O documento descreve o período entre os séculos XVIII e XIX na história da arte, quando houve uma ruptura com as tradições do passado. Artistas passaram a ter mais liberdade para escolher seus temas e estilos. Dois movimentos se destacaram: o neoclassicismo, que se baseava na arte greco-romana, e o romantismo, que valorizava a subjetividade e a imaginação. Importantes pintores como William Blake, John Constable e J.M.W. Turner surgiram nesse período.
2. Séculos XVIII e XIX
• Período histórico, 1492: época da Renascença e descoberta da
América por Colombo.
– Pintura e escultura deixam de ser apenas uma ocupação e torna-
se uma profissão
– A Reforma põe fim no uso de pinturas e esculturas em algumas
regiões da Europa (o que não resulta numa ruptura imediata)
• A maioria dos artistas ainda pertenciam a grupos e guildas,
tinham aprendizes e recebiam encomendas da aristocracia.
• Arte ainda conectada às pessoas ociosas (inquestionável e
indispensável).
• Apesar das mudanças na história artística sua finalidade ainda
era fornecer coisas belas
• Para o belo, é mais importante a habilidosa imitação da
natureza (pintores holandeses) ou a capacidade de idealização
da natureza (Rafael)?
3. Jan Vermeer
A leiteira
1660 / 45,5x41 Cm
Rijksmuseum, Amsterdam
Rafael
A ninfa Galateia
1512/ 14. 295x225 cm
Vila Farnesina, Roma
4. Séculos XVIII e XIX
• Sobre o pensamento do Belo havia um ponto em comum:
– Idealistas
– Naturalistas
• Com a revolução francesa (1789) muitos dos
pressupostos estabelecidos a séculos, chegaram ao fim,
como por exemplo, as questões de estilo.
Concordavam que o artista
deve estudar a natureza
Concordavam em que as
obras da antiguidade
clássica eram insuperáveis
em sua beleza
5. Séculos XVIII e XIX
• Antes
• O estilo realizado na época, o modo como as coisas eram
feitas
• Era da Razão
• As pessoas começara a ficar mais exigentes quanto ao estilo e
questionar por que devia ser daquele jeito.
• Quem trouxe isso a tona foi Horace Walpole
(filho do primeiro primeiro-ministro da
Inglaterra).
6. Séculos XVIII e XIX
• Walpole resolveu que não queria construir sua residência
de campo como qualquer outro Palacete palladiano
(Andrea Palladio).
• Walpole era extravagante e decidiu que o Strawberry Hill
teria um estilo gótico.
• No início pareceu apenas excentricidade, no entanto foi
um dos primeiros indícios da consciência individual.
• Na mesma época William Chambers (1726-96) estudava o
estilo chinês de jardinagem e construção.
9. Séculos XVIII e XIX
• A maioria dos arquitetos da época se baseava, ainda, nas
formas clássicas.
• Mas é nessa época que começa a preocupação com o que
seria o “estilo correto”.
• O que se passava por regras da arquitetura clássica,
criadas pelos gregos e descritas pelos renascentistas,
eram baseadas em ruínas romanas de um período mais
ou menos decadente.
10. Séculos XVIII e XIX
• Devido a essas situação a “ressurreição
gótica” de Walpole foi acompanhada por
uma “Ressurreição Grega”.
• Culminou no período da Regência (1810-
20)
– O rei Jorge III foi considerado incapaz de
governar, seu filho Jorge, Príncipe de Gales,
governou em seu nome como Príncipe
Regente.
11. Sir John Soane. Projeto para
uma casa de campo. Sketches
in Architecture, Londres, 1798
Lorde Burlington & William
Kent, Chiswick House, Londres,
1725
(Estilo palladiano)
12. Séculos XVIII e XIX
• No entanto, na Inglaterra, o gótico nunca desaparecera
totalmente.
• John Nash (1752-1835), arquiteto inglês, viu o gótico e o
oriente misterioso sob a mesma luz. E construiu o
Pavilhão real em Brighton para seu principal cliente e
futuro rei, Jorge IV.
