O documento descreve técnicas de exame neurológico em crianças desde o período neonatal até os 7 anos de idade. Inclui uma descrição detalhada da avaliação do contato com o meio, exame do seguimento cefálico e função dos nervos cranianos no recém-nascido e criança pequena. Fornece um esquema unificado para avaliar o desenvolvimento neurológico e outras áreas do desenvolvimento infantil em uma única consulta.
É essencial que a avaliação do desenvolvimento da criança por qualquer profissional de saúde seja realizada com a Caderneta da Criança e com a participação ativa dos pais.
Material de 14 de julho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute a abordagem inicial de vítimas de trauma, destacando a importância da "hora de ouro" após o acidente. Ele fornece diretrizes sobre como estabilizar a vítima o mais rápido possível para maximizar suas chances de sobrevivência, incluindo verificar a via aérea, ventilação e circulação e iniciar transporte para tratamento médico dentro de uma hora.
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) blogped1
Infecção do Trato Urinário na Infância- Aula apresentada pela Professora do Departamento de Pediatria e Médica do Hospital de Pediatria Prof. Heriberto Ferreira Bezerra (HOSPED) , Profª Ana Karina da Costa Dantas
O documento discute o tônus muscular, definindo-o como o estado permanente de tensão ou contração involuntária de um músculo ou grupo muscular. Explora alterações como hipotonia e hipertonia, que dificultam o movimento e comprometem o desenvolvimento neuromotor. Detalha métodos de avaliação do tônus muscular e intervenções como exercícios, alongamentos e o ambiente aquático.
Este documento fornece um guia detalhado para a avaliação fisioterapêutica da coluna lombar, incluindo a anatomia, história clínica, observação, inspeção, mobilidade, testes musculares e funcionais. O plano de avaliação para um paciente com lombalgia e dor ciática após uma queda incluiria exames de mobilidade, força muscular, neurodinâmica e função.
A paralisia cerebral atetóide é causada por lesões no sistema extrapiramidal, especificamente no núcleo da base e putâmen. Ela se caracteriza por movimentos involuntários lentos e contorcidos, principalmente nos braços, além de flutuações no tônus muscular e dificuldade para realizar atividades motoras finas. O tratamento foca em estabilizar o tônus, melhorar o controle motor e prevenir deformidades.
1) O documento discute o desenvolvimento motor humano, definindo-o como um processo contínuo e relacionado à idade no qual habilidades motoras se tornam mais organizadas e complexas.
2) É influenciado por fatores genéticos e ambientais, com mudanças ocorrendo em escalas de tempo que vão de meses a décadas.
3) Inclui conceitos como maturação, experiência, consistência, constância, diversificação e complexidade para explicar como habilidades motoras são adquiridas e aprimoradas ao longo do c
É essencial que a avaliação do desenvolvimento da criança por qualquer profissional de saúde seja realizada com a Caderneta da Criança e com a participação ativa dos pais.
Material de 14 de julho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute a abordagem inicial de vítimas de trauma, destacando a importância da "hora de ouro" após o acidente. Ele fornece diretrizes sobre como estabilizar a vítima o mais rápido possível para maximizar suas chances de sobrevivência, incluindo verificar a via aérea, ventilação e circulação e iniciar transporte para tratamento médico dentro de uma hora.
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) blogped1
Infecção do Trato Urinário na Infância- Aula apresentada pela Professora do Departamento de Pediatria e Médica do Hospital de Pediatria Prof. Heriberto Ferreira Bezerra (HOSPED) , Profª Ana Karina da Costa Dantas
O documento discute o tônus muscular, definindo-o como o estado permanente de tensão ou contração involuntária de um músculo ou grupo muscular. Explora alterações como hipotonia e hipertonia, que dificultam o movimento e comprometem o desenvolvimento neuromotor. Detalha métodos de avaliação do tônus muscular e intervenções como exercícios, alongamentos e o ambiente aquático.
Este documento fornece um guia detalhado para a avaliação fisioterapêutica da coluna lombar, incluindo a anatomia, história clínica, observação, inspeção, mobilidade, testes musculares e funcionais. O plano de avaliação para um paciente com lombalgia e dor ciática após uma queda incluiria exames de mobilidade, força muscular, neurodinâmica e função.
A paralisia cerebral atetóide é causada por lesões no sistema extrapiramidal, especificamente no núcleo da base e putâmen. Ela se caracteriza por movimentos involuntários lentos e contorcidos, principalmente nos braços, além de flutuações no tônus muscular e dificuldade para realizar atividades motoras finas. O tratamento foca em estabilizar o tônus, melhorar o controle motor e prevenir deformidades.
1) O documento discute o desenvolvimento motor humano, definindo-o como um processo contínuo e relacionado à idade no qual habilidades motoras se tornam mais organizadas e complexas.
2) É influenciado por fatores genéticos e ambientais, com mudanças ocorrendo em escalas de tempo que vão de meses a décadas.
3) Inclui conceitos como maturação, experiência, consistência, constância, diversificação e complexidade para explicar como habilidades motoras são adquiridas e aprimoradas ao longo do c
O documento descreve o Pé Torto Congênito, definindo-o como uma deformidade dos ossos, nervos, vasos sanguíneos e tendões que pode estar associada a síndromes congênitas. Apresenta as classificações, sintomas, diagnóstico e tratamentos possíveis, incluindo conservador com gesso seriado e cirúrgico.
O documento discute o Teste do Pezinho, realizado entre o 3o e 5o dia de vida, que tem como objetivo identificar precocemente doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias, fibrose cística e hiperplasia adrenal congênita para que o tratamento possa ser iniciado o mais rápido possível e evitar sequelas como retardo mental.
Este documento descreve os principais conceitos e cuidados com recém-nascidos. Ele define termos como neonatologia, feto, óbito fetal e classifica a infância em períodos. Também explica os cuidados imediatos ao recém-nascido como secagem, desobstrução das vias aéreas, pinçamento do cordão umbilical e credeização. Por fim, aborda a adaptação do recém-nascido e o exame físico, incluindo fontanelas e aspectos da cabeça.
O documento discute sobre epilepsia, definindo-a como uma patologia caracterizada por crises epilépticas sem causas tóxicas, metabólicas ou febris. Apresenta as principais classificações, síndromes e tratamentos de epilepsia, destacando as crises febris na infância como o tipo de convulsão mais comum nessa faixa etária.
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaSMS - Petrópolis
O documento discute a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença autoimune que causa paralisia flácida progressiva. Apresenta os sinais e sintomas da SGB, incluindo fraqueza muscular progressiva que começa nas pernas e se espalha para os braços e tronco. Também descreve os critérios diagnósticos, tratamento com imunoglobulina e plasmaferese, além dos diagnósticos e intervenções de enfermagem para os pacientes com SGB.
Este documento apresenta 25 módulos sobre semiologia ortopédica pericial. Os módulos abordam tópicos como exame clínico ortopédico, anatomia e biomecânica da marcha humana normal e anormal, patologias musculoesqueléticas comuns e exames específicos de diferentes regiões do corpo.
O tratamento Fisioterapeutico ajuda a melhorar o desenvolvimento do paciente de acordo com sua limitações,tornando-o mais ativo com o objetivo de amenizar os sintomas....by Janielle Chaves
O documento discute vários tipos de doenças da tireóide, incluindo hipertireoidismo, tireoidites e a doença de Graves. Ele fornece definições, patogenia, morfologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento para cada condição.
O documento discute a Esclerose Múltipla (EM), uma doença inflamatória e degenerativa do sistema nervoso central que danifica a bainha de mielina e interfere na capacidade neurológica. Apresenta a história, epidemiologia, sintomas, diagnóstico, tratamento e prognóstico da doença.
O documento discute o desenvolvimento motor humano ao longo da vida, desde os movimentos do feto até a maturidade. Aborda teorias como a de Piaget e Erikson, além de estágios como a locomoção e manipulação em bebês. Fatores como genética, ambiente e cultura influenciam as habilidades motoras ao longo do tempo.
Este documento fornece instruções detalhadas sobre vários exercícios de alongamento muscular, incluindo panturrilhas, iliopsoas, isquiotibiais, adutores, glúteos e banda iliotibial. Para cada exercício, são descritas a forma de execução correta, os músculos envolvidos e possíveis considerações. O objetivo é ensinar alongamentos seguros e efetivos para diferentes grupos musculares.
O documento fornece um guia detalhado para a avaliação fisioterapêutica do joelho, cobrindo tópicos como anatomia, história clínica, exame, mobilidade, testes musculares e ligamentares, e avaliação funcional. O objetivo é fornecer ao fisioterapeuta as ferramentas necessárias para realizar uma avaliação completa do joelho e direcionar o tratamento adequado.
O documento discute a doença de Parkinson, definindo-a como uma doença degenerativa do sistema nervoso central causada por diminuição da dopamina. Apresenta suas causas, classificação, sintomas, diagnóstico e tratamento multidisciplinar focado em medicamentos, cirurgia, estimulação cerebral e fisioterapia.
O documento discute conceitos gerais sobre hormônios, incluindo suas definições e principais glândulas endócrinas. Também aborda os tipos de hormônios, mecanismos de ação hormonal, regulação da secreção hormonal e fisiopatologia de doenças endócrinas como diabetes e doenças da tireóide.
O documento descreve as principais características e doenças neurodegenerativas, incluindo a destruição progressiva e irreversível dos neurônios, a ausência de cura, e as doenças mais conhecidas como a Doença de Alzheimer e Doença de Parkinson.
Alterações no cérebro causam contrações musculares descontroladas conhecidas como epilepsia, que podem ser devido a traumatismo, doenças ou outras causas. Durante uma crise convulsiva, a pessoa pode perder a consciência e o controle muscular. O tratamento envolve medicamentos como diazepam e carbamazepina para prevenir crises, além de cuidados durante uma crise para evitar danos.
