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A língua de sinais e seu surgimento
As línguas de sinais, ao contrário do que se pode pensar, não são universais, pois
existem a Língua de Sinais Americana, a Língua de Sinais Francesa, a Língua de Sinais
Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), dentre outras. Segundo Felipe
(2001), as Línguas de Sinais não são apenas um conjunto de gestos que explicam as
línguas orais, são complexas e expressivas, permitindo aos seus usuários discutir sobre
qualquer assunto, desde filosofia e política, até moda, poesia e teatro.
Não existem relatos específicos sobre a origem da Língua de Sinais, porém destaca-
se o início de seu uso no ano de 1760 na cidade de Paris na França, onde o abade
L’Epée de aproximadamente sessenta anos fundou a primeira escola pública para surdos.
Perlin (2002) destaca que a partir da fundação desta escola iniciou-se a multiplicação de
profissionais surdos e ouvintes que se espalharam pelo mundo disseminando o uso da
Língua de Sinais, foram criadas várias outras escolas, onde além do uso das Línguas de
Sinais nacionais, exploravam-se novos recursos na educação dos surdos. No Brasil a
Língua de Sinais ganhou espaço a partir de 1857 quando Eduard Huet, um francês que
ficou surdo aos doze anos veio ao país a convite de D. Pedro II para fundar a primeira
escola para meninos surdos primeiramente chamados Imperial Instituto de Surdos Mudos,
atual INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos). A partir da fundação da escola, os
surdos brasileiros puderam então criar a Língua Brasileira de Sinais, que se originou da
Língua de Sinais Francesa e das formas de comunicação já utilizadas pelos surdos de
vários locais do país.
É importante ressaltar que nem sempre houve a aceitação pelo uso da Língua de
Sinais, que muitas foram às tentativas em torno da discussão sobre como educar os
surdos, pois alguns se mostravam favoráveis ao método oralista (Uso da fala). No ano de
1880 em um Congresso Mundial de Professores Surdos ocorrido em Milão na Itália
decidiu-se que todos os surdos deveriam ser educados pelo método oral puro, ou seja,
sem o uso de qualquer sinal. Somente no ano de 1896 a pedido do Governo brasileiro,
A.J. de Moura e Silva, que atuava como professor de surdos no INES foi ao Instituto
Francês de Surdos com a missão de avaliar esta decisão e chegou à conclusão de que o
método oralista não era eficiente para todos os surdos. Se fôssemos nos aprofundar no
estudo da história da Língua de Sinais teríamos que citar vários outros nomes importantes
no processo de implantação e reconhecimento da mesma e detalhar acontecimentos,
datas e discussões em torno da polêmica da Educação dos surdos.
Atualmente, muitos são os estudos sobre a cultura surda e a evolução desse povo
guerreiro que luta por igualdade de condições e o que fica claro é que a sociedade
começa a despertar para o respeito à diferença cultural do surdo e desmistificar um pouco
a surdez vista como deficiência desde a antiguidade. Portanto, a história das Línguas de
Sinais ainda tem muitos capítulos a serem escritos. Seja pelos Surdos, atualmente mais
confiantes ou mesmo com a colaboração de ouvintes engajados na causa surda.

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Origem e evolução das Línguas de Sinais e da LIBRAS

  • 1. A língua de sinais e seu surgimento As línguas de sinais, ao contrário do que se pode pensar, não são universais, pois existem a Língua de Sinais Americana, a Língua de Sinais Francesa, a Língua de Sinais Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), dentre outras. Segundo Felipe (2001), as Línguas de Sinais não são apenas um conjunto de gestos que explicam as línguas orais, são complexas e expressivas, permitindo aos seus usuários discutir sobre qualquer assunto, desde filosofia e política, até moda, poesia e teatro. Não existem relatos específicos sobre a origem da Língua de Sinais, porém destaca- se o início de seu uso no ano de 1760 na cidade de Paris na França, onde o abade L’Epée de aproximadamente sessenta anos fundou a primeira escola pública para surdos. Perlin (2002) destaca que a partir da fundação desta escola iniciou-se a multiplicação de profissionais surdos e ouvintes que se espalharam pelo mundo disseminando o uso da Língua de Sinais, foram criadas várias outras escolas, onde além do uso das Línguas de Sinais nacionais, exploravam-se novos recursos na educação dos surdos. No Brasil a Língua de Sinais ganhou espaço a partir de 1857 quando Eduard Huet, um francês que ficou surdo aos doze anos veio ao país a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para meninos surdos primeiramente chamados Imperial Instituto de Surdos Mudos, atual INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos). A partir da fundação da escola, os surdos brasileiros puderam então criar a Língua Brasileira de Sinais, que se originou da Língua de Sinais Francesa e das formas de comunicação já utilizadas pelos surdos de vários locais do país. É importante ressaltar que nem sempre houve a aceitação pelo uso da Língua de Sinais, que muitas foram às tentativas em torno da discussão sobre como educar os surdos, pois alguns se mostravam favoráveis ao método oralista (Uso da fala). No ano de 1880 em um Congresso Mundial de Professores Surdos ocorrido em Milão na Itália decidiu-se que todos os surdos deveriam ser educados pelo método oral puro, ou seja, sem o uso de qualquer sinal. Somente no ano de 1896 a pedido do Governo brasileiro, A.J. de Moura e Silva, que atuava como professor de surdos no INES foi ao Instituto Francês de Surdos com a missão de avaliar esta decisão e chegou à conclusão de que o método oralista não era eficiente para todos os surdos. Se fôssemos nos aprofundar no estudo da história da Língua de Sinais teríamos que citar vários outros nomes importantes no processo de implantação e reconhecimento da mesma e detalhar acontecimentos, datas e discussões em torno da polêmica da Educação dos surdos. Atualmente, muitos são os estudos sobre a cultura surda e a evolução desse povo guerreiro que luta por igualdade de condições e o que fica claro é que a sociedade começa a despertar para o respeito à diferença cultural do surdo e desmistificar um pouco a surdez vista como deficiência desde a antiguidade. Portanto, a história das Línguas de Sinais ainda tem muitos capítulos a serem escritos. Seja pelos Surdos, atualmente mais confiantes ou mesmo com a colaboração de ouvintes engajados na causa surda.