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GESTÃO DE PESSOAS



        AULA – 11




                             TEMAS

Planejamento de carreiras.




                                 1
DESENVOLVIMENTO DE CARREIRAS

       Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de
sua vida profissional. A carreira pressupõe desenvolvimento profissional gradativo e cargos
crescentemente mais elevados e mais complexos. É um processo formalizado e seqüencial que
visa o encarreiramento dos funcionários que tem potencial para ocupar cargos mais elevados.
É alcançado quando as organizações conseguem integrar o processo com outros programas de
RH, avaliação de desempenho, T&D e planejamento de RH.
       As principais ferramentas utilizadas pelas organizações para o desenvolvimento de
carreiras são :


    Avaliação organizacional                                        Auto avaliação


   Centros de avaliação                                         Descrição dos cargos
   Testes psicológicos                                          Manuais de carreira
   Avaliação de desempenho                                      Wokshops s/
   Provisões de promoção            COMPATIBILIDADE              planejamento de
   Planejamento de RH                                            carreiras
   Planejamento de sucessão




        1. centros de avaliação : técnicas de seleção de talentos, entrevistas, exercícios
            dirigidos e jogos de empresas. Estes centros ajudam nas forças e fraquezas dos
            candidatos e na compreensão de suas habilidades, direcionando suas carreiras
        2. testes psicológicos : servem para compreender melhor seus interesses
        3. avaliação de desempenho: acompanha o desempenho nas atividades e desafios
            profissionais
        4. provisões de promoção : são julgamentos quanto ao avanço do potencial dos
            empregados. Identificam pessoas potenciais e ajuda na melhoria do conhecimento
            e experiências




                                                                                           2
5. planejamento de sucessão : preparo das pessoas para preender posições mais
           complexas.


Além dessas ferramentas é necessária a orientação aos funcionários :
                 aconselhamento individual (entrevistas)
                 serviços de informação aos funcionários (divulgação de vagas)
                 inventários de habilidades (banco de dados das habilidades)
                 mapas de carreiras (organograma)




Carreira
É a mobilização ocupacional, o caminho a ser trilhado por um profissional, ou seja, é
um caminho estruturado e organizado no tempo e no espaço que pode ser
percorrido por alguém.
Carreira são as seqüências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante
a vida de uma pessoa.

O papel da pessoa na gestão da carreira
A empresa cada vez mais está preocupada em estimular as pessoas a planejar suas
carreiras. Dois motivos direcionam tal caminho:
    A busca de posicionamento mais competitivo em seus mercados tem
       conduzido as empresas à redefinição do perfil exigido de seus recursos
       humanos;
    estímulo para que as pessoas planejem suas carreiras, tornando-as mais
       empreendedoras.

A ausência de um projeto profissional leva as pessoas a situações de riscos
    Armadilhas profissionais  trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e
      muito dos pontos fracos;
    Falta de foco;
    Alternativas restritas  visão limitada das alternativas de desenvolvimento
      profissional.

Estabelecimento de um projeto profissional
    Manuais de autopreenchimento
    Workshops de planejamento de carreira
    Suporte de consultores especializados

Etapas para a construção de um projeto profissional
    Autoconhecimento: o saber-se, o conhecer-se, o olhar-se
    Conhecimento do mercado
    Objetivos de carreira
    Estratégias de carreira

                                                                                   3
   Plano de ação
      Acompanhamento do plano

O papel da empresa na gestão de carreira  Sistema de Administração de
Carreira
    Princípios: o sistema deve ter princípios que representam os compromissos
      acordados entre a empresa e as pessoas;
    Estrutura de carreira: a estrutura de carreira define a sucessão de posições,
      sua valorização e seus requisitos de acesso;
    Instrumentos de gestão: estes dão suporte à relação contínua entre as
      pessoas e a empresa;
    Definição de papéis.

Efetividade da carreira da pessoa e da empresa
Plano de Carreira
Uma nova perspectiva de Carreira
    Objetivo
    Definição
    Por que Carreira sem Fronteiras?
    Metáfora da Carreira
    Perfil do Professor
Doze passos para Aprendizagem Criativa

Definição de Carreira
    De acordo com Martins (2001), etimologicamente, a palavra “carreira” origina-
       se do latim via carraria, ou estrada para carros.
    No Século XIX, passou-se a utilizar o termo para definir trajetória de vida
       profissional.
    Até recentemente, relacionada a estrutura organizacional ou ocupações.
    O indivíduo iniciava uma dessas carreiras (estradas pré-existentes), sabendo,
       de antemão, o que esperar do percurso.

