SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
01
UNIDADE
PROF.ª EDÍ MARISE BARNI
A compreensão da educação inclusiva
e orientações políticas e a função do
professor
METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
FICHA LIVRO
Disciplina: Metodologia do ensino da educação especial
Autores: Prof.ª Edí Marise Barni
Ementa: Compreender a educação e suas perspectivas no contexto cultural e
histórico. Orientações das políticas educacionais inclusivas. Percepção que se
tem do lugar e da função do educador e do aluno com deficiência. Saberes que
sustentam as propostas curriculares implantadas nas instituições escolares. Meto-
dologias para o trabalho com as diferentes deficiências. A prática pedagógica
inclusiva. A didática do professor na educação inclusiva. Metodologias que irão
auxiliar a prática pedagógica do professor.
FICHA CATALOGRÁFICA
Presidente:
Renato Casagrande
Diretor Executivo:
Ronaldo Casagrande
Diretora Pedagógica:
Josemary Morastoni
Coordenador de EaD:
Everaldo Moreira de Andrade
Designer Instrucional:
Iara Aparecida Pereira Penkal
Revisora:
Eryka Kalana Torisco da Silva
Projeto Gráfico:
Fabiano Nichetti
Diagramação:
Fabiano Nichetti
Foto de capa: © Freepik
Ícones: © Flaticon
Clique nos
títulos para ir
até a página.
APRESENTAÇÃO 4
1. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 5
1.1 A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA 5
1.2 AS LEIS NO BRASIL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 6
2. A ESCOLA E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 7
3. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR 9
CONCLUSÃO11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
SUMÁRIO
4
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
APRESENTAÇÃO
Olá, estudante.
Vamos dar início à unidade 1 da disciplina de Metodologia do Ensino da Educação Inclu-
siva. Nesta primeira unidade temos como objetivo trabalhar a compreensão da educação
inclusiva e as orientações políticas referentes a essa temática. Compreendemos a educação
inclusiva no contexto social, escolar e familiar, pois é o mundo onde a pessoa com defi-
ciência está. A sociedade precisa avançar na questão da inclusão da pessoa com deficiência,
no sentido de que a mesma possa ser respeitada e tenha o direito de exercer o seu papel
como um cidadão.
Nesse contexto, a escola tem um papel preponderante para diminuir a exclusão da pessoa
com deficiência. Quanto à família, é fundamental que acompanhe todo o processo de
desenvolvimento e aprendizagem do filho com deficiência. Para que tudo isso aconteça
de maneira efetiva, o estado precisa fazer a sua parte. Por meio das políticas públicas refe-
rentes aos direitos da pessoa com deficiência, o estado tem o dever de, juntamente com
a sociedade, escola e família, colaborar para que a pessoa com deficiência possa sentir-se
participante do mundo em que vive.
Nesse cenário, vale ressaltar o papel do professor nessas questões. O docente, juntamente
com a equipe pedagógica e, caso a escola tenha, o profissional de atendimento educacional
especializado (AEE), deve acolher, avaliar, acompanhar o processo de ensino aprendizagem
do estudante com deficiência, criando um ambiente pautado na diversidade de recursos
pedagógicos e que ultrapassem qualquer limite de exclusão, fortalecendo a integração e a
inclusão na totalidade.
Falar em educação inclusiva não é uma tarefa fácil, porém, é de suma importância,
sempre que possível, colocar este assunto em pauta, para que cada vez mais todos
compreendam que a pessoa com deficiência tem o direito de ser incluída e fazer parte
da sociedade em que vive. Desejo que você aproveite esta disciplina ao máximo. Bons
estudos.
5
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
01
A importância da
educação inclusiva
A educação inclusiva vem ampliando o seu papel e ganhando espaço na sociedade, mas
temmuitooqueavançarnasuaefetivaçãoparaobem-estardapessoacomdeficiência.Vale
lembrar aqui o que é educação. Segundo Davis e Oliveira (1991), educação é um processo que
busca a aprendizagem do estudante, respeitando as informações que traz da sua história.
Assim, a escola terá o papel de sistematizar o conhecimento do estudante, pautado no
processo de construção do conhecimento.
Quanto ao processo de inclusão do estudante com deficiência na escola, é necessário
que se reflita sobre o que é inclusão. Etimologicamente, a palavra “inclusão” no latim signi-
fica INCLUDERE “fechar em, inserir, rodear”. Inclusão é colocar dentro o que está fora. A
inclusão é a convivência social para o desenvolvimento do indivíduo. Nessa inclusão, o estu-
dante com deficiência deve exercer o direito pleno como cidadão.
1.1 A Declaração de Salamanca
A Declaração de Salamanca (1994) apresentou os princípios, políticas e práticas na área
da educação especial e inclusiva. Enfatizou o desenvolvimento de orientações para uma
