As cavernas brasileiras, bastante ameaçadas por
atividades humanas, também têm sua preservação dificultada pela escassez de estudos sobre esses ecossistemas. Hoje, só estão protegidas por lei aquelas em que existem animais ‘troglóbios’, ou seja, aqueles que passam toda a vida nesses ambientes.Mas é preciso mudar
esse critério, já que muitas cavernas, mesmo sem
organismos desse tipo,têm uma fauna variada
e complexa. As decisões sobre a preservação
de cavernas devem basear-se não só na
presença de troglóbios, mas também em aspectos
ecológicos, como a complexidade biológica
e as influências dos ecossistemas externos
sobre a vida em seu interior.
Este documento discute a importância da diversidade de besouros coprófagos na fauna do solo. Apresenta uma introdução sobre insetos do solo e suas interações ecológicas. Descreve ordens menores de insetos do solo como colêmbolos, cupins e formigas, destacando suas características e papel na ciclagem de nutrientes e decomposição da matéria orgânica no solo.
O documento discute a fauna do solo, incluindo sua definição, principais grupos, como vivem, classificação por tamanho, e influência nos processos do solo e ciclagem de nutrientes. É destacada a importância de engenheiros do ecossistema como minhocas e cupins na criação de estruturas que apoiam outros organismos.
Este documento discute os principais grupos de organismos do solo e sua importância na biodinâmica do solo. Ele descreve microfauna, mesofauna e macrofauna com base em seu tamanho, e discute suas classificações funcionais como predadores, transformadores e engenheiros do solo. O documento também aborda a decomposição da matéria orgânica, controle biológico e outros processos realizados por organismos do solo.
1. O documento fornece instruções sobre como coletar a macrofauna do solo, incluindo animais maiores que 1 cm de comprimento.
2. Detalha os materiais e procedimentos necessários para a coleta de amostras de solo e a extração manual dos animais, bem como métodos alternativos de coleta.
3. Discutem a importância funcional da macrofauna no solo e como sua abundância relativa pode ser usada para indicar diferenças entre sistemas agrícolas.
O documento discute a macrofauna do solo, incluindo exemplos como cupins, formigas e minhocas. Estes organismos desempenham funções ecológicas vitais como a decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e manutenção da estrutura do solo. A coleta e identificação destes organismos fornecem informações sobre a qualidade do solo e dos ecossistemas.
O documento apresenta descritores para as disciplinas de Ciências dos 4o ao 9o ano do ensino fundamental. Os descritores cobrem tópicos como ecossistemas, fotossíntese, cadeia alimentar, saúde, solo, água, classificação de seres vivos, anatomia humana, reprodução, digestão e matéria.
1) A seleção natural pode ocorrer no nível do grupo, explicando comportamentos altruístas como formigas que formam pontes com seus corpos e abelhas que morrem defendendo a colônia.
2) Discute-se se a evolução do altruísmo ocorre no nível do gene, do indivíduo ou do grupo.
O documento discute a mesofauna do solo, incluindo seus principais grupos como ácaros e colêmbolos. Ele explica que a mesofauna vive na camada superficial do solo, é importante para processos como decomposição e transporte de matéria orgânica, e é indicadora da saúde do solo. O documento também descreve como a mesofauna é coletada e como práticas no solo podem afetar suas populações.
Este documento discute a importância da diversidade de besouros coprófagos na fauna do solo. Apresenta uma introdução sobre insetos do solo e suas interações ecológicas. Descreve ordens menores de insetos do solo como colêmbolos, cupins e formigas, destacando suas características e papel na ciclagem de nutrientes e decomposição da matéria orgânica no solo.
O documento discute a fauna do solo, incluindo sua definição, principais grupos, como vivem, classificação por tamanho, e influência nos processos do solo e ciclagem de nutrientes. É destacada a importância de engenheiros do ecossistema como minhocas e cupins na criação de estruturas que apoiam outros organismos.
Este documento discute os principais grupos de organismos do solo e sua importância na biodinâmica do solo. Ele descreve microfauna, mesofauna e macrofauna com base em seu tamanho, e discute suas classificações funcionais como predadores, transformadores e engenheiros do solo. O documento também aborda a decomposição da matéria orgânica, controle biológico e outros processos realizados por organismos do solo.
1. O documento fornece instruções sobre como coletar a macrofauna do solo, incluindo animais maiores que 1 cm de comprimento.
2. Detalha os materiais e procedimentos necessários para a coleta de amostras de solo e a extração manual dos animais, bem como métodos alternativos de coleta.
3. Discutem a importância funcional da macrofauna no solo e como sua abundância relativa pode ser usada para indicar diferenças entre sistemas agrícolas.
O documento discute a macrofauna do solo, incluindo exemplos como cupins, formigas e minhocas. Estes organismos desempenham funções ecológicas vitais como a decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e manutenção da estrutura do solo. A coleta e identificação destes organismos fornecem informações sobre a qualidade do solo e dos ecossistemas.
O documento apresenta descritores para as disciplinas de Ciências dos 4o ao 9o ano do ensino fundamental. Os descritores cobrem tópicos como ecossistemas, fotossíntese, cadeia alimentar, saúde, solo, água, classificação de seres vivos, anatomia humana, reprodução, digestão e matéria.
1) A seleção natural pode ocorrer no nível do grupo, explicando comportamentos altruístas como formigas que formam pontes com seus corpos e abelhas que morrem defendendo a colônia.
2) Discute-se se a evolução do altruísmo ocorre no nível do gene, do indivíduo ou do grupo.
O documento discute a mesofauna do solo, incluindo seus principais grupos como ácaros e colêmbolos. Ele explica que a mesofauna vive na camada superficial do solo, é importante para processos como decomposição e transporte de matéria orgânica, e é indicadora da saúde do solo. O documento também descreve como a mesofauna é coletada e como práticas no solo podem afetar suas populações.
O documento discute a diversidade, tamanho, densidade e funções dos organismos edáficos. Apresenta dados sobre a biomassa e densidade de microrganismos, microfauna, mesofauna e macrofauna por metro quadrado de solo. Também descreve os tipos de metabolismo, classificação e densidade de espécies dos principais reinos que compõem os organismos edáficos.
O documento discute a ecologia do solo, abordando sua estrutura e função, conceitos gerais como a ordem hierárquica e redundância funcional, e o papel dos microrganismos no solo, incluindo a formação de agregados, interações simbióticas e outros tipos de interação.
Este documento apresenta descritores para as provas do 1o bimestre de 2011 para alunos do 2o ao 9o ano. Os descritores estão organizados por unidades temáticas e descrevem os conhecimentos e habilidades esperados para cada ano de escolaridade. O documento fornece um guia de avaliação para professores e alunos.
O documento discute os fatores ecológicos que afetam os ecossistemas. Apresenta os componentes bióticos e abióticos dos sistemas vivos e discute conceitos como valência ecológica e fatores limitantes. Também classifica os fatores ecológicos e explica como eles influenciam a seleção natural e a evolução das espécies.
1) O documento apresenta um teste de avaliação de ciências naturais sobre distribuição de espécies e ecossistemas. 2) Aborda questões sobre fatores ambientais, cadeias alimentares e impactos da pesca excessiva. 3) Inclui também uma seção sobre a recuperação da região devastada pela erupção do Monte Santa Helena.
