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Educação Brasileira
A educação brasileira no período militar - Unicamp/FE
A adequação nacional à internacionalização capitalista
1964 – 1984
A apresentação que se segue
propõe discutir, por meio de
bibliografia sugerida e outros
recursos que serão tomados
como objetos de aprendizagem,
a adequação nacional à
internacionalização capitalista,
considerando a educação
brasileira no período militar.
Para tanto, haja vista as
vastas referências e debates
que circulam até hoje sobre
o tema, partimos das
medidas implantadas pelos
governos a partir de 1964 no
intuito de problematizar as
percepções sobre as ideias
pedagógicas do período e
refletir sobre as políticas
públicas atuais.
Para efeito do estudo, serão considerados os
governos
Marechal Castelo Branco
(1964-67) - Sorbonista
Marechal Costa e Silva
(1967-69) – Linha dura
Os Chefes da revolução vitoriosa, graças à ação das
Forças Armadas e ao apoio inequívoco da Nação,
representam o Povo e em seu nome exercem o Poder
Constituinte, de que o Povo é o único titular.
AI1
Assim, o Presidente da República, na condição de Chefe do
Governo revolucionário e comandante supremo das forças
armadas, coesas na manutenção dos ideais revolucionários,
CONSIDERANDO que o País precisa de tranquilidade para
o trabalho em prol do seu desenvolvimento econômico e do
bem-estar do povo, e que não pode haver paz sem
autoridade, que é também condição essencial da ordem;
CONSIDERANDO que o Poder Constituinte da Revolução
lhe é intrínseco, não apenas para institucionalizá-la, mas
para assegurar a continuidade da obra a que se propôs,
Resolve editar o seguinte:[...]
AI2
CONSIDERANDO ser imperiosa a adoção de medidas que não
permitam se frustrem os superiores objetivos da Revolução;
CONSIDERANDO a necessidade de preservar a tranquilidade e
a harmonia política e social do Pais [...]
AI3
CONSIDERANDO que a Constituição federal de 1946, além de
haver recebido numerosas emendas, já não atende às exigências
nacionais;
CONSIDERANDO que se tornou imperioso dar ao País uma
Constituição que, além de uniforme e harmônica, represente a
institucionalização dos ideais e princípios da Revolução;
CONSIDERANDO que somente uma
nova Constituição poderá assegurar
a continuidade da obra
revolucionária;[...]
AI4
A solução estava em enquadrar o novo presidente dentro de um esquema
que garantisse a continuação de sua política anti-comunista, anti-
democrática, anti-reformista, anti-desenvolvimentista, e pró-americana.
(BASBAUM, Leôncio, s.d.: 181).
O significado do golpe militar de 1964 tem
que ser buscado não no que era afirmado em
palavras, isto é, nos discursos justificadores de tal
movimento, e sim nos resultados das medidas
implantadas concretamente pelos governos que
se seguiram a ele. (RIBEIRO, 1992, p. 156)
Medidas
econômicas
da
constituição
de 1967
MEDIDAS ECONÔMICAS DA CONSTITUIÇÃO DE 1967
• Terror econômico consubstanciado;
• Reformulação de Lei de Remessas e Lucros;
• Lei de Investimentos;
• Compra da American Foreign Power;
• Garantia da instalação da Companhia de
Mineração Hanna.
RESULTADO DAS MEDIDAS
• Garantia de taxas de lucros às empresas multinacionais;
• Empresas pequenas e médias de capital nacional entram
em falência;
• Dirigentes brasileiros passam a ser cada vez mais o
empresariado estrangeiro;
• Altíssima taxa de desemprego;
• Estado = instrumento político para consolidação de um
modelo econômico para a expansão do capitalismo
internacional.
A situação do ensino em decorrência
dos recursos disponíveis
RELAÇÕES ENSINO PRIMÁRIO
Efeitos sobre os recursos financeiros necessários à organização
escolar a partir de 1977
RELAÇÕES ENSINO MÉDIO
RELAÇÕES ENSINO SUPERIOR
TEORIA DA EDUCAÇÃO
• Em 9 de abril de 1964, invasão da Universidade de Brasília;
• O projeto de Reforma Universitária;
• Em 14 de abril de 1964 é extinto o Plano Nacional de Alfabetização;
• Criação e aprovação de um novo ordenamento das atividades
educacionais;
• MEC/USAID.