   Carreira no passado:
    Como linear e vertical;
    Os trabalhadores possuíam maior estabilidade no emprego
    Oportunidades para o profissional tanto do sexo masculino

Principais causas do declínio da carreira tradicional:
     penetração crescente das mulheres no mercado de trabalho;
     elevação dos graus de instrução;
     afirmação dos direitos dos indivíduos;
     globalização da economia, competitividade e turbulência ambiental;
     necessidade de mudança nas organizações e flexibilização do trabalho.
     Fatores como os avanços na tecnologia e a maior diversidade da força de
       trabalho.

Como a Carreira é vista:
   Oportunidades para o profissional tanto do sexo masculino e do sexo
     feminino;
   Pertencente a grupos sociais variados;
   A progressão na carreira é descontínua;
   Mais horizontal do que vertical;

                                                                                4
 Maior instabilidade.

Tendências:
    De acordo com Baruch (2004), a geração atual testemunha o
     desaparecimento de limites em várias faces da vida, e as implicações sobre
     as carreiras são que elas se tornam multidirecionais.
    Em uma perspectiva considerada moderna, por esse autor, a carreira é vista
     como um processo de desenvolvimento do empregado por meio de uma
     trajetória de experiência e empregos em uma ou mais organizações
     (BARUCH e ROSENSTEIN, 1992).
    Transição no “sistema de carreira linear” para um “sistema multidirecional de
     carreira”.
    No contexto da globalização com as incertezas e ambigüidades do ambiente
     provocaram mudanças na carreira e nas relações de trabalho.
    A carreira aparece como autogerenciamento, deixou de ser a ascensão,
     tornando-se mais independente dos contratos formais;
    As relações de trabalho ganham mais autonomia decorrente da
     imprevisibilidade e flexibilidade; autocontrole, estruturas em equipes
     interdependentes e o vínculo empregatício deixaram de ser o foco de atenção
     para as empresa e trabalhadores.
     Transição I:
    Do passado
             Hierarquia altamente estruturada rígida ou linear, conhecido como a
     escalada na hierarquia organizacional significando promoção.
    Para o futuro
             Organizações sem fronteiras de onde emergiram as carreiras sem
     fronteiras, flexíveis, sem regras definidas para atingir o sucesso.
    O sucesso passou a ser relativo, pode ser entendido como satisfação interior,
     equilíbrio na vida, autonomia e liberdade além de outras medidas de
     percepção pessoal.

       Transição II:
      Carreira linear comparado a escalada de uma montanha.
              No planalto estão aqueles considerados fracassados.
      Carreira linear é comparada a existência de uma simples direção para a
       promoção e a rigidez do sistema.
      Carreira multidirecional leva em consideração a visão completa do cenário.
       No cume está a elite onde todos aspiram chegar.
      Você pode escolher a montanha uma colina ou vagar pelas planícies.
      Você dirige sua própria carreira criando uma nova trajetória quando e onde se
       sentir correto.
      Seleciona qualquer direção que queira seguir e se sente capacitado em
       alcançar desenvolvimento pessoal.
      Você define o seu sucesso.

     Transição III:
    A carreira numa perspectiva tradicional, pode ser vista como um ajustamento
     do indivíduo a uma ocupação escolhida ou à imagem que dela possui e esse
     processo de ajustamento implica critérios dos quais nasce a noção de
     hierarquia ou de seqüência de papéis com maiores responsabilidades dentro
     de uma ocupação. (LANDAU e HAMMER, 1986; BASTOS, 1997).


                                                                                  5
Histórico
Mudança na carreira: a terminologia
   Carreiras tornaram-se mais abertas e diversas e menos estruturadas e
     controladas pelos empregadores.
   “carreiras inteligentes” - “empregabilidade” mais do que “emprego seguro”.

