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Saúde e Doença
         Etimolologia
Doença – (latim) – dolentia
derivado de dolor e dolore (dor e
doer).
Saúde – (latim) – salutis, derivado
do radical salus (salvar, livrar do
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MODELO BIOMÉDICO
Conceito – desajuste ou falha nos
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organismo ou uma ausência de reação
aos estímulos a cuja ação está
exposto(...) processo (que) conduz a
uma perturbação da estrutura ou da
função de um órgão, de um sistema ou
de todo o organismo ou de suas
funções vitais (Jénicek e Cléroux, 1985 ).
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Doença infecciosa – é uma doença
do homem ou dos animais que resulta
de uma infecção (OMS, 1992)

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 desenvolvido privilegiando-se as
 doenças infecciosas. Neste modelo,
 as doenças não-infecciosas são
 definidas por exclusão.
Doença infecciosa

Infecção - a penetração              e o
desenvolvimento ou multiplicação de um
patógeno no organismo de uma pessoa ou
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meio interno do organismo. (OPAS/OMS,
1993)
Doença infecciosa
Doença Transmissível – qualquer doença
causada por agente infecciosos específico, ou
seus produtos tóxicos, que se manifesta pela
transmissão desse agente ou de seus produtos,
de uma pessoa ou animal infectado ou de um
reservatório a um hospedeiro suscetível, direta
ou indiretamente por meio de um hospedeiro
intermediário, de natureza vegetal ou animal, de
um vetor ou do meio-ambiente inanimado.
- trata-se de uma doença cujo agente etiológico é
vivo e transmissível.
Doença infecciosa

    Toda doença
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No modelo BIOMÉDICO de doença infecciosa, as
propriedades dos patógenos que mais importantes
são aquelas que regem sua relação com o hospedeiro
e as que contribuem para o aparecimento de doença
como produto dessa relação (OMS, 1992)

  INFECTIVIDADE

 PATOGENICIDADE
 VIRULÊNCIA
 PODER INVASIVO
 PODER IMUNOGÊNICO
Doença infecciosa

INFECTIVIDADE – é o nome que se dá ao
conjunto de qualidades específicas do agente,
que lhe permite vencer barreiras externas e
penetrar em outro organismo vivo, aí
multiplicando-se com maior ou menos facilidade.

PATOGENICIDADE – é a capacidade de o
agente infeccioso, uma vez instalado no
organismo do homem ou de outros animais,
produzir sintomas em maior ou menos proporção
dentre os hospedeiros infectados.
Doença infecciosa

VIRULÊNCIA – é a capacidade de um bioagente
produzir casos graves ou fatais. Relaciona-se com
a produção de toxinas e à sua capacidade de
multiplicação no organismo parasitado.


IMUNOGENICIDADE - também chamado poder
imunogênico, é a capacidade que o bioreagente
tem de induzir imunidade no hospedeiro.
Doença Não-infecciosa
 - é aquela que, no estado atual do
conhecimento clínico e fisiopatológico, não
se relaciona com uma invasão do organismo
por outros seres vivos parasitários.

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Na maioria das doenças não-infecciosas é
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    associação a um agente causal.


O termo RISCO é usado, neste
sentido, para indicar probabilidade de
doença, e não certeza de sua
ocorrência em todos os casos.
Fatores Etiológicos - Fatores de risco,
          Multicausalidade

Não existe apenas um fator, mas vários fatores
ou múltiplas causas na determinação desse
grupo de patologias. São muito importantes os
fatores de risco, quer exógenos, quer endógenos
. Porém, ainda mais importantes são os fatores
socioeconômico-culturais, que desempenham
papel fundamental, seja isoladamente ou em
interação (aditiva ou sinérgica) com aqueles
fatores de risco no processo de produção das
doenças.
Doença Não-infecciosa
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Baixa patogenicidade constitui uma das
características marcantes das doenças
não-infecciosas, em comparação com
doenças decorrentes da exposição a
agentes infecciosos.

    SUSCEPTIBILIDADE INDIVIDUAL
Doença Não-infecciosa

A ação necessária para produzir
perturbações bioquímicas primárias em
nível celular pode ser resultante de um
dos seguintes tipos de exposição.



 Exposição aguda
 Exposição reiterada e intermitente
 Exposição múltipla
Doença Não-infecciosa

 Exposição aguda – a fator de risco que se
apresenta em alta concentração.




  E               Perturbações na
                 bioquímica celular
                                         DOENÇA
Doença Não-infecciosa

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E         E          E

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      bioquímica celular            DOENÇA
Doença Não-infecciosa
Exposição múltipla – a fatores de risco que
atuam sinergicamente.


