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GUIA PRÁTICO DA
     NOVA
 ORTOGRAFIA
 Saiba o que mudou
na ortografia brasileira

    Douglas Tufano
© 2008 Douglas Tufano
Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa

© 2008 Editora Melhoramentos Ltda.
Diagramação: WAP Studio

ISBN: 978-85-06-05464-2
1.… edição, agosto de 2008

Atendimento ao consumidor:
Caixa Postal 11541 CEP 05049-970
São Paulo SP Brasil

Impresso no Brasil




  Visite nosso site www.livrariamelhoramentos.com.br
  e conheça o Michaelis Dicionário Escolar Língua
  Portuguesa, totalmente atualizado conforme o
  Acordo Ortográfico.
Acordo Ortográfico
    O objetivo deste guia é expor ao lei-
tor, de maneira objetiva, as alterações
introduzidas na ortografia da língua
portuguesa pelo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa, assinado em
Lisboa, em 16 de dezembro de 1990,
por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé
e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e, posteriormente, por
Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi
aprovado pelo Decreto Legislativo no
54, de 18 de abril de 1995.

    Esse Acordo é meramente ortográ-
fico; portanto, restringe-se à língua es-
crita, não afetando nenhum aspecto da
língua falada. Ele não elimina todas
as diferenças ortográficas observadas
4                          DOUGLAS TUFANO

    nos países que têm a língua portugue-
    sa como idioma oficial, mas é um pas-
    so em direção à pretendida unificação
    ortográfica desses países.

        Como o documento oficial do
    Acordo não é claro em vários aspec-
    tos, elaboramos um roteiro com o que
    foi possível estabelecer objetivamen-
    te sobre as novas regras. Esperamos
    que este guia sirva de orientação bá-
    sica para aqueles que desejam resol-
    ver rapidamente suas dúvidas sobre
    as mudanças introduzidas na ortogra-
    fia brasileira, sem preocupação com
    questões teóricas.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA           5

    Mudanças no alfabeto
  O alfabeto passa a ter 26 letras. Fo-
ram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:


A B C D E F G H I
J K L M N O P QR
S T U V WX Y Z
   As letras k, w e y, que na verdade
não tinham desaparecido da maioria
dos dicionários da nossa língua,
são usadas em várias situações. Por
exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades
de medida: km (quilômetro), kg (qui-
lograma), W (watt);
6                             DOUGLAS TUFANO

    b) na escrita de palavras estrangeiras (e
    seus derivados): show, playboy, play-
    ground, windsurf, kung fu, yin, yang,
    William, kaiser, Kafka, kafkiano.




                   Trema
      Não se usa mais o trema (¨), sinal
    colocado sobre a letra u para indicar
    que ela deve ser pronunciada nos gru-
    pos gue, gui, que, qui.

    Como era               Como fica
    agüentar               aguentar
    argüir                 arguir
    bilíngüe               bilíngue
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA           7

cinqüenta               cinquenta
delinqüente             delinquente
eloqüente               eloquente
ensangüentado           ensanguentado
eqüestre                equestre
freqüente               frequente
lingüeta                lingueta
lingüiça                linguiça
qüinqüênio              quinquênio
sagüi                   sagui
seqüência               sequência
seqüestro               sequestro
tranqüilo               tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas
nas palavras estrangeiras e em suas de-
rivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
8                           DOUGLAS TUFANO


      Mudanças nas regras
        de acentuação

    1. Não se usa mais o acento dos di-
    tongos abertos éi e ói das palavras
    paroxítonas (palavras que têm acento
    tônico na penúltima sílaba).