Este documento apresenta um teste de Ciências Naturais sobre ecossistemas e relações entre seres vivos. Contém questões sobre zonas naturais da Amazónia, cadeias alimentares e equilíbrios ecológicos. Inclui também um crucigrama e esquemas sobre ciclos biogeoquímicos.
O documento discute a importância da proteção da natureza e conservação dos recursos naturais para a sobrevivência humana e das gerações futuras. Ele também descreve algumas causas de extinção de espécies em Portugal, como a destruição de habitats e a caça, e tipos de áreas protegidas em Portugal, incluindo parques nacionais, naturais e reservas naturais.
microrganismos do solo formacao do solo, microrganismos e funcoesEditecminas
O documento discute a microbiologia do solo, incluindo a formação do solo, os microrganismos presentes e suas funções. Apresenta a composição típica de um solo, as interações entre os microrganismos e as plantas, e os processos biológicos importantes realizados pelos microrganismos, como a decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e controle biológico de patógenos.
O documento discute os objetivos, conceitos e esquema organizacional de uma aula sobre a biosfera e distribuição de organismos nela. Os principais pontos são:
- Objetivos de reconhecer diferentes ecossistemas, biomas e distribuição global de organismos.
- Conceitos-chave como biociclos, biomas e esquema organizacional da ecologia.
- Esquema organizacional aborda distribuição global de organismos nos biociclos terrestre, marinho e de água doce.
1) O documento discute a história da agricultura e fertilidade do solo, desde a formação da Terra há bilhões de anos até a revolução dos fertilizantes químicos no século 19.
2) O barão von Liebig revolucionou a agricultura na Alemanha ao demonstrar que a fertilidade do solo depende principalmente de sais minerais, não de matéria orgânica.
3) Seus discípulos britânicos anteciparam-se e dominaram o mercado global de fertilizantes químicos no século 19, alterando fundamental
O documento discute as adaptações das plantas e animais à falta de água. Ele explica que as plantas de clima seco têm raízes longas, caules carnudos e folhas reduzidas para captar e armazenar água. Os animais são classificados como hidrófilos, higrófilos, mesófilos e xerófilos de acordo com suas necessidades de água, e espécies que vivem em locais secos desenvolveram estratégias como hábitos noturnos e estivação para sobreviver com pouca água.
Este documento discute as interações entre seres vivos e fatores abióticos como água e solo. Ele explica como a dependência de água varia entre organismos hidrófilos, higrófilos, mesófilos e xerófilos, e descreve adaptações de animais e plantas a ambientes secos. Também destaca a importância do solo para fornecer habitat, minerais e água para as plantas.
O documento discute conceitos-chave da ecologia, incluindo espécie, habitat, nicho ecológico, população, comunidade e ecossistema. Explica como os fatores abióticos como luz, água, solo e temperatura influenciam os seres vivos e como eles se adaptam a diferentes condições ambientais.
1. O documento discute conceitos ecológicos como organismos, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e biomas. 2. Ele explica que as condições ambientais como temperatura e umidade limitam a distribuição de organismos, enquanto os recursos como luz solar e nutrientes podem ser consumidos. 3. Os padrões climáticos globais influenciam a distribuição de biomas terrestres, embora a topografia local também afete as comunidades dentro de cada bioma.
O documento descreve a diversidade biológica do solo, incluindo bactérias, fungos, protozoários e outros microrganismos. Apresenta suas classificações e papéis importantes nos ciclos de nutrientes e decomposição da matéria orgânica no solo. Destaca a grande abundância e diversidade de bactérias, principais responsáveis pela ciclagem de carbono, nitrogênio e outros elementos.
O documento discute o impacto ambiental de derramamentos de óleo em ambientes aquáticos. Derramamentos de óleo podem liberar substâncias cancerígenas e mutagênicas que permanecem no sedimento por longos períodos, pois gotículas de óleo se aderem a partículas em suspensão e decantam no fundo. Essas substâncias podem assim atingir a cadeia alimentar.
Este documento fornece instruções para criar um terrário usando uma lâmpada incandescente velha. O documento explica como remover a ponta de metal, o miolo de vidro preto e as partes internas da lâmpada para transformá-la em um recipiente para um terrário. As instruções incluem adicionar areia, musgo e plantas para criar um pequeno ecossistema dentro da lâmpada.
O documento discute a análise e interpretação de cladogramas. Apresenta os conceitos de clado, grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos. Distingue homologia de analogia e divergência adaptativa de convergência adaptativa. Explica como construir cladogramas e define apomorfia e plesiomorfia.
O documento divide o Brasil em suas principais regiões, descrevendo brevemente a Região Sudeste, seguida da Região Norte e por fim a Região Centro-Oeste.
1. Muitos recipientes de café, água e mamadeiras são feitos de policarbonato com bisfenol A, que pode ser liberado quando líquidos quentes são colocados neles. O bisfenol A é semelhante ao hormônio estrogênio e sua ingestão pode afetar o ciclo menstrual e desenvolvimento sexual em adolescentes.
2. A cirrose hepática frequentemente surge do hábito de beber álcool, que pode danificar estruturas do fígado como dutos biliares e células produtoras de bile, al
Questoes Origem, Evolução e Diversidade CelularFabio Magalhães
1) O documento discute a evolução das células e a origem da vida na Terra. Algumas bactérias desenvolveram a fotossíntese e a respiração celular, permitindo a oxigenação da atmosfera e a diversificação da biosfera. 2) Mitocôndrias e cloroplastos originaram-se de ancestrais procariotas e fornecem energia para as células eucariotas hospedeiras. 3) O documento aborda questões sobre a classificação e características de vários tipos de
O documento discute a diversidade, tamanho, densidade e funções dos organismos edáficos. Apresenta dados sobre a biomassa e densidade de microrganismos, microfauna, mesofauna e macrofauna por metro quadrado de solo. Também descreve os tipos de metabolismo, classificação e densidade de espécies dos principais reinos que compõem os organismos edáficos.
O documento discute a ecologia do solo, abordando sua estrutura e função, conceitos gerais como a ordem hierárquica e redundância funcional, e o papel dos microrganismos no solo, incluindo a formação de agregados, interações simbióticas e outros tipos de interação.
Este documento apresenta descritores para as provas do 1o bimestre de 2011 para alunos do 2o ao 9o ano. Os descritores estão organizados por unidades temáticas e descrevem os conhecimentos e habilidades esperados para cada ano de escolaridade. O documento fornece um guia de avaliação para professores e alunos.
O documento discute os fatores ecológicos que afetam os ecossistemas. Apresenta os componentes bióticos e abióticos dos sistemas vivos e discute conceitos como valência ecológica e fatores limitantes. Também classifica os fatores ecológicos e explica como eles influenciam a seleção natural e a evolução das espécies.
1) O documento apresenta um teste de avaliação de ciências naturais sobre distribuição de espécies e ecossistemas. 2) Aborda questões sobre fatores ambientais, cadeias alimentares e impactos da pesca excessiva. 3) Inclui também uma seção sobre a recuperação da região devastada pela erupção do Monte Santa Helena.