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criançaEDSON ALAN QUEIROZ
O documento discute as fases do crescimento e desenvolvimento saudável da criança, desde o período pré-natal até a primeira infância. Fatores como peso ao nascer, desenvolvimento motor e cognitivo são abordados, assim como os estágios psicossociais e psicosexual propostos por Erikson e Freud. A equipe de saúde deve acompanhar de perto o desenvolvimento infantil para identificar possíveis problemas e fazer intervenções quando necessário.
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascidoblogped1
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido - Projeto de Intervenção - Internato em Pediatria I (PED I) - Departamento de Pediatria - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal/RN - Brasil
O documento define termos relacionados ao nascimento e classifica recém-nascidos de acordo com idade gestacional, peso e sinais vitais. Também descreve cuidados ao recém-nascido, escala de Apgar, exame físico e responsabilidades do enfermeiro.
O documento discute os sinais vitais, incluindo sua definição, tipos (temperatura, pulso, respiração e pressão arterial), princípios e procedimentos para verificação, fatores que influenciam cada um e terminologia utilizada.
O documento discute o exame neurológico infantil, com foco no período neonatal e lactente. Aborda objetivos, métodos de avaliação, itens do exame físico como maturação neurológica, reflexos e tonus muscular. Destaca a importância de considerar a idade corrigida da criança e de realizar uma avaliação dinâmica ao invés de conclusões baseadas em momentos isolados.
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
O documento descreve o Pé Torto Congênito, definindo-o como uma deformidade dos ossos, nervos, vasos sanguíneos e tendões que pode estar associada a síndromes congênitas. Apresenta as classificações, sintomas, diagnóstico e tratamentos possíveis, incluindo conservador com gesso seriado e cirúrgico.
O documento discute o Teste do Pezinho, realizado entre o 3o e 5o dia de vida, que tem como objetivo identificar precocemente doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias, fibrose cística e hiperplasia adrenal congênita para que o tratamento possa ser iniciado o mais rápido possível e evitar sequelas como retardo mental.
Este documento descreve os principais conceitos e cuidados com recém-nascidos. Ele define termos como neonatologia, feto, óbito fetal e classifica a infância em períodos. Também explica os cuidados imediatos ao recém-nascido como secagem, desobstrução das vias aéreas, pinçamento do cordão umbilical e credeização. Por fim, aborda a adaptação do recém-nascido e o exame físico, incluindo fontanelas e aspectos da cabeça.
O documento discute sobre epilepsia, definindo-a como uma patologia caracterizada por crises epilépticas sem causas tóxicas, metabólicas ou febris. Apresenta as principais classificações, síndromes e tratamentos de epilepsia, destacando as crises febris na infância como o tipo de convulsão mais comum nessa faixa etária.
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaSMS - Petrópolis
O documento discute a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença autoimune que causa paralisia flácida progressiva. Apresenta os sinais e sintomas da SGB, incluindo fraqueza muscular progressiva que começa nas pernas e se espalha para os braços e tronco. Também descreve os critérios diagnósticos, tratamento com imunoglobulina e plasmaferese, além dos diagnósticos e intervenções de enfermagem para os pacientes com SGB.
Este documento apresenta 25 módulos sobre semiologia ortopédica pericial. Os módulos abordam tópicos como exame clínico ortopédico, anatomia e biomecânica da marcha humana normal e anormal, patologias musculoesqueléticas comuns e exames específicos de diferentes regiões do corpo.
O tratamento Fisioterapeutico ajuda a melhorar o desenvolvimento do paciente de acordo com sua limitações,tornando-o mais ativo com o objetivo de amenizar os sintomas....by Janielle Chaves
O documento discute vários tipos de doenças da tireóide, incluindo hipertireoidismo, tireoidites e a doença de Graves. Ele fornece definições, patogenia, morfologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento para cada condição.
O documento discute a Esclerose Múltipla (EM), uma doença inflamatória e degenerativa do sistema nervoso central que danifica a bainha de mielina e interfere na capacidade neurológica. Apresenta a história, epidemiologia, sintomas, diagnóstico, tratamento e prognóstico da doença.
O documento discute o desenvolvimento motor humano ao longo da vida, desde os movimentos do feto até a maturidade. Aborda teorias como a de Piaget e Erikson, além de estágios como a locomoção e manipulação em bebês. Fatores como genética, ambiente e cultura influenciam as habilidades motoras ao longo do tempo.
Este documento fornece instruções detalhadas sobre vários exercícios de alongamento muscular, incluindo panturrilhas, iliopsoas, isquiotibiais, adutores, glúteos e banda iliotibial. Para cada exercício, são descritas a forma de execução correta, os músculos envolvidos e possíveis considerações. O objetivo é ensinar alongamentos seguros e efetivos para diferentes grupos musculares.
O documento fornece um guia detalhado para a avaliação fisioterapêutica do joelho, cobrindo tópicos como anatomia, história clínica, exame, mobilidade, testes musculares e ligamentares, e avaliação funcional. O objetivo é fornecer ao fisioterapeuta as ferramentas necessárias para realizar uma avaliação completa do joelho e direcionar o tratamento adequado.
O documento discute a doença de Parkinson, definindo-a como uma doença degenerativa do sistema nervoso central causada por diminuição da dopamina. Apresenta suas causas, classificação, sintomas, diagnóstico e tratamento multidisciplinar focado em medicamentos, cirurgia, estimulação cerebral e fisioterapia.
O documento discute conceitos gerais sobre hormônios, incluindo suas definições e principais glândulas endócrinas. Também aborda os tipos de hormônios, mecanismos de ação hormonal, regulação da secreção hormonal e fisiopatologia de doenças endócrinas como diabetes e doenças da tireóide.
O documento descreve as principais características e doenças neurodegenerativas, incluindo a destruição progressiva e irreversível dos neurônios, a ausência de cura, e as doenças mais conhecidas como a Doença de Alzheimer e Doença de Parkinson.
Alterações no cérebro causam contrações musculares descontroladas conhecidas como epilepsia, que podem ser devido a traumatismo, doenças ou outras causas. Durante uma crise convulsiva, a pessoa pode perder a consciência e o controle muscular. O tratamento envolve medicamentos como diazepam e carbamazepina para prevenir crises, além de cuidados durante uma crise para evitar danos.
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criançaEDSON ALAN QUEIROZ
O documento discute as fases do crescimento e desenvolvimento saudável da criança, desde o período pré-natal até a primeira infância. Fatores como peso ao nascer, desenvolvimento motor e cognitivo são abordados, assim como os estágios psicossociais e psicosexual propostos por Erikson e Freud. A equipe de saúde deve acompanhar de perto o desenvolvimento infantil para identificar possíveis problemas e fazer intervenções quando necessário.
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascidoblogped1
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido - Projeto de Intervenção - Internato em Pediatria I (PED I) - Departamento de Pediatria - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal/RN - Brasil
O documento define termos relacionados ao nascimento e classifica recém-nascidos de acordo com idade gestacional, peso e sinais vitais. Também descreve cuidados ao recém-nascido, escala de Apgar, exame físico e responsabilidades do enfermeiro.
O documento discute os sinais vitais, incluindo sua definição, tipos (temperatura, pulso, respiração e pressão arterial), princípios e procedimentos para verificação, fatores que influenciam cada um e terminologia utilizada.
O documento discute o exame neurológico infantil, com foco no período neonatal e lactente. Aborda objetivos, métodos de avaliação, itens do exame físico como maturação neurológica, reflexos e tonus muscular. Destaca a importância de considerar a idade corrigida da criança e de realizar uma avaliação dinâmica ao invés de conclusões baseadas em momentos isolados.
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
O documento discute os principais aspectos da puericultura e neonatologia. Aborda temas como o desenvolvimento da criança, cuidados com recém-nascidos e lactentes, classificação por idade gestacional, exames físicos, equipamentos e equipe de uma unidade neonatal. Fornece também informações sobre aspectos fisiológicos como peso, comprimento e perímetro cefálico de recém-nascidos.
Assistência de enfermagem em neonatologiaAmanda Corrêa
O documento discute os principais conceitos da neonatologia e cuidados com recém-nascidos, incluindo o desenvolvimento fisiológico normal, classificações de idade gestacional e peso, equipamentos de UTIN, e cuidados básicos como higiene, alimentação e observação de sinais vitais.
O documento discute o desenvolvimento humano pré-natal, desde a fecundação até o nascimento. Ele descreve as principais etapas do desenvolvimento embrionário e fetal, como a segmentação, gastrulação e formação dos sistemas. Também destaca que o feto desenvolve a capacidade de sentir, ouvir e se movimentar em resposta a estímulos ao longo da gravidez.
1) O documento discute o desenvolvimento do cérebro de bebês de 0 a 3 anos e como as interações sociais e afetivas nesse período moldam as conexões cerebrais e afetam o desenvolvimento futuro.
2) É apresentada a história de Vitor, um bebê prematuro que sobreviveu apesar das baixas expectativas iniciais, mas desenvolveu problemas comportamentais na adolescência devido à falta de cuidados afetivos em sua infância.
3) O documento explica que o cérebro do bebê é capaz
CRESCIMENTO E BAIXA ESTATURA E IMPLICAÇÕES NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA.Van Der Häägen Brazil
O documento discute a neuroendocrinologia do início puberal e os fatores que influenciam a idade da menarca. Também aborda as implicações de uma menarca precoce ou tardia e a possível relação com o climatério e a menopausa.
Roteiro de Consulta de Puericultura - Unidade de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente - Hospital Universitário Onofre Lopes- HUOL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - Natal/Brasil - Autora: Drª Devani Ferreira Pires.
O documento discute os reflexos orais em recém-nascidos, incluindo sua importância para o desenvolvimento sensório-motor e alimentação. Ele explica como os reflexos orais começam no primeiro mês de vida e terminam por volta de 3-4 meses, quando tornam-se mais voluntários. A estimulação da sucção não nutritiva pode acelerar esse processo de desenvolvimento.
O documento apresenta um manual de neonatologia com informações sobre exames físicos, condições e cuidados de recém-nascidos. Aborda tópicos como avaliação na sala de parto, exame físico completo, parâmetros vitais, idade gestacional, peso ao nascer e cuidados especiais para prematuros. Tem o objetivo de apoiar profissionais de saúde no atendimento integral de recém-nascidos.
