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GRUPO DE TENDÊNCIA
“TODO PODER ÀS/AOS ESTUDANTES!”
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“Somente a/o ferroviária/o sabe como melhor administrar as suas ferrovias.”
Esta cartilha tem por objetivo fazer uma análise do movimento estudantil e, a partir disso, trabalhar quais caminhos nós estudantes
devemos tomar para que o movimento deixe de ser subordinado a interesses individuais, políticos, de direções, governos etc. e torne-se um
movimento classista, autônomo, revolucionário, utilizando da democracia direta e da ação direta como estratégia de luta. A cartilha está
dividida em:
• Análise de situação histórica.
• Movimento estudantil ontem e hoje.
• Realidade do colégio Pedro II.
• Princípios da tendência “Nós da base”.
• Objetivos e metas da tendência.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................. Pág.2
ANÁLISE DE SITUAÇÃO HISTÓRICA ................................................ Pág.4
O MOVIMENTO ESTUDANTIL ONTEM E HOJE ............................... Pág.5
A REALIDADE DO COLÉGIO PEDRO II ............................................. Pág.7
PRINCÍPIOS DA TENDÊNCIA “NÓS DA BASE” ................................. Pág.8
TENDÊNCIA .................................................................................... Pág.9
“VIVEMOS EM TEMPOS DE
NEOLIBERALISMO, OU DITO DE OUTRA
FORMA, VIVEMOS TEMPOS DE ASCENSÃO
DE ACUMULAÇÃO DOS CAPITALISTAS E DE
DECLÍNIO DE ORGANIZAÇÃO DA CLASSE.”
Os atuais governos e futuros
governos — representados nos
partidos, ditos de esquerda ou
direita tentam desarticular os
movimentos sociais e de base com
um objetivo estratégico e
intencional que é a geração de
ignorância política e econômica
dos 99% da
população. Muitas
vezes, devido à
f a l t a d e
reconhecimento, à
mídia, à falta de
c o m p a n h e i r a s /
companheiros de luta no nosso
círculo de amizades etc. nós
pensamos estar sozinhas/sozinhos
(até loucas/loucos) e que não
somos capazes de alterar o nosso
atual quadro de desigualdades e
de falsas promessas. O nosso
o b j e t i v o é a j u d a r a s / o s
companheiras/os do movimento
estudantil a encontrarem pessoas
que as acompanhe e pensem
parecido (fim do emparelhamento
partidário no movimento social e
estudantil, conscientização da
base, ação direta, auto-gestão),
permitindo a ampliação do
debate.
“APÓS A CRISE DO CAPITAL NA DÉCADA
DE 70 O CAPITALISMO PRECISOU SE
REORIENTAR PARA SE DESENVOLVER,
TENDO EM VISTA O ESGOTAMENTO DO
FORDISMO-KEYNESIANO.”
Com o aumento nos preços
do petróleo os EUA teve sua
economia muito prejudicada e o
mundo todo sentiu essa crise.
Nesse momento, o “Welfare
State” (Estado de bem-estar
social), surgido logo após a crise
de 1929, começou a ser
questionado na Europa e depois
no mundo e ocorreu a ascensão
da retomada do liberalismo
(mínima intervenção do estado na
economia, garantia de segurança
ao capital, flexibilidade das leis
trabalhistas e sociais etc.) num
novo contexto histórico, o que
f i c o u c o n h e c i d o c o m o
“neoliberalismo”.
O Toyotismo (modo de
produção em contraposição do
Fordismo baseado em alguns
princípios como: a dinamização
da produção e dos produtos;
utilização de novas tecnologias;
produção sobre encomenda “Just
-in-time”, o que impediria futuras
crises de estoque; etc.) juntamente
com a nova D IT (Divisão
internacional do Trabalho) também
encontraram um “bom terreno”
para se desenvolverem nesse
período mundial pós-1970.
Com essas novas mudanças
mundiais as economias em todo
globo deram um “BOOM”, mas as/os
trabalhadoras/es e estudantes não
foram chamados para o lado dos
privilegiados – os mesmos só eram
chamados paras as festas nas
propagandas do próprio sistema
para eleições, manutenção da
“ordem” vigente etc. As/os
trabalhadoras/os e estudantes não
foram atendidos porque continuava
a existir o princípio do capitalismo,
ou seja, a dominação de pessoas
sobre pessoas, econômica e
politicamente.
“A S E G UN D A C A R A CT E RÍ S TI CA
DIALETICAMENTE VINCULADA É A
ORIENTAÇÃO NEOLIBERAL QUE OPERA
UMA SÉRIE DE MEDIDAS PARA FAVORECER
O LIBERALISMO ECONÔMICO. DENTRE
ELAS PODERIAM SE DESTACAR:
FLEXI BILIZ AÇ ÃO D OS DIRETO S
TRABALHISTAS, FINANCEIRIZAÇÃO DA
E C O N O M I A , C A N A L I Z A Ç Ã O D A
PREVIDÊNCIA E FUNDOS DE PENSÃO PARA
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL, PRIVATIZAÇÃO
DE DIVERSOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO
E SERVIÇOS, TRANSFORMAÇÃO DAS
UNIVERSIDADES EM ESPAÇO DE
AMPLIAÇÃO DO CAPITAL E QUALIFICAÇÃO
DE MÃO-DE-OBRA SUPEREXPLORADA,
AMPLIAÇÃO DA EXPLORAÇÃO TANTO
OBJETIVA QUANTO RELATIVA ETC.”
No Brasil os governos FHC
(Fernando Henrique Cardoso) e do
P T f o r a m e x e m p l o s d o
neoliberalismo e seus mecanismos
para por em prática o sistema
neoliberal. Por exemplo: o
sucateamento das escolas públicas
e setores públicos; privatização de
empresas estatais; favorecimento
de órgãos terceirizados e privados
tanto na rede de saúde e de
ensino; retaliação e intransigência
com as greves dos trabalhadores e
movimentos sociais; favorecimento
ANÁLISE DE SITUAÇÃO
HISTÓRICA
99%
Países
centrais
Produtos primários; Prod.
