, e a figura não é o Deus da igreja católica, mas um ser nascido da imaginação, a quem ele nomeou de Urizen – Ele considerava Urizen o criador do mundo – O mundo para ele era um lugar perverso – Logo, Urizen era maligno • Se recusava a desenha do natural e confiava inteiramente em suas visões
  • 28. Séculos XVIII e XIX • O ramo das paisagens tirou grande proveito da nova liberdade artística de escolha do tema. • A pintura de cenários campestres não era muito valorizada, foi o espírito romântico que modificou essa situação • Dois paisagistas ingleses se destacam nessa situação: – Joseph M. W. Turner – John Constable
  • 29. Séculos XVIII e XIX • Turner era um artista de enorme sucesso • Sempre teve a visão de um mundo fantástico, banhado a luz, belo e cheio de movimentos • Procurava efeitos para tornar suas telas mais impressionantes e dramáticas • A natureza reflete e expressa sempre as emoções do homem • Deixou seus quadros e esboços para a nação, o fez com a condição de que sempre seriam expostos ao lado de um Claude Lorrain
  • 30. Claude Lorrain, Paisagem com sacrifício a Apolo, 1662-3. Óleo sobre tela, 174x220 cm. Abadia de Anglesey, Cabridgeshire
  • 31. Joseph Mallord William Turner. Dido construindo Cartago, 1815. Óleo sobre tela, 155,6x231,8 cm; National gallery, Londres
  • 32. Joseph Mallord William Turner. O navio negreiro, 1839.90,8x122 cm; Museum of fine arts, Boston
  • 33. Joseph Mallord William Turner. Vapor numa tempestade de neve, 1842. Óleo sobre tela, 91,5x122 cm; tate Gallery, Londres
  • 34. Séculos XVIII e XIX • John Constable: – Ideias muito diferentes de Turner – A tradição que Turner queria igualar e ultrapassar não passava de um estorvo – Queria apenas retratar a verdade – Constable desprezava macetes fáceis de pintura e feitos para impressionar o público (como compor paisagens, uso de cores, receitas para pintar nuvens e imitar cascas de árvores). “Existe lugar de sobra para um pintor natural [...] o grande vício da atualidade é a bravura, uma tentativa de fazer algo além da verdade”.
  • 35. John Constable. A carroça de feno, 1821. Óleo sobre tela, 130x185,4 cm; National Gallery, Londres
  • 36. John Constable. Estudo de tronco de árvore, 1821. Óleo sobre papel, 24,8x29,2 cm; Victorian and Albert Museum, Londres
  • 37. Séculos XVIII e XIX • Essa ruptura com a tradição trouxe diversas opções aos artistas. • Houve vários outros artistas importantes nessa época na Europa • Na França, o estilo romântico também se concretizou no século XIX
  • 38. Séculos XVIII e XIX • Neoclássico – Arte Greco-romana como modelo de equilíbrio, proporção Clareza, Propondo uma volta ao modelo clássico – Motivos heroicos, contrastes de cores e representações calcadas no real – Belo objetivo e imutável • Romântico – A criatividade artística romântica tem sua fonte no inconsciente, na imaginação, no sentido e na vontade – Motivos diversos, liberdade na composição e uso de técnicas – Belo, subjetivo e mutável
  • 39. Séculos XVIII e XIX • George Stubbs – Pintava cavalos de corrida e algumas vezes seus donos também – Viagem ao norte da África – Pintura quase minimalista, que exalta a força da natureza – Sentimento romântico – O homem não aparece nesse reino sanguinário
  • 40. George Stubbs A Gentleman driving a Lady in a Phaeton, 1787. Óleo sobre madeira . 82,5x101,6 cm. The National Gallery , Londres
  • 41. George Stubbs. Leão Atacando um Cavalo, 1770. Yale University Art Gallery, New Haven, Connectcut
  • 42. Séculos XVIII e XIX • John Henry Fuseli – Nascido na Suíça – Deixou o sacerdócio e se mudou para Londres – Baseou seu estilo em Michelangelo e Shakespeare
  • 43. • Fuseli teve a ideia desse tema logo após uma paixão violenta pela sobrinha de um amigo, que acaba por se casar com um comerciante. • Projeção de sua mulher ideal • O artista como o próprio diabo • Cavalo (símbolo erótico) John Henry Fuseli. Pesadelo. 1785- 90. 75x64 cm. Goethe Museum, Francoforte
  • 44. John Henry Fuseli. O Pesadelo. Óleo sobre tela, 1781. 101x127 cm. Institute of Arts, Detroit E.U.A.