O documento apresenta as diretrizes para o exame físico de recém-nascidos, incluindo a avaliação na sala de parto, com foco na vitalidade, fatores de risco e detecção precoce de problemas. É descrito o exame físico mais detalhado realizado a partir de 12 horas, cobrindo aspectos como condições vitais, desconforto respiratório, traumas, defeitos externos e exame de orifícios. Também são explicadas medidas antropométricas, estimativa da idade gestacional e classific
O documento discute os conceitos e procedimentos fundamentais da semiologia pediátrica, incluindo a definição de diagnóstico clínico, a importância da anamnese e exame físico, e os procedimentos para avaliar sinais vitais e antropometria em diferentes faixas etárias.
O documento descreve a avaliação neurológica de recém-nascidos, incluindo técnicas de exame, padrões de desenvolvimento e síndromes observadas. É detalhado o exame neurológico completo de um recém-nascido a termo, com ênfase nos estados comportamentais e na ordem das avaliações para limitar a manipulação. Reflexos primitivos e respostas esperadas em cada posição são explicados.
1. A constipação intestinal é um problema comum na prática pediátrica, afetando entre 0,3 a 8,0% das crianças.
2. Os principais sintomas da constipação intestinal crônica funcional incluem evacuações dolorosas e ressecadas, choro durante as evacuações, retenção fecal e escape fecal.
3. O diagnóstico é feito principalmente através da história clínica e exame físico, podendo revelar impactação ou massa fecal no reto.
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃOVan Der Häägen Brazil
A abstração usa a estratégia de simplificação, em que detalhes concretos são deixados ambíguos, vagos ou indefinidos, assim uma comunicação efetiva sobre as coisas abstraídas requerem uma intuição ou experiência comum entre o comunicador e o conteúdo da comunicação. Isso é verdade para todas as formas de comunicação verbal/abstrata. Por exemplo, muitas coisas diferentes podem ser da cor vermelha. Da mesma forma, muitas coisas podem estar sobre superfícies.
O documento descreve as principais etapas do desenvolvimento embrionário e fetal da face, desde a 5a até a 40a semana de gestação, incluindo a formação dos folhetos embrionários, sistema nervoso, proeminências faciais, palato, sistema auditivo e aquisições motoras orais.
Aula sobre aspectos psicológicos do retardo mental e desenvolvimento neuropsicomotor , na ótica de René Spitz, ministrada no curso de pós-graduação sobre "Assistência Materno-Infantil com ênfase em Neuropediatria" do CEPEX - DH Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Desenvolvimento Humano de Salvador Bahia, 2019
Direitos autorais: uso para fins educacionais citando a fonte
Sintonia fina no manejo da idade óssea de criança, infantil,juvenil;segurança...Van Der Häägen Brazil
O último núcleo é o correspondente ao sesamóide do adutor do polegar: 12 anos e 8 meses no sexo masculino e 10 anos e 1 mês no sexo feminino. Se aceita que seu aparecimento é o "início do fim" da ossificação dos ossos do carpo, e, portanto, de mau prognóstico para as crianças de baixa estatura. O fato da IO–idade óssea ser determinada por comparação com padrões preestabelecidos, e de serem estes geralmente os apresentados por Greülich & Pyle, podem ser questionáveis.
O documento discute as particularidades da anatomia pediátrica, incluindo o rápido crescimento e desenvolvimento das crianças, as proporções corporais distintas em relação aos adultos e as características do sistema esquelético em evolução.
O documento discute a evolução histórica dos conceitos de saúde e doença, como eles variaram de acordo com o contexto cultural, social, político e econômico ao longo do tempo. Explica como diferentes culturas viam a doença como resultado de forças sobrenaturais como espíritos ou deuses, enquanto os gregos, com Hipócrates, começaram a adotar uma visão mais racional e baseada na observação empírica.
1) O documento discute os conceitos de normal e patológico do ponto de vista histórico segundo Georges Canguilhem e Michel Foucault.
2) Canguilhem analisa diferentes compreensões de saúde e doença ao longo da história, desde a Grécia Antiga até a medicina moderna, mostrando como esses conceitos são construídos social e historicamente.
3) Foucault também aborda a noção de loucura em diferentes épocas históricas, ligando-a a relações de poder.
Este estudo analisa como a medicina aborda o tema da beleza através da Cirurgia Plástica Estética. Foram analisados artigos de revistas médicas entre 2003-2004. O discurso médico sustenta a beleza com base em padrões biológicos de normalidade ao invés de padrões sociais. A motivação para intervenções estéticas é atribuída à baixa autoestima relacionada ao envelhecimento ou desconformidades corporais, naturalizando tais sentimentos. A racionalidade biomédica
1) O estudo validou uma versão brasileira do questionário Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) para medir o impacto da fibromialgia em pacientes brasileiros.
2) Foram entrevistados 44 pacientes com fibromialgia e realizadas traduções, avaliações de equivalência cultural e testes de confiabilidade e validade.
3) Os resultados mostraram que a versão brasileira do questionário, chamada de QIF, é um instrumento válido e confiável para avaliar a capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes brasileiros com
Este documento discute como a fisioterapia neurológica, incluindo Terapia de Restrição e Indução do Movimento, Observação de Ação e Prática Mental, podem promover a plasticidade cortical e recuperação funcional após um acidente vascular encefálico. Estudos que utilizaram ressonância magnética funcional mostraram resultados inconsistentes sobre a ativação cerebral após essas técnicas, sugerindo que o cérebro pode encontrar diferentes caminhos para a reorganização.
Este documento descreve o processo de adaptação cultural e avaliação psicométrica da versão brasileira do Perfil de Saúde de Nottingham (PSN), um instrumento de avaliação de qualidade de vida. O PSN foi traduzido para o português e aplicado em 215 indivíduos, incluindo idosos, sobreviventes de acidente vascular cerebral e parkinsonianos. A análise de Rasch mostrou que a maioria dos itens mediam construtos unidimensionais, porém alguns itens apresentaram efeito teto, limitando o
1) A paralisia cerebral pode ser causada por fatores no período pré-natal, perinatal ou pós-natal, sendo que as causas pré-natais, como infecções maternas e prematuridade, têm maior prevalência.
2) A prematuridade é responsável por cerca de 25% dos casos de paralisia cerebral, e quanto mais prematura a criança, maior o risco de comprometimentos neurológicos.
3) Lesões hipóxico-isquêmicas no período perinatal também estão associadas a um
The document is a short form McGill Pain Questionnaire used to assess a patient's level of pain. It contains 15 words to describe types of pain that the patient rates on a scale of mild, moderate, or severe. It also includes a visual analog scale to rate the overall intensity of their pain from no pain to worst possible pain.
1) O estudo avaliou a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e indicadores de distribuição de gordura em adultos e idosos.
2) Foi observada forte correlação positiva entre o IMC e a circunferência da cintura nos dois grupos etários de ambos os sexos.
3) A correlação entre o IMC e a razão cintura/quadril foi menor, especialmente entre as idosas.
Este artigo revisa os aspectos envolvidos na mensuração da força de preensão utilizando o dinamômetro Jamar, incluindo sua confiabilidade, validade, precisão e o protocolo sugerido para a avaliação. O dinamômetro Jamar tem mostrado boa confiabilidade e validade para avaliar a força de preensão e a posição padrão recomendada é de braço estendido com cotovelo a 90 graus.
Este artigo analisa os mitos e verdades sobre a flexibilidade e o alongamento. Discute se o alongamento previne lesões, seus efeitos no pós-exercício e influência na reabilitação. Embora alguns estudos apoiem os benefícios do alongamento, evidências são conflitantes e não comprovam definitivamente que ele previne lesões ou melhora a recuperação.
O documento discute os aspectos bioenergéticos, ajustes fisiológicos, fadiga e índices de desempenho do exercício aeróbio. Os três sistemas energéticos (anaeróbio alático, anaeróbio lático e aeróbio) contribuem sequencialmente para atender à demanda energética do exercício. A fadiga muscular não é causada apenas pelo acúmulo de lactato, mas pode envolver outros fatores como a ativação muscular. Índices como VO2max, limiares de lactato e efici
O documento descreve a avaliação neurológica do recém-nascido, incluindo técnicas de exame, padrões de desenvolvimento e testes utilizados. É discutido o exame neurológico do recém-nascido a termo, com ênfase nos estados comportamentais e sua influência nos reflexos, e é fornecido um roteiro de exame. Também são descritos alguns reflexos arcaicos e suas respostas.
O documento discute o uso da toxina botulínica no Brasil desde 1992 para tratamento de síndromes neurológicas. Três apresentações da neurotoxina são legalmente comercializadas no país desde 1995, apesar de diferenças na farmacocinética entre elas. As unidades de cada formulação são exclusivas àquele produto e não são intercambiáveis entre preparações diferentes.
Este documento discute 11 escalas de avaliação funcional aplicáveis a pacientes após um acidente vascular encefálico (AVE). As escalas foram encontradas através de uma revisão de literatura e incluem instrumentos como a Escala de Independência Funcional (IB), Escala de Fugl-Meyer (F-M) e Escala de Mobilidade Funcional (MIF). As escalas apresentam características de fácil aplicação, adaptação e confiabilidade, sendo recomendadas para avaliação no tratamento fisioterapêutico
1) O estudo avaliou a confiabilidade da versão brasileira da Escala de Fugl-Meyer em pacientes com hemiparesia crônica após AVC.
2) Os resultados mostraram alta confiabilidade inter e intra-observador tanto para a escala total quanto para suas subescalas.
3) A versão brasileira da Escala de Fugl-Meyer pode ser usada com confiança como instrumento de avaliação clínica e de pesquisa no Brasil.
O documento descreve um modelo de avaliação físico-funcional da coluna vertebral para assistência primária em saúde. O modelo inclui uma anamnese detalhada e exame físico com inspeção estática e dinâmica, palpação, avaliação muscular e neurológica, para detectar problemas posturais e musculares.