TEORIA DA EDUCAÇÃO
• Reação da UNE ao MEC/USAID;
• 1968 - Implantação do Mobral (Movimento Brasileiro de
Alfabetização;
• Lei 5.540/68 – Ensino Superior;
• Lei 4024/61 – Regulação de Recursos;
• Lei 5692/71 - Reformulação da LDB.
TEORIA DA EDUCAÇÃO
Revela-se assim a ênfase na quantidade e não na qualidade, nos
métodos (técnicas) e não nos fins (ideais), na adaptação e não
na autonomia, nas necessidades sociais e não nas aspirações
individuais, na formação profissional em detrimento da cultura
geral. (RIBEIRO, M.L.S., p. 170)
(...) É lutando para que todos ingressem e permaneçam na
escola, é lutando, portanto, para que os obstáculos escolares
e sociais mais gerais que dificultam ou impossibilitam tal
ingresso e permanência deixem de existir, que será possível
construir uma organização escolar de qualidade. (RIBEIRO,
M.L.S., p. 175)
PARA RIBEIRO
• Luis Pereira propõem estabelecer distinção entre
o tipo de Estado, as formas de Estado e o regime
político.
- Estado: Capitalista ou Socialista.
- Formas de Estado: Liberal ou Intervencionista.
- Regime Político: Nacionalista Liberal, Nacionalista
Autoritária, Intervencionista Liberal, e
Intervencionista autoritária.
ESTADO, REGIME POLÍTICO E DESENVOLVIMENTISMO NO
BRASIL PÓS-1930
- 1951 até 1964 : marcado pelo Nacionalismo
Desenvolvimentista (Pereira)
- Morte de Getúlio Vargas (1954)
- UDN (União Democrática Nacional) assume o poder.
- Café Filho, vice de Getúlio, torna-se presidente
- Não era filiado a UDN, mas constitui um ministério de maioria
udenista
- O Ministro da Fazenda era Eugênio Gudin, que em 1955 instalara a
portaria 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC)
ESTADO, REGIME POLÍTICO E DESENVOLVIMENTISMO NO
BRASIL PÓS-193
- Juscelino Kubitschek, do PSD (Partido Social
Democrático) assume a presidência em 1956.
- Baseando-se na Portaria 113, Juscelino dá continuidade
a esta política favorável à empresas estrangeiras
- Em contra ponto continuava a difundir via ISEB (Instituo
Superior de Estudos Brasileiros) a ideologia política do
nacionalismo desenvolvimentista
- Cenário de Contradição
ESTADO, REGIME POLÍTICO E DESENVOLVIMENTISMO NO
BRASIL PÓS-193
- Pós 2°GM.
- Corrida Armamentista.
- EUA: National War College.
- Brasil, 1949, sob influência estadunidense
cria-se a ESG (Escola Superior de Guerra).
A ESG e a doutrina da Interdependência
- Golbery Couto e Silva
- 1952 - integrou o Departamento de Estudos da ESG.
- 1961 - Chefe de gabinete da Secretaria Geral do Conselho de
Segurança Nacional.
-Na ESG, elaborou uma série de textos que vieram a conformar a
Doutrina da Segurança Nacional ou Doutrina da Interdependência.
