SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
Inclusão Escolar
CAEE- Herbert José de Souza “BETINHO”
            Palestrantes :
             Luce-Jaine
              Solidônia
   A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido
    muito distorcido e um movimento muito polemizado
    pelos mais diferentes segmentos educacionais e
    sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda
    ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou
    menos severos no ensino regular nada mais é do que
    garantir o direito de todos à educação - e assim diz a
    Constituição !
   Inovar não tem necessariamente o sentido do
    inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes
    na concretização do óbvio, do simples, do que é
    possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para
    que possa ser compreendido por todos e aceito sem
    outras resistências, senão aquelas que dão brilho e
    vigor ao debate das novidades.
UMA EDUCAÇÃO PARA
TODOS
       O princípio democrático da educação para
todos só se evidencia nos sistemas educacionais
que se especializam em todos os alunos, não
apenas em alguns deles, os alunos com
deficiência. A inclusão, como conseqüência de
um ensino de qualidade para todos os alunos
provoca e exige da escola brasileira novos
posicionamentos e é um motivo a mais para que o
ensino se modernize e para que os professores
aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação
que implica num esforço de atualização e
reestruturação das condições atuais da maioria
de nossas escolas de nível básico.
O motivo que sustenta a luta pela inclusão
como uma nova perspectiva para as pessoas com
deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino
nas escolas públicas e privadas, de modo que se
tornem aptas para responder às necessidades de
cada um de seus alunos, de acordo com suas
especificidades, sem cair nas teias da educação
especial e suas modalidades de exclusão.
O sucesso da inclusão de alunos com
    deficiência na escola regular decorre, portanto, das
    possibilidades de se conseguir progressos
    significativos desses alunos na escolaridade, por
    meio da adequação das práticas pedagógicas à
    diversidade dos aprendizes.
                 E só se consegue atingir esse sucesso,
    quando a escola regular assume que as dificuldades
    de alguns alunos, não são apenas deles, mas
    resultam em grande parte do modo como o ensino é
    ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada.
    Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas
    também as que são pobres, as que não vão às aulas
    porque trabalham, as que pertencem a grupos
    discriminados, as que de tanto repetir desistiram de
    estudar.
 
   A inclusão escolar visa reverter o percurso de
    exclusão de qualquer natureza e ampliar as
    possibilidades de inserção de crianças, jovens e
    adultos em escolas regulares. O movimento
    mundial por uma educação para todos vem se
    fortalecendo, sobretudo, a partir das últimas
    décadas. 
   A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas
    com deficiências e seus familiares na busca dos seus
    direitos e lugar na sociedade.

    Mas o que é de fato a inclusão? O que leva as pessoas a
    terem entendimentos e significados tão diferentes? Cabe
    aqui tecer algumas reflexões, pois dessa forma estaremos
    contribuindo para uma prática menos segregacionista e
    menos preconceituosa.

    O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade
    para todas as pessoas com ou sem deficiência.
O termo inclusão já trás implícito a idéia de
exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi
excluído. A inclusão está respaldada na dialética
inclusão/ exclusão, com a luta das minorias na defesa
dos seus direitos.

Para falar sobre inclusão escolar é preciso repensar o
sentido que se está atribuindo à educação, além de
atualizar nossas concepções e resignificar o processo de
construção de todo o indivíduo, compreendendo a
complexidade e amplitude que envolve essa temática.
A idéia de uma sociedade inclusiva se
fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza
a diversidade, como característica inerente à
constituição de qualquer sociedade. Partindo desse
principio e tendo como horizonte o cenário ético dos
Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se
garantir o acesso e a participação de todos, a todas
as oportunidades, independentemente das
peculiaridades de cada individuo.
O paradigma da inclusão vem ao longo dos
anos, buscando a não exclusão escolar e propondo
ações que garantam o acesso e permanência do
aluno com deficiência no ensino regular. No entanto,
o paradigma da segregação é forte e enraizado nas
escolas e com todas as dificuldades e desafios a
enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê-
los em espaços especializados.
O Que deve ser feito para que a inclusão
aconteça ?

