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Programa de Apoio ao Cuidador de Doentes com Demência
O que é a Demência?
O.M.S. e a ICD-10
           ICD-

- Síndrome resultante de uma doença cerebral crónica progressiva;
- Múltiplas alterações das funções corticais superiores:
          - memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, linguagem e o
          raciocínio.

                             Acompanhadas, e, por vezes precedidas

- Deterioração do controlo emocional, do comportamento social ou da motivação.

                Abrangendo todos os níveis das interacções biopsicosociais,
                     interferindo com o normal funcionamento diário.

DSM-IV-TR
DSM-IV-

- Desenvolvimento de um deficit cognitivo múltiplo caracterizado por uma ou mais das
seguintes disfunções:
          - deterioração da memória, afasia, apraxia, agnosia, transtorno da função
          executiva, alteração da vida familiar, social e profissional e declínio acentuado do
          nível intelectual prévio/deterioração do pensamento e raciocínio.
Deficits                    Deficits             Deficits             Sintomas         Diferenças sentidas pelo
    Evolução da Doença          Deficits Cognitivos
                                                            Comportamentais               Funcionais            Motores             Emocionais               cuidador
          Estádio 1
                                                                           Fase inicial de demência sem alterações significativas
         Fase inicial
                                                         Perturbações de humor,          Capacidade de             -----                -----         Consciencialização das
                                                               alterações da           resolução começa                                             mudanças, mas minimiza e/ou
         Estádio 2           Esquecimentos de nomes,       personalidade, apatia              a estar                                                     ignora a causa
    Queixas subjectivas de       local dos objectos,     progressiva, desinteresse       comprometida,
          memória             acontecimentos recentes        pelas actividades            assim como a
                                                                 habituais               vida pessoal e
                                                                                              social
                                  Alterações para            Alterações da                 Problemas                                Ansiedade e      Doente oferece resistência à
        Estádio 3            acontecimentos recentes,        personalidade                actividades                                depressão      ajuda oferecida pelo cuidador,
E     Défice ligeiro de      desorientação temporal e         (desinibição,            diárias complexas           -----                                 aumentando assim a
S        memória                espacial, raciocínio      embotamento afectivo)            (sociais e                                                  sobrecarga emocional do
T                                     alterado                                            familiares).                                                         cuidador
Á
D                                                         Perturbação severa do             Perda de                                   Reacções          O doente está mais
I                              Perturbação severa da         comportamento                autonomia,                                 emocionais        dependente, aumento de
O                              memória, dificuldades                                   comprometimento                                   mais       trabalho, sobrecarga física e
        Estádio 4
S                                   crescentes na                                      das AVD s (auto-                             proeminentes     emocional, necessidade de
     Demência ligeira ou                                                                                           -----
                             comunicação, diminuição                                   cuidado) e ADI s                               (abandono                 apoio
          inicial
D                              do raciocínio e acções                                      (dinheiro,                                     de
A                               sequenciais lógicas                                       transportes)                               actividades,
                                                                                                                                     isolamento)
D                                                             Comportamento               Alterações e                                               Agravamento dos deficits,
E                            Comprometimento grave       repetitivo (perseveração),     dificuldades nas                                               agnosia para objectos,
M                                da memória, da                   alterações                 AVD s                                                  anosoagnosia, prosopagnosia
Ê       Estádio 5            concentração, atenção e        comportamentais e
N                                                                                                                  -----                -----
     Demência moderada       orientação, pensamento            psiquiátricas,
C                             repetitivo, alteração da   perturbações alimentares,
I                                 linguagem oral           controlo esfíncteres e
A                                                                  sexuais
                               Restam fragmentos de       Agressividade, apatia,        Dificuldades e        Dificuldades                              O cuidador tem maior
                                memórias passadas,        delírios e alucinações,       necessidade de             dos                              sobrecarga emocional e física,
                              acentuadas dificuldades     perturbações do sono,       ajuda nas AVD s,        movimentos e                          necessidade de apoio e ajuda,
         Estádio 6                   no discurso             comportamento               dependência         da coordenação                             sentimento de culpa e
                                                                                                                                        -----
       Demência grave        (fragmentado), impreciso,         estereotipado          progressiva e total                                                    isolamento
                             divaga, sem capacidade de
                                  reter informação,
                                 desorientação total
                                                         Apatia, incontinência,        Dependência total       Perda da                                Acentuada sobrecarga
         Estádio 7                                       perturbação do sono             em todas as         marcha, atrofia                          emocional e física, apoio
                                Perda da linguagem
    Demência muito grave                                                                   AVD s               muscular,                -----            durante 24h/dia.
                                    (mutismo)
        ou terminal                                                                                             doente
                                                                                                               acamado
O que é ser Cuidador?