- Baseou-se em uma série de textos editados no livro Geopolítica do Brasil
- Geopolítica : “Política feita em decorrência das condições geográficas”
- Visão Estratégica da segurança Nacional:
- Objetivos Nacionais Permanentes (ONPs)
- Objetivos Nacionais Atuais (ONAs)
A ESG e a doutrina da Interdependência
Desfecho da contradição modelo econômico versus
ideologia política: o regime militar
• ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros)
• Nacionalismo Desenvolvimentista
• ESG (Escola Superior de Guerra)
• Doutrina da Interdependência
Diferentes Ideologias
Governos JK e Jânio Quadros
• Política de substituição de importações gerou “calmaria
política”, pois unia os diferentes grupos sociais em um
mesmo objetivo;
• Esgotamento da substituição de importações e
diferenças entre a burguesia (buscando a consolidação)
e o operariado (nacionalização da indústria e reformas de
base) se tornam mais evidentes
Governos JK e Jânio Quadros
• Jânio Quadros é eleito pela UDN, mas segue uma
agenda política própria, voltada ao nacional
desenvolvimentismo, oposta ao partido. Perde apoio
e renuncia em 1961.
• O vice João Goulart assume. Primeiro nome do PTB,
é chamado por Saviani de “a personificação da
contradição” política.
Governos JK e Jânio Quadros
• Se equilibrou até 1964 a partir de medidas a favor
das duas ideologias.
• Quando guinou para a esquerda e apelou às massas,
sofreu o golpe.
• Deposição de João Goulart
Resolução do conflito
• Com o golpe, o conflito acabou a partir da imposição
dos militares da ideologia da doutrina da
interdependência, aliando a ideologia política ao
modelo econômico capitalista.
• Como a ruptura foi apenas política, a educação não
sofreu mudanças na lei (LDB, 1961). Ajustou-se a
educação ao modelo capitalista de mercado e à
doutrina de interdependência.
Resolução do conflito
• Com o golpe, o conflito acabou a partir da imposição
dos militares da ideologia da doutrina da
interdependência, aliando a ideologia política ao
modelo econômico capitalista.
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sofreu mudanças na lei (LDB, 1961). Ajustou-se a
educação ao modelo capitalista de mercado e à
doutrina de interdependência.
Desfecho da contradição modelo econômico versus
ideologia política: o regime militar
• (...) se os empresários nacionais e internacionais, as classes médias, os
operários e as forças de esquerda se uniram em torno da bandeira da
industrialização, as razões que os moveram na mesma direção eram
divergentes. (SAVIANI, 2013, p. 362)
• Na medida em que se ia consolidando o processo de industrialização, foi
ocorrendo uma progressiva reacomodação dos grupos envolvidos.
(SAVIANI, 2013, p. 363)
Desfecho da contradição modelo econômico versus
ideologia política: o regime militar
• (...) revolução traz a ideia de ruptura (...) a ruptura deu-se no nível político
e não no âmbito socioeconômico. (...) a ruptura política foi necessária para
preservar a ordem socioeconômica, pois se temia que a persistência dos
grupos que então controlavam o poder política formal viesse a provocar
uma ruptura no plano socioeconômico. (SAVIANI, 2013, p. 364)
REVOLUÇÃO DE 1964
Revolução social
Mudança política
radical
AUSÊNCIA DE...
• Lei n. 4.024/20 de dezembro de 1961: os primeiros títulos não
foram revogados pós 64 porque já enunciavam as diretrizes a serem
seguidas, marcada pelo modelo econômico do capitalismo de
mercado.
• Fórum “A educação que nos convém”, 1968
• Reforma universitária (lei n. 5.540/1968)
• Parecer CFE n. 77/69 regulamentando a implantação da pós-
graduação
• Lei n. 5.692/71 – pedagogia tecnicista
• Parecer CFE n. 252 introduz as habilitações técnicas no curso de
pedagogia
Emergência e predominância da concepção
produtivista da educação
• Na década de 1990, já refuncionalizada, a visão produtivista,
suplantando a ênfase na qualidade social da educação que marcou
os projetos de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
na Câmara Feral, constituiu-se na referência para o Projeto Darcy
Ribeiro. (SAVIANI, 2013, p. 365)
• Este projeto transformou-se na LDB, sendo patrocinado pelo MEC;
• O mesmo projeto orientou os dispositivos da LDB, culminando no
novo Plano Nacional da Educação (PNE)/2001.
• E por que não pensar a Base Nacional Comum Curricular (BNC)
sobre o mesmo viés?