This meta-analysis evaluated 5 randomized controlled trials assessing the efficacy of botulinum toxin type A (BTX-A) injections for reducing upper limb spasticity in stroke patients. The analysis found that BTX-A injections significantly reduced muscle tone on the Modified Ashworth Scale and improved scores on the Global Assessment Scale compared to placebo. While BTX-A decreased spasticity, its effect on functional improvement was unclear. The analysis concluded that BTX-A is an effective and safe treatment for reducing post-stroke upper limb spasticity. However, further research is needed to evaluate its long-term effects and impact on quality of life.
Este artigo original avalia o ângulo poplíteo em joelhos de adolescentes assintomáticos. Foram avaliados 500 adolescentes com idades entre 10 e 20 anos. Os resultados mostraram que o ângulo poplíteo varia de acordo com a idade e sexo, com ângulos maiores em adolescentes mais velhos e no sexo feminino. O estudo fornece valores de referência para o ângulo poplíteo em adolescentes.
1. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: SEMIOLOGIA ESPECIALIZADA
29: 32-43, jan./mar. 1996 Capítulo III
EXAME NEUROLÓGICO EM CRIANÇAS
NEUROLOGIC EXAMINATION IN CHILDREN
Carolina A.R. Funayama
Docente do Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Univer-
sidade de São Paulo.
CORRESPONDÊNCIA: Profa.Dra. Carolina A. R. Funayama - Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto - CEP: 14048-900 - Ribeirão Preto - FAX (016) 633-0866. E. Mail - carfunay@fmrp.usp.br
FUNAYAMA CAR. Exame neurológico em crianças. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 32-43, jan./mar. 1996
RESUMO: Técnicas de exame neurológico em crianças, desde o período neonatal, são descritas,
bem como modificações que ocorrem, no decorrer da maturação tono, reflexos, postura, coorde-
nação, equilíbrio, linguagem, praxias e gnosias. Ao final, é apresentado um esquema que reúne
dados da semiologia neurológica e do desenvolvimento até 7 anos.
UNITERMOS: Desenvolvimento Infantil. Recém- Nascido. Exame Neurológico. Criança.
Quanto mais avança a tecnologia para fins diag- Entretanto, após 1950 é que esta semiologia vem sen-
nósticos em medicina, mais se deve aprofundar no co- do aprimorada e, hoje, está padronizada, por valio-
nhecimento da semiologia clínica, para que a indica- sas contribuições como as de André Thomas e
ção dos exames seja precisa, o tempo para se estabe- Dargassies, 1952 4 na França; Illingworth, 19605 e
lecer o diagnóstico, mais curto, a prescrição terapêuti- Sheridan, 19686 na Inglaterra; Prechtl, 19647 na Holanda;
ca mais rápida e que se torne menos onerosa para o Brandt, 19868 na Alemanha; Dubowitz, 19709 nos Es-
paciente. A semiologia clínica neurológica na criança tados Unidos; Coriat, 196010 na Argentina, entre ou-
é complexa, por suas modificações ao longo do desen- tros. No Brasil, destacaram-se os Profs. Antônio Bran-
volvimento; busca sinais de lesões, localizatórios, ao mes- co Lefèvre, 195011 e Aron Diament, 196712, que,
mo tempo em que é rica na identificação das aquisi- avaliando crianças da cidade de São Paulo, aperfei-
ções sensitivas, motoras, sensoriais e cognitivas. Na çoaram técnicas antigas e propuseram novas. Além
literatura, há publicações separadas de escalas de de- da padronização do exame neurológico no RN,
senvolvimento e de exame neurológico nas diversas Lefèvre, 197213 descreveu o exame neurológico evo-
faixas etárias. O nosso objetivo é unir em um só proto- lutivo do terceiro ao sétimo ano de vida. Mais re-
colo dados destas avaliações, de modo a permitir ao centemente, o estudo da semiologia das funções corti-
médico uma apreciação do perfil neurológico e outros cais superiores e suas conexões (praxias, gnosias,
itens do desenvolvimento, ao mesmo tempo abrangente linguagem, atenção-memória-evocação) tem sido um
e que possa ser concluída em uma única consulta. desafio no contexto dos processos maturativos. Há
Elementos da semiologia neurológica normal do que se levar em conta aspectos da plasticidade funci-
recém-nascido (RN) e lactente têm sido descritos desde onal ao longo da maturação e, ainda, o conhecimento
o início deste século, como os reflexos, por Magnus e dos estágios do desenvolvimento da aprendizagem.
De Kleijn em 19121, Moro, 19182 e Landau, 19233. Em esforço conjunto de especialistas afins, testes para
32
2. Exame neurológico em crianças.
avaliação das funções corticais para crianças têm sido NENÊ QUÉ BOLA) e, aos 3 anos introduz pronomes e
propostos, no Brasil, a partir de 198914, 15. preposições nas frases. Aos 3 anos, introduz o prono-
Para obtermos um exame satisfatório, é acon- me EU5, importante passo na distinção “eu-outro”. A
selhável que o ambiente esteja em temperatura ame- linguagem compreensiva precede a expressiva, e, no
na, o bebê acordado e sem choro, em torno de uma e primeiro ano, desde os primeiros contactos com o meio
meia hora após a mamada 7 . Nem sempre, em situa- o bebê demonstra isto, quando reage, negativa ou po-
ção de consulta isto é possível. Porém, podemos obter sitivamente, aos estímulos. Efetua tarefas simples por
melhores condições, examinando, primeiramente, a imitação sob comando, no final do primeiro ano19.
cabeça e o que for possível, sem despir a criança. Ao Deve-se observar que o bebê não se mantém
despi-la, utilizar o princípio da manipulação mínima, estático, pelo contrário, mostra uma riqueza de movi-
conforme orientação de Prechtl: efetuar todas as ma- mentos, com variações posturais espontâneas, propi-
nobras possíveis de investigação primeiramente com ciando-nos excelente oportunidade de exame da qua-
o bebê em decúbito dorsal, depois puxando-o para sen- lidade, quantidade e simetria dos movimentos.
tar-se; em seguida, erguendo-o ereto com apoio plan-
tar no plano de exame; segue-se efetuando a manobra
da suspensão ventral e, por fim, examinando-o em 2. EXAME DO SEGUIMENTO CEFÁLICO
decúbito ventral7.
A seguir, descrevemos a semiologia normal da (Ainda com o bebê vestido, no colo da mãe).
criança, desde o período neonatal até 7 anos de idade. Inspeção e medidas do crânio: A medida do perímetro
Para os dois primeiros anos de vida, no caso de avali- craniano se faz com uma fita métrica, passando-a pelo
ação de crianças prematuras, deve ser considerada a occipício e eminência frontal. A avaliação do períme-
idade concepcional. Para tanto, foi convencionado sub- tro deve levar em conta a estatura. Diz-se macroce-
trair da idade cronológica o número de semanas cor- falia ou microcefalia quando o perímetro craniano se
respondentes à diferença entre 40 semanas e a idade encontra acima ou abaixo de dois desvios padrões da
gestacional ao nascimento16. (Por exemplo, um bebê média esperada para a estatura observada, respecti-
nascido as 28 semanas de idade gestacional, aos seis vamente. Quanto ao formato, de acordo com Diament,
meses de idade cronológica, deverá apresentar semi- a relação entre a distância biauricular (de uma inser-
ologia neurológica correspondente aos 3 meses). ção superior da orelha à outra) e anteroposterior
(glabela-occipício) é igual a um. Diz-se braquicéfalo,
quando a medida biauricular é maior que a anterior e
1. AVALIAÇÃO DO CONTACTO COM O dolicocéfalo ou escafocéfalo, quando a medida biauri-
MEIO cular é menor do que a anteroposterior, dando ao crâ-
nio um formato de quilha de navio. Estas formas po-
A fixação do olhar na mãe, enquanto mama é dem ou não estar associadas ao fechamento preco-
tão precoce no RN quanto a sua capacidade de suc- ce patológico de suturas (coronárias no caso de bra-
ção efetiva, em torno de 32 semanas concepcionais quicefalia e sagital na escafocefalia). A trigonocefalia
17
. A expectativa em relação ao exame, quantidade é sempre conseqüência de fechamento precoce pato-
de movimento e reação emocional às manobras do exa- lógico da sutura metópica.
minador devem ser observadas. O choro espontâneo A fontanela anterior, ou bregmática, em forma
deve ser vinculado às necessidades fisiológicas e, du- de losango, tem em média ao nascimento dois cm, no
rante o exame, provocado por desconforto ou mano- sentido coronal e 3 cm, no sagital. Até os nove meses,
bras, como aquelas para desencadear o reflexo de 50%, e, até um ano e meio 100% das crianças não
Moro. Aos 2 meses, inicia-se o sorriso social, motivado mais a apresenta20. A fontanela posterior ou lombdoi-
e, dos 3 aos 6 meses a lalação, expressa por sons gu- de, triangular, está presente em 40% dos bebês a ter-
turais, inicialmente, e balbucio de vogais, com amplos mo ao nascimento, mas não ultrapassa um centímetro
movimentos labiais, aos estímulos da mãe ou do exa- em sua maior extensão21, e o seu fechamento ocorre
minador18. Até o final do primeiro ano, o bebê ela- no primeiro mês. As suturas cranianas podem estar,
bora dissílabos com significado (MAMA, PAPA) e, até levemente, sobrepostas ou separadas, dependendo
18 meses expressa palavras-frase (ÁGUA=DA ÁGUA). do estado de hidratação, no RN pré-termo. Dado ao
Até 24 meses, constrói frases agramaticais (DÁ AGUA, fato de o crescimento craniano ser mais acentuado no
33
3. C. A. R. Funayama
pré-termo, no período entre 28 e 35 semanas, chegan- plo, por efeito de drogas simpatomiméticas, como a
do a dois centímetros semanais17, as suturas podem cocaína, por excitação das vias simpáticas como em
também estar separadas alguns milímetros, neste pe- hipóxia, ou por herniação do uncus, comprimindo a
ríodo. No RN a termo, acavalgamento de suturas pode porção parassimpática do III nervo; pupilas mióticas
ocorrer na primeira semana, pós-nascimento, em fun- (constricção), por efeito de drogas depressoras do sis-
ção do amoldamento da cabeça no canal do parto. Após tema nervoso, como morfina, benzodiazepínicos e bar-
este período, as suturas devem estar justapostas. bitúricos. R. fotomotor e consensual: Incidindo-se
Os nervos cranianos, como os medulares, no a luz de uma lanterna, obliquamente, sobre uma pupi-
período do termo, estão mielinizados. Entretanto, as la. Há constricção pupilar do mesmo lado estimulado
vias que os conectam ao tronco e córtex cerebral ou (fotomotor) e, indiretamente, do outro (consensual).