        Cuidador principal ou primário responsável pela quase totalidade dos encargos
        com o idoso demenciado e a quem estão reservados os trabalhos de rotina.



        Cuidadores secundários exercem funções ocasionais. Participam apenas quando
        os cuidadores primários não podem ou em situação de resposta ao apelo de um
        profissional.



O cuidador do doente demenciado:


        - Cônjuge (faixa dos 60-75 anos e a idade média é de 70 anos);
        - Filhas(os)/noras/genros (faixa dos 45 a 50 anos).
Relação na Prestação de Cuidados

                                                             Factores pessoais

  Factores pessoais

                                                             Estado de saúde

Factores relacionados       IDOSO        CUIDADOR
                                                                  Meio
 com a dependência


                                                           Prestação de cuidados

Factores relacionados
     com o meio                                               Suporte Social
O Psicólogo/Neuropsicólogo

Avaliar os efeitos cognitivos, emocionais, funcionais e comportamentais de uma disfunção
neurológica.
                    Efectuada através de entrevista e aplicação de provas
                    neuropsicológicas padronizadas.



         Objectivo

Estabelecimento das habilidades preservadas e sequelas do doente, i.e., saber quais as
dificuldades específicas do doente, para posteriormente planear a intervenção indicada.


         Com a intervenção o Neuropsicólogo

Pretende prevenir reacções emocionais excessivas e optimizar os recursos dos doentes e
cuidadores, para lidarem de forma mais adaptativa com o problema.

Procura dar suporte aos doentes e cuidadores, estimulando a procura de recursos para
melhor enfrentar o processo de aceitação da doença e adesão aos tratamentos.
O Psicólogo/Neuropsicólogo (cont.)


         Avaliação

                    Desenvolver programas de actividades terapêuticas personalizados
                            (sessões individuais e/ou grupais)

         Auxiliar

                    Restabelecimento da qualidade de vida e reintegrar o doente no
                    meio familiar e social
                    O cuidador encontra apoio necessário para continuar a tarefa de
                    cuidar.


    A intervenção neuropsicológica nos quadros demenciais assenta nas necessidades
dos doentes e familiares/cuidadores.


                    …e deverá ser neuroestimuladora, biopsicosocial e holística.
Intervenção Neuropsicológica


         O programa assenta em 4 domínios:


1) Proporcionar conhecimento da doença ao cuidador;


2) Na promoção do envelhecimento activo;


3) Na organização da prestação de cuidados de saúde;


4) Na promoção de ambientes facilitadores de autonomia e independência;


Evitar o “efeito dominó”…
Intervenção Neuropsicológica (cont.)



 As intervenções

          Integradas e articuladas com outros profissionais de saúde

                   Criar um espaço de intervenção

                             Optimizar a prestação dos profissionais de saúde

 O grupo de apoio aos familiares e cuidadores de doentes demenciados

    Suporte aberto, coordenado por um médico, enfermeiro e psicólogo/neuropsicólogo

                   Encontro semanal e com duração de 90 minutos

 O grupo é constituído por “vítimas” de um problema comum …

       … O cuidar de um familiar dependente, e,
                                      organiza-se em torno de uma temática.
Papel da Neuropsicologia na Avaliação dos quadros demenciais



1) Avaliar os doentes o mais precocemente possível.

2) Tentar descodificar o grau de reserva cognitiva, usando-o para preservar
   potencialidades funcionais.