Industrializados; capitais:
juros, royal es e lucros.
Países
periféricos e
semiperiféricosProd. Industrializados
(geralmente de alta
tecnologia); capitais
(emprés mos,
inves mentos,
NOVA DIT
de grandes grupos empresariais;
entre outros.
O movimento estudantil brasileiro
desde os anos 80 foi e é dominado
pela prática política das correntes
estudantis ligada ao Partido dos
Trabalhadores e ao Partido
Comunista do Brasil (PCdoB). Desde
então, serve para a inserção na
política institucional e para
arregimentar quadros para os
partidos eleitoreiros. Lindberg Farias,
Orlando Costa, Renildo Calheiros,
Fernando Gusmão e Aldo Rebelo
são alguns exemplos desta política.
Hoje, a UNE (União Nacional dos
REFERÊNCIA:
(Fragmentos re;rados de: Tese
apresentada ao I Congresso da
Coordenação Nacional de Lutas
(CONLUTAS), ocorrido nos dias 3 a 6 de
julho de 2008, na cidade de Be;m-MG.) .
Adaptado.
Estudantes) comandada pela UJS/
PCdoB apoia e formula políticas
para o Ministério da Educação
(exemplo dessa coligação temos o
apoio da UNE as propagandas de
voluntários para a copa .
A UNE, assim como a estrutura
sindical oficial e corporativista,
nasceu em pleno Estado Novo, em
1937. Desde então, ela foi
hegemonizada pelos partidos
burgueses, correntes políticas da
esquerda reformista e da Igreja
Católica. Assim, em seu segundo
congresso elege como Presidente
de honra, Getúlio Vargas. Em 1947,
sob a hegemonia do Partido
Socialista Brasileiro (PSB), participa
da campanha "O Petróleo é
Nosso".
Após a participação da direita,
inicia-se na entidade um período
de ascensão das organizações
católicas de esquerda. Começa
com Aldo Arantes e depois
culmina na vitória para presidente
de José Serra, militante da Ação
Popular (AP). Esta organização
havia surgido de uma dissidência
entre a hierarquia religiosa e o
grupo da Juventude Universitária
Católica (JUC).
No período que vai de 1964 -73
podemos identificar a UNE como
uma organização coirmã das/dos
trabalhadoras/trabalhadores e
camponesas/camponenses. As
organizações revolucionárias
como VAR-Palmares (Vanguarda
Popular Revolucionária) e ALN
(Aliança Libertadora Nacional)
passam atuar no movimento
estudantil. Vários das/dos
militantes dessas organizações
revolucionárias morreram em
combate contra a ditadura civil-
militar (1964-89). Desde o início da
Ditadura até o ano de 1973, o
movimento estudantil atou em
colaboração com o movimento
das trabalhadoras/trabalhadores e
camponesas/es e combateu a
política educacional da ditadura
expressa nos acordos MEC-USAID.
A repressão ao Congresso de
Ibiúna/MG em 1968 decretou a
p e r s e g u i ç ã o p o l í t i c a a o
m o v i m e n t o e s t u d a n t i l ,
principalmente das correntes
classistas e combativas. Foi uma
das primeiras ações da ditadura
para endurecer o regime, para
controlar o avanço das ideias
revolucionárias dentro da UNE e
do Movimento Estudantil. Uma
ação político-militar, realizada
principalmente depois do AI-5, e
com a reformulação total da
organização universitária para
dificultar a organização do
movimento estudantil.
A refundação da UNE em 1979
já se dá em um quadro
completamente diferente. A
esquerda revolucionária que
participara da luta armada (1968-
75) já havia sido derrotada e não
representava nenhuma influência
no Movimento Estudantil. O modelo
universitário de 68 já estava
consolidado. A partir de então, a
e n t i d a d e p a s s a a s e r
hegemonizada pelo PT e,
principalmente, pelo PCdoB –
através da UJS (União da Juventude
Socialista). Os setores reformistas
refundaram a UNE e mantiveram
sua característica corporativista.
Iniciaram a prática de encontros
nacionais por região que serviu
como elemento desorganizador
para os movimentos das regiões dos
encontros. Ao mesmo tempo
burocratizavam os congressos de
base.
A partir de então a concepção
política hegemônica não entende
as/os estudantes como uma fração
da classe da trabalhadora capaz
de se organizar e criar um
movimento de massa e classista. O
movimento abdica de ter suas
bandeiras reivindicativas e de se
O MOVIMENTO
ESTUDANTIL ONTEM E
aliar aos outros setores da classe
para construção de greves gerais.
Passa-se então para a prática
política policlassista. As correntes
estudantis reformistas ficavam à
reboque de bandeiras partidárias
de colaboração de classe. Isso
levou a defesa do modelo de
Universidade da ditadura civil-militar,
que tanto as/os estudantes de 68
lutaram contra. Ou seja, ao invés de
construir na base do Movimento
Estudantil a reivindicação pelo
acesso livre, reivindicando o voto
universal em todas as instâncias e
um outro modelo de gestão que
não o departamental, transformou
em fetiche o jargão "público,
gratuito e de qualidade”.
A política de capitulação
definitiva da UNE pode ser vista no
movimento dos "caras pintadas". A
entidade foi às ruas contra a
c o r r u p ç ã o e p e d i n d o o
impeachment de Fernando Collor,
demonstrando toda sua política
policlassista e suas bandeiras
burguesas.
Os congressos da entidade se
burocratizavam cada vez mais e
não representavam a base das/dos
estudantes. O movimento estudantil
p a s s o u p o r u m a i m e n s a
desmoralização, uma vez que servia
de trampolim político-partidário.
O a p o d e r a m e n t o d e
estudantes de direções de
entidades através de eleições
forjadas e viciadas, com a UJS/
PCdoB agindo de forma
semelhante a um Sindicalismo
Mafioso, tornou-se prática
corriqueira.