    Como era               Como fica
    alcalóide              alcaloide
    alcatéia               alcateia
    andróide               androide
    apóia (verbo apoiar)   apoia
    apóio (verbo apoiar)   apoio
    asteróide              asteroide
    bóia                   boia
    celulóide              celuloide
    clarabóia              claraboia
    colméia                colmeia
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA          9

Coréia                    Coreia
debilóide                 debiloide
epopéia                   epopeia
estóico                   estoico
estréia                   estreia
estréio (verbo estrear)   estreio
geléia                    geleia
heróico                   heroico
idéia                     ideia
jibóia                    jiboia
jóia                      joia
odisséia                  odisseia
paranóia                  paranoia
paranóico                 paranoico
platéia                   plateia
tramóia                   tramoia

Atenção: essa regra é válida somente
para palavras paroxítonas. Assim, con-
tinuam a ser acentuadas as palavras
10                            DOUGLAS TUFANO

     oxítonas terminadas em éis, éu, éus,
     ói, óis. Exemplos: papéis, herói, he-
     róis, troféu, troféus.



     2.  Nas palavras paroxítonas, não se
     usa mais o acento no i e no u tônicos
     quando vierem depois de um ditongo.

     Como era              Como fica
     baiúca                baiuca
     bocaiúva              bocaiuva
     cauíla                cauila
     feiúra                feiura

     Atenção: se a palavra for oxítona e o i
     ou o u estiverem em posição final (ou
     seguidos de s), o acento permanece.
     Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA           11

3. Não se usa mais o acento das pala-
vras terminadas em êem e ôo(s).

Como era                   Como fica
abençôo                    abençoo
crêem (verbo crer)         creem
dêem (verbo dar)           deem
dôo (verbo doar)           doo
enjôo                      enjoo
lêem (verbo ler)           leem
magôo (verbo magoar)       magoo
perdôo (verbo perdoar)     perdoo
povôo (verbo povoar)       povoo
vêem (verbo ver)           veem
vôos                       voos
zôo                        zoo

4. Não se usa mais o acento que di-
ferenciava os pares pára/para, péla(s)/
12                             DOUGLAS TUFANO

     pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s)
     e pêra/pera.

     Como era             Como fica
     Ele pára o carro.    Ele para o carro.
     Ele foi ao pólo      Ele foi ao polo
      Norte.               Norte.
     Ele gosta de jogar   Ele gosta de jogar
      pólo.                polo.
     Esse gato tem        Esse gato tem
      pêlos brancos.       pelos brancos.
     Comi uma pêra.       Comi uma pera.

     Atenção:
       Permanece o acento diferencial em
     pôde/pode. Pôde é a forma do passado
     do verbo poder (pretérito perfeito do
     indicativo), na 3a pessoa do singular.
     Pode é a forma do presente do indicati-
     vo, na 3a pessoa do singular.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA           13

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair
mais cedo, mas hoje ele pode.

  Permanece o acento diferencial em
pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante
que foi feita por mim.

  Permanecem os acentos que diferen-
ciam o singular do plural dos verbos
ter e vir, assim como de seus deriva-
dos (manter, deter, reter, conter, con-
vir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois
carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de
Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm
a palavra.
14                              DOUGLAS TUFANO

     Ele convém aos estudantes. / Eles
     convêm aos estudantes.
     Ele detém o poder. / Eles detêm o
     poder.
     Ele intervém em todas as aulas. / Eles
     intervêm em todas as aulas.


       É facultativo o uso do acento circun-
     flexo para diferenciar as palavras for-
     ma/fôrma. Em alguns casos, o uso do
     acento deixa a frase mais clara. Veja
     este exemplo: Qual é a forma da fôr-
     ma do bolo?