educação escolar inclusiva, onde cada estudante tem o direito fundamental à educação e
deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem. Nesse
Educação para todos
©Frepick
6
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
nível de aprendizagem, cada criança tem características, interesses, capacidades e neces-
sidades de aprendizagem que lhe são próprias. Nesse sentido, os sistemas de educação
devem ser planejados, e os programas educativos implementados, tendo em vista a vasta
diversidade destas características e necessidades.
Ainda ressaltando a Declaração de Salamanca (1994), as crianças e os jovens com defi-
ciência devem ter acesso às escolas regulares, que a eles devem se adequar por meio de
uma pedagogia centrada no estudante, capaz de ir ao encontro destas necessidades. As
escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes
para combater atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, cons-
truindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos. Dentro dessa pers-
pectiva inclusiva, proporcionam uma educação adequada para a maioria dos estudantes e
promovem a eficiência, numa ótima relação custo-qualidade de todo o sistema educativo.
Também é necessário ressaltar que a partir da Declaração de Salamanca (1994), os países, de
maneira geral, foram discutir e construir suas diretrizes e suas leis para investir na inclusão
da pessoa com deficiência na educação, ou melhor, no ensino regular, desde a educação
infantil ao ensino superior.
1.2 As leis no Brasil e a educação inclusiva
No Brasil, tivemos várias portarias, leis, sendo apresentadas na Constituição (1988), na Lei
de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96) e na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, lembrando que
cada município e estado, por meio dos documentos oficiais, discutem e fazem adaptações,
de acordo com a realidade local. Na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, tem-se a definição
do público que faz parte da inclusão:
Art. 2º - Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade
de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015).
Independente da deficiência do estudante, a sociedade, a escola e a família precisam
fornecer um ambiente acolhedor, onde ele possa se sentir incluído. A Lei nº 13.146, de 6 de
julho de 2015, apresenta a questão da acessibilidade, que é importante, sendo:
Art. 3º - possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de
espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comu-
7
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
nicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações
abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como
na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, 2015).
Acessibilidade
©Frepick
Na aplicação da acessibilidade, cada
município deve criar projetos que real-
mente efetivem a proposta em relação
à inclusão da pessoa com deficiência.
Para isso, deve-se aplicar o desenho
universal, tecnologia assistiva, barreiras
urbanísticas, barreiras arquitetônicas,
barreiras de transporte, barreiras de
comunicação, barreiras atitudinais e tecnológicas. Percebe-se que essa aplicabilidade de
projetos que diminuam a exclusão da pessoa com deficiência não é tão simples assim, pois
requer vontade política e mobilização social.
A vontade política e mobilização social precisam partir do pressuposto de que a discrimi-
nação deve ser combatida. Segundo a lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015:
§ 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda
forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão,
que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular
o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas
(BRASIL, 2015).
A pessoa com deficiência deve ser protegida de toda forma de exclusão. Vivemos em uma
sociedade cada vez mais diversificada, onde a pluralidade cultural, social e as diferenças
individuais fazem parte do dia a dia.
2. A escola e a educação inclusiva
A escola, sendo uma instituição voltada para informação e formação, deveria ser um espaço
que enfatizasse a postura mais humana, principalmente perante os estudantes com defi-
ciência. Nesse contexto, a educação tem um papel importante a seguir e desempenhar. Ela
tanto pode ser serva da exclusão, como pode despertar mudanças críticas e sistemáticas,
pautadas em uma prática social concreta e viável a favor da inclusão. Essa prática precisa
8
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
buscar a construção de alguns valores, como solidariedade, liberdade e igualdade na diver-
sidade.
Para que isso aconteça, muitas vezes, as escolas precisam inovar, mudar o foco, perceber
por onde estão trilhando o caminho. Segundo Arroyo (1999):
Inovar é mudar a análise que tem sido constante em nossa tradição
para irmos ao cerne, à complexidade de toda ação formadora,