  • 45. Séculos XVIII e XIX • Formação da filosofia da arte: a atividade artística torna-se uma experiência primária, sem outros fins. • O artista afirma sua autonomia e responsabilidade • Cultura do iluminismo (XVIII) e cesura com a tradição • A natureza não é mais a ordem ela é o ambiente • Tanto a arte neoclássica quanto a romântica pertencem ao mesmo ciclo de pensamento.
  • 46. Séculos XVIII e XIX • Ideais iluministas: – Maior participação do povo nas decisões políticas – Liberdade de expressão – Igualdade – Propriedade privada (compra de terras) – Estado Laico (cesura entre Estado e Igreja) – Racionalidade – Vontade geral – Ligada as manifestações populares
  • 47. Séculos XVIII e XIX • Pode-se considerar que o neoclassicismo é uma fase de processo de formação romântica – Formação romântica: A arte não nasce da natureza, mas da própria arte • Até o final do século XVII a tradição clássica era muito viva • Com a cultura francesa da revolução, o modelo clássico adquire um sentido ético- ideológico (solução do conflito entre liberdade e dever) – Coloca-se também como valor absoluto
  • 48. Séculos XVIII e XIX • As academias e críticos da época se esforçaram para diferenciar Arte da mera execução do ofício • Outra tradição da arte vinha sendo modificada: o trabalho manual cedia lugar ao mecânico • A quantidade de construções realizadas no século XIX foi maior do que a soma de todos os outros períodos (Europa e EUA) – Mesmo assim não possuía um estilo próprio – As regras que haviam guiado a arquitetura até então foram descartadas – Os homens de negócios queriam arte em suas construções
  • 49. Séculos XVIII e XIX • Na pintura e escultura, as convenções de estilo apresentam um papel menos destacado • O antes e o agora – Antigamente o artista sempre tinha algo a pintar – Suas obras poderiam ser anódinas ou obras primas – Sentimento de segurança – Agora a posição do artista era menos segura – Leque sem limites de opções para tratar nas obras – Quanto maior a gama de possibilidades, menor a chance de coincidir com o gosto do público – O comprador geralmente queria algo próximo ao que havia visto
  • 50. Séculos XVIII e XIX • Foram divididos os artistas que obedeciam ao gosto dos clientes e os que se isolavam em seu próprio estilo. • Revolução industrial / declínio do artesanato/ ascensão de uma nova classe média sem tradição/ produção de bens pretensiosos como arte. • O público acreditava que o artista era pouco melhor que um impostor que exigia preços absurdos • Os artistas, tornou-se comum a ideia de chocar o burguês.
  • 51. Séculos XVIII e XIX • Os artistas começaram a ver como uma raça a parte, diferente do burguês, e expressavam isso por meio do próprio visual – Deixavam cabelos e barbas crescerem – Vestiam-se de veludo – Usavam chapéus de abas largas – Lenços esvoaçantes no pescoço (em vez da gravata) • Enfatizar a seu desdém pelo “cidadão respeitável” • A arte tornou-se, nessa época, um veículo perfeito para expressar a individualidade.
  • 52. Séculos XVIII e XIX • A quantidade de trabalho par ao artista aumentou com o passar do tempo • A ideia de arte para expressar a personalidade do artista estava ganhando força – Surgimento das galerias • As pessoas buscavam originalidade • No século XIX abriu-se um abismo entre os artistas de sucesso (“arte oficial”) e os inconformistas (só eram apreciados após sua morte) • A arte passou a ser formada por diferentes frentes, cada artista insere-se em suas obras e traz um discurso diferente.
  • 53. Séculos XVIII e XIX - Espanha • De um lado oposto estava Francisco de Goya, pintor espanhol da mesma época de David. • Goya tinha base nos velhos mestres da pintura, como Velázquez e Rembrandt • Ele não abandonara a essa maestria em favor à natureza clássica. • As figuras de Goya parecem pertencer a um mundo diferente
  • 54. Séculos XVIII e XIX - Espanha • Francisco Goya (1749-1828) – Contemporâneo de David – Segundo Janson (1992, p. 601) “único artista desse período que pode, sem reservas, ser considerado gênio” – Goya torna-se simpatizante ao iluminismo se opondo ao rei da Espanha – Continua a ser apreciado na corte como pintor de retratos – Suas obras traziam elementos do barroco – Suas obras quase descolam de seu tempo devido a sua forma de representação.