     5. Não se usa mais o acento agudo no
     u tônico das formas (tu) arguis, (ele) ar-
     gui, (eles) arguem, do presente do indi-
     cativo dos verbos arguir e redarguir.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA          15

6. Há uma variação na pronúncia dos
verbos terminados em guar, quar e
quir, como aguar, averiguar, apazi-
guar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir etc. Esses verbos admitem
duas pronúncias em algumas formas
do presente do indicativo, do presente
do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:

a) se forem pronunciadas com a ou i
tônicos, essas formas devem ser acen-
tuadas. Exemplos:
  • verbo enxaguar: enxáguo, enxá-
    guas, enxágua, enxáguam; enxá-
    gue, enxágues, enxáguem.
  • verbo delinquir: delínquo, delín-
    ques, delínque, delínquem; de-
    línqua, delínquas, delínquam.
16                           DOUGLAS TUFANO

     b) se forem pronunciadas com u tôni-
     co, essas formas deixam de ser acen-
     tuadas. Exemplos (a vogal sublinhada
     é tônica, isto é, deve ser pronunciada
     mais fortemente que as outras):
        • verbo enxaguar: enxaguo, enxa-
          guas, enxagua, enxaguam; enxa-
          gue, enxagues, enxaguem.
       • verbo delinquir: delinquo, delin-
         ques, delinque, delinquem; de-
         linqua, delinquas, delinquam.

     Atenção: no Brasil, a pronúncia mais
     corrente é a primeira, aquela com a e
     i tônicos.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA            17

          Uso do hífen
   Algumas regras do uso do hífen fo-
ram alteradas pelo novo Acordo. Mas,
como se trata ainda de matéria con-
trovertida em muitos aspectos, para
facilitar a compreensão dos leitores,
apresentamos um resumo das regras
que orientam o uso do hífen com os
prefixos mais comuns, assim como as
novas orientações estabelecidas pelo
Acordo.
   As observações a seguir referem-se
ao uso do hífen em palavras formadas
por prefixos ou por elementos que po-
dem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém,
arqui, auto, circum, co, contra, eletro,
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, in-
fra, inter, intra, macro, micro, mini,
18                            DOUGLAS TUFANO

     multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré,
     pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub,
     super, supra, tele, ultra, vice etc.

     1. Com prefixos, usa-se sempre o hí-
     fen diante de palavra iniciada por h.
     Exemplos:

                   anti-herói
                 anti-higiênico
                 anti-histórico
                 macro-história
                   mini-hotel
                 proto-história
                 sobre-humano
                 super-homem
                 ultra-humano
                 extra-humano
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA         19

2. Não se usa o hífen quando o prefi-
xo termina em vogal diferente da vo-
gal com que se inicia o segundo ele-
mento. Exemplos:

              aeroespacial
             agroindustrial
               anteontem
                antiaéreo
             antieducativo
           autoaprendizagem
               autoescola
              autoestrada
             autoinstrução
                 coautor
                coedição
              extraescolar
             infraestrutura
               plurianual
20                            DOUGLAS TUFANO


                  semiaberto
                semianalfabeto
                 semiesférico
                  semiopaco

     Exceção: o prefixo co aglutina-se em
     geral com o segundo elemento, mes-
     mo quando este se inicia por o: coobri-
     gar, coobrigação, coordenar, cooperar,
     cooperação, cooptar, coocupante etc.


     3. Não se usa o hífen quando o prefixo
     termina em vogal e o segundo elemen-
     to começa por consoante diferente de
     r ou s. Exemplos:

                  anteprojeto
                antipedagógico
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA         21

               autopeça
             autoproteção
              coprodução
              geopolítica
           microcomputador
           pseudoprofessor
              semicírculo
               semideus
               seminovo
            ultramoderno

Atenção: com o prefixo vice, usa-se
sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,
vice-almirante etc.


4. Não se usa o hífen quando o prefi-
xo termina em vogal e o segundo ele-
mento começa por r ou s. Nesse caso,
duplicam-se essas letras. Exemplos:
22                DOUGLAS TUFANO



        antirrábico
      antirracismo
      antirreligioso
        antirrugas
        antissocial
         biorritmo
       contrarregra
      contrassenso
          cosseno
        infrassom
     microssistema
         minissaia
      multissecular
      neorrealismo
     neossimbolista
         semirreta
     ultrarresistente
        ultrassom
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA         23