        Mas temos que pensar que para que a
inclusão se efetue, não basta estar garantido na
legislação, mas demanda modificações profundas e
importantes no sistema de ensino. Essas mudanças
deverão levar em conta o contexto sócio.­
econômico, além de serem gradativos, planejadas e
contínuas para garantir uma educação de ótima
qualidade 
Portanto a inclusão depende de mudança de
valores da sociedade e a vivência de um novo
paradigma que não se faz com simples recomendações
técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com
reflexões dos professores, direções, pais, alunos e
comunidade. Contudo essa questão não é tão simples,
pois, devemos levar em conta as diferenças. Como
colocar no mesmo espaço demandas tão diferentes e
específicas se muitas vezes, nem a escola especial
consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada, já que lá também temos demandas
diferentes?
   Kunc (1992), fala sobre inclusão: "o principio
    fundamental da educação inclusiva é a
    valorização da diversidade e da comunidade
    humana. Quando a educação inclusiva é
    totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia
    de que as crianças devem se tornar normais para
    contribuir para o mundo".
Temos que diferenciar a integração da inclusão,
na qual na primeira, tudo depende do aluno e ele é que
tem que se adaptar buscando alternativas para se
integrar, ao passo que na inclusão, o social deverá
modificar-se e preparar-se para receber o aluno com
deficiência.
A inclusão também passa por mudanças na constituição
psíquica do homem, para o entendimento do que é a
diversidade humana. Também é necessário considerar a
forma como nossa sociedade está organizada, onde o
acesso aos serviços é sempre dificultado pelos mais
variados motivos.
Jamais haverá inclusão se a sociedade se sentir
no direito de escolher quais os deficientes poderão ser
incluídos. É preciso que as pessoas falem por si
mesmas, pois sabem do que precisam, de suas
expectativas e dificuldades como qualquer cidadão. Mas
não basta ouvi-los, é necessário propor e desenvolver
ações que venham modificar e orientar as formas de se
pensar na própria inclusão.
Como se baseia a pedagogia da
 inclusão?
           A pedagogia de inclusão baseia-se em dois importantes
    argumentos. Primeiramente, inclusão mostrou-se ser beneficial
    para a educação de todos os alunos independente de suas
    habilidades ou dificuldades. Pesquisas realizadas nos Estados
    Unidos, revelaram que crianças em demanda por serviços
    especiais de atendimento apresentaram um progresso acadêmico e
    social maior que outras crianças com as mesmas necessidades de
    serviços especiais mas educadas em salas de aula segregadas
    (Snell, 1996; Downing, 1996; Hunt, et.al., 1994). Isso pode
    justificar-se pela diversidade de pessoas e metodologias
    educacionais existentes em sala de aula regulares, pela interação
    social com crianças sem diagnóstico de necessidade especial, pela
    possibilidade de construir ativamente conhecimentos, e pela
    aceitação social e o conseqüente aumento da auto-estima das
    crianças identificadas com "necessidades especiais".

O Que as Pesquisas Tem a Dizer sobre a
Inclusão de Alunos com "Necessidades
Especiais" nas Salas de Aula Regulares .
              O resultados destas entrevistas apontaram para o
fato de que os alunos, antes educados em segregadas-especiais
salas de aulas, desenvolveram mais amizades na sala de aula
regular e construíram um círculo de amigos que os ajudavam e
ajudavam aos professores também na inclusão de todos os alunos
nas atividades da sala de aula. Downing, Eichinger e Williams
(1996) entrevistaram nove professores de educação regular e nove
professores de educação especial sobre a percepção deles dos
benefícios de inclusão para todos os alunos. Os professores neste
estudo afirmaram que o ambiente rico em situações de
aprendizagem característico das salas de aula regulares
possibilitaram os alunos com profundo retardamento mental a
construírem comportamentos socialmente apropriados, a fazerem
amizades com as crianças normalmente educadas em classes
regulares e a desenvolverem habilidades de participação ativa em
atividades escolares.
Na Perspectiva do Aluno:  
          York et al. (1992) entrevistaram alunos de
quarta e quinta séries que tinham colegas com
"necessidades especiais" nas suas salas de aula.
Esses alunos afirmaram que em um ano os alunos
com "necessidades especiais" tinham se tornado
mais sociais, mais comunicativos e tinham reduzido
significantemente os comportamentos considerados
inapropriados para a cooperativa participação na
sala de aula regular, como por exemplo balançar o
corpo ou as mão ou fazer sons e ruídos
Na Perspectiva dos Pais:  
          Davern (1994) entrevistou vinte e um pais de alunos com
    profunda e leve deficiência que estavam sendo educados em
    classes regulares. Estes pais reportaram que os benefícios da
    inclusão dos seus filhos eram visíveis na comunicação e
    sociabilidade ques eles passaram a demonstrar. Os pais neste
    estudo também disseram que se sentiram muito mais
    encorajados pela escola à participar da educação de seus filhos
    quando estes foram incluídos em salas de aulas regulares. Em
    um outro estudo desenvolvido por Ryndack e seus colegas
    (1995) entrevistas com treze pais de alunos com profunda física-
    motora e mental deficiências educados em classes regulares,
    indicaram que estes alunos desenvolveram habilidades sociais,
    acadêmicas e comunicativas, como também um senso de auto-
    aceitação e auto-valorização.