socializadora e cultural, na qual a educação escolar se situa, na qual
os mestres reinventam seu ofício, a escola e o currículo (ARROYO,
1999, p. 164).
A inovação escolar é uma necessidade constante, e o professor, em seu fazer pedagógico,
deve buscar uma reflexão crítica e contextualizada que atinja o estudante com deficiência
nas suas especificidades. A escola tem um papel de destaque na formação do cidadão,
porém, muitas vezes, o ser humano, em geral, tende a pensar que a pessoa com deficiência
não precisa aprender, não precisa formar-se, nem se informar.
Professor planejando
©Frepick
O professor, neste contexto, precisa olhar o estudante
com deficiência com os olhos de que este tem capaci-
dade de aprender, absorver conhecimentos, acreditando
nas janelas de oportunidades e capacidade de busca da
autonomia. Da autonomia no sentido global, desde as
atividades de vida diária, até os conteúdos apresentados
nas respectivas disciplinas.
Nas disciplinas, o professor deve buscar as adaptações
necessárias, para que o estudante obtenha sucesso no seu processo de aprendizagem. A
experiência tem mostrado que o estudante, independente da sua deficiência, é capaz de
motivar-se e, consequentemente, aprender, o que se revela e concebe o estudante como
gestor da sua própria cognição.
A partir dessa visão de um mundo de possibilidades, que busque modificabilidade cogni-
tiva, podemos acreditar que o ser humano é aberto a mudanças, a renovações e ao apren-
dizado. Isso nos traz a colocação de Fonseca (1995, p. 30):
O ser humano pode modificar-se por efeitos da educação e ao
mudar a sua estrutura de informação, formação e transformação
do envolvimento, pode adquirir novas possibilidades e novas
capacidades (FONSECA, 1995, p. 30).
Podendo ser no aspecto social, educacional ou político, é necessário acreditarmos nas capa-
cidades e possibilidades de todos os estudantes sem distinção. Neste aspecto, é preciso
9
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
repensar o significado de prática pedagógica, a fim de não cometer os mesmos erros do
passado, quando os estudantes com deficiência eram deixados ao esquecimento.
Deve-se garantir que os estudantes com deficiência possam ser participantes e colabora-
dores na construção de uma sociedade com bem-estar, e que o valor social da igualdade
seja consistente e pertinente, com uma escola de qualidade, ou seja, com uma prática
pedagógica inclusiva e eficaz.
Incluir estudantes com deficiência nas turmas de educação regular eleva o compromisso
de consciência, dos aspectos relacionados com a escola, comunidade, sociedade, porém, é
necessário ultrapassar os limites.
Neste sentido, a educação de qualidade para todos é um pensamento em ação, para dimi-
nuir a desigualdade que, muitas vezes, se instala dentro dos espaços escolares. O desafio é
estender uma escola inclusiva para o maior número possível de estudantes, contribuindo
para o aprendizado de todos.
Os espaços escolares precisam proporcionar um ambiente de estímulo, curiosidade e que
motive esse estudante a avançar no seu processo de ensino aprendizagem. Para que isso se
efetive, deve-se investir na formação do professor, em recursos tecnológicos, em programas
e projetos que possibilitem parcerias entre sociedade, família e escola.
3. A educação inclusiva e a formação do
professor
Quanto à formação, é necessário que o professor tenha qualificação superior e de prefe-
rência especialização em educação especial inclusiva. Porém, na realidade, nem sempre
isso é possível, mas pode-se investir na formação continuada desse docente. Para Roma-
nowski (2007, p. 130):
O objetivo da formação continuada é a melhoria do ensino, não
apenas a do profissional. Portanto, os programas de formação
continuada precisam incluir saberes científicos, críticos, didáticos,
relacionais, saber-fazer pedagógico e de gestão.
Na formação continuada do professor, deve-se planejar a busca constante do saber, propor-
cionando momentos de leituras, pesquisa, troca de experiências entre os colegas, que pode
ser realizada por meio de roda de conversa, onde cada um expõe as suas práticas pedagó-
10
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
gicas. Assim, analisa-se o que pode ser aplicado com os estudantes que trabalha.
É uma forma simples e eficaz, pois se parte da realidade da escola, onde todos são
protagonistas do processo.
Além das rodas de conversa, existem outras modalidades de formação, como
cursos, seminários, projetos, grupo de estudo, grupo focal, laboratório de apren-
dizagem. A formação continuada pode ser formal e informal: formal é sistemati-
zada, e a informal são as ações que ocorrem no dia a dia.
Muitasvezes,oprofessorédotadodeumapráticaenraizada,semmuitasmudanças.
Cabe a ele se reinventar, se reconstruir, buscando inovações e técnicas que possam
amenizar as dificuldades do estudante com deficiência.
No momento, enfatiza-se muito a prática inovadora, um professor voltado para