5. Quando o prefixo termina por vo-
gal, usa-se o hífen se o segundo ele-
mento começar pela mesma vogal.
Exemplos:

              anti-ibérico
           anti-imperialista
           anti-inflacionário
           anti-inflamatório
           auto-observação
           contra-almirante
             contra-atacar
             contra-ataque
             micro-ondas
             micro-ônibus
            semi-internato
             semi-interno
24                            DOUGLAS TUFANO


     6. Quando o prefixo termina por con-
     soante, usa-se o hífen se o segundo
     elemento começar pela mesma con-
     soante. Exemplos:

               hiper-requintado
                   inter-racial
                 inter-regional
               sub-bibliotecário
                  super-racista
               super-reacionário
                super-resistente
                super-romântico


     Atenção:
       Nos demais casos não se usa o hífen.
     Exemplos: hipermercado, intermuni-
     cipal, superinteressante, superproteção.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA           25

  Com o prefixo sub, usa-se o hífen
também diante de palavra iniciada por
r: sub-região, sub-raça etc.

 Com os prefixos circum e pan, usa-
se o hífen diante de palavra iniciada
por m, n e vogal: circum-navegação,
pan-americano etc.


7. Quando o prefixo termina por con-
soante, não se usa o hífen se o segundo
elemento começar por vogal. Exem-
plos:

               hiperacidez
                hiperativo
               interescolar
              interestadual
26                          DOUGLAS TUFANO


                  interestelar
                interestudantil
                  superamigo
              superaquecimento
               supereconômico
                 superexigente
               superinteressante
                superotimismo


     8. Com os prefixos ex, sem, além,
     aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
     sempre o hífen. Exemplos:

                  além-mar
                além-túmulo
                 aquém-mar
                   ex-aluno
                  ex-diretor
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA         27

             ex-hospedeiro
                ex-prefeito
              ex-presidente
             pós-graduação
               pré-história
             pré-vestibular
               pró-europeu
              recém-casado
             recém-nascido
                 sem-terra


9. Deve-se usar o hífen com os sufi-
xos de origem tupi-guarani: açu, gua-
çu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu,
anajá-mirim, capim-açu.
28                          DOUGLAS TUFANO


     1 .
      0   Deve-se usar o hífen para ligar
     duas ou mais palavras que ocasional-
     mente se combinam, formando não
     propriamente vocábulos, mas encadea-
     mentos vocabulares. Exemplos: ponte
     Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.


     1 . Não se deve usar o hífen em cer-
      1
     tas palavras que perderam a noção de
     composição. Exemplos:

                   girassol
                 madressilva
                 mandachuva
                  paraquedas
                 paraquedista
                   pontapé
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA           29

1 .
 2   Para clareza gráfica, se no final
da linha a partição de uma palavra ou
combinação de palavras coincidir com
o hífen, ele deve ser repetido na linha
seguinte. Exemplos:


            Na cidade, conta-
         -se que ele foi viajar.



         O diretor recebeu os ex-
      -alunos.
30                                DOUGLAS TUFANO

               Resumo
     Emprego do hífen com prefixos
     Regra básica
     Sempre se usa o hífen diante de h:
     anti-higiênico, super-homem.

     Outros casos
     1. Prefixo terminado em vogal:
     • Sem hífen diante de vogal diferente:
     autoescola, antiaéreo.
     • Sem hífen diante de consoante diferente de r
     e s: anteprojeto, semicírculo.
     • Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas
     letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
     • Com hífen diante de mesma vogal:
     contra-ataque, micro-ondas.