entre si estão, ainda, em fase variável de amadureci- R. de acomodação e convergência: A acomoda-
mento22. Assim, por exemplo, o fascículo longitudinal ção só é possível observar com a ajuda da criança. A
medial, um dos responsáveis pelo movimento conjuga- fixação de um objeto distante (infinito) produz midríase,
do ocular, bem como as vias ópticas completam sua e, fixação do objeto próximo, miose. A convergência
mielinização em torno do sexto mês, pós-termo. Isto pode ser pesquisada, desde que o bebê esteja fixando
implica em que nos primeiros seis meses, ocasional- bem o objeto. A aproximação do objeto na linha média,
mente, surpreende-se o bebê com movimentos des- forçando a convergência ocular, ocasiona miose bila-
conjugados, mais comumente com desvio medial de teral.
um dos olhos. III - Oculomotor, IV - Patético ou Troclear,
As funções dos nervos cranianos podem ser VI - Abducente: Responsáveis pelos movimentos ocu-
examinadas23: lares. III motor: Estando o globo ocular em posição
I - Olfatório: Sabe-se que todas as funções de olhar para frente, este nervo é responsável pela
sensoriais iniciam sua mielinização no período fetal e adução, movimento para cima e para baixo, e pela ele-
estão amadurecidas no primeiro semestre, pós-natal. vação da pálpebra superior (inerva os músculos retos
Na prática, é possível pesquisar o olfato, após o quarto mediais, superiores e inferiores, oblíquos inferiores e
ou quinto ano de idade, quando a criança pode forne- elevadores das pálpebras). IV: Estando o globo ocular
cer informação fidedigna. Pesquisa-se em cada nari- aduzido, este nervo promove o movimento para baixo.
na, isoladamente. Utilizam-se estímulos, como café e (inerva os músculos oblíquos superiores). VI: Estando
piche, não irritantes da mucosa nasal, pois os irritantes o globo ocular em posição olhando para frente, este é
estimulam as terminações sensitivas do trigêmeo e não responsável pela lateralização do olho (inerva os mús-
o olfatório. culos retos laterais).
II - Óptico: Exame do fundo de olho com A pesquisa da motricidade extrínseca ocular deve
oftalmoscópio: A papila ou disco óptico no RN é de ser realizada, primeiramente, à simples inspeção e, a
coloração mais clara do que a do adulto. A distribuição seguir, enquanto se pesquisa a percepção visual, utili-
e morfologia dos vasos, bem como a mácula e restan- zando-se como estímulo visual um foco luminoso lar-
te da retina apresentam-se semelhantes aos do adulto. go, de luz fosca ou um cubo 4 x 4 cm de cor verme-
Reflexo (R.) de piscamento: II nervo (Óptico) lha24, a fita métrica ou a face humana, do examina-
aferente e VII (Facial) eferente. Incidindo-se um dor17 , por exemplo. A orientação à luz está presente a
foco luminoso nos olhos do bebê, desde o pré-termo partir das 34 semanas de idade gestacional8. A fixa-
viável, estando os olhos abertos ou fechados, em sono ção no foco luminoso é breve no pré-termo. No perío-
ou vigília, há fechamento imediato das pálpebras. Este do do termo, o bebê acompanha brevemente a luz no
é um reflexo de defesa que não desaparece com a sentido horizontal. Até o 3º mês, segue no sentido ver-
idade; entretanto, com a maturação e adaptação à luz, tical e em círculo23.
a intensidade do estímulo luminoso deve ser maior para V - Trigêmeo: Pode ser testada a sensibilida-
se obter o reflexo. Brazelton 24 o utiliza para pesquisar de da face, através de estímulo tátil, com algodão, ou
a reatividade do neonato. doloroso, com leve toque da ponta produzida em uma
II e III - Parassimpático: Inspeção do tama- espátula de madeira (agulha não deve ser utilizada
nho das pupilas, que devem ser iguais. Pupilas midriáti- porquê fere a pele do bebê). Observa-se a reatividade
cas (dilatadas bilateralmente) podem ocorrer, por exem- do bebê. Alguns reflexos que podem ser examinados
34
4. Exame neurológico em crianças.
na face (trigêmeo aferente e facial (VII) eferente): fica o movimento corporal, denunciando ter recebido o
R. córneo-palpebral: Ao estimular uma das córneas som. Até o final do primeiro mês, 100% dos bebês se
com um filete de algodão há resposta imediata com voltam em direção ao som. Até o sexto mês, localiza
fechamento das pálpebras bilateral e, simetricamente. o som à altura e abaixo dos ouvidos, estando sentados,
Este reflexo não desaparece, assim como o glabelar. e até treze meses, acima da cabeça. Segundo Northern
Reflexo glabelar: Percutindo-se com o dedo do exa- e Downs, 198925 dos 7 aos 9 meses a criança localiza
minador (um leve toque) na glabela ocorre fechamen- fonte de 30 a 40 dB para o lado e, indiretamente, para
to imediato das pálpebras, simétrica e bilateralmen- baixo. A porção vestibular é testada nas provas de
te. R. orbicular dos lábios: Percutindo-se a porção equilíbrio. R. de “olhos de boneca”: Ao se desviar
média do lábio superior, no filtrum, ocorre contração a cabeça para um dos lados, há desvio conjugado dos
da musculatura orbicular dos lábios. Este não é obri- olhos para o lado oposto. Este é um reflexo normal no
gatório no RN, e, se presente, costuma ser hipoativo. indivíduo, indicando integridade das vias vestibulo-ocu-
O mesmo ocorre com o R. Mentoniano, que tem lares. Entretanto, estando o indivíduo em vigília, o mes-
aferência e eferência pelo V nervo (trigêmeo, divisão mo é substituído ou inibido pelo sinergismo óculo-
mandibular): R. mentoniano: Percutindo-se o mento, cefalógiro, isto é, ao se desviar a cabeça os olhos acom-
estando a boca levemente aberta, ocorre movimento panham o movimento, fixando os objetos à sua frente.
de contração reflexa do músculo masseteriano. A por- Diament12 o obteve até o final do segundo mês em
ção motora do V nervo craniano pode ser examinada, RN a termo.
inspecionando-se e palpando-se a textura dos IX - Glossofaríngeo e X -Vago: Observando-
masseteres, um dos responsáveis pelos movimentos se a deglutição, mobilidade do pálato e a voz, podemos
mastigatórios. Deve-se observar a simetria à oclusão avaliar as funções motoras destes nervos, a gustação,
dos maxilares, através da justaposição dos dentes in- reflexos do vômito e estornutatório, as funções auto-
cisivos superiores e inferiores. Em lesão motora do nômicas. A elevação do palato posterior pode ser ava-
trigêmeo, a boca mantém-se aberta e desviada para o liada, solicitando-se ao paciente para, com a cavidade
lado lesado. oral bem aberta, emitir a vogal “A” ou se isto não for
VII - Facial: Este nervo é responsável pela possível, observar o palato do bebê, quando este esti-
motricidade facial gustação dos 2/3 anteriores da lín- ver chorando. Nas lesões do ramo laringeo superior
gua, salivação parotídea e lacrimação. Podemos ob- do vago ocorrem as alterações variáveis na tonalidade
servar a expressão facial do bebê quando este chora da voz. A gustação do 1/3 posterior da língua, somen-
ou sorri, reforçando o sulco nasogeniano; quando acom- te, deve ser investigada quando a criança pode forne-
panha um objeto com os olhos, elevando os supercílios cer informações confiáveis, por volta dos 5 anos. O
e, também, durante o piscamento. Observando-se o R. do vômito pode ser examinado com uma espátu-
bebê dormindo, o fechamento incompleto das pálpe- la, estimulando-se a faringe posterior. O R. estornu-
bras (uni ou bilateralmente) pode ser sinal de compro- tatório ( o V nervo é aferente e a eferência é com-
metimento periférico do nervo facial. A função gusta- plexa, participando o X, V, VII, IX nervos torácicos
tiva pode ser avaliada com gotas de limão, sal ou açú- superiores e vias simpáticas) é obtido roçando-se um
car. Está presente, precocemente, no bebê. A função filete de algodão na mucosa nasal.
lacrimal pode ser avaliada pelo teste do papel de filtro XI - Acessório: Responsável pela tonicidade
colocado sobre o conduto lacrimal. A lacrimação com dos músculos esternocleidomastoideo e trapézios, es-
choro é observada até 10 dias após o nascimento a tes devem ser cuidadosamente inspecionados e palpa-
termo. Nas lesões centrais do nervo facial, apenas o dos, observando-se simetria no trofismo e tono. Em
andar inferior da face é acometido (apagamento do caso de lesão unilateral, há inclinação da cabeça e re-
sulco nasogeniano). Nas lesões periféricas, as porções baixamento do nível do ombro (estando a criança sen-
superiores, incluindo o olho, e inferior são comprome- tada) para o lado da lesão.
tidas. XII - Hipoglosso: Responsável pela motricida-
VIII - Acústico e Vestibular: A audição deve de da língua, esta deve ser examinada quanto ao
ser testada desde o dia do nascimento, pois é condição trofismo, motilidade, força muscular e centralização da
para o desenvolvimento da linguagem. Ao ouvir o som linha média. Em lesão unilateral, em repouso, dentro
de uma campainha, ou de um gongo, ou chocalho da boca a língua está desviada para o lado oposto ao da
(o instrumento-estímulo não está padronizado) o bebê lesão. Ao exteriorizá-la há desvio para o mesmo lado
modifica o padrão respiratório, fica “atento”, ou modi- da lesão.