Nos Movimento de Áreas do
brasil, a adoção de Encontros
ajudou a desorganizá-los com
plenárias finais despolitizadas e
s e m n en h u m cr ité ri o d e
d e l e g a ç ã o . As p l e n á r i a s
transformaram-se em disputas de
bandeiras políticas partidárias de
c o r r e n t e s e s t u d a n t i s ,
transformando executivas e
federações em meras correias de
transmissões dos partidos. O
movimento estudantil, assim como
o sindical, ficou subordinado à luta
parlamentar, institucional, e deixou
de se organizar, discutir suas
questões e as alianças com as
outras frações da classe.
A d e s o r g a n i z a ç ã o e
centralização/burocratização com
a Política Policlassista dos
r e f o r m i s t a s , a j u d a r a m
continuamente a enfraquecer o
Movimento Estudantil – e distanciá-
lo da luta das/dos trabalhadoras/
es do campo e da cidade,
r e f o r ç a n d o s u a c o n d u t a
corporativista. Tal como o
m o v i m e n t o s in d i ca l , n ã o
conseguiu destruir a estrutura
oficial. Isso significou a contínua
evolução das práticas legalistas
de ação e as práticas cupulistas
de decisão.
A política de capitulação da
UNE se intensificou no governo
FHC. Na greve de 2001, a
entidade só aderiu ao movimento
quando o governo acabou com o
monopólio da confecção de
carteiras de estudantes para meia
-entrada. A eleição de Lula em
2002 só veio expor claramente
esta situação, uma vez que a UNE,
t ot alment e burocratizada,
começou a servir de Secretaria da
Juventude do Ministério da
Educação. Inclusive, fazendo
p a r t e d o C o n s e l h o d e
Desenvolvimento Econômico e
Social.
A partir de então, o PSTU puxa
uma ruptura com a UNE e forma a
Coordenação Nacional de Lutas
Estudantis (CONLUTE). Apesar de
sair da entidade, o Partido teve
uma concepção e prática
policlassista para o Movimento
Estudantil, mantendo as práticas
p o l í t i c a s g o v e r n i s t a s e a
colaboração de classe. Com isso
mantém uma política de aliança
com o PSOL, que faz parte da atual
diretoria da UNE. A CONLUTE nunca
se consolidou. Mesmo com os
pedidos humilhantes do PSTU o PSOL
nunca aderiu à entidade. Embora
atue com a mesma concepção, o
PSOL tem uma ação mais
destruidora para o movimento, pois
sua colaboração de classe sempre
foi feita sem constrangimentos. Sem
nenhuma vergonha, todas as
correntes ligadas ao partido
liquidaram as recentes mobilizações
estudantis de massa. O objetivo
principal sempre foi se concentrar
em tentar fazer uma débil oposição
parlamentar à UJS na UNE, através
da Frente de Oposição de Esquerda
(FOE) - frente essa que já acabou.
Por sua vez, a política do PSTU de
aliança com este setor só conduz o
movimento para sua total
desmobilização e desorganização.
Não rompe definitivamente com a
UNE e com o governismo. Não por
acaso foram estas correntes que
acabaram com a Ocupação da
USP e da UnB, além de terem
apostado todas suas fichas na
mobilização legalista, por dentro
dos conselhos universitários, contra o
REUNI. Elas não acreditam na
capacidade de mobilização e
ação das/dos estudantes.
O Movimento Estudantil, para o
setor majoritário, é puro aliciamento
partidário. Para esse setor, a/o
estudante serve apenas de "boiada"
em atividades específicas, tal qual
a prática parlamentar dos Partidos.
Procuram as/os estudantes para
representá-las/os e não para trazer
estes para a luta reivindicativa. Um
e x e m p l o d e s t a p o l í t i c a
colaboracionista foi a adoção, no
Congresso de Betim da CONLUTAS,
de uma limitação de 10% no peso
da participação estudantil. Essa
medida leva o Movimento Estudantil
a se distanciar da aliança com
o u t r a s f ra ç õ e s da c l a s s e
trabalhadora.
Como consequência, temos a
política equivocada do setor
majoritário da CONLUTAS, de
convocar um congresso para
formar uma entidade semelhante a
UNE. Os Diretórios Acadêmicos,
DCE’s e Executivas de Cursos
devem estar em uma Central de
Classe e não em organização como
a UNE!
Por isso, é mais do que necessário
organizar o movimento estudantil
com uma verdadeira mobilização
pela base. E romper definitivamente
com a UNE e os para-governistas.
As práticas policlassistas do
Parlamentarismo Estudantil que
assolam o Movimento Estudantil
desde a década de 80 devem ser
destruídas. Precisamos construir um
movimento classista e combativo
que leve para as ruas bandeiras
como acesso livre, fim dos cursos
pagos e voto universal em todas
as instâncias.
Como dito anteriormente o
setor partidário não acredita na
capacidade de mobilização da
base das/dos estudantes e
também veem nas/nos estudantes
possibilidades de aumentar seu
campo de eleitora/es. Devido a
isso os partidários desejam e
tentam subordinar o Movimento
Estudantil as suas direções de
partidos/vanguardas ignorando a
vontade das bases do movimento
– entendemos como base as
pessoas que estão dentro da
realidade que dá origem/mantém
o movimento social (no nosso
caso, o movimento estudantil),
sabendo essa base a melhor
forma de como se gerir, pois só ela
m e l h o r e n t e n d e s u a s
necessidades.
Essa infiltração acaba levando
a perda de caráter tornando o ME
mero comício partidário que não
s e i m p o r t a m c o m a
conscientização de base e sim
com fortalecimento do eleitorado/
partido. Essa triste realidade deixa
o ME (assim como todos os
movimentos sociais na qual
podemos ver o emparelhamento)
desmobilizado e enfraquecido,
pois o movimento perde seu
caráter.