Por que Carreiras sem Fronteiras?
    Novos padrões de produção e consumo;
    Aumento do setor de serviços.
    Contínuo progresso tecnológico. Estes aumentos pedem novas tendências,
      novos caminhos e mesmo reestruturação do mercado de trabalho como um
      todo.
    Crescimento de profissionais altamente qualificados.
    Diversidades adicionais com implicações para opções de carreira.
    Antes a contratação e trajetórias de carreiras eram restritas a um grupo
      somente (por exemplo, altas posições de gerenciamento eram preenchidas
      por homens brancos). Agora estão abertas para muitos.
    Novas alternativas para os acordos de trabalho como telecomunicações
      (trabalho em casa) e trabalho virtual.

      MODELOS DE CARREIRA

        Modelo tradicional              Modelo moderno
        Um homem pertencente aos        Um homem e/ou uma mulher pertencente
        grupos socialmente dominantes   aos grupos sociais variados
        progressão linear vertical      progressão descontínua horizontal e
                                        vertical
        estabilidade                    instabilidade
                                 Fonte: CHANLAT, 1995

Metáfora de Carreira
(do casamento para uma ligação condicional)
    No passado a demissão se parecia a um divórcio, com toda a dor e
      sofrimento que envolvia e também o estigma que seguia.
    Hoje, as relações de trabalho tornaram-se uma ligação mais condicional.
    A única maneira de formar casais também mudou para um conjunto de
      opções mais flexível, nem todas elas significando um forte compromisso de
      união de vida longa.




                                                                               6
ESTUDO DE CASO:
   WALL STREET: Poder e Cobiça, com Michael Douglas, Martins Sheen
                                              Conceitos-chave: planejamento de carreira
    O enredo deste filme está focalizado em uma corretora de valores onde Bud Fox,
um de seus executivos de contas, resolve se tornar um profissional bem-sucedido. A
empresa adota um planejamento de carreira hierarquizado: corretor de ações,
executivo de contas, gerente de fundos, supervisor, sócio sênior e diretor. Bud como
todo mundo recém-admitido, assume o primeiro cargo na hierarquia, ou seja, a
função de corretor de contas. Sua escalada pelas diferentes posições do plano de
carreira irá depender do processo de avaliação de desempenho conduzido pelo seu
superior hierárquico. O processo de avaliação prevê o preenchimento de uma ficha
de avaliação pelo chefe de Bud, e como todo procedimento de avaliação, possui um
componente subjetivo, pois depende significativamente da vontade e estado
psicológico do avaliador.
    Nessa empresa a avaliação de desempenho é conduzida de forma desumana,
prevalecendo apenas o cumprimento ou não das metas (quotas de vendas)
estipuladas peara o período. No caso de não-cumprimento desses objetivos, o
funcionário é simplesmente desligado e substituído por outro. Para o cargo mais
baixo na hierarquia, o candidato é recrutado externamente, enquanto o
preenchimento de outros cargos é feito por meio de recrutamento interno, na forma
de promoção.
    Em uma empresa com uma sadia política de recursos humanos, o resultado da
avaliação de desempenho pode ser de três tipos. Quando a avaliação é favorável, o
funcionário pode ser promovido ou ter um adicional financeiro em seus salário. No
caso de ser desfavorável, o funcionário pode ser designado para um programa de
treinamento para adquirir a capacitação necessária à função. E na terceira situação,
o funcionário pode ser transferido para outro cargo, mais compatível com suas
atuais habilidades e competências.
        A corretora de valores pertence ao setor de instituições financeiras. O filme
mostra os efeitos da globalização dos mercados de capitais. Bud tem uma certa
admiração profissional pelo megainvestidor Gordon, que se impressiona com o
desempenho do corretor e aos poucos o transforma em seu assessor de confiança.
Ensina-lhe todas as nuances do mercado de capitais. Bud se deixa levar pela
ambição e esquece as normas de conduta ética e de responsabilidade social,
preocupando-se apenas em fazer fortuna.
        De maneira anti-ética, Bud obtém informações privilegiadas que o fazem
conquistar o megainvestidor como nova conta da corretora, e com isso, consegue
uma promoção. Bud convence Gekko a investir e assumir o controle acionário da
Blue Star, uma empresa aérea. Após incorporar a companhia aérea, Gekko resolve
se desfazer de seus ativos, desmobilizando os equipamentos/aviões para vender a
empresa em partes e provocando com isso, a demissão de todos os funcionários. É
o inicio de uma escalada de processos de aquisição de controle acionário de
empresas deficitárias. Essas transformações financeiras, visando apenas o lucro,
provocam demissões e liquidações de empresas. Gekko, o financista, é seguidor da
filosofia de negócios e estratégia empresarial.
        O filme é uma lição de recursos humanos em termos do que “não devem ser”
planejamento de carreira, avaliação de desempenho e estratégias de cargo e
salários. Mostra, ainda, os bastidores do poder e o aspecto predatório do processo
de aquisição, fusão, cisão e incorporação de empresas.