a pesquisa constante, renovando-se e atuando de forma comprometida com o
sucesso do estudante deficiente.
Em relação à formação dos professores, é fundamental que essa discussão seja
inserida em todos os segmentos da educação, pois a inclusão está presente desde
a educação infantil até o ensino superior.
Quanto às práticas inovadoras, tem-se enfatizado as metodologias ativas. No artigo
“Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica”, os
autores apresentam a definição de metodologias ativas, trazendo uma proposta de
uma prática inovadora, saindo da escola tradicional. Diante desse cenário, segundo
Moran (2015), o professor que se utiliza das metodologias ativas tem o papel de
curador e de orientador.
Curador, que escolhe o que é relevante entre tanta
informação disponível e ajuda a que os alunos encontrem
sentido no mosaico de materiais e atividades disponíveis.
Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de
cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta
e inspira. Orienta a classe, os grupos e a cada aluno. Ele
tem que ser competente intelectualmente, afetivamente
e gerencialmente (gestor de aprendizagens múltiplas e
complexas). Isso exige profissionais melhor preparados,
remunerados,valorizados.Infelizmentenãoéoqueacontece
na maioria das instituições educacionais [...] (MORAN, 2015,
p. 24).
Analisando a afirmação de Moran (2015), percebe-se que o professor, num contexto
com o uso das metodologias ativas, inicialmente, precisa assumir uma postura de
pesquisador, refletindo sobre sua prática e buscando soluções para efetivar, de
Convido vocês a
assistirem ao vídeo
de Bernadete Gatti
que aborda sobre o
tema de formação
de professores para
aprofundar seus
conhecimentos
sobre essa temática
e a educação
inclusiva.
SAIBA +
Clique aqui.
Convido vocês a ler
o artigo: DIESEL,
A.; BALDEZ, A. L. S.;
MARTINS, S. N.
Disponível em:
https://edisciplinas.
usp.br/pluginfile.
php/4650060/
mod_resource/
content/1/
404-1658-1-PB%20
%281%29.pdf.
Acesso: 14 mar.
2021.
SAIBA +
11
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
maneira plena, a inclusão do estudante com deficiência. O professor deve ser reflexivo, ter
o olhar atento para o estudante, analisando todo o contexto, no momento de planejar suas
ações.
Conclusão
Nestaunidadediscutimossobreaspolíticasdeinclusão,diantedopapeldossetorespúblicos,
sociedade, escola e família. Que se possa, por meio dos vários pontos levantados, apre-
sentar uma escola com espaços, onde o estudante com deficiência sinta-se incluído, tendo
o direito de exercer a plena cidadania.
É necessário que se tenham ações rápidas e efetivas, quanto à formação do professor e à
valorização da educação como um todo pelo poder público e a sociedade em geral. Que o
professor possa refletir sobre sua prática pedagógica, buscando inovações que garantam o
sucesso escolar da pessoa com deficiência.
Agora que chegamos ao fim da primeira unidade, esperamos que você tenha aprofun-
dado seus conhecimentos sobre as temáticas abordadas nela. Esperamos também que
você tenha compreendido a importância do papel da escola, do professor e da neces-
sidade de ter uma formação específica para trabalhar com a educação inclusiva. Além
disso, acreditamos que, com tudo que foi visto até aqui, você já tem a possibilidade de
refletir sobre suas práticas pedagógicas, tornando-a cada vez mais efetiva, no que se
refere à inclusão.
12
Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ARROYO, Miguel. Experiências de inovação educativa: o currículo na prática da escola. In:
MOREIRA, A. F. B. (org.). Currículo: políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. EstabelecealeiBrasileiradeInclusãodaPessoa
com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/
lei/l13146.htm. Acesso em: 03 jan. 2021.
DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1991.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades
Educativas Especiais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/sala-
manca.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021
DIESEL, A.; BALDEZ, A. L. S.; MARTINS, S. N. Os princípios das metodologias ativas de
ensino: uma abordagem teórica. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.
php/4650060/mod_resource/content/1/404-1658-1-PB%20%281%29.pdf. Acesso em: 14
mar. 2021.
FONSECA, Vitor. Educação especial: programa de estimulação precoce – introdução as
ideias de Feuerstein. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto
de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências
Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. PG: Foca Foto-PROEX/
UEPG, 2015. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/
mudando_moran. Acesso em: 27 ago. 2015
ROMANOWSKI, J. P. Formação e profissionalização docente. 3 ed. rev. e atual – Curitiba,
IBPEX, 2007.
A educação inclusiva e o papel do professor