• Outro exemplo é o próprio Parlamento em Londres, feito
em 1836, e considerado o maior monumento da
“Revivência Gótica”
14. Sir Charles Barry e A. Welby Pugin. O parlamento, Londres, Começo em 1836
15. Séculos XVIII e XIX
• A arquitetura com regras simples e rigorosas atrai os
olhos das pessoas marcadas pela Razão (Era da Razão)
• Na França, esse estilo se consolidou com a vitória da
revolução francesa
• O “despreocupados” estilos barroco e rococó são varridos
• Napoleão sobe ao poder e o estilo neoclássico torna-se o
estilo do império.
16. Séculos XVIII e XIX
• Nessa mesma época uma ressurreição do gótico surgia na
Europa
• Essa atraía aqueles que estavam desenganados pelo
espírito da razão e ansiavam por um retorno da era da fé.
• Na pintura e escultura o rompimento com a tradição
(barroco e rococó) foi menos percebido no primeiro
momento
• A pintura (já a algum tempo) havia deixado de ser apenas
um ofício, se converteu numa disciplina, como a filosofia
e passou a ser ensinada nas academias.
17. Séculos XVIII e XIX
• Academia/ o mercado de arte/ as exposições
• Alguns artistas queriam criar novos preceitos artísticos
enquanto outros queriam manter os antigos
• Exposições ocorreram primeiro em Paris e depois em
Londres
• Em vez dos artistas trabalharem para mecenas ou para o
grande público, eles precisavam trabalhar para ter êxito
nas exposições (o que gerou confusões).
• Trabalhos de cunho melodramático e “apelativos”, cores
gritantes e desprezo pela “arte oficial”.
18. Séculos XVIII e XIX
• Enquanto na história da arte os temas se repetem
(mitologia grega, cenas religiosas, vida do cotidiano e da
nobreza).
• Nessa época, os pintores eram livres para retratar o que
quisessem (única coisa que os artistas bem sucedidos e os
rebeldes tinha em comum).
• A Revolução francesa trouxe um enorme impulso para
retratação de temas históricos
• Os revolucionários gostavam de se considerar gregos
renascidos e sua pintura e arquitetura refletiam esse
gosto
19. Séculos XVIII e XIX
• O principal artista desse estilo neoclássico foi o pintor
Jacques Louis David (1748-1825), que foi o "artista oficial"
do Governo Revolucionário
• As pessoas consideravam seus acontecimentos tão dignos
de retratação quanto a história grega e romana.
• Quando um dos líderes da Revolução Francesa, Marat, foi
assassinado em seu banho por uma jovem fanática, David
pintou-o como um mártir que morrera por sua causa
20. Séculos XVIII e XIX
• David, por meio do estudo da cultura grega e romana
aprendera a modelar os músculos e tendões do corpo,
também aprendera com a arte clássica a deixar de fora todos
os detalhes que não são essenciais ao efeito principal e a
almejar a simplicidade.
• Marat aparentemente costumava escrever durante seus
banhos, sua agressora entregou uma petição para ele assinar.
Quando ele estava prestes a assinar ela o apunhalou.
• Apresenta o ar de “amigo do povo” – como o Marat se
intitulava, que trabalha em prol de seus ideais e do bem
comum
23. Jacques-Louis David, A morte de Sócrates, 1787. 150x198 cm. The Metropolitan Museun od Art,
Nova York
24. Séculos XVIII e XIX
• Jean-Baptiste Greuze:
– Encorajador da corrente anti-rococó na
pintura
– Cenas familiares da vida do povo
– Apelava ao senso moral do observador não se
limitando a dar-lhes prazer, como fez o rococó
– Trazia um caráter teatral
– Questionava as virtudes dos nobres por meio
de suas obras
25. Séculos XVIII e XIX
• William Blake (1757-1827)
– Poeta místico inglês que vivia suas próprias
criações
– Profundamente religioso
– Desprezava a arte oficial das academias e
recusava seus padrões
– Era considerado louco ou excêntrico, apenas
poucas pessoas acreditavam em sua arte.