Todos estes estudos nos mostram que inclusão é possível e que inclusão
aumenta as possibilidades dos indivíduos identificados com necessidades
especiais de estabelecer significativos laços de amizade, de desenvolverem-se
físico e cognitivamente e de serem membros ativos na construção de
conhecimentos. Portanto, a pergunta inicial deste texto -"Por que Inclusão?"  -
pode ser respondida simplesmente desta forma: "Porque inclusão
funciona." O principal ponto da pedagogia de inclusão é que todas os indivíduos
podem aprender uma vez que nós professores identificamos o quê estes
indivíduos sabem, planejamos em torno deste prévio conhecimento, e
conhecemos o estilo de aprender e as necessidades individuais dos
nossos alunos. Todos os alunos podem se beneficiar das metodologias de
inclusão e todos podem descobrir juntos que existem diferentes ingredientes para
diferentes bôlos. Escolas devem se torna um lugar de aprendizagem para todos.
Nós não podemos nos dar ao luxo de criar currículos e programas educacionais
que somente favorecem uma parcela privilegiada da sociedade, seja em termos
econômicos ou em termos de abilidades físicas e cognitivas. Nós precisamos ter
currículos e programas que proporcionem uma educação de qualidade para todos.
Aos educadores devem ser dados os instrumentos necessários para que eles
possam ver a todos os alunos, incluindo os alunos com deficiência, com um
potencial ilimitado de aprender.
         A inclusão escolar só será viável se
    o professor e toda sociedade mudarem
    seu jeito de lidar com as diferenças, via
    aceitação de forma relacionais de
    afetividade, de escuta e compreensão,
    suspendo juízos de valores como pena
    ,repulsa e descrença . Uma mudança
    como desejo interior, por que algo
    anterior nos diz que vale a pena mudar.
    Só assim teremos a verdadeira inclusão
    escolar aquele em que devemos viver
    juntos o conviver.
 "Inclusãoé sair das escolas dos
 diferentes e promover a escola das
 diferenças"(Mantoan) 
   Referências Bibliográficas:  

   http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/2284/inclusao-escolar-um-desafio-entr

   http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf
    http://www.defnet.org.br/heloiza.htm

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Maria teresa eglér mantoan inclusão escolar
Maria teresa eglér mantoan   inclusão escolarMaria teresa eglér mantoan   inclusão escolar
Maria teresa eglér mantoan inclusão escolarricardo couto
 
Educação inclusiva deficiência_e_contexto_social
Educação inclusiva deficiência_e_contexto_socialEducação inclusiva deficiência_e_contexto_social
Educação inclusiva deficiência_e_contexto_socialCcns Psi
 
Inclusao escolar
Inclusao escolarInclusao escolar
Inclusao escolaryalomo
 
Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.
Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.
Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.katiaregyna
 
Educação inclusiva aula 2 - a escola como espaço inclusivo
Educação inclusiva   aula 2 - a escola como espaço inclusivoEducação inclusiva   aula 2 - a escola como espaço inclusivo
Educação inclusiva aula 2 - a escola como espaço inclusivoFernanda Câmara
 
Fundamentos para inclusão
Fundamentos para inclusãoFundamentos para inclusão
Fundamentos para inclusãomhlrute
 
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimAula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimValeria Faria
 
Guia para professor de NEE
Guia para professor de NEEGuia para professor de NEE
Guia para professor de NEEMaria « Andrade
 