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a A educação inclusiva e o papel do professor

seminário slides.pptx de educação inclusiva
seminário slides.pptx de educação inclusivaseminário slides.pptx de educação inclusiva
seminário slides.pptx de educação inclusivaJoeteCarvalho
 
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimAula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimValeria Faria
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...christianceapcursos
 
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaPPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaAna Silva
 
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2Sannarah Pinheiro
 
Inclusao escolar
Inclusao escolarInclusao escolar
Inclusao escolaryalomo
 
ed.inclusiva.ppt
ed.inclusiva.ppted.inclusiva.ppt
ed.inclusiva.pptDanibelard
 
Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2 Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2 Renata Louchard
 
Transtornodedesenvolvimento
TranstornodedesenvolvimentoTranstornodedesenvolvimento
TranstornodedesenvolvimentoCrislaine Aguiar
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...christianceapcursos
 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULARA INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULARchristianceapcursos
 
INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surda
INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surdaINCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surda
INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surdaFernando Pissuto
 
A inclusão e a multideficiência
A inclusão e a multideficiência A inclusão e a multideficiência
A inclusão e a multideficiência Andreia Branco
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...christianceapcursos
 
PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.
PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.
PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.João Luís Custódio
 
PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...
PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...
PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...GiulianeStauski
 
Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva  aproximações e convergênciasEducação especial e educação inclusiva  aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergênciasGizéle Vianna
 

Semelhante a A educação inclusiva e o papel do professor (20)

seminário slides.pptx de educação inclusiva
seminário slides.pptx de educação inclusivaseminário slides.pptx de educação inclusiva
seminário slides.pptx de educação inclusiva
 
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimAula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
 
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaPPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
 
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
 
Educação Inclusiva no Brasil
Educação Inclusiva no BrasilEducação Inclusiva no Brasil
Educação Inclusiva no Brasil
 
Portifolio pronto
Portifolio prontoPortifolio pronto
Portifolio pronto
 
Inclusao escolar
Inclusao escolarInclusao escolar
Inclusao escolar
 
ed.inclusiva.ppt
ed.inclusiva.ppted.inclusiva.ppt
ed.inclusiva.ppt
 
Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2 Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2
 
Transtornodedesenvolvimento
TranstornodedesenvolvimentoTranstornodedesenvolvimento
Transtornodedesenvolvimento
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULARA INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
 
INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surda
INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surdaINCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surda
INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção da criança surda
 
A inclusão e a multideficiência
A inclusão e a multideficiência A inclusão e a multideficiência
A inclusão e a multideficiência
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
 
PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.
PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.
PORTIFÓLIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA 1º PERÍODO.
 
Inclusão sol e lucy
Inclusão  sol e lucyInclusão  sol e lucy
Inclusão sol e lucy
 
PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...
PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...
PIBIDIANOS_DA_UTFPR_MEDIANTE_A_EDUCAÇÃO_INCLUSIVA_COM_NEURODIVERGENTES,_DEFIC...
 
Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva  aproximações e convergênciasEducação especial e educação inclusiva  aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergências
 

Último

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 

Último (20)