                                                                                     7

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Planejamento de carreiras

  • 1. GESTÃO DE PESSOAS AULA – 11 TEMAS Planejamento de carreiras. 1
  • 2. DESENVOLVIMENTO DE CARREIRAS Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de sua vida profissional. A carreira pressupõe desenvolvimento profissional gradativo e cargos crescentemente mais elevados e mais complexos. É um processo formalizado e seqüencial que visa o encarreiramento dos funcionários que tem potencial para ocupar cargos mais elevados. É alcançado quando as organizações conseguem integrar o processo com outros programas de RH, avaliação de desempenho, T&D e planejamento de RH. As principais ferramentas utilizadas pelas organizações para o desenvolvimento de carreiras são : Avaliação organizacional Auto avaliação  Centros de avaliação  Descrição dos cargos  Testes psicológicos  Manuais de carreira  Avaliação de desempenho  Wokshops s/  Provisões de promoção COMPATIBILIDADE planejamento de  Planejamento de RH carreiras  Planejamento de sucessão 1. centros de avaliação : técnicas de seleção de talentos, entrevistas, exercícios dirigidos e jogos de empresas. Estes centros ajudam nas forças e fraquezas dos candidatos e na compreensão de suas habilidades, direcionando suas carreiras 2. testes psicológicos : servem para compreender melhor seus interesses 3. avaliação de desempenho: acompanha o desempenho nas atividades e desafios profissionais 4. provisões de promoção : são julgamentos quanto ao avanço do potencial dos empregados. Identificam pessoas potenciais e ajuda na melhoria do conhecimento e experiências 2
  • 3. 5. planejamento de sucessão : preparo das pessoas para preender posições mais complexas. Além dessas ferramentas é necessária a orientação aos funcionários :  aconselhamento individual (entrevistas)  serviços de informação aos funcionários (divulgação de vagas)  inventários de habilidades (banco de dados das habilidades)  mapas de carreiras (organograma) Carreira É a mobilização ocupacional, o caminho a ser trilhado por um profissional, ou seja, é um caminho estruturado e organizado no tempo e no espaço que pode ser percorrido por alguém. Carreira são as seqüências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa. O papel da pessoa na gestão da carreira A empresa cada vez mais está preocupada em estimular as pessoas a planejar suas carreiras. Dois motivos direcionam tal caminho:  A busca de posicionamento mais competitivo em seus mercados tem conduzido as empresas à redefinição do perfil exigido de seus recursos humanos;  estímulo para que as pessoas planejem suas carreiras, tornando-as mais empreendedoras. A ausência de um projeto profissional leva as pessoas a situações de riscos  Armadilhas profissionais  trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e muito dos pontos fracos;  Falta de foco;  Alternativas restritas  visão limitada das alternativas de desenvolvimento profissional. Estabelecimento de um projeto profissional  Manuais de autopreenchimento  Workshops de planejamento de carreira  Suporte de consultores especializados Etapas para a construção de um projeto profissional  Autoconhecimento: o saber-se, o conhecer-se, o olhar-se  Conhecimento do mercado  Objetivos de carreira  Estratégias de carreira 3
  • 4. Plano de ação  Acompanhamento do plano O papel da empresa na gestão de carreira  Sistema de Administração de Carreira  Princípios: o sistema deve ter princípios que representam os compromissos acordados entre a empresa e as pessoas;  Estrutura de carreira: a estrutura de carreira define a sucessão de posições, sua valorização e seus requisitos de acesso;  Instrumentos de gestão: estes dão suporte à relação contínua entre as pessoas e a empresa;  Definição de papéis. Efetividade da carreira da pessoa e da empresa Plano de Carreira Uma nova perspectiva de Carreira  Objetivo  Definição  Por que Carreira sem Fronteiras?  Metáfora da Carreira  Perfil do Professor Doze passos para Aprendizagem Criativa Definição de Carreira  De acordo com Martins (2001), etimologicamente, a palavra “carreira” origina- se do latim via carraria, ou estrada para carros.  No Século XIX, passou-se a utilizar o termo para definir trajetória de vida profissional.  