O campus Realengo passa por
esse período de desmobilização
do ME tendo duas correntes de
grande influência: o partidarismo e
o conservadorismo. Essas duas
correntes tentam criar dentro da
unidade uma realidade baseada
n a d o m i n a ç ã o d a s / d o s
estudantes. Essa dominação se
propaga nas regras, posturas,
morais impostas (sem qualquer
consulta/conscientização prévia),
burocracias e toda questão
psicológica (de dominação) que
estes acarretam.
A/o aluna/aluno se sente
desmobilizado e insatisfeito e
não consegue se organizar,
pois estas correntes criam
todos os mecanismos
de desmobilização,
como a difamação, a
chacota, as punições e
impedimentos (boicote
de informação, de
participação etc.).
Mesmo insatisfeita/
insatisfeito a/o aluna/
aluno “vendo-se sozinha/
o” acaba dissolvendo-se
e alienando-se (alienação
ocorre quando todas as
forças de um indivíduo são
gastas em prol de outro/
classe e este indivíduo acaba
incorporando a realidade
dessa outra classe no seu
d i a - a - d i a s e m s e
preocupar com sua
realidade ou de sua
classe).
O m o v i m e n t o
estudantil nasce da
mobilização das
m a s s a s , d a
organização de
baixo para cima; é a
expressãooprimidos contra a
r e p r e s s ã o v i n d a d o s
dominadores, utilizando da sua
força para a derrota destes
REFERENCIA:
(CONSTRUINDO O MOVIMENTO
ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVO —
TESES DE CONSTRUÇÃO 2008-2010)
A REALIDADE DO COLÉGIO PEDRO II
opressores. Nós nos vemos como classe dominada e explorada, e
devemos lutar junto com a classe trabalhadora pela nossa
emancipação. das oprimidas e
É necessário que haja o apoderamento de nossas lutas por todas
e todos aquelas/aqueles que são explorados, dominados e
massacrados na nossa sociedade, seja pelo machismo/patriarcado,
eurocentrismo/racismo, pela propriedade privada, pela
heteronormatividade/cis-normatividade etc. É necessário que a luta seja
emponderada pela mulher, pela negra e negro, pelas/os sem-teto, pelas
moradoras e moradores de favela, pelos povos indígenas etc. Portanto, é
necessáro criar um movimento estudantil de baixo para cima!
TODO PODER AO MOVIMENTO ESTUDANTIL!
A NOSSA LUTA É TODO DIA COM AÇÃO DIRETA, APOIO
MÚTUO E AUTONOMIA!
PELO FIM DA DOMINAÇÃO E PELA DEMOCRACIA DIRETA!
PRINCÍPIOS DA TENDÊNCIA
“NÓS DA BASE”
ANTICAPITALISMO
Por ser o capitalismo (sistema
político-econômico-social baseado nas
noções de propriedade privada dos
meios de produção, no trabalho
alienado, na exploração, dominação e
coerção) perpetuador da miséria,
sofrimento e morte da maior parte da
população para manter uma minoria
com riqueza, luxo e poder. É necessário
o fim deste sistema e a construção de
um novo, na qual a classe dominada e
explorada controle os meios de
produção, possam se organizar e tomar
suas próprias decisões, sem se subordinar
APOIO MÚTUO:
Por acreditarmos que o
movimento estudantil deve ser um
movimento de base classista, ele deve
buscar a fraternidade com todos os
outros movimentos de base dando
apoio e recebendo ajudas para que
p o s s a m o s j u n t o s c o m n o s s a s
companheiras e companheiros de luta
criar uma luta amistosa e forte. O
movimento estudantil (como todos os
outros movimentos sociais) é formado
por luta e estudo, portanto a
a p r o x i m a ç ã o c o m o s o u t r o s
movimentos nos ajuda a estudarmos a
realidade para assim podermos lutar de
forma coerente, sem perder a
autonomia estudantil do movimento.
AÇÃO DIRETA:
Apoiamos a ação direta como
forma de luta e pressão aqueles que nos
dominam e nos oprimem. Acreditamos
que devemos conseguir nossas
reinvindicações com paralizações,
b o i c o t e s , g r e v e s , p a s s e a t a s ,
manifestações etc. Precisamos ter um
movimento contrário à ação indireta, ou
seja, fazer um movimento contrário às
ações que utilizam dos meios
intermediários burocráticos. Não
podemos recorrer a parlamentos,
candidatos, direções/reitorias ou qualquer
outro meio na qual o movimento fique
subordinado a entidades de fora.
Devemos pressionar quem nos domina
com organização e luta!
DEMOCRACIA DIRETA:
Há necessidade (para que o
movimento tenha seu real caráter
emancipador) que ele seja construído
pela base. Isso significa que todas as
decisões que cabem ao ME devem ser
feitas em assembleia na qual todos as/os
estudantes tenham direito a voz e a voto.
Lutamos pelo fim do domínio e alienação,
portanto não podemos deixar que alguns
tomem as decisões para sí (submetendo o
movimento a suas ideologias e
necessidades), mesmo que esses digam
ser iluminados e conhecedores toda a
necessidade do movimento.
TENDÊNCIA
A tendência tem como objetivo coordenar as forças das/dos estudantes conscientes e com uma afinidade definida, para que essas
alunas/alunos possam agir dentro do movimento estudantil de forma organizada sem que tenham a insatisfação de serem rechaçadas/os
e perseguidas/os pelos autoritários. A tendência não tem como objetivo substituir o movimento social (como fazem partidos, direções,
governos quando emparelham o movimento) e sim atuar dentro dele buscando trabalhar no movimento estudantil nossos princípios (se
adaptando a realidade e integrando a realidade a tendência). O "Nós da base" quer despertar dentro do movimento estudantil todos os
ideias que constituem um movimento classista e autogestionário para que o sonho de construirmos uma sociedade de Poder Popular esteja
mais próximo.