     2. Prefixo terminado em consoante:
     • Com hífen diante de mesma consoante:
     inter-regional, sub-bibliotecário.
     • Sem hífen diante de consoante diferente:
     intermunicipal, supersônico.
     • Sem hífen diante de vogal: interestadual,
     superinteressante.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA                   31

Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também
diante de palavra iniciada por r sub-região,
sub-raça etc.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o
hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o
segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar,
cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen:
vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras
que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém,
recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar,
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.
A Editora Melhoramentos, sempre preocupada em
auxiliar os estudantes brasileiros no seu aprendizado
e crescimento pessoal, lança o Guia Prático da Nova
Ortografia, que mostra, de maneira clara e objetiva, as
alterações introduzidas na ortografia do português pelo
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990).
   A implantação das regras desse Acordo é um passo
importante em direção à criação de uma ortografia
unificada para o português, a ser usada por todos os
países que tenham o português como língua oficial:
Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.
    Este guia não tem por objetivo elucidar pontos con-
troversos e subjetivos do Acordo, mas acreditamos que
será um valioso instrumento para o rápido entendimen-
to das mudanças na ortografia da variante brasileira.
As dúvidas que porventura existirem após a leitura do
Guia Prático da Nova Ortografia certamente serão re-
solvidas com a publicação de um Vocabulário Ortográ-
fico da Língua Portuguesa (VOLP), como está previsto
no Acordo.

