O documento é um diário de leitura de uma estudante sobre o artigo "Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais". No diário, a estudante resume o artigo em três partes, analisando como a mídia manipula a opinião pública por meio da escolha de nomes e termos usados para se referir a pessoas e eventos. A estudante também reflete sobre como a leitura do artigo despertou seu interesse para aprender mais sobre conflitos entre Oriente e Ocidente.
1. Diário de Leitura sobre o artigo:
Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa,
da mídia em conflitos internacionais
Ana Carolina Ribeiro
Graduanda em Letras pela UNEB campus IV
2. O presente trabalho foi solicitado pela Professora Igara
Oliveira tendo o objetivo: da prática na feitura de diários, não só no
decorrer da vivência acadêmica mas também como auxílio de
registro de estudo para toda a vida.
3. Quem eu sou?
Olá, meu nome é Ana Carolina
Ribeiro, sou estudante de Letras
Língua Inglesa e suas Literaturas pela
Universidade Estadual da Bahia -
Campus IV, feminista , adoro política e
gosto de assistir documentários
históricos com relevâncias político –
sociais.
5. Antes de iniciar a leitura do texto, verifiquei o seu título, que por sinal, é um
título extenso e a palavra que mais me chamou atenção foi: “designação” que vem
de designar, indicar algo, então, o que seria a ”arma secreta”? Foi essa pergunta que
me deixou curiosa para examinar o texto.
Logo no começo do artigo, vejo que há duas citações, forma inteligente de
quem quer enriquecer sua proposta, além de haver nota de rodapé e bibliografia, o
que torna a fonte confiável. Após fazer a leitura scanning, notei que haviam
informações no corpo do texto em que eu tinha um conhecimento raso, relatos que
assisti nos canais televisivos, o que me impulsionou a fazer releituras e buscar mais
conteúdos que enriquecessem o meu conhecimento.
6. A sigla OTAN aparece repetida no texto, já ouvi diversas vejas essa palavra
sendo pronunciada em meios comunicativos, tanto que na primeira frase ao qual ela
aparece, vem acompanhada da palavra mídia “potências da OTAN, foi a primeira
guerra inteiramente travada sob os holofotes da atenção da mídia”.
No trecho “a mídia manipula a notícia” lembrei de um fato histórico que
ocorreu no Brasil, em que a Rede Globo escondeu a sete chaves, até onde pode, o
caos que estava acontecendo no país, por volta das década de 80 e 90, entre um
programa e outro, aparecia alguns jingles com dizeres que parafraseio assim: “Esse
é um novo tempo, nunca fomos tão felizes como agora”. No entanto, o país estava
passando pela ditadura, índice altíssimo de fome, morte,violência, enfim.
7. Fiz mais um recorte que trouxe a memória, as aulas de filosofia, em que
foram citadas diversas vezes o nomoteta, Adão: “No momento em que é nomeado,
o objeto deixa de ser exclusivo ou único, pois o próprio ato de nomeação se
encarrega de emprestar-lhe um atributo”.
É engraçado a forma como as datas nos trazem flash becks, recordo-me
perfeitamente no dia 11 de Setembro de 2001, eu, ainda criança, ao chegar da
escola liguei a televisão como de costume para assistir desenho, mas todos os
canais abertos falam sobre a mesma coisa, o Atentado contra as Torres Gêmeas, só
depois de algum tempo pude entender o que de fato ocorreu naquele dia.
9. Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa,
da mídia em conflitos internacionais
K. Rajagopalan.2003.Dedignação.A arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais.
In: Rajagolapan, Kanavillil. Por uma linguística critica. Linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial.
Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais,
escrito pelo pós-Doutor em filosofia da linguagem (Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA) Kanavillil
Rajagopalan, é um artigo em que na primeira parte da sua estrutura conta com duas citações dos escritores
Jonh Simpson e Noam Chomsky – em inglês, mas que são traduzidos no rodapé – O texto é iniciado com
uma introdução e discorrido em três partes, onde o autor explana a cerca do poder midiático e o que há por
trás das suas máscaras.
Rajagopalan , em poucas páginas, faz uma grande reflexão, trazendo argumentos que deixam claras
as intenções dos meios comunicativos em relação a manipulação informativa, exemplifica o quão o leitor é
afetado, de forma deturpada, usando os conflitos do oriente e ocidente, alvos dos holofotes, destacados
fortemente na mídia e ainda afirma como a mídia faz das guerras um verdadeiro espetáculo.
10. Na primeira seção aparece no título uma pergunta: “Nomes, afinal o que há de tão
curioso nessas palavras?” Respondida com uma analise teórica do estudo dos nomes e suas
representações, inclusive, o nome de Adão é muito bem configurado no contexto, visto que a
bíblia é demasiadamente estudada por linguístas e filósofos e que Adão é conhecido como o
primeiro nomoteta, ou seja, responsável pelas primeiras nomeações das coisas.
A segunda seção intercala muito bem com a primeira, que trabalhou com a palavra
“nome”, nela, o tema são “termos”. Termos estes designados pelas matérias jornalistas, eles
são utilizados intencionalmente e o efeito é fabricar algo que atinja a atenção do leitor, porém
nem sempre esses termos trazem boas consequências, como é o caso do famoso Osama Bin
Laden, que ganhou destaque mundialmente, ao ser chamado de “O cabeça dos terroristas” e
assim passou a ser odiado, quase que totalitariamente pelo mundo.
11. Na Terceira e última seção Rajagopalan retoma o perigo da utilização de
alguns termos e os efeitos que eles causam em leitores ingênuos, que acreditam
cegamente em tudo o que a mídia imprime sem questionar-se qual lado
realmente está falando a verdade, até porque a partir do momento que é feita
uma narrativa jornalística, certamente ela passa a sofrer alterações.
O tema me fez debruçar sobre este artigo e refletir não apenas sobre o
poder da mídia, já que esse assunto não é uma novidade para mim, mas deixou-
me curiosa para buscar mais informações a respeito dos conflitos entre,
ocidente e oriente, e por isso afirmo que vale muito a pena a sua leitura.