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

A educação inclusiva e o papel do professor

  • 1. 01 UNIDADE PROF.ª EDÍ MARISE BARNI A compreensão da educação inclusiva e orientações políticas e a função do professor METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
  • 2. FICHA LIVRO Disciplina: Metodologia do ensino da educação especial Autores: Prof.ª Edí Marise Barni Ementa: Compreender a educação e suas perspectivas no contexto cultural e histórico. Orientações das políticas educacionais inclusivas. Percepção que se tem do lugar e da função do educador e do aluno com deficiência. Saberes que sustentam as propostas curriculares implantadas nas instituições escolares. Meto- dologias para o trabalho com as diferentes deficiências. A prática pedagógica inclusiva. A didática do professor na educação inclusiva. Metodologias que irão auxiliar a prática pedagógica do professor. FICHA CATALOGRÁFICA Presidente: Renato Casagrande Diretor Executivo: Ronaldo Casagrande Diretora Pedagógica: Josemary Morastoni Coordenador de EaD: Everaldo Moreira de Andrade Designer Instrucional: Iara Aparecida Pereira Penkal Revisora: Eryka Kalana Torisco da Silva Projeto Gráfico: Fabiano Nichetti Diagramação: Fabiano Nichetti Foto de capa: © Freepik Ícones: © Flaticon
  • 3. Clique nos títulos para ir até a página. APRESENTAÇÃO 4 1. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 5 1.1 A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA 5 1.2 AS LEIS NO BRASIL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 6 2. A ESCOLA E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 7 3. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR 9 CONCLUSÃO11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 SUMÁRIO
  • 4. 4 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 APRESENTAÇÃO Olá, estudante. Vamos dar início à unidade 1 da disciplina de Metodologia do Ensino da Educação Inclu- siva. Nesta primeira unidade temos como objetivo trabalhar a compreensão da educação inclusiva e as orientações políticas referentes a essa temática. Compreendemos a educação inclusiva no contexto social, escolar e familiar, pois é o mundo onde a pessoa com defi- ciência está. A sociedade precisa avançar na questão da inclusão da pessoa com deficiência, no sentido de que a mesma possa ser respeitada e tenha o direito de exercer o seu papel como um cidadão. Nesse contexto, a escola tem um papel preponderante para diminuir a exclusão da pessoa com deficiência. Quanto à família, é fundamental que acompanhe todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem do filho com deficiência. Para que tudo isso aconteça de maneira efetiva, o estado precisa fazer a sua parte. Por meio das políticas públicas refe- rentes aos direitos da pessoa com deficiência, o estado tem o dever de, juntamente com a sociedade, escola e família, colaborar para que a pessoa com deficiência possa sentir-se participante do mundo em que vive. Nesse cenário, vale ressaltar o papel do professor nessas questões. O docente, juntamente com a equipe pedagógica e, caso a escola tenha, o profissional de atendimento educacional especializado (AEE), deve acolher, avaliar, acompanhar o processo de ensino aprendizagem do estudante com deficiência, criando um ambiente pautado na diversidade de recursos pedagógicos e que ultrapassem qualquer limite de exclusão, fortalecendo a integração e a inclusão na totalidade. Falar em educação inclusiva não é uma tarefa fácil, porém, é de suma importância, sempre que possível, colocar este assunto em pauta, para que cada vez mais todos compreendam que a pessoa com deficiência tem o direito de ser incluída e fazer parte da sociedade em que vive. Desejo que você aproveite esta disciplina ao máximo. Bons estudos.
  • 5. 5 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 01 A importância da educação inclusiva A educação inclusiva vem ampliando o seu papel e ganhando espaço na sociedade, mas temmuitooqueavançarnasuaefetivaçãoparaobem-estardapessoacomdeficiência.Vale lembrar aqui o que é educação. Segundo Davis e Oliveira (1991), educação é um processo que busca a aprendizagem do estudante, respeitando as informações que traz da sua história. Assim, a escola terá o papel de sistematizar o conhecimento do estudante, pautado no processo de construção do conhecimento. Quanto ao processo de inclusão do estudante com deficiência na escola, é necessário que se reflita sobre o que é inclusão. Etimologicamente, a palavra “inclusão” no latim signi- fica INCLUDERE “fechar em, inserir, rodear”. Inclusão é colocar dentro o que está fora. A inclusão é a convivência social para o desenvolvimento do indivíduo. Nessa inclusão, o estu- dante com deficiência deve exercer o direito pleno como cidadão. 1.1 A Declaração de Salamanca A Declaração de Salamanca (1994) apresentou os princípios, políticas e práticas na área da educação especial e inclusiva. Enfatizou o desenvolvimento de orientações para uma educação escolar inclusiva, onde cada estudante tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem. Nesse Educação para todos ©Frepick
  • 6. 6 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 nível de aprendizagem, cada criança tem características, interesses, capacidades e neces- sidades de aprendizagem que lhe são próprias. Nesse sentido, os sistemas de educação devem ser planejados, e os programas educativos implementados, tendo em vista a vasta diversidade destas características e necessidades. Ainda ressaltando a Declaração de Salamanca (1994), as crianças e os jovens com defi- ciência devem ter acesso às escolas regulares, que a eles devem se adequar por meio de uma pedagogia centrada no estudante, capaz de ir ao encontro destas necessidades. As escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, cons- truindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos. Dentro dessa pers- pectiva inclusiva, proporcionam uma educação adequada para a maioria dos estudantes e promovem a eficiência, numa ótima relação custo-qualidade de todo o sistema educativo. Também é necessário ressaltar que a partir da Declaração de Salamanca (1994), os países, de maneira geral, foram discutir e construir suas diretrizes e suas leis para investir na inclusão da pessoa com deficiência na educação, ou melhor, no ensino regular, desde a educação infantil ao ensino superior. 