Emergência e predominância da concepção
produtivista da educação
(...) É lutando para que todos ingressem e permaneçam na
escola, é lutando, portanto, para que os obstáculos escolares
e sociais mais gerais que dificultam ou impossibilitam tal
ingresso e permanência deixem de existir, que será possível
construir uma organização escolar de qualidade. (RIBEIRO,
M.L.S., p. 175)
REITERANDO O PENSAMENTO DE RIBEIRO
Onde estão os brasileiros?
Referências
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Editora da USP, Imprensa Oficial do
Estado, 2001, cap. 6, p. 257 – 310.
FRANCISCO FILHO, G. A Educação brasileira no contexto histórico, p. 113-130 (Capítulo 8)
GHIRALDELLI JR., Paulo. História da Educação. p. 163-192 – Capítulo V: A Ditadura Militar
RIBEIRO, M.L.S.. História da Educação Brasileira, p. 178-195 (8o. Capítulo – 2. O significado
da golpe...)
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil, p. 193-216.
SAVIANI, D.. História das idéias pedagógicas no Brasil, pp. 347-371 (Capítulo XI. A educação
na ruptura política para a continuidade sócioeconômica – Capítulo XII. Pedagogia
Tecnicista...)

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Golpe militar e adequação nacional à internacionalização capitalista.

  • 1. Educação Brasileira A educação brasileira no período militar - Unicamp/FE A adequação nacional à internacionalização capitalista 1964 – 1984 A apresentação que se segue propõe discutir, por meio de bibliografia sugerida e outros recursos que serão tomados como objetos de aprendizagem, a adequação nacional à internacionalização capitalista, considerando a educação brasileira no período militar. Para tanto, haja vista as vastas referências e debates que circulam até hoje sobre o tema, partimos das medidas implantadas pelos governos a partir de 1964 no intuito de problematizar as percepções sobre as ideias pedagógicas do período e refletir sobre as políticas públicas atuais.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Para efeito do estudo, serão considerados os governos Marechal Castelo Branco (1964-67) - Sorbonista Marechal Costa e Silva (1967-69) – Linha dura
  • 6. Os Chefes da revolução vitoriosa, graças à ação das Forças Armadas e ao apoio inequívoco da Nação, representam o Povo e em seu nome exercem o Poder Constituinte, de que o Povo é o único titular. AI1
  • 7. Assim, o Presidente da República, na condição de Chefe do Governo revolucionário e comandante supremo das forças armadas, coesas na manutenção dos ideais revolucionários, CONSIDERANDO que o País precisa de tranquilidade para o trabalho em prol do seu desenvolvimento econômico e do bem-estar do povo, e que não pode haver paz sem autoridade, que é também condição essencial da ordem; CONSIDERANDO que o Poder Constituinte da Revolução lhe é intrínseco, não apenas para institucionalizá-la, mas para assegurar a continuidade da obra a que se propôs, Resolve editar o seguinte:[...] AI2
  • 8. CONSIDERANDO ser imperiosa a adoção de medidas que não permitam se frustrem os superiores objetivos da Revolução; CONSIDERANDO a necessidade de preservar a tranquilidade e a harmonia política e social do Pais [...] AI3
  • 9. CONSIDERANDO que a Constituição federal de 1946, além de haver recebido numerosas emendas, já não atende às exigências nacionais; CONSIDERANDO que se tornou imperioso dar ao País uma Constituição que, além de uniforme e harmônica, represente a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução; CONSIDERANDO que somente uma nova Constituição poderá assegurar a continuidade da obra revolucionária;[...] AI4
  • 10. A solução estava em enquadrar o novo presidente dentro de um esquema que garantisse a continuação de sua política anti-comunista, anti- democrática, anti-reformista, anti-desenvolvimentista, e pró-americana. (BASBAUM, Leôncio, s.d.: 181).