Slides educacao inclusiva-e_educacao_especial
Slides educacao inclusiva-e_educacao_especialSlides educacao inclusiva-e_educacao_especial
Slides educacao inclusiva-e_educacao_especialDirce Cristiane Camilotti
 
Cartilha inclusao escolar
Cartilha inclusao escolarCartilha inclusao escolar
Cartilha inclusao escolarSA Asperger
 
A Pratica de Educação Inclusiva na Escola
A Pratica de Educação Inclusiva na EscolaA Pratica de Educação Inclusiva na Escola
A Pratica de Educação Inclusiva na EscolaLetiiSF
 
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
Inclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandosInclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandos
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandosSimoneHelenDrumond
 

Mais procurados (19)

Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1
 
Maria teresa eglér mantoan inclusão escolar
Maria teresa eglér mantoan   inclusão escolarMaria teresa eglér mantoan   inclusão escolar
Maria teresa eglér mantoan inclusão escolar
 
inclusão escolar
inclusão escolarinclusão escolar
inclusão escolar
 
Educação inclusiva deficiência_e_contexto_social
Educação inclusiva deficiência_e_contexto_socialEducação inclusiva deficiência_e_contexto_social
Educação inclusiva deficiência_e_contexto_social
 
Inclusao escolar
Inclusao escolarInclusao escolar
Inclusao escolar
 
Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.
Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.
Educação Especial em uma perspectiva inclusiva.
 
Educação inclusiva aula 2 - a escola como espaço inclusivo
Educação inclusiva   aula 2 - a escola como espaço inclusivoEducação inclusiva   aula 2 - a escola como espaço inclusivo
Educação inclusiva aula 2 - a escola como espaço inclusivo
 
Inclusão
InclusãoInclusão
Inclusão
 
Educacao inclusiva
Educacao inclusivaEducacao inclusiva
Educacao inclusiva
 
Fundamentos para inclusão
Fundamentos para inclusãoFundamentos para inclusão
Fundamentos para inclusão
 
Educação inclusiva
Educação inclusivaEducação inclusiva
Educação inclusiva
 
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimAula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
 
Guia para professor de NEE
Guia para professor de NEEGuia para professor de NEE
Guia para professor de NEE
 
Slides educacao inclusiva-e_educacao_especial
Slides educacao inclusiva-e_educacao_especialSlides educacao inclusiva-e_educacao_especial
Slides educacao inclusiva-e_educacao_especial
 
Cartilha inclusao escolar
Cartilha inclusao escolarCartilha inclusao escolar
Cartilha inclusao escolar
 
Educação inclusiva
Educação inclusivaEducação inclusiva
Educação inclusiva
 
A Pratica de Educação Inclusiva na Escola
A Pratica de Educação Inclusiva na EscolaA Pratica de Educação Inclusiva na Escola
A Pratica de Educação Inclusiva na Escola
 
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
Inclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandosInclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandos
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
 
Inclusão
InclusãoInclusão
Inclusão
 

Destaque

Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil
Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil
Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil Felipe Guedes Pinheiro
 
Head neck ppt
Head neck pptHead neck ppt
Head neck pptnnrao40
 
Federalists Vs. Anti Federalists Chart
Federalists Vs. Anti Federalists ChartFederalists Vs. Anti Federalists Chart
Federalists Vs. Anti Federalists ChartBryan Toth
 
Questionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renalQuestionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renalVanessa Cunha
 
Atlas de histologia medica
Atlas de histologia medicaAtlas de histologia medica
Atlas de histologia medicaRoberto Ulloa
 
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs FinanceirasAnalise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs Financeirasadmfape
 
Arquitetura de TI como diferencial competitivo
Arquitetura de TI como diferencial competitivoArquitetura de TI como diferencial competitivo
Arquitetura de TI como diferencial competitivoJoaquim Mattos
 
Estrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicasEstrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicasLarryJimenez
 
Pnaic 2a aula curriculo texto com varias definições power point
Pnaic 2a aula curriculo texto com varias definições  power pointPnaic 2a aula curriculo texto com varias definições  power point
Pnaic 2a aula curriculo texto com varias definições power pointtlfleite
 
Gestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TI
Gestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TIGestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TI
Gestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TIAlessandro Almeida
 
Métodos y técnicas
Métodos y técnicasMétodos y técnicas
Métodos y técnicasunc20111vero
 
Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012angelafreire
 

Destaque (20)

Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil
Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil
Avaliação da Maturidade em Gestão de Projetos nas Empresas Juniores do Brasil
 
Head neck ppt
Head neck pptHead neck ppt
Head neck ppt
 
Federalists Vs. Anti Federalists Chart
Federalists Vs. Anti Federalists ChartFederalists Vs. Anti Federalists Chart
Federalists Vs. Anti Federalists Chart
 
Unidad i control sanitario
Unidad i control sanitarioUnidad i control sanitario
Unidad i control sanitario
 
Questionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renalQuestionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renal
 
Atlas de histologia medica
Atlas de histologia medicaAtlas de histologia medica
Atlas de histologia medica
 
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs FinanceirasAnalise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
 
Muro de berlin
Muro de berlinMuro de berlin
Muro de berlin
 
Arquitetura de TI como diferencial competitivo
Arquitetura de TI como diferencial competitivoArquitetura de TI como diferencial competitivo
Arquitetura de TI como diferencial competitivo
 
Estrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicasEstrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicas
 
Dbms chap i
Dbms chap iDbms chap i
Dbms chap i
 
Comp107 chep6
Comp107 chep6Comp107 chep6
Comp107 chep6
 
Pnaic 2a aula curriculo texto com varias definições power point
Pnaic 2a aula curriculo texto com varias definições  power pointPnaic 2a aula curriculo texto com varias definições  power point
Pnaic 2a aula curriculo texto com varias definições power point
 
Construtivismo[1]
Construtivismo[1]Construtivismo[1]
Construtivismo[1]
 
Gestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TI
Gestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TIGestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TI
Gestão da Tecnologia da Informação - Atividade: Governança de TI
 
Métodos y técnicas
Métodos y técnicasMétodos y técnicas
Métodos y técnicas
 
Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012
 
Trabajo .. riesgos !!
Trabajo .. riesgos !!Trabajo .. riesgos !!
Trabajo .. riesgos !!
 
Economia Empresarial - Slides - Prof. André Paes
Economia Empresarial - Slides - Prof. André PaesEconomia Empresarial - Slides - Prof. André Paes
Economia Empresarial - Slides - Prof. André Paes
 
Pm capitulo VI vozesdos atores
Pm capitulo VI vozesdos atoresPm capitulo VI vozesdos atores
Pm capitulo VI vozesdos atores
 

Semelhante a Inclusão sol e lucy

D96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aaD96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa300878
 
Currículo nee
Currículo neeCurrículo nee
Currículo neeSandrastos
 
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVADESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVAMarileide Alves
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfSimoneHelenDrumond
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfSimoneHelenDrumond
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfSimoneHelenDrumond
 
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdfSimoneHelenDrumond
 
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...Silvani Silva
 
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoioOs desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoioLAURA64791
 
Uma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosa
Uma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosaUma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosa
Uma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosaGi Barbosa - Ideia Criativa
 
Trablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusãoTrablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusãoCaroll Lima
 
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SPII Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SPSancléia Passos
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...christianceapcursos
 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULARA INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULARchristianceapcursos
 
Inclusão escolar fundamentos
Inclusão escolar fundamentosInclusão escolar fundamentos
Inclusão escolar fundamentosThiago Tavares
 

Semelhante a Inclusão sol e lucy (20)

FACIG NEWS
FACIG NEWSFACIG NEWS
FACIG NEWS
 
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aaD96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa
 
Currículo nee
Currículo neeCurrículo nee
Currículo nee
 
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVADESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
 
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
 
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ...
 
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoioOs desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
 
Uma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosa
Uma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosaUma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosa
Uma proposta inclusiva estudo de caso gi barbosa
 
Trablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusãoTrablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusão
 
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SPII Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
 
Educação Inclusiva no Brasil
Educação Inclusiva no BrasilEducação Inclusiva no Brasil
Educação Inclusiva no Brasil
 
INCLUSÃO.ppt
INCLUSÃO.pptINCLUSÃO.ppt
INCLUSÃO.ppt
 
Monografia Rosimeire Pedagogia 2009
Monografia Rosimeire Pedagogia 2009Monografia Rosimeire Pedagogia 2009
Monografia Rosimeire Pedagogia 2009
 
