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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1 INTRODUÇÃO

       Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo deve ser o grande
desafio da educação infantil. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia e sociologia possam ser de
grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de serem, elas permanecem
únicas em suas individualidades e diferença.

Os jogos e as brincadeiras estão sempre presentes no dia-a-dia das crianças, são atividades realizadas nas creches,
escolas, na casa das crianças, enfim acontece onde quer que ela esteja basta estar em qualquer lugar e usar a
criatividade, que a levará para o mundo da imaginação. Jogos e brincadeiras satisfazem à criança, seus interesses,
necessidades e desejos, expressando como se organiza, é uma forma de descobrir o mundo que a cerca.

      Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;

       Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades
lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal,
reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.

      Brincando a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica,
compõe, conceitua e cria. O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a
criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se
com outras crianças e com os adultos.

    "As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela
interpreta e enxerga o mundo". Brincar é um direito de todas as crianças do mundo, garantido no Principio VII da
Declaração Universal dos Direitos da Criança da UNICEF1. É uma atividade de grande importância para a criança, pois a
torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a
ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.

As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo;

As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se
desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mental-mente.



2 OS JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONCEPÇÃO DE ALGUNS AUTORES

        É preciso dizer que a brincadeira acontece onde quer que a criança se encontre, independente do local. Basta um
pequeno estímulo para que sua imaginação a leve para um mundo repleto de criatividade e movimento, expressando o
seu interior.

Celso Antunes (1998) 2 afirma que os falar de jogos que atribuam um estímulo ao crescimento, ao desenvolvimento
cognitivo, aos desafios ao viver, e não de jogos que promovam competição entre pessoas, que levam somente a derrota e
vitória: ”Em outras palavras, todo jogo pode ser usado para muitas crianças, mas sobre a inteligência será sempre pessoal
e impossível de se generalizada”

É difícil estabelecer-se que uma determinada atividade é uma brincadeira, um pequeno jogo ou um grande jogo. Para
podermos definir, temos que ver como esta atividade será desenvolvido no caso estudado e assim chegar a uma
conclusão. O próprio professor pode utilizar uma mesma atividade em forma de brincadeira, pequeno jogo ou grande
jogo, adaptando-a ao público a ser atingido. Para transformar uma brincadeira em jogo ou vice—versa, basta utilizar as
regras de acordo com as características da atividade. (CAVALLARI e ZACHARIAS, 1994, p.57) 3.

Vygotsky (2003) considera que, ao afirmar que o brinquedo é uma atividade que proporciona prazer a criança, pode estar
incorreta por algumas questões. Existem segundo ele, muitas outras atividades, como por exemplo, mamar, chupar
chupeta, dentre outras atividades, que proporcionam muito mais prazer na criança que o próprio brincar. A idéia do autor
retrata ainda, que se o jogo não condisser com as necessidades da criança, pode lhe causar algum tipo de frustração pela
perda de jogo, não trazendo os resultados de prazer nesta criança. Sendo assim comenta Vygotsky (2003, p.12) 4:

“Existem jogos nos qual a própria atividade não é agradável, como por exemplo, predominantemente no fim da idade
pré-escolar, jogos que só dão prazer à criança se ela considera o resultado interessante”.

     O jogo espontâneo infantil possui, portanto, dois aspectos bastante interessantes e simples de serem observados: o
prazer e, ao mesmo tempo, a atitude de seriedade com que a criança se dedica à brincadeira.

       Por envolverem extrema dedicação e entusiasmo, os jogos das crianças são fundamentais para o desenvolvimento
de diferentes condutas e também para a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir o
espaço do jogo como um espaço de experiência e liberdade de criação no quais as crianças expressam suas emoções,
sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo mesmo e com os outros. (SANTOS,
2001, p.89) 5.

O jogo ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão
ou perigo proporciona condições para a aprendizagem das normas sociais em situações de menor risco. A conduta lúdica
oferece oportunidades para experimentar comportamento que, em situações normais, jamais seriam tentados pelo medo
do erro ou punição. (KISHIMOTO, 1998, p.140) 6.