Até recentemente, relacionada a estrutura organizacional ou ocupações.  O indivíduo iniciava uma dessas carreiras (estradas pré-existentes), sabendo, de antemão, o que esperar do percurso. Carreira no passado:  Como linear e vertical;  Os trabalhadores possuíam maior estabilidade no emprego  Oportunidades para o profissional tanto do sexo masculino Principais causas do declínio da carreira tradicional:  penetração crescente das mulheres no mercado de trabalho;  elevação dos graus de instrução;  afirmação dos direitos dos indivíduos;  globalização da economia, competitividade e turbulência ambiental;  necessidade de mudança nas organizações e flexibilização do trabalho.  Fatores como os avanços na tecnologia e a maior diversidade da força de trabalho. Como a Carreira é vista:  Oportunidades para o profissional tanto do sexo masculino e do sexo feminino;  Pertencente a grupos sociais variados;  A progressão na carreira é descontínua;  Mais horizontal do que vertical; 4
  • 5.  Maior instabilidade. Tendências:  De acordo com Baruch (2004), a geração atual testemunha o desaparecimento de limites em várias faces da vida, e as implicações sobre as carreiras são que elas se tornam multidirecionais.  Em uma perspectiva considerada moderna, por esse autor, a carreira é vista como um processo de desenvolvimento do empregado por meio de uma trajetória de experiência e empregos em uma ou mais organizações (BARUCH e ROSENSTEIN, 1992).  Transição no “sistema de carreira linear” para um “sistema multidirecional de carreira”.  No contexto da globalização com as incertezas e ambigüidades do ambiente provocaram mudanças na carreira e nas relações de trabalho.  A carreira aparece como autogerenciamento, deixou de ser a ascensão, tornando-se mais independente dos contratos formais;  As relações de trabalho ganham mais autonomia decorrente da imprevisibilidade e flexibilidade; autocontrole, estruturas em equipes interdependentes e o vínculo empregatício deixaram de ser o foco de atenção para as empresa e trabalhadores. Transição I:  Do passado Hierarquia altamente estruturada rígida ou linear, conhecido como a escalada na hierarquia organizacional significando promoção.  Para o futuro Organizações sem fronteiras de onde emergiram as carreiras sem fronteiras, flexíveis, sem regras definidas para atingir o sucesso.  O sucesso passou a ser relativo, pode ser entendido como satisfação interior, equilíbrio na vida, autonomia e liberdade além de outras medidas de percepção pessoal. Transição II:  Carreira linear comparado a escalada de uma montanha. No planalto estão aqueles considerados fracassados.  Carreira linear é comparada a existência de uma simples direção para a promoção e a rigidez do sistema.  Carreira multidirecional leva em consideração a visão completa do cenário. No cume está a elite onde todos aspiram chegar.  Você pode escolher a montanha uma colina ou vagar pelas planícies.  Você dirige sua própria carreira criando uma nova trajetória quando e onde se sentir correto.  Seleciona qualquer direção que queira seguir e se sente capacitado em alcançar desenvolvimento pessoal.  Você define o seu sucesso. Transição III:  A carreira numa perspectiva tradicional, pode ser vista como um ajustamento do indivíduo a uma ocupação escolhida ou à imagem que dela possui e esse processo de ajustamento implica critérios dos quais nasce a noção de hierarquia ou de seqüência de papéis com maiores responsabilidades dentro de uma ocupação. (LANDAU e HAMMER, 1986; BASTOS, 1997). 5
  • 6. Histórico Mudança na carreira: a terminologia  Carreiras tornaram-se mais abertas e diversas e menos estruturadas e controladas pelos empregadores.  “carreiras inteligentes” - “empregabilidade” mais do que “emprego seguro”. Por que Carreiras sem Fronteiras?  Novos padrões de produção e consumo;  Aumento do setor de serviços.  Contínuo progresso tecnológico. Estes aumentos pedem novas tendências, novos caminhos e mesmo reestruturação do mercado de trabalho como um todo.  Crescimento de profissionais altamente qualificados.  Diversidades adicionais com implicações para opções de carreira.  Antes a contratação e trajetórias de carreiras eram restritas a um grupo somente (por exemplo, altas posições de gerenciamento eram preenchidas por homens brancos). Agora estão abertas para muitos.  