3) Ajudar a implementar uma dinâmica interventiva transclínica (onde profissionais de
   saúde e familiares interajam, para tentar retardar a desagregação do “eu”).

4) Criar novos meios de intervenção.

5) Intervir por meio de uma dinâmica interactiva:

   - Reestruturação - acção directa ao nível das várias disfunções;

   - Reabilitação Neuropsicológica - optimização prática dos resultados obtidos;

   - Reintegração - inserção sócio-familiar dos doentes.
Papel da Neuropsicologia na Avaliação dos Q.D. (cont.)


Principais objectivos

! Fazer com que os cuidadores aceitem a inevitabilidade e a irreversibilidade da
doença, para que sintam a experiência de que “não sou só eu que sinto isso”, de modo
que ocorram mudanças efectivas e satisfatórias;

! Favorecer a expressão de sentimentos e promover a diminuição da ansiedade;

! Ensinar o grupo a lidar com perdas, luto, dor e desespero;

! Favorecer a ajuda mútua e a diminuição do isolamento;

! Criar uma atmosfera de compreensão, confiança, empatia, de modo a permitir a
expansão da rede social;

! Facilitar o envolvimento construtivo com o familiar doente.
O grupo de apoio



                       Expressão de dor
                        Solidariedade
                          recíproca

                    Necessidade de aceitar

                      Transformar a dor

                   Recuperar o auto-cuidado

                    Trabalhar técnicas de
                   resolução de problemas
Apoio Prestado aos Cuidadores – Dúvidas/Queixas:


1) Os distúrbios de cognição e memória dificultam a interacção doente-cuidador;

2) A família deve conhecer o que é a doença, como e quanto afecta o doente;

3) Perda e inversão dos papéis (Filho-Pai);

4) Impaciência com a repetição de erros cometidos pelo doente e a dificuldade do
   cuidador em trabalhar com os sentimentos de raiva e culpa;

5) Isolamento - vergonha dos comportamentos inadequados do doente e não saber como
    lidar com as situações;

6) Frustração - necessidade de alterar os projectos de vida;

7) Falta de perspectivas futuras para a família;

8) Manter-se activo no desempenho das suas actividades e competências;

9) Dificuldades do cuidador na tomada de decisão pela institucionalização do portador.
A prevenção do stress e do cansaço - Contemplam questões:

1) Ter tempo para cuidar física, intelectual e emocionalmente de si mesmo;

2) Dedicar tempo ao lazer;

3) Negociar os períodos de folga do cuidador;

4) Manter uma elevada auto-estima e estabelecer prioridades;

5) Focalizar o trabalho de forma positiva, evitando que este interfira e que modifique a
   dinâmica familiar;

6) Compatibilizar o cuidar com a família e amigos;

7) Manter uma alimentação saudável e realizar exercícios físicos;

8) Informar e desenvolver habilidades de resolução de problemas (as decisões mais
   adequadas, capacitam o indivíduo no reconhecimento de uma situação problemática).
Intervenção não medicamentosa

1) Terapia de Orientação para a realidade (TOR)

         Conjunto de técnicas simples.
         Tem por objectivo evitar a confusão e a desconexão da realidade.


                  Situar temporal e espacialmente.
                            Ex. Dados pessoais (nome, idade, data de nascimento, …);
                            temporais (mês, ano, estação do ano, dia de semana, …) e
                            espaciais (morada, cidade, pais, …).


                  Trabalhar
                            Memória a curto, médio e longo termo, estimula e facilita as
                            funções executivas.


Esta técnica deve adaptar-se à pessoa, perceber qual o conhecimento que o doente tem do
meio que o rodeia e o seu desempenho.
Intervenção não medicamentosa (cont.)
2) Terapia da Reminiscência

          Conjunto de técnicas relacionadas com a estimulação, i.e., vão realizar-se
          processos de reconhecimento e identificação.

          Constitui uma forma de reactivar o passado pessoal, ajuda a manter a
          própria identidade e ajuda a activar e actualizar a memória episódica a longo
          termo do doente.


É necessário ter em consideração a realidade de cada doente e trabalhar apenas os elementos
relacionados com a sua biografia, a técnica deve ser adaptada à idade, cultura, profissão, estilo de
vida e experiência.