  • 11. O significado do golpe militar de 1964 tem que ser buscado não no que era afirmado em palavras, isto é, nos discursos justificadores de tal movimento, e sim nos resultados das medidas implantadas concretamente pelos governos que se seguiram a ele. (RIBEIRO, 1992, p. 156)
  • 13. MEDIDAS ECONÔMICAS DA CONSTITUIÇÃO DE 1967 • Terror econômico consubstanciado; • Reformulação de Lei de Remessas e Lucros; • Lei de Investimentos; • Compra da American Foreign Power; • Garantia da instalação da Companhia de Mineração Hanna.
  • 14. RESULTADO DAS MEDIDAS • Garantia de taxas de lucros às empresas multinacionais; • Empresas pequenas e médias de capital nacional entram em falência; • Dirigentes brasileiros passam a ser cada vez mais o empresariado estrangeiro; • Altíssima taxa de desemprego; • Estado = instrumento político para consolidação de um modelo econômico para a expansão do capitalismo internacional.
  • 15. A situação do ensino em decorrência dos recursos disponíveis
  • 16.
  • 17.
  • 18. RELAÇÕES ENSINO PRIMÁRIO Efeitos sobre os recursos financeiros necessários à organização escolar a partir de 1977
  • 21. TEORIA DA EDUCAÇÃO • Em 9 de abril de 1964, invasão da Universidade de Brasília; • O projeto de Reforma Universitária; • Em 14 de abril de 1964 é extinto o Plano Nacional de Alfabetização; • Criação e aprovação de um novo ordenamento das atividades educacionais; • MEC/USAID.
  • 22. TEORIA DA EDUCAÇÃO • Reação da UNE ao MEC/USAID; • 1968 - Implantação do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização; • Lei 5.540/68 – Ensino Superior; • Lei 4024/61 – Regulação de Recursos; • Lei 5692/71 - Reformulação da LDB.
  • 23. TEORIA DA EDUCAÇÃO Revela-se assim a ênfase na quantidade e não na qualidade, nos métodos (técnicas) e não nos fins (ideais), na adaptação e não na autonomia, nas necessidades sociais e não nas aspirações individuais, na formação profissional em detrimento da cultura geral. (RIBEIRO, M.L.S., p. 170)
  • 24. (...) É lutando para que todos ingressem e permaneçam na escola, é lutando, portanto, para que os obstáculos escolares e sociais mais gerais que dificultam ou impossibilitam tal ingresso e permanência deixem de existir, que será possível construir uma organização escolar de qualidade. (RIBEIRO, M.L.S., p. 175) PARA RIBEIRO
  • 25.
  • 26. • Luis Pereira propõem estabelecer distinção entre o tipo de Estado, as formas de Estado e o regime político. - Estado: Capitalista ou Socialista. - Formas de Estado: Liberal ou Intervencionista. - Regime Político: Nacionalista Liberal, Nacionalista Autoritária, Intervencionista Liberal, e Intervencionista autoritária. ESTADO, REGIME POLÍTICO E DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL PÓS-1930
  • 27. - 1951 até 1964 : marcado pelo Nacionalismo Desenvolvimentista (Pereira) - Morte de Getúlio Vargas (1954) - UDN (União Democrática Nacional) assume o poder. - Café Filho, vice de Getúlio, torna-se presidente - Não era filiado a UDN, mas constitui um ministério de maioria udenista - O Ministro da Fazenda era Eugênio Gudin, que em 1955 instalara a portaria 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) ESTADO, REGIME POLÍTICO E DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL PÓS-193
  • 28. - Juscelino Kubitschek, do PSD (Partido Social Democrático) assume a presidência em 1956. - Baseando-se na Portaria 113, Juscelino dá continuidade a esta política favorável à empresas estrangeiras - Em contra ponto continuava a difundir via ISEB (Instituo Superior de Estudos Brasileiros) a ideologia política do nacionalismo desenvolvimentista - Cenário de Contradição ESTADO, REGIME POLÍTICO E DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL PÓS-193