Novas alternativas para os acordos de trabalho como telecomunicações (trabalho em casa) e trabalho virtual. MODELOS DE CARREIRA Modelo tradicional Modelo moderno Um homem pertencente aos Um homem e/ou uma mulher pertencente grupos socialmente dominantes aos grupos sociais variados progressão linear vertical progressão descontínua horizontal e vertical estabilidade instabilidade Fonte: CHANLAT, 1995 Metáfora de Carreira (do casamento para uma ligação condicional)  No passado a demissão se parecia a um divórcio, com toda a dor e sofrimento que envolvia e também o estigma que seguia.  Hoje, as relações de trabalho tornaram-se uma ligação mais condicional.  A única maneira de formar casais também mudou para um conjunto de opções mais flexível, nem todas elas significando um forte compromisso de união de vida longa. 6
  • 7. ESTUDO DE CASO: WALL STREET: Poder e Cobiça, com Michael Douglas, Martins Sheen Conceitos-chave: planejamento de carreira O enredo deste filme está focalizado em uma corretora de valores onde Bud Fox, um de seus executivos de contas, resolve se tornar um profissional bem-sucedido. A empresa adota um planejamento de carreira hierarquizado: corretor de ações, executivo de contas, gerente de fundos, supervisor, sócio sênior e diretor. Bud como todo mundo recém-admitido, assume o primeiro cargo na hierarquia, ou seja, a função de corretor de contas. Sua escalada pelas diferentes posições do plano de carreira irá depender do processo de avaliação de desempenho conduzido pelo seu superior hierárquico. O processo de avaliação prevê o preenchimento de uma ficha de avaliação pelo chefe de Bud, e como todo procedimento de avaliação, possui um componente subjetivo, pois depende significativamente da vontade e estado psicológico do avaliador. Nessa empresa a avaliação de desempenho é conduzida de forma desumana, prevalecendo apenas o cumprimento ou não das metas (quotas de vendas) estipuladas peara o período. No caso de não-cumprimento desses objetivos, o funcionário é simplesmente desligado e substituído por outro. Para o cargo mais baixo na hierarquia, o candidato é recrutado externamente, enquanto o preenchimento de outros cargos é feito por meio de recrutamento interno, na forma de promoção. Em uma empresa com uma sadia política de recursos humanos, o resultado da avaliação de desempenho pode ser de três tipos. Quando a avaliação é favorável, o funcionário pode ser promovido ou ter um adicional financeiro em seus salário. No caso de ser desfavorável, o funcionário pode ser designado para um programa de treinamento para adquirir a capacitação necessária à função. E na terceira situação, o funcionário pode ser transferido para outro cargo, mais compatível com suas atuais habilidades e competências. A corretora de valores pertence ao setor de instituições financeiras. O filme mostra os efeitos da globalização dos mercados de capitais. Bud tem uma certa admiração profissional pelo megainvestidor Gordon, que se impressiona com o desempenho do corretor e aos poucos o transforma em seu assessor de confiança. Ensina-lhe todas as nuances do mercado de capitais. Bud se deixa levar pela ambição e esquece as normas de conduta ética e de responsabilidade social, preocupando-se apenas em fazer fortuna. De maneira anti-ética, Bud obtém informações privilegiadas que o fazem conquistar o megainvestidor como nova conta da corretora, e com isso, consegue uma promoção. Bud convence Gekko a investir e assumir o controle acionário da Blue Star, uma empresa aérea. Após incorporar a companhia aérea, Gekko resolve se desfazer de seus ativos, desmobilizando os equipamentos/aviões para vender a empresa em partes e provocando com isso, a demissão de todos os funcionários. É o inicio de uma escalada de processos de aquisição de controle acionário de empresas deficitárias. Essas transformações financeiras, visando apenas o lucro, provocam demissões e liquidações de empresas. Gekko, o financista, é seguidor da filosofia de negócios e estratégia empresarial. O filme é uma lição de recursos humanos em termos do que “não devem ser” planejamento de carreira, avaliação de desempenho e estratégias de cargo e salários. Mostra, ainda, os bastidores do poder e o aspecto predatório do processo de aquisição, fusão, cisão e incorporação de empresas. 7