A tendência "Nós da base" é um grupo de estudantes do CPII-Realengo que surgiu a partir da indignação coletiva sobre o sistema
explorador capitalista e a invasão de partidos e organizações que deturparam o objetivo do movimento estudantil. Nós não somos
vanguarda, nem centralistas. Nós acreditamos na força da base, acreditamos num movimento popular na qual não estejamos subjugados
a nada nem ninguém.
Poder popular!
Autogestão!
Movimento de base!
A FORÇA COLETIVA BEM COORDENADA, NA QUAL TODAS/TODOS ESTÃO BEM CONSCIENTES DO USO DE
SUAS FORÇAS CONSEGUE FAZER O QUE A FORÇA INDIVIDUAL OU DESCOORDENADA NÃO FAZ EM UMA
INFINITUDE DE TEMPO.

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Nós da base

  • 1. ´ GRUPO DE TENDÊNCIA “TODO PODER ÀS/AOS ESTUDANTES!” Facebook: Tendência Nós da Base Email: nosdabase@gmail.com
  • 2. “Somente a/o ferroviária/o sabe como melhor administrar as suas ferrovias.” Esta cartilha tem por objetivo fazer uma análise do movimento estudantil e, a partir disso, trabalhar quais caminhos nós estudantes devemos tomar para que o movimento deixe de ser subordinado a interesses individuais, políticos, de direções, governos etc. e torne-se um movimento classista, autônomo, revolucionário, utilizando da democracia direta e da ação direta como estratégia de luta. A cartilha está dividida em: • Análise de situação histórica. • Movimento estudantil ontem e hoje. • Realidade do colégio Pedro II. • Princípios da tendência “Nós da base”. • Objetivos e metas da tendência.
  • 3. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................. Pág.2 ANÁLISE DE SITUAÇÃO HISTÓRICA ................................................ Pág.4 O MOVIMENTO ESTUDANTIL ONTEM E HOJE ............................... Pág.5 A REALIDADE DO COLÉGIO PEDRO II ............................................. Pág.7 PRINCÍPIOS DA TENDÊNCIA “NÓS DA BASE” ................................. Pág.8 TENDÊNCIA .................................................................................... Pág.9
  • 4. “VIVEMOS EM TEMPOS DE NEOLIBERALISMO, OU DITO DE OUTRA FORMA, VIVEMOS TEMPOS DE ASCENSÃO DE ACUMULAÇÃO DOS CAPITALISTAS E DE DECLÍNIO DE ORGANIZAÇÃO DA CLASSE.” Os atuais governos e futuros governos — representados nos partidos, ditos de esquerda ou direita tentam desarticular os movimentos sociais e de base com um objetivo estratégico e intencional que é a geração de ignorância política e econômica dos 99% da população. Muitas vezes, devido à f a l t a d e reconhecimento, à mídia, à falta de c o m p a n h e i r a s / companheiros de luta no nosso círculo de amizades etc. nós pensamos estar sozinhas/sozinhos (até loucas/loucos) e que não somos capazes de alterar o nosso atual quadro de desigualdades e de falsas promessas. O nosso o b j e t i v o é a j u d a r a s / o s companheiras/os do movimento estudantil a encontrarem pessoas que as acompanhe e pensem parecido (fim do emparelhamento partidário no movimento social e estudantil, conscientização da base, ação direta, auto-gestão), permitindo a ampliação do debate. “APÓS A CRISE DO CAPITAL NA DÉCADA DE 70 O CAPITALISMO PRECISOU SE REORIENTAR PARA SE DESENVOLVER, TENDO EM VISTA O ESGOTAMENTO DO FORDISMO-KEYNESIANO.” Com o aumento nos preços do petróleo os EUA teve sua economia muito prejudicada e o mundo todo sentiu essa crise. Nesse momento, o “Welfare State” (Estado de bem-estar social), surgido logo após a crise de 1929, começou a ser questionado na Europa e depois no mundo e ocorreu a ascensão da retomada do liberalismo (mínima intervenção do estado na economia, garantia de segurança ao capital, flexibilidade das leis trabalhistas e sociais etc.) num novo contexto histórico, o que f i c o u c o n h e c i d o c o m o “neoliberalismo”. O Toyotismo (modo de produção em contraposição do Fordismo baseado em alguns princípios como: a dinamização da produção e dos produtos; utilização de novas tecnologias; produção sobre encomenda “Just -in-time”, o que impediria futuras crises de estoque; etc.) juntamente com a nova D IT (Divisão internacional do Trabalho) também encontraram um “bom terreno” para se desenvolverem nesse período mundial pós-1970. Com essas novas mudanças mundiais as economias em todo globo deram um “BOOM”, mas as/os trabalhadoras/es e estudantes não foram chamados para o lado dos privilegiados – os mesmos só eram chamados paras as festas nas propagandas do próprio sistema para eleições, manutenção da “ordem” vigente etc. As/os trabalhadoras/os e estudantes não foram atendidos porque continuava a existir o princípio do capitalismo, ou seja, a dominação de pessoas sobre pessoas, econômica e politicamente. “A S E G UN D A C A R A CT E RÍ S TI CA DIALETICAMENTE VINCULADA É A ORIENTAÇÃO NEOLIBERAL QUE OPERA UMA SÉRIE DE MEDIDAS PARA FAVORECER O LIBERALISMO ECONÔMICO. DENTRE ELAS PODERIAM SE DESTACAR: FLEXI BILIZ AÇ ÃO D OS DIRETO S TRABALHISTAS, FINANCEIRIZAÇÃO DA E C O N O M I A , C A N A L I Z A Ç Ã O D A PREVIDÊNCIA E FUNDOS DE PENSÃO PARA ACUMULAÇÃO DE CAPITAL, PRIVATIZAÇÃO DE DIVERSOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO E SERVIÇOS, TRANSFORMAÇÃO DAS UNIVERSIDADES EM ESPAÇO DE AMPLIAÇÃO DO CAPITAL E QUALIFICAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA SUPEREXPLORADA, AMPLIAÇÃO DA EXPLORAÇÃO TANTO OBJETIVA QUANTO RELATIVA ETC.” No Brasil os governos FHC (Fernando Henrique Cardoso) e do P T f o r a m e x e m p l o s d o neoliberalismo e seus mecanismos para por em prática o sistema neoliberal. Por exemplo: o sucateamento das escolas públicas e setores públicos; privatização de empresas estatais; favorecimento de órgãos terceirizados e privados tanto na rede de saúde e de ensino; retaliação e intransigência com as greves dos trabalhadores e movimentos sociais; favorecimento ANÁLISE DE SITUAÇÃO HISTÓRICA 99% Países centrais Produtos primários; Prod. Industrializados; capitais: juros, royal es e lucros. Países periféricos e semiperiféricosProd. Industrializados (geralmente de alta tecnologia); capitais (emprés mos, inves mentos, NOVA DIT