Este documento apresenta um teste de Ciências Naturais sobre ecossistemas e relações entre seres vivos. Contém questões sobre zonas naturais da Amazónia, cadeias alimentares e equilíbrios ecológicos. Inclui também um crucigrama e esquemas sobre ciclos biogeoquímicos.
O documento discute a importância da proteção da natureza e conservação dos recursos naturais para a sobrevivência humana e das gerações futuras. Ele também descreve algumas causas de extinção de espécies em Portugal, como a destruição de habitats e a caça, e tipos de áreas protegidas em Portugal, incluindo parques nacionais, naturais e reservas naturais.
microrganismos do solo formacao do solo, microrganismos e funcoesEditecminas
O documento discute a microbiologia do solo, incluindo a formação do solo, os microrganismos presentes e suas funções. Apresenta a composição típica de um solo, as interações entre os microrganismos e as plantas, e os processos biológicos importantes realizados pelos microrganismos, como a decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e controle biológico de patógenos.
O documento discute os objetivos, conceitos e esquema organizacional de uma aula sobre a biosfera e distribuição de organismos nela. Os principais pontos são:
- Objetivos de reconhecer diferentes ecossistemas, biomas e distribuição global de organismos.
- Conceitos-chave como biociclos, biomas e esquema organizacional da ecologia.
- Esquema organizacional aborda distribuição global de organismos nos biociclos terrestre, marinho e de água doce.
1) O documento discute a história da agricultura e fertilidade do solo, desde a formação da Terra há bilhões de anos até a revolução dos fertilizantes químicos no século 19.
2) O barão von Liebig revolucionou a agricultura na Alemanha ao demonstrar que a fertilidade do solo depende principalmente de sais minerais, não de matéria orgânica.
3) Seus discípulos britânicos anteciparam-se e dominaram o mercado global de fertilizantes químicos no século 19, alterando fundamental
O documento discute as adaptações das plantas e animais à falta de água. Ele explica que as plantas de clima seco têm raízes longas, caules carnudos e folhas reduzidas para captar e armazenar água. Os animais são classificados como hidrófilos, higrófilos, mesófilos e xerófilos de acordo com suas necessidades de água, e espécies que vivem em locais secos desenvolveram estratégias como hábitos noturnos e estivação para sobreviver com pouca água.
Este documento discute as interações entre seres vivos e fatores abióticos como água e solo. Ele explica como a dependência de água varia entre organismos hidrófilos, higrófilos, mesófilos e xerófilos, e descreve adaptações de animais e plantas a ambientes secos. Também destaca a importância do solo para fornecer habitat, minerais e água para as plantas.
O documento discute conceitos-chave da ecologia, incluindo espécie, habitat, nicho ecológico, população, comunidade e ecossistema. Explica como os fatores abióticos como luz, água, solo e temperatura influenciam os seres vivos e como eles se adaptam a diferentes condições ambientais.
1. O documento discute conceitos ecológicos como organismos, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e biomas. 2. Ele explica que as condições ambientais como temperatura e umidade limitam a distribuição de organismos, enquanto os recursos como luz solar e nutrientes podem ser consumidos. 3. Os padrões climáticos globais influenciam a distribuição de biomas terrestres, embora a topografia local também afete as comunidades dentro de cada bioma.
O documento descreve a diversidade biológica do solo, incluindo bactérias, fungos, protozoários e outros microrganismos. Apresenta suas classificações e papéis importantes nos ciclos de nutrientes e decomposição da matéria orgânica no solo. Destaca a grande abundância e diversidade de bactérias, principais responsáveis pela ciclagem de carbono, nitrogênio e outros elementos.
O documento discute o impacto ambiental de derramamentos de óleo em ambientes aquáticos. Derramamentos de óleo podem liberar substâncias cancerígenas e mutagênicas que permanecem no sedimento por longos períodos, pois gotículas de óleo se aderem a partículas em suspensão e decantam no fundo. Essas substâncias podem assim atingir a cadeia alimentar.
Este documento fornece instruções para criar um terrário usando uma lâmpada incandescente velha. O documento explica como remover a ponta de metal, o miolo de vidro preto e as partes internas da lâmpada para transformá-la em um recipiente para um terrário. As instruções incluem adicionar areia, musgo e plantas para criar um pequeno ecossistema dentro da lâmpada.
O documento discute a análise e interpretação de cladogramas. Apresenta os conceitos de clado, grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos. Distingue homologia de analogia e divergência adaptativa de convergência adaptativa. Explica como construir cladogramas e define apomorfia e plesiomorfia.
O documento divide o Brasil em suas principais regiões, descrevendo brevemente a Região Sudeste, seguida da Região Norte e por fim a Região Centro-Oeste.
1. Muitos recipientes de café, água e mamadeiras são feitos de policarbonato com bisfenol A, que pode ser liberado quando líquidos quentes são colocados neles. O bisfenol A é semelhante ao hormônio estrogênio e sua ingestão pode afetar o ciclo menstrual e desenvolvimento sexual em adolescentes.
2. A cirrose hepática frequentemente surge do hábito de beber álcool, que pode danificar estruturas do fígado como dutos biliares e células produtoras de bile, al
Questoes Origem, Evolução e Diversidade CelularFabio Magalhães
1) O documento discute a evolução das células e a origem da vida na Terra. Algumas bactérias desenvolveram a fotossíntese e a respiração celular, permitindo a oxigenação da atmosfera e a diversificação da biosfera. 2) Mitocôndrias e cloroplastos originaram-se de ancestrais procariotas e fornecem energia para as células eucariotas hospedeiras. 3) O documento aborda questões sobre a classificação e características de vários tipos de
1. O documento discute a teoria evolutiva de Lamarck e o neodarwinismo em relação às mudanças climáticas e seus efeitos nos processos adaptativos de seres vivos. 2. Aborda como a seleção natural exerce função estabilizadora em ambientes estáveis, mas pode levar a mudanças adaptativas em ambientes em mudança. 3. Apresenta exemplos de adaptações observadas em animais devido às mudanças climáticas.
Como estudar zoologia e botânica para o vestibularFabio Magalhães
O documento fornece orientações para estudar zoologia e botânica para o vestibular, abordando: 1) evidências evolutivas que justificam grupos de animais e plantas; 2) como representar essas características em árvores evolutivas; 3) importância adaptativa das aquisições evolutivas.
O documento discute a digestão de amido e a formação de maltose e glicose no intestino delgado, além de citar as enzimas amilase e maltase envolvidas nesse processo.
O documento discute a digestão de amido e a formação de maltose e glicose no intestino delgado, além de citar as enzimas amilase e maltase envolvidas nesse processo.
1) O documento discute a evolução da vida a partir de procariotos primitivos há 3 bilhões de anos para os cinco reinos atuais.
2) Os três tipos iniciais (procarioto, eucarioto A e B) deram origem aos reinos Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae.
3) A presença ou ausência de estruturas como DNA, mitocôndrias e cloroplastos diferenciam os tipos iniciais.
Doenças infecciosas transmitidas pela via fecal-oral, profilaxias individuais e governamentais e questões de vestibular sobre o assunto. Mais informações em salabioquimica.blogspot.com ou salabioquimica@gmail.com .