Com relação ao jogo, Piaget (1998) 7 acredita que ele é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício
que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. Em
torno dos 2-3 e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem à necessidade da criança de não
somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a representação.

Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando,
que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação
cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.

A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância
entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o
nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um
adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. (VYGOTSKY, 1984, P.97) 8.

De acordo com SANTOS (2002, p.13) 9, para entender a brincadeira deve se

entender a criança, assim, ele afirma que:

Para ajudar a criança no seu desenvolvimento buscamos compreender sua natureza, e nessa busca encontramos o
brincar como uma necessidade básica que surge muito cedo nela. A brincadeira é considerada a primeira conduta
inteligente do ser humano; ela aparece logo que a criança nasce e é de natureza sensório-motora. Isso significa que o
primeiro brinquedo são os dedos e seus movimentos, que observados pela criança constituem-se a origem mais remota
do jogo. Para cada etapa do desenvolvimento infantil existem tipos de brincadeiras correspondentes. Por isso a
brincadeira tem uma função essencial na vida da criança, embora muitos educadores digam que a criança muito pequena
não brinca ou não gosta de brincar. A verdade é que ela brinca de maneira diferente das maiores, envolve-se em
brincadeiras sucessivas e por um curto período de tempo.

O valor da brincadeira dá-se em três aspectos: desenvolvimento, socialização e aprendizagem.

Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa
de estimular, e ate mesmo de desenvolver as capacidades inatas, podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e
agressivo. Já quando brinca a vontade, tem maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e
afetuoso. (VELASCO, 1996, p.78) 10.

Figueiredo afirma que:
A brincadeira é para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com as pessoas muito diferentes entre
si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico,
de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma, de experimentar papeis desenvolvendo as bases da sua
personalidade. (FIGUEIREDO, 2004, p.7) 11.

Portanto, o brincar, como forma de atividade humana que tem grande predomínio na infância, encontra, assim, seu lugar
no processo educativo. Sua utilização promove o desenvolvimento dos processos psíquicos, dos movimentos,
acarretando o conhecimento do próprio corpo, da linguagem e da narrativa e a aprendizagem de conteúdos de áreas
específicas, como as ciências humanas e exatas.



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A importância dos jogos na educação infantil

