2. É composta pelo prefixo eu- (bem) e pelo substantivo “daimon”
(espírito), tem-se proposto em alternativa expressões como
“viver bem” ou “florescimento”. Mas o consenso aparente é
que “felicidade” é adequado se o termo for apropriadamente
compreendido no contexto filosófico da antiguidade.
3. Sendo então a felicidade o objetivo de todos os mortais, o erro
destes consiste em buscá-la nos lugares errados. Os homens
vivem como sonâmbulos ou ébrios, que não conseguem
encontrar o caminho para a própria casa.
4. Com efeito, todos os homens desejam encontrar a felicidade,
mas a ignorância humana os desvia para os falsos bens. Quando
nos lançamos ao mundo exterior ávidos por encontrarmos nele
a felicidade, caímos em erro e engano.
E as preocupações, que aumentam à medida que damos mais
importância aos bens exteriores, ferem o princípio da razão,
uma vez que esta deve auxiliar-nos na busca da felicidade.
5. A verdadeira felicidade não se encontra na instabilidade e
multiplicidade deste mundo. Alguns, acreditando que o supremo
bem esteja na riqueza, trabalham incessantemente, no intuito de
poderem adquirir para si os tesouros financeiros.
Há ainda os que julgam estar a felicidade no poder e, desta
forma, buscam adentrar na corte dos governantes. Há também
uma grande maioria que acredita estar a felicidade nos prazeres,
e a eles se entregam desmedidamente.
6. A verdadeira felicidade é completa em si mesma e os homens
só buscam estes bens por considerarem que eles os
preenchem. Mas os bens terrestres não dão ao homem aquilo
que prometem. Eles não tornam o homem ausente de
perturbações e ainda geram novas necessidades, tornando-
nos mais dependentes de outras contingências exteriores.
12. • Aristóteles apresenta outras condições para que o homem
seja feliz , não descartando totalmente a possibilidade de
utilizar os bens exteriores como forma de alcaçá-la,a felicidade
necessita igualmente dos bens exteriores, pois é impossível ,
ou pelo menos não é fácil , praticar ações nobres e sem os
devidos meios.
• O estudo da ética aristotélica nos apresenta várias condições
para considerar uma vida feliz, tais como a prática das
virtudes, o cultivo da das amizades ,preservação da saúde,
insuficiência de bens materiais , convivências harmoniosa na
pólis e acesso as discussões filosóficas.
14. • A felicidade ( eudaimonia ) e para Sócrates o bem ultimo e
incondicional.
• E o único bem que procuramos ou desejamos por si próprio e
é por conseguinte, o fim de todas as nossas ações.
15. Acondiçãodafelicidade:avirtude
• No procedimento socrático, a virtude não e um simples meio
para atingir a felicidade. Em geral, uma vez atingida a
finalidade, os meios utilizados para a conseguir, tendo
cumprido a sua função, são abandonados. Ao contrario, no
que diz a respeito á virtude, distinguindo a da felicidade,
Sócrates recorda-se que é constitutiva. Em consequência, são
indissociáveis e alimenta-se mutuamente em permanecia.