          3 formas de Reminiscências:

                     1) O livro da memória;
                     2) A “linha do tempo”;
                     3) A caixa de recordação.
Intervenção não medicamentosa (cont.)


3) Música

         Activação cognitiva, o aspecto lúdico e a reabilitação motora.

4) Actividades de reabilitação cognitiva no domicílio

         Devem ser de acordo com os gostos dos doentes.
                   Por ex. Construir puzzles, cuidar do jardim.

5) Utilização de auxiliares de memória

         Exibição de fotos, colocar etiquetas nas portas de casa com palavras
         (avisadores), sinalizadores de caminhos com cores diferenciadas, relógio de
         alarme para acontecimentos importantes e toma de medicamentos.



Estas actividades, têm como objectivo facilitar a realização de tarefas, na autonomia
das AVD´s do doente.
In(formação) ao Cuidador nas Activ. Diárias e Instrumentais

   A demência no dia-a-dia

- Uso das próprias capacidades físicas e mentais “ajudar a fazer as coisas, mas não as
fazer por ele” mantendo o grau de auto-suficiência do doente;
- Estabelecer rotinas - mantê-las o mais “normais” possíveis permite manter a dignidade;
- Flexibilidade no plano de actividades e simplificar as tarefas diárias do doente…

   As dificuldades no cuidar

- Inexperiência na prestação de cuidados;
- Nível de dependência do idoso nas AVD´s;
- Horas dispensadas nos cuidados diários;
- Impossibilidade de descanso;
- Ausência de actividades sócio culturais e o estado de saúde…

   Complicações da doença

- A medicação, as quedas, sono e repouso;
- Higiene pessoal e comunicação com o idoso;
- A dor no idoso, oscilações do humor, desconfiança/alucinações…
In(formação) ao Cuidador nas Activ. Diárias e Instrumentais (cont.)


     Simplificar as tarefas de higiene

  - Manter a rotina, o banho, a incontinência urinária, o vestuário…

     Alimentação

  - A perda e/ou aumento de apetite/peso, dificuldade manusear talheres e em mastigar e
  engolir...

     Comportamento

  - A agressividade, irritabilidade e agitação, desorientação, sexualidade…

     Doenças/Antecedentes

  - Hipotensão, hipertensão, colesterol (dislipidémia), diabetes, depressão, ideação
  suicida…)

     …
                   !!! Nas demências, as tarefas devem estar adaptadas
                       às capacidades cognitivas e físicas dos doentes.
Proposta para uma intervenção neuropsicológica eficaz


  - Precocidade (chegar mais cedo à consulta);


  - Individualização (porque cada caso é diferente de todos os outros);


  - Multidisciplinaridade (Neuropsicologia + Psicologia + Terapia Ocupacional +
                          Enfermagem + Serviço Social);

  - Interdisciplinaridade;


  - Reintegração (no “nicho” bio-psico-socio-familiar);


  - Globalidade (num Sentido Holístico);


  - Abrangência transclínica (relevância dos elementos “estranhos” à equipa
                                       clínica, como a família, amigos, …).
SISTEMA NEURO-PSICO-EPISTEMOLÓGICO




                      Apostar na
                      Prevenção
                       Primária


                   Programa de Apoio
                     ao Cuidador e
   Avaliação            Doente           Reabilitação
Neuropsicológica                       Neuropsicológica
Princípios Básicos


   PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO A ADOPTAR
Centralizar as necessidades nos idosos e          Incentivar o cuidador a cuidar de si e a
cuidadores                                        estabelecer objectivos
Ensinar a planificar as actividades               Ensinar técnicas para diminuição de stress
Estabelecer prioridades e ensinar o cuidador a    Promover a utilização dos recursos pessoais e
negociar períodos de folga                        adopção de estratégias de auto-motivação
Promover a adopção de estratégias promotoras da   Ensinar estratégias que facilitem a prestação de
independência do idoso                            cuidados
Ajudar o cuidador a reconhecer, quando e a quem   Orientar o cuidador sobre o tipo de ajuda
deve pedir ajuda                                  existente e fornecer os contactos sociais
Importância do Programa