  • 1. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 INTRODUÇÃO Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo deve ser o grande desafio da educação infantil. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia e sociologia possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de serem, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferença. Os jogos e as brincadeiras estão sempre presentes no dia-a-dia das crianças, são atividades realizadas nas creches, escolas, na casa das crianças, enfim acontece onde quer que ela esteja basta estar em qualquer lugar e usar a criatividade, que a levará para o mundo da imaginação. Jogos e brincadeiras satisfazem à criança, seus interesses, necessidades e desejos, expressando como se organiza, é uma forma de descobrir o mundo que a cerca. Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação; Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento. Brincando a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras crianças e com os adultos. "As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo". Brincar é um direito de todas as crianças do mundo, garantido no Principio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança da UNICEF1. É uma atividade de grande importância para a criança, pois a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária. As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo; As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mental-mente. 2 OS JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONCEPÇÃO DE ALGUNS AUTORES É preciso dizer que a brincadeira acontece onde quer que a criança se encontre, independente do local. Basta um pequeno estímulo para que sua imaginação a leve para um mundo repleto de criatividade e movimento, expressando o seu interior. Celso Antunes (1998) 2 afirma que os falar de jogos que atribuam um estímulo ao crescimento, ao desenvolvimento cognitivo, aos desafios ao viver, e não de jogos que promovam competição entre pessoas, que levam somente a derrota e vitória: ”Em outras palavras, todo jogo pode ser usado para muitas crianças, mas sobre a inteligência será sempre pessoal e impossível de se generalizada” É difícil estabelecer-se que uma determinada atividade é uma brincadeira, um pequeno jogo ou um grande jogo. Para podermos definir, temos que ver como esta atividade será desenvolvido no caso estudado e assim chegar a uma conclusão. O próprio professor pode utilizar uma mesma atividade em forma de brincadeira, pequeno jogo ou grande jogo, adaptando-a ao público a ser atingido. Para transformar uma brincadeira em jogo ou vice—versa, basta utilizar as regras de acordo com as características da atividade. (CAVALLARI e ZACHARIAS, 1994, p.57) 3. Vygotsky (2003) considera que, ao afirmar que o brinquedo é uma atividade que proporciona prazer a criança, pode estar incorreta por algumas questões. Existem segundo ele, muitas outras atividades, como por exemplo, mamar, chupar
  • 2. chupeta, dentre outras atividades, que proporcionam muito mais prazer na criança que o próprio brincar. A idéia do autor retrata ainda, que se o jogo não condisser com as necessidades da criança, pode lhe causar algum tipo de frustração pela perda de jogo, não trazendo os resultados de prazer nesta criança. Sendo assim comenta Vygotsky (2003, p.12) 4: “Existem jogos nos qual a própria atividade não é agradável, como por exemplo, predominantemente no fim da idade pré-escolar, jogos que só dão prazer à criança se ela considera o resultado interessante”. O jogo espontâneo infantil possui, portanto, dois aspectos bastante interessantes e simples de serem observados: o prazer e, ao mesmo tempo, a atitude de seriedade com que a criança se dedica à brincadeira. Por envolverem extrema dedicação e entusiasmo, os jogos das crianças são fundamentais para o desenvolvimento de diferentes condutas e também para a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir o espaço do jogo como um espaço de experiência e liberdade de criação no quais as crianças expressam suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo mesmo e com os outros. (SANTOS, 2001, p.89) 5. O jogo ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão ou perigo proporciona condições para a aprendizagem das normas sociais em situações de menor risco. A conduta lúdica oferece oportunidades para experimentar comportamento que, em situações normais, jamais seriam tentados pelo medo do erro ou punição. (KISHIMOTO, 1998, p.140) 6. Com relação ao jogo, Piaget (1998) 7 acredita que ele é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. Em torno dos 2-3 e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem à necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a representação. Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. (VYGOTSKY, 1984, P.97) 8. De acordo com SANTOS (2002, p.13) 9, para entender a brincadeira deve se entender a criança, assim, ele afirma que: Para ajudar a criança no seu desenvolvimento buscamos compreender sua natureza, e nessa busca encontramos o brincar como uma necessidade básica que surge muito cedo nela. A brincadeira é considerada a primeira conduta inteligente do ser humano; ela aparece logo que a criança nasce e é de natureza sensório-motora. Isso significa que o primeiro brinquedo são os dedos e seus movimentos, que observados pela criança constituem-se a origem mais remota do jogo. Para cada etapa do desenvolvimento infantil existem tipos de brincadeiras correspondentes. Por isso a brincadeira tem uma função essencial na vida da criança, embora muitos educadores digam que a criança muito pequena não brinca ou não gosta de brincar. A verdade é que ela brinca de maneira diferente das maiores, envolve-se em brincadeiras sucessivas e por um curto período de tempo. O valor da brincadeira dá-se em três aspectos: desenvolvimento, socialização e aprendizagem. Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e ate mesmo de desenvolver as capacidades inatas, podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade, tem maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso. (VELASCO, 1996, p.78) 10. Figueiredo afirma que:
  • 3. A brincadeira é para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com as pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico, de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma, de experimentar papeis desenvolvendo as bases da sua personalidade. (FIGUEIREDO, 2004, p.7) 11. Portanto, o brincar, como forma de atividade humana que tem grande predomínio na infância, encontra, assim, seu lugar no processo educativo. Sua utilização promove o desenvolvimento dos processos psíquicos, dos movimentos, acarretando o conhecimento do próprio corpo, da linguagem e da narrativa e a aprendizagem de conteúdos de áreas específicas, como as ciências humanas e exatas. Leia mais em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:q2aMfaqWZCEJ:www.webartigos.com/artigos/a- importancia-dos-jogos-e-brincadeiras-na-educacao- infantil/79330/+VELASCO,+Cacilda+Gon%C3%A7alves.+Brincar:+o+despertar+psicomotor.+Rio+de+Janeiro:+Sprint+Editor a,+1996&cd=7&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br#ixzz1xW0EzuZk