– Vivia da arte da gravura
– Admirava Michelangelo
26. • Há um trecho da Bíblia
(Provérbios. VIII. 22-7) em
que a Sabedoria fala e ela
diz: O Senhor me possuiu no
princípio de Seus caminhos,
antes que criasse coisa
alguma... ainda não tinham
assentados os montes,
antes de haver outeiros, eu
já tinha nascido... quando
Ele preparava os céus, eu
estava presente: quando
encerrava os abismos
dentro dos seus limites:
quando firmava lá no alto a
região etérea: e quando
equilibrava as fontes das
águas.
William Blake, O Ancião dos dias,
1794, água forte com aquarela,
23,3x16,8 cm. British Museum,
Londres
27. Séculos XVIII e XIX
• Blake formou uma mitologia própria, e a
figura não é o Deus da igreja católica, mas um
ser nascido da imaginação, a quem ele
nomeou de Urizen
– Ele considerava Urizen o criador do mundo
– O mundo para ele era um lugar perverso
– Logo, Urizen era maligno
• Se recusava a desenha do natural e confiava
inteiramente em suas visões
28. Séculos XVIII e XIX
• O ramo das paisagens tirou grande proveito
da nova liberdade artística de escolha do
tema.
• A pintura de cenários campestres não era
muito valorizada, foi o espírito romântico que
modificou essa situação
• Dois paisagistas ingleses se destacam nessa
situação:
– Joseph M. W. Turner
– John Constable
29. Séculos XVIII e XIX
• Turner era um artista de enorme sucesso
• Sempre teve a visão de um mundo fantástico,
banhado a luz, belo e cheio de movimentos
• Procurava efeitos para tornar suas telas mais
impressionantes e dramáticas
• A natureza reflete e expressa sempre as
emoções do homem
• Deixou seus quadros e esboços para a nação,
o fez com a condição de que sempre seriam
expostos ao lado de um Claude Lorrain
30. Claude Lorrain, Paisagem com sacrifício a Apolo, 1662-3. Óleo sobre tela, 174x220 cm.
Abadia de Anglesey, Cabridgeshire
31. Joseph Mallord William Turner. Dido construindo Cartago, 1815. Óleo sobre tela, 155,6x231,8
cm; National gallery, Londres
32. Joseph Mallord William Turner. O navio negreiro, 1839.90,8x122 cm; Museum of fine arts,
Boston
33. Joseph Mallord William Turner. Vapor numa tempestade de neve, 1842. Óleo sobre tela, 91,5x122 cm; tate Gallery, Londres
34. Séculos XVIII e XIX
• John Constable:
– Ideias muito diferentes de Turner
– A tradição que Turner queria igualar e ultrapassar não
passava de um estorvo
– Queria apenas retratar a verdade
– Constable desprezava macetes fáceis de pintura e
feitos para impressionar o público (como compor
paisagens, uso de cores, receitas para pintar nuvens e
imitar cascas de árvores).
“Existe lugar de sobra para um pintor natural [...] o grande
vício da atualidade é a bravura, uma tentativa de fazer algo
além da verdade”.
35. John Constable. A carroça de feno, 1821. Óleo sobre tela, 130x185,4 cm; National Gallery, Londres
36. John Constable. Estudo de tronco de árvore, 1821. Óleo sobre papel, 24,8x29,2 cm; Victorian and
Albert Museum, Londres
37. Séculos XVIII e XIX
• Essa ruptura com a tradição trouxe
diversas opções aos artistas.