A INCLUSÃO ESCOLAR
A  INCLUSÃO ESCOLAR A  INCLUSÃO ESCOLAR
A INCLUSÃO ESCOLAR
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULARA INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
 
Inclusão escolar fundamentos
Inclusão escolar fundamentosInclusão escolar fundamentos
Inclusão escolar fundamentos
 

Inclusão sol e lucy

  • 1. Inclusão Escolar CAEE- Herbert José de Souza “BETINHO” Palestrantes : Luce-Jaine Solidônia
  • 2. A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação - e assim diz a Constituição !  Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades.
  • 3. UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como conseqüência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico.
  • 4. O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.
  • 5. O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos, não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas também as que são pobres, as que não vão às aulas porque trabalham, as que pertencem a grupos discriminados, as que de tanto repetir desistiram de estudar.  
  • 6. A inclusão escolar visa reverter o percurso de exclusão de qualquer natureza e ampliar as possibilidades de inserção de crianças, jovens e adultos em escolas regulares. O movimento mundial por uma educação para todos vem se fortalecendo, sobretudo, a partir das últimas décadas. 
  • 7. A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. Mas o que é de fato a inclusão? O que leva as pessoas a terem entendimentos e significados tão diferentes? Cabe aqui tecer algumas reflexões, pois dessa forma estaremos contribuindo para uma prática menos segregacionista e menos preconceituosa. O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade para todas as pessoas com ou sem deficiência.
  • 8. O termo inclusão já trás implícito a idéia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. A inclusão está respaldada na dialética inclusão/ exclusão, com a luta das minorias na defesa dos seus direitos. Para falar sobre inclusão escolar é preciso repensar o sentido que se está atribuindo à educação, além de atualizar nossas concepções e resignificar o processo de construção de todo o indivíduo, compreendendo a complexidade e amplitude que envolve essa temática.
  • 9. A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse principio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada individuo.
  • 10. O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê- los em espaços especializados.
  • 11. O Que deve ser feito para que a inclusão aconteça ? Mas temos que pensar que para que a inclusão se efetue, não basta estar garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio.­ econômico, além de serem gradativos, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade 
  • 12. Portanto a inclusão depende de mudança de valores da sociedade e a vivência de um novo paradigma que não se faz com simples recomendações técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com reflexões dos professores, direções, pais, alunos e comunidade. Contudo essa questão não é tão simples, pois, devemos levar em conta as diferenças. Como colocar no mesmo espaço demandas tão diferentes e específicas se muitas vezes, nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma adequada, já que lá também temos demandas diferentes?
  • 13. Kunc (1992), fala sobre inclusão: "o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo".
  • 14. Temos que diferenciar a integração da inclusão, na qual na primeira, tudo depende do aluno e ele é que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar, ao passo que na inclusão, o social deverá modificar-se e preparar-se para receber o aluno com deficiência. A inclusão também passa por mudanças na constituição psíquica do homem, para o entendimento do que é a diversidade humana. Também é necessário considerar a forma como nossa sociedade está organizada, onde o acesso aos serviços é sempre dificultado pelos mais variados motivos.
  • 15. Jamais haverá inclusão se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os deficientes poderão ser incluídos. É preciso que as pessoas falem por si mesmas, pois sabem do que precisam, de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadão. Mas não basta ouvi-los, é necessário propor e desenvolver ações que venham modificar e orientar as formas de se pensar na própria inclusão.
  • 16. Como se baseia a pedagogia da inclusão? A pedagogia de inclusão baseia-se em dois importantes argumentos. Primeiramente, inclusão mostrou-se ser beneficial para a educação de todos os alunos independente de suas habilidades ou dificuldades. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, revelaram que crianças em demanda por serviços especiais de atendimento apresentaram um progresso acadêmico e social maior que outras crianças com as mesmas necessidades de serviços especiais mas educadas em salas de aula segregadas (Snell, 1996; Downing, 1996; Hunt, et.al., 1994). Isso pode justificar-se pela diversidade de pessoas e metodologias educacionais existentes em sala de aula regulares, pela interação social com crianças sem diagnóstico de necessidade especial, pela possibilidade de construir ativamente conhecimentos, e pela aceitação social e o conseqüente aumento da auto-estima das crianças identificadas com "necessidades especiais". 