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 A noção de prevenção tem como fundamento um
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Meio Externo – onde interatuam determinantes e
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Meio Interno – locus onde se processaria, de
forma progressiva, uma série de modificações
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  Compreende a evolução das inter-relações
 dinâmicas entre condicionantes ecológicos e
socioeconômicos-culturais e condições intrín-
secas do sujeito, até o estabelecimento de uma
configuração de fatores propícios à instalação
      da doença (Leavell e Clark, 1976).



Natureza física, química, biológica,
nutricional ou genética
 Determinantes Econômicos
 Determinantes Culturais
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 Determinantes Biológicos
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Patogênese
Este modelo considera quatro níveis de evolução
da doença no período de patogênese:

     Interação agente-sujeito.

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Sistema – um conjunto de elementos, de tal
forma relacionados, que uma mudança no estado de
qualquer elemento provoca mudanças no estado
dos demais elementos.



   Ecossistema – quando inclui seres vivos e
   seres inanimados em interação dinâmica.
Sistema Epidemiológico
- entende-se o conjunto formado por agente
suscetível e pelo ambiente, dotado de uma
organização interna que regula as interações
determinantes da produção da doença,
juntamente com os fatores vinculados a cada
um dos elementos do sistema.

Sistema Epidemiológico-social –
formado pelo ambiente, população,
economia e cultura (San Martin, 1981).
Fatores Políticos e Sócio-econômios
Escassez de Alimentos, Falta de Escolas, Pobreza, Desemprego e subemprego,
Falta de estímulo agrícola, Habitação insalubre, baixo poder aquisitivo, Latifúndio.



                         Fatores Culturais
                         -Crendices, Ignorância,
    Diarréia             Uso abusivo de
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                   Água Contaminada.