  • 5. de grandes grupos empresariais; entre outros. O movimento estudantil brasileiro desde os anos 80 foi e é dominado pela prática política das correntes estudantis ligada ao Partido dos Trabalhadores e ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Desde então, serve para a inserção na política institucional e para arregimentar quadros para os partidos eleitoreiros. Lindberg Farias, Orlando Costa, Renildo Calheiros, Fernando Gusmão e Aldo Rebelo são alguns exemplos desta política. Hoje, a UNE (União Nacional dos REFERÊNCIA: (Fragmentos re;rados de: Tese apresentada ao I Congresso da Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS), ocorrido nos dias 3 a 6 de julho de 2008, na cidade de Be;m-MG.) . Adaptado. Estudantes) comandada pela UJS/ PCdoB apoia e formula políticas para o Ministério da Educação (exemplo dessa coligação temos o apoio da UNE as propagandas de voluntários para a copa . A UNE, assim como a estrutura sindical oficial e corporativista, nasceu em pleno Estado Novo, em 1937. Desde então, ela foi hegemonizada pelos partidos burgueses, correntes políticas da esquerda reformista e da Igreja Católica. Assim, em seu segundo congresso elege como Presidente de honra, Getúlio Vargas. Em 1947, sob a hegemonia do Partido Socialista Brasileiro (PSB), participa da campanha "O Petróleo é Nosso". Após a participação da direita, inicia-se na entidade um período de ascensão das organizações católicas de esquerda. Começa com Aldo Arantes e depois culmina na vitória para presidente de José Serra, militante da Ação Popular (AP). Esta organização havia surgido de uma dissidência entre a hierarquia religiosa e o grupo da Juventude Universitária Católica (JUC). No período que vai de 1964 -73 podemos identificar a UNE como uma organização coirmã das/dos trabalhadoras/trabalhadores e camponesas/camponenses. As organizações revolucionárias como VAR-Palmares (Vanguarda Popular Revolucionária) e ALN (Aliança Libertadora Nacional) passam atuar no movimento estudantil. Vários das/dos militantes dessas organizações revolucionárias morreram em combate contra a ditadura civil- militar (1964-89). Desde o início da Ditadura até o ano de 1973, o movimento estudantil atou em colaboração com o movimento das trabalhadoras/trabalhadores e camponesas/es e combateu a política educacional da ditadura expressa nos acordos MEC-USAID. A repressão ao Congresso de Ibiúna/MG em 1968 decretou a p e r s e g u i ç ã o p o l í t i c a a o m o v i m e n t o e s t u d a n t i l , principalmente das correntes classistas e combativas. Foi uma das primeiras ações da ditadura para endurecer o regime, para controlar o avanço das ideias revolucionárias dentro da UNE e do Movimento Estudantil. Uma ação político-militar, realizada principalmente depois do AI-5, e com a reformulação total da organização universitária para dificultar a organização do movimento estudantil. A refundação da UNE em 1979 já se dá em um quadro completamente diferente. A esquerda revolucionária que participara da luta armada (1968- 75) já havia sido derrotada e não representava nenhuma influência no Movimento Estudantil. O modelo universitário de 68 já estava consolidado. A partir de então, a e n t i d a d e p a s s a a s e r hegemonizada pelo PT e, principalmente, pelo PCdoB – através da UJS (União da Juventude Socialista). Os setores reformistas refundaram a UNE e mantiveram sua característica corporativista. Iniciaram a prática de encontros nacionais por região que serviu como elemento desorganizador para os movimentos das regiões dos encontros. Ao mesmo tempo burocratizavam os congressos de base. A partir de então a concepção política hegemônica não entende as/os estudantes como uma fração da classe da trabalhadora capaz de se organizar e criar um movimento de massa e classista. O movimento abdica de ter suas bandeiras reivindicativas e de se O MOVIMENTO ESTUDANTIL ONTEM E
  • 6. aliar aos outros setores da classe para construção de greves gerais. Passa-se então para a prática política policlassista. As correntes estudantis reformistas ficavam à reboque de bandeiras partidárias de colaboração de classe. Isso levou a defesa do modelo de Universidade da ditadura civil-militar, que tanto as/os estudantes de 68 lutaram contra. Ou seja, ao invés de construir na base do Movimento Estudantil a reivindicação pelo acesso livre, reivindicando o voto universal em todas as instâncias e um outro modelo de gestão que não o departamental, transformou em fetiche o jargão "público, gratuito e de qualidade”. A política de capitulação definitiva da UNE pode ser vista no movimento dos "caras pintadas". A entidade foi às ruas contra a c o r r u p ç ã o e p e d i n d o o impeachment de Fernando Collor, demonstrando toda sua política policlassista e suas bandeiras burguesas. Os congressos da entidade se burocratizavam cada vez mais e não representavam a base das/dos estudantes. O movimento estudantil p a s s o u p o r u m a i m e n s a desmoralização, uma vez que servia de trampolim político-partidário. O a p o d e r a m e n t o d e estudantes de direções de entidades através de eleições forjadas e viciadas, com a UJS/ PCdoB agindo de forma semelhante a um Sindicalismo Mafioso, tornou-se prática corriqueira. Nos Movimento de Áreas do brasil, a adoção de Encontros ajudou a