  • 29. - Pós 2°GM. - Corrida Armamentista. - EUA: National War College. - Brasil, 1949, sob influência estadunidense cria-se a ESG (Escola Superior de Guerra). A ESG e a doutrina da Interdependência
  • 30. - Golbery Couto e Silva - 1952 - integrou o Departamento de Estudos da ESG. - 1961 - Chefe de gabinete da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional. -Na ESG, elaborou uma série de textos que vieram a conformar a Doutrina da Segurança Nacional ou Doutrina da Interdependência. - Baseou-se em uma série de textos editados no livro Geopolítica do Brasil - Geopolítica : “Política feita em decorrência das condições geográficas” - Visão Estratégica da segurança Nacional: - Objetivos Nacionais Permanentes (ONPs) - Objetivos Nacionais Atuais (ONAs) A ESG e a doutrina da Interdependência
  • 31. Desfecho da contradição modelo econômico versus ideologia política: o regime militar • ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros) • Nacionalismo Desenvolvimentista • ESG (Escola Superior de Guerra) • Doutrina da Interdependência Diferentes Ideologias
  • 32. Governos JK e Jânio Quadros • Política de substituição de importações gerou “calmaria política”, pois unia os diferentes grupos sociais em um mesmo objetivo; • Esgotamento da substituição de importações e diferenças entre a burguesia (buscando a consolidação) e o operariado (nacionalização da indústria e reformas de base) se tornam mais evidentes
  • 33. Governos JK e Jânio Quadros • Jânio Quadros é eleito pela UDN, mas segue uma agenda política própria, voltada ao nacional desenvolvimentismo, oposta ao partido. Perde apoio e renuncia em 1961. • O vice João Goulart assume. Primeiro nome do PTB, é chamado por Saviani de “a personificação da contradição” política.
  • 34. Governos JK e Jânio Quadros • Se equilibrou até 1964 a partir de medidas a favor das duas ideologias. • Quando guinou para a esquerda e apelou às massas, sofreu o golpe. • Deposição de João Goulart
  • 35. Resolução do conflito • Com o golpe, o conflito acabou a partir da imposição dos militares da ideologia da doutrina da interdependência, aliando a ideologia política ao modelo econômico capitalista. • Como a ruptura foi apenas política, a educação não sofreu mudanças na lei (LDB, 1961). Ajustou-se a educação ao modelo capitalista de mercado e à doutrina de interdependência.
  • 36. Resolução do conflito • Com o golpe, o conflito acabou a partir da imposição dos militares da ideologia da doutrina da interdependência, aliando a ideologia política ao modelo econômico capitalista. • Como a ruptura foi apenas política, a educação não sofreu mudanças na lei (LDB, 1961). Ajustou-se a educação ao modelo capitalista de mercado e à doutrina de interdependência.
  • 37. Desfecho da contradição modelo econômico versus ideologia política: o regime militar • (...) se os empresários nacionais e internacionais, as classes médias, os operários e as forças de esquerda se uniram em torno da bandeira da industrialização, as razões que os moveram na mesma direção eram divergentes. (SAVIANI, 2013, p. 362) • Na medida em que se ia consolidando o processo de industrialização, foi ocorrendo uma progressiva reacomodação dos grupos envolvidos. (SAVIANI, 2013, p. 363)
  • 38. Desfecho da contradição modelo econômico versus ideologia política: o regime militar • (...) revolução traz a ideia de ruptura (...) a ruptura deu-se no nível político e não no âmbito socioeconômico. (...) a ruptura política foi necessária para preservar a ordem socioeconômica, pois se temia que a persistência dos grupos que então controlavam o poder política formal viesse a provocar uma ruptura no plano socioeconômico. (SAVIANI, 2013, p. 364) REVOLUÇÃO DE 1964 Revolução social Mudança política radical AUSÊNCIA DE...