• Houve vários outros artistas importantes
nessa época na Europa
• Na França, o estilo romântico também se
concretizou no século XIX
38. Séculos XVIII e XIX
• Neoclássico
– Arte Greco-romana como modelo de equilíbrio,
proporção Clareza, Propondo uma volta ao modelo
clássico
– Motivos heroicos, contrastes de cores e
representações calcadas no real
– Belo objetivo e imutável
• Romântico
– A criatividade artística romântica tem sua fonte no
inconsciente, na imaginação, no sentido e na vontade
– Motivos diversos, liberdade na composição e uso de
técnicas
– Belo, subjetivo e mutável
39. Séculos XVIII e XIX
• George Stubbs
– Pintava cavalos de corrida e algumas vezes
seus donos também
– Viagem ao norte da África
– Pintura quase minimalista, que exalta a força
da natureza
– Sentimento romântico
– O homem não aparece nesse reino
sanguinário
40. George Stubbs A Gentleman driving a Lady in a Phaeton, 1787. Óleo sobre madeira . 82,5x101,6
cm. The National Gallery , Londres
41. George Stubbs. Leão Atacando um Cavalo, 1770. Yale University Art Gallery, New Haven,
Connectcut
42. Séculos XVIII e XIX
• John Henry Fuseli
– Nascido na Suíça
– Deixou o sacerdócio e se mudou para Londres
– Baseou seu estilo em Michelangelo e
Shakespeare
43. • Fuseli teve a ideia
desse tema logo após
uma paixão violenta
pela sobrinha de um
amigo, que acaba por
se casar com um
comerciante.
• Projeção de sua
mulher ideal
• O artista como o
próprio diabo
• Cavalo (símbolo
erótico)
John Henry Fuseli. Pesadelo. 1785-
90. 75x64 cm. Goethe Museum,
Francoforte
44. John Henry Fuseli. O Pesadelo. Óleo sobre tela, 1781. 101x127 cm. Institute of Arts, Detroit E.U.A.
45. Séculos XVIII e XIX
• Formação da filosofia da arte: a atividade
artística torna-se uma experiência primária,
sem outros fins.
• O artista afirma sua autonomia e
responsabilidade
• Cultura do iluminismo (XVIII) e cesura com a
tradição
• A natureza não é mais a ordem ela é o
ambiente
• Tanto a arte neoclássica quanto a romântica
pertencem ao mesmo ciclo de pensamento.
46. Séculos XVIII e XIX
• Ideais iluministas:
– Maior participação do povo nas decisões políticas
– Liberdade de expressão
– Igualdade
– Propriedade privada (compra de terras)
– Estado Laico (cesura entre Estado e Igreja)
– Racionalidade
– Vontade geral – Ligada as manifestações
populares
47. Séculos XVIII e XIX
• Pode-se considerar que o neoclassicismo é
uma fase de processo de formação romântica
– Formação romântica: A arte não nasce da
natureza, mas da própria arte
• Até o final do século XVII a tradição clássica
era muito viva
• Com a cultura francesa da revolução, o
modelo clássico adquire um sentido ético-
ideológico (solução do conflito entre
liberdade e dever)
– Coloca-se também como valor absoluto
48. Séculos XVIII e XIX
• As academias e críticos da época se esforçaram
para diferenciar Arte da mera execução do ofício
• Outra tradição da arte vinha sendo modificada: o
trabalho manual cedia lugar ao mecânico
• A quantidade de construções realizadas no século
XIX foi maior do que a soma de todos os outros
períodos (Europa e EUA)
– Mesmo assim não possuía um estilo próprio
– As regras que haviam guiado a arquitetura até então
foram descartadas
– Os homens de negócios queriam arte em suas
construções
49. Séculos XVIII e XIX
• Na pintura e escultura, as convenções de estilo
apresentam um papel menos destacado
• O antes e o agora
– Antigamente o artista sempre tinha algo a pintar
– Suas obras poderiam ser anódinas ou obras primas
– Sentimento de segurança
– Agora a posição do artista era menos segura
– Leque sem limites de opções para tratar nas obras
– Quanto maior a gama de possibilidades, menor a chance de
coincidir com o gosto do público
– O comprador geralmente queria algo próximo ao que havia
visto
50. Séculos XVIII e XIX
• Foram divididos os artistas que obedeciam ao
gosto dos clientes e os que se isolavam em seu
próprio estilo.
• Revolução industrial / declínio do artesanato/
ascensão de uma nova classe média sem tradição/
produção de bens pretensiosos como arte.
• O público acreditava que o artista era pouco
melhor que um impostor que exigia preços
absurdos
• Os artistas, tornou-se comum a ideia de chocar o
burguês.