35
5. C. A. R. Funayama
Ainda examinando a face, através dos reflexos desde 32 semanas gestacionais e, em 100%, dos RN a
próprios do RN, podemos verificar alguns dos nervos termo17. A adução pode faltar. O R. de Moro2 vai se
cranianos: fragmentando e desaparecendo até o sexto mês.
R. de sucção - Nervos V, VII, XII: A suc- R. Preensão palmar - Aferência e eferência
ção pode ser testada com o dedo mínimo enluvado, do raízes C6, C7, C8: O estímulo pode ser o dedo
examinador, ou utilizando-se o dorso da mão do pró- mínimo do examinador. O bebê com 28 semanas con-
prio bebê. A resposta está presente, reflexa, até 7 me- cepcionais apenas flete os dedos, progressivamente
ses 12 no RN ocorrem, normalmente, 12 sucções em transmite a força muscular ao longo da mão, punho
10 segundos7. (32 semanas), antebraço e bíceps braquial (a termo)17.
R. da voracidade ou pontos cardeais - V afe- No sexto mês, 100% dos lactentes passam da fase de
rente e VII eferente: Estimulando-se com um ro- preensão palmar reflexa para voluntária12.
çar do dedo do examinador a comissura labial e por- R. Tônico-cervical de Magnus e de Kleijn
ção média perilabial superior (3º tempo) e inferior (4º ou Tônico-cervical Assimétrico ( RTCMK ou
tempo) há desvio dos lábios para o lado estimulado4. RTCA, postural): Rodando a cabeça para um dos
Ocorre em 100% dos RN a termo e desaparece do 3º lados, ocorre abdução e flexão do membro superior do
ao 6º mês17. As respostas às estimulações laterais es- lado occipital e abdução e extensão do membro supe-
tão presentes desde 28 semanas. rior do lado facial (Posição do esgrimista). O RTCMK
R. de endireitamento (R. de integração ves- ou RTCA pode estar ausente ou se apresentar incom-
tibular - tônico - postural): Estando o bebê em de- pleto, fragmentado desde as 28 semanas concepcionais
cúbito dorsal, ao lateralizar, passiva ou ativamente, a até o terceiro mês pós-termo8,12,17. Resposta fragmen-
cabeça ocorre lateralização do tronco e pelve para o tada em membros inferiores, acompanhando o movi-
mesmo lado. Este reflexo não é obrigatório no RN. mento dos superiores, também, pode ocorrer.
Entretanto, segundo Mcgraw26,27, a mudança de de- R. de Preensão plantar - Aferência e efe-
cúbito dorsal para lateral observada a partir do quarto rência em S1: Interpondo-se o dedo mínimo do exa-
mês é inicialmente reflexa, com as mesmas bases do minador na base dos artelhos, estes se fletem. Obser-
controle tônico da cabeça sobre os seguimentos cor- vado precocemente, nas 25 semanas gestacionais17,
porais. sempre presente no RN a termo, este reflexo não mais
é obtido no final do primeiro ano12.
R. Cutâneo-Plantar - S1 aferente e L4
3. BEBÊ EM DECÚBITO DORSAL - DESPIDO eferente: No sentido artelhos-calcâneo (para que não
se desencadeie a preensão plantar), na porção lateral
Reflexos Fásicos Apendiculares - Todos do pé do bebê, a estimulação tátil pode ser realizada,
os reflexos devem ser obtidos, são exaltados em de- utilizando-se a ponta (unha) do dedo mínimo do exa-
corrência da imaturidade da via piramidal, e tornam- minador. Observa-se extensão do hálux em 100% dos
se normoativos até o final do segundo ano. Neste pe- RN, desde o mais precoce período8,17. Pode ocorrer
ríodo, a presença de clono de pés esgotável é normal, ou não a abertura dos artelhos em leque. A inversão
desde que simétrico. do reflexo, isto é, a resposta em flexão do hálux ocor-
R. de Moro - Aferência proprioceptiva cer- rerá em 80% dos lactentes, por volta dos doze me-
vical, acústica ou vestibular e eferência principal ses12, podendo em alguns casos chegar à metade do
em C5-C6: Pode ser desencadeado por um som súbi- segundo ano, sendo bilateral e simétrico, sem clono de
to, ou puxando-se o bebê pelos punhos, a partir da po- pés.
sição em decúbito dorsal e, em seguida, soltando-o, ou Exame do tono: O tono muscular deve ser
com a manobra mais sensível, segundo André Thomas4: examinado em cada segmento, movimentando-se pas-
Toma-se no colo o bebê, como se fosse para acalantá- sivamente as articulações, registrando a resistência à
lo, porém distanciando-o para que seus membros su- flexão e extensão dos membros e medindo-se os ân-
periores fiquem livres para abduzirem. Com a mão gulos de flexão ou extensão, conforme descritos pela
esquerda, o examinador apóia-lhe o dorso e, com a escola francesa28. A movimentação passiva dos mem-
direita, o occipício. Em seguida, solta-se o apoio do bros e a palpação muscular são a melhor forma de
occipício, deixando a cabeça cair alguns centímetros, verificação do tono, embora subjetiva. Aprende-se,
apoiando-a novamente. Há abdução dos membros através da prática, a reconhecer a hipertonia fisiológi-
superiores e abertura das mãos que estão presentes ca dos membros nos primeiros meses, a hipotonia fi-
36
6. Exame neurológico em crianças.
siológica global que se instala a partir do quarto mês e Galant refere-se ao encurvamento lateral do tronco,
se estende até o final do segundo ano. A medida de provocado pelo estímulo tátil aplicado no sentido verti-
ângulos, além de nos fornecer informações sobre o cal, paravertebral17.
tono, é útil para verificação da idade gestacional9.
Particularmente úteis são as medidas dos ângulos, de 5. ERGUENDO-SE A CRIANÇA NA VERTI-
acordo com Amiel-Tison: O ângulo poplíteo no RN a CAL (EM PÉ)
termo varia de 90 a 120 graus e, no sexto mês, chega
a 180 graus. O dos adutores das coxas, no RN a Reflexos próprios do RN: R. de sustenta-
termo, mede de 70 a 120 graus, e chega a 150-170 no ção dos membros inferiores e global (R. postural).
sexto mês. O punho-mão, medido na face ulnar, no Com apoio plantar no plano da mesa de exame, o bebê
RN a termo, varia de 0 a 30 graus e, no decorrer do realiza extensão que pode se limitar aos membros inferi-
primeiro ano, vai se ampliando até 70 graus. O punho- ores ou se estender ao tronco e região cervical. Preco-
ombro, de flexão do antebraço, mede zero graus no cemente presente no pré-termo, pode, entretanto, fal-
RN e vai ampliando até 40 graus no final do primeiro tar, sem significado patológico4. Por outro lado, embo-
ano. O pé-perna, de flexão do pé, varia de zero a 10 ra haja referências sobre o seu desaparecimento aos qua-
graus, no RN a termo, e amplia-se até 60 graus aos 12 tro meses, sua persistência pode ocorrer em crianças
meses. O tono do tronco deve ser examinado, através normais confundindo-se com a fase do erguer-se com
da flexão (decúbito dorsal), extensão (decúbito ven- apoio, voluntária. R. de colocação (placing) ou “da
tral) e lateralização passivas, testando-se assim a mus- escada” (integração córtico-cerebelar): Segurando-
culatura abdominal e paravertebral. Observam-se a se a criança erguida, pelas axilas, ao roçar o dorso do
simetria de resposta e a amplitude do movimento17. A pé sob a borda de uma mesa, imediatamente a mesma
força nos membros inferiores pode ser obtida, através coloca o pé sobre a mesa. Deve ser bilateral e está
da manobra de Branco-Lefèvre11, mantendo-os pen- presente em 100% dos bebês17. Não desaparece com
dentes fora do leito, ou da mesa de exame, observan- a idade. R. de Marcha (R. postural): Presente de
do-se quantidade, qualidade e simetria de movimen- forma incompleta no RN pré-termo de 30 semanas 8,17,
tos. atinge sua manifestação máxima nas 37 semanas e
desaparece, em 100% dos casos, no terceiro mês, após
4. PUXANDO-SE A CRIANÇA PARA A POSI- o termo12.
ÇÃO SENTADA
6. SUSPENSÃO VENTRAL
Exame do tono: A manobra de tração4 per-
mite verificar o tono cervical. Puxando-se o bebê pe- Exame do tono: Erguendo-se o bebê em posi-
los punhos, da posição em decúbito dorsal para senta- ção ventral, apoiado no tórax, pode se testar o tono
da, a cabeça pendente é sinal de hipotonia cervical extensor do tronco e cervical. Esta manobra é parti-
anterior, que até o final do terceiro mês, no lactente cularmente útil no primeiro ano de vida e permite dife-
nascido a termo, é fisiológica. Mantendo-se o bebê renciar, por exemplo, hipotonia patológica da hipotonia
sentado com apoio nas axilas e deixando-se a cabeça fisiológica que se observa a partir do quarto mês12. A
cair para frente, ocorre imediata extensão cervical, de- resposta extensora máxima do tronco, cervical e mem-
monstrando tonicidade normal no grupo muscular bros constitui o R. de Landau, que ocorre a partir do
posterior, extensor cervical. No final da primeira se- quarto mês. Este foi chamado R. Landau I por Diament
mana, 95% dos RN nascidos a termo apresenta a que, também, descreveu o Landau II em que, durante
musculatura cervical posterior normotônica17. a resposta à pesquisa do Landau I, forçando-se uma
R. de encurvamento do tronco - Aferentes flexão da cabeça, há flexão reflexa do tronco e mem-
e eferentes nervos intercostais: Um estímulo tátil bros. Estes são reflexos tônicos posturais e labirínticos
horizontal no trajeto de qualquer das raizes dorsais de- que não desaparecem com a maturação.