  • 39. • Lei n. 4.024/20 de dezembro de 1961: os primeiros títulos não foram revogados pós 64 porque já enunciavam as diretrizes a serem seguidas, marcada pelo modelo econômico do capitalismo de mercado. • Fórum “A educação que nos convém”, 1968 • Reforma universitária (lei n. 5.540/1968) • Parecer CFE n. 77/69 regulamentando a implantação da pós- graduação • Lei n. 5.692/71 – pedagogia tecnicista • Parecer CFE n. 252 introduz as habilitações técnicas no curso de pedagogia Emergência e predominância da concepção produtivista da educação
  • 40. • Na década de 1990, já refuncionalizada, a visão produtivista, suplantando a ênfase na qualidade social da educação que marcou os projetos de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) na Câmara Feral, constituiu-se na referência para o Projeto Darcy Ribeiro. (SAVIANI, 2013, p. 365) • Este projeto transformou-se na LDB, sendo patrocinado pelo MEC; • O mesmo projeto orientou os dispositivos da LDB, culminando no novo Plano Nacional da Educação (PNE)/2001. • E por que não pensar a Base Nacional Comum Curricular (BNC) sobre o mesmo viés? Emergência e predominância da concepção produtivista da educação
  • 41. (...) É lutando para que todos ingressem e permaneçam na escola, é lutando, portanto, para que os obstáculos escolares e sociais mais gerais que dificultam ou impossibilitam tal ingresso e permanência deixem de existir, que será possível construir uma organização escolar de qualidade. (RIBEIRO, M.L.S., p. 175) REITERANDO O PENSAMENTO DE RIBEIRO
  • 42. Onde estão os brasileiros?
  • 43. Referências FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Editora da USP, Imprensa Oficial do Estado, 2001, cap. 6, p. 257 – 310. FRANCISCO FILHO, G. A Educação brasileira no contexto histórico, p. 113-130 (Capítulo 8) GHIRALDELLI JR., Paulo. História da Educação. p. 163-192 – Capítulo V: A Ditadura Militar RIBEIRO, M.L.S.. História da Educação Brasileira, p. 178-195 (8o. Capítulo – 2. O significado da golpe...) ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil, p. 193-216. SAVIANI, D.. História das idéias pedagógicas no Brasil, pp. 347-371 (Capítulo XI. A educação na ruptura política para a continuidade sócioeconômica – Capítulo XII. Pedagogia Tecnicista...)

Notas do Editor

  1. https://www.youtube.com/watch?v=YqDgaGNDads – basta clicar na imagem https://www.youtube.com/watch?v=XErbAfe0lJI
  2. Clicar na imagem e ir para o vídeo resumo do período
  3. Em praticamente todas as áreas de atuação, o governo Castello Branco manteve-se fiel ao que poderíamos chamar de ideal sorbonista: o de promover, via integração institucional, o modelo de civilização realizado pelos países centrais do sistema capitalista. Assim, também na área política. No entender dos sorbonistas, um regime liberal-democrático moderno precisaria possuir, no mínimo, três virtudes: 1) agilidade nos processos decisórios; 2) capacidade de controlar as ameaças de subversão da ordem; 3) garantir aos partidos políticos o direito efetivo de se alterarem no poder mediante livre disputa eleitoral. Evidentemente, o regime de 46 deixava a desejar em cada um desses pontos. (CRUZ E MARTINS, 1983, pp. 18-19)
  4. AMANDA
  5. https://www.youtube.com/watch?v=YRzE78zb2_w
  6. https://www.youtube.com/watch?v=YRzE78zb2_w
  7. https://www.youtube.com/watch?v=YRzE78zb2_w
  8. O artigo cita, entre os principais pontos da política educacional defendida no Fórum, os seguintes: “ênfase nos elementos dispostos pela ‘teoria do capital humano’; na educação como formação de recursos humanos para o desenvolvimento econômico dentro dos parâmetros da ordem capitalista; na função de sondagem de aptidões e iniciação para o trabalho atribuída ao primeiro grau de ensino; no papel do ensino médio de formar, mediante habilitações profissionais, a mão de obra técnica requerida pelo mercado de trabalho; na diversificação do ensino superior, introduzindo-se cursos de curta duração voltados para o atendimento da demanda de profissionais qualificados.”
  9. http://avaliacaoeducacional.com/category/os-novos-reformadores/estreitamento-curricular/
  10. PORTANTO NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS PELA HISTÓRIA QUE CRIAMOS...
  11. Retomar a conclusão da ribeiro