51. Séculos XVIII e XIX
• Os artistas começaram a ver como uma raça a
parte, diferente do burguês, e expressavam
isso por meio do próprio visual
– Deixavam cabelos e barbas crescerem
– Vestiam-se de veludo
– Usavam chapéus de abas largas
– Lenços esvoaçantes no pescoço (em vez da
gravata)
• Enfatizar a seu desdém pelo “cidadão
respeitável”
• A arte tornou-se, nessa época, um veículo
perfeito para expressar a individualidade.
52. Séculos XVIII e XIX
• A quantidade de trabalho par ao artista aumentou
com o passar do tempo
• A ideia de arte para expressar a personalidade do
artista estava ganhando força
– Surgimento das galerias
• As pessoas buscavam originalidade
• No século XIX abriu-se um abismo entre os artistas
de sucesso (“arte oficial”) e os inconformistas (só
eram apreciados após sua morte)
• A arte passou a ser formada por diferentes frentes,
cada artista insere-se em suas obras e traz um
discurso diferente.
53. Séculos XVIII e XIX - Espanha
• De um lado oposto estava Francisco de
Goya, pintor espanhol da mesma época de
David.
• Goya tinha base nos velhos mestres da
pintura, como Velázquez e Rembrandt
• Ele não abandonara a essa maestria em
favor à natureza clássica.
• As figuras de Goya parecem pertencer a
um mundo diferente
54. Séculos XVIII e XIX - Espanha
• Francisco Goya (1749-1828)
– Contemporâneo de David
– Segundo Janson (1992, p. 601) “único artista
desse período que pode, sem reservas, ser
considerado gênio”
– Goya torna-se simpatizante ao iluminismo se
opondo ao rei da Espanha
– Continua a ser apreciado na corte como pintor de
retratos
– Suas obras traziam elementos do barroco
– Suas obras quase descolam de seu tempo devido
a sua forma de representação.
55. Francisco Goya. A lâmpada do diabo (o
exorcizado), 1797-8. óleo sobre tela, 42x32
cm, National Gallery, Londres
56. Francisco Goya. O guarda sol. 1777. Óleo sobre tela, 104x152 cm. Museu do Prado, Madrid
57. Francisco Goya. O fantoche. 1791-1792. Óleo sobre
tela . 267x160 cm. Museu do Prado, Madri
69. Segundo alguns críticos
a obra é uma denúncia
ao ataque de 1808 à
Espanha, as pessoas
fogem, o gigante
representaria a guerra e
o burrinho no primeiro
plano, o governo
(imóvel).
Outros acham que a
obra se refere à Guerra
da independência
Lembra-se que os
termos “Colosso” e
“Gigante” foram
adotados na península
Ibérica para definir o
próprio Napoleão
70. Francisco Goya, Rei Fernando VII de
Espanha, 1814. Óleo sobre tela 207x140;
Prado Madrid
71. Séculos XVIII e XIX
• Volta a ficar doente e se muda para sua casa de
campo onde se manteve recluso trabalhando
(chamada casa do surdo)
• Por três anos ele pintou o interior da casa
– Conhecidas como pinturas negras (tema)
– 14 pinturas sem precedentes
– Foram recuperadas das paredes, algumas recortadas e
restauradas
– Os títulos também não são de Goya
– Se interessa pela bruxaria, pelo bizarro
– Depois dessa série ele se muda para a frança, exilado
e volta a trabalhar com litografia e pinturas
72. Francisco Goya, Sabá (el gran cabrón), 1821-3. Óleo em gesso, transferido para tela 140x438;
Prado Madrid
73. Francisco Goya, Sabá (el gran cabrón), 1821-3. Óleo em gesso, transferido para tela 140x438;
Prado Madrid (detalhe)
74. Francisco Goya, Dois Velhos tomando sopa, 1821-3. Óleo em gesso, tranferido para tela.
147x132 cm. Museu do Prado, Madrid
75. Francisco Goya, saturno devora um de seus filhos
1823. Óleo em gesso, transferido para tela 146x83 cm;
Prado Madrid
76. Séculos XVIII e XIX
• Paris tornara-se a capital artística da Europa
no século XIX
• Artistas de todo mundo se dirigiam a Paris
– Para estudar os grandes mestres.