O documento discute o controle do pH sanguíneo, explicando que a ventilação pulmonar e a respiração celular influenciam os níveis de dióxido de carbono no sangue e, consequentemente, o pH. O bulbo raquidiano monitora o pH e controla a frequência respiratória para manter o equilíbrio ácido-base. Exemplos de acidose e alcalose são descritos.
- O documento discute as adaptações dos animais e plantas à disponibilidade de água e luz, incluindo revestimentos impermeáveis, hábitos noturnos, caules carnudos e raízes desenvolvidas. Também aborda como a luz influencia a atividade, reprodução e distribuição dos seres vivos.
O documento discute como vários fatores abióticos como temperatura, luz e água influenciam os seres vivos. A temperatura afeta a distribuição de biomas e levou ao desenvolvimento de adaptações morfológicas e comportamentais em animais e plantas. A luz é essencial para a fotossíntese e afeta ciclos de plantas e comportamentos de animais. Diferentes seres vivos dependem mais ou menos da água e desenvolveram adaptações para sobreviver em ambientes secos ou úmidos.
As cavernas dependem de entrada de matéria e energia de outros ecossistemas iluminados, como morcegos e aves que levam detritos para dentro. Diferentes organismos se adaptaram para viver nas cavernas, incluindo troglóxenos que saem para se alimentar, troglófilos que podem viver dentro ou fora, e troglóbios que completam seu ciclo de vida sem sair.
Ficha informativa nº 1 - Extinção dos dinossaurosAna Castro
O documento discute as possíveis causas da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos. As teorias incluem um impacto de asteroide que teria criado uma nuvem de poeira bloqueando a luz do sol por anos, um período de intensa atividade vulcânica lançando poeira de enxofre na atmosfera, ou mudanças climáticas que os dinossauros não conseguiram se adaptar. A cratera de Chicxulub no Golfo do México é considerada a evidência mais for
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreirosFURG
Este documento discute a caracterização e importância das macrófitas aquáticas nos ambientes límnicos do campus Carreiros da FURG no Rio Grande do Sul. Ele fornece uma visão geral das macrófitas aquáticas, incluindo sua classificação, características evolutivas e papel ecológico nos ecossistemas aquáticos. O documento também discute o uso das macrófitas como bioindicadores da qualidade da água.
1) O documento apresenta um estudo sobre a comunidade de rotíferos no reservatório de Itupararanga, que é importante para o abastecimento da região e geração de energia.
2) Foram identificadas 15 espécies de rotíferos distribuídas em 8 famílias, sendo a família Brachionidae a mais representada.
3) Algumas espécies como Brachionus havanaensis podem estar relacionadas ao grau de eutrofização do reservatório, mas são necessários mais estudos para confirmar essa
O documento descreve a longa história da Terra de 4,6 bilhões de anos, durante a qual o planeta e a vida nele se transformaram continuamente. Os fósseis, rochas e paisagens geológicas fornecem evidências sobre o passado da Terra. Os fósseis são os restos preservados de organismos antigos que nos ajudam a entender como era a vida no passado e como a Terra evoluiu ao longo do tempo.
1) O documento relata sobre expedições de mapeamento em grutas no Brasil, incluindo a continuação do mapeamento do Sistema São Mateus em São Domingos, Goiás.
2) Foram descritas três novas espécies de pseudoescorpiões cavernícolas em grutas de Portugal.
3) Foi realizada uma oficina sobre áreas prioritárias para conservação do patrimônio espeleológico no Brasil.
O documento descreve a evolução dos hominídeos, incluindo os principais gêneros e espécies de antepassados humanos como Australopithecus, Homo habilis, Homo erectus e Homo neanderthalensis. Também discute as teorias da evolução de Lamarck e Darwin e como os cientistas atualmente entendem o processo de evolução por meio de mutações genéticas e isolamento reprodutivo de subpopulações.
1. O documento descreve as características gerais das algas, incluindo que são organismos fotossintéticos pertencentes ao Reino Protista.
2. Detalha os principais tipos de algas de acordo com seus pigmentos, como algas verdes, vermelhas, douradas e pardas.
3. Fornece exemplos de uso econômico de substâncias extraídas de algas, como agar e carragena.
1) O documento discute o papel das algas nos ambientes aquáticos, seu uso em biorremediação e química analítica, e fornece um breve resumo de suas características principais.
2) Algumas espécies de algas são usadas para avaliar a qualidade da água e sugere-se seu potencial uso na recuperação de sistemas aquáticos contaminados.
3) Mais recentemente, as algas têm sido estudadas como ferramentas analíticas, como em processos de pré-concentração de
1. O documento descreve registos geológicos da região de Penha Garcia que indicam a presença de um mar pouco profundo há cerca de 490 milhões de anos, durante o Paleozoico. Nestas rochas encontram-se fósseis como trilobites e Cruziana.
2. Explica como a tectónica verticalizou lajes com abundantes fósseis de Cruziana, hoje visíveis após a erosão pelo rio Ponsul.
3. Discutem-se as propriedades das águas termais de Monfortinho, cuja
O documento discute os seres vivos, classificando-os em autotróficos e heterotróficos. Apresenta exemplos como anêmonas-do-mar e ouriços-do-mar, que são heterotróficos, e discute a importância da biodiversidade e ameaças como desmatamento.
Os fósseis permitem:
1) Reconstituir a história da Terra ao longo do tempo através do estudo da evolução da vida e dos ambientes passados.
2) Conhecer as idades relativas das rochas e a distribuição de espécies extintas através do registro fóssil.
3) Compreender a evolução dos seres vivos ao longo dos eras através de fósseis de transição que ligam diferentes grupos.
7a série da evolução à extinção parte 1 atualizada (até o período permiano)SESI 422 - Americana
O documento descreve a evolução da vida na Terra ao longo do tempo geológico, com ênfase nos principais períodos da Era Paleozóica. Detalha os achados fósseis, mudanças climáticas e extinções em massa que ocorreram, assim como o surgimento e diversificação de plantas e animais terrestres e marinhos.
O documento discute os conceitos de sucessão ecológica e zonação de comunidades ao longo de gradientes ambientais. A sucessão ecológica descreve como as comunidades mudam ao longo do tempo após uma perturbação, enquanto a zonação descreve como as comunidades se modificam ao longo de gradientes ambientais. Há duas formas principais de sucessão - primária e secundária - que diferem no estado inicial do habitat. A sucessão pode ser observada direta ou indiretamente através do cronossequenciamento.
1) O documento descreve um teste de avaliação de ciências naturais sobre distribuição de espécies e fatores ambientais. 2) Aborda questões sobre uma população de pinguins no Pólo Sul e gafanhotos em Portugal, relacionando as espécies com fatores como temperatura. 3) Inclui também uma seção sobre a proliferação da amêijoa asiática no rio Minho e seu impacto na biodiversidade local.
1) As esponjas são dos animais multicelulares mais primitivos existentes, com origens a mais de 1 bilhão de anos atrás.
2) Apesar de sua aparência simples, as esponjas apresentam grande diversidade de formas, cores e hábitos e desempenham papel importante no ecossistema marinho.