IMPORTÂNCIA DO TREINO/ESTIMULAÇÃO DA MEMÓRIA EFECTUADA EM CASA PELO CUIDADOR

Utilização de um calendário                        Ajudar a organizar a informação
Repetição dos últimos pensamentos                  Uso de mnemónicas (listas, diários, agendas)
Orientação espacial, temporal e pessoal            Recordar experiências passadas/recentes
Estimulação a partir da rádio, televisão, música                                         .
                                           Colocação de objectos e fotografias no ambiente
                                           do idoso
Promover a participação em actividades que Utilização de símbolos na gestão do ambiente e
envolvam e estimulem a memória             promoção de um ambiente adequado e seguro
)HUQDQGR 3HVVRD
      Obrigada.

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Apoio Cuidador Demência

  • 1. Programa de Apoio ao Cuidador de Doentes com Demência
  • 2. O que é a Demência? O.M.S. e a ICD-10 ICD- - Síndrome resultante de uma doença cerebral crónica progressiva; - Múltiplas alterações das funções corticais superiores: - memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, linguagem e o raciocínio. Acompanhadas, e, por vezes precedidas - Deterioração do controlo emocional, do comportamento social ou da motivação. Abrangendo todos os níveis das interacções biopsicosociais, interferindo com o normal funcionamento diário. DSM-IV-TR DSM-IV- - Desenvolvimento de um deficit cognitivo múltiplo caracterizado por uma ou mais das seguintes disfunções: - deterioração da memória, afasia, apraxia, agnosia, transtorno da função executiva, alteração da vida familiar, social e profissional e declínio acentuado do nível intelectual prévio/deterioração do pensamento e raciocínio.
  • 3. Deficits Deficits Deficits Sintomas Diferenças sentidas pelo Evolução da Doença Deficits Cognitivos Comportamentais Funcionais Motores Emocionais cuidador Estádio 1 Fase inicial de demência sem alterações significativas Fase inicial Perturbações de humor, Capacidade de ----- ----- Consciencialização das alterações da resolução começa mudanças, mas minimiza e/ou Estádio 2 Esquecimentos de nomes, personalidade, apatia a estar ignora a causa Queixas subjectivas de local dos objectos, progressiva, desinteresse comprometida, memória acontecimentos recentes pelas actividades assim como a habituais vida pessoal e social Alterações para Alterações da Problemas Ansiedade e Doente oferece resistência à Estádio 3 acontecimentos recentes, personalidade actividades depressão ajuda oferecida pelo cuidador, E Défice ligeiro de desorientação temporal e (desinibição, diárias complexas ----- aumentando assim a S memória espacial, raciocínio embotamento afectivo) (sociais e sobrecarga emocional do T alterado familiares). cuidador Á D Perturbação severa do Perda de Reacções O doente está mais I Perturbação severa da comportamento autonomia, emocionais dependente, aumento de O memória, dificuldades comprometimento mais trabalho, sobrecarga física e Estádio 4 S crescentes na das AVD s (auto- proeminentes emocional, necessidade de Demência ligeira ou ----- comunicação, diminuição cuidado) e ADI s (abandono apoio inicial D do raciocínio e acções (dinheiro, de A sequenciais lógicas transportes) actividades, isolamento) D Comportamento Alterações e Agravamento dos deficits, E Comprometimento grave repetitivo (perseveração), dificuldades nas agnosia para objectos, M da memória, da alterações AVD s anosoagnosia, prosopagnosia Ê Estádio 5 concentração, atenção e comportamentais e N ----- ----- Demência moderada orientação, pensamento psiquiátricas, C repetitivo, alteração da perturbações alimentares, I linguagem oral controlo esfíncteres e A sexuais Restam fragmentos de Agressividade, apatia, Dificuldades e Dificuldades O cuidador tem maior memórias passadas, delírios e alucinações, necessidade de dos sobrecarga emocional e