desorganizá-los com plenárias finais despolitizadas e s e m n en h u m cr ité ri o d e d e l e g a ç ã o . As p l e n á r i a s transformaram-se em disputas de bandeiras políticas partidárias de c o r r e n t e s e s t u d a n t i s , transformando executivas e federações em meras correias de transmissões dos partidos. O movimento estudantil, assim como o sindical, ficou subordinado à luta parlamentar, institucional, e deixou de se organizar, discutir suas questões e as alianças com as outras frações da classe. A d e s o r g a n i z a ç ã o e centralização/burocratização com a Política Policlassista dos r e f o r m i s t a s , a j u d a r a m continuamente a enfraquecer o Movimento Estudantil – e distanciá- lo da luta das/dos trabalhadoras/ es do campo e da cidade, r e f o r ç a n d o s u a c o n d u t a corporativista. Tal como o m o v i m e n t o s in d i ca l , n ã o conseguiu destruir a estrutura oficial. Isso significou a contínua evolução das práticas legalistas de ação e as práticas cupulistas de decisão. A política de capitulação da UNE se intensificou no governo FHC. Na greve de 2001, a entidade só aderiu ao movimento quando o governo acabou com o monopólio da confecção de carteiras de estudantes para meia -entrada. A eleição de Lula em 2002 só veio expor claramente esta situação, uma vez que a UNE, t ot alment e burocratizada, começou a servir de Secretaria da Juventude do Ministério da Educação. Inclusive, fazendo p a r t e d o C o n s e l h o d e Desenvolvimento Econômico e Social. A partir de então, o PSTU puxa uma ruptura com a UNE e forma a Coordenação Nacional de Lutas Estudantis (CONLUTE). Apesar de sair da entidade, o Partido teve uma concepção e prática policlassista para o Movimento Estudantil, mantendo as práticas p o l í t i c a s g o v e r n i s t a s e a colaboração de classe. Com isso mantém uma política de aliança com o PSOL, que faz parte da atual diretoria da UNE. A CONLUTE nunca se consolidou. Mesmo com os pedidos humilhantes do PSTU o PSOL nunca aderiu à entidade. Embora atue com a mesma concepção, o PSOL tem uma ação mais destruidora para o movimento, pois sua colaboração de classe sempre foi feita sem constrangimentos. Sem nenhuma vergonha, todas as correntes ligadas ao partido liquidaram as recentes mobilizações estudantis de massa. O objetivo principal sempre foi se concentrar em tentar fazer uma débil oposição parlamentar à UJS na UNE, através da Frente de Oposição de Esquerda (FOE) - frente essa que já acabou. Por sua vez, a política do PSTU de aliança com este setor só conduz o movimento para sua total desmobilização e desorganização. Não rompe definitivamente com a UNE e com o governismo. Não por acaso foram estas correntes que acabaram com a Ocupação da USP e da UnB, além de terem apostado todas suas fichas na mobilização legalista, por dentro dos conselhos universitários, contra o REUNI. Elas não acreditam na
  • 7. capacidade de mobilização e ação das/dos estudantes. O Movimento Estudantil, para o setor majoritário, é puro aliciamento partidário. Para esse setor, a/o estudante serve apenas de "boiada" em atividades específicas, tal qual a prática parlamentar dos Partidos. Procuram as/os estudantes para representá-las/os e não para trazer estes para a luta reivindicativa. Um e x e m p l o d e s t a p o l í t i c a colaboracionista foi a adoção, no Congresso de Betim da CONLUTAS, de uma limitação de 10% no peso da participação estudantil. Essa medida leva o Movimento Estudantil a se distanciar da aliança com o u t r a s f ra ç õ e s da c l a s s e trabalhadora. Como consequência, temos a política equivocada do setor majoritário da CONLUTAS, de convocar um congresso para formar uma entidade semelhante a UNE. Os Diretórios Acadêmicos, DCE’s e Executivas de Cursos devem estar em uma Central de Classe e não em organização como a UNE! Por isso, é mais do que necessário organizar o movimento estudantil com uma verdadeira mobilização pela base. E romper definitivamente com a UNE e os para-governistas. As práticas policlassistas do Parlamentarismo Estudantil que assolam o Movimento Estudantil desde a década de 80 devem ser destruídas. Precisamos construir um movimento classista e combativo que leve para as ruas bandeiras como acesso livre, fim dos cursos pagos e voto universal em todas as instâncias. Como dito anteriormente o setor partidário não acredita na capacidade de mobilização da base das/dos estudantes e também veem nas/nos estudantes possibilidades de aumentar seu campo de eleitora/es. Devido a isso os partidários desejam e tentam subordinar o Movimento Estudantil as suas direções de partidos/vanguardas ignorando a vontade das bases do movimento – entendemos como base as pessoas que estão dentro da realidade que dá origem/mantém o movimento social (no nosso caso, o movimento estudantil), sabendo essa base a melhor forma de como se gerir, pois só ela m e l h o r e n t e n d e s u a s necessidades. Essa infiltração acaba levando a perda de caráter tornando o ME mero comício partidário que não s e i m p o r t a m c o m a conscientização de base e sim com fortalecimento do eleitorado/ partido. Essa triste realidade deixa o ME (assim como todos os movimentos sociais na qual podemos ver o emparelhamento) desmobilizado e enfraquecido, pois o movimento perde seu caráter. O campus Realengo passa por esse período de desmobilização do ME tendo duas correntes de grande influência: o partidarismo e o conservadorismo. Essas duas correntes tentam criar dentro da unidade uma realidade baseada n a d o m i n a ç ã o d a s / d o s estudantes. Essa dominação se propaga nas regras, posturas, morais impostas (sem qualquer consulta/conscientização