3) Existem mais de 5000 espécies de esponjas descritas, encontradas em quase todos os ambientes aquáticos, desde rios até fossas abissais.
Este documento resume as principais características do Reino Protista, incluindo protozoários, algas e mixomicetes. O reino protista contém uma grande variedade de organismos eucariontes unicelulares e multicelulares que desempenham um papel fundamental nos ecossistemas. As algas, em particular, são importantes produtoras primárias na cadeia alimentar de ecossistemas aquáticos.
1) O documento descreve os recifes de coral da região de Abrolhos, no Brasil, incluindo sua ecologia, formação, biodiversidade e problemas ambientais.
2) Os recifes de Abrolhos são os maiores do Atlântico Sul e abrigam muitas espécies endêmicas, apesar de estarem sujeitos a sedimentação de rios.
3) Ameaças como desenvolvimento costeiro, turismo e pesca têm causado branqueamento e degradação dos corais nessa área protegida.
1) O documento descreve os recifes de coral da região de Abrolhos, no Brasil, incluindo sua ecologia, formação, biodiversidade e problemas ambientais.
2) Os recifes de Abrolhos são os maiores do Atlântico Sul e abrigam muitas espécies endêmicas, apesar de estarem sujeitos a sedimentação de rios.
3) Ameaças como desenvolvimento costeiro, turismo e pesca têm causado branqueamento e degradação dos corais nessa área protegida.
O documento discute paleontologia, a ciência que estuda fósseis para entender organismos do passado e seus ambientes. Explica como a fossilização ocorre através de processos como a mineralização e como fósseis fornecem informações sobre idade de rochas e paleoambientes. Trilobites indicam que rochas em Canelas têm mais de 230 milhões de anos.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
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Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
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Caverna em risco
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As cavernas brasileiras,
bastante ameaçadas por
atividades humanas,
também têm sua
preservação dificultada
pela escassez de estudos
sobre esses ecossistemas.
Hoje, só estão protegidas
por lei aquelas em que
existem animais
‘troglóbios’, ou seja,
aqueles que passam toda
a vida nesses ambientes.
Mas é preciso mudar
esse critério, já que muitas
cavernas, mesmo sem
organismos desse tipo,
têm uma fauna variada
e complexa. As decisões
sobre a preservação
de cavernas devem
basear-se não só na
presença de troglóbios,
mas também em aspectos
ecológicos, como
a complexidade biológica
e as influências
dos ecossistemas externos
sobre a vida em
seu interior.
E S P E L E O L O G I A
Caveem risco
Rodrigo Lopes Ferreira e
Rogério Parentoni Martins
Laboratório de Ecologia
e Comportamento de Insetos,
Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal
de Minas Gerais
2. julho de 2001 • CIÊNCIA HOJE • 21
E S P E L E O L O G I A
rnas
julho de 2001 • CIÊNCIA HOJE • 21
conhecidas – despertam grande fascínio e interes-
se, desde tempos antigos, como é demonstrado
pelas pinturas rupestres encontradas em várias
delas (figura 1). Apesar do aspecto inóspito, as
cavernas são verdadeiras ‘extensões’ subterrâneas
do ambiente externo circundante, do qual recebem
muitas influências. De fato, tais formações geoló-
gicas constituem ambientes especiais, so-
bretudo pela fauna peculiar que as habita.
A maioria das cavernas forma-se
em um complexo de rochas sedimen-
tares, em constante modificação, de-
As cavidades naturais subterrâneas – ou cavernas, como são mais Figura 1.
Pinturas rupestres
encontradas
em caverna
do município
de Carinhanha
(BA)
de ‘extinção’
FOTOSEZIOL.RUBBIOLI
4
3. 22 • CIÊNCIA HOJE • vol. 29 • nº 173
E S P E L E O L O G I A
nominado ‘carste’. A infil-
tração de água dissolve len-
tamente essas rochas (os ti-
pos principais são calcário
e dolomito) e esculpe varia-
das feições internas, geran-
do diferentes tipos de ca-
vernas. A dissolução da ro-
cha cria os ‘condutos’, ou
galerias (figura 2), e os ‘es-
peleotemas’, depósitos quí-
micos de diversos formatos (figura 3). Desmorona-
mentos da rocha também podem
formar galerias amplas, como a
da gruta dos Brejões, na Bahia
(figura 4).
A ausência permanente de luz
solar – a condição mais extrema
nascavernas–impedeodesenvol-
vimento de plantas, os produto-
res primários (organismos que ge-
ram matéria orgânica a partir de
compostos inorgânicos) mais im-
portantes em terra. Além disso, a
umidade é sempre elevada em
seu interior e a temperatura, es-
pecialmente em áreas mais dis-
Figura 2.Toca da Barriguda, caverna existente no
município de Campo Formoso (BA)
Figura 3. Espeleotema sendo formado
pelo gotejamento da água na lapa do
Janelão, situada nos municípios de
Januária e Itacarambi (MG)
Figura 4. Entrada da gruta
dos Brejões, no município
de Ourolândia (BA)
FOTORODRIGOL.FERREIRA
FOTOECIOL.RUBBIOLI
tantes da entrada, é em geral constante e similar às
médias anuais do meio externo circundante. Quase
não há produtores primários nas cavernas, exceto
por poucas espécies de bactérias quimioautotróficas
que usam ferro ou enxofre para se desenvolver.
Predominam nesses ambientes os organismos
detritívoros, que usam como alimento detritos pro-
cedentes do exterior.
A matéria orgânica particulada é levada para as
cavernas, de modo contínuo
ou intermitente, por fenôme-
nos físicos (em geral por rios
ou enxurradas que ali pene-
tram) ou por animais que bus-
cam abrigo nesses locais mas
saem periodicamente à pro-
cura de alimento. Mesmo em
pequenaquantidade,osrecur-
sos vindos do exterior (restos
de animais ou vegetais, entre
outros) são importantes nas
cadeias alimentares das co-
munidades cavernícolas, se-
jam terrestres ou aquáticas.
Compostos orgânicos dissol-
vidos,bactériaseprotozoários
também podem chegar às ca-
vernas na água que se infiltra
através das rochas.
FOTORODRIGOL.FERREIRA
4. julho de 2001 • CIÊNCIA HOJE • 23
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Além desses materiais, outras fontes de recursos
são fezes ou cadáveres de animais que transitam por
ali com certa regularidade (morcegos, por exemplo).
Esses recursos são especialmente importantes nas
cavernas permanentemente secas. A disponibilida-
de dos diferentes tipos de recursos alimentares, o
modo como são disseminados e sua distribuição
espacial influenciam a composição da fauna
cavernícola e sua diversidade (quantidade de espé-
cies e de indivíduos em cada uma). Já que muitos
organismos colonizam esses ambientes através de
suas entradas, a distância destas ao interior também
pode ser importante na ocorrência e distribuição de
alguns grupos, sobretudo invertebrados.