  • 55. Francisco Goya. A lâmpada do diabo (o exorcizado), 1797-8. óleo sobre tela, 42x32 cm, National Gallery, Londres
  • 56. Francisco Goya. O guarda sol. 1777. Óleo sobre tela, 104x152 cm. Museu do Prado, Madrid
  • 57. Francisco Goya. O fantoche. 1791-1792. Óleo sobre tela . 267x160 cm. Museu do Prado, Madri
  • 59. Francisco de Goya. 179 Detalhe
  • 60. Francisco Goya. Retrato da família de Carlos IV, 1800. óleo sobre tela 280x336 cm. Museu do Prado , Madri
  • 61. Francisco Goya. Retrato da família de Carlos IV, 1800. óleo sobre tela 280x336 cm. Museu do Prado , Madri (detalhe)
  • 62. Francisco Goya. Execução de 3 de maio de 1808. 1814. óleo sobre tela, 266x345 cm, Museu do Prado, Madrid
  • 63. Francisco de Goya. There is no remedy (não há remédio). 1810, 14x16,7 cm. (The Metropolitan Museum of Art)
  • 64. Francisco Goya. La Maja Desnuda, 1800. óleo sobre tela, 97x190 cm, museu de Madrid
  • 65. Francisco Goya. La Maja Vestida, 1806. óleo sobre tela, 95x188 cm, Museu do Prado, Madrid
  • 66. Francisco Goya, Grupo num Balcão, 1805- 12. Óleo sobre tela 194x125,7 cm. Metropolitan museum of Art, Nova York
  • 67. Francisco Goya. Loucura feminina. 1819-1823. Gravura.
  • 68.
  • 69. Segundo alguns críticos a obra é uma denúncia ao ataque de 1808 à Espanha, as pessoas fogem, o gigante representaria a guerra e o burrinho no primeiro plano, o governo (imóvel). Outros acham que a obra se refere à Guerra da independência Lembra-se que os termos “Colosso” e “Gigante” foram adotados na península Ibérica para definir o próprio Napoleão
  • 70. Francisco Goya, Rei Fernando VII de Espanha, 1814. Óleo sobre tela 207x140; Prado Madrid
  • 71. Séculos XVIII e XIX • Volta a ficar doente e se muda para sua casa de campo onde se manteve recluso trabalhando (chamada casa do surdo) • Por três anos ele pintou o interior da casa – Conhecidas como pinturas negras (tema) – 14 pinturas sem precedentes – Foram recuperadas das paredes, algumas recortadas e restauradas – Os títulos também não são de Goya – Se interessa pela bruxaria, pelo bizarro – Depois dessa série ele se muda para a frança, exilado e volta a trabalhar com litografia e pinturas
  • 72. Francisco Goya, Sabá (el gran cabrón), 1821-3. Óleo em gesso, transferido para tela 140x438; Prado Madrid
  • 73. Francisco Goya, Sabá (el gran cabrón), 1821-3. Óleo em gesso, transferido para tela 140x438; Prado Madrid (detalhe)
  • 74. Francisco Goya, Dois Velhos tomando sopa, 1821-3. Óleo em gesso, tranferido para tela. 147x132 cm. Museu do Prado, Madrid
  • 75. Francisco Goya, saturno devora um de seus filhos 1823. Óleo em gesso, transferido para tela 146x83 cm; Prado Madrid
  • 76. Séculos XVIII e XIX • Paris tornara-se a capital artística da Europa no século XIX • Artistas de todo mundo se dirigiam a Paris – Para estudar os grandes mestres. – Para discutir sobre possibilidades da arte • O artista de destaque na época é Jean- Auguste-Dominique Ingres (1780-1867) – Foi discípulo de David – Admirava a arte heróica – Desprezava a improvisação e confusão
  • 77. Séculos XVIII e XIX • Ingres – Morou na Itália por dezoito anos – Defendia a composição neoclássica – Sempre considerou o desenho superior a pintura – Venerava Rafael Sanzio – Pintura de história – Dizia detestar retratos mas levou sua arte a eles. (último grande profissional do campo) – fotografia – Copiava precisamente a profundidade psicológica da pessoa com a exatidão física. – Composição clara – Técnicas perfeitas Jean-Auguste Dominique Ingres. Auto-retrato com vinte e quatro anos. 1804 70x60 cm. Museu Condé, Chantilly
  • 78. Jean-Auguste Dominique Ingres. Louis Bertin. 1832 117x95 cm. Museu do Louvre, Paris Jean-Auguste Dominique Ingres. Louis Bertin. 1832. Desenho a lápis. Museu do Louvre, Paris
  • 79. Jean-Auguste Dominique Ingres. A Banhista de Valpinçon. 1808 146x97 cm. Museu do Louvre, Paris
  • 80. Jean-Auguste Dominique Ingres. A Odalisca com a escrava. 1842 76x105 cm. Walters Art Gallery, Baltimore
  • 81. Jean-Auguste Dominique Ingres. A grande odalisca. s/d 91x62 cm. Museu do Louvre, Paris
  • 82. Louis David. Madame Récamier.