– Para discutir sobre possibilidades da arte
• O artista de destaque na época é Jean-
Auguste-Dominique Ingres (1780-1867)
– Foi discípulo de David
– Admirava a arte heróica
– Desprezava a improvisação e confusão
77. Séculos XVIII e XIX
• Ingres
– Morou na Itália por dezoito anos
– Defendia a composição
neoclássica
– Sempre considerou o desenho
superior a pintura
– Venerava Rafael Sanzio
– Pintura de história
– Dizia detestar retratos mas levou
sua arte a eles. (último grande
profissional do campo) –
fotografia
– Copiava precisamente a
profundidade psicológica da
pessoa com a exatidão física.
– Composição clara
– Técnicas perfeitas
Jean-Auguste Dominique Ingres. Auto-retrato com vinte
e quatro anos. 1804 70x60 cm. Museu Condé, Chantilly
78. Jean-Auguste Dominique Ingres. Louis Bertin. 1832 117x95
cm. Museu do Louvre, Paris
Jean-Auguste Dominique Ingres. Louis Bertin.
1832. Desenho a lápis. Museu do Louvre, Paris
85. Séculos XVIII e XIX
• Ingres volta a França (vindo da Itália) – obtém
o primeiro êxito público
• Constable expõe em Paris (boa aceitação)
• O Massacre de Chios consagra Eugène
Delacroix
• De 1824 até 1850 Delacroix e Ingres disputam
a primazia
– A oposição de ambos é alimentada por críticos
partidários
– Essa situação dominou a Paris da Época
86. • Inspirada num
acontecimento
contemporâneo
(Guerra de
independência da
Grécia contra os
turcos)
• Não desejava
reconstruir um
acontecimento, mas
representar um
“verdade poética”
Eugène Delacroix. O Massacre de
Chios: Famílias gregas esperando
a morte ou a escravidão, 1822-4.
422x352 cm. Museu do Louvre,
Paris
87. Séculos XVIII e XIX
• Eugène Delacroix
– Não aceitava os padrões da academia
– Não tinha paciência para conversar a respeito de
gregos e romanos, repassando a insistência do
desenho correto e imitação das estátuas clássicas
– Acreditava que, na pintura, a cor era muito mais
importante que o desenho e a imaginação, mais
do que o saber (Oposto de Ingres)
– Cansado de estudar por meio de temas eruditos,
foi para o norte da África em 1832 – estudar cores
resplandecentes e as roupagens do mundo árabe.
88. Séculos XVIII e XIX
• Quando viu uma carga de cavalaria em Tânger,
ele anotou
“Desde o começo, os corcéis se empinavam,
lutando com uma fúria que me fez temer por
seus cavaleiros, mas era algo magnífico para
pintar. Estou certo de que presenciei uma cena
tão extraordinária e fantástica quanto
qualquer coisa que... Rubens poderia ter
imaginado”
89. • Combatente grego
morto esmagado no
primeiro plano
• Turco ergue um
pendão triunfante
• Jovem indefesa,
quase como uma
santa martirizada
Eugéne Delacroix. A Grécia nas Ruínas de
Missolonghi. Musée des Beaux-Arts, Bordéus
93. Jean-Auguste Dominique Ingres. A Odalisca com a escrava.
1842 76x105 cm. Walters Art Gallery, Baltimore
Eugène Delacroix, Odalisca. 1845-50.
38x46 cm. Fitzwilliam Museum,
Cambridge, Inglaterra
94. Próxima Aula
• Próxima aula:
– Final do Romantismo
– Florescimento do Realismo
– Nascimento da fotografia
95. Escultura: final do século XVIII e XIX
• Segue os moldes da pintura, mas com menos
ousadia
• A rigidez da escultura se distanciava do
temperamento romântico
• Como havia um artista moderno de tentar superar
a qualidade destas obras (esculturas gregas), se
todos lhe afirmavam que elas constituíam a maior
realização da escultura?