1.2 As leis no Brasil e a educação inclusiva No Brasil, tivemos várias portarias, leis, sendo apresentadas na Constituição (1988), na Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96) e na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, lembrando que cada município e estado, por meio dos documentos oficiais, discutem e fazem adaptações, de acordo com a realidade local. Na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, tem-se a definição do público que faz parte da inclusão: Art. 2º - Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015). Independente da deficiência do estudante, a sociedade, a escola e a família precisam fornecer um ambiente acolhedor, onde ele possa se sentir incluído. A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, apresenta a questão da acessibilidade, que é importante, sendo: Art. 3º - possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comu-
  • 7. 7 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 nicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, 2015). Acessibilidade ©Frepick Na aplicação da acessibilidade, cada município deve criar projetos que real- mente efetivem a proposta em relação à inclusão da pessoa com deficiência. Para isso, deve-se aplicar o desenho universal, tecnologia assistiva, barreiras urbanísticas, barreiras arquitetônicas, barreiras de transporte, barreiras de comunicação, barreiras atitudinais e tecnológicas. Percebe-se que essa aplicabilidade de projetos que diminuam a exclusão da pessoa com deficiência não é tão simples assim, pois requer vontade política e mobilização social. A vontade política e mobilização social precisam partir do pressuposto de que a discrimi- nação deve ser combatida. Segundo a lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015: § 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas (BRASIL, 2015). A pessoa com deficiência deve ser protegida de toda forma de exclusão. Vivemos em uma sociedade cada vez mais diversificada, onde a pluralidade cultural, social e as diferenças individuais fazem parte do dia a dia. 2. A escola e a educação inclusiva A escola, sendo uma instituição voltada para informação e formação, deveria ser um espaço que enfatizasse a postura mais humana, principalmente perante os estudantes com defi- ciência. Nesse contexto, a educação tem um papel importante a seguir e desempenhar. Ela tanto pode ser serva da exclusão, como pode despertar mudanças críticas e sistemáticas, pautadas em uma prática social concreta e viável a favor da inclusão. Essa prática precisa
  • 8. 8 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 buscar a construção de alguns valores, como solidariedade, liberdade e igualdade na diver- sidade. Para que isso aconteça, muitas vezes, as escolas precisam inovar, mudar o foco, perceber por onde estão trilhando o caminho. Segundo Arroyo (1999): Inovar é mudar a análise que tem sido constante em nossa tradição para irmos ao cerne, à complexidade de toda ação formadora, socializadora e cultural, na qual a educação escolar se situa, na qual os mestres reinventam seu ofício, a escola e o currículo (ARROYO, 1999, p. 164). A inovação escolar é uma necessidade constante, e o professor, em seu fazer pedagógico, deve buscar uma reflexão crítica e contextualizada que atinja o estudante com deficiência nas suas especificidades. A escola tem um papel de destaque na formação do cidadão, porém, muitas vezes, o ser humano, em geral, tende a pensar que a pessoa com deficiência não precisa aprender, não precisa formar-se, nem se informar. Professor planejando ©Frepick O professor, neste contexto, precisa olhar o estudante com deficiência com os olhos de que este tem capaci- dade de aprender, absorver conhecimentos, acreditando nas janelas de oportunidades e capacidade de busca da autonomia. Da autonomia no sentido global, desde as atividades de vida diária, até os conteúdos apresentados nas respectivas disciplinas. Nas disciplinas, o professor deve buscar as adaptações necessárias, para que o estudante obtenha sucesso no seu processo de aprendizagem. A experiência tem mostrado que o estudante, independente da sua deficiência, é capaz de motivar-se e, consequentemente, aprender, o que se revela e concebe o estudante como gestor da sua própria cognição. A partir dessa visão de um mundo de possibilidades, que busque modificabilidade cogni- tiva, podemos acreditar que o ser humano é aberto a mudanças, a renovações e ao apren- dizado. Isso nos traz a colocação de Fonseca (1995, p. 30): O ser humano pode modificar-se por efeitos da educação e ao mudar a sua estrutura de informação, formação e transformação do envolvimento, pode adquirir novas possibilidades e novas capacidades (FONSECA, 1995, p. 30). Podendo ser no aspecto social, educacional ou político, é necessário acreditarmos nas capa- cidades e possibilidades de todos os estudantes sem distinção. Neste aspecto, é preciso
  • 9. 9 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 repensar o significado de prática pedagógica, a fim de não cometer os mesmos erros do passado, quando os estudantes com deficiência eram deixados ao esquecimento. Deve-se garantir que os estudantes com deficiência possam ser participantes e colabora- dores na construção de uma sociedade com bem-estar, e que o valor social da igualdade seja consistente e pertinente, com uma escola de qualidade, ou seja, com uma prática pedagógica inclusiva e eficaz. Incluir estudantes com deficiência nas turmas de educação regular eleva o compromisso de consciência, dos aspectos relacionados com a escola, comunidade, sociedade, porém, é necessário ultrapassar os limites. Neste sentido, a educação de qualidade para todos é um pensamento em ação, para dimi- nuir a desigualdade que, muitas vezes, se instala dentro dos espaços escolares. O desafio é estender uma escola inclusiva para o maior número possível de estudantes, contribuindo para o aprendizado de todos. Os espaços escolares precisam proporcionar um ambiente de estímulo, curiosidade e que motive esse estudante a avançar no seu processo de ensino aprendizagem. Para que isso se efetive, deve-se investir na formação do professor, em recursos tecnológicos, em programas e projetos que possibilitem parcerias entre sociedade, família e escola. 3. A educação inclusiva e a formação do professor Quanto à formação, é necessário que o professor tenha qualificação superior e de prefe- rência especialização em educação especial inclusiva. Porém, na realidade, nem sempre isso é possível, mas pode-se investir na formação continuada desse docente. Para Roma- nowski (2007, p. 130): O objetivo da formação continuada é a melhoria do ensino, não apenas a do profissional. Portanto, os programas de formação continuada precisam incluir saberes científicos, críticos, didáticos, relacionais, saber-fazer pedagógico e de gestão. Na formação continuada do professor, deve-se planejar a busca constante do saber, propor- cionando momentos de leituras, pesquisa, troca de experiências entre os colegas, que pode ser realizada por meio de roda de conversa, onde cada um expõe as suas práticas pedagó-