  • 83. Jean-Auguste Dominique Ingres. Júpter e Tétis. 1811, 327x260cm. Museu Granet, Aix- em-Provence
  • 84. Jean-Auguste Dominique Ingres. Roger e Angélica. 1819. óleo sobre tela. 147x190 cm. Museu do Louvre, Paris
  • 85. Séculos XVIII e XIX • Ingres volta a França (vindo da Itália) – obtém o primeiro êxito público • Constable expõe em Paris (boa aceitação) • O Massacre de Chios consagra Eugène Delacroix • De 1824 até 1850 Delacroix e Ingres disputam a primazia – A oposição de ambos é alimentada por críticos partidários – Essa situação dominou a Paris da Época
  • 86. • Inspirada num acontecimento contemporâneo (Guerra de independência da Grécia contra os turcos) • Não desejava reconstruir um acontecimento, mas representar um “verdade poética” Eugène Delacroix. O Massacre de Chios: Famílias gregas esperando a morte ou a escravidão, 1822-4. 422x352 cm. Museu do Louvre, Paris
  • 87. Séculos XVIII e XIX • Eugène Delacroix – Não aceitava os padrões da academia – Não tinha paciência para conversar a respeito de gregos e romanos, repassando a insistência do desenho correto e imitação das estátuas clássicas – Acreditava que, na pintura, a cor era muito mais importante que o desenho e a imaginação, mais do que o saber (Oposto de Ingres) – Cansado de estudar por meio de temas eruditos, foi para o norte da África em 1832 – estudar cores resplandecentes e as roupagens do mundo árabe.
  • 88. Séculos XVIII e XIX • Quando viu uma carga de cavalaria em Tânger, ele anotou “Desde o começo, os corcéis se empinavam, lutando com uma fúria que me fez temer por seus cavaleiros, mas era algo magnífico para pintar. Estou certo de que presenciei uma cena tão extraordinária e fantástica quanto qualquer coisa que... Rubens poderia ter imaginado”
  • 89. • Combatente grego morto esmagado no primeiro plano • Turco ergue um pendão triunfante • Jovem indefesa, quase como uma santa martirizada Eugéne Delacroix. A Grécia nas Ruínas de Missolonghi. Musée des Beaux-Arts, Bordéus
  • 90. Eugène Delacroix, Liberdade guinaod o povo 1830. Óleo sobre tela, 260x325cm. Museu do Louvre, Paris, França
  • 91. Eugène Delacroix, Cavalaria árabe fazendo uma investida, 1832. Óleo sobre tela, 60x73,2 cm. Musée Fabre Montpellier
  • 92. Eugène Delacroix, Odalisca. 1845-50. 38x46 cm. Fitzwilliam Museum, Cambridge, Inglaterra
  • 93. Jean-Auguste Dominique Ingres. A Odalisca com a escrava. 1842 76x105 cm. Walters Art Gallery, Baltimore Eugène Delacroix, Odalisca. 1845-50. 38x46 cm. Fitzwilliam Museum, Cambridge, Inglaterra
  • 94. Próxima Aula • Próxima aula: – Final do Romantismo – Florescimento do Realismo – Nascimento da fotografia
  • 95. Escultura: final do século XVIII e XIX • Segue os moldes da pintura, mas com menos ousadia • A rigidez da escultura se distanciava do temperamento romântico • Como havia um artista moderno de tentar superar a qualidade destas obras (esculturas gregas), se todos lhe afirmavam que elas constituíam a maior realização da escultura? • A escultura entrou em crise e essa só se findou no final do século XIX • Jean Antoine Houdon (1741-1828): um dos mais importantes escultores neoclássicos
  • 96. Jean Antoine Houdon, Voltaire, 1781. mármore, 119,4 cm. Musée Fabre, Montpellier, França
  • 97. • Outro nome da escultura do período é Antônio Canova (1757-1822): • Fez uma estátua nua de Napoleão • E também da Irmã dele Escultura: final do século XVIII e XIX
  • 98. Antônio Canova, Napoleon as Mars the Peacemaker (Napoleão como Marte Pacificador), 1802-6. Mármore Branco, 345 cm, Apsley House, London
  • 99.