prévia), burocracias e toda questão psicológica (de dominação) que estes acarretam. A/o aluna/aluno se sente desmobilizado e insatisfeito e não consegue se organizar, pois estas correntes criam todos os mecanismos de desmobilização, como a difamação, a chacota, as punições e impedimentos (boicote de informação, de participação etc.). Mesmo insatisfeita/ insatisfeito a/o aluna/ aluno “vendo-se sozinha/ o” acaba dissolvendo-se e alienando-se (alienação ocorre quando todas as forças de um indivíduo são gastas em prol de outro/ classe e este indivíduo acaba incorporando a realidade dessa outra classe no seu d i a - a - d i a s e m s e preocupar com sua realidade ou de sua classe). O m o v i m e n t o estudantil nasce da mobilização das m a s s a s , d a organização de baixo para cima; é a expressãooprimidos contra a r e p r e s s ã o v i n d a d o s dominadores, utilizando da sua força para a derrota destes REFERENCIA: (CONSTRUINDO O MOVIMENTO ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVO — TESES DE CONSTRUÇÃO 2008-2010) A REALIDADE DO COLÉGIO PEDRO II
  • 8. opressores. Nós nos vemos como classe dominada e explorada, e devemos lutar junto com a classe trabalhadora pela nossa emancipação. das oprimidas e É necessário que haja o apoderamento de nossas lutas por todas e todos aquelas/aqueles que são explorados, dominados e massacrados na nossa sociedade, seja pelo machismo/patriarcado, eurocentrismo/racismo, pela propriedade privada, pela heteronormatividade/cis-normatividade etc. É necessário que a luta seja emponderada pela mulher, pela negra e negro, pelas/os sem-teto, pelas moradoras e moradores de favela, pelos povos indígenas etc. Portanto, é necessáro criar um movimento estudantil de baixo para cima! TODO PODER AO MOVIMENTO ESTUDANTIL! A NOSSA LUTA É TODO DIA COM AÇÃO DIRETA, APOIO MÚTUO E AUTONOMIA! PELO FIM DA DOMINAÇÃO E PELA DEMOCRACIA DIRETA! PRINCÍPIOS DA TENDÊNCIA “NÓS DA BASE” ANTICAPITALISMO Por ser o capitalismo (sistema político-econômico-social baseado nas noções de propriedade privada dos meios de produção, no trabalho alienado, na exploração, dominação e coerção) perpetuador da miséria, sofrimento e morte da maior parte da população para manter uma minoria com riqueza, luxo e poder. É necessário o fim deste sistema e a construção de um novo, na qual a classe dominada e explorada controle os meios de produção, possam se organizar e tomar suas próprias decisões, sem se subordinar APOIO MÚTUO: Por acreditarmos que o movimento estudantil deve ser um movimento de base classista, ele deve buscar a fraternidade com todos os outros movimentos de base dando apoio e recebendo ajudas para que p o s s a m o s j u n t o s c o m n o s s a s companheiras e companheiros de luta criar uma luta amistosa e forte. O movimento estudantil (como todos os outros movimentos sociais) é formado por luta e estudo, portanto a a p r o x i m a ç ã o c o m o s o u t r o s movimentos nos ajuda a estudarmos a realidade para assim podermos lutar de forma coerente, sem perder a autonomia estudantil do movimento. AÇÃO DIRETA: Apoiamos a ação direta como forma de luta e pressão aqueles que nos dominam e nos oprimem. Acreditamos que devemos conseguir nossas reinvindicações com paralizações, b o i c o t e s , g r e v e s , p a s s e a t a s , manifestações etc. Precisamos ter um movimento contrário à ação indireta, ou seja, fazer um movimento contrário às ações que utilizam dos meios intermediários burocráticos. Não podemos recorrer a parlamentos, candidatos, direções/reitorias ou qualquer outro meio na qual o movimento fique subordinado a entidades de fora. Devemos pressionar quem nos domina com organização e luta! DEMOCRACIA DIRETA: Há necessidade (para que o movimento tenha seu real caráter emancipador) que ele seja construído pela base. Isso significa que todas as decisões que cabem ao ME devem ser feitas em assembleia na qual todos as/os estudantes tenham direito a voz e a voto. Lutamos pelo fim do domínio e alienação, portanto não podemos deixar que alguns tomem as decisões para sí (submetendo o movimento a suas ideologias e necessidades), mesmo que esses digam ser iluminados e conhecedores toda a necessidade do movimento.
  • 9. TENDÊNCIA A tendência tem como objetivo coordenar as forças das/dos estudantes conscientes e com uma afinidade definida, para que essas alunas/alunos possam agir dentro do movimento estudantil de forma organizada sem que tenham a insatisfação de serem rechaçadas/os e perseguidas/os pelos autoritários. A tendência não tem como objetivo substituir o movimento social (como fazem partidos, direções, governos quando emparelham o movimento) e sim atuar dentro dele buscando trabalhar no movimento estudantil nossos princípios (se adaptando a realidade e integrando a realidade a tendência). O "Nós da base" quer despertar dentro do movimento estudantil todos os ideias que constituem um movimento classista e autogestionário para que o sonho de construirmos uma sociedade de Poder Popular esteja mais próximo. A tendência "Nós da base" é um grupo de estudantes do CPII-Realengo que surgiu a partir da indignação coletiva sobre o sistema explorador capitalista e a invasão de partidos e organizações que deturparam o objetivo do movimento estudantil. Nós não somos vanguarda, nem centralistas. Nós acreditamos na força da base, acreditamos num movimento popular na qual não estejamos subjugados a nada nem ninguém. Poder popular! Autogestão! Movimento de base! A FORÇA COLETIVA BEM COORDENADA, NA QUAL TODAS/TODOS ESTÃO BEM CONSCIENTES DO USO DE SUAS FORÇAS CONSEGUE FAZER O QUE A FORÇA INDIVIDUAL OU DESCOORDENADA NÃO FAZ EM UMA INFINITUDE DE TEMPO.