  • 10. 10 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 gicas. Assim, analisa-se o que pode ser aplicado com os estudantes que trabalha. É uma forma simples e eficaz, pois se parte da realidade da escola, onde todos são protagonistas do processo. Além das rodas de conversa, existem outras modalidades de formação, como cursos, seminários, projetos, grupo de estudo, grupo focal, laboratório de apren- dizagem. A formação continuada pode ser formal e informal: formal é sistemati- zada, e a informal são as ações que ocorrem no dia a dia. Muitasvezes,oprofessorédotadodeumapráticaenraizada,semmuitasmudanças. Cabe a ele se reinventar, se reconstruir, buscando inovações e técnicas que possam amenizar as dificuldades do estudante com deficiência. No momento, enfatiza-se muito a prática inovadora, um professor voltado para a pesquisa constante, renovando-se e atuando de forma comprometida com o sucesso do estudante deficiente. Em relação à formação dos professores, é fundamental que essa discussão seja inserida em todos os segmentos da educação, pois a inclusão está presente desde a educação infantil até o ensino superior. Quanto às práticas inovadoras, tem-se enfatizado as metodologias ativas. No artigo “Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica”, os autores apresentam a definição de metodologias ativas, trazendo uma proposta de uma prática inovadora, saindo da escola tradicional. Diante desse cenário, segundo Moran (2015), o professor que se utiliza das metodologias ativas tem o papel de curador e de orientador. Curador, que escolhe o que é relevante entre tanta informação disponível e ajuda a que os alunos encontrem sentido no mosaico de materiais e atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira. Orienta a classe, os grupos e a cada aluno. Ele tem que ser competente intelectualmente, afetivamente e gerencialmente (gestor de aprendizagens múltiplas e complexas). Isso exige profissionais melhor preparados, remunerados,valorizados.Infelizmentenãoéoqueacontece na maioria das instituições educacionais [...] (MORAN, 2015, p. 24). Analisando a afirmação de Moran (2015), percebe-se que o professor, num contexto com o uso das metodologias ativas, inicialmente, precisa assumir uma postura de pesquisador, refletindo sobre sua prática e buscando soluções para efetivar, de Convido vocês a assistirem ao vídeo de Bernadete Gatti que aborda sobre o tema de formação de professores para aprofundar seus conhecimentos sobre essa temática e a educação inclusiva. SAIBA + Clique aqui. Convido vocês a ler o artigo: DIESEL, A.; BALDEZ, A. L. S.; MARTINS, S. N. Disponível em: https://edisciplinas. usp.br/pluginfile. php/4650060/ mod_resource/ content/1/ 404-1658-1-PB%20 %281%29.pdf. Acesso: 14 mar. 2021. SAIBA +
  • 11. 11 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 maneira plena, a inclusão do estudante com deficiência. O professor deve ser reflexivo, ter o olhar atento para o estudante, analisando todo o contexto, no momento de planejar suas ações. Conclusão Nestaunidadediscutimossobreaspolíticasdeinclusão,diantedopapeldossetorespúblicos, sociedade, escola e família. Que se possa, por meio dos vários pontos levantados, apre- sentar uma escola com espaços, onde o estudante com deficiência sinta-se incluído, tendo o direito de exercer a plena cidadania. É necessário que se tenham ações rápidas e efetivas, quanto à formação do professor e à valorização da educação como um todo pelo poder público e a sociedade em geral. Que o professor possa refletir sobre sua prática pedagógica, buscando inovações que garantam o sucesso escolar da pessoa com deficiência. Agora que chegamos ao fim da primeira unidade, esperamos que você tenha aprofun- dado seus conhecimentos sobre as temáticas abordadas nela. Esperamos também que você tenha compreendido a importância do papel da escola, do professor e da neces- sidade de ter uma formação específica para trabalhar com a educação inclusiva. Além disso, acreditamos que, com tudo que foi visto até aqui, você já tem a possibilidade de refletir sobre suas práticas pedagógicas, tornando-a cada vez mais efetiva, no que se refere à inclusão.
  • 12. 12 Metodologia do Ensino da Educação Especial • UA01 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARROYO, Miguel. Experiências de inovação educativa: o currículo na prática da escola. In: MOREIRA, A. F. B. (org.). Currículo: políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999. BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. EstabelecealeiBrasileiradeInclusãodaPessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/ lei/l13146.htm. Acesso em: 03 jan. 2021. DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1991. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/sala- manca.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021 DIESEL, A.; BALDEZ, A. L. S.; MARTINS, S. N. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile. php/4650060/mod_resource/content/1/404-1658-1-PB%20%281%29.pdf. Acesso em: 14 mar. 2021. FONSECA, Vitor. Educação especial: programa de estimulação precoce – introdução as ideias de Feuerstein. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. PG: Foca Foto-PROEX/ UEPG, 2015. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/ mudando_moran. Acesso em: 27 ago. 2015 ROMANOWSKI, J. P. Formação e profissionalização docente. 3 ed. rev. e atual – Curitiba, IBPEX, 2007.