  • 100. Antonio Canova. Pauline Borghese como Venus, 1808. Mármore, Tamanho natural. Galeria Borghese, Roma
  • 101. Antonio CANOVA , Psyche Revived by Cupid’s Kiss (Psique revive pelo beijo do Cupido) , mármore. 155x168x101 cm. Paris, Musée du Louvre
  • 102.
  • 103. El Greco, Frei Hortensio Felix Paravicino, 1690. Óleo sobre tela, 113x86 cm. Museum of fine art, Nova York
  • 104. El Greco, A abertura do quinto selo do apocalipse, 1608-14. Óleo sobre tela, 224,5x192,8 cm; Metropolitan Museum of Art, Nova York
  • 105. Diego Velázquez, Papa Inocêncio X, 1649-50. Óleo sobre tela, 140x120 cm; Galleria Doria Pamphili, Roma

Notas do Editor

  1. Explicação de séculos e cinqueccento
  2. Reforma: Obriga os artistas a buscarem por novos mercados Eles não queriam imitar a natureza, mas a forma e estilo dos artistas Guildas: associações de artesãos do mesmo ramo Aristocracia: necessitava de obras de arte para seus palácios e residências de campo Belo: várias discussões sobre o que o belo representava.
  3. Palacete: Palácio pequeno Palladiano:  é um estilo arquitetônico derivado da obra prática e teórica do arquiteto italiano Andrea Palladio (1508-1580) EXISTEM LIVROS DE PALLADIO que garantem o modelo correto das construções elegantes baseado em regras e simetria.
  4. Templos de Athenas e Péricles e reproduzidos em gravuras. E eles eram bem diferentes do que estava no livro de Palladio
  5. Ascendendo ao trono em 1820 como Jorge IV. Teve uma vida muito extravagante e de gastos, e isso contribuiu para a disseminação desse estilo.
  6. Soane parece usar de forma correta os elementos gregos no edifício
  7. Remete ao Taj Mahal
  8. O barroco e rococó são considerados os estilos da realeza, Os Homens da Revolução Francesa, gostavam de se considerar cidadãos livres de uma Atena ressurgida
  9. Período de dois movimentos paralelos Academia deriva do nome do bosque onde Platão ensinava seus discípulos. Exposições ocorreram primeiro em Paris e depois em Londres
  10. O povo achava que estava vivendo tempos heróicos
  11. Não há cores muito variadas e nem elementos que não são essenciais na obra Ar de austeridade
  12. Equilíbrio na composição Posição heróica
  13. Obras as vezes para outros, e as vezes para seus própios poemas
  14. O Ancião medindo o globo com o compasso foi uma visão de Blake quando ele estava no topo de uma escada, quando vivia em Lambeth (próximo a Londres)
  15. Até então a pintura paisagística era considerada um ramo secundário da arte
  16. Lorrain pintava várias paisagens Pertencente ao estilo barroco O objetivo de Turner era ultrapassar Lorrain
  17. Admirava os grandes mestres, mas queria pintar o que seus olhos viam Cores: marrons e dourados a frente e azuis ao fundo Cenário ao fundo com efeito esfumado (perspectiva aérea) História do Violino
  18. Não pretendia chocar ninguém Fazia os esboços em campo e os desenvolvia no ateliê
  19. Demorou algum tempo para o público aceitar a impressão rápida de um momento como obra prima.
  20. Distinção geográfica: Norte romântico e sul clássico
  21. Ganha pão dele Leão matando um cavalo – Essa experiência se tornou quase uma obsseção
  22. Ordenado sacerdote Chegou a imaginar a capela Sistina com personagens de Shakespeare
  23. As oficinas cediam lugar as fábricas Crescem expressivamente as cidades Eram acrescidos fachadas góticas ou elementos que lembrassem outros períodos passados Parlamento de Londres
  24. Retábulos, quadros, retratos, murais.. Retábulo: moldura que fica acima do altera e normalmente encerra um ou mais painéis Anódina: pouca importância Nos períodos passados, mesmo os temas e figurações alterados, o estilo era o mesmo.