Em função das características das cavernas, os
organismos que as habitam têm diferentes graus de
especialização. Os ‘troglóxenos’ – do grego troglos
(caverna) e xeno (externo) – freqüentam as cavernas,
mas têm de sair para se alimentar, como morcegos,
aves e alguns insetos (figura 5). Esses animais são as
principais fontes de matéria orgânica (suas fezes ou
carcaças) para a constituição das cadeias alimenta-
res de muitas cavernas. Os ‘troglófilos’ – do grego
filo (amigo) – podem completar o ciclo de vida
dentro e/ou fora das cavernas, como muitos insetos
e aracnídeos (figura 6). Já os ‘troglóbios’ – de bio
(vida) – nascem, reproduzem-se e morrem sem sair
das cavernas (figura 7). Esses animais têm espe-
cializações morfológicas (como redução dos olhos
e dos pigmentos), fisiológicas ou comportamen-
tais que provavelmente evoluíram em resposta às
pressões seletivas presentes em cavernas (como
escassez de alimentos) e/ou à ausência de pressões
típicas do meio externo (como a luz).
As comunidades cavernícolas podem ser aquá-
ticas e terrestres. As aquáticas vivem em lençóis
freáticos ou cursos d’água. Esses organismos ten-
dem a se distribuir por todo o volume da água, desde
que existam nutrientes. As comunidades terrestres
podem ser ‘paraepígeas’ (com espécies que vivem de
preferência junto à entrada da caverna), ‘recurso-
espaço-dependentes’ (com espécies que vivem em
áreas internas, mas apenas onde há recursos) ou
‘recurso-espaço-independentes’ (organismos capa-
zes de se deslocar por grandes espaços em busca de
alimento).
São comuns, nas comunidades paraepígeas, espé-
cies que vivem dentro ou fora das cavernas, pois a
entrada é uma área de transição entre os dois ambien-
tes (um ‘ecótone’, segundo os ecólogos). Comunida-
des recurso-espaço-dependentes incluem em geral
pequenos organismos (poucos milímetros de com-
primento) e de mobilidade limitada, incapazes de
percorrer periodicamente grandes extensões atrás de
alimento, como os associados a depósitos de guano
de morcegos (ver ‘Guano: fonte de vida nas cavernas’,
em CH nº 146). Já as comunidades recurso-espaço- 4
Figura 5. Pequeno grupo de morcegos,
animais troglóxenos (que saem das cavernas
para buscar alimento)
FOTORODRIGOL.FERREIRA
Figura 6. Aracnídeo do gênero Heterophrynus,
um invertebrado troglófilo – que pode ou não
sair das cavernas
Figura 7. Crustáceos isópodes
do gênero Thaylandoniscus, organismos troglóbios
– que passam toda a vida dentro de cavernas
FOTOXAVIERPROUSFOTOEZIOL.RUBBIOLI
5. 24 • CIÊNCIA HOJE • vol. 29 • nº 173
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independentes são constituídas por organismos mai-
ores, que podem percorrer em pouco tempo áreas
extensas – a maioria dos invertebrados encontrados
em cavernas (grilos, aranhas, piolhos-de-cobra,
opiliões e outros) faz parte dessas comunidades.
Esses animais são atraídos por grandes depósitos de
recursos, mas não se limitam àquele local.
As espécies que constituem as comunidades
cavernícolas, portanto, apresentam diferentes his-
tórias evolutivas e podem mostrar variadas intera-
ções (entre elas e com o ambiente) que ampliam a
chance de a comunidade permanecer ‘indefinida-
mente’ no sistema cavernícola, mantidas as condi-
ções ambientais e a importação de nutrientes. O
grau de estruturação de uma comunidade
cavernícola não depende do número de espécies
que a compõe, e sim da força das interações. São
estas que possibilitam a coexistência, a longo pra-
zo, de muitas espécies.
Ameaça à vida nas cavernas
As comunidades cavernícolas são, em muitos aspec-
tos, bastante peculiares. Por isso, quaisquer impac-
tos nesses ambientes podem ser bem mais prejudici-
ais a esses organismos que os ocorridos em sistemas
externos.Impactossãoalteraçõesbruscasnoambien-
te ou em partes deste, resultantes de atividades natu-
rais ou humanas.
Cavernas calcárias passam, em sua evolução
geológica, por períodos de total escuridão e maior
estabilidade ambiental que o meio externo. A si-
tuação ambiental, no entanto, depende do tipo de
caverna e da etapa em que se encontra em sua evo-
lução geológica: elas podem apresentar diferentes
condições ambientais, influenciadas claramente
pelo regime climático externo (local e regional). A
tividades humanas de efeito indireto sobre elas,
como o desmatamento ou a poluição de rios, ou de
impacto direto, como minerações de calcário ou ex-
ploração turística (figura 8), podem causar sérios
danos à sua fauna, em especial reduzindo o número
de espécies, e o mesmo vale para usos mais inusita-
dos, como a prática de esportes ou cerimônias reli-
giosas (figura 9).
Figura 8. Mineração de calcário (A) em Pains (MG),
mostrando o conduto da caverna parcialmente
destruído, e iluminação artificial (B)
na gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas (MG)
FOTORODRIGOL.FERREIRA
A
B
6. julho de 2001 • CIÊNCIA HOJE • 25
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Estudos detalhados em sistemas cavernícolas
são essenciais para a adequada caracterização do
ecossistema em que as cavernas se inserem e para a
conservação de ambos. Além disso, as cavernas,
como ecossistemas distintos e peculiares, devem
ser preservadas independentemente do tipo de ecos-
sistema no qual se situem.
Para essa preservação, é fundamental que a si-
tuação ‘original’ de uma caverna calcária (perma-
nente escuridão e estabilidade ambiental) não sofra
modificações. Em geral, impactos que produzem
alterações rápidas e intensas podem causar distúr-
bios mais sérios, inclusive levando à extinção algu-
mas espécies. A intensidade do impacto tem, por-
tanto, maior influência sobre a capacidade de
reestruturação de comunidades cavernícolas que o
tempo decorrido desde a ocorrência desse impacto.
Organismos cavernícolas no Brasil
Afaunacavernícolabrasileiracomeçouaserrelativa-
mente bem pesquisada a partir dos anos 80, mas tais
estudos só foram intensos em poucas cavernas, todas
calcárias. Há no país, registradas na Sociedade Brasi-
leiradeEspeleologia(SBE),emtornode3milcavernas,
mas a própria SBE estima que isso representa apenas
5% do patrimônio espeleológico nacional. Existi-
riam, portanto, cerca de 60 mil cavidades no territó-
rio nacional, a grande maioria ainda desconhecida.
Das 3 mil cavernas conhecidas, cerca de 300 fo-
ram estudadas do ponto de vista biológico, mas na
maioria dos casos esses estudos restringiram-se a
levantamentos da fauna. Mesmo se forem conside-
rados apenas os dados desse tipo acumulados nos
últimos anos, é evidente a necessidade de preserva-
ção desses ambientes. 4
Figura 9. Campo de futebol
(A) no interior da gruta
Pontes do Sumidouro,
em Campo Formoso (BA),
e igreja (B) construída
em uma caverna,
em Bom Jesus da Lapa (BA)
FOTOSRODRIGOL.FERREIRA
A
B
Ascavernassãoimportantesparaosecossistemas
onde estão inseridas. Os ambientes cavernícolas
podem ser desestruturados por mudanças no meio
externo,decorrentesdefenômenosnaturaisouações
humanas, e isso também pode, a médio ou longo
prazos, comprometer o estado de conservação do
próprio ambiente externo. Diferenças na drenagem
subterrânea da água causadas por desabamentos em
cavernas, por exemplo, podem induzir alterações
no regime hídrico do meio externo, com variados
impactos sobre as espécies aquáticas e as comunida-
des ripárias (que vivem no limite entre ecossistemas
terrestres e aquáticos). Além disso, a retirada das
espécies de morcegos que comem frutas de cavernas
parece reduzir as taxas de polinização e de dispersão
de sementes na vegetação externa, o que a longo
prazo pode empobrecer a variabilidade genética de
muitas populações de plantas.