                    Agentes Patogênicos
              Bioagentes, F.Nutricionais, F.Congênitos

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  • 1. Saúde e Doença Etimolologia Doença – (latim) – dolentia derivado de dolor e dolore (dor e doer). Saúde – (latim) – salutis, derivado do radical salus (salvar, livrar do perigo, afastar riscos) e (saudar, cumprimentar, desejar saúde).
  • 2. MODELO BIOMÉDICO Conceito – desajuste ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto(...) processo (que) conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais (Jénicek e Cléroux, 1985 ).
  • 3. Doenças Infecciosas e não-infecciosas. Modelo Biomédico Doença infecciosa – é uma doença do homem ou dos animais que resulta de uma infecção (OMS, 1992) O modelo biomédico foi desenvolvido privilegiando-se as doenças infecciosas. Neste modelo, as doenças não-infecciosas são definidas por exclusão.
  • 4. Doença infecciosa Infecção - a penetração e o desenvolvimento ou multiplicação de um patógeno no organismo de uma pessoa ou animal. Infestação – alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou nas vestes de pessoas, sem penetração no meio interno do organismo. (OPAS/OMS, 1993)
  • 5. Doença infecciosa Doença Transmissível – qualquer doença causada por agente infecciosos específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desse agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio-ambiente inanimado. - trata-se de uma doença cujo agente etiológico é vivo e transmissível.
  • 6. Doença infecciosa Toda doença CONTAGIOSA é INFECCIOSA, mas nem toda doença INFECCIOSA é CONTAGIOSA.
  • 7. Classificação de doenças quanto à duração e à etiologia DURAÇÃO ETIOLOGIA Agudas Crônicas Infecciosas Tétano, raiva,Tuberculose,ca- sarampo, gripe.lazar,hanseníase . Não- Envenenamento Diabetes, por picada de doença Infecciosas cobras, coronariana, acidentes. cirrose hepática.
  • 8. No modelo BIOMÉDICO de doença infecciosa, as propriedades dos patógenos que mais importantes são aquelas que regem sua relação com o hospedeiro e as que contribuem para o aparecimento de doença como produto dessa relação (OMS, 1992)  INFECTIVIDADE PATOGENICIDADE VIRULÊNCIA PODER INVASIVO PODER IMUNOGÊNICO
  • 9. Doença infecciosa INFECTIVIDADE – é o nome que se dá ao conjunto de qualidades específicas do agente, que lhe permite vencer barreiras externas e penetrar em outro organismo vivo, aí multiplicando-se com maior ou menos facilidade. PATOGENICIDADE – é a capacidade de o agente infeccioso, uma vez instalado no organismo do homem ou de outros animais, produzir sintomas em maior ou menos proporção dentre os hospedeiros infectados.
  • 10. Doença infecciosa VIRULÊNCIA – é a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais. Relaciona-se com a produção de toxinas e à sua capacidade de multiplicação no organismo parasitado. IMUNOGENICIDADE - também chamado poder imunogênico, é a capacidade que o bioreagente tem de induzir imunidade no hospedeiro.
  • 11. Doença Não-infecciosa - é aquela que, no estado atual do conhecimento clínico e fisiopatológico, não se relaciona com uma invasão do organismo por outros seres vivos parasitários.  Acidentes.  Intoxicações,  Mortes violentas.
  • 12. Conceito de Risco Na maioria das doenças não-infecciosas é impossível afirmar-se claramente sua associação a um agente causal. O termo RISCO é usado, neste sentido, para indicar probabilidade de doença, e não certeza de sua ocorrência em todos os casos.
  • 13. Fatores Etiológicos - Fatores de risco, Multicausalidade Não existe apenas um fator, mas vários fatores ou múltiplas causas na determinação desse grupo de patologias. São muito importantes os fatores de risco, quer exógenos, quer endógenos . Porém, ainda mais importantes são os fatores socioeconômico-culturais, que desempenham papel fundamental, seja isoladamente ou em interação (aditiva ou sinérgica) com aqueles fatores de risco no processo de produção das doenças.
  • 14. Doença Não-infecciosa FATORES DE RISCO Baixa patogenicidade constitui uma das características marcantes das doenças não-infecciosas, em comparação com doenças decorrentes da exposição a agentes infecciosos. SUSCEPTIBILIDADE INDIVIDUAL
  • 15. Doença Não-infecciosa A ação necessária para produzir perturbações bioquímicas primárias em nível celular pode ser resultante de um dos seguintes tipos de exposição.  Exposição aguda  Exposição reiterada e intermitente  Exposição múltipla
  • 16. Doença Não-infecciosa Exposição aguda – a fator de risco que se apresenta em alta concentração. E Perturbações na bioquímica celular DOENÇA
  • 17. Doença Não-infecciosa Exposição reiterada e intermitente – ao fator de risco durante algum tempo. E E E Perturbações na bioquímica celular DOENÇA
  • 18. Doença Não-infecciosa Exposição múltipla – a fatores de risco que atuam sinergicamente. E E E E E E Perturbações na bioquímica celular DOENÇA
  • 19. Modelo Processual A noção de prevenção tem como fundamento um modelo processual dos fenômenos patológicos História Natural das Doenças  o conjunto de processos interativos que cria o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
  • 20. O modelo HND – Dois Domínios Meio Externo – onde interatuam determinantes e agentes. Desenvolvem-se todas as etapas necessárias à implantação da doença. Fatores de natureza física, biológica e sociopolítica-cultural Meio Interno – locus onde se processaria, de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade.
  • 21. Pré-patogênese Compreende a evolução das inter-relações dinâmicas entre condicionantes ecológicos e socioeconômicos-culturais e condições intrín- secas do sujeito, até o estabelecimento de uma configuração de fatores propícios à instalação da doença (Leavell e Clark, 1976). Natureza física, química, biológica, nutricional ou genética
  • 22.  Determinantes Econômicos  Determinantes Culturais  Determinantes Ecológicos  Determinantes Biológicos  Determinantes Psicossociais
  • 23. Patogênese Este modelo considera quatro níveis de evolução da doença no período de patogênese:  Interação agente-sujeito.  Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas.  Sinais e Sintomas.  Cronicidade.
  • 24. Modelo Sistêmico Sistema – um conjunto de elementos, de tal forma relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca mudanças no estado dos demais elementos. Ecossistema – quando inclui seres vivos e seres inanimados em interação dinâmica.
  • 25. Sistema Epidemiológico - entende-se o conjunto formado por agente suscetível e pelo ambiente, dotado de uma organização interna que regula as interações determinantes da produção da doença, juntamente com os fatores vinculados a cada um dos elementos do sistema. Sistema Epidemiológico-social – formado pelo ambiente, população, economia e cultura (San Martin, 1981).
  • 26. Fatores Políticos e Sócio-econômios Escassez de Alimentos, Falta de Escolas, Pobreza, Desemprego e subemprego, Falta de estímulo agrícola, Habitação insalubre, baixo poder aquisitivo, Latifúndio. Fatores Culturais -Crendices, Ignorância, Diarréia Uso abusivo de Desnutrição Medicamentos, Desmame Precoce, Falta de Higiene. Fatores Ambientais Moscas, Lixo, Solo Fecal, Alimentos Contaminados, Falta de Esgoto, Água Contaminada. Agentes Patogênicos Bioagentes, F.Nutricionais, F.Congênitos