física, acentuadas dificuldades perturbações do sono, ajuda nas AVD s, movimentos e necessidade de apoio e ajuda, Estádio 6 no discurso comportamento dependência da coordenação sentimento de culpa e ----- Demência grave (fragmentado), impreciso, estereotipado progressiva e total isolamento divaga, sem capacidade de reter informação, desorientação total Apatia, incontinência, Dependência total Perda da Acentuada sobrecarga Estádio 7 perturbação do sono em todas as marcha, atrofia emocional e física, apoio Perda da linguagem Demência muito grave AVD s muscular, ----- durante 24h/dia. (mutismo) ou terminal doente acamado
  • 4. O que é ser Cuidador? Cuidador principal ou primário responsável pela quase totalidade dos encargos com o idoso demenciado e a quem estão reservados os trabalhos de rotina. Cuidadores secundários exercem funções ocasionais. Participam apenas quando os cuidadores primários não podem ou em situação de resposta ao apelo de um profissional. O cuidador do doente demenciado: - Cônjuge (faixa dos 60-75 anos e a idade média é de 70 anos); - Filhas(os)/noras/genros (faixa dos 45 a 50 anos).
  • 5. Relação na Prestação de Cuidados Factores pessoais Factores pessoais Estado de saúde Factores relacionados IDOSO CUIDADOR Meio com a dependência Prestação de cuidados Factores relacionados com o meio Suporte Social
  • 6. O Psicólogo/Neuropsicólogo Avaliar os efeitos cognitivos, emocionais, funcionais e comportamentais de uma disfunção neurológica. Efectuada através de entrevista e aplicação de provas neuropsicológicas padronizadas. Objectivo Estabelecimento das habilidades preservadas e sequelas do doente, i.e., saber quais as dificuldades específicas do doente, para posteriormente planear a intervenção indicada. Com a intervenção o Neuropsicólogo Pretende prevenir reacções emocionais excessivas e optimizar os recursos dos doentes e cuidadores, para lidarem de forma mais adaptativa com o problema. Procura dar suporte aos doentes e cuidadores, estimulando a procura de recursos para melhor enfrentar o processo de aceitação da doença e adesão aos tratamentos.
  • 7. O Psicólogo/Neuropsicólogo (cont.) Avaliação Desenvolver programas de actividades terapêuticas personalizados (sessões individuais e/ou grupais) Auxiliar Restabelecimento da qualidade de vida e reintegrar o doente no meio familiar e social O cuidador encontra apoio necessário para continuar a tarefa de cuidar. A intervenção neuropsicológica nos quadros demenciais assenta nas necessidades dos doentes e familiares/cuidadores. …e deverá ser neuroestimuladora, biopsicosocial e holística.
  • 8. Intervenção Neuropsicológica O programa assenta em 4 domínios: 1) Proporcionar conhecimento da doença ao cuidador; 2) Na promoção do envelhecimento activo; 3) Na organização da prestação de cuidados de saúde; 4) Na promoção de ambientes facilitadores de autonomia e independência; Evitar o “efeito dominó”…
  • 9. Intervenção Neuropsicológica (cont.) As intervenções Integradas e articuladas com outros profissionais de saúde Criar um espaço de intervenção Optimizar a prestação dos profissionais de saúde O grupo de apoio aos familiares e cuidadores de doentes demenciados Suporte aberto, coordenado por um médico, enfermeiro e psicólogo/neuropsicólogo Encontro semanal e com duração de 90 minutos O grupo é constituído por “vítimas” de um problema comum … … O cuidar de um familiar dependente, e, organiza-se em torno de uma temática.
  • 10. Papel da Neuropsicologia na Avaliação dos quadros demenciais 1) Avaliar os doentes o mais precocemente possível. 2) Tentar descodificar o grau de reserva cognitiva, usando-o para preservar potencialidades funcionais. 3) Ajudar a implementar uma dinâmica interventiva transclínica (onde profissionais de saúde e familiares interajam, para tentar retardar a desagregação do “eu”). 4) Criar novos meios de intervenção. 5) Intervir por meio de uma dinâmica interactiva: - Reestruturação - acção directa ao nível das várias disfunções; - Reabilitação Neuropsicológica - optimização prática dos resultados obtidos; - Reintegração - inserção sócio-familiar dos doentes.