7. 26 • CIÊNCIA HOJE • vol. 29 • nº 173
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Assimcomoonúmerodecavernas,asespéciestro-
glóbiasconhecidasnoBrasilrepresentamapenasuma
pequenafraçãodototalexistente.Levando-seemcon-
ta a estimativa de que existiriam no país cerca de 60
mil cavernas, pode-se esperar que ainda sejam desco-
bertas centenas de novas espécies troglóbias.
A importância da preservação
O uso das cavernas brasileiras está sujeito ao contro-
le e fiscalização do poder público, segundo a Porta-
ria 887 (de 15 de junho de 1990) do Instituto Brasi-
leiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), e o Decreto Federal 99.556 (de
1º de outubro do mesmo ano), que determinam a
preservação desses ambientes. O órgão executor
dessa legislação é o Ibama, que atua nessa área
através do Centro Nacional de Estudo, Proteção e
Manejo de Cavernas (Cecav), criado em 1997.
A preservação do patrimônio espeleológico ha-
via sido proposta desde 1987 pela Resolução 005 (de
6 de agosto de 1987) do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Conama), que também incluía os ani-
mais troglóbios “na relação dos animais em perigo
de extinção”. Assim, qualquer espécie troglóbia é
considerada ameaçada de extinção, por sua distri-
buição restrita e alto grau de endemismo, e qualquer
cavidade que contenha espécies desse tipo está
protegida por lei e deve ser preservada (incluindo a
área em torno).
Esse critério legal é bastante útil, dada a espe-
cialização de formas, funções e comportamentos dos
troglóbios, mas vincular a preservação de cavernas
apenas à presença dessas espécies restringe drasti-
camente a proteção desses ambientes, até porque
tais organismos são bastante raros. Embora a grande
maioria dos troglóbios seja despigmentada e tenha
olhos reduzidos (ou não os tenha), o que os define de
fato é a ocorrência restrita ao ambiente caverníco-
la. Há organismos ‘brancos e cegos’ que não são
troglóbios e há troglóbios pigmentados e com olhos.
Por isso, a inclusão de organismos nessa categoria é
complicada mesmo para os especialistas.
Outro fator importante é a existência de cavernas
com ambientes que favorecem a ocorrência de gran-
de número de espécies, que podem apresentar, em
conjunto, uma série de interações importantes. Gra-
ças ao alto número de espécies e interações, são exce-
lentes locais para a pesquisa ecológica. Por isso, mes-
mo que cavernas com tais características não tenham
espécies troglóbias, também devem ser preservadas.
A preservação deve ser orientada por duas pers-
pectivas. A primeira, evolutiva, determina a prote-
ção de cavernas que contêm espécies troglóbias, tes-
temunhas da evolução. Esse critério é a base da le-
Em 1994, um artigo publicado nos Papéis Avulsos
de Zoologia, da Universidade de São Paulo, listou a
fauna cavernícola brasileira coletada desde o início
doséculo,incluindo613espécies(537invertebrados
e 76 vertebrados). No entanto, estudos do Laborató-
rio de Ecologia e Comportamento de Insetos, da
Universidade Federal de Minas Gerais, realizados
desde março de 1999 em 80 cavernas (até o momen-
to), registraram mais de 1.500 espécies de inver-
tebrados, 10% das quais já citadas no artigo de 1994.
A quantidade de novos registros revela não só o
expressivo potencial biológico das cavernas brasi-
leiras mas também a situação de quase total desco-
nhecimento de sua fauna – decorrente, em grande
parte, da escassez de bioespeleólogos (figura 10).
Do total de espécies coletadas em cavernas brasi-
leiras, apenas uma pequena parte é troglóbia, e
grande parte dos esforços da bioespeleologia nacio-
nal concentrou-se nessas espécies. Animais como
Pimelodela kronei (um bagre cego de cavernas do
sul de São Paulo), Trichomycterus itacarambiensis
(outro bagre cego, do norte de Minas Gerais), Aegla
cavernicola (lagostim troglóbio de cavernas de São
Paulo), Poticoara brasiliensis (crustáceo só encon-
trado até agora no Brasil, em cavernas do Mato
Grosso do Sul), Potamolitus troglobius (molusco de
cavernas do sul de São Paulo), entre outros, têm sido
estudados em detalhe, resultando em preciosas con-
tribuições para a compreensão da biologia e evolu-
ção dessas espécies.
Figura 10. Bioespeleólogo coletando um invertebrado,
na gruta Alta Tensão, em São José da Lapa (MG)
FOTOGEORGETEDUTRA
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gislação atual. A outra perspectiva, ecológica – aqui
proposta – asseguraria a proteção de cavernas de alta
complexidadeecológica,ouseja,aquelascomcomu-
nidadesricas(grandenúmerodeespécies)ecommui-
tas interações, tendo ou não troglóbios. Nessa ótica,
a caverna é uma ‘unidade ecológica’, caracterizada
pelas interações entre espécies que dependem das
peculiaridades do ambiente, entre elas a quantidade
e qualidade dos recursos alimentares.
A manutenção da vida nas cavernas depende da
estrutura das comunidades, dos processos ecológi-
cos que ali ocorrem e até das interações entre os
meios interno e externo. Para a caracterização bio-
lógica de uma caverna, é fundamental conhecer a
estrutura da comunidade (número de espécies de-
tritívoras e predadoras, entre outras informações) e
as características de cada espécie, lembrando que,
do ponto de vista ecológico, um organismo troglóbio
é apenas mais uma peça do quebra-cabeças. Além
disso, é preciso compreender processos ecologica-
mente importantes que ali ocorrem, como taxas de
decomposição e mecanismos de importação de re-
cursos alimentares. Não menos importante é deter-
minar as relações entre os ecossistemas externos e
os cavernícolas, já que esses últimos dependem dos
recursos que vêm dos primeiros.
Por que preservar a complexidade?
A complexidade de um ecossistema depende de
fatores bióticos e abióticos, que determinam comu-
nidades com grande quantidade de interações eco-
lógicas. O termo ‘conectância’ diz
respeito ao número de interações
efetivas entre as espécies de uma
comunidade em relação ao nú-
mero de interações possíveis
entre elas. Comunidades com-
plexas tendem a apresentar mai-
or conectância: nelas, as espéci-
es apresentam vários níveis de
interação, ou seja, interagem de
modo distinto com várias outras.
Cavernas são ecossistemas de
complexidade variável: umas são
relativamente simples e outras
muito complexas. Em geral, as si-
tuadas em regiões tropicais são
mais complexas que as de áreas
temperadas. Para comunidades
dependentes de depósitos de
guano de morcegos, essa diferen-
ça é marcante: as de cavernas tro-
picais são bem mais complexas.