  • 17. O Que as Pesquisas Tem a Dizer sobre a Inclusão de Alunos com "Necessidades Especiais" nas Salas de Aula Regulares . O resultados destas entrevistas apontaram para o fato de que os alunos, antes educados em segregadas-especiais salas de aulas, desenvolveram mais amizades na sala de aula regular e construíram um círculo de amigos que os ajudavam e ajudavam aos professores também na inclusão de todos os alunos nas atividades da sala de aula. Downing, Eichinger e Williams (1996) entrevistaram nove professores de educação regular e nove professores de educação especial sobre a percepção deles dos benefícios de inclusão para todos os alunos. Os professores neste estudo afirmaram que o ambiente rico em situações de aprendizagem característico das salas de aula regulares possibilitaram os alunos com profundo retardamento mental a construírem comportamentos socialmente apropriados, a fazerem amizades com as crianças normalmente educadas em classes regulares e a desenvolverem habilidades de participação ativa em atividades escolares.
  • 18. Na Perspectiva do Aluno:   York et al. (1992) entrevistaram alunos de quarta e quinta séries que tinham colegas com "necessidades especiais" nas suas salas de aula. Esses alunos afirmaram que em um ano os alunos com "necessidades especiais" tinham se tornado mais sociais, mais comunicativos e tinham reduzido significantemente os comportamentos considerados inapropriados para a cooperativa participação na sala de aula regular, como por exemplo balançar o corpo ou as mão ou fazer sons e ruídos
  • 19. Na Perspectiva dos Pais:   Davern (1994) entrevistou vinte e um pais de alunos com profunda e leve deficiência que estavam sendo educados em classes regulares. Estes pais reportaram que os benefícios da inclusão dos seus filhos eram visíveis na comunicação e sociabilidade ques eles passaram a demonstrar. Os pais neste estudo também disseram que se sentiram muito mais encorajados pela escola à participar da educação de seus filhos quando estes foram incluídos em salas de aulas regulares. Em um outro estudo desenvolvido por Ryndack e seus colegas (1995) entrevistas com treze pais de alunos com profunda física- motora e mental deficiências educados em classes regulares, indicaram que estes alunos desenvolveram habilidades sociais, acadêmicas e comunicativas, como também um senso de auto- aceitação e auto-valorização. 
  • 20. Todos estes estudos nos mostram que inclusão é possível e que inclusão aumenta as possibilidades dos indivíduos identificados com necessidades especiais de estabelecer significativos laços de amizade, de desenvolverem-se físico e cognitivamente e de serem membros ativos na construção de conhecimentos. Portanto, a pergunta inicial deste texto -"Por que Inclusão?"  - pode ser respondida simplesmente desta forma: "Porque inclusão funciona." O principal ponto da pedagogia de inclusão é que todas os indivíduos podem aprender uma vez que nós professores identificamos o quê estes indivíduos sabem, planejamos em torno deste prévio conhecimento, e conhecemos o estilo de aprender e as necessidades individuais dos nossos alunos. Todos os alunos podem se beneficiar das metodologias de inclusão e todos podem descobrir juntos que existem diferentes ingredientes para diferentes bôlos. Escolas devem se torna um lugar de aprendizagem para todos. Nós não podemos nos dar ao luxo de criar currículos e programas educacionais que somente favorecem uma parcela privilegiada da sociedade, seja em termos econômicos ou em termos de abilidades físicas e cognitivas. Nós precisamos ter currículos e programas que proporcionem uma educação de qualidade para todos. Aos educadores devem ser dados os instrumentos necessários para que eles possam ver a todos os alunos, incluindo os alunos com deficiência, com um potencial ilimitado de aprender.
  • 21. A inclusão escolar só será viável se o professor e toda sociedade mudarem seu jeito de lidar com as diferenças, via aceitação de forma relacionais de afetividade, de escuta e compreensão, suspendo juízos de valores como pena ,repulsa e descrença . Uma mudança como desejo interior, por que algo anterior nos diz que vale a pena mudar. Só assim teremos a verdadeira inclusão escolar aquele em que devemos viver juntos o conviver.
  • 22.  "Inclusãoé sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças"(Mantoan) 
  • 23. Referências Bibliográficas:    http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/2284/inclusao-escolar-um-desafio-entr  http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf http://www.defnet.org.br/heloiza.htm