                                 Editora Melhoramentos
                                         Agosto de 2008

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  • 1. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA Saiba o que mudou na ortografia brasileira Douglas Tufano
  • 2. © 2008 Douglas Tufano Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa © 2008 Editora Melhoramentos Ltda. Diagramação: WAP Studio ISBN: 978-85-06-05464-2 1.… edição, agosto de 2008 Atendimento ao consumidor: Caixa Postal 11541 CEP 05049-970 São Paulo SP Brasil Impresso no Brasil Visite nosso site www.livrariamelhoramentos.com.br e conheça o Michaelis Dicionário Escolar Língua Portuguesa, totalmente atualizado conforme o Acordo Ortográfico.
  • 3. Acordo Ortográfico O objetivo deste guia é expor ao lei- tor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995. Esse Acordo é meramente ortográ- fico; portanto, restringe-se à língua es- crita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas
  • 4. 4 DOUGLAS TUFANO nos países que têm a língua portugue- sa como idioma oficial, mas é um pas- so em direção à pretendida unificação ortográfica desses países. Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspec- tos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamen- te sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação bá- sica para aqueles que desejam resol- ver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortogra- fia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.
  • 5. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 5 Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Fo- ram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P QR S T U V WX Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (qui- lograma), W (watt);
  • 6. 6 DOUGLAS TUFANO b) na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): show, playboy, play- ground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos gru- pos gue, gui, que, qui. Como era Como fica agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngue
  • 7. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 7 cinqüenta cinquenta delinqüente delinquente eloqüente eloquente ensangüentado ensanguentado eqüestre equestre freqüente frequente lingüeta lingueta lingüiça linguiça qüinqüênio quinquênio sagüi sagui seqüência sequência seqüestro sequestro tranqüilo tranquilo Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas de- rivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
  • 8. 8 DOUGLAS TUFANO Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos di- tongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica alcalóide alcaloide alcatéia alcateia andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo apoiar) apoio asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide clarabóia claraboia colméia colmeia
  • 9. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 9 Coréia Coreia debilóide debiloide epopéia epopeia estóico estoico estréia estreia estréio (verbo estrear) estreio geléia geleia heróico heroico idéia ideia jibóia jiboia jóia joia odisséia odisseia paranóia paranoia paranóico paranoico platéia plateia tramóia tramoia Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, con- tinuam a ser acentuadas as palavras
  • 10. 10 DOUGLAS TUFANO oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, he- róis, troféu, troféus. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Como era Como fica baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva cauíla cauila feiúra feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
  • 11. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 11 3. Não se usa mais o acento das pala- vras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos zôo zoo 4. Não se usa mais o acento que di- ferenciava os pares pára/para, péla(s)/
  • 12. 12 DOUGLAS TUFANO pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Ele foi ao polo Norte. Norte. Ele gosta de jogar Ele gosta de jogar pólo. polo. Esse gato tem Esse gato tem pêlos brancos. pelos brancos. Comi uma pêra. Comi uma pera. Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicati- vo, na 3a pessoa do singular.
  • 13. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 13 Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. Permanecem os acentos que diferen- ciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus deriva- dos (manter, deter, reter, conter, con- vir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
  • 14. 14 DOUGLAS TUFANO Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. É facultativo o uso do acento circun- flexo para diferenciar as palavras for- ma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôr- ma do bolo? 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) ar- gui, (eles) arguem, do presente do indi- cativo dos verbos arguir e redarguir.
  • 15. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 15 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apazi- guar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acen- tuadas. Exemplos: • verbo enxaguar: enxáguo, enxá- guas, enxágua, enxáguam; enxá- gue, enxágues, enxáguem. • verbo delinquir: delínquo, delín- ques, delínque, delínquem; de- línqua, delínquas, delínquam.
  • 16. 16 DOUGLAS TUFANO b) se forem pronunciadas com u tôni- co, essas formas deixam de ser acen- tuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): • verbo enxaguar: enxaguo, enxa- guas, enxagua, enxaguam; enxa- gue, enxagues, enxaguem. • verbo delinquir: delinquo, delin- ques, delinque, delinquem; de- linqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
  • 17. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 17 Uso do hífen Algumas regras do uso do hífen fo- ram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria con- trovertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que po- dem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, in- fra, inter, intra, macro, micro, mini,
  • 18. 18 DOUGLAS TUFANO multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 1. Com prefixos, usa-se sempre o hí- fen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-herói anti-higiênico anti-histórico macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano extra-humano
  • 19. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 19 2. Não se usa o hífen quando o prefi- xo termina em vogal diferente da vo- gal com que se inicia o segundo ele- mento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual
  • 20. 20 DOUGLAS TUFANO semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mes- mo quando este se inicia por o: coobri- gar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemen- to começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico
  • 21. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 21 autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 4. Não se usa o hífen quando o prefi- xo termina em vogal e o segundo ele- mento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
  • 22. 22 DOUGLAS TUFANO antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente ultrassom
  • 23. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 23 5. Quando o prefixo termina por vo- gal, usa-se o hífen se o segundo ele- mento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno
  • 24. 24 DOUGLAS TUFANO 6. Quando o prefixo termina por con- soante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma con- soante. Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermuni- cipal, superinteressante, superproteção.
  • 25. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 25 Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. Com os prefixos circum e pan, usa- se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 7. Quando o prefixo termina por con- soante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exem- plos: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual
  • 26. 26 DOUGLAS TUFANO interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor
  • 27. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 27 ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra 9. Deve-se usar o hífen com os sufi- xos de origem tupi-guarani: açu, gua- çu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
  • 28. 28 DOUGLAS TUFANO 1 . 0 Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasional- mente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadea- mentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 1 . Não se deve usar o hífen em cer- 1 tas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé
  • 29. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 29 1 . 2 Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex- -alunos.
  • 30. 30 DOUGLAS TUFANO Resumo Emprego do hífen com prefixos Regra básica Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem. Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal: • Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. • Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo. • Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. • Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante: • Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário. • Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico. • Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
  • 31. GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 31 Observações 1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. 5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc. 6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
  • 32. A Editora Melhoramentos, sempre preocupada em auxiliar os estudantes brasileiros no seu aprendizado e crescimento pessoal, lança o Guia Prático da Nova Ortografia, que mostra, de maneira clara e objetiva, as alterações introduzidas na ortografia do português pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). A implantação das regras desse Acordo é um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que tenham o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. Este guia não tem por objetivo elucidar pontos con- troversos e subjetivos do Acordo, mas acreditamos que será um valioso instrumento para o rápido entendimen- to das mudanças na ortografia da variante brasileira. As dúvidas que porventura existirem após a leitura do Guia Prático da Nova Ortografia certamente serão re- solvidas com a publicação de um Vocabulário Ortográ- fico da Língua Portuguesa (VOLP), como está previsto no Acordo. Editora Melhoramentos Agosto de 2008