A avaliação da complexidade de
ecossistemas cavernícolas permite identificar aque-
les ecologicamente expressivos, que merecem ser
preservados (tanto quanto os que têm organismos
troglóbios). Tais organismos são, portanto, ‘indica-
doresevolutivos’paraapreservaçãodecavernas,en-
quanto a complexidade biológica é um ‘indicador
ecológico’ para isso.
O grau de complexidade biológica de uma ca-
verna pode ser expresso através de um índice de-
senvolvido (pelos autores) no Laboratório de Ecolo-
gia e Comportamento de Insetos (ver ‘Uma medida
da complexidade’). O índice representa a complexi-
dade através da conectância potencial da comuni-
dade presente na caverna. Cavernas mais ricas em
espécies e com distribuição mais homogênea de
populações pequenas, médias e grandes são consi-
deradas biologicamente mais ‘complexas’ que as
menos ricas e com maior disparidade de tamanhos
populacionais (muitas espécies com populações
reduzidas e poucas com populações médias e gran-
des, por exemplo). As primeiras apresentam maior
conectância potencial do que as últimas.
É importante ressaltar que esse índice – uma
primeira tentativa de quantificar a complexidade
biológica em cavernas – é restrito, pois leva em
conta apenas dois parâmetros (número de espécies
e abundância das respectivas populações), sendo
um deles quantitativo e outro qualitativo. Deve,
portanto, ser usado com cautela. O valor obtido
não expressa todos os fatores que precisam ser
avaliados quando se quer definir a necessidade de
preservação de uma caverna – não inclui, por
exemplo, aspectos evolutivos, tróficos, climáticos,
4
A medida da complexidade
O Índice de Complexidade Biológica em Cavernas (ICBC), descrito em trabalho
publicado no Brazilian Journal of Biology, permite comparar a riqueza (em espécies
de invertebrados) de uma caverna com as abundâncias relativas das diferentes
populações dessas espécies. Para obter o índice (em sua formulação mais simples),
determina-se o percentual, do total de espécies da caverna, incluído em cada
categoria de tamanho populacional (populações pequenas, médias ou grandes). Em
seguida, calcula-se a amplitude entre esses percentuais (a diferença simples do
primeiro para o segundo e do segundo para o terceiro, sem sinal de positivo ou
negativo), encontrando-se dois valores modulares de ‘distância numérica’. Obtém-
se, então, a média desses valores (amplitude média entre os percentuais
populacionais). Essa amplitude média é multiplicada por 100 e dividida pelo
percentual máximo encontrado na caverna. O quadrado da riqueza (número de
espécies) da caverna é dividido pelo número obtido no cálculo acima (chamado de
amplitude populacional relativa) para chegar ao ICBC. O uso da riqueza de espécies
ao quadrado visou dar maior peso a essa variável, relevante para a complexidade em
qualquer sistema biológico. Está sendo trabalhada a inclusão de outras variáveis
(distribuição dos indivíduos no interior da caverna, por exemplo), para tornar o
índice mais detalhado e realista.
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E S P E L E O L O G I A
Sugestões
para leitura
FERREIRA, R. L. e
HORTA, L. C. S.
‘Natural and
human impacts
on invertebrate
communities in
Brazilian caves’,
in Brazilian
Journal of
Biology, v. 61(1),
p. 7, 2001.
FERREIRA, R. L. e
MARTINS, R. P.
‘Diversity and
distribution of
spiders associated
with bat guano
piles in Morrinho
cave (Bahia State,
Brazil)’,
in Diversity and
Distributions,
v. 4, p. 235, 1998.
FERREIRA, R. L. e
MARTINS, R. P.
‘Trophic structure
and natural
history of
bat guano
invertebrate
communities with
special reference
to Brazilian caves”,
in Tropical
Zoology, v. 12(2),
p. 231, 1999.
hidrogeológicos e outros, importantes em estudos
desse tipo. Apesar disso, o índice vem mostrando
ser útil para uma avaliação direta da fauna
cavernícola, aspecto essencial para a preservação
de qualquer ecossistema desses.
O carste como unidade
de conservação
O principal desafio para a conservação das cavernas
brasileiras é, como ocorre em outras partes do mun-
do, a escassez de estudos sobre tais ambientes. A
proteção depende de informações ecológicas, mui-
tas ainda inexistentes no caso das cavernas do país,
como a identificação dos limites entre os ambientes
externo e interno, a caracterização das zonas de
maior oferta de recurso e a determinação e quantifi-
cação das principais vias de importação de recursos.
Outro grande desafio é educar a população quan-
to à importância de preservar esses ecossistemas.
Para isso, o conjunto de informações necessárias à
preservação deve não apenas ser gerado, mas tam-
bém ser divulgado para a população, através de prá-
ticas de educação ambiental, sendo essencial formar
profissionais capacitados a realizar essa tarefa. Ca-
beráaelesfornecer,acadaindivíduo,umavisãocom-
pleta do ambiente cavernícola, abrangendo todos os
seus aspectos (geológicos, biológicos e outros), de
forma a despertar o interesse por sua conservação.
Figura 11. Carste localizado no município
de Doresópolis (MG), onde existem
algumas pequenas cavernas
FOTORODRIGOL.FERREIRA
Historicamente, a grande atenção dada a espé-
cies troglóbias permitiu acumular bastante informa-
ção sobre esse grupo, mas impediu a compreensão
das cavernas como uma unidade funcional comple-
xa, da qual os troglóbios são apenas um dos compo-
nentes. Todo esse conhecimento é, em si, pouco útil
para a conservação efetiva das cavernas: de que
adianta conhecer bem apenas um componente de
um sistema quando se deseja preservar toda sua es-
trutura e seus processos ecológicos?
Umacaverna,portanto,deveserconsideradauma
unidade funcional, integrada por muitas espécies,
que exibem diferentes graus de especialização e de-
pendem de processos ecológicos (como o aporte de
recursos). Mas isso ainda não basta para a preserva-
ção eficiente da fauna desses ambientes. Muitos têm
fortedependênciaemrelaçãoaomeioexternoe,caso
este se altere, as comunidades cavernícolas podem
se desestruturar. Assim, a proteção deve basear-se
em uma perspectiva mais ampla: é preciso entender
as cavernas como componentes do carste (o comple-
xo de rochas sedimentares onde se formam), e este
deve ser a unidade de estudos (figura 11).
É fundamental, sob esse ponto de vista, manter
os ecossistemas externos que integram o carste. In-
felizmente, a compreensão de todas as relações exis-
tentes entre os diversos componentes do sistema
cárstico ainda está muito longe. Por isso, para pre-
servar as cavernas, é preciso utilizar os conhecimen-
tosdisponíveis:osindicadoresevolutivos(apresença
de troglóbios) e ecológicos (a complexidade biológi-
ca). Mesmo assim, para ampliar as possibilidades de
preservação, seria importante aumentar os recursos
parapesquisasnessaárea,inclusivetomandoocarste
como objeto de estudo – só assim será obtido o co-
nhecimento adequado à superação desse desafio. n
28 • CIÊNCIA HOJE • vol. 29 • nº 173