  • 11. Papel da Neuropsicologia na Avaliação dos Q.D. (cont.) Principais objectivos ! Fazer com que os cuidadores aceitem a inevitabilidade e a irreversibilidade da doença, para que sintam a experiência de que “não sou só eu que sinto isso”, de modo que ocorram mudanças efectivas e satisfatórias; ! Favorecer a expressão de sentimentos e promover a diminuição da ansiedade; ! Ensinar o grupo a lidar com perdas, luto, dor e desespero; ! Favorecer a ajuda mútua e a diminuição do isolamento; ! Criar uma atmosfera de compreensão, confiança, empatia, de modo a permitir a expansão da rede social; ! Facilitar o envolvimento construtivo com o familiar doente.
  • 12. O grupo de apoio Expressão de dor Solidariedade recíproca Necessidade de aceitar Transformar a dor Recuperar o auto-cuidado Trabalhar técnicas de resolução de problemas
  • 13. Apoio Prestado aos Cuidadores – Dúvidas/Queixas: 1) Os distúrbios de cognição e memória dificultam a interacção doente-cuidador; 2) A família deve conhecer o que é a doença, como e quanto afecta o doente; 3) Perda e inversão dos papéis (Filho-Pai); 4) Impaciência com a repetição de erros cometidos pelo doente e a dificuldade do cuidador em trabalhar com os sentimentos de raiva e culpa; 5) Isolamento - vergonha dos comportamentos inadequados do doente e não saber como lidar com as situações; 6) Frustração - necessidade de alterar os projectos de vida; 7) Falta de perspectivas futuras para a família; 8) Manter-se activo no desempenho das suas actividades e competências; 9) Dificuldades do cuidador na tomada de decisão pela institucionalização do portador.
  • 14. A prevenção do stress e do cansaço - Contemplam questões: 1) Ter tempo para cuidar física, intelectual e emocionalmente de si mesmo; 2) Dedicar tempo ao lazer; 3) Negociar os períodos de folga do cuidador; 4) Manter uma elevada auto-estima e estabelecer prioridades; 5) Focalizar o trabalho de forma positiva, evitando que este interfira e que modifique a dinâmica familiar; 6) Compatibilizar o cuidar com a família e amigos; 7) Manter uma alimentação saudável e realizar exercícios físicos; 8) Informar e desenvolver habilidades de resolução de problemas (as decisões mais adequadas, capacitam o indivíduo no reconhecimento de uma situação problemática).
  • 15. Intervenção não medicamentosa 1) Terapia de Orientação para a realidade (TOR) Conjunto de técnicas simples. Tem por objectivo evitar a confusão e a desconexão da realidade. Situar temporal e espacialmente. Ex. Dados pessoais (nome, idade, data de nascimento, …); temporais (mês, ano, estação do ano, dia de semana, …) e espaciais (morada, cidade, pais, …). Trabalhar Memória a curto, médio e longo termo, estimula e facilita as funções executivas. Esta técnica deve adaptar-se à pessoa, perceber qual o conhecimento que o doente tem do meio que o rodeia e o seu desempenho.
  • 16. Intervenção não medicamentosa (cont.) 2) Terapia da Reminiscência Conjunto de técnicas relacionadas com a estimulação, i.e., vão realizar-se processos de reconhecimento e identificação. Constitui uma forma de reactivar o passado pessoal, ajuda a manter a própria identidade e ajuda a activar e actualizar a memória episódica a longo termo do doente. É necessário ter em consideração a realidade de cada doente e trabalhar apenas os elementos relacionados com a sua biografia, a técnica deve ser adaptada à idade, cultura, profissão, estilo de vida e experiência. 3 formas de Reminiscências: 1) O livro da memória; 2) A “linha do tempo”; 3) A caixa de recordação.