• A escultura entrou em crise e essa só se findou no
final do século XIX
• Jean Antoine Houdon (1741-1828): um dos mais
importantes escultores neoclássicos
96. Jean Antoine Houdon, Voltaire, 1781. mármore, 119,4 cm.
Musée Fabre, Montpellier, França
97. • Outro nome da escultura do período é
Antônio Canova (1757-1822):
• Fez uma estátua nua de Napoleão
• E também da Irmã dele
Escultura: final do século XVIII e XIX
98. Antônio Canova, Napoleon as Mars the Peacemaker (Napoleão como
Marte Pacificador), 1802-6. Mármore Branco, 345 cm, Apsley House,
London
99.
100. Antonio Canova. Pauline Borghese como Venus, 1808. Mármore, Tamanho natural. Galeria Borghese, Roma
101. Antonio CANOVA , Psyche Revived by Cupid’s Kiss (Psique revive pelo beijo do Cupido) , mármore. 155x168x101 cm. Paris, Musée du Louvre
102.
103. El Greco, Frei Hortensio Felix
Paravicino, 1690. Óleo sobre tela,
113x86 cm. Museum of fine art,
Nova York
104. El Greco, A abertura do quinto
selo do apocalipse, 1608-14.
Óleo sobre tela, 224,5x192,8
cm; Metropolitan Museum of
Art, Nova York
105. Diego Velázquez, Papa Inocêncio
X, 1649-50. Óleo sobre tela,
140x120 cm; Galleria Doria
Pamphili, Roma
Notas do Editor
Explicação de séculos e cinqueccento
Reforma: Obriga os artistas a buscarem por novos mercados
Eles não queriam imitar a natureza, mas a forma e estilo dos artistas
Guildas: associações de artesãos do mesmo ramo
Aristocracia: necessitava de obras de arte para seus palácios e residências de campo
Belo: várias discussões sobre o que o belo representava.
Palacete: Palácio pequeno
Palladiano: é um estilo arquitetônico derivado da obra prática e teórica do arquiteto italiano Andrea Palladio (1508-1580)
EXISTEM LIVROS DE PALLADIO que garantem o modelo correto das construções elegantes baseado em regras e simetria.
Templos de Athenas e Péricles e reproduzidos em gravuras.
E eles eram bem diferentes do que estava no livro de Palladio
Ascendendo ao trono em 1820 como Jorge IV.
Teve uma vida muito extravagante e de gastos, e isso contribuiu para a disseminação desse estilo.
Soane parece usar de forma correta os elementos gregos no edifício
Remete ao Taj Mahal
O barroco e rococó são considerados os estilos da realeza,
Os Homens da Revolução Francesa, gostavam de se considerar cidadãos livres de uma Atena ressurgida
Período de dois movimentos paralelos
Academia deriva do nome do bosque onde Platão ensinava seus discípulos.
Exposições ocorreram primeiro em Paris e depois em Londres
O povo achava que estava vivendo tempos heróicos
Não há cores muito variadas e nem elementos que não são essenciais na obra
Ar de austeridade
Equilíbrio na composição
Posição heróica
Obras as vezes para outros, e as vezes para seus própios poemas
O Ancião medindo o globo com o compasso foi uma visão de Blake quando ele estava no topo de uma escada, quando vivia em Lambeth (próximo a Londres)
Até então a pintura paisagística era considerada um ramo secundário da arte
Lorrain pintava várias paisagens
Pertencente ao estilo barroco
O objetivo de Turner era ultrapassar Lorrain
Admirava os grandes mestres, mas queria pintar o que seus olhos viam
Cores: marrons e dourados a frente e azuis ao fundo
Cenário ao fundo com efeito esfumado (perspectiva aérea)
História do Violino
Não pretendia chocar ninguém
Fazia os esboços em campo e os desenvolvia no ateliê
Demorou algum tempo para o público aceitar a impressão rápida de um momento como obra prima.
Distinção geográfica: Norte romântico e sul clássico
Ganha pão dele
Leão matando um cavalo – Essa experiência se tornou quase uma obsseção
Ordenado sacerdote
Chegou a imaginar a capela Sistina com personagens de Shakespeare
As oficinas cediam lugar as fábricas
Crescem expressivamente as cidades
Eram acrescidos fachadas góticas ou elementos que lembrassem outros períodos passados
Parlamento de Londres
Retábulos, quadros, retratos, murais..