sencadeia encurvamento do tronco, por contração da
musculatura paravertebral. Este reflexo, com o estímulo 7. DECÚBITO VENTRAL
suave, que se aplica no RN, desaparece em torno do
oitavo mês, porém estímulo mais intenso e inespe- Reflexos próprios do RN: R. do Arrastre
rado pode elicitá-lo em qualquer idade. Reação de (R. postural). Ao ser colocado em decúbito ventral,
37
7. C. A. R. Funayama
o RN imediatamente inicia movimentos de reptação retificada, indicando tono adequado no tronco. Outra
reflexa, com duração de alguns segundos. Este refle- fase ocorre até o décimo segundo mês, quando o bebê
xo não está presente em todos os RN. Não foi estuda- pode passar sozinho da posição em decúbito dorsal
do em pré-termos e se desconhece o período de de- para sentado29. Quanto à marcha sem apoio, ocorre
saparecimento. Pode ser desencadeado pela manobra até os 12 meses, em 20% das crianças brasileiras nor-
de Bauer, promovendo-se com a mão do examinador mais7. A aquisição da marcha sem apoio, de modo geral
um apoio plantar com o bebê na mesma posição e exer- tem sido considerada até a idade de 18 meses29. En-
cendo-se leve força, ocorre a propulsão. R de Pas- tretanto existem crianças, inclusive na mesma família,
sagem do Braço17: Estendendo-se os membros su- que deambulam um pouco mais tarde, no final do se-
periores do bebê em decúbito ventral, ao longo do cor- gundo ano, sem apresentarem patologia.
po, e procedendo-se rotação de sua cabeça para um Para atingir a fase do sentar-se sem apoio é
dos lados, este, imediatamente, realiza abdução e flexão necessário, além de ter completado a maturação cer-
do membro superior em direção à face. Faz-se a rota- vical, ter também completado a fase de mudança de
ção da cabeça para um lado e depois para o outro. decúbito. Até o final do quinto mês, os bebês mudam
Exame do tono: Em decúbito ventral, o bebê de decúbito prono para supino e até o final do sétimo
pode ser examinado quanto ao tono cervical posterior, mês, de supino para prono29. A passagem de supino para
abdominal e paravertebral. A reação de fuga à asfixia, prono, com rotação do tronco e apoio lateral da mão
descrita por Illingworth, deve-se ao tono normal da fazem parte do movimento para o sentar sem apoio.
musculatura cervical posterior, que permite a exten- Cerca de 12 a 20% dos bebês não engatinham
são da cabeça. O tono abdominal e paravertebral po- e cerca de 3% exibem o engatinhar atípico30 , ou seja,
dem ser examinados, através da extensão passiva da evoluem bem até o sentar sem apoio, engatinham de
coluna vertebral, elevando os membros inferiores da nádega, ou de barriga, ou reptando para trás e demo-
mesa de exame e observando-se a amplitude do movi- ram até 24 meses para andar sem apoio. Esta variação
mento. no modo de engatinhar tem sido atribuída a assimetrias
no tono global ou hipotonia, com dificuldade do bebê
8. POSTURA E MARCHA para suportar o próprio peso. Não há estudos comple-
tos, até o momento abordando esta hipótese.
A seqüência no desenvolvimento postural obe- A prova do equilíbrio estático, através da capa-
dece sempre à mesma ordem: Primeiro, o bebê firma cidade de manter-se em pé sem apoio, com os pés
o pescoço, e em seguida, sucessivamente com e sem unidos somente é possível a partir dos três anos de
apoio, senta-se, ergue-se e anda. Variações culturais idade. Aos três anos, a criança atende ao comando do
no manejo do bebê modificam o período das fases, examinador permanecendo em pé, de pés unidos, por
mas não a sua seqüência. 30 segundos, mas não obedece ao comando de fechar
O controle cervical ocorre primeiro no grupo os olhos, o que somente realiza aos quatro anos18.
posterior ou extensor e depois, até o final do terceiro Ao desenvolvimento das estruturas estatociné-
mês, no grupo anterior. ticas se vincula o aparecimento dos reflexos de apoio
O “sentar com apoio” deve ser observado, pelo lateral e de precipitação ou pára-quedas31. Ambos
menos em duas de suas fases: Uma fase ocorre em iniciam seu aparecimento em torno do oitavo mês,
torno do sexto mês, quando, colocando-se o bebê sen- pós-nascimento a termo e estão sempre presentes aos
tado, este permanece por algum tempo sem cair para 12 meses. O R. de apoio lateral se obtém quando o
os lados, apoiado nas próprias mãos (colocadas pelo lactente se senta sozinho. Estando sentado, mãos sobre
examinador) entre os membros inferiores29. Há cur- as coxas, ao ser empurrado para um dos lados, estende o
vatura da coluna vertebral, com cifose lombar, em de- membro superior e apóia-se, lateralmente, com a mão
corrência da hipotonia do tronco. Outra fase ocorre espalmada na mesa de exame. Deve-se proceder da
por volta do nono mês, quando a criança senta por si mesma forma no outro lado e verificar simetria de res-
mesma, agarrando-se a um suporte29. posta. O R. de precipitação é obtido elevando-se o
O “sentar sem apoio”, também, deve ser obser- bebê em suspensão ventral e procedendo rápida inclina-
vado pelo menos em duas fases: Uma, em torno do ção do polo cefálico, em direção à mesa de exame. Há
nono mês, quando, colocando-se o bebê sentado, este anteposição e extensão dos membros superiores, si-
permanece por algum tempo sem apoio das mãos, mas metricamente, buscando apoio das mãos sobre a mesa
pode desequilibrar-se para os lados. A coluna está de exame.
38
8. Exame neurológico em crianças.
Quando a marcha se torna independente, inicial- dibular do trigêmeo, respectivamente. O R. de en-
mente, no segundo ano, apresenta-se com base alargada curvamento do tronco, já descrito, pode ser provo-
em decorrência da imaturidade cerebelar. Entretanto cado ao longo da região paravertebral, testando-se
não é ebriosa. Logo a criança contorna bem obstácu- desde os segmentos T4 até L1. Os R. cutâneo-abdo-
los e, no terceiro ano, consegue correr19. Provas para minais abrangem T 6 a T12 , o R. cremastérico,
teste do equilíbrio dinâmico dos três aos sete anos de L1 e L2 e o R. anal superficial, S2 a S5. A sensibilida-
idade foram descritas por Lefèvre, 197213 e são úteis de proprioceptiva inconsciente pode ser avaliada, em
para verificação do grau de maturação ou sinais de parte, através da marcha espontânea, observando-se
comprometimento das vias ligadas ao equilíbrio, coor- a forma como a criança apóia os pés no chão ao dar
denação e sensibilidade. Estão descritas no esquema os passos. Funções perceptivas inconscientes, com-
final deste resumo. plexas, que envolvem integração das várias modalida-
des de sensibilidade, vão amadurecer ao longo da pri-
9. COORDENAÇÃO MOTORA meira década de vida. Assim, por exemplo, a percep-
ção da saliva e sua contenção dentro da cavidade oral,
A preensão palmar passa a ser voluntária, em e a consciência de partes do seu próprio corpo, estão
100% das crianças, aos 4 meses12. Inicialmente, a maduras em torno de 24 meses.
preensão é predominantemente ulnar, em seguida medial A coordenação visuomotora é uma das fun-
e, até o final do primeiro ano deve ser em pinça6. Apa- ções corticais superiores, que pode ser avaliada pre-
nhar um objeto sem errar o alvo ( Eumetria) amadu- cocemente. No terceiro mês, o bebê olha para as pró-
rece ao longo dos dois primeiros anos. Justificam-se prias mãos18. Logo, inicia movimentos de apanhar a
as tentativas e erros ao tentar alcançar a colher e outra mão presente no campo visual, fazendo o mes-
levá-la à boca. Não se observam, entretanto, tremo- mo com objetos colocados neste campo18. No quinto mês,
res. A prova index-nariz é fidedigna a partir dos 4 passa a estender os membros superiores para buscar o
anos13,32. Até o sétimo ano, é perfeita a eudiadococi- objeto próximo ao campo visual, voluntariamente, e o
nesia, ou seja, movimento alterno da mão estendida, passa de uma para outra mão. Do oitavo ao décimo
em pronação-supinação do antebraço13,32. A prova cal- segundo mês, descobre um objeto que observa ser es-
canhar-joelho não foi testada em crianças. Aos 7 anos, condido sob um lenço 19. A prova lenço-rosto pode ser
pode se verificar a prova de coordenação tronco-mem- utilizada no período neonatal, registrando-se o com-
bros, em que, estando a criança em decúbito dorsal, portamento do bebê24 e, em torno do oitavo mês, o
braços cruzados, senta-se sem apoio e sem elevar o lactente exibe movimento de retirada do lenço, colo-
calcanhar13. cado pelo examinador sobre o seu rosto12.