  • 17. Intervenção não medicamentosa (cont.) 3) Música Activação cognitiva, o aspecto lúdico e a reabilitação motora. 4) Actividades de reabilitação cognitiva no domicílio Devem ser de acordo com os gostos dos doentes. Por ex. Construir puzzles, cuidar do jardim. 5) Utilização de auxiliares de memória Exibição de fotos, colocar etiquetas nas portas de casa com palavras (avisadores), sinalizadores de caminhos com cores diferenciadas, relógio de alarme para acontecimentos importantes e toma de medicamentos. Estas actividades, têm como objectivo facilitar a realização de tarefas, na autonomia das AVD´s do doente.
  • 18. In(formação) ao Cuidador nas Activ. Diárias e Instrumentais A demência no dia-a-dia - Uso das próprias capacidades físicas e mentais “ajudar a fazer as coisas, mas não as fazer por ele” mantendo o grau de auto-suficiência do doente; - Estabelecer rotinas - mantê-las o mais “normais” possíveis permite manter a dignidade; - Flexibilidade no plano de actividades e simplificar as tarefas diárias do doente… As dificuldades no cuidar - Inexperiência na prestação de cuidados; - Nível de dependência do idoso nas AVD´s; - Horas dispensadas nos cuidados diários; - Impossibilidade de descanso; - Ausência de actividades sócio culturais e o estado de saúde… Complicações da doença - A medicação, as quedas, sono e repouso; - Higiene pessoal e comunicação com o idoso; - A dor no idoso, oscilações do humor, desconfiança/alucinações…
  • 19. In(formação) ao Cuidador nas Activ. Diárias e Instrumentais (cont.) Simplificar as tarefas de higiene - Manter a rotina, o banho, a incontinência urinária, o vestuário… Alimentação - A perda e/ou aumento de apetite/peso, dificuldade manusear talheres e em mastigar e engolir... Comportamento - A agressividade, irritabilidade e agitação, desorientação, sexualidade… Doenças/Antecedentes - Hipotensão, hipertensão, colesterol (dislipidémia), diabetes, depressão, ideação suicida…) … !!! Nas demências, as tarefas devem estar adaptadas às capacidades cognitivas e físicas dos doentes.
  • 20. Proposta para uma intervenção neuropsicológica eficaz - Precocidade (chegar mais cedo à consulta); - Individualização (porque cada caso é diferente de todos os outros); - Multidisciplinaridade (Neuropsicologia + Psicologia + Terapia Ocupacional + Enfermagem + Serviço Social); - Interdisciplinaridade; - Reintegração (no “nicho” bio-psico-socio-familiar); - Globalidade (num Sentido Holístico); - Abrangência transclínica (relevância dos elementos “estranhos” à equipa clínica, como a família, amigos, …).
  • 21. SISTEMA NEURO-PSICO-EPISTEMOLÓGICO Apostar na Prevenção Primária Programa de Apoio ao Cuidador e Avaliação Doente Reabilitação Neuropsicológica Neuropsicológica
  • 22. Princípios Básicos PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO A ADOPTAR Centralizar as necessidades nos idosos e Incentivar o cuidador a cuidar de si e a cuidadores estabelecer objectivos Ensinar a planificar as actividades Ensinar técnicas para diminuição de stress Estabelecer prioridades e ensinar o cuidador a Promover a utilização dos recursos pessoais e negociar períodos de folga adopção de estratégias de auto-motivação Promover a adopção de estratégias promotoras da Ensinar estratégias que facilitem a prestação de independência do idoso cuidados Ajudar o cuidador a reconhecer, quando e a quem Orientar o cuidador sobre o tipo de ajuda deve pedir ajuda existente e fornecer os contactos sociais
  • 23. Importância do Programa IMPORTÂNCIA DO TREINO/ESTIMULAÇÃO DA MEMÓRIA EFECTUADA EM CASA PELO CUIDADOR Utilização de um calendário Ajudar a organizar a informação Repetição dos últimos pensamentos Uso de mnemónicas (listas, diários, agendas) Orientação espacial, temporal e pessoal Recordar experiências passadas/recentes Estimulação a partir da rádio, televisão, música . Colocação de objectos e fotografias no ambiente do idoso Promover a participação em actividades que Utilização de símbolos na gestão do ambiente e envolvam e estimulem a memória promoção de um ambiente adequado e seguro
  • 24. )HUQDQGR 3HVVRD Obrigada.