Retábulo: moldura que fica acima do altera e normalmente encerra um ou mais painéis
Anódina: pouca importância
Nos períodos passados, mesmo os temas e figurações alterados, o estilo era o mesmo.
Composição dos quadros e posição dessas
História de Dom Cláudio e Dona Lúcia, casamento
Ele só ia se manter vivo enquanto a luz estivesse acesa
Burros atras
Na época bruxaria era um tema recorrente na Espanha
Pintura para as tapeçarias
Nessa época começa a receber várias encomendas para retratos
Estava próximo da alta sociedade
Obras para o gosto aristocrático
Começa a mostrar mais ousadia na aplicação de cores (contrastes, cores mais contrastantes)
Ele adoece e quase morre – fica surdo – 1 ano de repouso
Começa a fazer pequenas obras para recuperar o R$
Motivos fantásticos eram mais fáceis de vender
A surdez fez sua imaginação mais presente – se aproxima do romantismo
Sorriso
Não é apenas uma brincadeira
Começa a pintar para a Duquesa de Alba (o marido dela morre)
Solo Goya – Apenas Goya
Não Há evidencias de um relacionamento
Posição bastate diferente
A Rainha (Maria Luiza) é colocada como principal : Iluminação posição central
Indivíduos com personalidades
Goya se coloca no quadro – Influência de Velazques
Espelho
Goya era i primeiro pintor do rei
As feições não são muito heróicas
Vários trabalhos de Goya foram influenciados pelo ataque das tropas napoleônicas às Espanha
Retrata o fuzilamento de espanhois presos
Muitos eram inocentes
Considerado sua obra prima (pintado somente em 1914)
Perfil noturno de Madrid (Noite)
Soldados franceses representados como meros fantoches
Fez uma série de gravuras, que podem ser consideradas comentários sobre a inquisição
Coisa que a Igreja não gostou
Goya fazia retratos para a corte espanhola.
Ele enxergava a situação com outros olhos
Não existe lugar para correr quando a Guerra chega
Não existe lugar para correr quando a Guerra chega
Apenas em 1914 (6 anos de luta) o rei ferdnando volta ao trono
A frança está dividida : ocupação francesa a inquisação está abolida Ferdinando a restaura
Futilidade
Ambição
Feiúra
Vazio
Goya se envolve julgamento por traição (Pinta 1, 2 e 3 de Maio)
Saturno come seu filho para que ele não o destrone
Fotografia se torna mais prática em 1840
Ingres tem uma vida bem sofrida
Apesar de fazer algumas telas para Napoleão ele sofre com a crítica
Nunca deixa a pintura e o desenho
Se destaca também pelas cores
Membros de pétalas
Gosta de Rafael mas não encarna os ideais de beleza clássicos
Sensualidade
Crueldade
Embora apreciemos como pintura: não chegamos a considerar autêntico
A sensação é como a do navio negreiro de Turner
Fez parte da Escola de Belas artes
Rubens era um artista barroco, representava várias cenas mitológicas
Carga: Investida/ataque
Tanger: Cidade do marrocos
Ressalta os azuis e vermelhos escuros
Branco da jovem Vermelho do combatente turco
Tema: Julho de 1830, é o levante que resultou na substituição do rei Bourbon Carlos X por Luís Felipe.
Estrutura piramidal
Vermelho branco e azul (alto da pirâmide)
Apesar de retratar um momento histórico, o faz com grande “liberdade”
-vermelho da bandeira sobre azul do céu – Azul da roupa do trabalhador
-Pé da liberdade sobre a barricada
-dobras da roupa da liberdade
Totalmente contrário a Davi e Ingres
Não há certeza de contornos
Não há tema patriótico
Não há pose sólida
O pintor quer que participemos de um momento de intensa excitação
Visão dramática e emocional
Na época era o drama que estava em ascensão (final do renascimento)
Liberdade com as pinceladas