Enquanto observamos aspectos semiológicos
10. SENSIBILIDADE E FUNÇÕES CORTI- motores e sensitivos bem definidos da fase sensório-
CAIS SUPERIORES motora, neste período estão se desenvolvendo, tam-
bém, as funções corticais superiores, como as praxias
Observamos que, no RN a termo, há resposta à e gnosias, resultantes de integração das diversas áre-
pesquisa de todos os reflexos fásicos, superficiais, e as corticais, e a tríade atenção-memória-evocação, que
dos 12 pares de nervos cranianos. A sensibilidade su- envolve estruturas como córtex e formações reticulares
perficial termalgésica e tátil grosseira, também, estão de tronco e tálamo. As interligações intracorticais
em adiantada fase de amadurecimento, podendo-se amadurecem além deste período, chegando a duas ou
pesquisá-las, entretanto, apenas qualitativamente, atra- três décadas de vida22. Praxia significa “fluência na
vés das reações motoras até os 5 anos de idade, quan- seqüência” de movimentos para uma finalidade, como
do a criança começa a fornecer informações mais fi- abotoar, amarrar sapatos, falar, assoprar uma vela,
dedignas. O mesmo ocorre à investigação da sensibi- assoviar, escrever. Quanto a praxia de mãos, aos 4
lidade proprioceptiva vibratória, artrocinética e noção anos a criança é capaz de abotoar e aos 7 anos dar
de posição seguimentar. Em relação à sensibilidade laço no sapato19. Aos 5 anos, em torno de 50% das
tátil grosseira, entretanto, pode-se observar sua pre- crianças, realiza movimentos como abrir uma das mãos
sença ou ausência através dos reflexos cutâneos: Na e fechar a outra alternadamente, como também unir,
face, os R. córneo-palpebral e o R. dos pontos seqüencialmente, o polegar aos demais dedos32. As
cardeais testam os ramos oftálmico, o maxilar e man- idades para os movimentos bucofonatórios, como
39
9. C. A. R. Funayama
assoprar, chupar no canudinho, bem como os mais praxia); uma caixa de lápis de cera (cores, noção de
complexos como exteriorizar a língua e colocá-la para quantidade, desenhos), passas secas (preensão em pin-
cima, ou entre o lábio inferior e gengiva, não estão ça), uma bola de tênis (coordenação), cartões com
bem estabelecidas. A praxia de fala, ou seja, a capaci- desenhos para cópia: circulo, quadrado, triângulo,
dade de seqüenciação das sílabas nas palavras, sem cruz, losango (coordenação visuomotora); um carri-
hesitações, depende do amadurecimento da zona nho pequeno com fio de um metro (equilíbrio dinâmi-
pre-motora da linguagem e suas conexões, o que ocorre co), dois fios de lã de tamanhos diferentes (noção de
em torno dos 2 anos, quando a criança emite palavras tamanho); dado pequeno, bolinha de gude, moeda, al-
e constrói frases agramaticais. Gagueira fisiológica godão (estereognosia); quadro temático simples (re-
pode ocorrer em torno de três anos de idade. conhecimento de figuras e descrição).
Gnosia significa “reconhecimento” e, portanto,
está ligada às vias de recepção auditiva, visual ou tátil
discriminativa. A gnosia auditiva pode ser testada pelo EXAME NEUROLÓGICO E DO DESENVOL-
reconhecimento de ritmos, sons e, no hemisfério do- VIMENTO DA CRIANÇA (Período de 0 a 7 anos)
minante para a fala, a gnosia verbal, ou seja, o reco-
Em qualquer idade
nhecimento dos sons da fala. A gnosia visual pode ser
• Devem estar presentes todos os reflexos miotáticos
testada através de “discriminação” de formas como fásicos, esperados para o adulto, bem como a semi-
bandeiras (colocam-se duas iguais entre outras para ologia completa dos 12 pares de nervos cranianos, e
serem encontradas) para a idade de 5 anos, ou para sensibilidades, com a ressalva das particularidades,
idade acima de 8 anos os testes propostos por Luria33. e às vezes impossibilidades técnicas para obtenção
Gnosia tátil pode ser testada através do reconhecimen- dos mesmos, em cada idade.
to de formas pelo tato (estereognosia), a partir dos 4
anos13. Até um mês de idade
Formas mais complexas de gnosias, que são re- • Olha para o rosto das pessoas que o observam.
sultado de integração entre as acima citadas, nos for- • Segue na horizontal, com os olhos, a luz de uma
necem importantes informações sobre as aquisições lanterna colocada a 30 cm dos olhos.
corticais superiores, como a integração visuo-espacial • Ao ouvir uma voz chamando-o, reage de algum modo:
e visuomotora que podem ser avaliadas, através do mudando o ritmo da respiração ou abrindo mais os
olhos e demonstrando “atenção ou rodando a cabeça
teste de Bender34. Todas as formas de gnosia e praxia
para um dos lados como se quisesse localizar a fon-
são importantes para a aquisição de leitura e escrita
te do som”.
espontânea ou sob ditado, havendo maturação de áre- • Colocado em DV, levanta a cabeça por alguns se-
as específicas envolvidas com símbolos gráficos da gundos.
língua, independentemente da maturação do reconhe- • Reflexos primitivos obrigatórios desde o nascimen-
cimento e praxia para outros símbolos. to: Sucção, voracidade, preensão palmar, preensão
No esquema abaixo, introduzimos itens de se- plantar, moro, colocação, encurvamento do tronco,
miologia neurológica geral, evolutiva e outros parâme- cutâneo plantar em extensão. Reflexos primitivos não
tros do desenvolvimento. Os itens apresentados reú- obrigatórios: Marcha, RTCMK, sustentação, arrastre,
nem propostas dos diversos autores já citados, incluin- endireitamento.
do Gesell18 e dados da Escala de Denver19. Estes
itens foram escolhidos a partir da informação de que
Três meses
• Sorri reativamente.
pelo menos 95% das crianças nascidas a termo ou
• Olha para as próprias mãos.
com idade corrigida devem estar cumprindo estes itens, • Junta as mãos.
nas idades consideradas. Assim se torna mais útil a • Ao ouvir uma voz, fica atento.
aplicação da mesma nas avaliações onde se busca uma • Colocado em DV, apoia-se sobre os MMSS fletidos
idade limite para a normalidade, a partir da qual se • Desaparece o R. de marcha e tônico-cervical assi-
considera atraso. métrico.
Na medida do possível, constatamos os dados
durante o exame, sem interrogar a mãe sobre os mes- Quatro meses
mos. Além do material de exame neurológico clássico, • Sons guturais (“AN GU”)
os seguintes materiais devem ser utilizados: 8 cubos • Colocado sentado, a cabeça fica firme.
de 2,5 cm de lado (para provas de coordenação e • Início de preensão palmar voluntária.
40
10. Exame neurológico em crianças.
Seis meses • Aponta para figuras em um livro.
• Inicia sons vocálicos: “AAAAAA” • Faz rabiscos no papel.
• Localiza som (molho de chaves), na altura dos ou- • Torre de quatro cubos.
vidos. • Chuta um bola.
• Em DV, estende os membros superiores e eleva o • Sobe e desce de uma cadeira.
tórax.
• Muda decúbito. Dois anos e meio
• Sentado, o tronco ainda cai para a frente e para os • Nomeia figuras simples.
lados. • Copia traços, sem direção.
• Apanha o objeto e passa para outra mão. • Joga a bola de cima para baixo.
• Reflexos primitivos ausentes, exceto o de preensão • Sobe escada, colocando os dois pés em cada degrau.
plantar e cutâneo-plantar em extensão. • Corre.
Oito meses Três anos
• Alcança, olha, passa para a outra mão, e explora o • Frases gramaticais.( EU)
objeto. • Diz o próprio nome completo.
• Gagueira fisiológica.
Nove meses
• Brinca de faz-de-conta.
• Lalação: “BAA BAA BAA” “TAA TA TA” MA-MA”.
• Copia um círculo.
• Localiza som ao lado e acima da cabeça (até 13
• Copia traço na vertical.
meses).
• Sentado, fica sozinho, tronco ereto, sem cair. • Torre de 8 cubos. Até 3a e 6m faz ponte.
• Recusa aproximação de pessoas estranhas. • Anda para trás 3 metros, puxando um carrinho.
• Descobre objeto que observa ser escondido ao seu • Equilíbrio estático com olhos abertos.
alcance. • Pedala triciclos.
• Coloca os sapatos, não faz laço.
Doze meses
• Lalação: “Mama” “Papa” “Dada” Quatro anos
• Procura o objeto que cai ou rola de suas mãos. • Vai sozinho ao vaso sanitário.
• Preensão usando os dedos polegar e indicador • Controle da enurese noturna.
(Pinça). • Frases completas. Ainda troca letras: R por L, S
• Põe-se em pé com apoio. por T; ou suprime as letras (sapato por pato).
• Em DV, senta-se sem ajuda • Usa plural.
• R. de apoio lateral e pára-quedas. • Senso de humor, noção de perigo.
• R. de preensão plantar ausente. • Preensão do lápis igual adulto.
• Copia cruz.
Dezoito meses • Noção de “mais comprido”.
• Primeiras palavras-frases: “Dá” • Lava as mãos e ajuda no banho.
• Brinca imitando (telefone no ouvido, tenta rabiscar). • Agarra uma bola arremessada.
• Aponta para o que quer. • Sobe escada alternando os pés.
• Torre de 2 cubos. • Equilíbrio estático com olhos fechados.
• Vence obstáculos, abre porta.
• Anda sem ajuda. Quatro anos e meio
• R. Cutâneo-plantar em flexão. • Compreende frio, cansaço, fome.
• Compreende perto, longe, em cima, em baixo.
Dois anos • Abotoa a roupa
• Combina 2 palavras
• Associa idéias: aperta o interruptor e olha para a lâm- Cinco anos
pada. Aponta para a bolsa, por. ex., da mãe e diz
“mamãe”.
Seis anos
• Copia um quadrado.
• Imita trabalhos caseiros.
• Desenha homem com 6 partes
• Retira a roupa. • Anda para trás colocando um pé atrás do outro (pon-
• Usa a colher. ta do pé-calcanhar), com olhos abertos, 2 metros.
• Aponta para partes do corpo. • Estereognosia.
41
11. C. A. R. Funayama
Sete anos atrás do outro (ponta de pé-calcanhar).
• Noção de hora, dia, mês e ano. • Joga bola em uma altura 30 x 30 cm e 2 m, fazendo
• Fornece o endereço completo. abdução do MS (joga por cima).
• Descreve o que vê. • Anda colocando o calcanhar na ponta do outro pé,
• Copia triângulo e inicia a cópia do losango. para frente 2 metros, com olhos abertos.
• Amarra o cordão do sapato. • Conhece as cores primárias.
• Reconhece direita e esquerda no próprio corpo. • Desenha de memória a figura humana.
• Salta e bate duas palmas, antes de tocar os pés no • Fica longe da mãe sem protestar.
chão. • Conta histórias, fala sem trocar letras.
• Eudiadococinesia. • Escolhe amigos.
• Fica parado em pé, por 10 segundos com um pé • Se veste sem ajuda.
FUNAYAMA CAR. Neurologic examination in children. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 32-43, jan./mar. 1996
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