  25. Composição dos quadros e posição dessas
  26. História de Dom Cláudio e Dona Lúcia, casamento Ele só ia se manter vivo enquanto a luz estivesse acesa Burros atras Na época bruxaria era um tema recorrente na Espanha
  27. Pintura para as tapeçarias Nessa época começa a receber várias encomendas para retratos Estava próximo da alta sociedade Obras para o gosto aristocrático Começa a mostrar mais ousadia na aplicação de cores (contrastes, cores mais contrastantes)
  28. Ele adoece e quase morre – fica surdo – 1 ano de repouso Começa a fazer pequenas obras para recuperar o R$ Motivos fantásticos eram mais fáceis de vender A surdez fez sua imaginação mais presente – se aproxima do romantismo Sorriso Não é apenas uma brincadeira
  29. Começa a pintar para a Duquesa de Alba (o marido dela morre)
  30. Solo Goya – Apenas Goya Não Há evidencias de um relacionamento
  31. Posição bastate diferente A Rainha (Maria Luiza) é colocada como principal : Iluminação posição central Indivíduos com personalidades Goya se coloca no quadro – Influência de Velazques Espelho Goya era i primeiro pintor do rei
  32. As feições não são muito heróicas
  33. Vários trabalhos de Goya foram influenciados pelo ataque das tropas napoleônicas às Espanha Retrata o fuzilamento de espanhois presos Muitos eram inocentes Considerado sua obra prima (pintado somente em 1914) Perfil noturno de Madrid (Noite) Soldados franceses representados como meros fantoches
  34. Fez uma série de gravuras, que podem ser consideradas comentários sobre a inquisição Coisa que a Igreja não gostou
  35. Goya fazia retratos para a corte espanhola. Ele enxergava a situação com outros olhos
  36. Não existe lugar para correr quando a Guerra chega
  37. Não existe lugar para correr quando a Guerra chega
  38. Apenas em 1914 (6 anos de luta) o rei ferdnando volta ao trono A frança está dividida : ocupação francesa a inquisação está abolida Ferdinando a restaura Futilidade Ambição Feiúra Vazio Goya se envolve julgamento por traição (Pinta 1, 2 e 3 de Maio)
  39. Saturno come seu filho para que ele não o destrone
  40. Fotografia se torna mais prática em 1840
  41. Ingres tem uma vida bem sofrida Apesar de fazer algumas telas para Napoleão ele sofre com a crítica Nunca deixa a pintura e o desenho
  42. Se destaca também pelas cores Membros de pétalas Gosta de Rafael mas não encarna os ideais de beleza clássicos
  43. Sensualidade Crueldade Embora apreciemos como pintura: não chegamos a considerar autêntico A sensação é como a do navio negreiro de Turner
  44. Fez parte da Escola de Belas artes
  45. Rubens era um artista barroco, representava várias cenas mitológicas Carga: Investida/ataque Tanger: Cidade do marrocos
  46. Ressalta os azuis e vermelhos escuros Branco da jovem Vermelho do combatente turco
  47. Tema: Julho de 1830, é o levante que resultou na substituição do rei Bourbon Carlos X por Luís Felipe. Estrutura piramidal Vermelho branco e azul (alto da pirâmide) Apesar de retratar um momento histórico, o faz com grande “liberdade” -vermelho da bandeira sobre azul do céu – Azul da roupa do trabalhador -Pé da liberdade sobre a barricada -dobras da roupa da liberdade
  48. Totalmente contrário a Davi e Ingres Não há certeza de contornos Não há tema patriótico Não há pose sólida O pintor quer que participemos de um momento de intensa excitação
  49. Visão dramática e emocional Na época era o drama que estava em ascensão (final do renascimento) Liberdade com as pinceladas